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Rubens Gerchman

RUBENS GERCHMAN
(66 anos)
Artista Plástico

* Rio de Janeiro, RJ (10/01/1942)
+ São Paulo, SP (29/01/2008)

Foi um artista plástico brasileiro, ligado a tendências vanguardistas como a pop art e influenciado pela arte concreta e neoconcreta. O artista usou ícones de futebol, televisão e política em suas obras.

Carreira

Entre 1957 e 1958, estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, em aulas noturnas. Nos oito anos seguintes trabalhou como programador visual em revistas e editoras do Rio. Em 1960, matricula-se na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou xilogravura com Adir Botelho, mas abandona o curso no ano seguinte.

Em 1965, participa da Bienal de São Paulo e da Mostra Opinião-65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Da mostra, que adota uma perspectiva estética da pop art americana e do novo realismo europeu, participaram, além de Gerchman, Hélio Oiticica, Vergara, Ivan Serpa, Flávio Império, Roberto Magalhães, entre outros.

Prêmios

Foi premiado no Salão Nacional de Arte Moderna (1967) com uma viagem aos Estados Unidos, permanecendo em Nova York, entre 1968 e 1972, realizando várias exposições. Também participou, com uma série de "casas-roupas", do Fashion Show Poetry Event, mostra idealizada por um grupo de jovens poetas americanos e que contou com a participação de Andy Warhol, do irlandês Les Levine (1935) e Robert Plate.

Trabalhos

Segundo Ruy Castro, Gerchman trabalhou na revista de fotonovelas, e sua serigrafia A Bela Lindonéia, A Gioconda do Subúrbio, alusiva a uma leitora de fotonovelas que faleceu aos dezoito anos sem encontrar um amor, teria sido a inspiração para Caetano Veloso escrever uma das principais canções do Movimento Tropicalista - Lindonéia.

Décadas de 1960 e 1970

Em 1967, o artista organiza na galeria G-4, no Rio de Janeiro, a primeira exposição individual de Hélio Oiticica. Participa também da mostra Nova Objetividade Brasileira com Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Glauco Rodrigues, Ivan Serpa, Flávio Império, Roberto Magalhães, Ferreira Gullar, Geraldo de Barros, Sérgio Ferro e outros.

De 1968 a 1972, Rubens Gerchman vive nos Estados Unidos, sendo co-fundador do Museu Latino-americano do Imaginário. Retorna ao Brasil e se estabelece em São Paulo, entre 1973 e 1975.

Foi co-fundador e diretor da revista de vanguarda Malas-artes (1975-1976), publicação voltada para a arte de vanguarda, sobretudo para a arte conceitual, dirigida por Mário Aratanha. O conselho editorial é integrado por Gerchman, Vergara, Waltércio Caldas, Cildo Meireles e Carlos Zílio, entre outros. Também a partir de 1975, até 1978, será diretor do Instituto de Belas Artes que transformará em Escola de Artes Visuais do Parque Lage (INEART).

Entre 1979 e 1980, com uma bolsa da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation e premiado na Bienal Ibero-Americana, trabalhou nos Estados Unidos e no México, onde deu aulas na Universidade Nacional. Expôs no Rio de Janeiro (1980) a série Registro policial.

Décadas de 1980 e 1990

Em 1981, participa da mostra Do Moderno ao Contemporâneo - Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM do Rio de Janeiro, ao lado de Roberto Magalhães, Di Cavalcanti, Guignard, Tarsila do Amaral, Goeldi, Djanira, Antonio Bandeira, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Milton Dacosta, Anna Bella Geiger e Frans Krajcberg.

Fez uma nova viagem ao exterior em 1982, a convite do Deutsche Akademischer Austauschdienst Künstler Program, permanecendo cerca de um ano em Berlim como artista residente. Em 1989, expôs em São Paulo a série Beijos. Durante a exposição, também lançou o livro Rubens Gerchman, sobre seus trinta anos de pintura.

Apaixonado por carnaval, o bloco carnavalesco "Simpatia é quase Amor", de Ipanema, estampou nas suas camisetas uma das imagens dos beijos de Gerchman. Modernista e ativista, alguns críticos chegam classificá-lo como popular ou popularesco.

Desenvolveu uma intensa carreira, participando de inúmeros eventos no Brasil,Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Japão e outros.

Morte

Faleceu em 29 de janeiro de 2008, em decorrência de um câncer no pulmão, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia e g1.globo.com

Wesley Duke Lee

WESLEY DUKE LEE
(78 anos)
Artista Plástico

* São Paulo, SP (21/12/1931)
+ São Paulo, SP (12/09/2010)

Filho de William Bowman Lee Jr., descendente de uma família do sul dos Estados Unidos, e de Odila de Oliveira Lee, filha de portugueses do Douro e Beira Alta, Wesley iniciou seus estudos no curso de desenho livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 1951. No ano seguinte, embarcou para New York, onde estudou na Parsons School Of Design e no American Institute Of Graphic Arts até 1955, e entrou em contato com a obra de Robert Rauschenberg, Jasper Johns Cy Twombly e com a pop art em geral.

De volta ao Brasil, abandonou a carreira publicitária e estudou pintura com o italiano Karl Plattner, que vivia no Brasil. Acompanha-o à Itália e à Áustria até 1960. Também viajou a Paris, onde teve aulas na Académie de La Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender.

Novamente retornou ao Brasil, em 1963. Ousado e polêmico, iniciou um trabalho com jovens artistas e realizou, em 23 de outubro do mesmo ano, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Com Maria Cecília Gismondi, Bernardo Cid, Otto StupakoffPedro Manuel-Gismondi, entre outros, procurou formar um grupo dedicado ao Realismo Mágico.


Participou também, em 1966, da fundação do Grupo Rex, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser. A iniciativa, uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 60, perdurou até 1967, desdobrou-se no espaço alternativo Rex Gallery & Sons e no jornal Rex Time.

Desenhista, gravador, pintor e professor, Wesley Duke Lee foi um dos introdutores da Nova Figuração no Brasil.

Entre 1964 e 1966, a convite de Walter Zanini, primeiro diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), participou, juntamente com Bin Kondo, Fernando Odriozola e Yo Yoshitome, do Phases, movimento artístico surgido na França, a partir do surrealismo.

Em 1964, foi um dos primeiros voluntários para testes sobre os efeitos do Lysergsäurediethylamid (LSD), numa clínica em São Paulo. Tomava o ácido e se trancava numa sala para desenhar. Essa experiência resultou nas séries Lisérgica e Da Formação de um Povo, ambas dotadas de forte carga política contra o regime militar que se instalava no país.


Nos anos 80, trabalhou no Centro de Reprodução Xerox, em New York, incorporando fotocópia, Polaroid, vídeo e computação gráfica ao seu trabalho.

Wesley Duke Lee teve trabalhos expostos na 44ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Tóquio. Dizia-se influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade. O artista expôs em São Paulo pela última vez em 2006.

Wesley Duke Lee sofria, desde 2007, do Mal de Alzheimer e faleceu em 12/09/2010, aos 78 anos, vítima de complicações respiratórias decorrentes de sua doença. No dia de sua morte, realizava-se no Rio de Janeiro uma exposição retrospectiva da sua carreira.

Fonte: Wikipédia