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Pietro Bardi

PIETRO MARIA BARDI
(99 anos)
Jornalista, Ensaísta, Galerista, Marchand, Historiador, Crítico, Colecionador, Expositor e Negociador de Obras de Arte

☼ La Spezia, Itália (21/02/1900)
┼ São Paulo, SP (10/10/1999)

Pietro Maria Bardi foi um jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Pietro Maria Bardi ou simplesmente P.M. Bardi foi, junto com Assis Chateaubriand, o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), sendo seu diretor por 45 dedicados anos consecutivos.

Filho de Pasquale Bardi e Elisa Viggioni, Pietro era o segundo de quatro irmãos. Diziam que era de poucos amigos e que sua vida escolar foi bastante atribulada. O próprio Pietro Bardi declarou, em inúmeras entrevistas, ter sido reprovado quatro vezes na terceira série do ensino fundamental.

Abandonou a escola ainda novo, desanimado pelo insucesso, e atribuía sua inteligência a um acidente doméstico, após uma queda em que feriu a cabeça, onde a partir daí tomou gosto pela leitura. Lia absolutamente tudo que podia durante sua adolescência, hábito que o acompanhou por toda a vida.

Pietro Bardi ao lado da estátua de Assis Chateaubriand
Jornalismo

Ainda rapaz, Pietro Bardi trabalhou como operário assistente no Arsenale Marittimo e, em seguida, tornou-se aprendiz em um escritório de advocacia. Em 1917 foi convocado para integrar o Exército italiano e partiu de La Spezia para não mais retornar.

É nessa fase que ele iniciou de fato sua carreira jornalística, antes já esboçada em alguns artigos e colaborações a jornais como Gazzetta di Genova e o Indipendente e com a publicação, aos 16 anos, de seu primeiro livro, um ensaio sobre colonialismo.

Instalado em Bérgamo desde a baixa na carreira militar, Pietro Bardi encontrou trabalho no Giornale di Bergamo. Mais tarde, integrou a equipe do Popolo di Bergamo, Secolo, Corriere della Sera, Quadrante, Stile e muitos outros.

Escrever foi sua principal atividade profissional até a morte, a maneira encontrada para manifestar seu estilo polêmico e a crítica baseada no conhecimento profundo e na vivência cotidiana da arte, da política e principalmente da arquitetura.

Arte

Em 1924, Pietro Bardi transferiu-se para Milão e casou-se com Gemma Tortarolo, com quem teve duas filhas, Elisa e Fiorella. Foi em Milão que ele começou uma aventura como marchand e crítico de arte, com a aquisição da Galleria dell'Esame.

Em 1929 tornou-se diretor da Galleria d'Arte di Roma e mudou-se para a capital.

Trazendo uma exposição a Buenos Aires, passou pelo Brasil pela primeira vez em 1933. Foi nessa ocasião que viu a Avenida Paulista, futuro endereço do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Após a Segunda Guerra Mundial, Pietro Bardi conheceu a arquiteta Lina Bo no Studio d'Arte Palma, em Roma, onde ambos trabalhavam. Ele divorciou-se e casou-se com Lina Bo em 1946. No mesmo ano, atiraram-se à aventura da vinda para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora, situação oposta à da Europa, que amargava a reconstrução nos anos pós-guerra.

O casal alugou o porão de um navio cargueiro, o Almirante Jaceguay. Partiram de Gênova trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que seriam organizadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand. Chegaram ao Rio de Janeiro em 17/10/1946.

Lina Bo e Pietro Bardi
Com as obras trazidas da Itália, Pietro Bardi organizou a Exposição de Pintura Italiana Moderna, em cujos salões conheceu o empresário Assis Chateaubriand, que o convidou para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado.

De 1947 a 1996 Pietro Bardi criou e comandou o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, historiador, pesquisador, galerista e marchand.

Publicou, em 1992, seu 50º e último livro, "História do MASP".

Em 1996, já adoecido, afastou-se do comando do museu.

Fundou, ao lado de Massimo Bontempelli, a revista Quadrante, importante periódico no qual diversos arquitetos modernos italianos, como Giuseppe Terragni, puderam publicar suas obras.

Abatido e com sua saúde debilitada desde a morte de Lina Bo, em março de 1992, morreu em 10/10/1999, tendo cumprido quase um século de vida a provar sua definição de si próprio, em resposta ao parceiro Assis Chateaubriand"Sim, sou um aventureiro".

Fonte: Wikipédia

Anna Maria Niemeyer

ANNA MARIA NIEMEYER
(82 anos)
Marchand, Designer, Galerista e Arquiteta de Interiores

* Rio de Janeiro, RJ (1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2012)

Anna Maria Niemeyer foi uma marchand, arquiteta e designer. A única filha do renomado arquiteto Oscar Niemeyer, trabalhou com o pai na construção de Brasília, tendo sido responsável pela decoração de interiores de diversos edifícios públicos da cidade. Nos anos 70, criou uma linha de móveis, exposta em diversas instituições do Brasil e do exterior. Em 1977, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, um tradicional espaço voltado à difusão e comercialização de arte contemporânea no Rio de Janeiro.

 Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Vida e Obra

Anna Maria Niemeyer nasceu em 1929, fruto da união de Oscar Niemeyer e Anita Baldo. Dedicou-se desde cedo à decoração de interiores, colaborando em projetos do pai. Nos anos 70, foi funcionária da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), projetando a ambientação interna dos edifícios públicos de Brasília, como a sede do Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada. Residiu na capital federal entre 1960 e 1973.

Nos anos 70, novamente em colaboração com o pai, projetou uma linha de móveis, produzidos simultaneamente no Brasil e na Itália. A parceria rendeu exposições em diversos museus brasileiros e em renomadas mostras e instituições internacionais, como o Centro Georges Pompidou, o Salão de Paris, o Salão Internacional do Móvel de Milão, o Chiöstro Grande de Florença, o Salone Del Móbile de Pádua, a Feira Internacional de Colônia e a Organização das Nações Unidas em New York.

No Rio de Janeiro, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, inaugurada em 13 de outubro de 1977, a princípio no Leblon, transferindo-a posteriormente para Gávea. No comando da galeria, gerenciou, coordenou e organizou mais de 300 exposições individuais e coletivas. A galeria ocupa hoje dois espaços na Gávea, na Praça Santos Dumont e na Rua Marquês de São Vicente, responsáveis por manter eventos artísticos, lançamentos e representação comercial de diversos artistas, como Victor Arruda e Chico Cunha. Anna Maria Niemeyer coordenou ainda, nos anos 90, o projeto de decoração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Anna Maria Niemeyer foi casada com Carlos Magalhães da Silveira com quem viveu 14 anos, teve dois filhos, Carlos Oscar e Ana Cláudia. De Carlos Oscar tem três netos: João Pedro, Maria Cláudia e João Henrique.

Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Morte

Anna Maria Niemeyer, morreu na quarta-feira, 06/06/2012, vítima de Enfisema Pulmonar. Anna Maria tinha 82 anos e estava internada no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro desde o dia 01/06/2012.

De acordo com Kadu Niemeyer, um dos quatro filhos de Anna Maria, sua mãe lutava havia muitos anos contra um câncer que teve início no pulmão e depois se espalhou pelo corpo (metástase).

O sepultamento de Anna Maria ocorreu na quinta-feira, 07/06/2012, às 13:00hs, no Cemitério São João Batista. Por ocasião de sua morte, a Galeria Anna Maria Niemeyer decretou luto de dez dias.