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Pinheiro

JOÃO CARLOS BATISTA PINHEIRO
(79 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Campos dos Goytacazes, RJ (13/01/1932)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/08/2011)

Zagueiro viril, de ótimo porte físico com seu 1,87 m de altura, sendo ainda bastante forte, se impôs como o xerife da zaga do Fluminense em 605 jogos. Foi o segundo jogador que mais defendeu o tricolor e durante doze anos 1949/1961 foi titular no Fluminense.

Pelo Fluminense, Pinheiro foi campeão carioca de 1951 e 1959, da Copa Rio de 1952, do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e de 1960, além de vários outros títulos de menor expressão.

Antes de defender o Fluminense, Pinheiro atuou pelo Americano Futebol Clube de sua cidade natal, tendo jogado neste clube como goleiro, zagueiro, meia-armador e centroavante.

Defendeu também a Seleção Brasileira em 17 jogos (11 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 1 gol marcado), sendo campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1952 e da Taça Bernardo O'Higgins em 1955. Foi titular da Copa do Mundo de 1954.

Ao terminar a sua carreira como jogador, Pinheiro trabalhou nas categorias de base do Fluminense como técnico, ganhando diversos títulos e revelando muitos jogadores para o tricolor.

Chegou a ser técnico profissional e dirigiu vários times com sucesso, como Goytacaz, Americano de Campos, Bangu, América Mineiro, Cruzeiro, entre outros.

Morte

O ex-zagueiro e técnico Pinheiro faleceu na terça-feira, 30/08/2011, aos 79 anos vítima de falência múltipla dos órgãos causada por um câncer de próstata. Ele estava internado desde o dia 04/07/2011 no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

João Saldanha

JOÃO ALVES JOBIN SALDANHA
(73 anos)
Jornalista, Comentarista Esportivo, Escritor, Jogador e Técnico de Futebol

☼ Alegrete, RS (03/07/1917)
┼ Roma, Itália (12/07/1990)

João Saldanha foi um jornalista, comentarista esportivo, escritor, jogador e técnico de futebol brasileiro nascido em Alegrete, no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 03/07/1917. Levou a Seleção Brasileira de Futebol a classificar-se para a Copa do Mundo de 1970. Seu apelido era João Sem-Medo.

Logo no inicio de sua vida, a família de João Saldanha resolveu mudar-se de Alegrete. Após percorrerem várias cidades do interior do Paraná, decidiram ficar em Curitiba.

O primeiro grande contato de João Saldanha com o futebol aconteceu ali, pois a casa comprada por Gaspar Saldanha, seu pai, ficava a dois quarteirões do campo do Clube Atlético Paranaense, onde sempre ia assistir aos treinos das divisões de base, permitindo a proximidade do garoto com o futebol.

Além disso, a casa da família em Curitiba permitia uma integração com toda a garotada da vizinhança, que organizava times, campeonatos, jogos, enfim, tudo dentro do estilo de vida da expansão urbana e das novas modas citadinas. Ali, João Saldanha completaria o primário na mesma escola de um garoto que ainda seria importantíssimo personagem na história nacional como presidente da República: Jânio Quadros. Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro.

João Saldanha jogou futebol profissionalmente por uns poucos anos no clube carioca do Botafogo. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (FND), atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Estudou Jornalismo e se tornou um dos mais destacados escritores de esportes, antes de trabalhar como comentarista no rádio e na televisão. Como um jornalista esportivo, ele frequentemente criticava jogadores, técnicos e times de futebol. Foi filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Botafogo

Em 1957, o Botafogo de Futebol e Regatas, seu clube de coração, contratou-o como seu técnico, apesar de sua total falta de experiência. O clube ganhou o campeonato estadual daquele ano.

Em 1969, ele foi convidado a se encarregar da Seleção Brasileira de Futebol. O Presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), João Havelange alegou que o contratou na esperança de que os jornalistas fizessem menos críticas à Seleção Brasileira, tendo um deles como técnico.

Gérson, Pelé e João Saldanha
Eliminatórias Para a Copa do Mundo de 1970

Na Copa do Mundo de 1966, uma das principais críticas da imprensa era a falta de um time-base. João Saldanha tentou resolver esse problema e convocou um time formado em sua maioria por jogadores do Santos e do Botafogo, os melhores times da época. E os conduziu a 100% de aproveitamento em seis jogos de qualificação (eliminatórias). De uma frase sua, quando teria dito que convocaria somente "feras", surgiu a expressão "As feras do Saldanha" para designar aquela seleção.

Graças ao seu trabalho, a Seleção Brasileira reconquistaria a auto-estima e a confiança do torcedor, que tinha perdido depois da pífia campanha na Copa do Mundo de 1966.

O time de João Saldanha, que deu show nas eliminatórias contra Venezuela e Paraguai, com a dupla Tostão e Pelé, estava mesclado com jogadores do Santos, Botafogo e Cruzeiro.

Foi uma grande jogada de João Saldanha. Usou o entrosamento dos jogadores em seus respectivos times e atuava num 4-2-4 bem montado.

O time brasileiro de João Saldanha era: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel e Rildo; Piazza e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.

Apesar das vitórias, João Saldanha foi publicamente criticado por Dorival Knipel, o Yustrich, treinador do clube carioca Flamengo. João Saldanha respondeu ao confronto brandindo um revólver. Também havia rumores de que não entendia de preparação física, havendo alguns desentendimentos com a comissão técnica sobre a condução dos treinamentos.

Embora muito se dissesse à época que João Saldanha foi retirado do comando da Seleção por causa da sua negativa em selecionar jogadores que eram indicados pessoalmente pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em particular o atacante Dário Maravilha. Foi constatado posteriormente que tal fato em verdade não ocorreu, limitando-se o então presidente, na qualidade de torcedor, a sugerir a convocação de Dadá, tal como na Copa do Mundo de 2010 se sugeriu a Dunga a convocação de Neymar ou Paulo Henrique Ganso, ambos do Santos.

O último atrito foi quando o auxiliar-técnico pediu para sair da Seleção, dizendo que era impossível trabalhar com João Saldanha. Segundo João Havelange, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CDB), o esquema adotado por João Saldanha de dois pontas abertos, Jair e Edu, e o meio-campo desprotegido do Brasil, que adotava o esquema 4-2-4, não iria a lugar nenhum. Daí a demissão de João Saldanha e, depois de uma tentativa de se contratar Dino Sani, ele foi substituído por Mário Zagallo, ex-jogador de futebol e ganhador de duas copas: Copa do Mundo de 1958 e Copa do Mundo de 1962, com seu tradicional e eficiente (na época) 4-3-3, montando a equipe com Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Marco Antônio, depois Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jair, Tostão e Pelé.

Jornalismo

João Saldanha retornou ao jornalismo depois desse episódio e continuou a criar algumas das mais famosas citações da história do futebol brasileiro, como: "O futebol brasileiro é uma coisa jogada com música".

Morte

João Saldanha morreu em Roma, em 1990, onde foi cobrir naquele ano a Copa do Mundo de 1990 para a TV Manchete.

Até hoje não se sabe a razão. Fontes mais seguras dizem que João Saldanha morreu de um enfisema pulmonar, devido ao vício tabagista.

Fonte: Wikipédia

Telê Santana

TELÊ SANTANA DA SILVA
(74 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Itabirito, MG (26/07/1931)
+ Belo Horizonte, MG (21/04/2006)

Foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro. Após perder duas Copas do Mundo no comando da Seleção Brasileira de Futebol, amargou por muito tempo a fama de pé-frio. Mesmo assim, em pesquisa realizada pela revista esportiva Placar, nos idos dos anos 1990, foi eleito por jornalistas, jogadores e ex-atletas o maior treinador da história da Seleção Brasileira de Futebol.

A partir de 1990 até o início de 1995, comandou o São Paulo Futebol Clube, conquistando duas vezes a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes.

É considerado o maior treinador são-paulino em todos os tempos e um dos idolos do clube, sendo apelidado pela torcida com a alcunha de Mestre Telê.

Como jogador, é ícone do Fluminense pela intensa dedicação que ofereceu ao seu clube do coração — que valeu-lhe o apelido Fio de Esperança - onde também começou a sua vitoriosa carreira de treinador de futebol.

Até hoje é o técnico que mais dirigiu o Atlético Mineiro em jogos oficiais.

Biografia

Esteve à frente da Seleção Brasileira de Futebol nas copas de 1982 e 1986.

Encerrou a carreira no São Paulo, depois de ter levado o time a suas maiores conquistas na primeira metade dos anos 1990.

Como jogador não chegou à Seleção Brasileira por concorrer com jogadores como Julinho Botelho e Mané Garrincha, nos anos 1950 e 1960.

Começou no Itabirense Esporte Clube, cuja sede situava-se próximo a sua casa, e depois jogou no América de São João del-Rei de onde saiu para jogar no Fluminense.

Fluminense

Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta. Foi um dos primeiros pontas no futebol brasileiro a voltar para marcar no meio.

A sua contratação pelo Fluminense se deu após fazer um teste contra o Bonsucesso e fazer cinco gols, referendada então pelo diretor de futebol do Fluminense daquela época, nada menos que outro ícone histórico deste clube, primeiro capitão e em 1930 o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, João Coelho Netto, o Preguinho.

Com a camisa do Fluminense jogou 557 partidas e marcou 162 gols, sendo o terceiro jogador que mais atuou pelo clube tricolor e seu terceiro maior artilheiro.

O Fio de Esperança

Quando Telê era jogador, tinha o apelido de Fio de Esperança, que recebeu após um concurso entre os torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, então diretor do Jornal dos Sports.

O concurso tinha surgido como idéia do dirigente tricolor Benício Ferreira. Na época, Telê tinha os apelidos pejorativos de Fiapo e Tarzan das Laranjeiras, em função de seu corpo franzino. O dirigente achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu a idéia ao amigo Mário Filho, que criou o concurso com o tema "Dê um slogan para Telê Santana e ganhe 5 mil cruzeiros".

Ao seu final, mais de quatro mil sugestões tinham sido enviadas à redação do jornal. José Trajano conta que seu pai participou do concurso propondo o apelido A Bola. Três leitores acabaram empatados no primeiro lugar na votação final, com as alcunhas El Todas, Big Ben e Fio de Esperança. Foi a última que caiu no gosto dos torcedores tricolores.

Telê se transferiu do Fluminense para o Guarani por conta do presidente histórico do bugre, o carioca Jaime Silva, ser torcedor do clube carioca e ter influenciado os dirigentes cariocas a permitirem a sua transferência para Campinas.

Telê deu mais uma demonstração de amor ao Fluminense, quando já no final de sua carreira como jogador, atuando pelo Madureira marcou o único gol de sua equipe na derrota por 5 a 1 para o Fluminense. Embora aquele gol não tenha influenciado no resultado, Telê chorou ao final da partida por ter feito um gol em seu clube do coração.

Treinador

Com uma visão particular de futebol, formada nos muitos anos de trabalho no Fluminense, em que não acreditava em ganhar por ganhar ou ganhar a qualquer custo, era um intransigente defensor de um futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos campos. Foi este futebol que transformou Telê em Mestre, no comando do time do São Paulo que conquistou vários títulos no início da década de 1990. Ganhou um total de onze títulos, incluíndo um Campeonato Brasileiro, duas Libertadores da América e dois Campeonatos Mundiais.

Após encerrar a carreira como jogador, foi aproveitado como técnico e acabou marcando uma época de glórias e estigmas. Começou na categoria de juvenis (atual juniores) do Fluminense, sendo campeão carioca em 1968. Em 1969 foi promovido a técnico do time profissional, sendo campeão carioca e formando a base do time campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Lá também brigou pelos direitos de seus jogadores, que eram obrigados a entrar e sair do clube pela porta dos fundos. Depois de uma reunião à noite com dirigentes, pediu que abrissem a porta dos fundos para ele. Responderam que ele não era jogador e podia sair pela entrada social, mas Telê recusou-se e pulou o muro, porque não achou ninguém para abrir a porta dos fundos. "Eu disse que também fui jogador e que o aviso servia para mim também", contou, anos mais tarde.

Curiosamente, o mesmo time do Fluminense disputou a final contra o Atlético Mineiro, na época dirigido por Telê, que seria Campeão Mineiro em 1970 e Campeão Brasileiro em 1971. Em 1973 passou pelo São Paulo, mas foi afastado ao entrar em conflito com os ídolos Paraná e Toninho Guerreiro.

Em 1977, dirigiu o histórico time do Grêmio, levando-o a recuperar a hegemonia do Campeonato Gaúcho após oito anos de domínio do Internacional. Após ganhar fama de bom treinador de clubes, com mais uma passagem marcante, agora pelo Palmeiras, em 1979, quando fez um time sem estrelas realizar belos jogos, foi contratado para ser técnico da Seleção Brasileira.

Como treinador da Seleção na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, encantou o mundo com um futebol bonito e envolvente, aclamado como o melhor da época. Reconhecendo que privilegiava a técnica, escalou uma esquadra com jogadores como Zico, Sócrates e Falcão entre outros grandes jogadores.

Nem assim sua seleção foi uma unanimidade, pois muitos - inclusive o humorista Jô Soares, que criou o bordão "Bota ponta, Telê!" - cobravam a presença de um ponta direita no time.

"Eu me aborrecia um pouco com isso", contou Telê mais de vinte anos depois. "O time buscava ocupar o espaço ali na direita. Se eu tivesse um grande ponta, como o Garrincha, é lógico que ele iria jogar. Comigo sempre jogam os melhores". Mesmo assim, não conseguiu o almejado título, deixando o comando da Seleção.

Retornou para a Copa do Mundo de 1986, no México, como grande esperança brasileira de levantar a taça. Desta vez, buscando valorizar a experiência, montou um time não tão vibrante, com jogadores remanescentes de 1982, alguns já em fim de carreira. Criticado anteriormente por não exigir muita disciplina dos jogadores, voltou mais vigilante, o que resultou no corte da principal revelação do time, o ponta-direita do Grêmio Renato Gaúcho, quando este chegou tarde à concentração, fato que levou o melhor amigo do jogador, o lateral Leandro, a pedir para também sair da equipe.

Perdeu a Copa invicto, em uma disputa de pênaltis contra a França. Telê então foi marcado com a pecha de pé-frio por parte da imprensa brasileira, reforçada até por uma capa da Revista Placar no ano seguinte, quando o Atlético Mineiro treinado por ele foi eliminado nas semi-finais da Copa União depois de passar invicto pela primeira fase.

Em maio de 1990, Telê assumiu o Palmeiras, na época da fase final do Campeonato Paulista, o Palmeiras foi eliminado terminando em quarto na classificação geral, e em segundo no seu grupo da fase final, atrás apenas do Novorizontino por causa de um empate com a Ferroviária em 0x0 no Palestra Itália ficando um ponto atrás do Novorizontino. Por causa disso, a torcida fez um grande quebra-quebra na sala de troféus do clube. Chega o Campeonato Brasileiro, e Telê se demite após uma derrota em casa para o Bahia por 2x1. Ele se demitiu também pelo fato de na época, o Palmeiras só ter conseguido apenas uma vitória no campeonato, contra o Internacional, vitória de 1x0 para o Palmeiras, gol de Betinho.

Chegou ao tricolor paulista em outubro de 1990 e encontrou um time que três meses antes tinha tido um desempenho pífio no Campeonato Paulista, com seu principal jogador, Raí, no banco e ocupando posição intermediária no Campeonato Brasileiro. O time recuperou-se a ponto de chegar à final, ficando com o vice-campeonato frente ao Corinthians, o que serviu para mais uma vez trazer à tona a fama de pé-frio. Mas com Telê, Raí e outros jogadores, como o lateral direito estreante Cafu, foram ganhando confiança e evoluíram, ajudando o São Paulo a conquistar o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1991, enterrando de vez a fama de azarado.

Com o título paulista conquistado no mesmo ano, passou a ser o único técnico brasileiro a ter conquistado os quatro principais campeonatos estaduais do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul).

Títulos Como Jogador

Campeonato Carioca de Juvenis (1949 e 1950)
Campeonato Carioca (1951, 1959)
Copa Rio (Internacional) (1952)
Torneio Início (1954 e 1956)
Torneio Rio-São Paulo (1957, 1960)

Títulos Como Treinador

Campeonato Carioca de Juvenis(atual Juniores) (1968)
Taça Guanabara (1969, 1989)
Campeonato Carioca (1969)
Campeonato Mineiro (1970 e 1988)
Campeonato Gaúcho (1977)
Campeão Árabe (1983)
Copa do Rei Árabe (1984)
Copa do Golfo (1985)
Campeonato Brasileiro (1971 e 1991)
Campeonato Paulista (1991 e 1992)
Copa Libertadores da América (1992 e 1993)
Mundial Interclubes (1992 e 1993)
Recopa Sul-Americana (1993 e 1994)
Supercopa dos Campeões da Libertadores (1993)

Morte

Após sofrer uma Isquemia Cerebral em janeiro de 1996, teve que abandonar o futebol e viu a sua saúde debilitar-se bastante, com problemas na fala e na locomoção, entre outros. Apesar de debilitado, acreditava que poderia voltar a trabalhar e, nos dias de mau humor, culpava a família por "impedi-lo". No começo de 1997, chegou a fechar contrato para ser o técnico do Palmeiras, mas seus problemas de saúde impediram que ele assumisse o cargo.

No dia 21 de abril de 2006, depois de ficar por cerca de um mês internado devido a uma infecção intestinal, que desencadeou uma série de outras complicações, o Mestre Telê Santana faleceu em Belo Horizonte.

Fonte: Wikipédia

Edson Bispo dos Santos

EDSON BISPO DOS SANTOS
(75 anos)
Jogador de Basquete e Técnico

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/05/1935)
┼ São Paulo, SP (12/02/2011)

Edson Bispo dos Santos foi jogador e técnico de basquete nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/05/1935.

Iniciou a carreira de pivô no Vasco da Gama, passando pelo Corinthians, Palmeiras e A Hebraica.

Pela Seleção Brasileira de Basquete conquistou o Campeonato Mundial de Basquete de 1959, no Chile.

Participou de três olimpíadas: Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964), obtendo medalhas de bronze nas duas últimas. Foi também medalha de prata e bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955, 1959 e 1963.

Foi treinador da Seleção Brasileira de Basquete no Campeonato Mundial de Basquete de 1974 e nos Jogos Pan-Americanos de 1967, 1971 e 1975.

Morte

Edson Bispo dos Santos faleceu na madruga de sábado, 12/02/2011, aos 75 anos, no Instituto Dante Pazzaneze, em São Paulo, SP, após sofrer um infarto do miocárdio.

Seu corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina.

Paulinho de Almeida

PAULO DE ALMEIDA RIBEIRO
(75 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Porto Alegre, RS (15/04/1932)
+ São Paulo, SP (11/06/2007)

Paulinho era um lateral-direito técnico, com ótimo domínio de bola e forte na marcação. Começou no time amador do Partenon, nome de um bairro de Porto Alegre. Em 14 anos de carreira profissional, jogou em apenas dois clubes: o Internacional de Porto Alegre e o Vasco do Rio de Janeiro.

No Internacional, Paulinho ganhou o apelido de "Capitão Piranha", referência à sua liderança sobre os colegas de clube e também ao seus dentes saltados (ou porque comia muito rápido, segundo outras fontes). Em 1954 foi negociado com o Vasco por 800 mil cruzeiros, numa das maiores transações esportivas ocorridas no país, na época.

A partir do Vasco, chegou à Seleção Brasileira, pela qual disputou 9 partidas. Na Copa do Mundo de 1954, foi reserva de Djalma Santos. Deixou de ser convocado para a Copa de 1958 porque, no início daquele ano, quebrou uma perna num jogo contra o Flamengo pelo Torneio Rio-São Paulo.

Ao aposentar-se como jogador, em 1964, tornou-se treinador das categorias de base do Vasco, iniciando assim a carreira de técnico. Ficou famoso pela frase "jogador de futebol, conheço no arriar da mala". Em 1975, foi um dos fundadores da ABTF, Associação Brasileira de Treinadores de Futebol. Só no Campeonato Brasileiro, dirigiu 13 clubes diferentes em 15 temporadas.

Em três enquetes realizadas pela revista Placar, nos anos de 1982, 1994 e 2006, Paulinho foi considerado sempre o melhor lateral-direito da história do Internacional.

Carreira Como Jogador

Clubes:

1950-1954: Internacional
1954-1964: Vasco

Títulos:

Campeão Gaúcho (pelo Internacional): 1951, 1952, 1953.
Campeão da Copa O'Higgins (pela Seleção Brasileira): 1955.
Campeão da Copa Osvaldo Cruz (pela Seleção Brasileira): 1955.
Campeão Carioca (pelo Vasco): 1956, 1958.
Campeão da Copa Roca (pela Seleção Brasileira): 1957.
Campeão do Torneio Rio-São Paulo (pelo Vasco): 1958.

Faleceu após sofrer por alguns anos do Mal de Alzheimer.

Fonte: Wikipédia

Valdemar Carabina

VALDEMAR DOS SANTOS FIGUEIRA
(78 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* São Paulo, SP (28/01/1932)
+ Salvador, BA (21/08/2010)

Foi um jogador de futebol brasileiro. Defendeu o Palmeiras por vários anos, sendo o quinto a disputar mais partidas com a camisa alviverde em toda a história.

Como jogador do Palmeiras, Valdemar Carabina, disputou 584 jogos, com 333 vitórias, 116 empates e 135 derrotas. Ele marcou apenas 9 gols com a camisa do verdão, mas um deles, considerado um dos mais belos gols marcados no Pacaembu, deu origem ao apelido "Carabina".

O apelido foi entoado a primeira vez pelo lendário comentarista Mário Moraes que narrou na rádio Panamericana o gol como um tiro mais forte do que o tiro de uma carabina.

Em 1972 e 1974, Valdemar dos Santos Figueira foi técnico do Clube Atlético Paranaense, além do próprio Palmeiras em 1987.

Clubes

1952-1953: Ypiranga-SP
1954-1966: Palmeiras-SP

Títulos

Campeonato Paulista: 1959, 1963, 1966
Taça Brasil: 1960
Torneio Rio - São Paulo: 1965

Fonte: Wikipédia

Cláudio Coutinho

CLÁUDIO PECEGO DE MORAES COUTINHO
(42 anos)
Preparador Físico e Técnico de Futebol

* Don Pedrito, RS (05/01/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1981)

Cláudio Pecego de Moraes Coutinho foi um preparador físico e treinador de futebol brasileiro, que comandou o Flamengo e a Seleção Brasileira na década de 1970.

Nascido na pequena cidade gaúcha de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, Cláudio Coutinho mudou-se para o Rio de Janeiro, quando tinha somente quatro anos de idade.

Vivendo na Cidade Maravilhosa, Cláudio Coutinho ingressou na escola militar e seguiu carreira, chegando ao posto de capitão de artilharia. Por outro lado, também demonstrava grande interesse para área esportiva, tanto que se graduou na Escola de Educação Física do Exército.

Em 1968, foi escolhido para representar sua escola em um Congresso Mundial, realizado nos Estados Unidos. Lá conheceu o professor norte-americano Kenneth Cooper, idealizador do famoso método de avaliação física que leva o seu nome. Convidado pelo mesmo, frequentou o Laboratório de Estresse Humano da NASA. Dando prosseguimento às suas experiências internacionais, defendeu tese de mestrado na Universidade de Fontainbleau, na França.


Cláudio Coutinho posa de faixa com o filho Cascão no gramado do Maracanã após a conquista do Estadual
Em 1970 foi chamado para ser preparador físico da Seleção Brasileira, tricampeã mundial no México. Nos treinamentos, passou a trabalhar com o Método de Cooper, sendo a partir daí conhecido por ser o seu introdutor no Brasil.

Após a competição, trabalhou - agora como treinador - na Seleção Peruana de Futebol, como coordenador técnico do Brasil na Copa de 1974, no time francês do Olympique de Marselha e na Seleção Brasileira Olímpica, levando-a ao quarto lugar nas Olimpíadas de Montreal de 1976. No mesmo ano, passou a treinar o Flamengo.

O relativo bom desempenho nesses lugares, além de seu histórico dentro da Confederação Brasileira de Desportos, o credenciaram para ser o substituto de Osvaldo Brandão dentro da Seleção Brasileira de Futebol, então postulante a uma vaga na Copa do Mundo de 1978, na Argentina.

A escolha de seu nome causou certa surpresa, já que era considerado pouco experiente para o cargo. Assim, Cláudio Coutinho quase começava por onde todos terminavam. Logo que assumiu o comando, Cláudio Coutinho tratou de implantar sua filosofia própria. Na época o futebol brasileiro sofria com uma controvérsia em relação à sua própria essência. O fracasso na Copa do Mundo de 1974, aliado a outros fatores, levaram muitos à conclusão de que o nosso método de jogo, aquele individualista, baseado nos craques que desequilibram, estava ultrapassado e que o importante passava a ser o modelo europeu, coletivo, somatório, aonde os jogadores nada mais eram do que peças de uma engrenagem comum, o time.


Cláudio Coutinho e Zico (Foto: O Globo)
Essa era uma discussão polêmica e que dividia opiniões e logo o treinador tratou de assumir que era um ardoroso defensor da europeização dos métodos. Para ele, a Seleção Brasileira já não dependia mais de craques foras-de-série, mas sim de um esquema em grupo, com disciplina tática. Ele também inventou uma terminologia confusa para descrever seu novo estilo de trabalho, com palavras como o "overlapping", o "ponto futuro" (que descrevia o procedimento em que o jogador fazia a jogada com seu companheiro já se posicionando para receber a bola posteriormente) e a "polivalência" (em que cada jogador passaria a exercer mais de uma função em campo).

Terminando de classificar o Brasil nas eliminatórias, Cláudio Coutinho passou a treiná-lo em uma série de amistosos. Mas em alguns desses, como um contra a Inglaterra que terminou empatado em 1 x 1, suas teorias, tão firmemente defendidas, não se aplicavam com muito sucesso.

Às vésperas da Copa, Cláudio Coutinho passou a rever seus conceitos, mas era tarde. Na convocação, causou controvérsia: deixou de levar Falcão, do Internacional, considerado por muitos o melhor armador do futebol brasileiro à época, para ir com Chicão, do São Paulo, conhecido mais por sua garra e truculência, talvez pela questão da obediência tática.

Na estréia da competição, o Brasil enfrentou a Suécia. O resultado foi um desanimador empate em 1 x 1. O jogo seguinte foi contra a Espanha. Um novo empate, desta vez em 0 x 0, já fazia pipocar críticas contra seu estilo e contra um certo espírito "retranqueiro" da Seleção Brasileira.


Cláudio Coutinho e Zagalo
Um dos problemas que Cláudio Coutinho enfrentava era a falta de entrosamento do time como um todo, em especial entre Zico e Reinaldo, dois craques absolutos, mas que estavam rendendo aquém do esperado no torneio.

A vitória sobre a Áustria por 1 x 0 não acalmou muito os ânimos e o presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), Heleno Nunes, acabou por intervir. Ordenou a Cláudio Coutinho que trocasse a dupla por Roberto Dinamite e Jorge Mendonça, e também que substituísse o zagueiro improvisado na lateral esquerda Edinho, já que Cláudio Coutinho não havia aprovado Júnior na posição, por um atleta do ofício, Rodrigues Neto.

As mudanças podem ter surtido algum efeito, já que o Brasil, no primeiro jogo da segunda fase, goleou o Peru por 3 x 0. Mesmo não apresentando um futebol ideal, era visível a melhora da equipe, a maior vontade e determinação. O jogo seguinte, contra a anfitriã Argentina, a futura campeã, ficou marcado pela rivalidade e tensão. Um 0 x 0 truncado e disputado, com todo o tempero dessa "batalha". A decisão sobre qual dos dois rivais sul-americanos iria à grande final ficou então para a última rodada: o Brasil enfrentaria a Polônia, enquanto a Argentina duelava com o Peru.

Os jogos, marcados para o mesmo dia, originalmente transcorreriam também no mesmo horário, mas subitamente a FIFA decidiu adiar o jogo da Argentina, para que começasse apenas após o término da peleja brasileira. A seleção então fez sua parte, vencendo sua partida por 3 x 1. Já os argentinos entraram em campo sabendo quantos gols precisariam fazer para superar seu adversário no saldo (primeiro critério de desempate).


Cláudio Coutinho
Em um jogo polêmico, marcado pela suspeita de irregularidade, o time goleou o Peru de forma surpreendente, por 6 x 0, contando com erros crassos do time adversário. Com isso, restou à Seleção Brasileira disputar o terceiro lugar com a Itália, partida ganha por 2 x 1. O Brasil, embora não chegasse à final, foi o único time invicto da competição, um dos fatores que levou Cláudio Coutinho a cunhar uma frase que se tornaria célebre: "Fomos os campeões morais dessa Copa".

Mesmo assim, o treinador acabou responsabilizado pela mídia e opinião pública pelo fracasso de seu selecionado e teve até sua capacidade profissional questionada. Voltou ao Flamengo e, pouco tempo depois, conseguiu "dar a volta por cima" na equipe ao ser Tricampeão Estadual em 1978-1979-1979 (Especial) e Campeão Brasileiro em 1980, e, de certa forma, ao ser o "patriarca" do supertime que seria Campeão Mundial Interclubes em 1981, já sob o comando de Paulo César Carpegiani, pois Cláudio Coutinho, magoado com a direção do clube, havia saído da Gávea rumo ao futebol norte-americano.

No rubro-negro, Cláudio Coutinho obteve sucesso ao misturar seus avançados conhecimentos táticos com o talento individual abundante naquele fantástico time, conseguindo montar um dos maiores esquadrões da história do nosso futebol, um raro caso de uma equipe completa. Com isso, consagrou-se como um de nossos técnicos mais importantes.

No final da temporada de 1981, mesmo ano da consagração de boa parte de seu trabalho, estava em férias no Rio de Janeiro, antes de ingressar no futebol árabe. Exímio mergulhador, no dia 27/11/1981 praticava um de seus hobbies, a pesca submarina nas Ilhas Cagarras, arquipélago próximo a Praia de Ipanema, quando morreu afogado, aos 42 anos.

Fonte: Wikipédia