Wilson Barbosa Martins

WILSON BARBOSA MARTINS
(100 anos)
Advogado, Professor e Político

☼ Campo Grande, MS (21/06/1917)
┼ Campo Grande, MS (13/02/2018)

Wilson Barbosa Martins foi um advogado e político brasileiro nascido em Campo Grande, MS, no dia 21/06/1917. Foi senador da República, deputado federal, prefeito de Campo Grande e governador do Estado de Mato Grosso do Sul.

Filho de Henrique Martins e de Adelaide Barbosa Martins, nasceu na Fazenda São Pedro, área que hoje corresponde ao município de Sidrolândia e na época era área rural de Campo Grande. Aos 9 anos, Wilson acompanhou a família de mudança para a cidade de Entre Rios, atual Rio Brilhante.

Os primeiros estudos começaram com o pai e em seguida em escolas privadas da cidade.

Em 1929, a família voltou a Campo Grande para que Wilson e o irmão Ênio prosseguissem com os estudos. Nessa época, houve o primeiro contato do jovem com o futuro sogro Vespasiano Barbosa Martins.

Com a Revolução de 1932, a família engajou-se na luta contra o governo do então presidente Getúlio Vargas. O pai de Wilson e outros parentes comandaram batalhões no novo e revolucionário Estado de Maracaju. Com a derrota após poucos meses, Vespasiano Barbosa Martins foi exilado e a família voltou à rotina.


Dois anos mais tarde, o jovem mudou-se para a cidade de São Paulo, onde concluiu os estudos fundamentais e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi onde teve contato com José Fragelli, que viria a ser governador de Mato Grosso, e o conterrâneo Jânio Quadros.

A agitação política continuava após 1932. Wilson se envolveu timidamente em movimentos estudantis, o que levou a ser preso por um dia. À época, o grupo que o estudante se identificou era dado como de esquerda.

A partir de 1935, tornou-se censor do Governo Federal, ainda comandado por Getúlio Vargas.

Em seguida, trabalhou em uma loja como vendedor até se formar, em 1939. Advogou por alguns anos em um escritório, até decidir voltar à cidade natal. Abriu o próprio escritório na cidade até começar a se envolver de vez na política.

Wilson Barbosa Martins foi ainda professor e um dos proprietários do Colégio Oswaldo Cruz, onde conheceu alguns daqueles que seriam colaboradores em suas administrações.

Vida Pessoal

Wilson Barbosa Martins casou-se com a escritora e artista plástica Nelly Martins, filha de Vespasiano Barbosa Martins. Estiveram juntos por quase 60 anos até a morte da esposa, em 2003. Tiveram três filhos: Thaís, Celina e Nelson.

Na década de 1980, se desentendeu com o irmão Plínio Barbosa Martins, de quem se afastou por longo período. Os dois discordavam do apoio a um candidato ao governo, Gandi Jamil. Plínio não queria apoiá-lo, por não ter boas relações com a família Jamil. Também foi contrário à candidatura da filha Celina como vice de Gandi Jamil, mas aceitou após ela não mudar de ideia.

Em 2013, foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Já em agosto de 2014, foi internado após um mal súbito. No dia seguinte, circularam boatos de que Wilson Barbosa Martins havia falecido, o que foi negado pelo hospital.

Durante a internação, passou por uma traqueostomia, até receber alta após 21 dias.

Nos últimos anos, Wilson Barbosa Martins tinha dificuldades de locomoção devido ao AVC sofrido em 2013 e não falava por causa da traqueostomia de 2014. Todavia, se mantinha lúcido, residindo com a filha Thaís.

Carreira Política

Filiação à UDN e Primeira Eleição

Wilson Barbosa Martins filiou-se à União Democrática Nacional (UDN) quando formada, em 1945. Não concorreu, mas trabalhou para eleger o amigo Fragelli como deputado estadual. O tio Vespasiano foi eleito senador pela mesma legenda naquele mesmo pleito.

Esteve no grupo fundador e escreveu uma coluna para o jornal Correio do Estado. Durante a administração do então prefeito de Campo Grande, Fernando Corrêa da Costa, foi um de seus secretários. Concorreu à sucessão em 1950, mas perdeu para Ary Coelho.

Defendeu melhorias para o abastecimento de energia elétrica de Campo Grande. A empresa administradora do serviço teve a diretoria destituída e o grupo de Wilson assumiu a gestão. A empreitada o fez conhecido, o que o credenciou para candidatar-se novamente à prefeitura, sendo eleito em 1958. Antes, era suplente do então senador por Mato Grosso João Vilas Boas.

Prefeito de Campo Grande

Assumiu o cargo em janeiro de 1959, em uma eleição marcada pela coligação que reuniu à União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Mesmo sendo uma cidade de médio porte, Campo Grande tinha uma administração desorganizada, o que levou Wilson a promover uma reforma com o aval da Câmara Municipal. Mesmo com uma oposição forte, a reforma foi aprovada.

Promoveu o primeiro concurso público da história da administração pública municipal e obras de infraestrutura, como construção de escolas e pavimentação asfáltica.

Em 1962, elege-se deputado federal por Mato Grosso, mesmo com rejeição de parte da União Democrática Nacional (UDN), que o tachavam de comunista. Nessa época, já se cogitava-se uma candidatura ao Governo do Estado, antes mesmo da criação de Mato Grosso do Sul.

Deputado Federal

No primeiro mandato na Câmara dos Deputados, integrou quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e viajou em missão oficial ao Japão. Com o golpe de 1964 e a consequente instalação da Ditadura Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) com a instalação do bipartidarismo.

Em 1966, recusou uma candidatura ao Governo de Mato Grosso à sucessão de Corrêa da Costa. Naquela ocasião, foi eleito aquele que viria a ser seu principal adversário político, Pedro Pedrossian. Wilson preferiu tentar a reeleição como congressista, e venceu.

No segundo mandato, foi vice-líder do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), integrou a Comissão de Constituição e Justiça e outras CPIs, além de fazer viagem oficial ao Peru. O clima se acirrava na Câmara e em 1968, o governo militar outorgou o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), o que levou ao fechamento do Congresso Nacional e à cassação de mandatos parlamentares.

Teve o mandato cassado em 1969 e os direitos políticos suspensos por 10 anos, o que levou de volta à advocacia.

De Volta a Campo Grande

Voltou à cidade natal após a cassação do mandato e dos direitos políticos, voltando a abrir um escritório de advocacia. Permaneceu filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sem se envolver com política. Assistiu à criação do novo Estado de Mato Grosso do Sul, mas não tomou parte do processo por ainda estar suspenso da vida pública. Nessa época, já começava a divergência política com Pedro Pedrossian.

Acompanhou ainda a carreira política do irmão Plínio Barbosa Martins, e com o restabelecimento de seus direitos políticos, foi eleito o primeiro presidente da seccional estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Com a proximidade das primeiras eleições diretas para o Governo do Estado, a princípio articulou a candidatura do irmão. Plínio descartou a ideia, e o novo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) acabou apoiando Wilson para concorrer à sucessão de Pedro Pedrossian, sendo eleito em 1982.

Primeiro Governador Eleito de Mato Grosso do Sul

Assumiu o cargo em março em 1983, tendo como vice o então deputado estadual Ramez Tebet. Logo no começo, enfrentou o desafio de superar o desequilíbrio das contas públicas, com folhas de pagamentos funcionais e contratos atrasados, sendo obrigado a contrair empréstimos e renegociar dívidas com a União.

Com recursos Federais, promoveu obras de infraestrutura e manteve em dia salários dos servidores. Essa primeira administração foi marcada por grandes obras e crédito fácil junto à União, além de um secretariado composto por pessoas ligadas ao ex-governador Marcelo Miranda e outros do grupo de Wilson.

Em 1986, renunciou ao cargo para candidatar-se a uma vaga no Senado Federal, o que levou o vice-governador Ramez Tebet à Governadoria. Fez Marcelo Miranda como sucessor e elegeu-se senador.

Senador e Membro da Assembleia Constituinte

Em 1987, tomou posse como senador, e como membro da Assembleia Constituinte. Dentre as mais diversas políticas daquela que viria compor a atual Constituição Federal, votou a favor da proteção contra demissão sem justa causa, do voto aos 16 anos e da desapropriação da propriedade produtiva. Foi contra a pena de morte, o aborto, o presidencialismo e o mandato de cinco anos do então presidente José Sarney. Absteve-se sobre a limitação dos encargos da dívida externa e estava ausente nas votações para a criação de um fundo de apoio à reforma agrária e limitação do direito de propriedade privada.

Após a promulgação da Constituição e o restabelecimento do Congresso, foi quarto-suplente da Mesa Diretora do Senado, sendo relator de CPIs e projetos importantes, como a Medida Provisória nº 318, que fixou novas regras para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Viajou em missão oficial para a Venezuela em 1990, e em 1992, votou a favor do afastamento e depois pela cassação do mandato do então presidente Fernando Collor, que enfrentou um processo de impeachment. Renunciou ao mandato em dezembro de 1994, após ser eleito novamente governador de Mato Grosso do Sul.

Com uma administração em crise, teve desentendimentos com o então governador Marcelo Miranda, o que o levou a filiar-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) com seu grupo político, permanecendo, mesmo após pedidos para reconsiderar do então deputado Ulysses Guimarães. Apoiou o candidato Gandi Jamil, que tinha como vice a filha Celina Jallad, contra seu histórico adversário Pedro Pedrossian. O resultado foi a eleição de Pedro Pedrossian, que assumiu o cargo pela segunda vez.

Segunda Vez Como Governador

Eleito em 1994, assumiu o cargo de governador pela segunda vez em 1995, tendo como vice Braz Melo. Assumiu mais uma vez a gestão de um estado em dificuldades financeiras, mas dessa vez não obteve muita ajuda do Governo Federal.

Deu continuidade a obras paradas e iniciou outras. Enfrentou greves de servidores e bloqueios de recursos. Foi um dos governadores que pressionaram o Congresso e o Governo Federal pela Reforma Administrativa, além da renegociação da dívida dos Estados.

Em 1996, firmou acordo com a União para diminuir o pagamento da dívida e apoiou André Puccinelli nas eleições municipais de Campo Grande. No ano seguinte, foi acusado de fazer aplicação irregular de recursos estaduais em áreas distintas pelo ex-secretário de Estado e Educação, Aleixo Paraguassu, e apontado pela imprensa nacional como candidato à reeleição pelo apoio e esforço pela aprovação da Emenda Constitucional 16. Ainda em 1997, Wilson autorizou a privatização da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), com o objetivo de obter recursos para pagamento de dívidas com a União.

Com as eleições de 1998, Wilson descartou disputar a reeleição e em seguida uma nova candidatura ao Senado, abrindo espaço para que o ex-prefeito de Campo Grande Juvêncio da Fonseca disputasse uma cadeira na casa alta do Congresso.

Para sua sucessão, o então governador articulou a candidatura do então senador Lúdio Coelho, que não obteve apoio de lideranças políticas estaduais. O também senador Ramez Tebet também não foi feliz para tentar disputar o governo. Assim, Wilson apostou em seu secretário de Fazenda, Ricardo Bacha, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[8]

Enfrentou a resistência do seu partido, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), para levar a candidatura de Ricardo Bacha em frente. Por fim, a legenda indicou Humberto Teixeira como vice de Ricardo Bacha.

Para Wilson e outras lideranças, haveria um segundo turno entre Ricardo Bacha e Pedro Pedrossian. Porém, ninguém previu que o candidato Zeca do PT poderia passar para a fase seguinte. Com o apoio do velho adversário Pedro PedrossianZeca do PT foi eleito superando décadas de revezamento entre velhas elites políticas.

A campanha de segundo turno foi dominada por acusações do Zeca do PT a Ricardo Bacha, desde uso da máquina pública à pagamentos de precatórios à Construtora Andrade Gutierrez, que teriam abastecido o caixa de campanha do tucano.

Wilson deixou o cargo com forte rejeição, sem participar da cerimônia de posse do sucessor e teve que usar por um período escolta policial para se locomover. Continuou militando politicamente por alguns anos após deixar o governo, mas não se candidatou a nenhum cargo eletivo.

Morte

Em 2013, foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em agosto de 2014, foi internado após um mal súbito. No dia seguinte, circularam boatos de que Wilson havia falecido, o que foi negado pelo hospital. Durante a internação, passou por uma traqueostomia, até receber alta após 21 dias.

Nos últimos anos, o ex-governador tinha dificuldades de locomoção devido ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2013 e não falava por causa da traqueostomia de 2014. Todavia, se mantinha lúcido, residindo com a filha Thaís.

Wilson Barbosa Martins faleceu aos 100 anos, na manhã de terça-feira, 13/02/2018, vítima de um infarto, em sua casa, em Campo Grande, MS.

O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias pela morte do ex-governador.

Nos últimos anos ele vivia recluso, em casa, em razão da saúde debilitada. Em 2017, quando completou 100 anos, a Assembleia Legislativa do Estado realizou uma sessão solene em comemoração a data, onde ele foi representado por familiares.

O velório foi realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Além de familiares, amigos e políticos também marcam presença no funeral.

Wilson Barbosa Martins foi sepultado no fim da manhã de quarta-feira, 14/02/2018, no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande, MS.

Fonte: WikipédiaG1
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #WilsonBarbosaMartins

Niltinho Tristeza

NILTON DE SOUZA
(81 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (15/10/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/02/2018)

Niltinho Tristeza foi um cantor e compositor nascido em no Rio de Janeiro, RJ, no dia 15/10/1936. Foi integrante da ala de compositores da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, ex funcionário do INPS e linotipista. Nilton de Souza prestou serviços também na União Brasileira de Compositores (UBC) e na Sociedade Administradora de Direitos de Execução Musical do Brasil (SADEMBRA), entretanto, sua grande paixão e vocação sempre foi a música.

Nasceu em Botafogo, Rio de Janeiro, na Rua Real Grandeza, e lá mesmo foi criado, até se casar, na época do sucesso de "Tristeza", quando mudou-se do bairro. Porém até chegar a este momento trabalhou antes em muitos eventos. Niltinho Tristeza não teve influencias musicais da família. A música já nasceu consigo, um dom natural.

Niltinho Tristeza  começou no Bloco da São Clemente passando depois para o Foliões de Botafogo. Carrega este apelido devido ao grande sucesso de sua musica "Tristeza", composta em 1963 para o bloco Foliões de Botafogo e, sem sombra de dúvida, sua maior inspiração, sua composição mais conhecida até hoje, tanto no Brasil como no resto do mundo.

Seu amigo Paulo Duque incentivou-o com a primeira versão da música. Na realidade, somente 3 anos após ser composta, e com a nova parceria de Haroldo Lobo, que impressionou-se ao ouvi-la, a música recebeu algumas modificações que a tornaram mais popular. Seu parceiro não chegaria a ouvir a música nas rádios, falecendo antes de o samba ser lançado. Na época houve uma certa revolta dos dirigentes da São Clemente devido ao grande sucesso da musica, que afinal , foi cantada no bloco rival. A versão original é bastante conhecida pelos frequentadores mais assíduos do antigo Cantinho da Fofoca, e é também muito bem elaborada e de grande qualidade musical.

João Nogueira levou-o para o Cacique de Ramos em 1970 e em 1971, Zé Katimba o carregou definitivamente para a Imperatriz Leopoldinense.


Casado com Neuza Maria, a inspiradora de sua grande obra, há mais de 42 anos. Mulata que, como ele próprio, também trabalhava nos espetáculos produzidos por Oswaldo Sargentelli, e com ele trabalharam por mais ou menos 10 anos. Desse casamento tiveram um filho e 3 netos. Ela foi , na época, a grande batalhadora para que "Tristeza" alcançasse o sucesso. Por mito tempo Neuza Maria ainda trabalhou com o samba ensinando e ensaiando a dança para as novas gerações, além de integrar a ala das baianas da Imperatriz Leopoldinense.

Somente em 1966 a música estourou nas rádios e passou a ser uma das mais cantadas no Carnaval daquele ano, na voz de Ari Cordovil, passando daí ao exterior onde foi gravada centenas de vezes.

Além de "Tristeza"Niltinho Tristeza possui cerca de 150 sambas gravados e, pelo menos mais uns 40 guardados, inéditos. Somente "Tristeza" foi gravada 575 vezes. Graças à musica conseguiu estabilidade na vida.

Outro grande sucesso seu é a musica "Chinelo Novo", em parceria com João Nogueira (1971).

Em 1984, integrante da ala de compositores da Imperatriz Leopoldinense, ganhou o samba na Escola com "Alô Mamãe" (Niltinho Tristeza, Guga, Toninho e Jurandir). Em 1985 fizeram "Adolã - A Cidade Mistério". Em 1986 fizeram "Um Jeito Para Ninguém Botar Defeito" e em 1987 foi "A Estrela Dalva".

Em 1989, criou em parceria, o samba enredo "Liberdade! Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós" (Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir) contribuindo assim para que a Imperatriz Leopoldinense se tornasse a campeã do carnaval daquele ano. Este samba já teve diversas regravações, sendo até hoje considerado o mais belo samba-enredo daquela agremiação.


A partir do sucesso de "Tristeza", Niltinho passou a ser muito solicitado no meio artístico e vários cantores começaram a gravar suas musicas, entre eles: Elizeth Cardoso, Pery Ribeiro, Wilson Simonal, Elza Soares, Jorge Goulart, Maria Creuza, Emílio Santiago, Dominguinhos do Estácio, Jair Rodrigues (Com sua voz é que "Tristeza" estourou de vez em 1966, sendo depois regravada no LP "Dois Na Bossa" com Elis Regina), Sergio Mendes, Doris Monteiro, Miltinho, Agnaldo RayolElis Regina, Toquinho, Vinicius de Moraes, Paulinho Mocidade, dentre vários outros.

O musico de jazz Oscar Peterson chegou a gravá-la em um LP com o título de sua música. Em outros países também foi gravado por Paul Mauriat, Astrud Gilberto, Freddy Cole, Julio Iglesias, Ray Connif, e três vezes diferentes por Ornella Vanoni.

Niltinho Tristeza atribui também o sucesso de sua musica a uma grande enchente que houve no Rio de Janeiro devido às densas chuvas que caíram nos meses que antecederam o Carnaval daquela época, inclusive ameaçando a suspensão do Carnaval.

Com o ambiente triste envolvendo a cidade, o povo saiu as ruas cantando em alto e bom som:
Tristeza

Por favor vá embora

Minha alma que chora
Está vendo o meu fim
Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar aquela vida de alegria
Quero de novo cantar!

Em 1971, mudou-se para São Paulo para uma pequena temporada de shows, ficando por lá pelo menos 14 anos. A partir de 1972 levou para lá toda a sua família.

No final de 1981, recebeu um convite para montar um show de mulatas no chile e ficou por lá por volta de 6 meses.

Somente em 1985, Niltinho voltaria para o Rio de Janeiro. Adquirindo uma casa de vila em Ramos, para justamente ficar próximo ao Cacique de Ramos.

Alguns de seus grandes sucessos são "A Onda do Mar Levou" (Niltinho Tristeza e Nonô), "Barra de Ouro, Barra de Rio, Barra de Saia" (Niltinho Tristeza e Zé Katimba), este foi seu primeiro samba ganhador na Imperatriz Leopoldinense, "Liberdade! Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós" (Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir), "Tristeza" (Niltinho Tristeza e Haroldo Lobo), "A Infelicidade" (Niltinho Tristeza e Mauro Duarte) e o samba introdutório da Imperatriz Leopoldinense, samba que é cantado na concentração antes da entrada da escola na passarela.

Niltinho Tristeza participou do CD "Meninos do Rio", em 2001, juntamente com outros compositores de renome da música, interpretando suas composições "Chinelo Novo", "Liberdade! Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós" e "Tristeza".

Em 2003, participou juntamente com Noca da Portela, Darcy da Mangueira e Roberto Serrão, como um dos convidados de Leandro Fregonesi do Café Cultural Sacrilégio.

Em 2006 ganhou na Imperatriz Leopoldinense, o samba enredo da escola, em parceria com os compositores Amaurizão, Maninho do Ponto e Tuninho Professor. Ao todo já ganhou 5 vezes o samba enredo da Imperatriz Leopoldinense. 

Niltinho Tristeza gostava também de compor e cantar outros gêneros musicais tais como o samba canção, bossa nova, bolero e seresta. Curiosamente, apesar de seu potencial musical, Niltinho Tristeza gravou apenas três compactos pela RCA, Continental e RGE, fora, é claro, as gravações que fez para o CD "Meninos do Rio".

Morte

Niltinho Tristeza faleceu na tarde de sábado, 10/02/2018, no Rio de Janeiro, RJ, aos 81 anos. Ele estava internado há 15 dias no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, e lutava contra um câncer no pulmão.

O velório ocorreu no Cemitério do Caju às 10h00 de domingo, 11/02/2018, e o sepultamento às 14h30.

Nas Redes Sociais, familiares, amigos e admiradores do artista fizeram homenagens ao cantor.

Fonte: Dr. Zem e O Globo
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #NiltinhoTristeza

Eduardo Carneiro

EDUARDO CARNEIRO
(52 anos)
Ator, Cantor, Professor e Jornalista

☼ Fortaleza, CE
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/02/2018)

Eduardo Carneiro foi um ator brasileiro nascido em Fortaleza, CE.

Eduardo Carneiro vivia no Rio de Janeiro há 28 anos e atuava também como cantor, professor e jornalista. Além da atual novela das 21h00, ele participou de "Velho Chico" (2016) e na temporada mais recente da série "Cidade dos Homens" (2007).

Atualmente Eduardo Carneiro fazia parte do elenco de apoio da novela na novela "O Outro Lado do Paraíso" e integrava o núcleo do garimpo da obra.

Morte

Eduardo Carneiro faleceu na quinta-feira, 08/02/2018. A causa da morte não foi revelada.

Em nota, a TV Globo confirmou a notícia e informou que o velório do corpo do ator será no Ceará, sua terra natal.

O ator Juliano Cazarré, que fez cenas com Eduardo Carneiro, lamentou a perda nas redes sociais. Os dois contracenaram juntos nas sequências do garimpo da ficção:
"Cearense, Dudu veio para o Rio batalhar pelo sonho de ser artista e viver da arte. Conseguiu. Era um guerreiro. Sempre com uma conversa boa, sempre gentil. Essa vida é mesmo um sopro. E a gente perde tanto tempo e energia reclamando e sofrendo por besteiras (...) Dudu, essa é minha singela homenagem a você. Brasileiro, artista, amigo. Voa, Ceará! Vai fazer teatro com os anjos. A gente se vê!"
Rafael Losso, outro colega do artista, publicou outra mensagem de luto:
"Perdemos um companheiro, amigo e parceiro. Um dos garimpeiros da nossa história que entre nós era conhecido como Ceará. Eduardo Carneiro. Grande ator e guerreiro. Meus sentimentos à família e aos amigos. Um grande abraço pra você, Du. Que o universo te abrace e você dance com os santos. Por favor, mais amor no mundo porque a vida é um átimo de segundo."
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #EduardoCarneiro