Nivaldo Machado

NIVALDO RODRIGUES MACHADO
(85 anos)
Advogado, Professor e Político

☼ Olinda, PE (21/01/1921)
┼ Olinda, PE (27/01/2006)

Nivaldo Rodrigues Machado foi um político brasileiro que exerceu cargos políticos entre 1947 e 1987. Era filho de Antônio Rodrigues Machado e Jesuína Rodrigues Machado. Casou-se com Maria Carmelita Martins Machado, com quem teve três filhos: Antônio Carlos Martins Machado, Nivaldo Rodrigues Machado Filho e Paulo Henrique Martins Machado.

Formou-se bacharel em Direito no ano de 1949, pela Faculdade de Direito do Recife. Advogado, funcionário público federal e professor universitário, elegeu-se vereador na Câmara Municipal de Olinda por dois mandatos (1948/1951 e 1952/1955).

Depois de oito anos como vereador, Nivaldo Machado elegeu-se prefeito de sua cidade natal, cargo que exerceu entre 1956 e 1959. Pouco antes do fim desse mandato, renunciou para candidatar-se a deputado estadual.

Elegeu-se deputado estadual por seis vezes: 1960/1963, 1964/1967, 1968/1971, 1972/1975, 1976/1979 e 1980/1983. No primeiro mandato, foi eleito pelo Partido Republicano (PR), no segundo, pelo Partido Democrata Cristão (PDC), e nos quatro últimos sob a legenda da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Presidiu a ARENA do estado de Pernambuco durante os governos de Nilo Coelho e Eraldo Gueiros (1968/1971 - 1972/1975), respectivamente. Durante seus seis mandatos na Assembléia Legislativa, presidiu a instituição por três vezes (1973/1974, 1977/1978 e 1982).

Nivaldo Machado foi, ainda:

  • Membro da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembléia Legislativa (1960/1963, 1965, 1967/1970)
  • 3º secretário da Assembléia Legislativa (1964)
  • Membro da Comissão de Redação de Leis da Assembléia Legislativa (1965)
  • Membro da Comissão que adaptou a Constituição Estadual à Federal, tendo sido relator dos capítulos da Legislação Social e dos Funcionários Públicos (1967)
  • Membro da Comissão de Economia, Agricultura, Indústria, Comércio, Viação e Obras Públicas da Assembléia Legislativa (1970)
  • 1º secretário da Assembléia Legislativa (1971/1972)
  • Vice-presidente da Comissão da Área das Secas e Negócios Municipais (1973)
  • Presidente da Assembléia Legislativa (1973/1974, 1977/1978 e 1982)

Entre 1975 e 1976 foi líder do governo na Assembléia Legislativa. Em virtude da vacância dos cargos de governador e de vice-governador, decorrente de viagem dos respectivos titulares, assumiu o governo do Estado de Pernambuco em 23 de novembro de 1978. Chegou a ser, ainda, presidente da Comissão de Redação de Leis e Suplente da Comissão de Finanças, Orçamento e Economia e da Comissão das Secas e Negócios Municipais (1979/1980).

Suplente de senador, Nivaldo Machado assumiu o mandato em 18/03/1985, em virtude do afastamento do titular, senador Marco Maciel, ocupante do cargo de ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República.

No Senado foi membro da Comissão de Assuntos Regionais, de Constituição e Justiça, de Serviço Público Civil, de Legislação Social, de Municípios e de Redação. Suplente das Comissões de Agricultura, do Distrito Federal, de Educação e Cultura, de Fiscalização e Controle e de Relações Exteriores (1985/1986). Entre 1986 e 1987, foi líder do Partido da Frente Liberal (PFL).

Condecorações

Nivaldo Machado foi agraciado com diversas medalhas, inclusive a Medalha Pernambucana do Mérito-Classe Ouro, conferida pelo governador Moura Cavalcanti, em 1979, para homenagear os relevantes serviços que prestara a Pernambuco.

Outra condecoração que recebeu foi o Prêmio Springer - Troféu Leão do Norte, concedido pela Springer Admiral, por duas ocasiões, para homenagear sua significativa atuação no desenvolvimento cultural de Pernambuco.

Morte

Nivaldo Machado submeteu-se a uma cirurgia de aneurisma na aorta abdominal aos 68 anos, e a uma revascularização, implantação de pontes de safena, dois anos depois, aos 70 anos.

Aos 85 anos de idade, em 27/01/2006, faleceu por volta das 21h00s, em decorrência de embolia pulmonar. Estava em sua casa, em Olinda, sua terra natal, da qual jamais se afastou.

Fonte: Wikipédia

Geraldo Assoviador

GERALDO CLEOFAS DIAS ALVES
(22 anos)
Jogador de Futebol

* Barão de Cocais, MG (16/04/1954)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/1976)

Geraldo Cleofas Dias Alves ou Geraldo Assoviador, foi um meio-campista brasileiro, contemporâneo de Zico nas divisões de base do Clube de Regatas do FlamengoGeraldo conviveu com certa irregularidade até se firmar no time rubro-negro a partir do ano de 1974.

Praticante do futebol moleque: habilidoso, driblador, alegre e com um controle sensacional, o jogador chegou a disputar a Copa América de 1975 pela Seleção Brasileira de Futebol e vivia um momento ímpar na sua carreira entre fins de 1975 e início de 1976. Fez sete jogos pela Seleção Brasileira.

Dona Nilza Alves teve nove filhos. Dos nove, cinco tornaram-se jogadores de futebol e Geraldo era o mais habilidoso. O menino deixou Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro com a ajuda do irmão mais velho, Washington, que era zagueiro do Flamengo e apresentou o irmão à equipe da Gávea no início da década de 70. Geraldo faria parte da "geração de ouro" rubro-negra, comandada por Zico, maior ídolo da história rubro-negra.

Em campo, não demorou muito para Geraldo conquistar os companheiros e a torcida.

Campeão carioca em 1974 e convocado para a Seleção em 1976, era uma das promessas do país para a Copa do Mundo de 1978. Ficou marcado pela elegância como jogava, com a cabeça em pé. Mas ficou mesmo identificado pelo apelido curioso: "Geraldo Assoviador".

"Ele vivia assoviando, não só no campo, mas o dia inteiro. Assoviava músicas que gostava, principalmente "Your Song" (do cantor Elton John, interpretada por Billy Paul)"
(Zico)

Geraldo, que sempre jogava de cabeça erguida, desfilava o toque cerebral e refinado nas passadas largas com pé colado na bola. Travestido na camisa para fora do short, meias arriadas e muita irreverência.

Se Jairzinho lamenta não ter jogado com Geraldo, o mesmo não se pode dizer de Zico. Os dois pareciam irmãos siameses desde que chegaram, ainda garotos, ao Flamengo.

Geraldo e Zico

"Eu comecei um pouco antes, mas atuamos juntos em todas as categorias. Um dormia na casa do outro. Meu pai o chamava de filho preto. Nosso entendimento era perfeito. Geraldo tinha uma habilidade fora do comum, fazia tudo com a bola. Se não tivesse acontecido aquela tragédia, teria feito parte daquele Flamengo campeão do mundo em 1981."
(Zico)

O jornalista Raul Quadros, assessor de imprensa de Zico, cobria o Flamengo na época e lembra de história curiosa.

"Antes de começarem os treinos, os dois, em laterais opostas, ficavam lançando a bola um para o outro, sem deixá-la cair, até se aproximarem e a colarem entre as cabeças no meio do campo. Era lindo."

Um dos que mais assistiam à cena era o garoto Adílio, que com a morte do seu ídolo acabou tomando conta da camisa 8 rubro-negra.

"Ele era como um irmão mais velho. Sempre me dava toques e dizia que eu seria o seu sucessor. Quando eu estava no infanto, era recrutado para a reserva do juvenil e, no fim dos jogos, ele até inventava contusão para eu entrar no seu lugar."

Mas houve um dia em que Geraldo e Adílio jogaram juntos.

"A Seleção Brasileira treinou na Gávea e, para o coletivo, recrutou dois juvenis do Flamengo para completar o time reserva. Eu e Andrade formamos o meio-campo com o Geraldo. E derrotamos os titulares, que tinha Batista, Falcão e Carpeggiani, por 4 x 2."

Júlio César (Uri Gueller) e Geraldo, num treino na gávea
Morte

Calou o assovio, acabaram-se as brincadeiras com Zico, acabou tudo. Aos 22 anos, o coração de Geraldo parou. Morreu o craque do Flamengo na sala de operação. Uma simples operação de amídalas, com anestesia local. Foi uma reação alérgica à anestesia que o matou. O próprio otorrino Wilson Junqueira aplicou a infiltração de xilocaína. Teve tempo ainda de realizar a cirurgia, mas logo Geraldo começou a passar mal, com problemas respiratórios. Foi longa a luta dos médicos e Geraldo teve uma parada cardiorrespiratória.

Fizeram-lhe uma injeção no coração, aplicaram-lhe choques elétricos. Geraldo reanimou-se, mas por pouco tempo. A segunda parada cardíaca foi definitiva. Uma hora e meia depois de operado, Geraldo Cleofas Dias Alves estava morto. No dia 26 de agosto de 1976, o futebol brasileiro perdia precocemente, aos 22 anos, uma de suas maiores revelações.

Geraldo domina a bola diante de Rubens do Fluminense
Curiosidades

  • O apelido de Geraldo Assoviador foi dado em virtude da excêntrica mania que o jogador tinha de assoviar dentro de campo enquanto realizava jogadas inusitadas.
  • O atleta, em seu auge, foi por diversas vezes comparado por cronistas esportivos da época com o rei do futebol, Pelé.
  • A amizade de Geraldo com Zico era tão forte que, além de frequentar constantemente a casa da família Antunes, em Quintino, ele era considerado um filho postiço de Seu Antunes e Dona Matilde. "É meu filho marronzinho", costumava dizer o patriarca da família.
  • Não era para Geraldo ter feito a cirurgia no dia 26 de agosto. Na verdade, o jogador, que tinha muito medo de ser operado, deveria ter retirado as amídalas no mesmo dia em que Zico corrigiu um desvio de septo. Mas Geraldo não apareceu no dia e apenas Zico fez a cirurgia na data prevista.
  • Zico participou de dois amistosos em memória a Geraldo. O primeiro, no dia 6 de outubro (Flamengo 2 x 0 Seleção Brasileira), serviu para arrecadar fundos para a família do jogador, que vivia em Barão de Cocais. A segunda, em 1995, foi entre os masters do Flamengo e de Minas Gerais, em Barão de Cocais, onde o Flamengo perdeu por 2 x 1 e Zico fez o gol, para possibilitar a construção do mausoléu para Geraldo.
  • Geraldo é tio do zagueiro Bruno Alves, do Futebol Clube do Porto e da Seleção Portuguesa de Futebol.
  • Geraldo compareceu ao hospital no dia marcado, 25 de agosto de 1976, mas não operou porque o presidente do Flamengo na época, Hélio Maurício, não deixou comunicação oficial à respeito da operação. Hélio Maurício também era médico do hospital em que Geraldo iria realizar a operação.


Títulos Pelo Flamengo

  • 1973 - Taça Guanabara
  • 1973 - Taça Cidade do Rio de Janeiro
  • 1973 - Taça Rede Tupi de TV (RJ)
  • 1973 - Taça Araribóia (RJ)
  • 1973 - Taça Drº Manoel dos Reis e Silva (RJ)
  • 1974 - Campeonato Carioca
  • 1974 - 3º Turno do Campeonato Carioca
  • 1974 - Taça Deputado José Garcia Neto (MT)
  • 1974 - Taça Drº Manoel dos Reis e Silva (GO)
  • 1974 - Campeão da Taça Associação dos Servidores Civis do Brasil (RJ)
  • 1975 - Troféu João Havelange (RJ)
  • 1975 - Torneio Quadrangular de Goiás
  • 1975 - Torneio Quadrangular de Jundiaí (SP)
  • 1975 - Taça José João Altafini "Mazola" (RJ)
  • 1975 - Taça Jubileu de Prata da Rede Tupi de TV (DF)
  • 1976 - Taça Nelson Rodrigues
  • 1976 - Torneio Quadrangular de Mato Grosso


Títulos Pela Seleção Brasileira

  • 1976 - Taça do Atlântico
  • 1976 - Copa Roca