(78 anos)
Pivô de um dos mais célebres crimes passionais da História do Brasil
* Jaguarão, RS (18/06/1872)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/05/1951)
Anna Emília Ribeiro da Cunha, antes de casar, chamava-se Anna Emília Solon Ribeiro e, após o segundo casamento, Anna Emília Ribeiro de Assis. Também conhecida como S'Anninha, foi pivô de um dos mais célebres crimes passionais da história do Brasil. Entre 1890 a 1909, foi esposa do escritor Euclides da Cunha e, depois, do militar Dilermando de Assis.
Seu marido, Euclides da Cunha, porém, era de temperamento muito tímido e introspectivo, pouco dado a expansões afetivas. Além do mais, ausentou-se do lar por longos períodos, cobrindo a Campanha de Canudos (3 meses) ou explorando a Amazônia (13 meses), o que resultou em obras fundamentais para a literatura brasileira, como Os Sertões: Campanha de Canudos, mas teria prejudicado muito seu relacionamento com a esposa.
Com Euclides da Cunha, teve a filha Eudóxia, o filho Sólon, nascido em 1892, Euclides Filho, nascido em 1894, Manoel Affonso, nascido em 1901 e Mauro, nascido em 1906.
Anna, muito sozinha em seu lar, acabou por conhecer um homem 16 anos mais jovem que ela: um cadete alto, loiro e forte chamado Dilermando de Assis. Teve com ele em um tórrido romance, uma paixão avassaladora, numa pensão em que estavam hospedados.
Com esse amante teve dois filhos e enganou o marido, sendo ambas as crianças registrados com o sobrenome do marido Euclides da Cunha.
O quinto filho de Anna, Mauro, nascido em 1906, morreu com 7 dias de vida, para desespero dela. O sexto, Luís, nascido em 1907, sobreviveu e, a partir daí, Euclides da Cunha passou a desconfiar da esposa, pois a criança era loira e todos da família dele e de Anna, morenos. Foram anos de dúvidas e brigas, até a verdade aparecer.
Tragédia da Piedade
O escritor descobriu que ela continuou encontrando-se com o amante e seguiu armado para a casa de Dilermando de Assis e do irmão dele, Dinorah, na Estrada Real de Santa Cruz, local afastado do bairro da Piedade, Rio de Janeiro, em que a esposa e o amante se encontravam. Euclides da Cunha foi recebido por Dinorah e entrou na casa.
Há versões diferentes para o que ocorreu depois. A versão aceita pelo tribunal foi a de que Euclides da Cunha atirou em Dinorah, deixando-o paraplégico, e depois atirou em Dilermando de Assis. Para se defender, mesmo ferido, Dilermando o assassinou a tiros, tendo sido absolvido do processo de acusação, alegando legítima defesa. Euclides da Cunha morreu em 15 de agosto de 1909.
Nova Tragédia
Em 4 de julho de 1916, Euclides da Cunha Filho, às vésperas de completar 22 anos, repetiu o gesto do pai no intuito de vingá-lo. Numa sala do antigo Fórum do Rio de Janeiro, Euclides Filho atirou em Dilermando de Assis que, mesmo ferido, conseguiu matá-lo.
Manoel Affonso, o filho caçula de Euclides da Cunha, passou a ser criado pela irmã de sua mãe Anna, sua tia Alquimena. Sólon era policial e foi assassinado em circunstâncias misteriosas numa investigação no Acre em maio de 1916.
Anna, após ficar viúva, pôde, enfim viver seu amor com seu amante de longa data. Casou-se oficialmente com Dilermando de Assis e teve com ele mais cinco filhos, totalizando 11 filhos: sete de Dilermando e quatro de Euclides da Cunha.
O casamento acabou 20 anos depois, quando Anna descobriu que Dilermando de Assis teve uma amante durante todo esse tempo: Marieta, com a qual se casou após a separação.
Anna, vivendo sozinha, mudou-se para a Ilha de Paquetá, na baía de Guanabara, Rio de Janeiro. Na ilha, morreu sozinha de Câncer, em 1951.
Repercussão
A minissérie Desejo, da TV Globo, contou a história romanceada de Anna de Dilermando de Assis, interpretada por Vera Fischer, e o livro Anna de Assis, resultado do depoimento de Judith Ribeiro de Assis, filha de Dilermando de Assis, ao jornalista Jeferson de Andrade, atingiu mais de 10 reedições.
Fonte: Wikipédia
Segundo o livro Anna de Assis - História de um trágico amor de Judith Ribeiro de Assis em depoimento a Jefferson de Andrade, o último endereço de Anna de Assis foi no bairro da Gávea (Rua dos Oitis) e faleceu no Hospital Central do Exercito, cercada pelos filhos. Está sepultada no Cemitério São João Batista.
ResponderExcluirMUITO TRISTE SUA TRAJETORIA
ResponderExcluirpiranha,devia ter sido ela a morta, nojenta e no fim foi corna, otária!!
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