Amaury Kruel

AMAURY KRUEL
(95 anos)
Militar

* Santa Maria, RS (11/04/1901)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/08/1996)

Amauri Kruel nasceu no dia 11/04/1901, em Santa Maria, RS. Filho de José Carlos Kruel e de Ana Weber Kruel.

Formou-se em 1921 pela Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1923, participou de manifestações em Santana do Livramento, RS, em apoio à Revolução Federalista, e em 1930 tomou parte, no Rio de Janeiro, da revolução que levou Getúlio Vargas no poder.

Em 1931, ingressou no curso da Escola do Estado-Maior, concluindo-o em 1933. Entre 1936 e 1937 comandou a Polícia Municipal do Rio de Janeiro. Integrante da Força Expedicionária Brasileira que lutou ao lado das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1949, fez um curso especial de informações e foi responsável por um inquérito sobre atividades comunistas no Exército.

Castello Branco e Amaury Kruel, amigos inseparáveis
Em fevereiro de 1954, foi um dos signatário do Manifesto dos Coronéis, documento que criticava a política econômica e protestava contra o aumento do salário mínimo em 100%, proposto pelo segundo Governo Vargas.

Chefe do Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP) em 1957, entre 1959 e 1961 foi assessor militar do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Com a renúncia do presidente Jânio da Silva Quadros, em 25/08/1961, instalou-se no país uma grave crise provocada pelo veto dos ministros militares à posse do vice-presidente João Goulart, então em visita à China. Enquanto João Goulart iniciava sua viagem de volta, formou-se no Rio Grande do Sul, liderado pelo governador Leonel Brizola, um movimento em favor de sua posse. Amaury Kruel viajou do Rio de Janeiro para Porto Alegre, onde integrou a comitiva que em 01/09/1961 recebeu João Goulart.

No dia 02/09/1961, o Congresso aprovou a instituição do parlamentarismo no país, permitindo a posse de João Goulart no dia 07/09/1961. No dia 08/09/1961, Amaury Kruel foi nomeado chefe do Gabinete Militar da Presidência.

Tendo seus poderes diminuídos, João Goulart tentou, desde o início, antecipar o plebiscito previsto para princípios de 1965 que decidiria sobre o destino do regime parlamentarista. Depois de uma sucessão de crises politicas e mudanças de ministério, em setembro de 1962 a Câmara dos Deputados fixou a data do plebiscito em 06/01/1963. Em seguida Hermes Lima assumiu o cargo de primeiro-ministro e Amaury Kruel a pasta da Guerra. Na data marcada, foi realizada a consulta que decidiu pelo retorno ao presidencialismo. No dia 23/01/1963, João Goulart nomeou um novo ministério, mas Amaury Kruel foi mantido.


Em maio, Amaury Kruel puniu com 30 dias de prisão o sargento Gelci Rodrigues Correia, que jurara publicamente "defender a ordem em nossa pátria, mas não essa que está aí, que beneficia somente uns poucos privilegiados". No mês seguinte, foi afastado da pasta da Guerra em meio a mais uma reformulação ministerial. No final de 1963, assumiu o comando do II Exército, sediado em São Paulo.

No dia 13/03/1964, João Goulart pronunciou um inflamado discurso em prol das chamadas reformas de base para mais de cem mil pessoas em um grande comício realizado no Rio de Janeiro. A partir desse momento, a conspiração já em curso entre civis e militares para depor o presidente foi intensificada.

A adesão de Amaury Kruel ao Golpe de 1964 que destituiu o presidente e instaurou o regime militar no Brasil só se deu praticamente no momento em que este foi deflagrado, no dia 31/03/1964.

Em agosto de 1966, passou para a reserva e foi promovido a marechal. Foi ainda deputado federal pela Guanabara entre 1967 e 1971, na legenda do oposicionista Movimento Democrático Brasileiro (MDB), criado após a extinção dos partidos políticos pelo AI-2 (21/10/1965) e a instalação do bipartidarismo.

Foi casado em primeiras núpcias com Cândida Cezimbra Kruel, com quem teve um filho. Contraiu novas núpcias com Maria Helena Kruel.

Amaury Kruel faleceu no Rio de Janeiro no dia 23/08/1996.

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