Carmen Costa

CARMELITA MADRIAGA
(87 anos)
Cantora e Compositora

* Trajano de Moraes, RJ (05/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/04/2007)

Nascida no interior, aos 15 anos ela trabalhava na cidade do Rio de Janeiro como empregada doméstica do cantor Francisco Alves. Numa festa ele a fez cantar para os convidados, entre eles Carmen Miranda, e a incentivou a iniciar uma carreira.

Se apresentou como caloura no programa de rádio de Ary Barroso, saindo-se vencedora. Passou a cantar profissionalmente e a fazer dupla com o cantor e compositor Henricão. Seu primeiro sucesso foi Está Chegando a Hora, versão da canção mexicana Cielito Lindo, nos anos 40.

Em 1945, casou-se com o americano Hans Van Koehler e foi viver com ele nos Estados Unidos. Passou uma temporada em Los Angeles e Nova York. Esteve no concerto histórico no Carnegie Hall, que marcou a bossa nova nos Estados Unidos, em 1962.

Nos anos 50 voltou ao Brasil, quando conheceu o compositor Mirabeu Pinheiro, com quem viveu um romance por cinco anos e com quem teve sua única filha, Silésia. Juntos fizeram sucessos como Cachaça Não é Água Não (quando foram acusados de plágio) e Obsessão. Desta mesma época foi o samba-canção de Ricardo Galeno intitulado Eu Sou a Outra ("ele é casado / eu sou a outra na vida dele…"), que retratava uma situação que a própria Carmen vivia e, anos depois, assumia.

Foi homenageada no programa MPB Especial, da TV Cultura de São Paulo, gravado em 1972, no qual a artista carioca interpretou canções de grande sucesso. Entre o repertório estavam, Está Chegando a Hora (Rubens Campos), Só Vendo Que Beleza e Casinha da Marambaia (Rubens Campos e Henricão), Xamego (Luiz Gonzaga), Polêmica (Ataulfo Alves) e Cachaça Não é Água Não (Mirabeau). Com Paulo Marquez, gravou um LP intitulado A Música de Paulo Vanzolini (1974).

A cantora também participou de vários filmes, como Pra Lá de Boa (1949), Carnaval em Marte (1955), Depois Eu Conto (1956) e Vou Te Contá (1958).

Em 2003, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro tinha aprovado um projeto de iniciativa do Museu da República e Carmen Costa foi "tombada", virando assim Patrimônio Cultural do Brasil. Para a ocasião, compôs a música Tombamento, que cantou para o ministro da Cultura, Gilberto Gil ("Eu sou a raça / Sou mistura / Sou aquela criatura / Que o tempo vai tombar").

Suas última gravação foi com o cantor Elymar Santos, de quem era convidada especial em alguns shows.

Em 02 de junho de 2004, no Rio de Janeiro, participou da reinauguração da Rádio Nacional, emissora líder de audiência nas décadas de 40 e 50. Na ocasião, houve o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as Cantoras do Rádio, geração de artistas reveladas na Rádio Nacional. Lula definiu o encontro de "saudosismo gostoso" e subiu ao palco do auditório da Rádio Nacional para abraçar e beijar Emilinha Borba (80), Marlene (79), Carmen Costa (84), Ademilde Fonseca (83), Adelaide Chiozzo (73) e Carmélia Alves (81).

Carmen Costa faleceu no Hospital Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro, aos 87 anos, depois de alguns dias internada. Foi vítima de Insuficiência Renal e Parada Cardiorrespiratória às 6:00hs do dia 25 de abril de 2007.

Fonte:  Wikipédia