José Linhares

JOSÉ LINHARES
(70 anos)
Advogado e Presidente do Brasil

* Baturité, CE (28/01/1886)
+ Caxambu, MG (26/01/1957)

Foi um advogado brasileiro e Presidente da República durante três meses e cinco dias, de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946. Foi o primeiro cearense Presidente do Brasil.

José Linhares nasceu em Baturité, CE, em 28 de janeiro de 1886. Formado em direito, foi nomeado Desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal logo após a Revolução de 1930 e assumiu o ministério do Supremo Tribunal Federal em 1937 e a vice-presidência da Corte em 1940.

Exercia o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal quando o então Presidente da República, Getúlio Vargas, foi deposto, em 29 de outubro de 1945. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral assumiu a Presidência do Brasil e ocupou o cargo até 31 de janeiro de 1946. Sua gestão foi marcada principalmente por medidas que buscavam retomar a democracia no país.

O Estado Novo de Getúlio Vargas, que era marcado pela intervenção governista, começou a ser mudado por José Linhares, que substituiu os interventores em cada estado brasileiro por membros do Poder Judiciário, que receberam poderes para elaborar uma nova Constituição. Extinguiu o Tribunal de Segurança Nacional, o Conselho de Economia Popular e houve fim do Estado de Emergência, instituído na Constituição de 1937.

Entre suas medidas econômicas, José Linhares teve como foco conter a inflação e, manteve a polêmica Lei Antitruste criada por Getúlio Vargas e que havia contribuído para sua deposição. Por meio de eleição indireta, Eurico Gaspar Dutra foi eleito Presidente da República em dezembro de 1945.

José Linhares voltou a exercer o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal entre 1951 e 1956.

José Linhares morreu na cidade de Caxambu, MG, no dia 26 de janeiro de 1957.

Visconde de Taunay

ALFREDO MARIA ADRIANO D'ESCRAGNOLLE TAUNAY
(56 anos)
Nobre, Escritor, Músico, Artista Plástico, Professor, Compositor, Instrumentista, Engenheiro Militar, Político, Historiador e Sociólogo

* Rio de Janeiro, RJ (22/01/1843)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/01/1899)

Foi o primeiro e único Visconde de Taunay.

Alfredo Taunay nasceu em uma família aristocrática de origem francesa no Rio de Janeiro. Seu pai, Félix Émile Taunay, era pintor, professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes e seu avô paterno foi o conceituado Nicolas-Antoine Taunay. Sua mãe, Gabriela Hermínia Robert d'Escragnolle Taunay, fora uma dama da alta sociedade brasileira e era irmã do Barão d'Escragnolle e filha do Conde d'Escragnolle.

Família e Educação

Após obter seu bacharelado em literatura no Colégio Pedro II em 1858, aos quinze anos de idade, Taunay estudou física e matemática no Colégio Militar do Rio de Janeiro, tornando-se bacharel em matemática e ciências naturais em 1863.

Casou-se com Cristina Teixeira Leite, filha do Barão de Vassouras, neta do primeiro Barão de Itambé e sobrinha-neta do Barão de Aiuruoca. Seu filho foi o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, membro-fundador da Academia Brasileira de Letras.

Guerra do Paraguai e Carreira Política

Taunay lutou na Guerra do Paraguai como engenheiro militar, de 1864 a 1870. Desta experiência surgiu seu livro "A Retirada da Laguna" (1869).

Após seu retorno ao Rio de Janeiro, Taunay lecionou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e iniciou simultaneamente sua carreira como político do Segundo Império.

Atingiu o posto de major em 1875. Foi eleito para a Câmara dos Deputados pela Província de Goiás em 1872, cargo para o qual seria reeleito três anos mais tarde.

No dia 26 de abril de 1876, foi nomeado presidente da Província de Santa Catarina. Assumiu o cargo de 7 de junho de 1876 a 2 de janeiro de 1877, quando o passou ao vice-presidente Hermínio Francisco do Espírito Santo, que presidiu a província por apenas um dia. Em 1 de janeiro de 1877, durante seu mandato como presidente, ele havia inaugurado, no Largo do Palácio, atual Praça Quinze de Novembro, o monumento aos heróis catarinenses da Guerra do Paraguai.

Inconformado com a queda do Partido Conservador, Taunay retirou-se da vida política em 1878, deixando o país para estudar, durante dois anos, na Europa.

Em 1881 é eleito deputado pela Província de Santa Catarina e, em 1885, nomeado presidente da Província do Paraná. Em Curitiba, foi um dos responsáveis pela criação do primeiro parque da cidade, o Passeio Público, inaugurado em 2 de maio de 1886 (véspera do dia da entrega do cargo).

Exerceu tal cargo até 3 de maio de 1886. Neste ano, torna-se senador por Santa Catarina, tendo sido escolhido de uma lista tríplice pelo Imperador em 6 de setembro de 1886, sucedendo Jesuíno Lamego da Costa.

Recebeu o título nobiliárquico de Visconde de Taunay de Dom Pedro II em 6 de setembro de 1889. Com a Proclamação da República naquele mesmo ano, Taunay deixou a política para sempre.

Carreira Literária e Artística

Crítico das influências da literatura francesa, Taunay buscava promover a arte brasileira no exterior. No dia 21 de agosto de 1883 propõe à Câmara dos Deputados a autorização de uma soma para a realização de uma sinfonia por Leopoldo Miguez em Paris, nos Concerts-Collone. Anteriormente fora responsável pela promoção de Carlos Gomes no exterior.

Taunay foi um autor prolífico, produzindo ficção, sociologia, música (compondo e tocando) e história. Na ficção, a obra Inocência é considerada pelos críticos como seu melhor livro.


Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira nº 13, que tem como patrono Francisco Otaviano.

Faleceu Diabetico no dia 25 de janeiro de 1899.

Paulo Villaça

PAULO VILLAÇA
(58 anos)
Ator, Professor, Jornalista e Publicitário

☼ Bauru, SP (1933)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/01/1992)

Paulo Villaça nasceu em Bauru, interior de São Paulo, em 1946. Professor de literatura, jornalista e publicitário, abandonou a profissão de professor de grego para, aos 32 anos, estrear na carreira artística.

Depois de passar pela Escola de Arte Dramática (EAD) e pelo Teatro Oficina, estreia no cinema, protagonizando um dos filmes mais importantes do Cinema Marginal e Clássico do cinema brasileiro, em 1968, "O Bandido da Luz Vermelha", de Rogério Sganzerla.

Na sequência, foi um dos atores mais presentes no cinema nacional, participando em mais de 20 filmes, como "A Mulher de Todos" (1969), "Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa" (1971), "A Dama do Lotação" (1978), "Aventuras de um Paraíba" (1983), "A Dama do Cine Xangai" (1985), entre outros.

Paulo Villaça e Helena Ignes em cena do filme "O Bandido da Luz Vermelha"
No teatro, contracenou com Marília Pêra em 1969, na peça "Fala Baixo Senão Eu Grito", texto de estreia da dramaturga Leilah Assumpção, com direção de Clóvis Bueno. Mas seu grande momento nos palcos é na montagem de "Navalha na Carne", de Plínio Marcos, em 1968, ao lado de Ruthinéa de Moraes e Edgard Gurgel Aranha.

Na televisão, atuou nas novelas "O Bofe" (1972) e nas minisséries "Quem Ama Não Mata" (1982) e "Anos Dourados" (1986), da TV Globo.

Nos anos 70 foi casado com a atriz Marília Pêra.

Paulo Villaça morreu no dia 24/01/1992, no Rio de Janeiro, devido a complicações de saúde provocadas pelo vírus da AIDS, mas pediu para ser cremado em São Paulo.

Paulo Villaça e Sônia Braga em "A Dama do Lotação"
Cinema

  • 1992 - Perfume de Gardênia ... Ladrão
  • 1990 - O Quinto Macaco ... Watts
  • 1988 - Prisoner Of Rio ... Drº Falcão
  • 1988 - Banana Split
  • 1987 - A Dama do Cine Shanghai ... Desdino
  • 1987 - Leila Diniz
  • 1987 - Quincas Borba ... Quincas Borba
  • 1987 - Eternamente Pagu
  • 1986 - O Homem da Capa Preta ... Maragato
  • 1986 - Fulaninha
  • 1982 - Aventuras de um Paraíba
  • 1982 - Rio Babilônia ... Dante
  • 1981 - O Torturador
  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1979 - A República dos Assassinos
  • 1979 - O Princípio do Prazer
  • 1978 - O Gigante da América
  • 1978 - A Dama do Lotação
  • 1978 - Nos Embalos de Ipanema ... André
  • 1977 - Paranóia ... João
  • 1977 - Gente Fina é Outra Coisa
  • 1977 - Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia
  • 1974 - O Forte
  • 1974 - O Lobisomem
  • 1973 - Sagarana, o Duelo
  • 1972 - Revólveres Não Cospem Flores
  • 1971 - Mangue Bangue
  • 1971 - Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa ... O amigo
  • 1971 - Um Pistoleiro Chamado Caviúna
  • 1970 - OSS 117 Prend Des Vacances
  • 1970 - Copacabana Mon Amour ... Drº Grilo
  • 1970 - Beto Rockfeller
  • 1970 - Jardim de Guerra
  • 1970 - Perdidos e Malditos
  • 1970 - Os Senhores da Terras
  • 1969 - A Mulher de Todos ... Ramón
  • 1978 - O Bandido da Luz Vermelha ... O Bandido
  • 1968 - O Matador

Paulo Villaça e Denise Bandeira na minissérie "Anos Dourados"
Televisão

  • 1990 - Barriga de Aluguel
  • 1990 - Fronteiras do Desconhecido
  • 1989 - Colônia Cecília ... Delegado Tavares
  • 1988 - Vale Tudo ... Gustavo
  • 1988 - Chapadão do Bugre ... Perciva
  • 1987 - Helena ... Salvador
  • 1986 - Selva de Pedra ... Juiz
  • 1986 - Anos Dourados ... Joel
  • 1985 - Armação Ilimitada
  • 1985 - Tudo em Cima ... Drº Ciro Benetti
  • 1984 - A Máfia no Brasil ... Alfredo Adauto
  • 1982 - Quem Ama Não Mata ... Raul
  • 1981 - Os Adolescentes ... Odilon
  • 1972 - O Bofe ... Paulo
  • 1969 - Super Plá ... Cícero
  • 1967 - O Jardineiro Espanhol
  • 1967 - O Morro dos Ventos Uivantes ... José

Leônidas

LEÔNIDAS DA SILVA
(90 anos)
Jogador de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/09/1913)
┼ Cotia, SP (24/01/2004)

Leônidas da Silva, o Diamante Negro, foi um jogador de futebol brasileiro, considerado um dos mais importantes da primeira metade do século XX. Tetracampeão fluminense pelo Botafogo, em 1935, primeiro campeonato oficial, no regime profissional, e pentacampeão paulista pelo São Paulo. Foi ele quem inventou o gol de bicicleta.

Nascido em São Cristóvão, era filho de Dona Maria e de Manoel Nunes da Silva. Na infância era torcedor do Fluminense, encantado que foi com o grande time tricolor tricampeão carioca em 1917/1918/1919.

Conhecido como o Diamante Negro ou Homem-Borracha, Leônidas da Silva começou sua carreira em 1923 no infantil do São Cristóvão do Rio de Janeiro.

Em 1929 passou a jogar pelo Sirio Libanês, e no mesmo ano disputou o Campeonato da Liga Brasileira pelo Sul América sagrando-se campeão. Ainda em 1929 foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira de Futebol, onde estreou fazendo dois gols.

Em 1931 passou a atuar pelo Bonsucesso onde ficou até o final de 1932, tendo sido convocado diversas vezes para a Seleção Carioca de Futebol, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1931, além de ser o maior artilheiro da história do Bonsucesso.

No Bonsucesso, Leônidas também jogou Basquete, tendo conquistado campeonato desta modalidade esportiva.


Em 1933 foi jogar pelo Peñarol do Uruguai onde ajudou o clube a conquistar o vice-campeonato.

Em 1934 retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco da Gama, o qual ajudou a ganhar o Campeonato Carioca de Futebol de 1934.

A sua primeira competição importante com a camisa da Seleção Brasileira de Futebol foi a Copa do Mundo de 1934, na Itália. O Brasil fez uma péssima campanha, perdendo logo na estréia e sendo eliminado, mas Leônidas marcou o único gol do Brasil na competição.

Em 1935 mudou novamente de clube, indo atuar no Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca, e em 1939, pelo Flamengo chegou ao tri-campeonato estadual, por 3 equipes diferentes. No Flamengo consolidou sua imagem como ídolo nacional e ajudou a combater o preconceito, sendo um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube.

Em 1938, foi artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, incluindo três marcados contra a Seleção Polonesa. O Brasil conseguiu a sua melhor participação em mundiais até então, ficando com a terceira colocação. Posteriormente, Lêonidas foi escolhido o melhor jogador do mundial.

Em 1942 transferiu-se para São Paulo e atuou no São Paulo por onde passou dificuldades financeiras devido ao atraso de pagamentos do clube diante da falência. Foi cinco vezes campeão paulista, tornando-se um dos maiores ídolos da história do São Paulo, sendo homenageado no museu do clube com uma réplica de uma bicicleta que ele executou.

Durante a década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, os mundiais que seriam realizados em 1942 e 1946 foram cancelados, prejudicando enormemente jogadores como Leônidas, que não tiveram a oportunidade de se tornar conhecidos e reconhecidos mundialmente.

Após a Carreira de Futebolista

Depois de abandonar os gramados, em 1951, ainda continuou ligado ao esporte. Foi dirigente do São Paulo, logo depois virou comentarista esportivo, sendo considerado por muitos um comentarista direto, duro e polêmico. Chegou a ganhar sete Troféus Roquette Pinto.

Sua carreira de radialista teve que ser interrompida em 1974 devido a doença Mal de Alzheimer. Durante trinta anos ele viveu em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo até morrer, em 24/01/2004, por causa de complicações relacionadas à doença.

A sua esposa e fiel companheira, Albertina Pereira dos Santos, foi quem cuidou dele até seus últimos dias. Todos os dias ela visitava o marido e passava o tempo com ele, cuidando do ex-craque.

O tratamento foi mantido pelo São Paulo, último time que Leônidas defendeu como jogador. Foi enterrado no Cemitério da Paz, em São Paulo.

Graças ao trabalho de pessoas esforçadas o legado do Diamante Negro jamais será esquecido, mesmo o Brasil sendo considerado uma país que não dá atenção aos ídolos do passado.

Foi lançada uma biografia do atleta e sua vida vai ser transformada em filme. Tudo para que os amantes do futebol não esqueçam desse que foi um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Alguns acham que isso ainda é pouco, já que Leônidas foi um dos maiores ídolos do Brasil, até o aparecimento de Pelé, no final dos anos 50.

Alguns consideram Leônidas melhor que Pelé, porém é algo que ficará incerto, visto que os jogos ainda não eram televisionados na época em que Leônidas atuava como jogador.

A "Bicicleta"

Leônidas recebeu o crédito por ter inventado a "Bicicleta". Ele mesmo se autoproclamava o inventor da plástica jogada. Alguns afirmam ter sido criada por um outro jogador brasileiro, Petronilho de Brito, e que Leônidas apenas a teria aperfeiçoado.

A primeira vez que Leônidas executou essa jogada foi em 24/04/1932, em uma partida entre Bonsucesso e Carioca, com vitória do Bonsucesso por 5 x 2. Já pelo Flamengo, realizou a jogada somente uma vez, em 1939 contra o Independiente, da Argentina, que ficou muito famosa na época.

Pelo São Paulo ele realizou a jogada em duas oportunidades, a primeira em 14/06/1942, contra o Palestra Itália, na derrota por 2 x 1. E a mais famosa de todas, em 13/11/1948, contra o Juventus, na goleada por 8 x 0. A jogada ficou imortalizada pela mais famosa foto do jogador.

Diamante Negro

O apelido de Diamante Negro foi dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, maravilhado pela habilidade do brasileiro. O apelido de Homem-Borracha, também dado pelo mesmo jornalista, foi devido a sua elasticidade.

Anos mais tarde a empresa Lacta homenageou-o, criando o chocolate Diamante Negro, vendido até hoje. A empresa só pagou dois contos de réis à época, o equivalente a R$ 112 mil, aproximadamente, sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

Clubes

  • São Cristóvão de Futebol e Regatas
  • Sirio Libanês Futebol Clube
  • Bonsucesso Futebol Clube
  • Club Atlético Peñarol
  • Club de Regatas Vasco da Gama
  • Botafogo de Futebol e Regatas
  • Clube de Regatas do Flamengo
  • São Paulo Futebol Clube
  • Seleção Brasileira de Futebol

Títulos

  • 1934 - Campeonato Carioca (Vasco da Gama)
  • 1935 - Campeonato Carioca (Botafogo)
  • 1939 - Campeonato Carioca (Flamengo)
  • 1943 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1945 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1946 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1948 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1949 - Campeonato Paulista (São Paulo)

Seleção Brasileira

  • 1932 - Copa Rio Branco
  • 1945 - Copa Roca

Gols

  • Seleção Brasileira de Futebol: 37 gols em 37 jogos
  • São Paulo: 140 gols em 211 jogos
  • Flamengo: 142 gols em 179 jogos

Fonte: Wikipédia

Marquês de Sapucaí

CÂNDIDO JOSÉ DE ARAÚJO VIANA
(81 anos)
Juiz de Fora ¹, Desembargador e Político

* Nova Lima ², MG (15/09/1793)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/01/1875)

Foi o primeiro e único Visconde com grandeza e Marquês de Sapucaí.


Bacharel em Direito, foi Deputado Constituinte em 1823 e Deputado Geral representando Minas Gerais por três mandatos. Ocupou as presidências das províncias de Alagoas e do Maranhão. Foi ainda Procurador da Coroa, Fiscal do Tesouro e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro da Fazenda e nomeado membro extraordinário do Conselho de Estado a partir da data de sua criação.

Em 1839, foi nomeado mestre de literatura e ciências positivas de Dom Pedro II (então herdeiro do trono). Posteriormente, também cuidou da educação da Princesa Isabel. Como Ministro do Império no Segundo Gabinete Conservador (1841-1843), referendou a lei que dava aos senadores o solene tratamento de "Sua Excelência".

Condecorado como dignitário da Imperial Ordem de Cristo e Imperial Ordem da Rosa, além de Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Legião de Honra. Recebeu do imperador o título de Visconde em 1854 e de Marquês em 1872. Era do Conselho de Sua Majestade, Gentil-Homem da Imperial Câmara e Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial.

¹ O Juiz de Fora era um magistrado nomeado pelo Rei de Portugal para atuar em concelhos onde era necessária a intervenção de um juiz isento e imparcial, que normalmente seria de fora da localidade. Em muitíssimas ocasiões, os juízes de fora assumiam também papel político, sendo indicados para presidir câmaras municipais como uma forma de controle do poder central na vida municipal.
² Na época chamava-se Congonhas de Sabará.

Fonte: Wikipédia

Cláudio Savietto

CLÁUDIO EUGÊNIO SAVIETTO
(60 anos)
Ator

* São Paulo, SP (24/11/1950)
+ São Paulo, SP (22/01/2011)

Cláudio Eugênio Savietto formou-se ator em 1970 pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Sua primeira peça profissional foi o musical "Hair", onde fez o personagem Huff. Na sequência, fez vários espetáculos: "Hoje é Dia de Rock", "Rock Horror Show", "A Última Peça", "Porandubas Populares" e "Os Turrões".

No Rio de Janeiro, trabalhou em vários espetáculos como: "Atrás da Trouxa", "Disritmia I e II", "Village", "Pó de Guaraná", "A Pequena Loja dos Horrores", "Blue Jeans", "Foi Bom Meu Bem?", "Splish-Splash", "O Corsário do Rei", "Vidigal", "Memórias de Um Sargento de Milícias", "Ladrão Que Rouba Ladrão", "A Causa da Liberdade", "O Mágico de Óz", "Galileu", "Uma Nova Estrela no Céu", "A Fada Mofada", "O Diamante do Grão Mogol", "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", "O Homem e o Cavalo" e "Adoráveis Criaturas".


Trabalhou em duas novelas da TV Globo, "Feijão Maravilha" (1979) e "O Amor é Nosso" (1981). Trabalhou também nos programas "Chico City", "Malu Mulher", "Tele-Tema", "Sítio do Pica-Pau Amarelo", além de quadros musicais no "Fantástico" com o Grupo Pó de Guaraná.

Claudio Savietto também era professor de violão, teatro e canto.

No cinema participou dos filmes "Nos Embalos de Ipanema" (1978), "TropClip" (1985) e fez trabalhos em três filmes ainda inéditos, o longa "Pólvora Negra" e os curtas "Tons de Cinza" e "Meio Fio".

Segundo informações de seus familiares, Cláudio Savietto era portador do vírus da Hepatite C e foi internado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, sentindo-se muito debilitado. Morreu vítima de uma parada cardíaca no dia 22/01/2011.

Miguel Gustavo

MIGUEL GUSTAVO WERNECK DE SOUZA MARTINS
(49 anos)
Compositor, Jornalista, Radialista e Poeta

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/03/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1972)

Miguel Gustavo Werneck de Sousa Martins foi um compositor, jornalista, radialista e poeta brasileiro. Era um cronista musical e retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo nos meios sociais da época. Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio.

Em 1950 começou a compor jingles, tendo se notabilizado nesta atividade com vários de grande repercussão, podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de "Jesus, Alegria dos Homens" de Johann Sebastian Bach.

Sua primeira música gravada foi "Primeiro Amor", interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Melo gravado pela Gravadora Continental e lançada em julho e agosto de 1946.

Em 23/09/1947, Ataulfo Alves gravou na RCA Victor o samba "O Que é Que Eu Vou Dizer Em Casa", de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.

Em 1952 voltou a fazer sucesso com "A Valsa da Vovozinha" composta em parceria com Juanita Castilho e Edmundo de Souza, e gravada por Carlos Galhardo.

Ainda o ano de 1952 compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções relacionadas com Portugal: "Trigueirinha" e "Pregões de Portugal", escritas após uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.

Em 1953 voltou a fazer sucesso com "É Sempre o Papai", um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Gravadora Sinter.

Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Society onde ele procurava ridicularizar os personagens que frequentavam as colunas sociais de Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued.

Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa.

No carnaval criticou as fanzocas de rádio, o presidente Juscelino Kubitschek e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros programas de rádio ou televisão.

Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: "O Conto do Pintor", "O Rei do Gatilho", "O Último dos Moicanos", "O Sequestro de Ringo", "O Rei do Cangaço" e "Morengueira Contra 007".

Para a Copa de Futebol de 1970, no México, ele criou o extraordinário "Pra Frente Brasil" ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos. Os versos "Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração…" e a melodia, tornaram-se símbolo da Seleção Canarinho, encobrindo a intenção governista do slogan ufanista utilizado pela Ditadura Militar na época.

O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira.

Mas ele tem letras magníficas em marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizeth Cardoso como "Partido Baixo do Partido Alto" e "Achados e Perdidos", Dircinha Batista "Carnaval Prá Valer", Jorge Veiga "Independência ou Morte", Carminha Mascarenhas "Per Omnia Saecula Saeculorum", Isaura Garcia "O Samba do Crioulo", Aracy de Almeida "Conselho Inútil, E Daí?..." e muitos outros.