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Alberto Marson

ALBERTO MARSON
(93 anos)
Jogador e Técnico de Basquete

☼ Casa Branca, SP (24/02/1925)
┼ São José dos Campos, SP (25/04/2018)

Alberto Marson foi um jogador de basquete nascido em Casa Branca, SP, no dia 24/02/1925. Era filho de Pedro Marson e Ângela Luizetto Marson.

Nome famoso do basquete brasileiro nas décadas de 40 e 50, e um dos iniciadores do "esporte da cesta" em São José dos Campos.

Até os 13 anos de idade se dedicava à natação em sua cidade, Casa Branca, SP, mas por sua altura logo foi chamado para a prática do basquete. Teve uma evolução rápida e fez história como jogador e técnico.

Estava trabalhando em Marília quando conseguiu remoção para São José dos Campos a fim de lecionar Educação Física no Colégio João Cursino. Fincou raízes na cidade e logo integrou a equipe de basquete do Tênis Clube que tinha Edésio Del Santoro, Hugo Medeiros, Ivo e Claudio. Também foi trabalhar como professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Alberto Marson chegou a São José dos Campos como atleta olímpico, medalha de bronze na Olimpíada de Londres de 1948. Foi convocado para a Seleção Brasileira quando estava no Saldanha da Gama, de Santos. Muitas outras participações importantes na Seleção, onde teve o professor Moacyr Daiuto como técnico.


Na Olimpíada de Londres participou de quatro dos sete jogos do Brasil. Os craques do basquete retornaram com a única medalha de nossa delegação: A primeira conquistada em esportes coletivos na historia dos Jogos.

Esteve no campeonato Sul-Americano de 1949 em cinco jogos, marcando 22 pontos. Na estatística da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) foram 15 jogos oficiais e 49 pontos marcados.

Participou de seis partidas e marcou 27 pontos nos Jogos Pan-americanos de 1951, quando o Brasil também ganhou medalha de bronze.

No Vale do Paraíba jogou no Tênis Clube SJ dos Campos e no Clube do CTA, equipe formada por ele depois que teve um desentendimento no Tênis e se afastou. Alberto Marson não se conformou com a demora da diretoria tenista em mandar arrumar um aro novo para a tabela de basquete, que estava quebrado. Conseguiu autorização do Brigadeiro Casimiro Montenegro para montar o time do CTA. Com ele foram Zoca, Bombarda, entre outros. Passou a existir um clássico do basquete na cidade.


Quando parou de atuar como atleta, passou a ser técnico, e até trabalhou no basquete feminino, em 1967, dirigindo a equipe joseense que se classificou em 4º lugar nos Jogos Abertos do Interior, em São José dos Campos. Jogavam Tânia, Regina Lima, Lety, Zanza, entre outras.

Mas foi no time masculino principal do Tênis Clube que ele alcançou sua maior conquista: Alberto Marson comandou a equipe que em 1969 ganhou o título de campeão do Interior pelo Tênis Clube SJ dos Campos. Era um quinteto de ouro formado por Edvar, Pedro Yves, Peninha, Josildo e Emílio. Eram poucos reservas, entre os quais Ita e Rubinho.

Foi em São José dos Campos que se casou com uma jogadora de basquete, Dirce Marson, e se radicou na cidade. Seu filho, Ivan Marson também jogou basquete pelo Tênis São José. Teve outras duas filhas: Ângela e Cristina.

Ganhou o título de Cidadão Joseense em 1979 e também foi condecorado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1992 com o título de Patrimônio Humano do Município. Recebeu outras homenagens significativas: O Reconhecimento do Comitê Olímpico Brasileiro, em 2001, pelo bronze olímpico de 1948, e da Federação Paulista de Basquetebol em 1978 pelos mesmos motivos.

Na foto, Alberto Marson é o primeiro agachado, da direita para a esquerda.
Olimpíada de Londres de 1948

Foram 23 seleções de basquete e o Brasil ganhou medalha de bronze com o seguinte elenco dirigido pelo técnico Moacyr Daiuto: Alberto Marson, João Braz, Marcus Vinicius, Affonso Evora, Ruy de Freitas, Alexandre Gemignani, Alfredo Motta, Nílton Pacheco e Massinet Sorcinelli.

Os jogos foram realizados no Harringay Arena, em Londres, e a decisão da medalha foi contra o México (52 x 47). A estreia foi contra a Hungria (45 x 41). E os demais jogos tiveram os seguintes resultados: Grã-Bretanha (76 x 11), Canadá (57 x 35), Itália (47 x 31), Uruguai (36 x 32) e a derrota na semifinal para a França (33 x 43). A Seleção dos Estados Unidos foi a campeã.

Morte

Alberto Marson faleceu na quarta-feira, dia 25/04/2018, aos 93 anos, vítima de insuficiência respiratória devido a uma infecção pulmonar, contraída há cerca de um mês e meio, sendo o último remanescente dos jogadores brasileiros que participaram das Olimpíadas de 1948.

Fonte: Wikipédia e Museu de Esportes
#FamososQuePartiram #AlbertoMarson

Rosa Branca

CARMO DE SOUZA
(68 anos)
Jogador de Basquete

☼ Araraquara, SP (16/07/1940)
┼ São Paulo, SP (22/12/2008)

Carmo de Souza foi um jogador de basquete brasileiro, mais conhecido como Rosa Branca, era formado em Educação Física na cidade de São Carlos, na antiga Escola Superior de Educação Física de São Carlos, hoje curso vinculado a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele era diretor da Federação Paulista de Basketball e estava aposentado pelo Serviço Social do Comércio (SESC), onde trabalhou entre 1975 e 2003, como técnico da programação esportiva.

Rosa Branca nasceu Carmo de Souza, em 16/07/1940, na cidade de Araraquara. Desde criança mostrou-se interessado e apaixonado por esportes em geral. Ainda na infância o pequeno Carmo destacou-se nas modalidades de salto em altura e distância, mas foi na adolescência que conheceu seu grande amor, o basquete.

O primeiro contato com a bola laranja aconteceu no Nosso Clube de Cestobol, em Araraquara.

Ainda na cidade natal Rosa Branca defendeu seu primeiro clube profissional, o Nosso Clube Araraquara. Ainda jogou no São Carlos, no Palmeiras e no Corinthians, onde conseguiu a façanha de sagrar-se campeão brasileiro por 8 anos consecutivos.


Rosa Branca defendeu a seleção brasileira por 12 anos. Foram 78 partidas e 539 pontos. Era tão versátil que atuou nas 5 posições, com mais destaque nos papéis de pivô e ala de força. Ele é uma dos cinco jogadores presentes nas duas conquistas de campeonato mundial, em 1959, no Chile, e 1963, no Brasil. Além disso ajudou o país a conseguir duas medalhas olímpicas de bronze, em 1960 em Roma, e 1964 em Tóquio, além do bronze no Pan de 1955 e a prata no Pan de 1963.

Sua carreira começou no Nosso Clube de Cestobol de Araraquara, mas só passou a alcançar exito jogando magnificamente pelo São Carlos Clube onde foi Campeão Paulista do Interior e Vice-campeão Paulista em 1956, onde jogou até 1958.

Em 29/10/1958, transferiu-se para o Palmeiras, onde continuou com grandes exibições e conquistas, posteriormente passou pelo Juventus, e encerrou a carreira jogando pelo Corinthians, em 1971.

Rosa Branca é respeitado em São Carlos até os dias de hoje, pelos feitos de sua carreira junto ao São Carlos Clube que o projetou, é considerado e reconhecido como Cidadão São-Carlense.

Rosa Branca ao lado do zagueiro Galhardo
Entrevista Com Rosa Branca

Por que o apelido Rosa Branca?
Essa história começou em 1954, na cidade de Araraquara. Cheguei ao treino do Nosso Clube com uma revista O Cruzeiro nas mãos. Esta revista tinha uma foto de um motorista do Getúlio Vargas que se chamava Rosa Branca. Os jogadores me acharam parecido com o motorista e começaram a me chamar de Rosa Branca. Na época, não gostei muito, mas hoje tenho orgulho do apelido.

Como foi a conquista do título no Mundial do Chile, em 1959?
Em 1959, levamos vantagem por causa da desistência da União Soviética, que não jogou contra a China. Mas a seleção estava muito bem e acho que ganharíamos o título mesmo assim. Ficamos três meses treinando isolados na Ilha das Enxadas. Lá, a equipe respirava basquete o dia inteiro. Só tínhamos folga nos fins-de-semana, quando íamos para o Rio de Janeiro, com o Kanela tomando conta dos jogadores. Kanela era um técnico excepcional, com uma grande paixão pelo basquete. Sem ele e sem esse grupo excelente de jogadores, a conquista do bicampeonato mundial seria impossível. 

Fale um pouco sobre a conquista do bicampeonato mundial.
No ano de 1963, tivemos uma campanha muito boa. Fomos campeões do Sul-Americano, em Lima, e levamos a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo. Durante o Mundial, no Rio de Janeiro, jogamos muito bem. Houve uma renovação no time. Kanela chamou alguns bons jogadores de equipes paulistas, como Ubiratan Maciel, Vitor Mirshawka e Luis Cláudio Menon. Da seleção brasileira campeã mundial de 1959, ficamos apenas eu, Amaury Pasos, Wlamir Marques, Waldemar Blatskaukas e Jathyr Schall. Chegamos invictos na final, onde enfrentamos a seleção dos Estados Unidos. Era a mesma equipe que nos derrotou na final dos Jogos Pan-Americanos naquele mesmo ano, mas, dessa vez, ganhamos por 85 a 81. Bati os lances-livres que fecharam a partida. O Maracanãzinho estava lotado com quase 20 mil pessoas. Foi uma grande festa. O jogo terminou às onze horas da noite e só consegui sair de quadra às três da manhã. É uma conquista que ficou marcada na história do basquete.

Quais são os jogadores brasileiros que se destacam na atualidade?
Se tivesse que montar a minha seleção hoje, ela teria os pivôs Nenê e Anderson Varejão, o ala Marcelinho e os armadores Leandrinho e Valtinho. Mas cada técnico tem a sua opinião e trabalha da sua maneira. Existem outros bons jogadores, como os alas Renato, do COC/Ribeirão Preto, e Guilherme, que está na Itália. Também temos outros pivôs excelentes, como André Bambu (Uniara), Alírio (Mogi), Luis Fernando e Michel (Minas) e Tiago Splitter, do time espanhol Bilbao Basket.

E as chances do Brasil no Pré-Olímpico?
Tenho muita confiança nesses meninos. Os adversários mais difíceis são Estados Unidos, Argentina e Porto Rico, que joga em casa, mas temos muita chance de conseguir uma das três vagas para as Olimpíadas de Antenas, em 2004. Se os jogadores estiverem conscientes da responsabilidade que é vestir a camisa da seleção brasileira e se entrarem em quadra com vontade de ganhar, podem derrotar qualquer equipe.

Você lembra de alguma história engraçada sobre a seleção brasileira?
Quando jogamos contra a Rússia, durante o Mundial de 1963, um juiz uruguaio, que não devia gostar de brasileiros, estava apitando muito mal, em favor dos russos. A partida estava muito disputada e tensa. Depois de uma falta técnica do Amaury, marcada injustamente, o Kanela se enfureceu e deu um tapa forte na cara do juiz. O jogo parou e o Kanela foi expulso. Foi complicado tirar ele de quadra, mas o jogo continuou e a expulsão acabou sendo um estímulo para que os jogadores da seleção brasileira conquistassem a vitória. Na época, Nelson Rodrigues até escreveu uma crônica sobre esse episódio chamada "O Tapa Cívico"

Morte

Carmo de Souza, o Rosa Branca, morreu na manhã de segunda-feira, 22/12/2008, aos 68 anos, no Hospital Metropolitano, em São Paulo. Ele estava internado, desde a última sexta-feira, por causa de uma pneumonia.

Rosa Branca, com mais um troféu conquistado pelo Corinthians, comemorando com o dirigente alvinegro Francisco Mendes, no desembarque da delegação.
Títulos
  • 1956 - Campeão Paulista do Interior - São Carlos Clube
  • 1956 - Vice-campeão Paulista - São Carlos Clube
  • 1959 - Campeão Mundial - Seleção Brasileira
  • 1960 - Medalha de Bronze Olímpica - Jogos Olímpicos de Roma
  • 1961 - Campeão Paulista - Palmeiras
  • 1963 - Bicampeão Mundial - Seleção Brasileira
  • 1963 - Campeão Paulista - Palmeiras
  • 1964 - Medalha de Bronze Olímpica - Jogos Olímpicos de Tóquio

Otto Glória

OTAVIANO MARTINS GLÓRIA
(69 anos)
Jogador de Futebol, Jogador de Basquete e Técnico Futebol/Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (09/01/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1986)

Otaviano Martins Glória, mais conhecido por Otto Glória, foi um técnico brasileiro de futebol. Dirigiu as equipas da Portuguesa de São Paulo e do Vasco do Rio de Janeiro, o Benfica, o Belenenses, o Futebol Clube do Porto e Sporting em Portugal, assim como a própria Seleção Portuguesa, na França o Olímpico de Marselha e na Espanha o Atlético de Madrid. Foi o técnico da seleção portuguesa que disputou a Copa do Mundo em 1966, alcançando o 3º lugar na prova.

Antes de ir para o futebol, Otto Glória era ligado ao basquete. É reconhecidamente, um dos maiores estrategistas da história do futebol.

Constantemente lembrado pela colônia portuguesa, Otto Glória fez sucesso no futebol brasileiro atuando principalmente no Vasco da Gama e na Portuguesa de Desportos. Enfrentou o rei Pelé em partidas decisivas obtendo triunfos históricos como aconteceu na copa de 1966, quando dirigia a seleção portuguesa e depois na final do campeonato paulista contra o Santos em 1973.

Nas partidas do Corinthians contra a Portuguesa de Desportos, sempre esperávamos por armadilhas inteligentemente preparadas por aquele homem gordinho que habitualmente usava boinas na cabeça.


Otto Glória começou como jogador de futebol e passou pelos times do Vasco da Gama, do Botafogo e do Olaria. Precocemente, com 25 anos de idade encerrou sua carreira. Partiu para o basquete onde atuou como jogador e depois como treinador. No mundo do esporte da "cestinha" adquiriu conhecimentos mais aprofundados sobre estratégias e táticas de jogo.


A convite do técnico Flávio Costa (técnico da Seleção Brasileira de 1950), seu amigo pessoal, Otto Glória voltou para o futebol. No Vasco da Gama assumiu o juvenil do time da colina. Com o passar do tempo exerceu a função de técnico adjunto ao lado do próprio Flávio Costa.

Em 1948 conquistou seu primeiro título carioca com o Botafogo. Estudioso, adaptou muitos fundamentos do basquetebol no futebol, como posse de bola, triangulações, marcação por zona, aproveitamento dos rebotes defensivos e ofensivos e principalmente o sentido coletivo da cobertura.

Além do Vasco da Gama e do Botafogo, trabalhou nas equipes do Grêmio, América, Santos e Portuguesa de Desportos. Nos anos 50 foi para Portugal onde virou um verdadeiro mito. Muitas das informações dessa pesquisa foram conseguidas em sites do futebol português.


Foi o primeiro treinador a treinar os quatro gigantes lusitanos, Benfica, Sporting, Porto e Belenenses. Colecionou inúmeros títulos e trabalhou ainda nas equipes do Olimpique de Marseille e Paris Saint German da França e no Atlético de Madrid da Espanha.

Em 1966 comandou a Seleção Portuguesa durante a copa e realizou uma campanha fantástica com resultados surpreendentes como a vitória sobre o Brasil por 3×1, quando eliminou o time canarinho ainda na fase de grupos.

Mostrou sangue frio ao conduzir seus comandados naquela virada inesquecível contra a Coréia do Norte pelo placar de 5×3, quando perdia por 3×1 na primeira etapa. O "Pantera de Moçambique" Eusébio, assinalou quatro tentos naquele jogo.

Na semifinal contra os Ingleses, Portugal acabou derrotado por 2×1. A conquista do terceiro lugar naquele mundial foi um resultado espetacular para a seleção lusitana. Muito de deve ao trabalho do "Melancia", um dos vários apelidos de Otto Glória.

Um de seus títulos mais lembrados, é a conquista do campeonato paulista de 1973 pela Portuguesa de Desportos.


Astuto, rapidamente percebeu o grave erro do árbitro Armando Marques nas contagens dos pênaltis e recomendou que todos os seus jogadores fossem para o vestiário e imediatamente trocassem de roupa e fossem para o ônibus. Tal manobra evitou a continuação das cobranças de pênaltis e colocou a federação paulista de futebol em uma autêntica "saia justa". Como a Portuguesa negou o retorno ao gramado e também a marcação de uma nova partida, o resultado foi a divisão do título com o Santos, que já estava com a taça praticamente nas mãos.

Em 1979, Otto Glória foi vice campeão Brasileiro com o Vasco da Gama quando enfrentou o Internacional. Além da seleção Portuguesa, Otto Glória também treinou a seleção da Nigéria.

Foi autor de frases famosas como:

"Treinador quando vence é bestial e quando perde é uma besta!"

"Não posso fazer uma omelete sem os ovos" (referindo-se a dirigentes que não contratavam os reforços que ele pedia)

Otto Glória faleceu no Rio de Janeiro, em 04/09/1986.

Edson Bispo dos Santos

EDSON BISPO DOS SANTOS
(75 anos)
Jogador de Basquete e Técnico

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/05/1935)
┼ São Paulo, SP (12/02/2011)

Edson Bispo dos Santos foi jogador e técnico de basquete nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/05/1935.

Iniciou a carreira de pivô no Vasco da Gama, passando pelo Corinthians, Palmeiras e A Hebraica.

Pela Seleção Brasileira de Basquete conquistou o Campeonato Mundial de Basquete de 1959, no Chile.

Participou de três olimpíadas: Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964), obtendo medalhas de bronze nas duas últimas. Foi também medalha de prata e bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955, 1959 e 1963.

Foi treinador da Seleção Brasileira de Basquete no Campeonato Mundial de Basquete de 1974 e nos Jogos Pan-Americanos de 1967, 1971 e 1975.

Morte

Edson Bispo dos Santos faleceu na madruga de sábado, 12/02/2011, aos 75 anos, no Instituto Dante Pazzaneze, em São Paulo, SP, após sofrer um infarto do miocárdio.

Seu corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina.

Emil Rached

EMIL ASSAD RACHED
(66 anos)
Jogador de Basquete

* Vera Cruz, SP (20/06/1943)
+ Campinas, SP (15/10/2009)

Emil Rached foi o mais alto jogador do basquete brasileiro, com 2,20 m. Ficou conhecido do grande público após a sua aposentadoria das quadras, interpretando o "gigante" do grupo Os Trapalhões.

Nasceu em Vera Cruz, SP, mas morava em Campinas quando foi descoberto para o basquete. Começou no Palmeiras e jogou entre 1964 e 1980. Com a seleção brasileira, ganhou duas medalhas: bronze no Mundial do Uruguai (1967), e ouro no Pan de Cali (1971).

Sua formação é em Educação Física. Em 2003 vivia como representante de vendas.


No basquete, ficou conhecido pelo papel de "boi de piranha": atraía os marcadores e os companheiros arremessavam livres. Tinha fama de lento, embora chegasse a marcar 15 pontos por partida, e recebesse diversas faltas, forçando a saída de diversos jogadores de equipes adversárias. Pela Seleção Brasileira, Emil Rached marcou 114 pontos em 18 jogos.

Na televisão, seu papel de gigante mal-humorado e desajeitado entusiasmava o público. Ficou conhecido pelo bordão "Pega no termômetro e verifica!", com o qual respondia à insistente pergunta "Está frio aí cima?".

No cinema, participou dos seguintes filmes: "O Trapalhão Nas Minas do Rei Salomão" (1977), "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978) e "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Segundo o Guinness de 1974, Emil Rached era, provavelmente, o homem mais alto do Brasil, com 2,23 m, sendo também considerado o jogador de basquete mas alto do mundo.

Morte

Emil Rached sofria de uma embolia pulmonar e, estava internado havia 10 dias. Faleceu em 15/10/2009 no Centro Médico de Campinas, em Barão Geraldo, após sofrer uma Embolia Pulmonar e quatro paradas cardíacas.

Fonte: Wikipédia

Michelle Splitter

MICHELLE SPLITTER BEIMS
(19 anos)
Jogadora de Basquete

* Blumenal, SC (29/09/1989)
+ Campinas, SP (02/02/2009)

Um artigo publicado pelo colunista Ken Rodriguez na capa do site oficial do San Antonio Spurs diz que a irmã falecida do pivô brasileiro Tiago Splitter, a jovem jogadora que chegou a fazer parte da Seleção Brasileira Michelle Splitter, é uma grande inspiração para o jogador antes de sua estreia na NBA. Veja a tradução da coluna:

Ela era a forte, a corajosa, a irmã mais jovem e atlética que lutou contra a leucemia com fé e determinação inabaláveis. No poste baixo, a pivô Michelle Splitter tinha 1,98m de altura. No coração do Brasil, ela ficou mais alta, tão alta que seu irmão grande – o pivô de 2,11m Tiago Splitter – vai sempre olhar para ela.

Como poderia alguém, acometida pela doença aos 15 anos, rir e brincar e sair com os amigos? Como alguém poderia elevar-se acima da doença e dominar um jogo? Michelle fez isso. Sua adolescência foi de partir o coração e dizer Aleluia. Quimioterapia e náuseas no hospital, cestas e aplausos no ginásio.

Como ela fez isso?

A maravilha de uma vida vivida de modo tão notável – talvez milagrosamente – deixa Tiago maravilhado. Ele perdeu Michelle em fevereiro de 2009, e uma pontada de dor permanece. Você pode ver isso em seus olhos, ouvir em sua voz.

"Nós éramos próximos", diz Tiago. "Ela lutou todos os dias para ficar saudável. Quando estou cansado e penso nela e no que ela passou, o que eu estou passando não é nada."

A vida na família Splitter girava em torno de uma bola e um aro. Cássio, o pai, era um jogador na sua época. Ele ensinou o jogo para os seus filhos – Tiago, Marcelo e Michelle – em Blumenau, uma cidade de 300.000 habitantes no Sul do Brasil, população que mais que dobra de tamanho quando os visitantes descem para a Oktoberfest, um festival anual de cerveja.

Os irmãos, cada um deles alto e atlético, jogavam duro uns contra os outros em casa. A mãe de Tiago, Elisabeth, lembra que os jogos eram animados e refletem a paixão da família. "Nossa casa estava sempre cheio de bolas e fotos de jogadores – da NBA, é claro", Elisabeth disse em um e-mail escrito em português.

Quando Tiago saiu de casa aos 15 anos para seguir uma carreira profissional na Europa, tornou-se um modelo para Michelle. Ela trabalhou duro em seu jogo, e com o passar dos anos, desabrochou tornando-se uma força imparável. Depois, veio o diagnóstico e a família caiu de joelhos. Em uma hora marcada a cada dia, os Splitters oravam. Elisabeth e Marcelo em um hospital em São Paulo. Cássio, em Blumenau. Tiago, na Espanha.

Michelle tirava mais força da oração e de passagens da Bíblia. Ela também tirou suas forças das pessoas. "Michelle se divertiu com os amigos dela", diz Elisabeth. "Ela riu com eles e fingiu que não tinha problemas. Mas como eu estava sempre com ela, posso dizer que eu não poderia lidar com tudo isso."

Depois que começou a quimioterapia, mais notícias ruins. Michelle precisava de um transplante de medula óssea. Cássio e Tiago lançaram uma campanha em Blumenau para encontrar um doador. Ninguém compatível apareceu lá. Mas um doador apareceu no Rio de Janeiro. A recuperação foi dolorosa. Do outro lado do Atlântico, Tiago sofreu em silêncio, desejando poder estar próximo.

"Para mim", diz Tiago, "a melhor coisa a fazer era estar na quadra de basquete e jogar."

De volta para casa, Michelle lutou contra a dor com rigorosos exercícios e terapia diária, querendo com muita vontade uma recuperação acelerada. "Todo dia era como um campeonato, um jogo ganho, uma dura batalha", diz Elisabeth. "Mas ela não queria que ninguém soubesse sobre isso, principalmente Tiago, porque ele estava tão longe."

A distância desgastou Tiago até que, de repente, mudou o prognóstico. Os médicos liberaram Michelle para jogar bola. Michelle se pronunciou curada. Tiago se alegrou. A irmãzinha dele retornou à quadra e entrou na Seleção Brasileira júnior. Uma história internacional descreveu como Michelle como tendo "vencido uma batalha de três anos contra a leucemia."

Derrotar a doença era uma coisa. Mas voltando ao basquete em um cenário mundial? "Eu não poderia imaginar que isto ia acontecer", Michelle disse a um repórter internacional.

Tiago não podia imaginar o próximo relatório. A leucemia voltou. Michelle entrou em cuidados intensivos com um sangramento no pulmão. No mesmo dia, Tiago sofreu uma lesão e foi liberado para voar para o Brasil. A viagem para casa terminou com um funeral. "Deus quis que a nossa Michelle ficasse mais perto d´Ele", diz Elisabeth.

Como Michelle uma vez recebeu a força de seu irmão, Tiago agora puxa a força dela. Semanas depois de sua morte, Tiago liderou o Tau Cerámica para o título da Copa do Rei da Espanha. Ele seguiu em frente com uma sucessão de jogos fortes e, em setembro, impulsionado pela memória de Michelle, levou o Brasil à medalha de ouro na Copa América Fiba 2009.

Ele disse ao site Euroleague.net: "Dediquei esta medalha de ouro para ela, assim como eu fiz com a nossa vitória na Copa do Rei da Espanha na temporada passada. Tudo o que eu ganhar a partir de agora será para ela."

Um ano depois, Tiago continua a ser devotado à memória da irmã, como sempre. Ele está sentado na instalação de treinos do Spurs, olhos fechados, a cabeça nas mãos, lembrando um brilho radiante que não dava nenhuma sugestão de que aproximava a morte.

Ela tinha uma capacidade de olhar além da dor, além da doença, passando por cima de tudo que ficava entre ela e eternidade. Em sua Bíblia, Michelle sublinhou Romanos 8:18: "Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada".

Cássio e Elisabeth colocaram este versículo no túmulo de Michelle e disseram adeus.

Irmão e irmã, nascidos com cinco anos de diferença, permanecem conectados no espírito. Ele joga em um mundo, ela mora em outro. "Quando eu passo por tempos difíceis", diz Tiago, "ela me inspira", concluiu o artigo de Ken Rodriguez.

Michelle Splitter, morreu por volta das 21h30min do dia 02/02/2009 na clínica onde estava internada em Campinas (SP), vítima de leucemia.

Durante o primeiro tratamento contra a leucemia, a jogadora teve de abandonar a seleção brasileira sub-17 e chegou a perder 17 quilos. Mas recuperou-se e voltou a ser convocada para amistosos da seleção em Cuba, antes de a doença se manifestar novamente.

Michelle estava internada na Clinica Boldrini, em Campinas, e a família chegou a organizar um mutirão de doações para conseguir um doador compatível de medula. Só em Blumenau foram centenas de doadores.

No fim do ano de 2008 veio a notícia de que um doador compatível havia sido encontrado, e o transplante de medula que poderia salvar a vida da atleta foi feito no dia 14/01/2009.

Michelle reagiu bem ao transplante, mas na última semana configurou-se um quadro de rejeição. No sábado o estado de saúde da jogadora tornou-se muito grave, tanto que o irmão Tiago, que mora e joga na Espanha, chegou no domingo à clínica no interior paulista.

Fonte: www.basketbrasil.com.br e Zero Hora


Adilson Nascimento

ADILSON DE FREITAS NASCIMENTO
(57 anos)
Jogador de Basquete

* São Paulo, SP (03/12/1951)
+ Campinas, SP (04/02/2009)

Na seleção, Adílson disputou três edições do Campeonato Mundial (1974, 1978 e 1982) e três da Olimpíada (Munique - 1972, Moscou - 1980 e Los Angeles - 1984). Suas maiores conquistas foram o bronze no Mundial de 78, nas Filipinas, e o ouro no Jogos Pan-Americanos de 1971, na Colômbia.

Adilson também conquistou os títulos dos campeonatos sul-americanos de 1971, 1973 e 1977 - todos pela seleção brasileira -, além da medalha de bronze no Mundial de Clubes de 1974, na Cidade do México, atuando pelo Vila Nova, de Goiás. Sua carreira acabou em 1992, quando defendia o Pinheiros.

Ala/pivô de 1,95 metro, Adílson defendeu diversos clubes do Brasil, como Corinthians, Palmeiras e Francana. Sua melhor característica, segundo o astro Oscar Schmidt, com quem jogou muito tempo na seleção brasileira, era o poder de marcação.

Em abril de 2005, Adílson já tinha passado por um grande susto. Ele sofreu um ataque cardíaco durante um jogo de veteranos no clube Paulistano, em São Paulo, mas foi salvo pelos médicos, após a utilização de um desfibrilador automático para reanimá-lo.

E em outubro de 2008, amigos, fãs e ex-jogadores organizaram uma partida em homenagem a Adílson, que também serviu para arrecadar fundos para o seu tratamento contra o câncer. Oscar Schmidt, Marquinhos e Pipoka, entre outros ídolos do basquete nacional, estiveram presentes.

O ex-jogador de basquete Adílson Nascimento morreu na noite de 04/02/2009, em Campinas (SP), vítima de câncer. Sempre presente na seleção brasileira nas décadas de 70 e 80, ele tinha 57 anos e já lutava contra a doença há alguns anos.

Fonte: www.jornaldelondrina.com.br