Florestan Fernandes

FLORESTAN FERNANDES
(75 anos)
Sociólogo, Professor e Político

* São Paulo, SP (22/07/1920)
+ São Paulo, SP (10/08/1995)

Foi um sociólogo e político brasileiro. Por duas vezes foi Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores.

Segundo seus próprios relatos, Florestan Fernandes enfrentou, ainda criança, enormes dificuldades para estudar. Filho de mãe solteira, não conheceu o pai. Começou a trabalhar, como auxiliar numa barbearia, aos seis anos. Também foi engraxate.

Estudou até o terceiro ano do primeiro grau. Só mais tarde, voltaria a estudar, fazendo curso de madureza, estimulado por frequentadores do Bar Bidu, no centro de São Paulo, onde trabalhava como garçom.

Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, formando-se em Ciências Sociais. Iniciou sua carreira docente em 1945, como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II.

Na Escola Livre de Sociologia e Política, obteve o título de mestre com a dissertação "A Organização Social dos Tupinambá". Em 1951, defendeu, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a tese de doutoramento "A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá", posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira, que explora com maestria o método funcionalista.

Uma linha de trabalho característica de Florestan nos anos 50 foi o estudo das perspectivas teórico-metodológicas da sociologia. Seus ensaios mais importantes acerca da fundamentação da sociologia como ciência foram, posteriormente, reunidos no livro Fundamentos Empíricos da Explicação Sociológica.

Seu comprometimento intelectual com o desenvolvimento da ciência no Brasil, entendido como requisito básico para a inserção do país na civilização moderna, científica e tecnológica, situa sua atuação na Campanha de Defesa da Escola Pública, em prol do ensino público, laico e gratuito enquanto direito fundamental do cidadão do mundo moderno.

Durante o período, foi assistente catedrático, livre docente e professor titular na cadeira de Sociologia, substituindo o sociólogo e professor francês Roger Bastide em caráter interino até 1964, ano em que se efetivou na cátedra, com a tese "A Integração do Negro na Sociedade de Classes". Como o título da obra permite entrever, o período caracteriza-se pelo estudo da inserção da sociedade nacional na civilização moderna, em um programa de pesquisa voltado para o desenvolvimento de uma sociologia brasileira.

Nesse âmbito, orientou dezenas de dissertações e teses acerca dos processos de industrialização e mudança social no país e teorizou os dilemas do subdesenvolvimento capitalista. Inicialmente no bojo dos debates em torno das reformas de base e, posteriormente, após o golpe de Estado, nos termos da reforma universitária coordenada pelos militares, produziu diagnósticos substanciais sobre a situação educacional e a questão da universidade pública, identificando os obstáculos históricos e sociais ao desenvolvimento da ciência e da cultura na sociedade brasileira inserida na periferia do capitalismo monopolista.

Aposentado compulsoriamente pela Ditadura Militar em 1969, foi Visiting Scholar na Universidade de Columbia, professor titular na Universidade de Toronto e Visiting Professor na Universidade de Yale e, a partir de 1978, professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Em 1975, veio a público a obra A Revolução Burguesa no Brasil, que renova radicalmente concepções tradicionais e contemporâneas da burguesia e do desenvolvimento do capitalismo no país, em uma análise tecida com diferentes perspectivas teóricas da sociologia, que faz dialogar problemas formulados em tom Max Weber com interpretações alinhadas à dialética marxista.

No inicio de 1979, retornou a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, agora reformada, para um curso de férias sobre a experiência socialista em Cuba, a convite dos estudantes do Centro Acadêmico de Ciências Sociais.

Em suas análises sobre o socialismo, apropriou-se de variadas perspectivas do Marxismo clássico e moderno, forjando uma concepção teórico-prática que se diferencia a um só tempo do dogmatismo teórico e da prática de concessões da esquerda.

Em 1986 foi eleito Deputado Constituinte pelo Partido dos Trabalhadores, tendo atuação destacada em discussões nos debates sobre a educação pública e gratuita.

Em 1990, foi reeleito para a Câmara dos Deputados. Tendo colaborado com a Folha de São Paulo desde a década de 1940, passou, em junho de 1989, a ter uma coluna semanal nesse jornal.

O nome de Florestan Fernandes está obrigatoriamente associado à pesquisa sociológica no Brasil e na América Latina. Sociólogo e professor universitário, com mais de cinquenta obras publicadas, ele transformou o pensamento social no país e estabeleceu um novo estilo de investigação sociológica, marcado pelo rigor analítico e crítico, e um novo padrão de atuação intelectual.

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que foi orientado em seus trabalhos acadêmicos por Florestan, estabeleceu com ele forte relação afetiva, mantida até a morte do sociólogo.

Florestan, com graves problemas no fígado, em 1995, submeteu-se a um transplante de fígado mal sucedido na Hospital das Clínicas de São Paulo, realizado pelo professor Silvano Raia.

A causa da morte foi Embolia Gasosa Maciça (bolhas de ar no sangue), 6 dias após sofrer um transplante de fígado.


Pedro Ernesto

PEDRO ERNESTO DO REGO BATISTA
(57 anos)
Médico e Político

* Recife, PE (25/09/1884)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/08/1942)

Médico e político, inicia a carreira pública em 1922, apoiando o Movimento Tenentista. Primeiro prefeito eleito indiretamente para o Rio de Janeiro. Fundou o Partido Autonomista. Construiu escolas e hospitais e é pioneiro na subvenção às Escolas de Samba. Foi preso em 1936 acusado de comunista e foi absolvido (1937).

Médico, iniciou seus estudos universitários na Bahia e concluiu-os no Rio de Janeiro, em 1908. Fixou-se, então, nessa cidade, onde alcançou grande reputação como cirurgião. Associou-se, em 1922, às conspirações empreendidas contra o Governo Federal, embora não tenha tido participação direta na deflagração da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 5 de julho daquele ano, que deu início às revoltas tenentistas.

Em 1924, voltou a participar de articulações contra o Governo Federal e, por conta disso, chegou a ser preso por alguns dias. Nos anos seguintes, enquanto a Coluna Prestes percorria o interior do Brasil em campanha contra o governo de Artur Bernardes, Pedro Ernesto fazia da casa de saúde, de sua propriedade no Rio de Janeiro, refúgio e ponto de encontro dos revolucionários.

Em 1930, participou da campanha de Getúlio Vargas à presidência da República, lançado como candidato de oposição. Em seguida, com a derrota eleitoral de Getúlio Vargas, teve participação ativa na preparação do movimento político-militar que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes, o candidato eleito naquele pleito.

Após a posse do novo governo, foi nomeado diretor da Assistência Hospitalar do Distrito Federal e tornou-se o médico particular de Getúlio Vargas e sua família. Desfrutava, então, de enorme prestígio junto ao novo chefe de governo, participando com freqüência de reuniões no palácio presidencial.

No início de 1931, foi um dos incentivadores da fundação do Clube 3 de Outubro, organização que objetivava conferir maior coesão à atuação dos revolucionários históricos. Ocupou a princípio a vice-presidência e, a partir de junho, a presidência do clube.

Em setembro de 1931, foi nomeado por Getúlio Vargas interventor federal. Em novembro, presidiu o I Congresso Revolucionário, que reuniu no Rio de Janeiro delegados do Clube 3 de Outubro e de outras organizações alinhadas com o novo regime. Nesse congresso foi deliberada a criação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que jamais conseguiu se consolidar de maneira efetiva.

No início de 1933, Pedro Ernesto participou da fundação do Partido Autonomista do Distrito Federal, cujo principal ponto programático era a luta pela autonomia política da cidade do Rio de Janeiro, a capital da República.

Sob sua liderança, o Partido Autonomista venceu as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, onde suas teses foram aprovadas. No ano seguinte, o partido obteria também uma ampla vitória nas eleições para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, elegendo a maior bancada daquela Casa. Os vereadores autonomistas elegeram, então, Pedro Ernesto prefeito do Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro governante eleito da história da cidade, ainda que de forma indireta.

Como interventor federal e, posteriormente como prefeito, marcou seu governo por uma atenção especial às áreas de saúde e educação, essa última dirigida pelo educador Anísio Teixeira.

Em 1935, aproximou-se da Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização de caráter antifascista e anti-imperialista, que reunia comunistas, socialistas, "tenentes" de esquerda.

Em julho de 1935, protestou com veemência contra o fechamento da Aliança, decretada pelo governo e denunciou a articulação de um golpe pelas forças conservadoras. Posteriormente, foi acusado de ter participado das conspirações levadas a cabo por setores da Aliança Nacional Libertadora, com destaque para o Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB), e que levaram à deflagração, em novembro de 1935, dos levantes armados de Natal, Recife e Rio de Janeiro. Embora tenha, de fato, sido convidado por Luís Carlos Prestes, principal líder do movimento, para participar do levante, seu papel naqueles acontecimentos jamais ficou completamente esclarecido.

Em abril de 1936, foi preso e afastado da prefeitura carioca.

Permaneceu no cárcere por mais de um ano, e ao ser solto, em setembro de 1937, foi saudado por calorosas manifestações populares. Pronunciou, nessa ocasião, violento discurso contra o Governo Federal e declarou apoio à candidatura do governador paulista Armando de Sales Oliveira à presidência da República.

As eleições presidenciais, marcadas para janeiro do ano seguinte, acabaram, porém, não se realizando em virtude do golpe de estado decretado por Getúlio Vargas em novembro de 1937, instaurando a ditadura do Estado Novo. Antes disso, em outubro, Pedro Ernesto foi novamente preso. Libertado três meses depois, afastou-se das atividades políticas.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 1942.

Iberê Camargo

IBERÊ BASSANI DE CAMARGO
(79 anos)
Pintor, Gravurista e Professor

* Restinga Seca, RS (18/11/1914)
+ Porto Alegre, RS (09/08/1994)

Iberê Camargo iniciou seus estudos ainda no Rio Grande do Sul, na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria, com Parlagreco e Frederico Lobe. Já em Porto Alegre estudou pintura com João Fahrion.

Em 1942 ele chegou ao Rio de Janeiro, onde cursou a Escola Nacional de Belas Artes. Mas, insatisfeito com a metodologia ali adotada, juntou-se a outros artistas, também insatisfeitos, e com seu professor de gravura, Alberto da Veiga Guignard, para fundar o Grupo Guignard.

Em 1953 tornou-se professor de gravura no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, lecionando mais tarde essa técnica em seu próprio ateliê ou em permanências mais ou menos longas em Porto Alegre e em outras cidades, inclusive do exterior.

Embora Iberê Camargo tenha estudado com figuras marcantes representativas de variadas correntes estéticas, não se pode afirmar que tenha se filiado a alguma. Suas obras estiveram presentes, e sempre reapresentadas, em grandes exposições pelo mundo inteiro, como na Bienal de São Paulo e na Bienal de Veneza.


Prisão

No dia 5 de dezembro de 1980 ocorreu a maior tragédia na vida de Iberê Camargo: o pintor deixou o ateliê mais cedo, à procura de uma loja de cartões natalinos, e quando dobrava uma esquina no bairro de Botafogo, parou para observar a discussão de um casal.

O marido, vestindo apenas um calção, irritou-se: "O que é que está olhando?"

Após um empurra-empurra, Iberê e o desconhecido caíram no chão. Assustado, Iberê sacou a arma e matou o homem. Detido na hora, passou um mês na prisão, até receber habeas corpus.

Vida Pessoal

Iberê Camargo não gostava de cachorros nem de crianças e teve apenas uma filha, Gerci, fruto de um romance passageiro na década de 1930. Renovou as amizades, mas encontrou o verdadeiro companheirismo em 1983, no gato Martim, o seu "cucuruco", como o chamava.

O pintor colocava o bichano no bolso do macacão enquanto preparava seus quadros e fazia questão de que sua esposa, Maria Coussirat Camargo, pusesse um prato de comida para o gato na mesa de jantar. "O animal é melhor do que o homem, que hoje come na tua mesa e amanhã te faz velhacaria", comparava.

Morte

Iberê Camargo sofria de Câncer e morreu vítima de Insuficiência Respiratória em Porto Alegre. Segundo um amigo, Iberê não queria parar de pintar. Na véspera da sua morte, mesmo enfraquecido, o artista fez cinco desenhos a lápis em um pedaço de papel.

O velório do artista aconteceu na pinacoteca do Museu de Artes do Rio Grande do Sul, onde foram colocados trabalhos do pintor e frases escritas por ele.

Morreu dois meses após concluir o painel Solidão, sua última obra.

Fundação

Em 1995, no ano seguinte à sua morte, foi criada a Fundação Iberê Camargo, com sede na antiga moradia do artista, no bairro Nonoai, para conservar, catalogar e promover obra de Iberê. Mais tarde, a sede mudou-se para o bairro Cristal, em um prédio projetado pelo renomado arquiteto português Álvaro Siza Vieira.


Hekel Tavares

HEKEL TAVARES
(73 anos)
Compositor, Maestro e Arranjador

☼ Satuba, AL (16/06/1896)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/08/1969)

Hekel Tavares foi um compositor, maestro e arranjador brasileiro nascido em Satuba, AL, no dia 16/06/1896.

Hekel Tavares estudou piano com uma tia e, ainda criança, aprendeu harmônica e cavaquinho, mas sua maior paixão era a música popular, principalmente a que vinha dos cantadores de desafios e dos reisados.

Foi para o Rio de Janeiro em 1921 e lá começou a estudar Orquestração com o maestro J. Otaviano.

Ao lado de Waldemar Henrique da Costa Pereira, Marcelo Tupinambá e Henrique Vogeler, sob a influência nacionalista da Semana de Arte Moderna (1922), criou um tipo de música situado na fronteira do erudito e do popular.

Iniciou-se profissionalmente como compositor de Teatro de Revista, fazendo em 1926 a música para a peça carnavalesca "Está na Hora", de Goulart de Andrade, levada no Teatro Glória. Ainda em 1926 apareceu regendo uma orquestra na revista "Plus-Ultra", no mesmo teatro.

Sua primeira composição de sucesso foi "Suçuarana" (Hekel TavaresLuiz Peixoto), lançada em 1927.

Em 1927, para o Teatro de Brinquedo, idealizado por Álvaro Moreyra e outros, que funcionava no subsolo do Teatro Cassino Beira-Mar, musicou a peça de estréia, sendo também o pianista desse espetáculo e de outros que se seguiram. Essa experiência de teatro ligeiro e elegante teve pouca duração, pois era ainda muito reduzido o público de alta classe média, para o qual eram dirigidos os espetáculos.


Assim, ainda em 1927, o compositor se viu na contingência de voltar às revistas mais populares dos teatros da Praça Tiradentes e foi também em uma parceria com o compositor Luiz Peixoto seu maior êxito popular com a música "Casa de Caboclo" gravada por Gastão Formenti na gravadora Parlophon em 1928. No mesmo ano de 1928, Patrício Teixeira gravou "Eu Ri da Lagartixa", também lançada na Parlophon.

No início da década de 30, Hekel Tavares compôs com muitos parceiros entre os quais Joraci Camargo com quem fez "Favela e Leilão", com Ascenso Ferreira "Chove!… Chuva!…", com Álvaro Moreyra "Bahia", com Murilo Araújo Banzo e com Luís Peixoto as músicas "Na Minha Terra Tem" e "Felicidade".

Em 1933, Jorge Fernandes registrou "O Que Eu Queria Dizer Ao Teu Ouvido" (Hekel Tavares e Mendonça Júnior) e "Guacyra" (Hekel Tavares e Joraci Camargo) pela gravadora Odeon.

Lançou sua primeira composição erudita, "André de Leão e o Demônio de Cabelo Encarnado", tendo como base um poema de Cassiano Ricardo em 1935.

Jorge Fernandes gravou "Caboclo Bom", música composta em parceria com Raul Pederneiras, em 1942, pela gravadora Columbia.

Autor de mais de 100 músicas, de 1949 a 1953 percorreu quase todo o Brasil, em missão especial do então Ministério da Educação e Saúde Pública, pesquisando motivos folclóricos que utilizaria em diversas obras, como no poema sinfônico "O Anhangüera", canção com argumento de sua esposa, Marta Dutra Tavares, e poemas de Murilo Araújo, e também, toadas sertanejas, maracatus, fox-trot.


Fez com o ritmo alagoano coco obras sinfônicas, peças clássicas como o "Concerto Para Piano" e "Orquestra em Formas Brasileiras", obras para piano e violino, coro misto, solistas e coros infantis entre outros motivos folclóricos e regionais, tais como: "Engenho Novo" e "Bia-tá-tá".

Ainda com o material obtido na viagem, em 1955 fez "Oração do Guerreiro", para baixo profundo. Compôs ainda o "Concerto, Para Piano e Orquestra", "Concerto em Formas Brasileiras", para violino e orquestra, "O Sapo Dourado" "A Lenda do Gaúcho", fantasias infantis.

Deixou inacabados: "Rapsódia Nordestina" e "Fantasia Brasileira", ambas para piano e orquestra, e o drama folclórico "Palmares".

Mas Hekel Tavares, pessoa tão importante no cenário musical do inicio do século passado, acabou passando despercebido pela maioria por causa da retirada da educação musical das escolas em 1960, motivo pelo qual infelizmente nós brasileiros ficamos a mercê de uma formação musical totalmente influenciada pelo mercado discográfico, ou seja, condenados a alienação de ouvir as últimas sensações do momento.

Ficam assim desconhecidos os bons e importantes músicos que fizeram o brilhante passado da nossa música, e é justamente por conta disso que não chegam aos nossos ouvidos músicas tão boas quanto às do célebre maestro alagoano Hekel Tavares.

É creditada a Hekel Tavares a autoria da famosa música "As Penas do Tiê", que foi motivo de batalha judicial com o cantor Raimundo Fagner.

Fonte: Wikipédia