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Gilda Miranda

GILDA MIRANDA SARMENTO DE OLIVEIRA
(74 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/05/1925)
┼ Porto Alegre, RS (27/05/1999)

Gilda Miranda Sarmento de Oliveira, mais conhecida como Gilda Miranda, foi uma atriz e cantora brasileira nascida em São Cristóvão, na Rua da Liberdade, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/05/1925.

Gilda Miranda foi casada com Sálvio de Oliveira, que também era ligado as artes e foi o primeiro diretor do Museu de Artes de Florianópolis. Foi Sálvio de Oliveira quem iniciou Gilda Miranda nas artes cênicas ao dirigir a peça "A Barca do Inferno" de Gil Vicente, onde Gilda Miranda estreou em 1954 no Teatro Álvaro de Carvalho, Florianópolis, SC.

Da união entre Gilda e Sálvio, nasceram Perla (1945), Thalma (1947) e Jano Sarmento de Oliveira (1950).

Separaram-se em 1955 e Gilda foi para Porto Alegre onde fez teste de cantora na Rádio Farroupilha. Entrou para um grupo de teatro amador dirigido por Vanoly Pereira Dias, mais conhecido como Pereira Dias, com que se casou e deu prosseguimento a carreira no teatro e na televisão.

Gilda Miranda, na Rádio Farroupilha, teve a saudosa Elis Regina como sua colega na referida emissora. Cantava em alguns idiomas, sendo que recebeu da fadista portuguesa Maria Amália um lenço, em reconhecimento a seu talento, como interprete de musicas lusitanas.

Foi atriz de teatro e uma das pioneiras de peças teatrais, ao vivo, na TV Tupi. Contracenou com o renomado Procópio Ferreira, com quem muito aprendeu, em virtude de ser um ator perfeccionista.

O último trabalho de Gilda Miranda na televisão foi na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985). Antes, a atriz participou das novelas "Jogo da Vida" (1981), "Ciranda de Pedra" (1981), "Chega Mais" (1980), "Os Gigantes" (1979), "Pecado Rasgado" (1978), "Escrava Isaura" (1976), "Anjo Mau" (1976) e "Escalada" (1975), todas exibidas pela Rede Globo.

Aposentada, Gilda Miranda foi viver em Porto Alegre, onde faleceu vítima de infarto, aos 74 anos, no dia 27/05/1999.

Carmem Palhares

CARMEM PALHARES
(63 anos)
Atriz

* Porto Alegre, RS (1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (1999)

Iniciou a carreira no teatro amador em Porto Alegre no grupo de Edson Nequette, atuando em peças como Do Mundo Nada Se Leva, Orfeu da Conceição, A Familia dos Linhares.

Estreou no cinema com o filme Vagabundos no Society e logo após seguiu para a televisão, onde se destacou em programas humorísticos como Os Trapalhões e e Chico Anysio Show.

Filmes:

- Vagabundos no Society
- Os Trapalhões e o Mágico de Oróz
- Os Três Palhaços e o Menino
- J.S. Brown, o Último Herói
- O Cortiço
- O Barão Otelo no Barato dos Bilhões
- Macunaíma

Teatro

- Weekend - com Norma Blum
- Os Sete Gatinhos de Nelson Rodrigues
- Flávia, Cabeça, Tronco e Membros com Nicete Bruno e Paulo Goulart


Se afastou da carreira em 1992, quando atuou na minissérie Teresa Batista. Um papel marcante foi Gumercinda, em Jerônimo, o Herói do Sertão. Faleceu no Rio de Janeiro de causas não reveladas.

Fonte: Wikipédia

Nelson Werneck Sodré

NELSON WERNECK SODRÉ
(87 anos)
Militar, Historiador e Escritor

* Rio de Janeiro, RJ (27/04/1911)
+ Itu, SP (13/01/1999)

Nelson Werneck Sodré nasceu no Rio de Janeiro, antigo município neutro e então Capital Federal do Brasil, em 27 de abril de 1911. Após estudar em escolas públicas e em alguns internatos, ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, em 1924, e na Escola Militar do Realengo, em 1930. Concluído o curso em 1933, fez a Declaração de Aspirantes em janeiro de 1934 e logo em seguida foi designado para servir no Regimento de Artilharia de Itu, o tradicional Regimento Deodoro.

Sua estréia na grande imprensa ocorreu em 1929, com a publicação do conto "Satânia", premiado pela revista O Cruzeiro.

Em outubro de 1934 começou a colaborar no Correio Paulistano. Dois anos depois tornou-se, em sua própria opinião, "um profissional da imprensa" , passando a assinar o rodapé de crítica literária naquele periódico e a ser remunerado pelos artigos publicados.

Entre 1938 e 1945 publicou algumas centenas de artigos e sete livros: "História da Literatura Brasileira" (1938), "Panorama do Segundo Império" (1939), a segunda edição de "História da Literatura Brasileira" (1940), "Oeste" (1941), "Orientações do Pensamento Brasileiro" (1942), "Síntese do Desenvolvimento Literário no Brasil" (1943), "Formação da Sociedade Brasileira" (1944) e "O Que Se Deve Ler Para Conhecer o Brasil" (1945).

Até o início da década de 1950, Nelson Werneck Sodré teve uma brilhante carreira militar: chegou a ser instrutor na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde lecionava História Militar.

Nelson Werneck Sodré com sua mãe.
Em 1951, foi desligado da Escola de Estado-Maior devido às posições políticas que assumiu publicamente: por participar da diretoria do Clube Militar, empenhada na luta pelo monopólio estatal da pesquisa e lavra do petróleo no Brasil, e pela publicação, sob pseudônimo, de um artigo na Revista do Clube Militar, claramente identificado com as posições sustentadas à época pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), em que combatia a participação do Brasil na Guerra da Coréia.

Apesar de suas ligações com o então Ministro da Guerra, general Newton Estillac Leal, que presidira o Clube Militar durante a Campanha do Petróleo, Nelson Werneck Sodré teve de conformar-se em postos de pouco relevo: como oficial de artilharia numa guarnição em Cruz Alta, interior do Rio Grande do Sul e numa Circunscrição de Recrutamento no Rio de Janeiro, lotação considerada punitiva, à época.

Em 25 de agosto de 1961, Nelson Werneck Sodré foi promovido, por antiguidade, a coronel, último posto da carreira militar, no Exército. Em conseqüência, foi designado para o Quartel General da 8ª Região Militar, em Belém, PA. Em sinal de protesto, solicitou a sua passagem para a reserva.

Durante a crise gerada pela renúncia de Jânio Quadros, Nelson Werneck Sodré ficou preso por 10 dias por se se opor à tentativa do golpe que pretendia impedir a posse do vice-presidente eleito, João Goulart. Com a posse de João Goulart, sob o regime parlamentarista, seu pedido de passagem à reserva foi despachado, anulado e, mais uma vez, Nelson Werneck Sodré foi classificado para servir na capital do Pará: agora, numa Circunscrição Militar.

Pela segunda vez, requereu seu afastamento do serviço ativo do Exército e consumou a sua exclusão das fileiras militares.

Nelson Werneck Sodré e Affonso Romano de Sant'Anna, no gabinete deste na Biblioteca Nacional.
No ISEB

No primeiro trimestre de 1954, Nelson Werneck Sodré foi convidado por Alberto Guerreiro Ramos a participar do Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política (IBESP), que oferecia cursos, em nível de pós-graduação, no auditório do Ministério da Educação e Cultura.

O IBESP foi, de acordo com Nelson Werneck Sodré, a "fase preliminar do ISEB" , e sua convivência com os "ibespianos" só teve início em 1955, após o seu retorno para o Rio de Janeiro, convidado pelo general Newton Estillac Leal para servir em seu Estado-Maior.

Ao final do governo Café Filho, em 1955, o IBESP passou por uma reformulação que alterou o seu nome para Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Como parte de seus integrantes se alinhara à candidatura de Juscelino Kubitschek, e a instituição "(...) não tinha sede nem estrutura, continuou, sob outro título, o novo, aquilo que o IBESP vinha fazendo".

Com o início do governo de Juscelino Kubitschek, em 1956, a estrutura do ISEB foi fortalecida e se tornou mais estável, embora os cursos ainda fossem ministrados no auditório do Ministério da Educação e Cultura. A partir do ano seguinte, o Instituto passaria a ocupar a sede que lhe havia sido destinada, no bairro de Botafogo.

No ISEB, a problemática do desenvolvimento brasileiro delineou, desde o início do governo de Juscelino Kubitschek, a existência de duas tendências: a que sustentava a participação de capitais estrangeiros na economia brasileira para acelerar o ritmo de sua expansão, e a que defendia o caráter autônomo do processo de industrialização no país, admitindo a presença do capital estrangeiro apenas sob o rígido controle do Estado.

Os conflitos provocados entre os adeptos dessas duas orientações causaram a exclusão dos chamados "entreguistas" do ISEB, em 1960. Nelson Werneck Sodré se identificava com a tese do desenvolvimento autônomo de nossa economia. Através de estudos direcionados para a relação entre o Colonialismo e o Imperialismo, para a formação e constituição das classes sociais no Brasil e, em especial, para a discussão de quem seria o povo brasileiro e o papel que poderia desempenhar na luta anti-imperialista, ele orientou a sua produção intelectual para a identificação da classe ou da aliança de classes que poderia encaminhar o processo revolucionário no país.

Nelson Werneck Sodré com José Loureiro e um homem não identificado.
A participação no ISEB também assinalou o retorno de Nelson Werneck Sodré à publicação de livros.

Em 1957 foram lançados "As Classes Sociais no Brasil", curso pronunciado no IBESP em 1954, e "O Tratado de Methuen". Em 1958, foi a vez de "Introdução à Revolução Brasileira". Em 1959, e a pedido de Umberto Peregrino, que dirigia a biblioteca do exército, Nelson Werneck Sodré organizou uma antologia de episódios militares brasileiros, "Narrativas Militares".

Em 1960 veio a público a terceira edição de "História da Literatura Brasileira", uma obra nova que conservou apenas o título de seu livro de estréia, e a segunda edição de "O Que Se Deve Ler Para Conhecer o Brasil", obra de referência que também guardou apenas o nome, quando comparada à edição original.

Em 1961, lançou uma coleção de ensaios, "A Ideologia do Colonialismo". Em novembro desse mesmo ano, no posto de general de brigada do Exército Brasileiro, Nelson Werneck Sodré solicitou a sua transferência para a reserva (ele não chegou a exercer o generalato na ativa). Com sua passagem à reserva,  passou a se dedicar exclusivamente ao trabalho intelectual.

Desde a criação do ISEB, em 1956, até a sua extinção, com o Golpe Militar de 1964, Nelson Werneck Sodré era responsável pelo Curso de Formação Histórica do Brasil. Desse curso resultou, após diversas reformulações, o livro "Formação Histórica do Brasil", publicado em 1962. A interpretação da formação social brasileira apresentada na "Formação Histórica do Brasil" também inspirou a produção de material para-didático destinado a professores do ensino médio, a "História Nova do Brasil", elaborada com a colaboração dos estagiários do Departamento de História do ISEB.

Ainda em colaboração com os estagiários do Departamento de História do ISEB, que se encarregaram da pesquisa, Nelson Werneck Sodré escreveu em poucos dias o livro "Quem Matou Kennedy", lançado em dezembro de 1963, duas semanas após o assassinato do presidente dos Estados Unidos.

O livro "Formação Histórica do Brasil" conheceu uma versão condensada. Suas teses centrais foram expostas em "Evolución Social Y Económica Del Brasil", publicado na Argentina em 1965, mas com data de 1964. A edição brasileira dessa obra foi lançada somente 1988 e reproduz integralmente o texto original. Conserva, inclusive, as notas de rodapé elaboradas pelo tradutor argentino, as quais, no julgamento de Nelson Werneck Sodré, "(...) parecem ruins".

Carta a Nelson Werneck Sodré agradecendo notícias e conselhos.
Após o Golpe de 1964

Duas semanas após o Golpe Militar de 1964, Nelson Werneck Sodré teve os seus direitos políticos cassados por dez anos pela Junta Militar que assumiu o poder. Sofrer a cassação não tinha desdobramentos apenas político-eleitorais. A posterior regulamentação das punições ampliou os seus efeitos, impedindo-o de lecionar e de escrever artigos para a imprensa.

Optou por não se exilar e dedicou-se, nos anos seguintes, a resistir da única forma que lhe parecia ser possível: escrevendo. Como os demais meios de comunicação lhe foram interditados, passou a escrever livros. Escrevendo em período integral, e sem contar a reedições, Nelson Werneck Sodré publicou quatro títulos em 1965: "Ofício de Escritor", "O Naturalismo no Brasil", "As Razões da Independência" e "A História Militar do Brasil".

Também em 1965 começaram a ser apreendidos das livrarias e depósitos das editoras alguns de seus títulos. Além da "História Nova do Brasil", foram recolhidos exemplares de "Quem Matou Kennedy", da "História da Burguesia Brasileira" e de "A História Militar do Brasil". Reeditado em 1968, esse livro foi proibido de circular em 1969 e mais uma vez os exemplares disponíveis nas livrarias e na editora sofreram apreensão. A reedição dessa obra motivou um novo Inquérito Policial Militar contra Nelson Werneck Sodré.

Em 1966, Nelson Werneck Sodré publicou uma obra de referência que vinha preparando há décadas, "História da Imprensa no Brasil".

Em 1967, foram lançadas as "Memórias de um Soldado" e a terceira edição de uma obra de referência que vinha sendo reelaborada a cada vez que era publicada, "O Que Se Deve Ler Para Conhecer o Brasil".

Em 1968, publicou quatro antologias: "Fundamentos da Economia Marxista", "Fundamentos da Estética Marxista", "Fundamentos do Materialismo Histórico" e "Fundamentos do Materialismo Dialético".

Em 1970, vieram a público "Síntese de História da Cultura Brasileira", escrito a pedido da direção do Partido Comunista Brasileiro, e as "Memórias de um Escritor".

Bilhete a sua mãe pedindo que envie bala para revólver.
Em 1974 foi a vez de "Brasil: Radiografia de um Modelo".

Em 1976, "Introdução à Geografia".

Em 1978 Nelson Werneck Sodré lançou três livros, "A Verdade Sobre o ISEB", "Oscar Niemeyer" e a "Coluna Prestes".

Em 1984, "Vida e Morte da Ditadura".

Em 1985, Nelson Werneck Sodré publicou três títulos, "Contribuição à História do PCB", "O Tenentismo" e "História e Materialismo Histórico no Brasil".

Em 1986 são lançados "História da História Nova" e "A Intentona Comunista de 1935".

Em 1987, "O Governo Militar Secreto" e "Literatura e História no Brasil Contemporâneo".

Em 1988, as "Memórias de um Escritor" são republicadas com o título "Em Defesa da Cultura".

Em 1989, vem a público "A República: Uma Revisão Histórica", "A Marcha Para o Nazismo" e um pequeno ensaio que assinalou a participação de Nelson Werneck Sodré na primeira eleição direta para a presidência da República no Brasil após o Golpe Militar de 1964, "O Populismo, a Confusão Conceitual".

Em 1990 foram publicados "Capitalismo e Revolução Burguesa no Brasil" (reunião de textos elaborados no fim dos anos 1970), "O Fascismo Cotidiano" e mais um volume de sua memorialística, "A Luta Pela Cultura".

Em 1992 é publicado o penúltimo volume de suas memórias, "A Ofensiva Reacionária", concluídas com o lançamento, em 1994, de "A Fúria de Calibã". Nesse ano, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Unidade Editorial, mantida pela Secretaria Municipal de Cultura, publicou o livro "O Golpe de 64".

Em 1995, a Graphia Editorial lançou "A Farsa do Neoliberalismo", seguido pela reedição de seis obras do historiador: "Capitalismo e Revolução Burguesa no Brasil", "Panorama do Segundo Império", "Literatura e História no Brasil Contemporâneo", "Formação Histórica do Brasil" (com posfácio de Emir Sader), "História da Literatura Brasileira" (com posfácio de André Moisés Gaio) e "As Razões da Independência" (com posfácio de Ricardo Maranhão).

Em 1998, foi publicado "Tudo é Política", 50 anos do pensamento de Nelson Werneck Sodré em textos inéditos em livro e censurados, organizados por Ivan Alves Filho.

Morte

Nelson Werneck Sodré faleceu devido a complicações intestinais, depois de dois dias internado devido a uma operação de emergência.

Heloísa Helena

HELOÍSA HELENA ALMEIDA GAMA DE MAGALHÃES
(81 anos)
Atriz e Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (28/10/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/06/1999)

Heloísa era filha de um advogado e alto funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro. Na infância, além das disciplinas normais, estudava com uma governanta o idioma inglês. Logo, começou a cantar e tocar violão.

Iniciou sua carreira na Rádio Mayrink Veiga. No começo cantava em inglês, já que dominava a língua como se fosse nativa dos Estados Unidos.

Participou do filme Samba da Vida, primeiro musical de Jaime Costa, que passou a ser seu ídolo.

Heloísa escrevia também. Por seu valor, foi a primeira cantora a interpretar Carinhoso, de Pixinguinha, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Cantou também no Cassino da Urca, Copacabana e Atlântico. A embaixada dos Estados Unidos fez na época um intercâmbio cultural com o Brasil e Heloisa Helena acabou indo para New Orleans, permanecendo algum tempo.

Voltando ao Brasil, é convidada por Chianca de Garcia a ingressar na televisão, em 1951, na então recém-inaugurada TV Tupi Rio de Janeiro.

Participou de vários tele-teatros, entre os quais Um Bonde Chamado Desejo e A Rosa Tatuada.

Começou também a ser apresentadora de programas de televisão, dentre eles a Sessão das Cinco, na TV Tupi, um programa de variedades ao estilo Mais Você, da TV Globo.

Trabalhou depois por um tempo no Recife e, quando voltou ao Rio, já para a Rede Globo, integrou o elenco de várias telenovelas de sucesso, entre as quais Verão Vermelho, Assim na Terra Como no Céu, Selva de Pedra (como Fanny, a divertida dona da pensão), Pecado Capital, O Astro, A Sucessora, Sétimo Sentido, Eu Prometo (a última da autora Janete Clair), de quem era grande amiga e várias outras. Heloisa Helena também se dedicou à direção de programas, como a versão brasileira do programa What's My Line?.

No cinema, participou de Mãos Sangrentas, Leonora dos Sete Mares, O Homem do Sputinik. Mas o que mais gostou de fazer foi Independência ou Morte, filme nacional rodado em 1972 no qual interpretou Carlota Joaquina, mãe do príncipe Dom Pedro I, vivido por Tarcísio Meira.

Morte

Aos 81 anos e fumante inveterada, a atriz foi encontrada morta na tarde de sábado (19/06/1999), em seu apartamento no bairro de Ipanema, pelas duas filhas Nadja Spencer e Laila Bezerra de Mello, filha do casamento com o teatrólogo Paulo Magalhães, falecido em 1972. Elas acreditam que a mãe tenha sofrido uma Parada Cardíaca, durante a madrugada, enquanto dormia.

Heloísa Helena foi cremada no dia 21/06/1999, às 11h, no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio.

A atriz Arlete Salles lamentou a perda da amiga: "Ela me inspirou no início da carreira, foi minha mestra. Ficamos tão amigas que ela passou a me chamar de filha e eu a chamava de mãe. Era uma mulher atualizada e de brilho próprio".

Cinema

1982 - A Fábrica das Camisinhas
1979 - A Pantera Nua
1977 - Ódio ... Rosa
1975 - Com as Calças na Mão ... Dona Flora
1973 - O Descarte
1972 - Independência ou Morte ... Carlota Joaquina
1970 - Uma Garota em Maus Lençóis
1968 - Jovens pra Frente
1967 - Rifa-Se uma Mulher
1961 - Samba em Brasília ... Eugênia
1959 - O Homem do Sputnik ... Dondoca
1958 - Matemática Zero, Amor Dez
1957 - Boca de Ouro
1956 - Depois Eu Conto ... Marinete
1955 - Chico Viola Não Morreu
1955 - Leonora dos Sete Mares
1955 - Angu de Caroço
1955 - Mãos Sangrentas
1954 - O Petróleo é Nosso ... Srª Guimarães
1954 - Marujo por Acaso
1953 - A Carne É o Diabo
1952 - É Fogo na Roupa ... Cssa. Buganville
1948 - Terra Violenta ... Lucy
1948 - É com Este que Eu Vou ... Frou Frou
1947 - Luz dos Meus Olhos
1940 - Céu Azul ... Mimi
1940 - Pega Ladrão
1939 - Futebol em Família
1938 - Tererê Não Resolve
1937 - Samba da Vida ... Helena
1936 - Alô Alô Carnaval

Televisão

1992 - Você Decide (Primeiro episódio)
1990 - Araponga ... Zora
1985 - Roque Santeiro ... Madre
1983 - Eu Prometo ... Bernarda Cantomaia
1982 - Sétimo Sentido ... Augusta
1980 - Coração Alado ... Luzia
1980 - Chega Mais ... Carmem
1979 - Vestido de Noiva (Especial)
1979 - Feijão Maravilha ... Maggie Andrade
1978 - A Sucessora ... Madame Sanchez
1977 - O Astro ... Beatriz
1976 - Duas Vidas ... Virgínia
1976 - O Casarão ... Mirtes
1975 - Pecado Capital ... Hortência
1975 - Bravo! ... Eugênia
1974 - Corrida do Ouro ... Florinda
1973 - O Semideus ...
1972 - Uma Rosa com Amor ... Genô
1972 - Selva de Pedra ... Fany
1971 - Minha Doce Namorada ... Carmem
1970 - Assim na Terra como no Céu ... Danusa
1970 - Verão Vermelho
1969 - Um Gosto Amargo de Festa

Albino Pinheiro

ALBINO COELHO PINHEIRO
(65 anos)
Jornalista, Procurador, Pesquisador da MPB e Especialista em Samba e Carnaval

* Rio de Janeiro, RJ (23/09/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/06/1999)

Filho de Albino de Mesquita Pinheiro e Elza Maria Coelho.

Crítico, jornalista, pesquisador da Música Popular Brasileira, especialmente em samba e em carnaval, um dos fundadores da Banda de Ipanema (1965), conhecido como General da Banda e Festeiro-Mor, foi um dos mais célebres personagens da música e da vida boêmia do Rio de Janeiro.

Foi o prefeito espiritual do Rio de Janeiro, título há muito tempo outorgado pela unanimidade dos cariocas ligados à cultura popular. "O maior prefeito que esta cidade já teve, sem nunca ter sido prefeito", como expressou em crônica o jornalista e escritor Fausto Wolff. No mesmo texto, Fausto Wolff se refere a Albino Pinheiro como o "maior poeta que não escreveu um verso, e maior compositor que não escreveu um samba".

Procurador aposentado, podia ser encontrado quase todos os dias tomando chope em algum bar tradicional e era um dos mais conhecidos agitadores culturais da cidade. Ele levou para Ipanema e toda a  zona sul as tradições de boêmia da Lapa, das gafieiras e do carnaval de rua do subúrbio.

Foi um dos responsáveis pela transformação de Ipanema no bairro da moda na década de 60. Em 1965, vendo o desaparecimento dos blocos e festas populares da zona sul, Albino Pinheiro e alguns amigos criaram a Banda de Ipanema, que ajudou a revitalizar o carnaval de rua.

Albino Pinheiro era responsável por um programa, "Só Para Lembrar", exibido pela TV Educativa, onde focalizava os grandes mestres ­ compositores, instrumentistas, cantores ­ do cancioneiro carioca. Foi, também, jurado de festivais de música popular em todo o país, colaborando em jornais e revistas, além de ter sido comentarista dos desfiles das escolas de samba na televisão.

Dentre os vários trabalhos que Albino Pinheiro criou e produziu, o "Projeto Seis e Meia", foi sem dúvida alguma, um dos mais importantes. Nesse projeto foram revelados vários intérpretes e compositores, que ficaram conhecidos do grande público.

Albino Pinheiro costumava dizer que no Rio de Janeiro jamais morreria sozinho. Dito e feito. Cantando, dançando e chorando, a Banda de Ipanema o acompanhou ao Cemitério de São João Batista.

Participou do filme "Memória Viva" (1987), sob a direção de Octávio Bezerra.

Albino Pinheiro faleceu vítima de um infarto aos 65 anos, no dia 24/06/1999. Ele sofria de câncer na Medula Óssea há 2 anos.

Nise da Silveira

NISE DA SILVEIRA
(94 anos)
Psiquiatra

* Maceió, AL (15/02/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/10/1999)

Foi uma renomada médica psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung.

Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, Eletrochoque, Insulinoterapia e Lobotomia.

Formação

Sua formação básica realiza-se em um colégio de freiras, na época, exclusivo para meninas, o Colégio Santíssimo Sacramento, localizado em Maceió, AL. Seu pai foi jornalista e diretor do "Jornal de Alagoas".

De 1921 a 1926 cursa a Faculdade de Medicina da Bahia, onde formou-se como a única mulher entre os 157 homens desta turma. Está entre as primeiras mulheres no Brasil a se formar em Medicina. Casa-se nesta época com o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, seu colega de turma na faculdade, com quem vive até seu falecimento em 1986. Em seu trabalho ele aponta as relações entre pobreza, desigualdade, promoção da saúde e prevenção da doença no Brasil.

Em 1927, após o falecimento de seu pai, ambos mudam-se para o Rio de Janeiro, onde engajou-se nos meio artístico e literário.

Em 1933 estagia na clínica neurológica de Antônio Austregésilo.

Aprovada aos 27 anos num concurso para psiquiatra, em 1933 começou a trabalhar no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental do Hospital da Praia Vermelha.

Prisão

Durante a Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. A denúncia levou à sua prisão em 1936 no presídio da Frei Caneca por 18 meses.

Neste presídio também se encontrava preso Graciliano Ramos, assim ela tornou-se uma das personagens de seu livro Memórias do Cárcere.

De 1936 a 1944 permanece com seu marido na semi-clandestinidade, afastada do serviço público por razões políticas. Durante seu afastamento faz uma profunda leitura reflexiva das obras de Spinoza, material publicado em seu livro Cartas a Spinoza em 1995.

Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro

Em 1944 é reintegrada ao serviço público e inicia seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde retoma sua luta contra as técnicas psiquiátricas que considera agressivas aos pacientes.

Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para o trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos médicos. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica Ocupacional".

No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade, revolucionando a Psiquiatria então praticada no país.

O Museu de Imagens do Inconsciente

Em 1952, ela funda o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição, valorizando-os como documentos que abrem novas possibilidades para uma compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico.

Entre outros artistas-pacientes que criaram obras incorporadas na coleção desta instituição podemos citar: Adelina Gomes; Carlos Pertuis; Emygdio de Barros, e Octávio Inácio.

Este valioso acervo alimentou a escrita de seu livro "Imagens do Inconsciente", filmes e exposições, participando de exposições significativas, como a "Mostra Brasil 500 Anos".

Entre 1983 e 1985 o cineasta Leon Hirszman realizou o filme "Imagens do Inconsciente", trilogia mostrando obras realizadas pelos internos a partir de um roteiro criado por Nise da Silveira.

A Casa das Palmeiras

Poucos anos depois da fundação do museu, em 1956, Nise desenvolve outro projeto também revolucionário para sua época: cria a "Casa das Palmeiras", uma clínica voltada à reabilitação de antigos pacientes de instituições psiquiátricas.

Neste local podem diariamente expressar sua criatividade, sendo tratados como pacientes externos numa etapa intermediária entre a rotina hospitalar e sua reintegração à vida em sociedade.

O Auxílio dos Animais aos Pacientes

Foi uma pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de co-terapeutas.

Percebeu esta possibilidade de tratamento ao observar como um paciente a quem delegara os cuidados de uma cadela abandonada no hospital melhorou tendo a responsabilidade de tratar deste animal como um ponto de referência afetiva estável em sua vida.

Ela expõe parte deste processo em seu livro "Gatos, a Emoção de Lidar", publicado em 1998.

Pioneira da Psicologia Junguiana no Brasil

Através do conjunto de seu trabalho, Nise da Silveira introduziu e divulgou no Brasil a Psicologia Junguiana.

Interessada em seu estudo sobre os mandalas, tema recorrente nas pinturas de seus pacientes, ela escreveu em 1954 a Carl Gustav Jung, iniciando uma proveitosa troca de correspondência.

Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos.

Nise da Silveira estudou no "Instituto Carl Gustav Jung" em dois períodos: de 1957 a 1958; e de 1961 a 1962. Lá recebeu supervisão em psicanálise da assistente de Jung, Marie-Louise von Franz.

Retornando ao Brasil após seu primeiro período de estudos jungianos, formou em sua residência o "Grupo de Estudos Carl Jung", que presidiu até 1968.

Escreveu, dentre outros, o livro "Jung: Vida e Obra", publicado em primeira edição em 1968.

Reconhecimento Internacional

Foi membro fundadora da Sociedade Internacional de Expressão Psicopatológica ("Societé Internationale de Psychopathologie de l'Expression"), sediada em Paris.

Sua pesquisa em terapia ocupacional e o entendimento do processo psiquiátrico através das imagens do inconsciente deram origem a diversas exibições, filmes, documentários, audiovisuais, cursos, simpósios, publicações e conferências.

Em reconhecimento a seu trabalho, Nise foi agraciada com diversas condecorações, títulos e prêmios em diferentes áreas do conhecimento, entre outras:

- "Ordem do Rio Branco" no Grau de Oficial, pelo Ministério das Relações Exteriores (1987)

- "Prêmio Personalidade do Ano de 1992", da Associação Brasileira de Críticos de Arte

- "Medalha Chico Mendes", do grupo Tortura Nunca Mais (1993)

- "Ordem Nacional do Mérito Educativo", pelo Ministério da Educação e do Desporto (1993)

Seu trabalho e idéias inspiraram a criação de museus, centros culturais e instituições terapêuticas similares às que criou em diversos estados do Brasil e no exterior, por exemplo:

- "Museu Bispo do Rosário", da Colônia Juliano Moreira (Rio de Janeiro)

- "Centro de Estudos Nise da Silveira" (Juiz de Fora, Minas Gerais)

- "Espaço Nise da Silveira" do Núcleo de Atenção Psico-Social (Recife)

- "Núcleo de Atividades Expressivas Nise da Silveira", do Hospital Psiquiátrico São Pedro (Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

- "Associação de Convivência Estudo e Pesquisa Nise da Silveira" (Salvador, Bahia)

- "Centro de Estudos Imagens do Inconsciente", da Universidade do Porto (Portugal)

- "Association Nise da Silveira - Images de L'Inconscient" (Paris, França)

- "Museo Attivo delle Forme Inconsapevoli" (Genova, Itália)

O antigo "Centro Psiquiátrico Nacional" do Rio de Janeiro recebeu um sua homenagem o nome de "Instituto Municipal Nise da Silveira".

Morte

Nise da Silveira, morreu em 30 de outubro de 1999 aos 94 anos, às 14h55m, no Hospital Miguel Couto, onde estava internada desde fim de agosto com complicações respiratórias.

Fonte: Wikipédia

Anésia Pinheiro Machado

ANÉSIA PINHEIRO MACHADO
(96 anos)
Aviadora

* Itaí, SP (05/06/1902)
+ Brasília, DF (10/05/1999)

Foi a primeira mulher a se habilitar e a trabalhar como aviadora no Brasil. Iniciou seus estudos em 1921 e já no ano seguinte recebia seu brevet internacional pelo Aéro Club do Brasil.

Ainda no mesmo ano, realizou seu primeiro voo interestadual de São Paulo ao Rio de Janeiro, como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil, e participou de uma apresentação de acrobacias aéreas. Por estes, foi pessoalmente homenageada por Santos Dumont.

Entre 1927 e 1928, manteve uma coluna dominical sobre aviação no jornal carioca "O País". Em 1943, fez curso nos Estados Unidos, onde também se licenciou como piloto e instrutora de vôo.

Entre seus feitos pioneiros, destacam-se uma travessia da Cordilheira dos Andes e uma viagem transcontinental pelas três Américas, ambos em 1951. Em 1954, foi proclamada pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), durante a Conferência de Istambul, Decana Mundial da Aviação Feminina. Recebeu dezenas de condecorações civis e militares, nacionais e estrangeiras.

O Primeiro Vôo Interestadual

Com apenas vinte anos e cinco meses após obter seu brevet, Anésia decidiu fazer o vôo entre São Paulo e Rio de Janeiro como forma de participar das comemorações do centenário da Independência e não imaginava que causaria tanta sensação, conforme afirmou em entrevista concedida em 1961 ao jornal The Evening Star, de Washington.

A viagem foi realizada no monomotor Caudron G.3, batizado de Bandeirante, o mesmo em que aprendeu a voar.

A viagem durou quatro dias, de 5 a 8 de setembro. Anésia voava, no máximo, uma hora e meia por dia, quando tinha que pousar para reabastecimento e revisão da aeronave.

Anésia foi recepcionada no aeroporto do Rio de Janeiro por autoridades do governo e populares, dos quais recebeu flores e outros presentes. Naquela ocasião, Santos Dumont presenteou Anésia com uma medalha de ouro, réplica de uma que ele próprio havia recebido da Princesa Isabel, e que Anésia levou sempre consigo ao longo de toda sua vida, por considerá-la seu amuleto de boa sorte.

Pioneirismo Contestado

A filial brasileira da International Organization of Women Pilots atribui a Tereza de Marzo a primazia de ter sido a primeira mulher brasileira a pilotar um avião.

Tereza e Anésia são contemporâneas e colegas da mesma escola de aviação, em São Paulo. Tiveram o mesmo instrutor, Fritz Roesler, com quem Tereza viria a casar.

Tereza iniciou seus estudos em março de 1921, Anésia, em dezembro do mesmo ano. O võo solo (sem a companhia do instrutor) de ambas aconteceu na mesma data, 17 de março de 1922.

Tereza recebeu o brevet de nº 76 da FAI, em 8 de abril de 1922, Anésia, o de nº 77, no dia seguinte.

Tereza abandonou a carreira de aviadora em 1926, ao casar, enquanto Anésia permaneceu em atividade por mais três décadas.

A urna com suas cinzas está depositada no Museu de Cabangu, na cidade de Santos Dumont, MG.

Fonte: Wikipédia

Luiz Armando Queiroz

LUIZ ARMANDO QUEIROZ
(54 anos)
Ator e Diretor

☼ Recife, PE (22/02/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/05/1999)

Entre os maiores sucessos de Luiz Armando Queiroz na televisão estão os personagens Cláudio da novela "Cuca Legal" (1975), o Belchior da novela "Estúpido Cupido" (1976), o Tuco da primeira versão da série "A Grande Família" (1973), e o Tito Moreira França da novela "Roque Santeiro" (1985), todos estes trabalhos exibidos pela TV Globo.

Luiz Armando Queiroz também se destacou em trabalhos na TV Bandeirantes como em "Os Imigrantes" (1981), e na TV Manchete, onde entre outros trabalhos viveu um vilão inesquecível, o personagem Rodrigo de "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), trabalho este que pôde ser visto novamente em 2010 com a reprise da novela pelo SBT.

Luiz Armando Queiroz também se destacou como diretor de novelas, e entre seus principais trabalhos como diretor estão "A Idade da Loba" (1995) na TV Bandeirantes, "Os Ossos do Barão" (1997) no SBT e a minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999) na TV Globo, um de seus últimos trabalhos.

Morte

Luiz Armando Queiroz faleceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/05/1999, aos 54 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, consequência de uma quimioterapia quando se recuperava de um câncer linfático. Ele descobriu o câncer em dezembro de 1998.

Telenovelas, Minisséries e Seriados

  • 1997 - Mandacaru ... Tenente (Manchete)
  • 1996 - Você Decide
  • 1995 - A Idade da Loba ... Cândido (Bandeirantes)
  • 1994 - Confissões de Adolescente ... Osório Neto
  • 1993 - Guerra Sem Fim ... Narrador (Manchete)
  • 1991 - O Guarani (Manchete)
  • 1991 - Filhos do Sol (Manchete)
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Rodrigo (Manchete)
  • 1990 - Pantanal ... Empresário Carioca (Manchete)
  • 1990 - Fronteiras do Desconhecido (Manchete)
  • 1988 - Abolição ... Joaquim Nabuco
  • 1987 - A Grande Família Especial ... Tuco
  • 1985 - Roque Santeiro ... Tito Moreira França
  • 1984 - Caso Verdade
  • 1982 - Os Imigrantes ... Luiz Vasconcellos (Bandeirantes)
  • 1982 - Avenida Paulista ... Duda
  • 1982 - As Cinco Panelas de Ouro ... Afonsinho Henriques Mourão (Cultura)
  • 1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis (Cultura)
  • 1981 - O Resto é Silêncio (Cultura)
  • 1981 - Os Imigrantes ... Júlio (Bandeirantes)
  • 1980 - Plantão de Polícia (Participação Especial)
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo
  • 1979 - Dinheiro Vivo ... Douglas Fabiani (Tupi)
  • 1979 - Memórias de Amor ... Adolfo
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Duda
  • 1977 - Nina ... Agripino
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Belchior
  • 1975 - Pecado Capital ... Vicente Lisboa
  • 1975 - Cuca Legal ... Cláudio
  • 1973 - A Grande Família ... Tuco
  • 1972 - Selva de Pedra ... Beto


Filmes

  • 1997 - O Que É Isso, Companheiro?
  • 1987 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida
  • 1986 - Por Incrível Que Pareça
  • 1983 - Janete
  • 1983 - A Mulher-Serpente e a Flor
  • 1982 - Pra Frente, Brasil
  • 1980 - Parceiros da Aventura
  • 1980 - O Grande Palhaço
  • 1979 - O Caso Cláudia
  • 1978 - O Namorador
  • 1975 - O Monstro do Santa Teresa
  • 1974 - As Alegres Vigaristas

Franco Montoro

ANDRÉ FRANCO MONTORO
(83 anos)
Político

* São Paulo, SP (14/07/1916)
+ São Paulo, SP (16/07/1999)

Foi um político brasileiro e 15° governador de São Paulo entre 15 de março de 1983 e 15 de março de 1987.

Filho do tipógrafo André de Blois Montoro e de Tomásia Alijostes, possuía ascendência italiana e espanhola. Fez o primário na Escola Modelo Caetano de Campos e concluiu o secundário no Colégio São Bento. Em 1934 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde formou-se em 1938. No mesmo período cursou Filosofia e Pedagogia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, posteriormente nomeada de Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, obtendo licenciatura também em 1938. Professor universitário da PUC-SP nos dois anos seguintes a sua formatura foi ainda secretário-geral do Serviço Social da Secretaria de Justiça do estado de São Paulo e procurador do estado entre 1940 e 1950.

Durante a juventude colaborou em alguns periódicos, como "O Debate" (do qual foi diretor), "O Legionário", "Folha da Manhã", "A Noite" e "Diário de São Paulo".

Carreira Política

Sua longa carreira política iniciou quando foi eleito vereador em São Paulo pelo PDC, ao lado de Jânio Quadros, em 1947. Eleito deputado estadual em 1950 e deputado federal em 1958, 1962 e 1966.

Foi ministro do Trabalho e Previdência Social no gabinete parlamentarista de Tancredo Neves, de 8 de setembro de 1961 a 12 de julho de 1962.

Ingressou no MDB após a queda de João Goulart e a instauração do Regime Militar de 1964. Eleito senador em 1970 e 1978, filiou-se ao PMDB e foi eleito governador de São Paulo em 1982 na primeira eleição direta para o cargo após vinte anos. Sua investida no Palácio dos Bandeirantes permitiu a efetivação do sociólogo Fernando Henrique Cardoso em sua vaga na Câmara Alta do país.

Eleito em 15 de novembro de 1982 e empossado em 15 de março de 1983 venceu quatro concorrentes: o ex-prefeito paulistano Reinaldo de Barros (PDS), o ex-presidente Jânio Quadros (PTB), o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Rogê Ferreira (PDT).

Durante o mandato foi um dos artífices da campanha das Diretas Já e a seguir da eleição de Tancredo Neves à Presidência da República. Sua primazia sobre os peemedebistas de São Paulo refluiu a partir de 1985 quando Jânio Quadros derrotou Fernando Henrique na disputa pela prefeitura da capital. Após a vitória de Orestes Quércia na eleição para governador em 1986, Montoro foi um dos artífices da criação do PSDB em 1988. Presidente nacional do PSDB, foi derrotado na eleição para senador em 1990 mas recompôs sua liderança política ao ser eleito deputado federal em 1994 e 1998.

O Governo Montoro

Como governador, Montoro descentralizou a administração do estado em 42 regiões de governo. Na área da educação, municipalizou a merenda e as construções escolares, além de implantar o ciclo básico no extinto primeiro grau.

Construiu quatro mil quilômetros de estradas vicinais, ampliou as redes de água e esgoto e a quantidade de municípios atendidos pela Sabesp, expandiu a linha Leste-Oeste do Metrô (a atual Linha 3 - Vermelha) e reequipou as Polícias Civil e Militar, criando a Operação Polo e o Tático Móvel, como iniciativas para reduzir a criminalidade.

Seu governo herdou muitas dívidas da gestão de Paulo Maluf e José Maria Marin, o que não deu a Montoro a fama de tocador e inaugurador de grandes obras.

Montoro também enfrentou greves de professores e servidores públicos.

Curiosamente, alguns membros do secretariado de Montoro tornariam-se governadores de São Paulo anos mais tarde: José Serra, Secretário de Planejamento de Montoro, foi Governador do Estado entre 2007 e 2010; Orestes Quércia foi vice-governador durante a gestão de Montoro, e acabou por sucedê-lo, governando no período de 1987 a 1991; Mário Covas foi prefeito de São Paulo nomeado por Montoro em 1983 e foi Governador do Estado por duas vezes, de 1995 a 1999 e de 1999 até a sua morte em 2001.

Por esses motivos, parte da oposição acusa que o Estado de São Paulo está ocupado desde 1983 pelos mesmas poucas pessoas e grupos políticos, sendo esse processo iniciado por Montoro. Portanto dois governos, Luiz Antônio Fleury Filho e Geraldo Alckmin, constituem exceção a esta regra.

A Luta Pela Redemocratização

Montoro foi uma das principais lideranças na luta pela redemocratização do país e da campanha pelas eleições diretas para presidente da República. Ao lado de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, esteve em todos os discursos e comícios pró-diretas, em 1984.

Em 1988, descontente com os rumos do PMDB, foi um dos fundadores e presidente do PSDB em 1988. Candidatou-se ao Senado em 1990, perdendo para Eduardo Suplicy. Voltou a atuar como deputado federal entre 1995 e 1999, ano em que faleceu.

Família de Políticos

Dois de seus filhos seguem a carreira política do pai, Ricardo Montoro elegeu-se duas vezes vereador pela cidade de São Paulo e André Franco Montoro Filho foi secretário de estado no governo Covas e tentou uma cadeira na Câmara Federal em 2006 pelo PSDB. Teve 58.010 votos (equivalente a 0,28% dos votos válidos) e não se elegeu.

Homenagens

Atualmente seu nome figura homenageado no Aeroporto Internacional de São Paulo / Guarulhos. É, também, patrono do Centro Acadêmico do Curso de Direito da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Franca. Também é homenageado em Mogi Guaçu com seu nome em uma faculdade municipal, "Faculdade Municipal Professor Franco Montoro".

Fonte: Wikipédia

Dom Alair Vilar

ALAIR VILAR FERNANDES DE MELO
(83 anos)
Bispo

☼ Natal, RN (05/06/1916)
┼ Natal, RN (20/08/1999)

Dom Alair Vilar Fernandes de Melo foi ordenado padre no dia 19 de novembro de 1939, em Natal. Recebeu a ordenação episcopal no dia 17 de maio de 1970, em Natal, das mãos de Dom Eugênio Cardeal de Araújo Sales, Dom Nivaldo Monte e Dom Manuel Tavares de Araújo.

Arcebispo de Natal

Em 15/05/1988, tomou posse como 3° Arcebispo, Dom Alair Vilar Fernandes de Melo, mais um dos padres de Dom Marcolino Dantas. Dom Alair veio da diocese de Amargoso, na Bahia, e tinha mais idade do que o Arcebispo renunciante. Dom Antônio Soares Costa continuou como Bispo Auxiliar de Dom Alair.

No início do seu governo, Dom Alair nomeou o Monsenhor Francisco de Assis Pereira como postulador da Causa, no Processo de Beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruassu. Monsenhor Assis exerceu a missão com muito zelo, tanto na fase Diocesana como na fase Romana do Processo de Beatificação. Dom Costa, como Bispo Auxiliar de Dom Alair, alcançou os seus maiores êxitos na Arquidiocese de Natal.

Em 21/11/1988, Festa de Nossa Senhora da Apresentação, com a apresentação de uma caravana de Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), houve a inauguração solene da nova Catedral Metropolitana, na Praça Pio X, um grande feito de Dom Costa, que infelizmente não pode participar da solenidade, em vista do falecimento, naquela data, de sua genitora.

Em 1991, Natal foi sede do XII Congresso Eucarístico Nacional, outro grande evento religioso, que contou com a presença do Papa João Paulo II, no seu encerramento. Foi uma vitória do Secretário Geral do Congresso, Dom Antônio Soares Costa, que nessa época alimentava a esperança de suceder Dom Alair Vilar, que deixaria em breve o governo da Arquidiocese.

Durante o governo de Dom Alair, o Padre Matias Patrício de Macedo, vigário de Nova Cruz, foi nomeado Bispo de Cajazeiras, na Paraíba. Dom Alair Vilar renunciou à Arquidiocese em 1993. Criou sete paróquias. Renunciou ao munus episcopal no dia 29/10/1993.

Atividades Durante o Episcopado

  • Membro da Comissão Representativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
  • Membro da Conselho Diretor Nacional do Movimento de Educação de Base;
  • Presidente do MEB;
  • Bispo de Amargosa (1970 - 1988);
  • Arcebispo de Natal, RN (1988 - 1993).


Ordenações Episcopais

Dom Alair foi o principal celebrante da ordenação episcopal de:

  • Dom João Nilton dos Santos Souza
  • Dom Matias Patrício de Macêdo

Dom Alair foi concelebrante da ordenação episcopal de:

  • Dom Jairo Rui Matos da Silva
  • Dom Cristiano Jakob Krapf

Fonte: Wikipédia