Nair de Teffé

NAIR DE TEFFÉ VON HOONHOLTZ
(95 anos)
Caricaturista, Pintora, Cantora, Atriz, Pianista e Primeira Dama Brasileira

☼ Petrópolis, RJ (10/06/1886)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/06/1981)

Considerada, por Hermes Lima e por artistas e intelectuais, a primeira caricaturista mulher do mundo. Além disso, Nair de Teffé foi a primeira-dama do Brasil de 1913 a 1914.

Filha de Antônio Luís von Hoonholtz, o Barão de Teffé, neta de Frederico Guilherme von Hoonholtz, o Conde von Hoonholtz e sobrinha de Jorge João Dodsworth, o 2º Barão de JavariNair de Teffé estudou em Paris, Marselha e Nice, na França, para onde se mudou com um ano de idade, tendo regressado ao Brasil, iniciou sua carreira por volta de 1906.

Publicou seu primeiro trabalho, "A Artista Rejane", na Revista Fon-Fon, sob o pseudônimo de Rian (Nair de trás para frente e "ninguém", em francês). Também publicaram suas caricaturas da elite, dentre outros, os periódicos O Binóculo, A Careta, O Ken, bem como os jornais Gazeta de Notícias e da Gazeta de Petrópolis.

Seu traço era ágil e transmitia muito bem o caráter das pessoas.


Deixou de exercer sua carreira como caricaturista em 08/12/1913, ao casar-se com o futuro presidente do Brasil, o marechal Hermes da Fonseca. Eles estavam noivos desde 06/01/1913. Hermes da Fonseca era viúvo de Orsina da Fonseca, falecida em 1912.

Nair de Teffé foi uma mulher à frente de seu tempo. A primeira-dama promovia saraus no Palácio do Catete, que ficaram famosos por introduzir o violão nos salões da sociedade. Sua paixão por música popular reunia amigos para recitais de modinhas.

As interpretações de Catulo da Paixão Cearense fizeram sucesso e, em 1914, incentivaram Nair de Teffé a organizar um recital de lançamento do "Corta Jaca", um maxixe composto por Chiquinha Gonzaga, sua amiga.

Foram feitas críticas ao governo e retumbantes comentários sobre os "escândalos" no palácio, pela promoção e divulgação de músicas cujas origens estavam nas danças lascivas e vulgares, segundo a concepção da elite social. Levar para o Palácio do Governo a música popular foi considerado, na época, uma quebra de protocolo, causando polêmica nas altas esferas da sociedade e entre políticos. Ruy Barbosa chegou a tecer fortes críticas a Nair de Teffé.

Nair de Teffé no dia do casamento, em Petrópolis, com o presidente da República marechal Hermes da Fonseca, tendo ao seu lado direito o cardeal Arcoverde
Logo após o término do mandato presidencial, Nair de Teffé mudou-se novamente para a Europa. Voltou para o Brasil por volta de 1921 e participou da Semana de Arte Moderna. Resolveu voltar para Petrópolis, onde foi eleita em 1928, presidente da Academia de Ciências e Letras que extinguiu em 1929 e fundou em seu lugar a Academia Petropolitana de Letras, sendo presidente até 1932.

Em 09/04/1929, Nair de Teffé tomou posse na Academia Fluminense de Letras.

Em 1932, retornou ao Rio de Janeiro onde fundou em 28/11/1932 o Cinema Rian, na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Dezessete anos depois, já viúva, Nair de Teffé, aos 73 anos, voltou a fazer caricaturas, inclusive de várias personalidades.

No fim dos anos 70, participou das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Nair de Teffé morreu no Rio de Janeiro, no dia 10/06/1981, no dia de seu aniversário de 95 anos.

Fonte: Wikipédia

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