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Tunga

ANTÔNIO JOSÉ DE BARROS CARVALHO E MELLO MOURÃO
(64 anos)
Escultor, Desenhista e Artista Performático

☼ Palmares, PE (08/02/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2016)

Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão, conhecido como Tunga, foi um escultor, desenhista e artista performático brasileiro. É considerado uma das figuras mais emblemáticas do cenário artístico nacional.

Nascido em Palmares, PE, Tunga escolheu viver no Rio de Janeiro, onde se formou em arquitetura e urbanismo e começou a desenvolver sua carreira artística. Ele era filho do jornalista e poeta Gerardo de Mello Mourão e de Léa de Barros, que foi uma das mulheres que posou para o célebre quadro "As Gêmeas" de Guignard.

Tunga começou a carreira nas artes plásticas ainda na década de 70, com desenhos e esculturas. Traçava imagens figurativas com temas ousados, como na série de imagens do "Museu da Masturbação Infantil", de 1974. Ainda na mesma década, ele começou a fazer instalações de diferentes materiais.

Tunga foi o primeiro artista contemporâneo do mundo e o primeiro brasileiro a ter uma obra exposta no icônico Museu do Louvre em Paris. Tem obras em acervos permanentes de museus como o Guggenheim de Veneza, e galerias dedicadas à sua obra no Instituto Inhotim.


Na década de 80, Tunga montou a instalação "Ao", em que mostra um filme feito no túnel Dois Irmãos. O trecho se repete, como se a câmera andasse em círculos pelo caminho, não encontrando saída e nem entrada dentro daquela estrutura sem comunicação com o ambiente exterior.

Neste período, o artista plástico também abordou as ciências naturais em seu trabalho, mas também representava a fuga da normalidade. A obra "Les Bijoux de Mme. Sade", de 1983, é um exemplo disso, onde ele construiu um círculo com a forma de um osso.

Ao longo da década de 90, Tunga explorou as relações entre diferentes metais e figuras que fizeram história em sua obra. É o caso de "Lúcido Nigredo", de 1999.

Considerado um dos maiores nomes da arte contemporânea nacional, ele foi o primeiro a ter uma obra exposta no museu do Louvre em Paris. Tunga também expôs na Bienal de Veneza. Sua obra era carregada de simbolismo, com uso de ossos, crânios, dedais e agulhas.


Para criar seus trabalhos, Tunga investigava áreas do conhecimento como literatura, psicanálise, teatro e ciências exatas e biológicas. Utilizava em suas esculturas e instalações materiais como correntes, fios elétricos, lâmpadas, feltro e borracha. Além disso, sua obra era carregada de simbolismo, com uso de ossos, crânios, dedais e agulhas.

Colaborador da revista Malasartes e do jornal A Parte do Fogo, realizou, na década de 1980, conferências no Instituto de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e na Universidade Cândido Mendes.

Recebeu o Prêmio Governo do Estado por exposição realizada no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 1986. No ano seguinte, realizou o vídeo "Nervo de Prata", feito em parceria com Arthur Omar.

Em 1990, recebeu o Prêmio Brasília de Artes Plásticas e, em 1991, o Prêmio Mário Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) pela obra "Preliminares do Palíndromo Incesto"

Morte

Tunga morreu na segunda-feira, 06/06/2016, aos 64 anos, vítima de um câncer na garganta. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o dia 12/05/2016.

Trabalhos no Exterior

Sua obra acabou por ganhar repercussão internacional, levando-o a expor em importantes espaços destinados às artes plásticas ao redor do mundo.

  • 1982 - Divide o Pavilhão Brasileiro da 41ª Bienal de Veneza com o escultor Sérgio Camargo.
  • 1989 - Realiza exposições individuais no Museu de Arte Contemporânea de Chicago.
  • 1989 - Participa de uma mostra coletiva no Stedelijk Museum, na Holanda.
  • 1989 - Realiza exposições individuais na Whitechapel Gallery, em Londres.
  • 1992 - Participa de uma mostra coletiva no Jeu de Paume, em Paris.
  • 1993 - Participa de uma mostra coletiva no Moma, em New York.
  • 1993 - Participa de uma mostra coletiva no Ludwig Museum, na Alemanha.
  • 1994 - Realiza exposições individuais no Museu de Arte Contemporânea de New York.
  • 1994 - Participa da bienal de Havana, em Cuba.
  • 1997 - Participa da Documenta Kassel, Alemanha.
  • 1999 - Realiza exposições individuais no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires.
  • 2000 - Participa da bienal de Kwang-Ju, na Coréia.
  • 2000 - Participa da bienal de Lyon, na França.
  • 2001 - Realiza exposições individuais no LarJeu de Paume, em Paris.
  • 2002 - Realiza exposições individuais na Luhring Augustine Gallery, em New York.
  • 2005 - Realiza exposições individuais na Pirâmide do Louvre, em Paris.
  • 2007 - Realiza exposições individuais no no Museu de Arte Moderna (MoMA), de New York.


Prêmios e Honrarias

  • 1985 - Prêmio Museu de Arte Moderno de Caracas - Caracas, Venezuela (Venceu)
  • 1986 - Prêmio da Trienal Latinoamericana de Arte Sobre Papel - Buenos Aires, Argentina (Venceu)
  • 1986 - Prêmio Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Exposição realizada no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Venceu)
  • 1990 - Prêmio Brasília de Artes Plásticas (Venceu)
  • 1991 - Prêmio Mário Pedrosa Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), pela obra Preliminares do Palíndromo Incesto (Venceu)
  • 1997 - Prêmio Aquisição - Museu de Arte Contemporânea, Niterói (Venceu)
  • 1997 - Prêmio Aquisição - Museu de Arte Moderna da Bahia (Venceu)
  • 1997 - Prêmio Aquisição - Museu de Arte Moderna de Recife (Venceu)
  • 1997 - Prêmio Embratel - Museu de Arte Moderna de São Paulo (Venceu)
  • 1997 - Prêmio de 30 anos - Museu de Arte Moderna de São Paulo (Venceu)
  • 1998 - Johnny Walker Prize - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (Venceu)
  • 2000 - Hugo Boss Award - Guggenheim Museum, New York (Indicado)
  • 2005 - Artes Mundi Prize - Wales, Inglaterra (Venceu)


Vídeos e Livros

  • 1997 - Sua obra é retrata no vídeo "Tunga: 100 Redes e Tralhas", de Roberto Moreira.
  • 1997 - Sua obra é retrata no livro "Tunga: Barroco de Lírios", lançado editora Cosac & Naify.
  • 2007 - É publicada a caixa "Tunga", constituída de sete volumes de diferentes formatos (textos, fotografias, vídeos), que documentam a trajetória do artista.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio

Naum Alves de Souza

NAUM ALVES DE SOUZA
(73 anos)
Artista Plástico, Autor, Cenógrafo, Diretor, Dramaturgo, Figurinista e Professor

☼ Pirajuí, SP (01/06/1942)
┼ São Paulo, SP (09/04/2016)

Naum Alves de Souza foi um artista plástico, autor, cenógrafo, figurinista, diretor, dramaturgo e professor brasileiro. Homem de teatro ligado a múltiplas atividades, não apenas no campo do teatro como também da televisão, cinema, ópera e balé.

Conquistou importantes prêmios teatrais brasileiros como o Moliére, Mambembe, APCA e Ziembinsky. Mereceu três prêmios, Serviço Nacional do Teatro (SNT), Mambembe e APCA, pelos figurinos e quatro prêmios Ziembinski, APCA, APETESP/Trófeu Zimba e Governador do Estado de São Paulo, pelo projeto cenográfico inspirado que concebeu para "Macunaíma" (1978), encenação de Antunes Filho (1978).

Pelo espetáculo "No Natal a Gente Vem Te Buscar" (1979) recebeu dois Moliéres: Direção e Autoria, e o Troféu APCA: Cenografia.

Em 2012, o curta-metragem "A Noite dos Palhaços Mudos", roteiro adaptado por Juliano Luccas e Naum, conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Festival Videobabel no Peru.

De formação religiosa presbiteriana, completou o curso colegial clássico em Lucélia, no interior paulista, e depois cursou apenas um mês numa faculdade paulistana de psicologia.

Mudou-se para São Paulo aos 18 anos de idade, onde, pouco depois, começou a dar aulas de educação artística e iniciação às artes plásticas para crianças e adolescentes. Mais tarde, por notório saber, deu aulas de cenografia na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).

Em 1972, fundou o grupo teatral Pod Minoga, juntamente com seus alunos da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Carlos Moreno, Mira Haar, Flávio de Souza, Dionisio Jacob, Beto de Souza, Regina Wilke e Angela Grassi. Este grupo funcionou durante os anos 70, produzindo diversas montagens experimentais, causando furor e tornando-se um fenômeno cult.

Sua estreia profissional fora desse grupo se deu como cenógrafo e figurinista de "El Grande de Coca-Cola", um musical americano dirigido por Luíz Sérgio Person no Auditório Augusta, em 1974. Logo a seguir, executou os bonecos de "Vila Sésamo", programa infantil da TV Cultura de enorme sucesso, entre eles Garibaldo e Gugu.

Aos poucos vai se desdobrando em múltiplas atividades. Como autor escreveu e dirigiu "Maratona" (1977), "No Natal a Gente Vem Te Buscar" (1979), "A Aurora da Minha Vida" (1981), "Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão" (1984).


Fazendo um perfil analítico sobre a produção teatral na década de 1980, escreveu o crítico Yan Michalski:

"A dramaturgia está sendo, sem dúvida, o elemento do teatro mais sacrificado [...] Apenas um autor de personalidade já claramente formada surgiu e firmou-se no panorama: Naum Alves de Souza, que através de uma interessante trilogia - 'No Natal a Gente Vem Te Buscar', 'A Aurora da Minha Vida', 'Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão' - enfrenta corajosamente os seus fantasmas do passado, oriundos de uma formação pequeno-burguesa e religiosa, conservadora e preconceituosa."

Seguem-se "Nijinski", ainda em 1984, e "Suburbano Coração", com músicas de Chico Buarque, em 1989.

Através dessas realizações, Naum construiu uma sólida, reconhecida e premiada carreira como autor, que prosseguiu anos depois com "Água Com Açúcar" (1995), "Strippers" (1997), além de inéditas, entre as quais "Ódio a Mozart" e "As Festas do Amigo Secreto".

Como diretor, além de encenar seus próprios textos, destacou-se nas montagens de "Cenas de Outono", de Yukio Mishima, tendo Marieta Severo à frente do elenco, em 1987, "Lulu", de Frank Wedekind, com Maria Padilha no papel central, em 1989, "Longa Jornada de Um Dia Noite Adentro", de Eugene O'Neill, com Sérgio Britto e Cleyde Yáconis, em 2002. No ano seguinte, dirigiu "A Flor do Meu Bem Querer", de Juca de Oliveira, superprodução sobre corrupção política no Brasil, em 2003.

Sua colaboração para espetáculos alheios, na direção, roteirização, cenografia e figurinos é igualmente insuflada de criatividade, exemplo disso são os cenários e figurinos de "Falso Brilhante", show de Elis Regina, e, sobretudo, "Macunaíma", espetáculo internacionalmente consagrado, dirigido por Antunes Filho, em 1978.

Em 1983, roteirizou "O Grande Circo Místico", espetáculo de dança sobre trilha sonora de Chico Buarque e Edu Lobo, dirigido por Emílio Di Biasi para o Teatro Guaíra de Curitiba. Adaptou e dirigiu "Dona Doida", sobre poemas de Adélia Prado, espetáculo consagratório da atriz Fernanda Montenegro, em 1990. No mesmo ano, fez ainda a adaptação de texto e direção de "Big Loira", contos de Dorothy Parker, em montagem que destacou Cristina Mutarelli.


Em 1997, fez a direção cênica do espetáculo de dança "Muito Romântico", novas versões das canções do Roberto Carlos, com coreografias de Susana Yamauchi, em parceria com João Maurício, espetáculo que faz consecutivas viagens ao exterior.

Na área da ópera criou "Ópera do 500", "Os Pescadores de Pérolas" e "King Arthur", no Teatro Municipal de São Paulo, "Janufa", de Leos Janácek, além de versões compactas para "Carmen" e "Mme. Butterfly".

Na área da dança criou alguns espetáculos memoráveis, especialmente para o desempenho de J. C. Violla, entre os quais "Senhores das Sombras", "Valsa Para Vinte Veias", "Flippersports", "Petruchka", "Salão de Baile" e "Doze Movimentos Para Um Homem Só".

Naum escreveu o roteiro de "Romance da Empregada", filme de Bruno Barreto, em 1986. Na TV, dirigiu um sitcom à brasileira, "A Guerra dos Pintos", na TV Bandeirantes, em 1999.

Naum escreveu artigos para as revistas Vogue, Claudia, Revista do SESC, entre outras. Durante quase três anos teve uma coluna semanal de contos / crônicas no Diário Popular.

Em 2000 foi co-cenógrafo da exposição "Brasil 500 Anos" - módulos de arqueologia, arte indígena e bio-antropologia, realizada no Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Em 2005, dirigiu a remontagem da ópera "Os Pescadores de Pérolas" no Teatro Municipal de São Paulo.

Em 2012, esteve internado num hospital por complicações causadas por miastenia, uma doença neuromuscular.

Em 2015 Naum lançou livro de contos "Tirando a Louca do Armário & Outras Histórias".

Morte

Naum Alves de Souza morreu no sábado, 09/04/2016, aos 73 anos. O velório ocorreu no Cemitério Gethsêmani, em São Paulo, no dia 10/04/2016, a partir das 9h00, e o sepultamento ocorreu às 17h00.

A causa da morte de Naum não foi divulgada.

Indicação: Miguel Sampaio

Antônio Pompêo

ANTÔNIO POMPÊO
(62 anos)
Artista Plástico e Ator

☼ São José do Rio Pardo, SP (23/02/1953)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/01/2016)

Antônio Pompêo foi um artista plástico e ator brasileiro nascido na cidade de São José do Rio Pardo, em São Paulo.

Estreou no cinema em "Xica da Silva" (1976), de Carlos Diegues. Entre o fim dos anos 70 e começo dos anos 80, fez diversos filmes e, a partir daí, dedicou-se mais a trabalhos na televisão, só voltando ao cinema 17 anos depois, em "O Xangô de Baker Street" (2001), de Miguel Faria Jr.

Antônio Pompêo participou de vários filmes, como "Xica da Silva" (1976) e "O Cortiço" (1978). Atuou também em novelas da TV Globo como "O Rei do Gado" (1996), "A Viagem" (1994), "Pecado Capital" (1998), "Mulheres de Areia" (1993), "A Casa Das Sete Mulheres" (2003), "Pedra Sobre Pedra" (1992) e "Fera Ferida" (1994). Seu início na TV foi em "A Moreninha", em 1975.

Antônio Pompêo também atuou em novelas da extinta TV Manchete, como "Kananga do Japão" (1989) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990).

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Balacobaco", da TV Record, em 2012.

Antônio Pompêo foi Diretor de Promoção, Estudos, Pesquisas e Divulgação da Cultura Afro-Brasileira da Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura do Brasil.

Antônio Pompêo era um dos idealizadores do projeto A Cor da Cultura que se converteu em material de apoio pedagógico em todo o território nacional para a formação de docentes e estudantes em História e Cultura Afro Brasileiras, e foi presidente do Centro de Documentação e Informação do Artista Negro (CIDAN).

Carreira

Televisão
  • 2012 - Balacobaco ... Alvaro Amaral
  • 2011 - Rebelde ... Alceu Alves
  • 2010 - Força-Tarefa ... Homem na Maternidade
  • 2008 - Chamas da Vida ... Aderbal
  • 2005 - Prova de Amor ... Amadeus
  • 2003 - A Casa das Sete Mulheres ... João Congo
  • 1998 - Pecado Capital ... Percival
  • 1996 - O Rei do Gado ... Dominguinhos
  • 1995 - Tocaia Grande ... Robustiano
  • 1994 - A Viagem ... Paulinho
  • 1993 - Fera Ferida ... Joaquim dos Anjos
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Servilio
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra ... Padre Otoniel
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Delegado
  • 1990 - Rosa dos Rumos ... Carijó
  • 1990 - Escrava Anastácia ... Adeaô
  • 1989 - Kananga do Japão ... Pai Alabá
  • 1987 - O Outro ... Batista
  • 1986 - Sinhá Moça ... Justino
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Budião
  • 1985 - O Tempo e o Vento ... Severino
  • 1984 - A Máfia no Brasil
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita ... Sabonete
  • 1975 - A Moreninha ... Rafael

Cinema
  • 1976 - Xica da Silva
  • 1978 - O Cortiço
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1980 - Parceiros da Aventura
  • 1982 - Escalada da Violência
  • 1984 - Quilombo
  • 1984 - Nunca Fomos Tão Felizes
  • 2001 - O Xangô de Baker Street
  • 2001 - Condenado à Liberdade
  • 2002 - Seja o Que Deus Quiser!
  • 2004 - Quase Dois Irmãos
  • 2007 - O Homem Que Desafiou o Diabo

Morte

Antônio Pompêo, de 62 anos, foi encontrado morto em sua casa, no Rio de Janeiro, na terça-feira, 05/01/2016. Segundo o Corpo de Bombeiros, o carro da corporação foi acionado por volta das 16h45min pela Polícia Militar. A princípio, o ator estaria morto há mais de dois dias, mas essa informação só será confirmada após perícia no Instituto Médico Legal (IML), para onde o corpo foi encaminhado.

Foi Aldineia Silva, amiga e vizinha do ator, quem estranhou o sumiço repentino de Antônio Pompêo e acionou a Polícia Militar.

O ator morava sozinho no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e tinha uma filha, que já foi avisada da morte do pai pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio de Janeiro (SATED/RJ), entidade na qual Antônio Pompêo ocupava um posto de diretoria. A causa da morte do ator ainda não foi divulgada.

A assessoria de comunicação da Polícia Civil divulgou um comunicado dizendo que um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte.

Fonte: Wikipédia e EGO

Tomie Ohtake

TOMIE OHTAKE
(101 anos)
Artista Plástica

* Quioto, Japão (21/11/1913)
+ São Paulo, SP (12/02/2015)

Tomie Ohtake, nascida Tomie Nakakubo, foi uma artista plástica japonesa naturalizada brasileira. Aos 23 anos de idade viajou ao Brasil para visitar um irmão mas não pôde retornar, devido a Segunda Guerra Mundial.

É uma das principais representantes do abstracionismo informal. Sua obra abrange pinturas, gravuras e esculturas. Foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna, em 1960. Em 1988, foi condecorada com a Ordem do Rio Branco pela escultura pública comemorativa dos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo.

Pela sua carreira consagrada Tomie Ohtake é considerada a "Dama das Artes Plásticas Brasileira". Segundo o crítico de arte Ichiro Hariu, os artistas como Tomie Ohtake, Tikashi Fukushima, Manabu Mabe e outros, são reconhecidos abstracionistas, representativos do Brasil, que contam com muitos apoiadores. Além de pertencerem ao grupo da geração de imigrantes do pré-guerra. Grupo esse constituído por imigrantes comuns que, após várias mudanças em suas vidas, despertaram para as artes plásticas e iniciaram seus trabalhos.

Tomie Ohtake é a mãe do arquiteto Ruy Ohtake e Ricardo Ohtake, diretor do Instituto Tomie Ohtake.


Tomie Nakakubo, filha de Inosuke e Kimi Nakakubo, chegou ao Brasil em 1936 para visitar um irmão. Conheceu o engenheiro agrônomo Ushio Ohtake, também japonês, com quem se casou e teve dois filhos, Ruy e Ricardo. A família estabeleceu-se no bairro da Mooca, em São Paulo.

Em 1952, iniciou na pintura com o artista Keisuke Sugano. No ano seguinte, integrou o Grupo Seibi. Passou um certo tempo produzindo obras no contexto da arte figurativa, a artista define-se pelo abstracionismo. A partir dos anos 70, passou a trabalhar com serigrafia, litogravura e gravura em metal.

Nos anos 50 e 60, participou de Salões nacionais e regionais, tendo sido premiada na maioria deles. Foi convidada a participar da Bienal de Veneza em 1972, pela própria instituição. Recebeu o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Empregou ao longo da década de 60 o uso de tons contrastantes. Revelou afinidade com a obra do pintor Mark Rothko, "na pulsação obtida em suas telas pelo uso da cor e nos refinados jogos de equilíbrio".

Cecília França Lourenço, ao comentar a obra de Tomie Ohtake, quando ela atingiu um nível de maturidade, compara com a obra da artista com a de Fukushima e Mabe, no contexto que os três tinham "certa contenção, sem permitir extravasar totalmente a emoção da obra".


A arte na década de 80 foi influenciada pelo aparecimento de outros artistas e também pela atuação dos pioneiros, como Tomoo Handa, abstracionistas, como Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi e outros, onde atuaram, no desenvolvimento artístico, como também nos interesses da comunidade de artistas.

Tomie Ohtake se destacou também com o trabalho com esculturas em grandes dimensões em espaços públicos, sendo que na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1995, teve uma sala especial de esculturas.

Atualmente, 27 de suas obras são obras públicas, as quais estão em algumas cidades brasileiras. Em São Paulo, parte delas se tornaram marcos paulistanos, como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do Metrô de São Paulo, a escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e a pintura em parede cega no centro, na Ladeira da Memória.

Em 1995 escreveu juntamente com Alberto Goldin o livro intitulado "Gota D'agua" que foi escolhido pela Jugend Bibliothek de Munique, na Alemanha, como um dos melhores livros editados no Brasil no ano de 1995. No mesmo ano recebeu o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura (MINC).

Em 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Morte

Tomie Ohtake morreu na quinta-feira, 12/02/2015, aos 101 anos, vítima de um choque séptico causado por broncopneumonia. A artista plástica se recuperava de uma pneumonia desde o dia 02/02/2015 e, na terça-feira pela manhã, estava prevista sua alta do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. No entanto, Tomie Ohtake sofreu uma grave broncoaspiração com alimentos do café da manhã, e, em seguida, uma parada cardíaca, na noite de quarta-feira, 11/02/2015.

O velório ocorreu na sexta-feira, 13/02/2015, entre 8:00 hs e 14:00 hs no instituto que leva seu nome, em São Paulo, e a artista foi cremada em cerimônia reservada para a família.

Fonte: WikipédiaO Globo

Lourival Vargas

LOURIVAL BARROSO VARGAS
(56 anos)
Artista Plástico e Pintor

* Ibertioga, MG (23/08/1952)
+ Barbacena, MG (20/11/2008)

Lourival Barroso Vargas foi um artista plástico e pintor brasileiro. Autodidata, destacou-se como pintor de temas sacros, contudo, era autor de obras ecléticas, com temas como paisagens bucólicas e natureza, motivos esotéricos, abstratos, com diversas inspirações. Também era retratista. Nascido em Ibertioga, MG, a 23/08/1952, teve contato com a arte desde a infância quando começou a desenvolver seu talento para o desenho e pintura.

Lourival possuía um traço característico, bem como o uso das cores, especialmente ao abordar a natureza em suas obras. A vista da Serra de Ibitipoca a partir de Barbacena era uma paisagem muito apreciada pelo artista, além das redondezas da terra natal Ibertioga, e também a cidade de Barbacena, onde viveu por muitos anos, que eram temas recorrentes de suas obras.

Lembrança do Bonde (Óleo Sobre Tela)
É relevante também sua visão do universo urbano e da sociedade, pois em várias telas o artista fez seu autorretrato demonstrando um sentimento de marginalização e incompreensão, como artista e pensador, em relação à sociedade falida e hipócrita em que viveu.

Uma das principais obras do artista e que o imortalizaram são os afrescos da Catedral de Ibertioga. A magnífica mão de Deus retratada mostra a mão calejada de um trabalhador. A inspiração se deu numa tarde ao deixar a catedral. Após dias pensando em como seria a mão divina, deparou com um lavrador sentado na calçada da praça e nesse momento ele percebeu que a mão do Criador deveria ser como aquela, calejada pelo trabalho árduo da grande criação do mundo. Pediu ao homem que deixasse que ele desenhasse sua mão. Ao se ver a obra pronta percebe-se como foi sensível e precisa a observação do artista.

Algumas pessoas do círculo íntimo do artista emprestaram seus rostos para que ele compusesse as figuras ali retratadas como anjos e arcanjos. Essa obra foi um marco importante na sua carreira, e depois dela foi convidado para fazer a pintura do teto de capelas nas fazendas da região.

Morte

Lourival Vargas faleceu em Barbacena, MG, em 20/11/2008, aos 56 anos, depois de ficar 58 dia internado na Santa Casa de Misericórdia de Barbacena. Ele teve um AVC hemorrágico e foi colocado em coma induzido. Durante este período Lourival Vargas ficou ligado a aparelhos. O velório do artista plástico ocorreu na Capela de Santa Terezinha e o sepultamento aconteceu em Ibertioga, MG, sua cidade natal.

Fonte: Wikipédia

Ana Helena Berenger

ANA HELENA BERENGER PEÇANHA
(48 anos)
Atriz e Artista Plástica

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/02/1961)
┼ Los Angeles, Estados Unidos (29/07/2009)

Ana Helena Berenger Peçanha, conhecida como Ana Helena Berenger, foi uma atriz e artista plástica brasileira Nascida no Rio de Janeiro. Formou-se em jornalismo na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, mas não chegou a exercer a profissão, interessando-se logo pela carreira artística.

Atuou no cinema, na televisão e no teatro em todo o mundo, atuando inclusive em produções de outros países.

Enquanto esteve em Paris, Ana Helena estudou arte no Museu do Louvre. Apaixonada pelas cores, tornou-se artista plástica e foi morar em Los Angeles, deixando a carreira de atriz.

Ana Helena Berenger morreu vítima de um câncer de mama, em Los Angeles, no dia 29/07/2009.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Albery

ALBERY SEIXAS DA CUNHA
(58 anos)
Pintor e Artista Plástico

* Belém, PA (04/10/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/04/2003)

Albery Seixas da Cunha foi um pintor e artista plástico brasileiro. Seus quadros mais famosos são de mulheres nuas. Ele nasceu no dia 04/10/1944 na cidade de Belém, PA, onde revelou sua vocação para pintura já na infância.

Seus primeiros óleos foram feitos em 1959, no Rio de Janeiro, onde morou até 1970. Neste ano, ele se transferiu para Paris, onde é até hoje um dos poucos artistas brasileiros realmente reconhecidos. Albery figura entre os mais importantes artistas da arte contemporânea brasileira. O artista sabe como poucos mesclar na dose certa a flora e a fauna brasileira colocando-as com perfeição nas formas e cores que cria. Muitas vezes registra em suas telas imagens que parecem sair de um sonho, como se quisesse desvendar seus mistérios.

No Rio de Janeiro, Albery despontou para a fama quando ganhou o primeiro prêmio, em uma galeria de arte, pintando o tema "Carolina", para a música de Chico Buarque. De acordo com a crítica, ele criou uma figura coerente com a música, ao mesmo tempo comunicativa, popular, simples e sofisticada. Ficou expresso nesse quadro que Albery estava atento à linguagem para a comunicação de massa utilizada na época.

Albery está sempre homenageando a mulher em seus quadros. O artista trabalha o corpo feminino sempre com um tratamento renovado e atual, acrescentando toques expressivos onde sobressaem os relevos da anatomia podendo-se quase perceber sua textura. Em suas viagens pelo mundo, o artista soube perceber as diferentes raça e formas faciais independente das classes sociais e cria rostos universais, como disse Walmir Ayala:

"O rosto de uma princesa contemporânea, ou de uma artista famosa, parece ter passado pelo carbono das histórias em quadrinhos, deixando assomar o lado heroico e mitológico subjacentes no lado da beleza feminina."

"Pintar é antes de tudo para mim um ato vital. Foi desde minha infància, a principal maneira de me expressar. Meu ideal de criança, era tornar-me no futuro um verdadeiro pintor e viver de minha arte. Sempre tive tendência inata para o surrealismo, e um gosto pelo mórbido que foi se diluindo com o tempo. Acho extremamente importante a qualidade técnica de minha obra e a temática sempre criada, baseando-me na natureza, no animal e na mulher. Dedico esta exposição a todos os mestres com os quais tive contato, em especial Salvador Dali."
(Albery - Texto do folder "25 Anos de Arte". Exposição individual do artista em novembro de 1992, na Bolsa do Rio)



Em 1962, Albery ingressou na Escola Nacional de Belas Artes.

Em 1965, participou dos Salões de Desenho na ENBA, de Gravura da Feira do Atlântico e o de Pintura da ENBA.

Em 1966, participou dos Salões Sesquicentenário da ENBA, de Gravura da Feira Industrial e da Gravura da ENBA. Fez sua primeira exposição coletiva na GEAD.

Em 1967, participou dos Salões da Jovem Pintura SBPC e de Desenhos e Gravuras da PUC. Realizou sua primeira individual na Galeria L'Atelier. Conquistou o primeiro prêmio do Concurso Nacional criado por Ruth Lauss e pela Galeria Domus. Participou do XVII Salão de Arte Moderna e do Salão da PUC e foi convidado pelo governo do Pará para realizar uma mostra em seu estado natal.

Em 1968 expôs na Galeria Meia Pataca, no Rio de Janeiro.

Em 1969, expôs nas Galerias Vice Rey em São Paulo e na Petite Galerie no Rio de Janeiro.

Em 1971, Realizou sua primeira exposição em Paris na Galeria André Weil.

Em 1972, expôs na Galeria Copacabana Palace. Apresentou uma individual na Galeria Pre-Design, de Bruxelas.

Em 1973, expôs na Galeria Albertus Magnus, de Paris, seguido de Happening com os mais destacados nomes da pintura francesa. Mostra na Galeria Chelsea em São Paulo.

Em 1974 expôs na Galeria Boris Orekhoff em Paris.

Em 1975, expôs na Galeria Debret e na Galeria Les Roseaux, ambas em Paris.

Sônia Braga e Albery (Participação Novela Dancin' Days)
Em 1976, realizou uma individual na Galeria Jacques Carrie em Paris.

Em 1977, expôs na Galeria Les Roseaux em Paris.

Em 1978 voltou ao Brasil para individual na Galeria B-75 Concorde, no Rio de Janeiro e na Galeria Acaiaca de Curitiba.

Em 1979, apresentou individuais nas Galerias Oscar Seraphico em Brasilia, Casa Grande em Goiània e Realidade Galeria de Arte no Rio de Janeiro. Participou da Coletiva Itinerante Brasileira no Hotel Le Meridien e outra coletiva no Othon Palace Hotel no Rio de Janeiro.

Em 1980, expôs na Don Camilo Galeria de Arte em Salvador e recebeu a Medalha Mérito Legionário conferida pela PRONAVE-LBA.

Em 1981, expôs na Galeria Realidade e numa Coletiva no Hotel Meridien no Rio de Janeiro.

Em 1982, expôs no Espaço Planetário do Rio e na Galeria Espaço Delfin no Rio de Janeiro.

Em 1983, expôs na Galeria Casa Branka em Curitiba e na Galeria Carimã em Foz do Iguaçu.

Participou em 1984, da Coletiva na Casa do Estudante Universitário, expôs na Galeria Engenho e Arte da Cidade, na Galeria Promorio e na Galeria Antonio Goulart no Rio de Janeiro. Recebeu ainda no mesmo ano homenagem de Dom Grenough e Jean Pierre Dutilleu no Clube Chez Moi, Beverly Hills, Los Angeles, Estados Unidos.

Em 1985, recebeu homenagem dos Salões de Arte CERJ e FCEB, participou do 1º Congresso Brasileiro de Serigrafia no Rio e Janeiro, expôs no seleto "Clube 1" e ainda pintou painéis para a Academia da Cidade no Rio de Janeiro.

Sônia Braga e Albery (Participação Novela Dancin' Days)
Em 1986, expôs na Galeria People, Coletiva na Cia. das Índias no Rio de Janeiro e realizou performance pictural na Academia GYM Center no Rio de Janeiro.

Em 1987, expôs na Galeria José de Alencar em Fortaleza.

Em 1988, expôs nas Galerias Art e Design em Maceió e Borghese no Rio de Janeiro. Participou da Expo Coletiva no Salão Nobre do Hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro.

Em 1989, exposição em Jarí, PA.

Em 1990 exposição na Ciudad de Leste, Paraguai.

Em 1991, fez uma nova viagem a Paris para execução de novos trabalhos.

Em 1992, de volta ao Brasil, participou do Projeto Jangada das Sete - Coco Beach Performance. Exposição Galeria de Arte da Biblioteca Pública Câmara Cascudo em Natal. Performance Trajano Shopping no Rio de Janeiro. Exposição Individual no Espaço Bolsa do Rio.

Em 1993, exposição individual em Natal, RN.

Em 1994, exposição individual em Campos, RJ.

Em 1995, exposição individual na Century's Gallery, no Rio de Janeiro.

Em 1997 foi para Miami e expôs individualmente na Foundation For The Contemporary Arts Gallery. Participou de coletiva na Lopez Negro Gallery, Dania, Flórida. Individual na Hidden Bay, Aventura, Flórida.

Em 1998, individual na Santayana Gallery, Key Biscayne, Florida, e no Gable's Club, Coral Gables, Flórida.

Em 1999, individual no BarRoom, em Miami Beach, Flórida. No mesmo ano, individuais no Pine Bank Bricckell, no Gran Bay Hotel , Coconut Grove, Flórida, e no Santa Maria, Brickell.

Em 2001 individual na Galeria Jordi no Rio de Janeiro e a Exposição "Retratos", mobilizando a alta sociedade carioca no Shopping Fashion Mall.

"O mundo deveria ser:

Todos para arte!

Todos pela arte!
Tudo sobre arte!"

Sônia Braga e Albery (Participação Novela Dancin' Days)
Morte

Albery morreu numa manhã chuvosa no dia 07/04/2003, no outono, na estação que tem as cores estilizadas marrom-vermelho-dourado, os mesmos tons que o artista utilizava para pintar seus cavalos também estilizados.

Exposições Individuais

  • 1967 - Rio de Janeiro - Primeira individual, na Galeria L'Atelier
  • 1970 - Paris, França - Individual, na Galeria Andre Weil
  • 1974 - Paris, França - Individual, na Galeria Boris Orekhoff
  • 1975 - Paris, França - Individual, na Galeria Debret
  • 1975 - Paris, França - Individual, na Galeria Les Roseaux
  • 1976 - Paris, França - Individual, na Galeria Jacques Carrie
  • 1977 - Paris, França - Individual, na Galeria Les Roseaux
  • 1977 - Flórida, Estados Unidos - Individual, na Hidden Bay
  • 1978 - Rio de Janeiro - Individual, na Galeria B-75 Concorde
  • 1978 - Curitiba - Individual, na Galeria Acaiaca
  • 1979 - Brasília - Individual, na Galeria Oscar Seraphico
  • 1979 - Goiânia - Individual, na Casa Grande
  • 1979 - Rio de Janeiro - Individual, na Realidade Galeria de Arte
  • 1980 - Salvador - Individual, na Don Camilo Galeria de Arte
  • 1981 - Rio de Janeiro - Individual, na Realidade Galeria de Arte
  • 1983 - Rio de Janeiro - Individual, na Galeria Pau Brasil
  • 1984 - Rio de Janeiro - Individual, no Estúdio Antônio Goulart
  • 1985 - Rio de Janeiro - Individual, na Forma Livre Academia da Cidade
  • 1987 - Fortaleza - Individual, na Galeria José de Alencar
  • 1988 - Rio de Janeiro - Individual, na Galeria de Arte Borguese no Shopping da Gávea
  • 1998 - Key Biscayne, Flórida, Estados Unidos - Individual, na Santayana Gallery
  • 1998 - Coral Gables, Flórida, Estados Unidos - Individual, no Gable´s Club
  • 1999 - Miami Beach, Flórida, Estados Unidos - Individual, no BarRoom
  • 1999 - Coconut Grove, Flórida, Estados Unidos - Individual, no Gran Bay Hotel
  • 1999 - Brickell, Estados Unidos - Individual, no Brickel
  • 2001 - Rio de Janeiro - Individual, na Galeria Jordi 

Exposições Coletivas

  • 1964 - Rio de Janeiro - 2ª O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
  • 1965 - Rio de Janeiro - Salão de Desenho da Enba
  • 1965 - Rio de Janeiro - Salão de Gravura da Feira do Atlântico
  • 1965 - Rio de Janeiro - Salão de Pintura da Enba
  • 1966 - Rio de Janeiro - Salão do Sesquicentenário da Enba
  • 1966 - Rio de Janeiro - Salão de Gravura da Feira Industrial
  • 1966 - Rio de Janeiro - Salão de Gravura da Enba
  • 1967 - Rio de Janeiro - Salão Jovem Pintura SBPC
  • 1967 - Rio de Janeiro - Salão de Desenhos e Gravuras da PUC/RJ
  • 1973 - Paris, França - Coletiva, na Galeria Albertus Magnus
  • 1977 - Flórida, Estados Unidos - Coletiva, na Lopez Negro Gallery
  • 1979 - Rio de Janeiro - Coletiva Itinerante Brasileira, no Hotel Le Meridien
  • 1979 - Rio de Janeiro - Coletiva, no Othon Palace Hotel
  • 1981 - Rio de Janeiro - Coletiva, no Hotel Meredien
  • 1984 - Foz do Iguaçu - Coletiva, na Casa do Estudante Universitário
  • 1987 - Rio de Janeiro - Coletiva, no Salão Nobre do Hotel Copacabana Palace

Exposições Póstumas

  • 2003 - Rio de Janeiro - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte

Indicação: Cidia Martins

Mário Faisal

MÁRIO FAISAL
(76 anos)
Artista Plástico, Compositor e Instrumentista

* Ibitinga, SP (1937)
+ Praia Grande, SP (02/01/2014)

Mário Faisal foi um artista multifacetado, compositor gravado por importantes cantores foi um precursor, contestador social, artista tridimensional com forte carga de dopamina. Não seria nada exagerado se comparado a Flávio de Carvalho.

Compositor, pianista e artista plástico Mário Faisal, foi figura importante na época da Jovem Guarda. No Canal 9 de São Paulo, TV Excelsior, ele participou de um programa que funcionava como concorrente ao movimento jovem-guardista, e Mário Faisal era o fio condutor, o querosene desse projeto.

Participou de programas de calouros como o histórico "Peneira Rhodine", da Rádio Cultura de São Paulo, e foi gongado ao cantar "Carinhoso" (Pixinguinha). Foi também o primeiro jurado do programa do Chacrinha.

No cinema participou do filme "As Mulheres Amam por Conveniência" (1972), de Roberto Mauro. Teve como arranjador de suas letras o prestigioso Maestro Portinho. Mário Faisal foi precursor em muitas outras coisas entre as quais o grafite e conjuntos musicais que incluía crianças como Os Caçulas com quatro componentes, Gilberto, Vera Lúcia, Alvinho e Yara, que em 1967 gravariam sua composição "Pic Nic", e em 1968 seria regravada por Wanderlei Cardoso com grande sucesso no disco "O Bom Rapaz".


Ainda em 1967, uma coletânea intitulada "Os 12 Brasas", incluiria mais uma composição "Estou Só", gravada por Arturzinho, um de seus maiores interpretes que gravaria outros sucessos com autoria de Mário Faisal "Não Toque Este Long Play".

Mais composições de Mário Faisal seriam gravadas por nomes consagrados da música brasileira como Sérgio Reis "Eu Te Amo Tanto", Célio Roberto, também conhecido com Cigano, gravou "Olha Eu Aqui", e Leila Silva "Céu Sem Estrelas".

No ano de 1970, Nilton César fez sucesso com "Eu Te Sigo" (Mário Faisal). A melodia lembrava muito um fado e talvez por isso não tenha alcançado o sucesso merecido no Brasil. Mas, se pode dizer que foi Mário Faisal quem lançou Nilton César em Portugal com esta faixa. Nessa época como um artista multifacetado já conciliava as duas artes: composição e artes plásticas.

Nos anos 1980, Nancy Sinatra, filha de Frank Sinatra, gravou "Pic-Nic" e faria sucesso nos Estados Unidos com a sua composição. No final da década de 1970 Mário Faisal se retirou do cenário artístico.


Artes Plásticas

Mário Faisal estudou na Escola Paulista de Belas Artes (1954-1958), estudou escultura e cerâmica no ateliê de Berenice Florshein (1979-1981) e Fundação Mokiti Okada, Japão (1995-1998).

Artista catalogado no Júlio Louzada, do alto dos seus 70 anos se mostrava incansável e irrequieto. Sempre na busca das cores e dos tons e na insatisfação social tema presente em várias obras. O esmero era tanto que em certa época foi apelidado pelos colegas como "Das Cores". Transitando entre o acadêmico, o abstrato e as vezes surrealismo, atualmente desenvolvia estudos pictóricos onde mesclava estilos de nada menos do que Pablo Picasso e Paul Cézanne para seus quadros. Porém, suas expectativas, frustrações e revolta com o descaso social cometido pelas autoridades estão presentes em suas telas. A inventividade com as tintas, a sua excentricidade espontânea são marcas registradas. E isso já lhe valeu prêmios e exposições no Brasil e no Exterior.

Espírito sempre em ebulição e conflitos, mostravam que o artista continuava vivo e criativo em sua jornada pictórica. Entre seus clientes já estiveram João Baptista Figueiredo, ex-presidente da República e Júlio Iglesias. "Nada se faz por acaso. Tudo tem sua razão de ser, principalmente quando se faz com prazer", dizia Mário Faisal.

Ele também considerava que sua inspiração pictórica vinha de divindades como anjos e arcanjos, deuses ou abutres, e assim, ele seguia retratando figuras carimbadas do país. Em seu ateliê livre, na Alameda Jaú, Jardim Paulista, ministrava aulas de pintura e cerâmica, e restauro de obras sacras.

Morte

Segundo informações de sua sobrinha, Míriam, Mário Faisal faleceu no dia 02/01/2014, na Praia Grande, litoral paulista, onde residia atualmente.

Indicação: Miguel Sampaio

Hélio Oiticica

HÉLIO OITICICA
(42 anos)
Pintor, Escultor e Artista Plástico

* Rio de Janeiro, RJ (26/07/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/03/1980)

Hélio Oiticica foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente.

Hélio Oiticica era filho de José Oiticica Filho, um dos importantes fotógrafos brasileiros, que também era engenheiro, professor de matemática e entomólogo e de Ângela Santos Oiticica. Teve mais dois irmãos, César e Cláudio, nascidos respectivamente em 1939 e 1941.

A educação de Hélio e seus irmãos começou em sua casa, onde tiveram aulas de matemática, ciências, línguas, história e geografia dadas pelo pai e a mãe. Também teve grande influência em sua formação o avô José Oiticica, conhecido intelectual filólogo, professor, escritor, anarquista e jornalista.

No ano de 1947, seu pai, José Oiticica Filho foi premiado com uma bolsa da Fundação Guggenheim. A família se mudou para Washington, Estados Unidos, e seu pai passou a trabalhar no United States National Museum - Smithsonian Institution. Ficaram lá por dois anos e Hélio, então com 10, e seus irmãos foram matriculados pela primeira vez numa escola oficial, a Thomson School. A a proximação com a arte se deu nessa época. Hélio e os irmãos tinham à disposição galerias de arte e museus.

A família retornou ao Rio de Janeiro, em 1950, e, em 1952, Hélio começou a escrever e a traduzir peças de teatro que encenava em casa com os irmãos. Sua tia, a atriz Sônia Oiticica, passou a o incentivá-lo nessa empreitada.


Primeiras Exposições

Durante a II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, realizada em 1953, Hélio Oiticica tomou contato com a obra de Paul Klee, Alexander Calder, Piet Mondrian e Pablo Picasso, e no ano seguinte começou a estudar pintura com Ivan Serpa. Entrou para o Grupo Frente e junto fez a sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna. Nessa época começou a conviver com artistas e críticos, como Lygia Clark, Ferreira Gullar e Mário Pedrosa. Sua obra desse período (1955-1957) são pinturas geométricas sob guache e cartão, que resultou em 27 trabalhos nessa técnica, intitulados "Secos", que foram expostos no Rio de Janeiro, na Exposição Nacional de Arte Concreta.

Paralelo a esse evento esteve presente à polêmica conferência proferida por Décio Pignatari, na "Noite de Arte Concreta" na União Nacional dos Estudantes. Esse evento teve grande importância pois lançou as bases da arte concreta e colocou, de um lado, poetas e críticos como Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Décio Pignatari e Ferreira Gullar, e de outro, os defensores da arte tradicional.

Em 1959, convidado por Lygia ClarkFerreira Gullar, integrou o Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro e passou a realizar pinturas a óleo sobre tela e compensado. São obras monocromáticas que incluem pinturas triangulares em vermelho e branco. Nesse mesmo ano participou da V Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1960 trabalhou como auxiliar técnico de seu pai, José Oiticica Filho, no Museu Nacional.


Parangolés e Penetráveis

A partir do início dos anos 60, Hélio Oiticica começou a definir qual seria o seu papel nas artes plásticas brasileiras e a conceituar uma nova forma de trabalhar, fazendo uso de maneiras que rompiam com a ideia de contemplação estática da tela. Surgiu aí uma proposta da apreciação sensorial mais ampla da obra, através do tato, do olfato, da audição e do paladar. Exemplo disso é o penetrável PN1 e a maquete do "Projeto Cães de Caça", composto de cinco penetráveis (1961) e os bólides, que são as estruturas manuseáveis, chamados de B1 Bólide Caixa 1 (1963).

No período de 1964, aproximou-se da cultura popular e passou a frequentar a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, tornando-se passista e integrando-se na comunidade do morro. Vem dessa época o uso da palavra parangolé que passou a designar as obras em que estava trabalhando naquele momento. Os primeiros parangolés se compunham de tenda, estandarte e bandeira e P4, a primeira capa para ser usada sobre o corpo. São obras que causaram polêmicas e ele definia como "antiarte por excelência". Na exposição Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foi proibido de desfilar - os passistas da Mangueira vestiam seus parangolés - nas dependências do museu. Hélio Oiticica realizou a apresentação no jardim, com grande aceitação pública.

Hélio Oiticica, além de realizar as sua obras, também teorizava sobre elas em textos como "Os Bólides e o Sistema Espacial Que Neles Se Revela", "Bases Fundamentais Para Definição do Parangolé", e "Anotações Sobre o Parangolé", entre muitos outros, que divulgava mimeografadas.

Em 1965, começou carreira internacional e realizou exposição, Soundings Two, em Londres, ao lado de obras de Duchamp, Klee, Kandinsky, Mondrian, Léger, entre outros.


Em 1967, iniciou suas propostas supra-sensoriais, com os bólides da "Trilogia Sensorial", além dos penetráveis PN2 e PN3 que faziam parte da obra Tropicália, mostrada na exposição Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Caetano Veloso usou como cenário a bandeira "Seja Marginal Seja Herói", de Hélio Oiticica, em show na boate Sucata no Rio de Janeiro. A bandeira foi apreendida e o espetáculo suspenso pela Polícia Federal. Essa aproximação com Hélio Oiticica foi de grande importância na definição dos rumos da música brasileira.

Além da militância artística no Brasil, a carreira internacional de Hélio Oiticica passou a tomar grande parte de seu tempo, com exposições e intervenções em Londres, Nova York e Pamplona, a partir dos fins dos de 60 e início dos anos 70.

Em 1972, usou o formato super 8 e realizou o filme "Agripina é Roma - Manhattan". O cinema passou a ser uma referência, e em 1973 criou o projeto Quase-Cinema, com a obra "Helena Inventa Ângela Maria", série de slides que evocam a carreira da cantora Ângela Maria.

Uma nova série de penetráveis intitulados Magic Square e os objetos Topological Ready-Made Landscapes foram mostrados na exposição Projeto Construtivo Brasileiro, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1977.

Em 1979, criou o seu último penetrável chamado "Azul In Azul". Neste ano, Ivan Cardoso realizou o filme "HO", retratando a obra de Hélio Oiticica.

No dia 22/03/1980, Hélio Oiticica sofreu um acidente vascular cerebral, vindo a falecer, no Rio de Janeiro.


Mestre Didi

DEOSCÓREDES MAXIMILIANO DOS SANTOS
(95 anos)
Escritor, Artista Plástico e Sacerdote Africano

* Salvador, BA (02/12/1917)
+ Salvador, BA (06/10/2013)

Deoscóredes Maximiliano dos Santos foi um escritor, artista plástico, e sacerdote afro-brasileiro. Conhecido popularmente como Mestre Didi, é filho de Maria Bibiana do Espírito Santo e Arsenio dos Santos.

Família

Seu pai Arsenio dos Santos, pertencia à elite dos alfaiates da Bahia, mais tarde iria transferir-se para o Rio de Janeiro na época em que houve uma grande migração de baianos para a então capital do Brasil.

Sua mãe Maria Bibiana do Espírito Santo, mais conhecida como Mãe Senhora era descendente da tradicional família Asipa, originária de Oyo e Ketu, importantes cidades do império Yoruba. Sua trisavó, Srª Marcelina da Silva, Oba Tossi, foi uma das fundadoras da primeira casa de tradição nagô de candomblé na Bahia, o Ilê Ase Aira Intile, depois Ilê Iya Nassô. Sua esposa Juana Elbein dos Santos, é antropóloga e companheira em todas as suas viagens pelo exterior, aos países da África, Europa e Américas, de grande importância pelos intercâmbios e experiências adquiridas, e que contribuiram significativamente para os desdobramentos institucionais de luta de afirmação da tradição afro-brasileira e pelo respeito aos direitos à alteridade e identidade própria. Sua filha Inaicyra Falcão dos Santos é cantora lírica, graduada em dança pela Universidade Federal da Bahia, professora doutora, pesquisadora das tradições africano-brasileiras, na educação e nas artes performáticas no Departamento de Artes Corporais da Unicamp.


Sacerdote

A igreja durante o período colonial e pós-colonial foi uma instituição de que a comunidade descendente de africanos inseriu em suas estratégias de luta pela alforria e re-agrupamento social. Didi foi batizado, fez primeira comunhão e foi coroinha. Mais tarde, já sacerdote da tradição afro-brasileira foi se dedicando inteiramente a ela afastando-se do catolicismo, embora respeitando-o como uma outra religião. Eugenia Ana dos Santos - Mãe Aninha, tratada por Didi como avó, foi quem o iniciou no culto aos orixás e lhe deu o título de Assogba, Supremo Sacerdote do Culto de Obaluaiyê.

Arsenio Ferreira dos Santos era sobrinho de Marcos Theodoro Pimentel, o Alapini, primeiro mestre de Didi no Culto aos Egungun, os ancestrais masculinos, tradição originária de Oyo, capital do império Yoruba.

Depois de Marcos Theodoro Pimentel, foi Arsenio Ferreira dos Santos, conhecido por Paizinho quem deu continuidade a iniciação de Didi, que se confirmou Ojé com o título de Korikowe Olokotun. A herança de tio Marcos Alapini se constitui sobretudo pelo culto ao Olori Egun, Baba Olukotun, o mais antigo ancestral que foi trazido da África na ocasião da viagem que fez com seu pai, Marcos O Velho. Paizinho, então Alagbá, o mais antigo da tradição aos Egungun recebeu esta herança que aproximou à do terreiro Ilê Agboulá na Ilha de Itaparica.

A herança de Marcos Alapini, para seu sobrinho Arsenio Alagba passou para Didi, Ojé Korikowe Olukotun. Mais tarde Didi recebeu o título de Alapini, o mais alto do culto aos Egungun, no Ilê Agboula e anos depois, em 1980 fundou o Ilê Asipa onde é cultuado o Baba Olukotun e demais Eguns desta tradição antiga.

Em setembro de 1970, não tendo no Brasil quem pudesse fazer sua confirmação de Balé Xangô, foi para Oyo e realiza a obrigação na cidade originária do culto à Xangô. A cerimônia foi realizada pelo Balé Sàngó e o Otun Balé do reino de Xangô de Oyo.

Mestre Didi não costumava falar sobre sua obra nem sobre si. Ele chegou a expor em Gana, Senegal, Inglaterra e França, além do Guggenheim, em Nova York. No Brasil, ganhou reconhecimento após a 23ª Bienal de São Paulo, em 1996, quando recebeu uma sala apenas para suas obras.


Artista

"Os Orixá do Panteão da Terra são os que nos alimentam e nos ajudam a manter a vida. Os meus trabalhos estão inspirados na natureza, na Mãe Terra-Lama, representada pela Orixá Nanã, patrona da agricultura."
(Mestre Didi)

"Mestre Didi é um sacerdote-artista. Exprime, através da criação estética, uma arraigada intimidade com seu universo existencial, onde ancestralidade e visão de mundo africanos se fundem com sua experiência de vida baiana. Completamente integrado ao universo nagô de origem yorubana, revela em suas obras uma inspiração mítica, material. A linguagem nagô com a qual se expressa é o discurso sobre a experiência do sagrado, que se manifesta por meio de uma simbologia formal de caráter estético."
(Juana Elbein dos Santos)

Morte

Mestre Didi morreu em decorrência de um câncer de próstata. Ele foi enterrado no domingo, 06/10/2013, por volta das 17:00 hs, no Cemitério Jardim da Saudade, no centro da capital baiana.


Obra
  • 1950 - Yorubá Tal Qual Se Fala, Tipografia Moderna, Bahia
  • 1961 - Contos Negros da Bahia, Edições GRD, Rio de Janeiro
  • 1962 - História de Um Terreiro Nagô, Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos
  • 1963 - Contos de Nagô, Edições GRD, Rio de Janeiro
  • 1966 - Porque Oxalá Usa Ekodidé, Ed. Cavaleiro da Lua
  • 1976 - Contos Crioulos da Bahia, Ed. Vozes, Petrópolis
  • 1981 - Contos de Mestre Didi, Ed. Codecri, Rio de Janeiro
  • 1987 - Xangô, El Guerrero Conquistador Y Otros Cuentos de Bahia, SD. Ediciones Silva Diaz, Buenos Aires, Argentina
  • 1987 - Contes Noirs de Bahia, tradução francesa de Lyne Stone, Ed. Karthale
  • 1988 - História da Criação do Mundo, Olinda, PE
  • 1988 - História de Um Terreiro Nagô, Editora Max Limonad
  • 1997 - Ancestralidade Africana no Brasil, Mestre Didi: 80 Anos, organizado por Juana Elbein dos Santos, SECNEB, Salvador, Bahia, 1997, CD-ROM - Ancestralidade Africana no Brasil
  • Pluraridade Cultural e Educação
  • Nossos Ancestrais e o Terreiro
  • Democracia e Diversidade Humana: Desafio Contemporâneo

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Fada Veras