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Mário Cravo Neto

MÁRIO CRAVO NETO
(62 anos)
Fotógrafo e Escultor

* Salvador, BA (20/04/1947)
+ Salvador, BA (09/08/2009)

Filho do escultor Mário Cravo Júnior, viveu em Nova Iorque entre 1968 e 1970, onde estudou na Art Student League. Participou da Bienal Internacional de São Paulo em 1971, 1973, 1975, 1977 e 1983 e recebeu diversos prêmios nacionais de fotografia. Sua obra faz referências à sua cidade natal e faz parte do acervo de diversos museus como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Stedelijk Museum em Amsterdã, entre outros. Colaborou com as revistas Popular Photography e Câmera 35 e publicou onze livros.

Mário Cravo Neto, 62 anos, morreu vítima de um Câncer de Pele na tarde de 09/08/2009. Segundo informações de uma fonte que trabalha com o artista, Mário Cravo estava internado há três semanas no Hospital Aliança depois de ter piorado o seu quadro médico. Durante um ano ele permaneceu em São Paulo lutando contra um câncer. Em julho, retornou à capital baiana para dar continuidade ao tratamento.
O corpo foi velado na manhã do dia 10/08 no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana, onde foi cremado às 11h.

Fonte: Wikipédia e http://nildofreitas.com/v1/Bahia/5299.html


Athos Bulcão

ATHOS BULCÃO
(90 anos)
Pintor, Escultor, Arquiteto, Desenhista e Mosaicista

* Rio de Janeiro, RJ (02/07/1918)
+ Brasília, DF (31/07/2008)

Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.

Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.

Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.

Na função de escultor e mosaiista, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955, integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se defininivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.

Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.

Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações do mal de Parkinson.

Fonte: Wikipédia


Serafim Gonzalez

SERAFIM GONZALEZ
(75 anos)
Ator e Escultor

☼ Sertãozinho, SP (19/05/1931)
┼ Santos, SP (29/04/2007)

Serafim Gonzalez foi um ator e escultor brasileiro nascido em Sertãozinho, SP, no dia 19/05/1934. Quando Serafim tinha 5 anos, sua família mudou-se para Santos, SP.

Serafim Gonzalez começou sua carreira em Santos, SP, aos 14 anos. Pouco depois foi para São Paulo, onde trabalhou na TV Tupi. Participou de várias novelas ao vivo.

Sua primeira participação artística foi no programa dominical de rádio "Dindinha Sinhá" em 1946. Aos 14 anos, em 1948, fez uma peça no Teatro Coliseu Santista. Aos 17 anos, estreou como ator profissional no Rio de Janeiro. Foi dirigido por Eugênio KusnetZiembinskiAntunes FilhoFlávio Rangel e outros grandes diretores.

Serafim Gonzalez casou-se em 1955 com Mara Hüsemann com quem teve três filhos.

Sua primeira novela foi "O Pequeno Lord" (1967), na TV Tupi, interpretando o dono da mercearia, que era o melhor amigo do protagonista, um garoto pobre que no final da história revelou ser um herdeiro de uma fortuna.

Serafim Gonzalez também participou de peças de teatro e de pornochanchadas, como "Convite ao Prazer" (1980) e "Me Deixa de Quatro" (1981).


A novela mais marcante de sua carreira foi "Mulheres de Areia". Ele participou das duas versões da obra de Ivani Ribeiro, a primeira em 1973 e a outra em 1991. Na primeira, foi o responsável pelas cerca de 200 esculturas em areia feitas durante as gravações. Na segunda versão da novela, a TV Globo chamou vários escultores, mas não deu certo porque as esculturas tinham que ser feitas com muita rapidez. Então, o filho de Serafim Gonzalez, o artista plástico Daniel Gonzalez, foi chamado, pois fazia cada obra em 30 minutos.

Outro trabalho de destaque foi a novela "A Viagem" (1975), que também ganhou uma nova versão mais tarde. Serafim González viveu Ismael na primeira versão na TV Tupi, personagem de Jonas Bloch em 1994 na versão da TV Globo.

Serafim Gonzales passou por todas as emissoras: TV Excelsior, TV Record, TV Tupi, TV Cultura, TV Globo, TV Manchete e SBT, e atuou e dirigiu várias peças de teatro.

Participou de várias novelas produzidas pelo SBT, como "Pícara Sonhadora" (2001) e "Chiquititas" (2000).

Um de seus últimos trabalho foi na novela "Belíssima" (2005), no papel de Seu Quiqui, na TV Globo, e sua última aparição na TV, no entanto, deu-se no SBT, em uma participação especial na novela "Cristal" em 2006.

Morte

Serafim Gonzalez faleceu 75 anos, em Santos, SP, no dia 29/04/2007, vítima de insuficiência respiratória. Ele estava em casa quando passou mal. O ator foi socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital.

Trabalhos

Televisão
  • 2006 - Cristal ... Bispo Lourenço
  • 2005 - Belíssima ... Aquilino Santana, o Seu Quiqui
  • 2004 - A Escrava Isaura ... Juiz
  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Onofre Moretti
  • 2002 - Marisol ... Augusto Lima do Vale
  • 2001 - Pícara Sonhadora ... Camilo
  • 2000 - Chiquititas ... Tonico
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Aníbal
  • 1998 - Fascinação ... Juíz Adão
  • 1998 - A História de Ester ... Mordecai
  • 1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Lemos Couto
  • 1996 - Antônio Alves, Taxista ... Devanildo
  • 1995 - Tocaia Grande ... Kurt
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Garnizé
  • 1992 - Você Decide (Episódio: Carrasco Nazista)
  • 1991 - Felicidade ... Zé Maria
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Klaus
  • 1989 - Sampa ... Agemenon
  • 1988 - Abolição ... Desembargador Coelho Bastos
  • 1986 - Memórias de um Gigolô
  • 1985 - Jogo do Amor ... João Fogaça
  • 1983 - Fernando da Gata ... Dr. Modesto Pires
  • 1982 - Música ao Longe ... João
  • 1982 - Ninho da Serpente ... Lucas
  • 1982 - Renúncia ... Coronel Vicente
  • 1979 - Gaivotas ... Paulo
  • 1978 - Roda de Fogo ... Barbosa
  • 1978 - Aritana ... Seabra
  • 1977 - Um sol Maior ... Maestro Vitor Villa Verde
  • 1976 - Papai Coração ... Renato
  • 1975 - A Viagem ... Ismael
  • 1975 - Ovelha Negra ... Cirilo
  • 1974 - Ídolo de Pano ... Doutor Fontes
  • 1974 - Os Inocentes ... Salvador
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Wálter Alemão
  • 1972 - Camomila e Bem-me-Quer ... Vinícius
  • 1972 - Signo da Esperança
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela ... Fratelo
  • 1971 - Editora Mayo, Bom Dia
  • 1969 - Dez Vidas
  • 1969 - Os Estranhos ... Mendonça
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul
  • 1968 - Legião dos esquecidos ... Sargento
  • 1968 - A Muralha
  • 1967 - Os Miseráveis
  • 1967 - Sublime Amor
  • 1967 - O Pequeno Lord

Cinema
  • 2003 - Acquaria
  • 1990 - Atração Satânica
  • 1988 - Cio dos Amantes
  • 1984 - S.O.S. Sex-Shop
  • 1984 - Mulher... Sexo... Veneno
  • 1983 - Põe Devagar... Bem Devagarinho
  • 1983 - Estranho Desejo
  • 1982 - Sexo às Avessas
  • 1982 - Retrato Falado de uma Mulher Sem Pudor
  • 1981 - As Prostitutas do Dr. Alberto
  • 1981 - Sexo, Sua Única Arma
  • 1981 - Como Faturar a Mulher do Próximo
  • 1981 - Eros, O Deus do Amor
  • 1981 - Me Deixa de Quatro
  • 1980 - Convite ao Prazer
  • 1980 - A Prisão
  • 1980 - Os Indecentes
  • 1980 - O Inseto do Amor
  • 1978 - As Filhas do Fogo
  • 1976 - Incesto
  • 1972 - Vozes do Medo
  • 1971 - Um Anjo Mau

Fonte: Wikipédia

Roberto Rodrigues

ROBERTO RODRIGUES
(23 anos)
Desenhista, Ilustrador e Escultor

* Rio de Janeiro, RJ (1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/12/1929)

Nascido no Rio de Janeiro em 1906, era filho do político e jornalista Mário Rodrigues, fundador dos jornais A Manhã e Crítica, irmão do também jornalista Mário Filho e do dramaturgo Nelson Rodrigues.

Exímio desenhista, trabalhou como ilustrador nos jornais da família e em outros jornais. Ingressou em 1923 na Escola Nacional de Belas Artes, onde conquistou algumas premiações, se destacando também pelas veementes críticas que fazia aos grandes pintores acadêmicos da época. Algumas mostras do artista foram organizadas após a sua morte: em 1930, no Liceu de Artes e Ofícios, Rio de Janeiro, em 1993 na Galeria A. S. Studio, São Paulo, e em 2000, no Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro, e mais recentemente na Galeria Hermitage.

A Tragédia

Na tarde de 26/12/1929, a jornalista e escritora Sylvia Serafim Thibau, 28 anos, que colaborava em A Gazeta, de São Paulo, e nas revistas Fon-Fon e Selecta, do Rio de Janeiro, com o pseudônimo de Petite Source, casada e mãe de dois filhos pequenos, deu um tiro na barriga de Roberto Rodrigues de 23 anos, na redação do jornal Critica, de propriedade da família Rodrigues.

Naquele mesmo dia, a primeira página do jornal trazia uma reportagem difamatória sobre o desquite de Sylvia, cuja ilustração, assinada por Roberto Rodrigues, insinuava que ela traíra o marido. O desenho mostrava um médico, no caso, o Drº Manoel de Abreu, com quem Sylvia se tratava, alisando as coxas de uma mulher, Sylvia.

O desenhista não morreu imediatamente. Padeceu ainda por três dias. O atentado transformou-se em Tragédia Rodrigueana: três meses depois da morte de Roberto Rodrigues, o patriarca da família, Mário Rodrigues, que nunca se conformou com a perda do filho querido, morreu vítima de trombose cerebral. Cinco meses após a morte de Mário Rodrigues, Sylvia, responsabilizada pelos Rodrigues pelas duas mortes, foi julgada e absolvida, apesar da família ter feito uma das maiores, mais duras e ofensivas campanhas contra uma pessoa na imprensa carioca.

Dois meses depois, estourou a Revolução de 30, e o jornal Critica, defensor do regime que era derrubado, acabou sendo empastelado e nunca mais circulou. Era a desgraça completa da família Rodrigues. No entanto, o último capítulo desta dramática história ainda não estava escrito. Dois anos depois de ser absolvida, Sylvia se apaixonou pelo tenente-aviador Armando Menezes. Os dois tiveram um filho chamado Rohny.

Armando Menezes foi transferido para Curitiba e abandonou Sylvia. Logo em seguida, um juiz decretou a prisão de Sylvia porque ela foi acusada de falsificar documentos para estudar numa faculdade de direito.

Com medo de um novo escândalo, Sylvia fugiu para Curitiba atrás de Armando Menezes. Ela foi rejeitada pelo tenente e tentou o suicídio em um quarto de hotel. A polícia transferiu Sylvia para a enfermaria da casa de detenção em Niterói, Rio de Janeiro. Na madrugada de 27/04/1936, Sylvia suicidou-se ao lado de seu filho de três anos, que estava dormindo.

A morte de Roberto Rodrigues deixou marcas profundas num dos seus irmãos mais famosos, Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo brasileiro, que era apenas um jovem de 17 anos quando testemunhou a tragédia. É o próprio Nelson Rodrigues quem revela:

"E confesso: o meu teatro não seria como é, nem eu seria como sou, se eu não tivesse sofrido na carne e na alma, se não tivesse chorado até a última lágrima de paixão o assassinato de Roberto."

Por Roberto Rodrigues

"O meu primeiro desenho? Não me recordo. Talvez fosse o elefante que ninguém adivinhou. Não fui uma criança prodígio. Lembro-me que apostava um tostão com outros garotos para ver quem desenhava melhor. Sempre perdia…
Gostava de fazer rabiscos, criando um novo tipo de submarino ou canhão cujo mecanismo só eu entendia. Depois tive vontade de crescer para fazer a independência de um país qualquer. Do Canadá por exemplo.
A minha arte é sincera. Sou eu mesmo. Não tenho a preocupação de fazer blague, nem me interessam a gramática artística ou a cartilha social. Muita gente acha horrível o que faço. Pode ser. Não fosse a vida a minha inspiradora… Em todo caso sou moço, e é possível que um dia encontre a beleza das coisas feias.Tanto é belo um idílio romanesco como um crime bárbaro.
Vênus de Milo dá saudade das mulheres feias. Tudo depende do momento. Às vezes prefiro o necrotério, com as mães chorando, a Copacabana com as meninas bonitas e alegres. No resto, sou igual a qualquer mortal — tolero a vida por covardia. Creio que o artista moderno não pode ter a ingenuidade dos antigos. Antigamente, dormia-se bem e comia-se melhor.
O ar era mais puro e existia tranqüilidade de espírito. Hoje o artista trabalha torturado pelo trepidar alucinante das máquinas. Tem a maldade dos milhões de seres animalizados na luta pela vida. Quando eu era pequeno um senhor disse que o artista morria de fome. O castigo melhor é deixá-lo viver.A própria arte se encarrega de matá-lo, muito mais lenta e cruelmente. Não vês como a mãe tem pena do filho artista?
Se encontrares um artista na rua tira o chapéu. O trabalho mais insignificante dele equivale a tua vida inteira de esforço mental."

(Roberto Rodrigues)

Fonte: Wikipédia e Associação dos Magistrados Brasileiros