Moreno

JORGE BASTOS MORENO
(63 anos)
Jornalista

☼ Cuiabá, MT (23/04/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/06/2017)

Jorge Bastos Moreno foi um jornalista brasileiro nascido em Cuiabá, MT, no dia 23/04/1954. Morou em Brasília desde a década de 70. Há 10 anos morava no Rio de Janeiro.

Com mais de 40 anos de carreira, Moreno era dono de uma invejável agenda de fontes, que inclui os principais políticos e os grandes nomes do mundo artístico do país. Moreno foi colunista do jornal O Globo, onde escrevia semanalmente sobre política, e dono do Blog do Moreno, onde também tratava de política num estilo informal, com informações dos bastidores do poder em Brasília.

Trabalhou no jornal O Globo por cerca de 35 anos, onde chegou a dirigir a sucursal de Brasília. Sua importância era tamanha que, nos corredores do Congresso Nacional, enquanto repórteres costumavam chamar "Senador, Senador" ou "Deputado, Deputado", em busca de uma informação, com Moreno era o contrário: Ao entrar no Congresso, eram os políticos que o chamavam, "Moreno, Moreno".

Em março de 2017, estreou na Rádio CBN com o programa semanal "Moreno no Rádio".


Moreno lecionava na Universidade Paulista (UNIP) de Brasília. Ele era um apaixonado por todas as plataformas de notícia. A todo instante, abastecia também o Blog do Moreno.

Desde 10/03/2017, comandava o talk show "Moreno no Rádio", na CBN, às sextas-feiras à tarde. Era também o âncora do programa "Preto no Branco", do Canal Brasil, e fazia sucesso com suas participações frequentes na Globo News. Também em março, Moreno lançou o livro "Ascensão e Queda de Dilma Rousseff", transformando em relato histórico aquela que talvez seja a forma mais efêmera de comunicação dos tempos digitais: As mensagens de Twitter. Em centenas de microtextos de até 140 caracteres, Moreno teceu comentários que remontam a meados de 2010, quando Dilma Rousseff se preparava para sua primeira eleição à Presidência da República, e vão até agosto de 2016, mês em que a petista teve seu mandato cassado no Senado Federal.

Moreno era também autor de "A História de Mora - A Saga de Ulysses Guimarães", lançado em 2013, após ser publicado em forma de série pelo Globo. O livro, que mistura realidade e ficção, traz episódios em torno da figura de Ulysses Guimarães contados por um narrador especial: Dona Ida Maiani de Almeida, carinhosamente apelidada de Mora.


Moreno foi o primeiro jornalista a noticiar a escolha do general João Baptista de Oliveira Figueiredo como sucessor do também general Ernesto Geisel na Presidência da República, quando ainda era repórter do Jornal de Brasília.

Moreno também teve papel importante com a publicação de informações em 1992 que levaram ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Quando a própria CPI do PC procurava uma prova cabal que ligasse o presidente aos cheques de "fantasmas" que vinham do esquema PC, foi Moreno que revelou que um Fiat Elba de propriedade do presidente tinha sido comprado pelo "fantasma" José Carlos Bonfim. Uma informação que ainda não era do conhecimento nem do relator da CPI, deputado Benito Gama, nem de seu presidente Amir Lando. A manchete do Globo selava o destino do presidente Fernando Collor.

Moreno venceu o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999, com a notícia da queda do então presidente do Banco Central, Gustavo Franco, e a consequente desvalorização do real. Moreno teve acesso à noticia no início da madrugada, avisou aos diretores e conseguiu um feito: Parou as máquinas do jornal para que seus leitores tivessem ao acordar a notícia.

Moreno foi considerado um dos mais respeitados repórteres políticos do Brasil.

Morte

Jorge Bastos Moreno, faleceu na madrugada de quarta-feira, 14/06/2017, aos 63 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo O Globo, onde trabalhou por 35 anos, ele sofreu um edema agudo de pulmão, decorrente de complicações cardiovasculares, por volta da 1h00.

Publicações
  • 2017 - Ascensão e Queda de Dilma Rousseff
  • 2013 - A História de Mora - A Saga de Ulysses Guimarães

Indicação: Miguel Sampaio