Genival Santos

GENIVAL SANTOS
(70 anos)
Cantor

* Campina Grande, PB (21/05/1944)
+ Fortaleza, CE (18/11/2014)

O cantor Genival Santo, paraibano da cidade de Campina Grande, chegou ao Rio de Janeiro ainda criança, onde conheceu o sucesso e viveu boa parte da sua vida.  Há alguns anos mudou-se para Fortaleza, onde atualmente morava. Continuava em plena atividade, fazendo shows por todo território nacional, levando um público com idades bem variadas, desde seus fãs da década de 70 até os mais jovens que o admiravam e participavam de seus shows.

Genival Santos iniciou sua carreira no programa de Flávio Cavalcanti, e passou a ser conhecido pelo Brasil inteiro por suas músicas "Meu Coração Pede Paz", "Se Errar Outra Vez", "Sendo Assim" e "Eu Não Sou Brinquedo". Despontando nas paradas de sucesso com "Eu Te Peguei No Flagra", na época o cantor barrou grandes nomes da música vendendo mais de 80 mil cópias logo em sua estréia. De acordo com informações de produtores do cantor, ele lançou 28 discos e vendeu cinco milhões de cópias ao longo de sua carreira.

Morte

Genival Santos morreu na terça-feira, 18/11/2014, às 14:45 hs, aos 70 anos. O falecimento aconteceu no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM). Ele sofria de doença pulmonar e morreu numa enfermaria onde ficam pacientes de pulmão.

Internado no Hospital de Messejana desde o dia 12/11/2014, o artista lutava contra um câncer no pulmão. Mas, no período em que esteve no hospital, conservou o bom humor e permaneceu consciente todo o tempo. O corpo foi velado posteriormente na Funerária Alvorada e o enterro ocorreu às 15:00 hs de quarta-feira, 19/11/2014, no Cemitério Jardim Metropolitano.

"Ele estava sedado, só esperando Deus chamar. Ele já estava fazendo tratamento desde março. Pegou uma pneumonia, depois uma trombose, que complicou", disse a viúva de Genival Santos

Há dois dias, o filho e também cantor Rodrigo Santos havia agradecido pelas redes sociais o carinho dos fãs e amigos.

"Obrigado a todos que estão indo ao hospital ver meu pai. Esse Carinho de vocês me dá força, e que Jesus abençoe a vida de todos! Obrigado mesmo!"

Indicação: Miguel Sampaio

Márcio de Souza Mello

MÁRCIO DE SOUZA MELLO
(84 anos)
Militar e Presidente do Brasil

* Florianópolis, SC (26/05/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/01/1991)

Márcio de Souza Mello foi um militar brasileiro, marechal-do-ar da Força Aérea Brasileira. Nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 26/05/1906.

No final dos anos 1940, o filho de contra-almirante, que ingressara na Escola Militar do Realengo em 1925, no Rio de Janeiro, foi designado adido aeronáutico junto às embaixadas brasileiras em Buenos Aires e Montevidéu. Nessa função, estreitou laços de amizade com Arthur da Costa e Silva, à época adido militar e que na ocasião do 13/12/1968 era o presidente do Brasil.

O leitor assíduo de Eça de Queirós, e representante da linha dura das Forças Armadas, ocupou, em 1964, o cargo de ministro da Aeronáutica por 22 dias, no governo Castelo Branco. Pediu a exoneração da posição por discordar da decisão presidencial sobre a posse de um porta-aviões. Dois anos depois foi empossado novamente à frente do Ministério da Aeronáutica, a pedido de Arthur da Costa e Silva.

Exerceu o cargo de presidente da República numa junta composta pelos ministros Augusto Hamann Rademaker Grünewald, da Marinha, Aurélio de Lyra Tavares, do Exército, e Márcio de Souza e Mello, da Aeronáutica, em 31/08/1969, quando o presidente Artur da Costa e Silva foi afastado devido a uma trombose cerebral. A nomeação da junta composta por militares foi feita pelo Alto Comando das Forças Armadas, que temia a abertura do Congresso e suspensão dos atos institucionais que vigoravam.

Augusto Rademaker, Márcio de Souza Mello e Aurélio de Lyra Tavares
Em entrevista para o livro "1968, o Ano Que Não Terminou", de Zuenir Ventura, Márcio de Souza Mello admitiu a existência do plano de utilizar o Para-Sar, unidade de buscas e salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB), na contenção dos "subversivos", fato que negou quando surgiu a denúncia, em outubro de 1968.

Este período teve grande conturbação política, incluindo o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick no Rio de Janeiro, em 04/09/1969, por movimentos rebeldes Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 (MR-8). Entre outras exigências, os militantes exigiam a libertação de presos políticos. O governo atendeu a condição dos sequestradores e libertou 15 pessoas em troca da liberdade do embaixador.

Após o episódio, o governo militar decretou mais dois atos institucionais, o AI-13, que estabeleceu a pena de banimento em caso de ameaça à segurança do Estado e o AI-14, que instituiu a pena de morte e prisão perpétua para casos de guerra revolucionária ou subversiva.

Em outubro de 1969, a junta militar editou o AI-16, que extinguiu o mandato do presidente Costa e Silva e de seu vice Pedro Aleixo e criou um calendário para a nova eleição presidencial.


Numa manobra política para acabar com a oposição à indicação do general Emílio Garrastazu Médici, foi instituído ainda o AI-17, que mandava para a reserva os militares considerados ameaçadores à coesão das forças armadas.

Ainda com o objetivo de reprimir os movimentos de esquerda, a junta editou a emenda constitucional número 1 ao AI-5, um dos mais populares que foi criado em 1967 instituindo a censura, através da qual aumentavam os poderes punitivo e repressivo do Estado.

Em 22/10/1969, o Congresso Nacional foi reaberto para eleger Emílio Garrastazu Médici como presidente e Augusto Hamann Rademaker Grünewald, como vice.

Márcio de Souza Mello foi novamente ministro da Aeronáutica durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, mas pediu exoneração do cargo em 26/11/1971.

Exatos dez anos após a assinatura do AI-5, em dezembro de 1978, o ministro da Aeronáutica declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que assinara o documento "porque sabia de sua transitoriedade ou, pelo menos, assim imaginava (...) Não se pode negar que foi desvirtuado (...) dos ideais revolucionários". Estava afastado da vida pública havia sete anos, quando foi exonerado do cargo de ministro no governo de  Emílio Garrastazu Médici, devido a conflito de doutrina na direção da Aeronáutica.

Márcio de Souza Mello morreu no Rio de Janeiro, em 31/01/1991 aos 85 anos. Foi casado e teve duas filhas.

Promoções
  • Tornou-se praça em 31/03/1925
  • Aspirante a oficial em 20/01/1928
  • Segundo-tenente em 09/08/1928
  • Primeiro-tenente em 14/08/1930
  • Capitão em 16/06/1933
  • Major em 07/09/1938
  • Tenente-coronel em 20/12/1941
  • Coronel em 01/11/1946
  • Brigadeiro em 10/04/1954
  • Major-brigadeiro em 22/04/1961


Aurélio de Lyra Tavares

AURÉLIO DE LYRA TAVARES
(93 anos)
Militar e Presidente doo Brasil

* João Pessoa, PB (07/11/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/11/1998)

Aurélio de Lyra Tavares foi um general de exército brasileiro, membro da junta provisória que governou o Brasil durante sessenta dias, de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969.

Aluno da Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, formou-se também em direito e em engenharia.

Aurélio de Lyra Tavares nasceu na cidade da Paraíba (atual João Pessoa), na Paraíba, em 07/11/1905. Militar, fez parte do Estado-Maior do Exército, onde foi encarregado de organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e comandou o 4º Exército pelo período de governo de Castelo Branco

Foi Comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), entre 28 de setembro de 1966 e 13 de março de 1967. Em seguida, foi ministro do Exército no governo Costa e Silva, de 1967 a 1969.

Exerceu o cargo de presidente da República numa junta composta pelos ministros Augusto Hamann Rademaker Grünewald, da Marinha, Aurélio de Lyra Tavares, do Exército, e Márcio de Souza e Mello, da Aeronáutica, em 31/08/1969, quando o presidente Artur da Costa e Silva foi afastado devido a uma trombose cerebral. A nomeação da junta composta por militares foi feita pelo Alto Comando das Forças Armadas, que temia a abertura do Congresso e suspensão dos atos institucionais que vigoravam.

Este período teve grande conturbação política, incluindo o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick no Rio de Janeiro, em 04/09/1969, pelos movimentos rebeldes Ação Libertadora Nacional (ALN) e Movimento Revolucionário 8 (MR-8). Entre outras exigências, os militantes exigiam a libertação de presos políticos. O governo atendeu a condição dos sequestradores e libertou 15 pessoas em troca do embaixador.


Após o episódio, o governo militar decretou mais dois atos institucionais, o AI-13, que estabeleceu a pena de banimento em caso de ameaça à segurança do Estado e o AI-14, que instituiu a pena de morte e prisão perpétua para casos de guerra revolucionária ou subversiva.

Em outubro de 1969, a junta militar editou o AI-16, que extinguiu o mandato do presidente Costa e Silva e de seu vice Pedro Aleixo e criou um calendário para a nova eleição presidencial. Numa manobra política para acabar com a oposição à indicação do general Emílio Garrastazu Médici, foi instituído ainda o AI-17, que mandava para a reserva os militares considerados ameaçadores à coesão das forças armadas.

Ainda com o objetivo de reprimir os movimentos de esquerda, a junta editou a emenda constitucional número 1 ao AI-5, um dos mais populares dos atos, que foi criado em 1967 instituindo a censura, através da qual aumentavam os poderes punitivo e repressivo do Estado. 

Em 22/10/1969, o Congresso Nacional foi reaberto para eleger Emílio Garrastazu Médici como presidente e Augusto Hamann Rademaker Grünewald, como vice.

Amante das letras, Aurélio Lyra  dirigiu, durante seu período no Colégio Militar, a revista literária "A Inspiração", dos alunos do colégio. A literatura e a poesia eram, ao lado do Exército, a grande paixão do general. Um pouco antes de assumir o cargo de embaixador, em abril de 1970, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), ganhando a disputa contra o poeta Lêdo Ivo

Augusto Rademaker, Márcio de Souza Mello e Aurélio de Lyra Tavares
No dia de sua nomeação para a Academia Brasileira de Letras, uma festa foi organizada na casa de seu irmão, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Brincou com os jornalistas presentes e, ao ser questionado se iria tomar parte da "revolução da linguagem", tentou fugir da pergunta, mas acabou respondendo de forma bem humorada: "Lá vem você com revolução. Mas que revolução? Está bem, pronto, vou tomar, sim".

Na mesma ocasião afirmou ser um romântico e contou que havia jogado como meia-direita do Fluminense, numa época em que, pelos jogos, "só se ganhava uma garrafa de gasosa".

Aurélio Lyra publicou 17 livros, a grande maioria versando sobre historiografia militar. Nos dois volumes de o "O Brasil de Minha Geração", de 1976 e 1977, contou a história da "revolução" e da ditadura, atendo-se, no entanto, a uma mera cronologia dos fatos. Também escreveu poesias, sob o pseudônimo "Adelita", formado pela combinação das primeiras sílabas de seu nome e sobrenomes.

Após voltar da França, recusava-se sistematicamente a conceder entrevistas sobre questões políticas. Dizia que, depois "daquilo" (AI-5), havia morrido para outras coisas.

"Dedico minha vida à Academia Brasileira de Letras e ao Instituto Histórico, nada mais"

Depois de compor a junta militar, foi embaixador do Brasil em Paris, de 1970 a 1974. Foi ainda o autor da letra da "Canção da Engenharia" do Exército Brasileiro.

Aurélio Lyra teve duas filhas. Sobre a neta que vivia na Bahia com a mãe, disse, uma vez, "avô é pai com mel" e reclamou da saudade. Fazia caminhadas regulares na orla de Copacabana, bairro onde morou pela maior parte de sua vida.

Aurélio de Lyra Tavares faleceu no Rio de Janeiro, em 18/11/1998, aos 93 anos de idade vítima de uma parada cardíaca.

Obras
  • 1931 - Domínio Territorial do Estado
  • 1942 - História da Arma de Engenharia
  • 1951 - Quatro Anos na Alemanha Ocupada
  • 1955 - Território Nacional
  • 1965 - Temas da Vida Militar
  • 1965 - A Engenharia Militar Portuguesa na Construção do Brasil
  • 1968 - Além dos Temas da Caserna
  • 1973 - A Independência do Brasil na Imprensa Francesa
  • 1973 - A Amazônia de Júlio Verne
  • 1976 - O Brasil de Minha Geração
  • 1977 - O Brasil de Minha Geração
  • 1978 - Brasil-França ao Longo de Cinco Séculos
  • 1981 - Crônicas Ecléticas
  • 1981 - Vilagran Cabrita e a Engenharia de Seu Tempo
  • 1982 - Reminiscências Literárias
  • 1984 - O Centenário de Augusto dos Anjos
  • 1985 - Nosso Exército, Essa Grande Escola
  • 1987 - Aristides Lobo e a República


E muitas outras conferências e discursos sobre temas militares.