Ronaldo Mourão

RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO
(79 anos)
Astrônomo

* Rio de Janeiro, RJ (25/05/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/2014)

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão foi um astrônomo brasileiro, fundador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), pesquisador e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IGHB). Também participou da política, sem, no entanto, alcançar algum cargo eletivo. Ficou conhecido como a maior autoridade em astronomia do Brasil.

O astrônomo publicou seus primeiros artigos de divulgação científica na revista Ciência Popular, em 1952, tem 98 livros publicados e mais de mil ensaios em livros, revistas e jornais.

Publicou seus primeiros artigos de divulgação científica na revista Ciência Popular em 1952, tem 98 livros publicados e mais de mil ensaios em livros, revistas e jornais.

Entrou em 1956 para Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde obteve, em 1960, os títulos de Bacharel e Licenciado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras.

Em julho de 1967, ele obteve o título de doutor pela Universidade de Paris com menção muito honrosa. Em dezembro do mesmo ano, Ronaldo Mourão voltou para o Brasil, reassumindo suas funções como astrônomo no Observatório Nacional e pesquisador no Conselho Nacional de Pesquisa.

Em março de 1968 foi nomeado astrônomo chefe da Divisão de Equatoriais.


Em janeiro de 1997, ele foi agraciado pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo com o colar do centenário e o respectivo diploma, como destaque cultural do ano de 1996. Em março de 1997 foi eleito membro correspondente da Sociedade Geográfica de Lisboa. No dia 06/11/1997 foi agraciado com a Medalha Tiradentes, por sugestão do deputado estadual Luiz Carlos Machado, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. No mesmo mês foi eleito sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

Em 26/07/1998 foi nomeado membro da Comissão Cruls, criado pelo decreto nº 19.348 do Governo do Distrito Federal, quando foi agraciado com a Medalha Luis Cruls.

Em 16/03/1999, tomou posse na Academia Luso-Brasileira de Letras, na cadeira nº 38 que tem como patrono Gregório de Matos. Em junho de 1999 também foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia, na cadeira nº 41 que tem como patrono Roberto Marinho de Azevedo.

Participou, de 08/02/2000 a 12/02/2000 do III Encontro Luso-brasileiro da História da Matemática, em Coimbra, Portugal. No período de 22 a 26 de maio de 2000, ministrou no Congresso Internacional Encontros e Desencontros de Culturas, realizado em Sobral, Ceará, um mini-curso: "500 Anos de Ciência no Brasil". Em 05/06/2000, foi agraciado com o prêmio cultural Medalha Austregésilo de Athayde do Lions Club.

Em 19/04/2001, ganhou o Prêmio Jabuti na categoria de Ensaios com o livro "Astronomia na Época dos Descobrimentos" da Lacerda Editores. Em 15/06/2001, foi agraciada pelo governador Francisco de Assis de Moraes Souza com o título de Grande Oficial da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí, a mais alta condecoração do Estado do Piauí. Em 04/07/2001, foi eleito membro titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 23/10/2001, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura, na cadeira nº 16 que tem como patrono Fagundes Varela. Um semana depois, tomou posse na Academia Carioca de Letras, na cadeira nº 14, que tem como patrono Dom Pedro II.


Ao lançar "O Livro de Ouro do Universo", em 2001, mais uma obra sobre sua especialidade, o astrônomo acabou revelando que é cético em relação às previsões dos astros. Durante uma entrevista, o cientista surpreendeu ao comentar sobre a astrologia: "É claro que os astros não mentem jamais. Eles não dizem nada mesmo!".

Em 31/03/2003, foi homenageado pela Câmara Municipal de Curitiba com o título Voto de Louvor pelos relevantes serviços prestados à comunidade na área da astronomia por sugestão do vereador Jorge Bernardi.

Em 25/05/2005, recebeu o título Suprema Honra ao Mérito da Universidade Soka, Tóquio, em reconhecimento "aos notáveis empreendimentos realizados, em prol da ciência, educação e do bem estar da humanidade, do verdadeiro testemunho de uma vida exemplar dedicada às causas públicas e humanitárias". No dia seguinte recebeu o Prêmio de Cultura e Paz da Soka Gakkai International (SGI), Tóquio, "em reconhecimento pela sua grande contribuição a realização de uma paz duradoura e a promoção da cultura baseado nos nobres ideais do humanismo".

Ronaldo Mourão foi conhecido recentemente como um dos maiores céticos em relação a Ufologia, tendo manifestado essa sua opinião inclusive no programa de TV Linha Direta, em agosto de 2006. Por outro lado, o astrônomo foi um grande entusiasta e participante do Projeto SETI, sigla em inglês para Search For Extraterrestrial Intelligence, que significa Busca Por Inteligência Extraterrestre. É um projeto que tem por objetivo analisar o máximo de sinais de rádio captados por radiotelescópios terrestres, principalmente pelo Radiotelescópio de Arecibo, a partir da ideia que se existe alguma forma de vida inteligente no universo, ela tentará se comunicar com outra formas de vida através de ondas eletromagnéticas (sinais de rádio), pois estas representam a forma de transmissão de informação mais rápida conhecida.

As principais contribuições astronômicas do pesquisador foram feitas no campo das estrelas duplas, asteroides, cometas e estudos das técnicas de astrometria fotográfica.


Carreira Política

Ronaldo Mourão também se aventurou na carreira política, tendo se filiado ao Partido Social Democrata Cristão (PSDC) nos anos 90, partido pelo qual concorreu ao cargo de deputado.

Em 2002, se candidatou a deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), conseguindo somente 9 votos.

Em 2006, foi novamente candidato, dessa vez pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), onde obteve 692 votos, ainda assim longe do suficiente para conseguir a eleição.


Morte

Ronaldo Mourão morreu na noite de sexta-feira, 25/07/2014, aos 79 anos. Ele estava internado no Hospital Quinta D'or desde sábado, 19/07/2014, com pneumonia dupla. Ronaldo Mourão também sofria do Mal de Parkinson. Há cerca de duas semanas ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

Ronaldo Mourão deixou quatro filhos e dois netos. O corpo do astrônomo foi sepultado no sábado, 26/07/2014, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

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