Mourão Filho

OLYMPIO MOURÃO FILHO
(72 anos)
Militar

* Diamantina, MG (09/05/1900)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/05/1972)

Olímpio Mourão Filho foi um militar brasileiro que participou ativamente do Movimento Integralista e do Golpe Militar de 1964. Foi o redator do Plano Cohen, documento falsamente atribuído à Internacional Comunista, que foi utilizado como motivo para a implantação da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas.

Em 31/03/1964 ordenou que as tropas da IV Região Militar que comandava em Juiz de Fora, MG, seguissem para ocupar a cidade do Rio de Janeiro, fato que precipitou o golpe militar de 1964 alguns dias antes do dia planejado pelos conspiradores. Entre 1967 e 1969, Olímpio Mourão Filho foi presidente do Superior Tribunal Militar (STM).

Concluiu seu curso na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1921. Em julho de 1924, quando servia no 14º Batalhão de Caçadores, sediado em Florianópolis, SC, participou da repressão ao levante deflagrado na capital paulista contra o governo de Arthur Bernardes.

Em outubro de 1930, encontrando-se no Distrito Federal, envolveu-se na conspiração liderada por oficiais graduados das Forças Armadas que depôs Washington Luís, antecipando-se às forças revolucionárias que partiram do sul do país em direção à capital federal, sob a liderança de Getúlio Vargas. Foi, então, enviado a Belo Horizonte, MG, pelos líderes da junta militar que havia assumido o controle do governo federal para conferenciar com o presidente mineiro, Olegário Maciel, sobre a transferência do poder a Getúlio Vargas.


Em julho de 1932, participou da repressão ao Movimento Constitucionalista, promovido em São Paulo contra o governo federal. No final desse ano, ingressou na recém-fundada Ação Integralista Brasileira (AIB), organização inspirada no fascismo e liderada pelo escritor Plínio Salgado. Responsabilizou-se pela organização da milícia integralista em moldes semelhantes aos do Exército, conferindo à Ação Integralista Brasileira uma estrutura paramilitar. Em julho de 1937, tornou-se membro da Câmara dos Quatrocentos, órgão consultivo da chefia nacional da Ação Integralista Brasileira.

Ainda em 1937, quando servia no Estado-Maior do exército e dirigia o serviço secreto da Ação Integralista Brasileira, redigiu o Plano Cohen, documento falsamente atribuído à Internacional Comunista (Komintern), no qual era traçada uma suposta estratégia de tomada do poder pelos comunistas no Brasil. Esse documento foi, com a conivência de altos dirigentes da Ação Integralista Brasileira e das Forças Armadas, amplamente divulgado pelo governo brasileiro e se constituiu no pretexto principal utilizado por Getúlio Vargas para golpear a democracia e implantar a ditadura do Estado Novo.

Embora intimamente ligado à Ação Integralista Brasileira, não participou do levante integralista promovido em maio de 1938 contra o governo federal, que havia decretado o fechamento da entidade junto com as demais organizações partidárias do país.

Em fevereiro de 1945, integrou o 5º Escalão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviado à Itália para integrar as forças Aliadas em luta contra as potências do Eixo, na Segunda Guerra Mundial.


Nos anos seguintes, deu sequência à sua carreira militar e, em 1956, chegou ao generalato. Durante o governo do presidente João Goulart (1961-1964), desenvolveu intensa atividade conspirativa, mantendo contatos tanto nos meios militares como civis.

Em março de 1964, quando exercia o comando da 4ª Região Militar e da 4ª Divisão de Infantaria do I Exército, sediados em Juiz de Fora, MG, deu início ao movimento de tropas que afastou João Goulart da presidência. Em setembro daquele ano, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM), cargo que ocuparia até 1969, quando se aposentou. Discordando dos rumos tomados pelo regime militar, não demorou-se para dele se afastar, dirigindo críticas ao presidente Castelo Branco.

Olímpio Mourão Filho morreu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/05/1972.

"Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso."
(Olympio Mourão Filho)

Bruno Tolentino

BRUNO LÚCIO DE CARVALHO TOLENTINO
(66 anos)
Poeta e Escritor

* Rio de Janeiro, RJ (12/11/1940)
+ São Paulo, SP (27/06/2007)

Nascido em 1940, numa tradicional família carioca, conviveu desde criança com intelectuais e escritores próximos à família, entre eles Cecília Meireles, a quem sempre se referiu carinhosamente como Tia Cecília, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.

Primo do crítico literário brasileiro Antônio Candido de Mello e Souza e da crítica teatral Bárbara Heliodora, seu trisavô, Antônio Nicolau Tolentino, foi conselheiro do Império e fundador da Caixa Econômica Federal. À moda já antiga das preceptoras, foi instruído em inglês e francês ao mesmo tempo de sua alfabetização no português.

Publicou em 1963 seu primeiro livro, "Anulação e Outros Reparos", trazendo, entre outros, a famosa litania "Ao Divino Assassino", poema longo em Terza Rima em que o poeta se volta contra Deus e o "Seu Anjo Terrível" à época da morte de sua ex-namorada Anecy Rocha, irmã caçula do cineasta Glauber Rocha.

Com o advento do golpe militar de 1964, mudou-se para a Europa a convite do poeta Giuseppe Ungaretti, onde viveu trinta anos, tendo residido na Inglaterra, Bélgica, Itália e França. Lecionou nas universidades de Oxford, Essex e Bristol e trabalhou como tradutor-intérprete junto à Comunidade Econômica Européia.

Publicou em 1971, em língua francesa, o livro "Le Vrai Le Vain" e, em 1979, em língua inglesa, "About The Hunt", ambos bem recebidos pela crítica literária européia. Sucedeu o poeta e amigo W. H. Auden na direção da revista literária Oxford Poetry Now.

Em 1987, sob a acusação de porte de drogas, foi condenado a 11 anos de prisão. Cumpriu apenas 22 meses da pena, em Dartmoor, no Reino Unido. "Adorei a experiência e procurei tirar o máximo de proveito", Bruno declarou sobre os dias de encarceramento, numa entrevista em agosto de 2006.


Aos companheiros de prisão, organizou aulas de alfabetização e de literatura, estas últimas nomeadas de "Seminars Of Drama And Literature", que, conforme posteriormente relatado por Bruno Tolentino, "em cujas sessões avançadas chegaram a comparecer psicanalistas de renome, ao lado de personalidades do mundo das Letras tais como Harold Carpenter, o estudioso e biógrafo de Ezra Pound e Auden, o dramaturgo Harold Pinter, ou Lady Antonia Fraser".

Bruno Tolentino retornou ao Brasil em 1993, publicando o livro "As Horas de Katharina", escrito durante o período de 22 anos (1971-1993), ganhando com ele o Prêmio Jabuti de melhor livro de poesia de 1994.

Em 1995 publicou "Os Sapos de Ontem", uma coletânea de textos, artigos e poemas originados de uma polêmica intelectual com os irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, que nesse livro serão os principais alvos de sua "língua ferina entortada pelo vício da ironia", frase que Bruno Tolentino usou durante uma entrevista em que lhe foi pedido "um perfil abrangente de si mesmo".

Ainda em 1995 publicou "Os Deuses de Hoje", e, em 1996, "A Balada do Cárcere", livro nascido da experiência de sua prisão pouco menos de dez anos antes. Ainda nesse ano, foi publicada uma polêmica entrevista com Bruno Tolentino para a revista Veja, onde o poeta critica, entre outras coisas, a então atual situação intelectual e cultural do Brasil, a educação brasileira entregue às mesquinharias das cátedras universitárias, em especial da Universidade de São Paulo, o Concretismo, a concepção e aceitação da letra de música enquanto poesia e do show business enquanto cultura. Essa postura crítica, comum a intelectuais brasileiros como Elomar ou Olavo de Carvalho, e que tem como principais arenas publicadas a entrevista à Veja e o livro "Os Sapos de Ontem", acompanhou Bruno Tolentino ao longo dos anos de atividade intelectual no período que foi do seu retorno ao Brasil até sua morte.

Bruno Tolentino publicou derradeiramente em 2002 e 2006, respectivamente, os livros que considerou como a culminação de sua obra poética: "O Mundo Como Ideia", escrito durante quarenta anos (1959-1999), e "A Imitação do Amanhecer", escrito durante 25 anos (1979-2004). Ambos lhe renderam o Prêmio Jabuti, já conquistado pelo autor em 1993 com "As Horas de Katharina", tornando-o assim um dos únicos escritores a ganhar três edições do prêmio, considerado o mais importante da literatura brasileira.

Bruno Tolentino também recebeu, por "O Mundo Como Ideia", o Prêmio Senador José Ermírio de Morais, prêmio nunca antes dado a um escritor, em sessão da Academia Brasileira de Letras, com saudação proferida pelo acadêmico, filósofo, poeta e teórico do Direito Miguel Reale, seu amigo.

Doença e Morte

Bruno Tolentino, que tinha AIDS e já havia superado um câncer, esteve internado durante um mês na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde veio a falecer, aos 66 anos de idade, vitimado por uma Falência Múltipla de Órgãos, em 27/06/2007.


Livros Publicados

  • 1963 - Anulação e Outros Reparos (São Paulo: Massao Ohno)
  • 1971 - Le Vrai Le Vain (Paris: Actuels)
  • 1979 - About The Hunt (Oxford: OPN)
  • 1994 - As Horas de Katharina (São Paulo: Companhia das Letras)
  • 1995 - Os Deuses de Hoje (Rio de Janeiro: Record)
  • 1995 - Os Sapos de Ontem (Rio de Janeiro: Diadorim)
  • 1996 - A Balada do Cárcere (Rio de Janeiro: Topbooks)
  • 2002 - O Mundo Como Ideia (São Paulo: Globo)
  • 2006 - A Imitação do Amanhecer (São Paulo: Globo)


Citações Sobre Sua Obra

Publicadas na edição de "As Horas de Katharina", Companhia das Letras.

"Um dos melhores poetas da atualidade, ele é sem dúvida um 'daqueles poucos' que fazem a cultura de uma época."
(Yves Bonnefoy)

"Há muitos anos admiro em Bruno Tolentino um poeta de raro talento respaldado por uma vasta cultura, que abrange diversas línguas e diversas literaturas. Tanto esse conhecimento como essa experiência fazem da sua uma das mentes mais bem equipadas para abordar o problema da poesia em nosso tempo."
(Jean Starobinski)

"Seus poemas exalam uma dor tão justa que só sua perfeição formal torna suportável."
(Saint-John Perse)

Fonte: Wikipédia

Walter Hugo Khouri

WALTER HUGO KHOURI
(73 anos)
Diretor de Cinema

* São Paulo, SP (21/10/1929)
+ São Paulo, SP (27/06/2003)

Walter Hugo Khouri foi um diretor de cinema brasileiro, filho de pai libanês e mãe italiana. Realizou 25 longas-metragens. Os filmes mostram personagens que buscam sentido para a existência angustiante. Khouri conquistou vários prêmios nacionais e internacionais.

Sua obra, influenciada por cineastas como Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni, pelo jazz, por escritores como D. H. Lawrence e Albert Camus, e por filósofos como Espinoza, é bastante pessoal e homogênea, passada ao largo das formulações de fundo social do Cinema Novo, dentro de uma estética e de uma preocupação existencialistas mais assimiladas às cinematografias europeias do primeiro mundo, o que lhe valeu não poucas críticas ao longo da carreira.

Mesmo após a sua morte, o conjunto de seus 25 filmes divide opiniões. Uma parcela da crítica e do meio acadêmico o considera um verdadeiro mestre, detentor de uma marca autoral desenvolvida com domínio e talento. Às latentes observações de ausência de uma identidade cultural brasileira e afeita aos seus correspondentes movimentos artísticos, responde se tratar do reflexo do próprio cosmopolitismo característico de São Paulo, cidade onde Khouri nasceu e desenvolveu toda a sua carreira. Outra parte (notadamente influenciada pelo sistema de pensamento antropofágico de Paulo Emílio Salles Gomes), por sua vez, ainda endossa os ataques perpetrados pelos membros do Cinema Novo, o vendo como um cineasta alienado política e esteticamente, um mero copiador e estetizador do trabalho de grandes diretores europeus e japoneses, cujas linhas-mestras soam deslocadas e inadequadas em um país marcado por contradições e com um processo histórico-cultural próprio, como é o Brasil (dentro desse raciocínio, Khouri é alçado como o mais fidedigno sucessor do projeto de cinema da antiga Vera Cruz, paradigma de estrangeirismo contra o qual também o Cinema Novo e o Teatro de Arena passam a combater na erupção de seus movimentos).

Já em termos mais técnicos, ao mesmo tempo em que sobram elogios à fotografia, à composição de quadro e à direção de arte de suas películas, igualmente não faltam críticas à direção de atores, à escrita dos diálogos, soados "artificiais" segundo alguns, e à condução arrastada de seus enredos.

O principal filme "Noite Vazia", realizado em 1964, que aborda quatro personagens, dois homens e duas prostitutas em conflito com suas vidas, tendo como pano de fundo a ascendente metrópole paulistana dos anos 60, o consagrou e até hoje é considerado o melhor longa, apresentando uma edição de fotografia magnífica e grandes atrizes.

Walter Hugo Khoury e o crítico LG

Prêmios

  • Prêmio de Melhor Roteiro do Festival Internacional de Mar del Plata, pelo filme "Na Garganta do Diabo", em 1960.
  • Ganhou o Prêmio Saci dez vezes, nas categorias de argumentista, roteirista, diretor, produtor e montador, pelos filmes "O Estranho Encontro", "Na Garganta do Diabo", "O Gigante de Pedra", "A Ilha", "Noite Vazia", "Corpo Ardente".
  • Prêmio Instituto Nacional de Cinema e Coruja de Ouro, como melhor diretor nos anos 1966, 1967 e 1972, pelos filmes "Corpo Ardente", "As Amorosas" e "As Deusas".
  • Por doze vezes ganhou o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, como argumentista, roteirista, diretor e produtor, pelos filmes "O Estranho Encontro", "Noite Vazia", "O Corpo Ardente", "A Ilha", "Fronteiras do Inferno", "Paixão e Sombras", "O Último Êxtase", "O Palácio dos Anjos" e "As Amorosas".

  • Prêmio Vittorio de Sica, no Festival de Sorrento, na Itália, em 1988, pelo conjunto da obra.

  • Menção Especial no Festival de Santa Margherita Ligure, pelo filme "Na Garganta do Diabo", em 1960.

  • Prêmio dos Jurados no Festival Internacional de Sitges, na Espanha, pelo filme "O Anjo da Noite", em 1974.

  • Por três vezes ganhou o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte pelos filmes "O Anjo da Noite" (1973), "O Último Êxtase" (1974) e "Eros, o Deus do Amor" (1981).

  • Prêmio Fábio Prado de Literatura para roteiros pelo filme "A Ilha".

  • Menção Honrosa na Semana Internacional de Cine en Color de Barcelona, pelo filme "As Deusas".

  • Por nove vezes ganhou o Prêmio Cidade de São Paulo, da municipalidade paulista, em diversas categorias e filmes, de 1958 a 1968.

  • Prêmio Governador do Estado de Melhor Argumento para o filme "Amor Voraz".

  • Prêmio Samburá no Fest-Rio Fortaleza, em 1989, pelo conjunto da obra.

  • Prêmio Oscarito da Fundação Cultural Banco do Brasil.

  • Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro do Ministério da Cultura pelo roteiro de "Paixão Perdida" 1994.

  • Prêmio Riofilme por "Paixão Perdida" 1995.

  • Premiação no Programa de Integração Cinema-TV/Co-Produção com a TV Cultura - "Paixão Perdida" 1996.


Filmografia


  • 2001 - As Feras (Filmado em 1998)
  • 1999 - Paixão Perdida
  • 1991 - Per Sempre
  • 1987 - Mônica e a Sereia do Rio
  • 1986 - Eu
  • 1984 - Amor Voraz
  • 1982 - Amor Estranho Amor
  • 1981 - Eros, o Deus do Amor
  • 1980 - Convite ao Prazer
  • 1979 - O Prisioneiro do Sexo
  • 1978 - As Filhas do Fogo
  • 1977 - Paixão e Sombras
  • 1975 - O Desejo
  • 1974 - O Anjo da Noite
  • 1973 - O Último Êxtase
  • 1972 - As Deusas
  • 1970 - O Palácio dos Anjos
  • 1968 - As Amorosas
  • 1967 - Corpo Ardente
  • 1966 - As Cariocas
  • 1964 - Noite Vazia
  • 1962 - A Ilha
  • 1959 - Na Garganta do Diabo
  • 1959 - Fronteiras do Inferno
  • 1958 - Estranho Encontro
  • 1953 - O Gigante de Pedra

Fonte: Wikipédia

Roberto Pires

ROBERTO PIRES
(66 anos)
Cineasta

* Salvador, BA (29/09/1934)
+ Salvador, BA (27/06/2001)

Com a capacidade de criar artesanalmente os equipamentos que usaria em seus filmes, Roberto Pires, inventou, na ótica de seu pai, a lente anafórmica Igluscope, semelhante a Cinemascope, que não havia no Brasil, e fez o primeiro longa-metragem baiano, "Redenção" (1959), filme que lançou a ator Geraldo Del Rey. O sucesso desse filme impulsionou um período importante do cinema brasileiro, o Ciclo Baiano de Cinema (1959-1963). O Ciclo, através de diretores como Glauber Rocha, deu fermento ao movimento do Cinema Novo.

Roberto Pires começou a trabalhar com cinema com um grupo de jovens do qual fazia parte Glauber Rocha, Luís Paulino dos SantosGeraldo Del Rey, Helena Ignez, Antonio Pitanga, Othon Bastos, entre outros. Em 40 anos de carreira dirigiu oito filmes dos quais sete longas. No início da década de 1960, Roberto Pires produziu "Barravento", o primeiro filme longa-metragem dirigido por Glauber Rocha.

"O Cego que Gritava Luz", do diretor João Batista de Andrade, foi praticamente o último filme com o qual Roberto Pires teve envolvimento antes de falecer em 2001. Roberto Pires deixou inacabado o projeto de filme "Nasce o Sol a Dois de Julho".

Roberto Pires ficou famoso por retratar no cinema o acidente com a cápsula de césio 137, ocorrido em Goiânia, em 1987. O filme "Tocaia no Asfalto", do qual foi diretor e roteirista, foi restaurado, com patrocínio da Petrobras, através da Cinemateca Brasileira.

Roberto Pires faleceu em 2001, em consequência de um câncer na garganta.


Direção

  • 1955 - Sonho, o Calcanhar de Aquiles
  • 1959 - Redenção
  • 1961 - A Grande Feira
  • 1962 - Tocaia no Asfalto
  • 1963 - Crime no Sacopã
  • 1969 - Máscara da Traição
  • 1970 - Em Busca do Su$exo
  • 1981 - Abrigo Nuclear
  • 1982 - Alternativa Energética (Documentário)
  • 1989 - Brasília, Última Utopia (Episódio: "A Volta de Chico Candango")
  • 1990 - Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia
  • 1991 - Biodigestor (Documentário)
  • 1991 - Energia Solar (Documentário)


Produção

  • 1962 - Barravento
  • 1965 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1969 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1997 - O Cego Que Gritava Luz


Fonte: Wikipédia

Carlos Reverbel

CARLOS DE MACEDO REVERBEL
(84 anos)
Jornalista, Cronista e Historiador

* Quaraí, RS (21/07/1912)
+ Porto Alegre, RS (27/06/1997)

Carlos Reverbel foi um dos maiores estudiosos da cultura gaúcha deste século. Jornalista militante, pesquisou sobre imprensa e história do Rio Grande do Sul, formando a maior biblioteca especializada do estado.

Carlos Reverbel deixou uma obra representativa de suas paixões e do seu trabalho. Escreveu sobre Simões Lopes Neto em "Um Capitão da Guarda Nacional" (1981), sobre Assis Brasil em "Diário de Cecília de Assis Brasil" (1983) e "Pedras Altas" (1984). Suas crônicas foram reunidas em "Barco de Papel" (1978) e "Saudações Aftosas" (1980).

Escreveu, ainda, "Maragatos e Pica-Paus" (1985) e "Assis Brasil" (1990). "Arca de Blau" (1993) reúne suas memórias em depoimento dado à jornalista Cláudia Laitano. "O Gaúcho", publicado originalmente em 1986, é um dos mais completos ensaios históricos sobre a origem e a formação do gaúcho.

Depois de passar a infância em São Gabriel, Carlos Reverbel foi para Porto Alegre em 1927. Iniciou na carreira jornalística em 1934, em Florianópolis, SC. Atuou como correspondente internacional em três ocasiões diferentes.

Morou no Rio de Janeiro por um tempo e colaborou com o jornal A Razão, de Santa Maria, RS, e trabalhou na Editora Globo, na Revista do Globo e foi um dos criadores da revista Província de São Pedro. Foi pesquisador da história e da literatura do Rio Grande do Sul e colaborador dos jornais Correio do Povo e Zero Hora.

Carlos Reverbel foi escolhido como o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre de 1993.

Carlos Reverbel (Foto: Dulce Helfer)
Obra Literária

  • 1978 - Barco de Papel (Crônicas)
  • 1980 - Saudações Aftosas (Crônicas)
  • 1981 - Um Capitão da Guarda Nacional (Biografia de Simões Lopes Neto)
  • 1984 - Diário de Cecília de Assis Brasil
  • 1984 - Pedras Altas - A Vida no Campo Segundo Assis Brasil
  • 1985 - Maragatos e Pica-paus
  • 1986 - O Gaúcho
  • 1993 - Arca de Blau (Memórias)