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Isabel Salgado

MARIA ISABEL BARROSO SALGADO
(62 anos)
Jogadora e Treinadora de Volei

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/08/1960)
┼ São Paulo, SP (16/11/2022)

Maria Isabel Barroso Salgado Alencar, mais conhecida como Isabel Salgado, foi uma voleibolista e treinadora de voleibol nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/08/1960.

Isabel foi atacante desde os 11 anos de idade e já demonstrava ser uma exímia jogadora de voleibol. Estudou no Colégio Notre Dame, no bairro de Ipanema e com apenas 12 anos de idade, foi estimulada a treinar em clube para se aprimorar na modalidade por seu treinador e também treinador do Flamengo, Ênio Figueiredo, futuramente seu técnico na Seleção Brasileira.

Formada nas divisões de base do Flamengo, Isabel jogou na categoria de base desde 1973 nesse clube.

Em 1976, foi convocada para a Seleção Brasileira Juvenil, já titular na equipe do Flamengo, quando o clube conquistou a terceira colocação do Campeonato Brasileiro de Voleibol. Pelo mesmo clube, conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro de Voleibol, nos anos de 1978 e 1980.

Isabel era uma das representantes do clube na Seleção Brasileira, que disputou duas edições de olimpíadas, a primeira nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, e a outra nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.

Isabel disputou campeonatos em mais de dez clubes brasileiros, atuando também em algumas temporadas no voleibol italiano e japonês. Esteve na Seleção Brasileira nos campeonatos sul-americanos (juvenil e adulto), pan-americanos e mundiais. Posteriormente passou a disputar torneios de vôlei de praia.


Atuou como atleta do vôlei de praia e treinadora de vôlei, tendo exercido esta última função no Flamengo, nos anos de 1999 e 2000. No Vôlei de Praia, foi umas das pioneiras no torneio promovido pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em Almeria, Espanha, formando dupla com Jackie Silva, campeã mundial e medalha de ouro em Atlanta, em 1996.

Anos mais tarde, fez dupla com Roseli Timm e conquistaram a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Vôlei de Praia de 1994, realizado em Miami. Com Roseli, Isabel conquistou três medalhas de pratas e duas de bronze até 1995. Por mais três anos, Isabel atuou com outras parceiras, encerrando a carreira em 1997.

Isabel Salgado foi mãe de seis filhos, três dos quais foram bem sucedidos jogadores de vôlei de praia. Maria Clara e Carolina Solberg começaram em 2005. Isabel foi técnica da dupla pela primeira vez no Circuito Mundial em 2008, e ganhou sua primeira medalha de ouro em Myslowice, Polônia. Já seu filho Pedro Solberg ganhou mais de dez torneios e foi eleito em 2008, com seu parceiro, a dupla do ano e campeão do Circuito Mundial.

Após jogar por mais de trinta anos, ser técnica tanto na quadra quanto na praia, Isabel trocou de função e passou a trabalhar na gestão e supervisão da carreira dos filhos esportistas. Formou dupla com sua filha Maria Clara e, já próximo do fim da carreira, com Carolina, então com 17 anos.

Em 08/11/2022, seu nome foi anunciado pelo governo de transição do presidente eleito Lula como integrante do grupo técnico do esporte, mas morreu oito dias depois.

Isabel Salgado foi casada com o ex-tenista Thomaz Koch.

Em 2012, Isabel Salgado reatou seu casamento com seu ex-marido, o cineasta Ruy Solberg, irmão da cineasta Helena Solberg, com quem foi casada até 15 anos antes. Ruy Solberg é pai dos seus filhos Carol e Pedro.

Já os pais das primogênitas Pilar e Maria Clara, até hoje, são desconhecidos do grande público, mas sabe-se que foram frutos de breves relacionamentos.

Morte

Isabel Salgado faleceu na manhã de quarta-feira, 16/11/2022, aos 62 anos de idade, no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, vítima de complicações da Síndrome Aguda Respiratória do Adulto (SARA).

A Síndrome Aguda Respiratória do Adulto (SARA) é uma condição na qual há acúmulo de fluidos nos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Carreira

Vôlei Indoor

Campeonato Brasileiro de Voleibol
  • 1976 - 3º Lugar atuando pelo Flamengo
  • 1978 - Campeã atuando pelo Flamengo
  • 1980 - Campeã atuando pelo Flamengo
Superliga Brasileira de Voleibol
  • 2000/2001 - Vice-campeã (Treinadora do Vasco)
Jogos Pan-Americanos
  • 1983 - 4º Lugar (Caracas, Venezuela)

Vôlei de Praia
  • 1992 - 1992 - Parceira: Jackie Silva
  • 1993 - 1995 - Parceira: Roseli Timm
  • 1995 - 1995 - Parceira: Shelda Bede
  • 1996 - 1996 - Parceira: Gerusa da Costa
  • 1997 - 1997 - Parceira: Tatiana Minello

Competições

  • 1992 - 4º Lugar - FIVB - Dupla com Jackie Silva (Almeria, Espanha)
  • 1992 -17º Lugar -WPVA - Dupla com Maggie Paes (Hermosa Beach, Estados Unidos)
  • 1993 - 5º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 1993 - 2º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Santos, Brasil)
  • 1994 - 1º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Miami, Estados Unidos)
  • 1994 - 2º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (La Serena, Chile)
  • 1994 - 4º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Saint Petersburg, Rússia)
  • 1994 - 2º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Osaka, Japão)
  • 1994 - 3º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Carolina Beach, Porto Rico)
  • 1994 - 3º Lugar - FIVB- Dupla com Roseli Ana Timm (Santos, Brasil)
  • 1995 - 9º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (La Serena, Chile)
  • 1995 - 7º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 1995 - 25º Lugar - FIVB - Dupla com Shelda Bede (Hermosa Beach, Estados Unidos)
  • 1995 - 25º Lugar - FIVB - Dupla com Shelda Bede (Pulsan, Coreia do Sul)
  • 1995 - 25º Lugar - FIVB - Dupla com Shelda Bede (Bali, Índia)
  • 1995 - 7º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Carolina Beach, Porto Rico)
  • 1995 - 17º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Santos, Brasil)
  • 1996 - 13º Lugar - FIVB - Dupla com Roseli Ana Timm (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 1996 - 7º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Maceió, Brasil)
  • 1996 -17º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Recife, Brasil)
  • 1996 - 17º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Hermosa Beach, Estados Unidos)
  • 1996 - 7º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Osaka, Japão)
  • 1996 - 9º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Carolina Beach, Porto Rico)
  • 1996 - 9º Lugar - FIVB - Dupla com Gerusa da Costa (Salvador, Brasil)
  • 1996 - 5º Lugar - FIVB C&S - Dupla com Gerusa da Costa (Vasto, Itália)
  • 1997 - 13ºLugar - FIVB - Dupla com Tatiana Minello (Rio de Janeiro, Brasil)
  • 1997 - 17º Lugar - FIVB - Dupla com Tatiana Minello (Melbourne, Austrália)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IsabelSalgado

Valdir Espinosa

VALDIR ATAHUALPA RAMIREZ ESPINOSA
(72 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (17/10/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/02/2020)

Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa, mais conhecido como Valdir Espinosa, foi um técnico e ex jogador de futebol que atuava como lateral-direito, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 17/10/1947.

Entre as maiores conquistas de Valdir Espinosa estão a Taça Libertadores da América e a Taça Intercontinental com a equipe do Grêmio, ambos em 1983, além do Campeonato Carioca de 1989 pelo Botafogo.

Valdir Espinosa trabalhou como auxiliar de Renato Gaúcho no Vasco da Gama, quando este assumiu o comando da equipe em 2005. Permaneceu no clube até o treinador principal ser demitido, em maio de 2007.

No mesmo ano regressou ao Vasco da Gama, que, após um bom começo no Campeonato Brasileiro, passava por um período de poucas vitórias. Agora como treinador principal, Valdir Espinosa encontrou pela frente o desafio de recuperar a equipe, afastando de vez as possibilidades de ser rebaixada e conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.

Nas seis partidas que esteve no comando da equipe, venceu três, empatou duas e perdeu uma. O desempenho foi suficiente para garantir a vaga para a Sul-Americana, terminando a competição em 10º. Após o fim do campeonato o treinador decidiu não renovar o contrato e pôs fim nas especulações de que poderia continuar para 2008.


Em 2009, Valdir Espinosa foi auxiliar técnico de Renato Gaúcho no Fluminense.

No dia 12/02/2010, Valdir Espinosa anunciou sua aposentadoria como treinador e também no ramo do futebol mas desistiu, retornando como novo comandante do Duque de Caxias. Mas devido a péssima campanha na série B, foi demitido em julho de 2010.

Fora das quatro linhas, Valdir Espinosa trabalhou como comentarista nos canais Sportv e PFC, entre 2008 e 2009.

Em 2010 foi comentarista na Rádio Manchete e foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Em 2012, Valdir Espinosa voltou a ser comentarista, dessa vez na Rádio Globo.

Valdir Espinosa foi coordenador técnico do Grêmio desde a volta de Renato Gaúcho como técnico da equipe em 2016 até sua demissão em 10/08/2017.

Em 12/12/2019, foi anunciado como gerente de futebol do Botafogo do Rio de Janeiro, seu último trabalho.

Morte

Valdir Espinosa faleceu na manhã de quinta-feira, 27/02/2020, devido a complicações causadas por uma cirurgia no abdômen realizada no dia 17/02/2020. Entretanto, devido à mal sucedida recuperação, foi internado novamente no dia 20/02/2020, porém não resistiu.

Posteriormente foi revelado que Valdir Espinosa vinha lutando há vários meses contra um câncer no intestino.

O velório de Valdir Espinosa ocorreu na tarde e noite de quinta-feira, 27/02/2020, no salão nobre de General Severiano, sede do Botafogo, onde ele trabalhava atualmente como gerente de futebol e clube com o qual tinha grande identificação desde a conquista do título do Campeonato Carioca de 1989.

Valdir Espinosa foi sepultado na manhã de sexta-feira, 28/02/2020, no Memorial do Rio de Janeiro, em cerimônia somente com amigos e parentes.

Títulos

Esportivo
  • 1979 - Campeonato do Interior Gaúcho

Ceará
  • 1980 - Campeonato Cearense

Londrina
  • 1981 - Campeonato Paranaense
  • 1981 - Campeonato do Interior Paranaense

Grêmio
  • 1983 - Copa Libertadores da América
  • 1983 - Copa Intercontinental
  • 1983 - Troféu CEL
  • 1983 - Copa Los Angeles
  • 1986 - Campeonato Gaúcho
  • 2016 - Copa do Brasil (Como coordenador técnico)

Al-Hilal
  • 1985 - Campeonato Saudita

Cerro Porteño
  • 1987 - Campeonato Paraguaio
  • 1992 - Campeonato Paraguaio

Botafogo
  • 1989 - Taça Rio
  • 1989 - Campeonato Carioca

Flamengo
  • 1990 - Torneio de Verão de Nova Friburgo

Portuguesa
  • 1996 - Torneio Início Paulista

Atlético Paranaense
  • 2002 - Supercampeonato Paranaense de Futebol

Brasiliense
  • 2005 - Campeonato Brasiliense

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePArtiram #ValdirEspinosa

Cilinho

OTACÍLIO PIRES DE CAMARGO
(80 anos)
Técnico de Futebol

☼ Campinas, SP (09/02/1939)
┼ Campinas, SP (28/11/2019)

Otacílio Pires de Camargo, mais conhecido como Cilinho, foi um técnico de futebol, nascido em Campinas, SP, no dia 09/02/1939.

Mesmo sendo considerado um dos melhores técnicos do país nos anos 80, Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho, nunca comandou a Seleção Brasileira. O treinador chegou a ser convidado para o cargo, mas não aceitou algumas exigências da Confederação.

De personalidade forte, homem conhecedor do futebol, Cilinho fez fama no São Paulo nos anos 80.

A primeira chance de Cilinho em um clube grande foi na Portuguesa, que anunciou sua contratação em 23/08/1972. Dirigentes do clube foram até Campinas alguns dias antes, após a derrota para o Santos que custou o emprego de Wilson Francisco Alves, e conversaram com o técnico, que aceitou a oferta ali, mesmo. Wilson Francisco Alves só seria notificado três dias depois, porque comandaria o clube em um amistoso na quarta-feira.
"Conhecido por muitas pessoas como 'macumbeiro', introdutor de alguns hábitos novos dentro do futebol (realização de conferências para jogadores nas concentrações, obrigando-os a ler livros para aumentar sua cultura), uma das primeiras atitudes de Cilinho ao chegar à Portuguesa deverá ser a colocação de uma tabuleta na porta do vestiário, com o lema 'Nunca se realizou nada de grande sem muito entusiasmo'"
(Escreveu o jornal O Estado de S. Paulo, para descrever Cilinho)

Cilinho em 1982
A primeira recomendação dele ao novo clube foi que apressasse as obras dos novos alojamentos, pois ele queria poder servir café da manhã aos jogadores no próprio clube.

Osvaldo Teixeira Duarte, presidente da Portuguesa, falou sobre suas expectativas:
"Não poderia exigir muita coisa para o campeonato nacional, porque ele terá pouco tempo para dar uma estrutura ao time. Mas vou lhe pedir que faça um esforço e procure conseguir bons resultados no Nacional, porque a Portuguesa começa a ter algum sucesso. Tenho certeza de que não nos faltam jogadores e vou dar o máximo de apoio ao seu trabalho. Ele é um moço que sabe trabalhar com os jogadores, impondo-se pela argumentação, e é a pessoa que nós esperávamos."
Após o primeiro treino, Cilinho deu seu diagnóstico sobre o time: "Não há versatilidade no futebol da equipe!"

Em seguida, vaticinou seu prognóstico para o jogo contra o Corinthians, o último do clube no Campeonato Paulista: "Nós podemos ganhar, se houver muito empenho de todos os jogadores, mas será uma vitória estranha, porque o time está completamente desestruturado!"

Mesmo desestruturada, a Portuguesa venceu por 1 x 0.

Às vésperas da estreia no Brasileiro, O Estado considerava que os pedidos de reforços do técnico estavam sendo atendidos: "Em pouco mais de dez dias, Cilinho já alcançou todas as condições favoráveis para armar um esquema de trabalho". As contratações fizeram a frequência da torcida aumentar nos treinamentos do time. A partida de estreia, contudo, foi interrompida no intervalo, devido às fortes chuvas em Porto Alegre, local do confronto contra o Internacional. Sem abertura de contagem, a partida foi adiada e teria de ser jogada por inteiro novamente. Cilinho gostou do pouco que viu: "Fizemos uma excelente partida, apesar do campo inteiramente encharcado!".

Cilinho como técnico do Corinthians em 1991
Em março de 1973, na terceira rodada do Campeonato Paulista, a Portuguesa empatou com a Ferroviária, no Canindé, por 2 x 2, depois de estar vencendo por 2 x 0. O resultado aumentou a decepção pelo mau início no torneio (uma vitória, um empate e uma derrota em três jogos) e, após o jogo, parte da torcida pediu a demissão de Cilinho, na frente do acesso aos vestiários.

A diretoria não aguentou a pressão e demitiu o técnico, apesar de Duarte garantir ter sido contra a decisão:
"Eu estava apreciando o trabalho do Cilinho, que qualifico de extraordinário. Ele fez um trabalho de base e, ultimamente, estava, mesmo, comandando uma equipe que eu chamo de suporte para o futebol, representada por médicos, preparadores físicos e massagistas. Mas a torcida não entendeu assim e exigiu a sua saída!"
O presidente explicou por que a pressão da torcida foi tão determinante:
"Depois do jogo contra a Ferroviária, centenas de torcedores ficaram em frente aos vestiários pedindo a queda de Cilinho e, por isso, creio que não poderíamos segurá-lo. Se o segurássemos, correríamos o risco de fazer do Canindé uma verdadeira praça de guerra e de perdermos o apoio desses associados. Na fase em que estamos, não podemos perder o apoio de ninguém!"
Cilinho teve três passagens pelo XV de Jaú, sendo contratado em 1978, 1981 e 1996. As duas primeiras passagens só não foram uma única porque ele aceitou treinar a Ponte Preta em 1979.


Na segunda passagem, ajudou a levar o clube, pela primeira vez, ao Campeonato Brasileiro, classificado devido à boa campanha no Campeonato Paulista de 1981. Nessa campanha, o técnico chegou a recusar um convite para treinar o São Paulo, que tinha demitido Carlos Alberto Silva.
"Existem coisas mais importantes do que dinheiro e projeção. Particularmente, por uma questão de temperamento, sempre firmo os meus contratos verbalmente. É um problema de ética pessoal. Depois, o que considero de grande importância, respeito muito o aspecto ético e moral, em tudo aquilo que assumo. E eu tenho um compromisso nesse nível com os dirigentes do XV de Jaú. Pretendo cumpri-lo até o fim!"
(Cilinho)

Responsável pela descoberta de vários talentos, foi ele quem dirigiu o time do São Paulo que, na década de 1980, foi denominado "Menudos do Morumbi", nome este devido à baixa idade do grupo e ao sucesso do grupo musical porto-riquenho Menudo, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1985 e 1987 e montando a equipe campeã brasileira de 1986, dentro de um estilo de jogo veloz e ofensivo.

Cilinho foi o principal responsável pela reformulação do elenco tricolor a partir de 1984. Jogadores experientes como Waldir Peres, Serginho Chulapa, Zé Sérgio, Humberto, Almir, Paulo César Capeta, Getúlio e Heriberto deixaram o clube do Morumbi. A substituição não foi por "medalhões", mas sim por jogadores mais jovens.

Cilinho em 1994
Silas, Muller, Sidney, Márcio Araújo e Nelsinho ganharam oportunidades ou se firmaram como titulares. O fato mais curioso aconteceu quando Paulo Roberto Falcão foi contratado. Apesar de ter o status de ser o Rei de Roma, o meio-campista revelado pelo Internacional não conseguiu ter regalias com Cilinho, que chegou a colocá-lo no banco de reservas de Márcio Araújo.

Além de dar chances a jogadores criados dentro do próprio clube, Cilinho era um bom observador. Vários jogadores indicados pelo treinador também fizeram sucesso no Tricolor, entre eles o volante Bernardo (ex-Marília), o lateral-direito Zé Teodoro (ex-Goiás) e o ponta-direita Mário Tilico (ex-Náutico).

Cilinho também foi o técnico do time do São Paulo que venceu o Paulistão de 1987. A equipe base tricolor, que bateu o Corinthians na final, era: Gilmar Rinaldi; Zé Teodoro, Adilson, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Muller, e Edivaldo.

Além do São Paulo, onde mais se destacou, Cilinho dirigiu outras importantes equipes do futebol brasileiro, entre elas a Ponte Preta, o Guarani (equipe onde chegou a atuar como jogador nos juvenis), o Corinthians, a Portuguesa e o América de São José do Rio Preto, SP.


Como técnico profissional do Corinthians, Cilinho teve uma rápida passagem em 1991. O time alvinegro ficou com o vice-campeonato paulista (perdeu justamente para o ex-time de Cilinho, o São Paulo, a final). O desentendimento com o presidente Vicente Matheus e os meio-campistas Márcio e Neto pesaram para a sua saída do Parque São Jorge.

Cilinho comandou o time principal são-paulino em 243 jogos (108 vitórias, 85 empates e 50 derrotas), segundo números do "Almanaque do São Paulo" (Alexandre da Costa).

Como técnico do Corinthians, no Paulistão de 1991, Cilinho trabalhou em 36 partidas. Foram 16 vitórias, 16 empates e apenas quatro derrotas, números do "Almanaque do Corinthians" (Celso Unzelte).

Em novembro de 2007, ele assinou contrato com o Corinthians para ser coordenador das categorias de base do clube.

Em março de 2008, ele foi demitido pela diretoria corintiana. "O Cilinho foi importante no curto período em que esteve aqui. Mas agora já temos uma outra etapa", falou à época o presidente corintiano Andrés Sanchez.

Em 2011, já como um treinador experiente, Cilinho assumiu o desafio de treinar a equipe do Rio Branco, de Americana, que figurava na Série C do Campeonato Paulista.

Morte

Cilinho, foi internado no Hospital da PUC de Campinas em 15/04/2018, com um quadro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Recebeu alta hospitalar em 20/07/2018, com sequelas (paralisia do lado esquerdo), para continuar o tratamento em casa. Cilinho faleceu na quinta-feira, 28/11/2019, aos 80 anos, em sua casa, em Campinas, SP.

Há aproximadamente dois meses, teve uma pneumonia, voltou a ser internado, mas retornou para casa, onde era acompanhado por uma equipe médica. Ele estava sendo submetido a tratamento especial e fazendo uso de cadeira de rodas.

O velório aconteceu no Salão Nobre do Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, a partir das 23h00 de quinta-feira, 28/11/2019, para familiares e amigos mais próximos. O local será aberto para o público às 7h00 de sexta-feira, 29/11/2019.

O sepultamento ocorreu às 15h00 do dia 29/11/2019, no Cemitério da Saudade.

Cilinho tinha quatro filhos e seis netos.

Títulos

São Paulo

  • 1985 - Campeonato Paulista
  • 1987 - Campeonato Paulista

Indicação: Miguel Sampaio e Marcelo Furtado
#FamososQuePartiram #Cilinho

Luizinho Lemos

LUIZ ALBERTO SILVA LEMOS
(66 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

☼ Niterói, RJ (03/10/1952)
┼ Nova Iguaçu, RJ (02/06/2019)

Luiz Alberto Silva Lemos, mais conhecido como Luizinho Lemos ou Luizinho Tombo, foi um jogador e técnico de futebol nascido em Niterói, RJ, no dia 03/10/1952.

Considerado um dos maiores ídolos do America, é o maior artilheiro da história deste clube, com 311 gols. É irmão dos também atacantes Caio Cambalhota e César Maluco que fizeram história no futebol brasileiro

Assim como Caio Cambalhota, jogou no America, seu clube do coração em 1973 e 1974, e de 1982 a 1984, tornando-se o maior artilheiro da história do clube rubro com 311 gols e sagrando-se campeão do Torneio dos Campeões em 1982, da Taça Guanabara de 1974 e da Taça Rio em 1982.

Luizinho Lemos jogou ainda com destaque, também com Caio Cambalhota, no Flamengo, de 1975 a 1977, no Sport Club Internacional em 1977 e 1978, Botafogo em 1978 e 1979. Também como César Maluco, no Palmeiras em 1984 e 1985. Jogou em clubes no exterior como na Espanha, México e Catar, tendo feito 434 gols apenas atuando pelos clubes brasileiros, sem contar os seus gols no exterior.

Luizinho Lemos foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1974 e 1983, pelo America. Foi o terceiro maior artilheiro do estádio do Maracanã.

Após encerrar a carreira como jogador, tornou-se técnico de futebol, treinando o mesmo America, e depois, clubes do Catar.

Morte

Luizinho Lemos faleceu na manhã de domingo, 02/06/2019, aos 66 anos, em Nova Iguaçu, RJ, uma semana após sofrer um infarto agudo do miocárdio durante uma partida do America, contra o Nova Cidade, pela segunda divisão do Campeonato Carioca.

Luizinho Lemos se sentiu mal aos 28 minutos do segundo tempo, sendo encaminhado para atendimento médico do Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, e depois transferido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde veio a falecer.

O velório de Luizinho Lemos ocorreu na segunda-feira, 03/06/2019, entre 9h00 e 12h30, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, RJ. Logo após, às 13h00, seu corpo foi cremado.

Títulos

America
  • 1982 - Torneio dos Campeões
  • 1982 - Taça Rio
  • 1974 - Taça Guanabara

Flamengo
  • 1975 - Torneio Quadrangular de Jundiaí
  • 1975 - Taça José João Altafini "Mazzola"
  • 1975 - Taça Jubileu de Prata da Rede Tupi de TV
  • 1976 - Torneio Quadrangular de Mato Grosso
  • 1976 - Taça Nelson Rodrigues
  • 1976 - Taça Geraldo Cleofas Dias Alves
  • 1976 - Troféu Governador Roberto Santos
  • 1976 - Taça Prefeitura Municipal de Manaus
  • 1976 - Taça Duque de Caxias

Internacional
  • 1978 - Campeonato Gaúcho
  • 1978 - Copa Governador Estado
  • 1978 - Torneio Viña del Mar

Fonte: Wikipédia
Indicação Miguel Sampaio

Coutinho

ANTÔNIO WILSON VIEIRA HONÓRIO
(75 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

☼ Piracicaba, SP (11/06/1943)
┼ Santos, SP (11/03/2019)

Antônio Wilson Vieira Honório, mais conhecido como Coutinho, foi um treinador e jogador de futebol que atuou como atacante, nascido em Piracicaba, SP, no dia 11/06/1943.

Ao lado de Pelé, Pepe e Dorval, montou o quarteto ofensivo mais artilheiro da historia do Santos. Coutinho é o terceiro maior artilheiro da história do clube, com 368 gols em 457 jogos.

Jogou no Santos durante a Era Pelé e foi considerado o melhor parceiro que Pelé já teve. Muito habilidoso, fazia grandes jogadas com Pelé. As famosas tabelinhas, fosse com a bola nos pés ou até mesmo usando a cabeça.

Em sua cidade natal, era chamado de Cotinho, e o apelido virou Coutinho quando começou a jogar no Santos.

Ele chegou muito novo ao Santos, descoberto pelo técnico Lula. Estreou pelo time profissional com apenas 14 anos de idade como opção para o outro grande gênio que sofria com as lesões, Pagão. Mas acabou encerrando a carreira precocemente, devido a sua tendência para engordar.

Coutinho era para ser o titular da Seleção Brasileira na Copa de 1962, mas se machucou na véspera da competição e perdeu o lugar para o experiente Vavá, campeão na Copa de 1958.

Coutinho é considerado um dos maiores centroavantes da história do futebol. Tinha como principais virtudes a frieza e a tranquilidade nas finalizações. Ele tinha duas grandes características: Driblava os adversários em poucos espaços e finalizava um lance com uma perfeição raramente vista. Dessa forma, recebeu o apelido de "gênio da pequena área", superando outros centroavantes que também se destacaram no clube, como Toninho Guerreiro e Feitiço. O próprio Pelé declarou que "Coutinho, dentro da área, era melhor que eu. Sua frieza era algo sobrenatural".

Coutinho detém uma marca de respeito contra um dos principais rivais do Santos, o Corinthians. Em 12 anos de clássicos que disputou, nunca perdeu um jogo sequer. No ano que o tabu foi quebrado, em 1968, Coutinho já não atuava mais pelo Santos.

Pelé, Pepe e Coutinho, o trio que conquistou o mundo com a camisa do Santos.
Santos

Coutinho estreou no time profissional do Santos em 17/05/1958, ainda aos 14 anos de idade, em uma partida em Goiânia, contra o Sírio Libanês Futebol Clube. Coincidentemente, o placar foi o mesmo da estreia de seu lendário parceiro Pelé, que aconteceu quase dois anos antes: Vitória de 7 x 1 para o Santos. E, assim como Pelé, Coutinho também marcou um dos gols do Santos em sua primeira partida pelo elenco adulto do clube.

Em um jogo no Estádio Olímpico, jornalistas e pessoas que estavam presentes, relatam ter visto uma das maiores tabelas já realizadas na história do futebol. Pelé recebeu uma bola no meio-de-campo, na cabeça. De primeira, passou para Coutinho que, de cabeça, devolveu para Pelé. E assim foram, até a pequena área adversária, somente com toques de cabeça. No lance final, tendo apenas o goleiro à sua frente, Coutinho poderia ter concluído a gol, mas viu Lima chegar de trás e só ajeitou, mais uma vez de cabeça, para ele concluir o gol do Santos. E a torcida do Grêmio aplaudiu em pé uma jogada histórica entre dois gênios da bola.

Coutinho, além de lembrar Pelé no jeito de jogar, também tinha características físicas muito parecidas com ele. Por isso, surgiu uma lenda de que o jogador passou a usar uma fita branca em um dos braços. Dizia a lenda:
"Quando eu fazia uma jogada linda, falavam que era o Pelé, quando eu errava um passe ou chute, era o Coutinho!"
Em 2007, em uma entrevista no programa de TV "Juca Entrevista" (ESPN), com o jornalista Juca Kfouri, ele revelou o porquê de usar o adereço:
"Eu tive uma pequena lesão no pulso e passei a usar por algum tempo uma faixa de esparadrapo. Mas logo que as dores terminaram eu a tirei!"
De 1958 a 1970, Coutinho vestiu a camisa do Santos, conquistando 19 títulos e marcando 368 gols, em 457 partidas.

Seleção Brasileira

Coutinho fez sua primeira partida pela Seleção Brasileira no Uruguai, contra a seleção da casa. Tinha 16 anos incompletos. Era o titular naquele time de 1962. Porém, uma lesão pouco antes da Copa o fez ficar no banco durante o torneio.

Um dos jogos mais marcantes de Coutinho pela seleção brasileira foi um jogo em 1959, contra a Argentina, em que Pelé e Coutinho colocaram na roda os argentinos que, ao verem os dois gênios tabelando e driblando sem parar, começaram a visar apenas as pernas dos jogadores brasileiros a mando do então técnico Guillermo Stábile. Após tantas pancadas recebidas, Coutinho teve que ser substituído.

Morte

Coutinho faleceu em sua casa em Santos, SP, na segunda-feira, 11/03/2019, aos 75 anos, vítima de um infarto no miocárdio em decorrência de diabetes e hipertensão arterial. Ele estava em casa e faleceu na hora, por volta das 19h30. Em janeiro de 2019 havia sido internado com pneumonia.

O Santos abriu o Salão de Mármore da Vila Belmiro para o velório. Coutinho foi velado no local a partir da 1h00 de terça-feira, 12/03/2019, e o sepultamento será às 18h00 no Cemitério Memorial.

O Santos lamentou a morte nas redes sociais e decretou luto oficial de três dias.

Coutinho, o melhor parceiro de Pelé
Títulos

Santos

  • 1959 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1959 - Torneio Pentagonal do México
  • 1959 - Taça Tereza Herrera (Espanha)
  • 1959 - Torneio de Valência (Espanha)
  • 1959 - Torneio Dr. Mario Echandi (Costa Rica)
  • 1960 - Campeonato Paulista
  • 1960 - Torneio de Paris (França)
  • 1960 - Torneio Giallorosso (Itália)
  • 1960 - Quadrangular de Lima (Peru)
  • 1961 - Campeonato Brasileiro (Taça Brasil)
  • 1961 - Campeonato Paulista
  • 1961 - Torneio de Paris (França)
  • 1961 - Torneio Itália 1961 (Itália)
  • 1961 - Torneio Internacional da Costa Rica (Costa Rica)
  • 1961 - Pentagonal de Guadalajara (México)
  • 1962 - Copa Intercontinental
  • 1962 - Copa Libertadores da América
  • 1962 - Campeonato Brasileiro (Taça Brasil)
  • 1962 - Campeonato Paulista
  • 1963 - Copa Intercontinental
  • 1963 - Copa Libertadores da América
  • 1963 - Campeonato Brasileiro (Taça Brasil)
  • 1963 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1963 - Taça das Américas
  • 1964 - Campeonato Brasileiro (Taça Brasil)
  • 1964 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1964 - Campeonato Paulista
  • 1965 - Campeonato Brasileiro (Taça Brasil)
  • 1965 - Campeonato Paulista
  • 1965 - Torneio Internacional da Venezuela (Venezuela)
  • 1965 - Hexagonal do Chile (Chile)
  • 1966 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1966 - Torneio de Nova York (Estados Unidos)
  • 1967 - Campeonato Paulista

Seleção Brasileira

  • 1961 - Taça Bernardo O'Higgins
  • 1961 - Copa Oswaldo Cruz
  • 1962 - Copa do Mundo FIFA
  • 1962 - Copa Oswaldo Cruz
  • 1963 - Copa Roca

Artilharias

  • 1961 - Taça Oswaldo Cruz (3 gols)
  • 1961 - Torneio Rio-São Paulo (9 gols)
  • 1962 - Copa Libertadores da América (6 gols)
  • 1962 - Campeonato Brasileiro (7 gols)
  • 1964 - Torneio Rio-São Paulo (11 gols)

Recordes

  • Terceiro maior artilheiro da história do Santos (368 gols em 457 jogos).
  • Quinto maior artilheiro da história do Torneio Rio-São Paulo com 34 gols.
  • Quinto maior artilheiro dos clubes brasileiros com 368 gols.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #coutinho

Caio

LUIZ CARLOS TAVARES FRANCO
(63 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/03/1955)
┼ São Luís, MA (12/02/2019)

Luiz Carlos Tavares Franco, também conhecido como Caio, foi um técnico e jogador de futebol que atuava como centroavante. Caio foi jogador profissional do Grêmio entre 1983 e 1984.

Criado no bairro de Madureira na cidade do Rio de Janeiro, Caio teve uma infância humilde. A família tinha mais quatro filhos além de Caio, e o pai, Valter Franco, era fotógrafo.

Quando garoto Caio atuava pelas categorias infantis do Brasil Novo, clube do bairro do Madureira, do qual o seu pai era sócio. Em partida amistosa entre Brasil Novo e Botafogo, Caio teve ótimo desempenho e chamou a atenção de Joca e Joel, treinadores do dente de leite do Botafogo. Imediatamente foi levado pelos dois treinadores para treinar no clube.

Antes, treinando no clube do bairro que morava, no Botafogo, para treinar, pegava o trem de Madureira até a Central do Brasil, indo em seguida para o campo do Botafogo. Como o pai de Caio, Srº Valter, era botafoguense, incentivou o filho a frequentar o chamado dente de leite do alvinegro.

Caio ficou ali dos 11 aos 19 anos, onde foi subindo de categoria, dente de leite, juvenil e profissionais. Conciliava os treinos com os estudos, no Colégio Piedade e posteriormente na Faculdade Gama Filho.


Botafogo: Iniciou a sua carreira profissional no Botafogo como ponta-direita. Estreou no dia 23/05/1975, na derrota para o América em pleno estádio do Maracanã, pelo Campeonato Carioca daquele ano. Porém o jovem Caio não encontrou espaço no Botafogo, pois o time da época contava com ótimo elenco, tendo craques como Zequinha, Gérson e Afonsinho. Caio jogou apenas essa partida pelo Botafogo e foi emprestado ao Madureira por indicação de Zequinha.

Madureira: Pelo Madureira, Caio estreou justamente contra o seu ex-clube, o Botafogo, na derrota por 3 x 0 para o Botafogo. Caio foi um dos destaques da equipe no Campeonato Carioca, apesar do Madureira não ter bom desempenho.

Naquele ano o Campeonato Carioca contava com craques como Adílio, Andrade, Zico e Roberto Dinamite. O então ponta-direita Caio passou quase dois anos na equipe da Rua Conselheiro Galvão, antes de transferir-se, em 1977, aos 22 anos, ao Moto Club por intermédio do Coronel Santana, que havia sido treinador do Maranhão Atlético Clube e que havia conhecido Caio durante um jogo no Rio de Janeiro. 


Moto Clube: Caio já deixou o Rio de Janeiro com o contrato assinado, após ganhar passe livre no clube carioca. Chegou a São Luis em uma quarta feira à tarde, dia 18/05/1977, e à noite já estava nas tribunas do Nhozinho Santos, para acompanhar a vitória do seu novo clube diante do Tupan por 3 x 0.

Sua estréia foi uma semana após a sua chegada, contra o Sampaio Corrêa, na decisão do terceiro turno do Campeonato Maranhense. Apesar do Moto Clube ser derrotado, Caio teve grande desempenho na sua estréia, levando vantagem no confronto com o lateral Ferreira do Sampaio Corrêa.

Pelas grandes atuações, caiu nas graças da torcida motense. Naquele ano, o técnico Marçal escalava o time no esquema 4-3-3, e logo acabou mudando a posição de Caio, de ponta-direita para centroavante. A escalação do Moto Clube da época era: Marão; Célio Rodrigues, Vivo, Irineu e Breno; Tião, Toninho Abaeté (Beato) e Edmilson Leite; Alberto, Paulo César e Caio.

Caio foi Campeão Maranhense em 1977 e disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano.

A fama de Turista nasceu por conta do jornalista Herbert Fontenelle que o apelidou assim pelo que vinha acontecendo na época com Caio. Ele simplesmente sumia dos treinos e ia ao Rio de Janeiro, mas depois acabava retornando, conversava com o Cassas de Lima, dirigente do Moto Clube, os problemas se resolviam e Caio retornava aos treinos. Sempre especulava-se que, por falta de acerto no contrato, Caio ia embora para o Rio de Janeiro.

Na verdade, segundo o próprio jogador, o que muita gente não sabia era que o atleta estava noivo e ela ainda residia no Rio de Janeiro. Caio morava em uma pensão na capital São Luis e fugia para visitar a noiva. Até que o presidente do clube Pereira dos Santos, do alto da sua autoridade de major da polícia, prometeu mandar prendê-lo após uma nova sumida. Nunca mais Caio desapareceu, enterrando de vez a mania de viajar sem um aviso prévio. O apelido de Turista, porém, permaneceu até hoje na capital maranhense.

Libertadores da América, 1983.
Paysandu: No inicio de 1978, após um jogo amistoso entre Moto Club e Paysandu, onde o próprio Caio foi o autor de um golaço, ele e Paulo César (destaques da partidas), foram por empréstimo ao Paysandu, para as disputas da Taça de Ouro no primeiro semestre daquele ano.

Após a eliminação precoce do bicolor na competição, ambos retornaram ao Moto Clube para as disputas do Campeonato Maranhense.

Caio retornou a tempo de ver o Moto Clube chegar ao vice-campeonato diante do seu maior rival. No dia 27/06/1979, o Moto Clube venceu o Vitória do Mar por 8 x 0, no jogo em que o treinador Marçal havia colocado Caio como meia-esquerda. Caio anotou três gols na partida.

A essa altura ele já vinha sendo observado por João Avelino, olheiro e auxiliar técnico de Oswaldo Brandão, da Portuguesa de Desportos. João Avelino estava nas arquibancadas durante a goleada contra o Vitória do Mar e não teve dúvidas em levar o meia-esquerda (naquele jogo, pois ele no momento já era centroavante) para o Canindé.

Quando a Portuguesa o procurou, o atleta já havia conseguido o passe livre, porém, renovado por mais um ano com o Moto Clube como gratidão pela passagem pelo rubro-negro. Caio deu ao Moto o direito de negociá-lo para um grande centro como o futebol paulista, mediante é claro os 15% referentes à transação para a Lusa. 


Portuguesa: Caio chegou a Portuguesa no andamento do Campeonato Paulista de 1979, quando Oswaldo Brandão, treinador da Lusa, que foi mandado embora e João Avelino assumiu o cargo. O clube sofreu uma grande reformulação no elenco, chegando alguns bons jovens atletas para o plantel, como Rui Lima, Quaresma, Cacá, Gerson Sodré e o próprio Caio, que terminou o Campeonato Paulista daquele ano como vice-artilheiro, com 19 gols, um a menos que Rubem Feijão, do Santos.

Quando retornou de férias em São Luis, em Janeiro de 1983, Caio não teve o seu contrato renovado com a Lusa, embora ele tenha sido ídolo do clube e um dos grandes nomes do elenco da Portuguesa. O jogador, então, passou a treinar separadamente do grupo, pois ainda tinha período de contrato a cumprir.

Caio ficou na Portuguesa até março de 1983, sem ao menos conseguir deixar a equipe do Canindé entre os quatro primeiros colocados do campeonato paulista durante toda a sua passagem pelo clube. 

As suas grandes atuações e o seu refinado trato com a bola, porém, foram o suficiente para despertar o interesse do Grêmio, que o levou após uma breve negociação. Foi por empréstimo à equipe de Porto Alegre por intermédio de Wilton, preparador físico que trabalhou no São Paulo e que, na época, trabalhava no clube porto-alegrense. 

Caio comemorando o segundo gol na final da Libertadores da America de 1983.
Grêmio: O Grêmio precisava com urgência de um centroavante para a disputa da Taça Libertadores de 1983. Contrataram César, que atuava no futebol português, mas não estava rendendo em campo. Diziam ser pela diferença do calendário entre o futebol brasileiro e o de Portugal. A diretoria, então, oficializou a vinda de Caio, que chegou por empréstimo de 10 meses e na condição de reserva de César.

Na disputa pela titularidade, Caio levou a melhor, pois estava com condicionamento físico adiantado. Foi o centroavante gremista na Copa Libertadores. Vestiu a camisa do Grêmio ao lado de nomes como Renato Portaluppi, Mário Sérgio, Hugo de León e Tita. O treinador era Valdir Espinosa.

Caio foi importante no Grêmio para as conquistas da Copa Libertadores e Mundial de Clubes de 1983. Na final da Libertadores no Estádio Olímpico Monumental, foi dele um dos gols contra o Peñarol do Uruguai.

No Mundial em Tókio, perdeu a condição de titular para o recém chegado Paulo César Caju, que havia sido contratado a pedido do treinador Valdir Espinosa. Anos depois Caio revelou que se sentiu contrariado com a situação, pois ele vinha sendo o titular e ajudou o Grêmio a chegar ao Japão.

Porém, Paulo César Caju não aguentou sequer o primeiro tempo e Caio foi logo lançado a campo. E foi Caio o autor da assistência do tento da vitória gremista sobre o Hamburgo, da Alemanha, por 2 x 1.

Era um momento de maior glória na carreira de Caio. Como prêmio pela conquista, a diretoria Tricolor pagou a cada atleta a quantia de seis mil dólares.

Caio saiu da Portuguesa para o Grêmio por empréstimo com o passe estipulado. Com a proximidade do fim do período de empréstimo o Grêmio contratou Caio em definitivo.

Durante partida pela Libertadores de 1984, Caio teve uma distensão na virilha, da qual não conseguiu se recuperar naquele ano. Apesar do prestígio que tinha no Grêmio, Caio resolveu deixar o clube em dezembro de 1984. O jogador se dizia desacreditado na sua recuperação da lesão e decidiu abandonar os gramados aos 30 anos.

Caio teve propostas de empréstimo para o Santos e Palmeiras, além do Benfica de Portugal ter tentado sua contratação. Mas com a decisão de abandonar os gramados, nada se concretizou e Caio voltou para o Maranhão. 

Caio é o terceiro agachado, com a camisa do Moto Club
Moto Clube: Ao contrário do que muitos pensam, quando deixou o Grêmio, foi para o Maranhão para outro ramo. Investiu em uma rede de Farmácias na cidade. Caio chegou a abrir cinco farmácias, mas os negócios naufragaram.

Em uma dessas peladas de fim de semana na praia, para espanto do agora aposentado jogador, ele não sentiu mais a incômoda contusão que o atrapalhara nos gramados.

Tinha parado com o futebol, mas na época Mário Carneiro, Cassas de Lima, Ibrahim Assub e outros dirigentes do Moto Clube pediram para o jogador atuar pelo clube novamente. Porém, o Grêmio ainda era o dono do passe de Caio, sendo assim, não poderia atuar por outra equipe.

Mário Carneiro foi até Porto Alegre e conseguiu a liberação do atleta para a sua segunda passagem pelo clube maranhense. Ele assinou um contrato diferente que provocou muitas críticas, onde ele não precisaria viajar e nem se concentrar como os demais jogadores. Caio estreou pelo Moto Clube em 1985.

Em 1986 foi emprestado ao Tuna Luso por seis meses, retornando ao Moto Clube após o período.

Caio permaneceu no Moto Clube até 1989, ano do título maranhense. Após a reapresentação do plantel, em janeiro de 1990 foi realizada uma reunião entre o grupo de jogadores, insatisfeitos com os salários atrasados. Neste encontro Caio, um dos mais experientes do grupo confrontou o presidente do clube Edmar Cutrim, encerrando assim seu vínculo com o Moto Clube.

Caio assinou em seguida, por revanchismo, com o Sampaio Corrêa, levado pelo então presidente do seu novo clube, Pedro Vasconcelos

Sampaio Corrêa: Pela Sampaio Corrêa, foi bicampeão maranhense em 1990 e 1991. Abandonou em definitivo os gramados logo em seguida a conquista do bicampeonato, já com 36 anos.

Passou então a trabalhar com escolinhas de futebol pelo Cohatrac em São Luís. Foi treinador e auxiliar pela Caxiense, Tupan, Imperatriz, Maranhão e Moto Club.

A sua última experiência como treinador foi em 2000, pela equipe do Açailândia, onde encerrou a competição na nona colocação.

Volta ao Rio Grande do Sul

Em 2014, aos 59 anos, Caio estava no Maranhão e trabalhava como taxista, sofrendo de um problema de circulação na perna direita (Trombose) que poderia levar a amputação caso não fosse feita uma cirurgia.

Como taxista recebia aproximadamente R$ 1.500,00 mensais e não conseguia pagar pelo procedimento de aproximadamente R$ 15.000.00. O ex-companheiro de Grêmio Renato Portaluppi revelou na época que já havia se oferecido para resolver o problema, mas que Caio por orgulho havia negado a ajuda.

Porém, com a divulgação da notícia, os campeões de 1983, Tarciso, Fábio Koff, Hugo de León, Baidek, Renato e Casemiro, além do empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, montaram uma força tarefa para ajudar seu amigo Caio.

Caio aceitou a ajuda dos amigos, foi para o Rio Grande do Sul onde fez a cirurgia que precisava e acabou fixando residência em Ivoti onde era zelador dos alojamentos do Sport Club Ivoti, clube administrado pela Globalfut que pertence ao empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, que o ajudou no momento crítico.

Uma de suas últimas aparições públicas foi no final de 2018. Antes da partida contra o Corinthians, no dia 02/12/2018, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio comemorou o aniversário de 35 anos da conquista do Mundial e, depois de celebrarem a data em um almoço, diretoria e jogadores da época fizeram a festa com torcida na Arena Grêmio, em Porto Alegre. Caio, em cadeira de rodas, teve a companhia de César, Osvaldo, Mazaropi, China, Baidek, Tonho, o ex-técnico Valdir Espinosa e seu auxiliar Zeca Rodrigues.

Morte

Caio faleceu na manhã de terça-feira, 12/02/2019, aos 63 anos, em São Luís, MA. Caio sofria com problemas de saúde como a trombose. Em julho de 2017, ele chegou a ter a perna direita amputada. A outra perna também precisou ser amputada depois.

Títulos
  • 1977 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1983 - FIFA Mundial Interclubes (Grêmio)
  • 1983 - Copa Los Angeles (Grêmio)
  • 1983 - Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1983 - Troféu CEL (Grêmio)
  • 1984 - Vice-campeão da Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1989 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1990 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)
  • 1991 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)

Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #caio

Alberto Marson

ALBERTO MARSON
(93 anos)
Jogador e Técnico de Basquete

☼ Casa Branca, SP (24/02/1925)
┼ São José dos Campos, SP (25/04/2018)

Alberto Marson foi um jogador de basquete nascido em Casa Branca, SP, no dia 24/02/1925. Era filho de Pedro Marson e Ângela Luizetto Marson.

Nome famoso do basquete brasileiro nas décadas de 40 e 50, e um dos iniciadores do "esporte da cesta" em São José dos Campos.

Até os 13 anos de idade se dedicava à natação em sua cidade, Casa Branca, SP, mas por sua altura logo foi chamado para a prática do basquete. Teve uma evolução rápida e fez história como jogador e técnico.

Estava trabalhando em Marília quando conseguiu remoção para São José dos Campos a fim de lecionar Educação Física no Colégio João Cursino. Fincou raízes na cidade e logo integrou a equipe de basquete do Tênis Clube que tinha Edésio Del Santoro, Hugo Medeiros, Ivo e Claudio. Também foi trabalhar como professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Alberto Marson chegou a São José dos Campos como atleta olímpico, medalha de bronze na Olimpíada de Londres de 1948. Foi convocado para a Seleção Brasileira quando estava no Saldanha da Gama, de Santos. Muitas outras participações importantes na Seleção, onde teve o professor Moacyr Daiuto como técnico.


Na Olimpíada de Londres participou de quatro dos sete jogos do Brasil. Os craques do basquete retornaram com a única medalha de nossa delegação: A primeira conquistada em esportes coletivos na historia dos Jogos.

Esteve no campeonato Sul-Americano de 1949 em cinco jogos, marcando 22 pontos. Na estatística da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB) foram 15 jogos oficiais e 49 pontos marcados.

Participou de seis partidas e marcou 27 pontos nos Jogos Pan-americanos de 1951, quando o Brasil também ganhou medalha de bronze.

No Vale do Paraíba jogou no Tênis Clube SJ dos Campos e no Clube do CTA, equipe formada por ele depois que teve um desentendimento no Tênis e se afastou. Alberto Marson não se conformou com a demora da diretoria tenista em mandar arrumar um aro novo para a tabela de basquete, que estava quebrado. Conseguiu autorização do Brigadeiro Casimiro Montenegro para montar o time do CTA. Com ele foram Zoca, Bombarda, entre outros. Passou a existir um clássico do basquete na cidade.


Quando parou de atuar como atleta, passou a ser técnico, e até trabalhou no basquete feminino, em 1967, dirigindo a equipe joseense que se classificou em 4º lugar nos Jogos Abertos do Interior, em São José dos Campos. Jogavam Tânia, Regina Lima, Lety, Zanza, entre outras.

Mas foi no time masculino principal do Tênis Clube que ele alcançou sua maior conquista: Alberto Marson comandou a equipe que em 1969 ganhou o título de campeão do Interior pelo Tênis Clube SJ dos Campos. Era um quinteto de ouro formado por Edvar, Pedro Yves, Peninha, Josildo e Emílio. Eram poucos reservas, entre os quais Ita e Rubinho.

Foi em São José dos Campos que se casou com uma jogadora de basquete, Dirce Marson, e se radicou na cidade. Seu filho, Ivan Marson também jogou basquete pelo Tênis São José. Teve outras duas filhas: Ângela e Cristina.

Ganhou o título de Cidadão Joseense em 1979 e também foi condecorado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1992 com o título de Patrimônio Humano do Município. Recebeu outras homenagens significativas: O Reconhecimento do Comitê Olímpico Brasileiro, em 2001, pelo bronze olímpico de 1948, e da Federação Paulista de Basquetebol em 1978 pelos mesmos motivos.

Na foto, Alberto Marson é o primeiro agachado, da direita para a esquerda.
Olimpíada de Londres de 1948

Foram 23 seleções de basquete e o Brasil ganhou medalha de bronze com o seguinte elenco dirigido pelo técnico Moacyr Daiuto: Alberto Marson, João Braz, Marcus Vinicius, Affonso Evora, Ruy de Freitas, Alexandre Gemignani, Alfredo Motta, Nílton Pacheco e Massinet Sorcinelli.

Os jogos foram realizados no Harringay Arena, em Londres, e a decisão da medalha foi contra o México (52 x 47). A estreia foi contra a Hungria (45 x 41). E os demais jogos tiveram os seguintes resultados: Grã-Bretanha (76 x 11), Canadá (57 x 35), Itália (47 x 31), Uruguai (36 x 32) e a derrota na semifinal para a França (33 x 43). A Seleção dos Estados Unidos foi a campeã.

Morte

Alberto Marson faleceu na quarta-feira, dia 25/04/2018, aos 93 anos, vítima de insuficiência respiratória devido a uma infecção pulmonar, contraída há cerca de um mês e meio, sendo o último remanescente dos jogadores brasileiros que participaram das Olimpíadas de 1948.

Fonte: Wikipédia e Museu de Esportes
#FamososQuePartiram #AlbertoMarson