Alceu Amoroso Lima

ALCEU AMOROSO LIMA
(89 anos)
Crítico Literário, Professor, Escritor e Líder Católico

* Rio de Janeiro, RJ (11/12/1893)
+ Petrópolis, RJ (14/08/1983)

Filho de Manuel José Amoroso Lima e de Camila da Silva Amoroso Lima, estudou no Colégio Pedro II, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1913, atual Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O paraninfo de sua turma foi o professor de Filosofia do Direito Sílvio Romero. Estagiou e advogou no escritório do advogado João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi seu professor na Faculdade de Direito.

Adotou o pseudônimo Tristão de Ataíde, ao se tornar crítico em 1919 no O Jornal. O pseudônimo servia para distinguir a atividade de industrial da literária. Alceu Amoroso Lima então dirigia a Fábrica de Tecidos Cometa, que herdara de seu pai.

Casou-se com Maria Teresa de Faria, filha do escritor Alberto de Faria, que também foi membro da Academia Brasileira de Letras. O escritor e acadêmico Octávio de Faria era irmão de Maria Teresa e cunhado de Alceu Amoroso Lima. O escritor e acadêmico Afrânio Peixoto era casado com uma irmã de Maria Teresa de Faria, sendo assim concunhado de Alceu Amoroso Lima.

Alceu Amoroso Lima e Hamilton Nogueira em 1957.
Aderiu ao Modernismo em 1922, sendo responsável por importantes estudos sobre os principais poetas do movimento.

Após publicar seu primeiro livro, o ensaio "Afonso Arinos" em 1922, travou com Jackson de Figueiredo um famoso e fértil debate, do qual decorreu sua conversão ao catolicismo em 1928. Tornou-se um líder da Renovação Católica no Brasil.

Em 1932, fundou o Instituto Católico de Estudos Superiores, e, em 1937, a Universidade Santa Úrsula.

Após a morte de Jackson de Figueiredo, o substituiu na direção do Centro Dom Vital e da revista A Ordem.

Em 1941, participou da fundação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde foi docente de literatura brasileira até a aposentadoria em 1963.


Foi representante brasileiro no Concílio Vaticano II, o que o marcaria profundamente. Foi um dos fundadores do Movimento Democrata-Cristão no Brasil.

Publicou dezenas de livros sobre os temas mais variados. Morou na França e nos Estados Unidos no início da década de 50, onde foi diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Panamericana, cargo em que foi sucedido por Érico Veríssimo em 1952. Durante esse período, ministrou cursos sobre civilização brasileira em universidades inclusive na Sorbonne e nos Estados Unidos.

Tornou-se símbolo de intelectual progressista na luta contra às transgressões à lei e à censura que o Regime Militar após 1964 iria impor ao povo brasileiro.

Denunciou pela imprensa a repressão que se abatia sobre a liberdade de pensamento em sua coluna semanal no Jornal do Brasil e na Folha de São Paulo.

Patrocinou em múltiplas ocasiões as cerimônias de formatura de estudantes de diversas especializações que rendiam tributo à sua luta constante contra os regimes de caráter autoritário.

Foi reitor da então Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro e também membro do Conselho Nacional de Educação.


Academia Brasileira de Letras

Foi eleito em 29/08/1935 para a cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Miguel Couto, sendo recebido em 14/12/1935 pelo acadêmico Fernando Magalhães.

Morte


Obras

Impõem-se ao olhar de quem lê os seus textos os termos interligados de pessoa, ser, liberdade, eterno e moderno. Estas palavras são recorrentes em muitos de seus livros.

  • 1927 - Estudos - Segunda Série
  • 1932 - Política
  • 1938 - Idade, Sexo e Tempo
  • 1938 - Elementos de Ação Católica
  • 1943 - Mitos de Nosso Tempo
  • 1946 - O Problema do Trabalho
  • 1951 - O Existencialismo e Outros Mitos de Nosso Tempo
  • 1953 - Meditações Sobre o Mundo Interior
  • 1962 - O Gigantismo Econômico
  • 1965 - O Humanismo Ameaçado
  • 1973 - Memórias Improvisadas
  • 1975 - Os Direitos do Homem e o Homem Sem Direitos
  • 1977 - Revolução Suicida
  • 1983 - Tudo é Mistério
Fonte: Wikipédia

Anacleto de Medeiros

ANACLETO AUGUSTO DE MEDEIROS
(41 anos)
Maestro e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (13/07/1866)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/08/1907)

Anacleto de Medeiros nasceu e faleceu na Ilha de Paquetá, localizada no interior nordeste da Baía de Guanabara, no bairro de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Filho de uma escrava liberta, Anacleto de Medeiros começou na música tocando flautim da Banda do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. Aos 18 anos foi trabalhar como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e ao mesmo tempo matriculou-se no Imperial Conservatório de Música.

Nessa época já dominava quase todos os instrumentos de sopro, e tinha especial preferência pelo saxofone. Fundou, entre os operários da tipografia, o Clube Musical Gutemberg, iniciando aí sua função de organizador de conjuntos musicais.

Formou-se no conservatório em 1886, época em que organizou a Sociedade Recreio Musical Paquetaense, em Paquetá, seu bairro natal, e começou a compor algumas peças sacras. Em seguida, suas composições passaram a ser mais populares, principalmente polcas, schotisch, dobrado, marcha e valsas.

Aos poucos foi criando fama como compositor, e suas peças passaram a ser executadas em bandas de todo o país. Catulo da Paixão Cearense musicou algumas de suas músicas, como o famoso schotisch "Iara", editado em 1912 com o nome "Rasga Coração".

Outras composições que ficaram conhecidas foram "Santinha", "Três Estrelinhas" e "Não Me Olhes Assim".

Anacleto de Medeiros foi fundador, diretor e maestro de muitas bandas, tendo contribuído de maneira fundamental para a fixação dessa formação no Brasil. A tradição de bandas se reflete até hoje, por exemplo no desenvolvimento de uma sólida escola de sopros. A banda que se tornou mais famosa sob regência de Anacleto de Medeiros foi a do Corpo de Bombeiros, que chegou a gravar alguns dos discos pioneiros produzidos no Brasil, nos primeiros anos do século XX.

Fonte: Wikipédia