Meira

JAIME TOMÁS FLORENCE
(73 anos)
Compositor e Instrumentista

* Paudalho, PE (01/10/1909)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/11/1982)

Jaime Tomás Florence, o Meira, foi um compositor e instrumentista. Aprendeu a tocar violão com o irmão Robson, com quem seguiu para o Rio de Janeiro em 1928 no conjunto Voz do Sertão, organizado por Luperce Miranda ainda em Recife, em 1927, e integrado também por Minona Carneiro (cantor) e José Ferreira (cavaquinho).

Foi vizinho de Noel Rosa, que compunha os primeiros sambas. No início da década de 1930 teve editada uma musica sua, "Falando Ao Teu Retrato" (Meira De Chocolat), gravada em 1935 por Augusto Calheiros.

Sua estréia em disco ocorreu em 1934, quando Benedito Lacerda e seu Regional lançaram o choro "Primavera".

Em 1937 substituiu o violonista Carlos Lentine no Regional de Benedito Lacerda, o qual, com Dino 7 Cordas (violão de sete cordas), formou uma das mais duradouras duplas violonistas da música popular brasileira. Com o regional, acompanharam os grandes cantores populares da época, em apresentações e gravações.

Regional de Canhoto: Gilson, Canhoto e Altamiro Carrilho (de pé) - Meira, Orlando Silveira e Dino (sentados)
Na década de 1940, apareceu com algumas composições que alcançaram êxito, como "Aperto De Mão" (MeiraDino 7 Cordas e Augusto Mesquita), gravada por Isaurinha Garcia na RCA Victor, em 1943; "Deixa Pra Lá" (Meira e Augusto Mesquita), choro gravado por Isaurinha Garcia em 1945; e "Amar Foi Minha Ruína" (Meira e Augusto Mesquita), lançado por Gilberto Alves em 1947.

Em 1950, quando Benedito Lacerda abandonou as atividades artísticas, permaneceu no grupo, que passou a se chamar Regional do Canhoto, realizando durante a década de 1950 muitas gravações com choros dos seus integrantes, além de acompanhar outros artistas.

Augusto Mesquita, relançou o samba-canção "Molambo", grande sucesso nas gravações de Roberto Luna e Cauby Peixoto.

Em 1965 tomou parte no show "Samba Pede Passagem", organizado por Sidney Miller, e participou da gravação do LP "Rosa de Ouro", pela Odeon. Atuou em gravações de novos sambistas e, a partir de 1970, também de discos de choro, além de lecionar violão no Rio de Janeiro.