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Cláudia Jimenez

CLÁUDIA MARIA PATITUCCI JIMENEZ
(63 anos)
Atriz, Humorista, Dubladora e Roteirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/11/1958)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/08/2022)

Cláudia Maria Patitucci Jimenez foi uma atriz, humorista, dubladora e roteirista nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 18/11/1958.

Nascida no Rio de Janeiro, numa família com raízes espanholas e italianas, Cláudia Jimenez era formada no Curso Normal, fez especialização em maternal e jardim-de-infância, além de teatro amador no Tijuca Tênis Clube.

Em 1978, fez sua estreia no teatro profissional, interpretando a prostituta Mimi Bibelô na primeira montagem de "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, ao lado de Ary Fontoura e Marieta Severo. O produtor Maurício Sherman a viu na peça e a convidou para ir à TV Globo. Cláudia foi convidada para participar da abertura do programa "Viva o Gordo" e logo entrou para o elenco do programa, onde permaneceu por quatro anos. Simultaneamente, também fez participações no programa "Os Trapalhões".

Sua performance cômica chamou a atenção de Chico Anysio, que a convidou para atuar em vários de seus programas, como "Chico Anysio Show" e "Escolinha do Professor Raimundo". Ao lado de Chico Anysio viveu várias personagens, como a ninfomaníaca Pureza, a sádica enfermeira Alda e a inesquecível Dona Cacilda, uma aluna namoradeira e paródia da apresentadora Xuxa, com o bordão Beijinho-Beijinho, Pau-Pau!.

Carreira na Televisão

Cláudia Jimenez estreou em 1979 na TV Globo em uma participação na série "Malu Mulher". No início da década de 1980, participou do elenco do programa humorístico "Os Trapalhões". No ano seguinte, fez uma participação na telenovela "Jogo da Vida", assim como, ingressou em outro programa humorístico "Viva o Gordo", vivendo várias personagens por três anos.

Em 1982, iniciou sua parceria com Chico Anysio, atuando em seu programa "Chico Anysio Show".

Em 1983, fez uma participação em um episódio do seriado "Mário Fofoca", e no mesmo ano, interpretou Lurdeca na telenovela "Eu Prometo".

Em 1985, interpretou a personagem Lazinha na novela "Ti Ti Ti", além de fazer uma participação especial como a mãe do personagem Bacana (Jonas Torres) em "Armação Ilimitada".

Em 1990, integrou o elenco do programa humorístico "Escolinha do Professor Raimundo", atuando como a aluna Dona Cacilda, permanecendo até o fim do programa em 1995.

Em 1991, participou do programa humorístico "Estados Anysios de Chico City".

Em 1994, participou da série "Confissões de Adolescente" no episódio "A Melhor Amiga".

Em 1995, esteve em "Xuxa Especial: Deu a Louca na Fantasia".

Em 1996, fez participação no programa "Você Decide", no episódio "Bígama de Brás de Bina", assim como, também esteve na primeira temporada do sitcom "Sai de Baixo" como a doméstica Edileuza.


Em 1998, foi Glorinha e Enfermeira Alda em "Chico Total" e a garçonete Bina Colombo na novela "Torre de Babel", esta última, sendo indicada como Melhor Atriz no Troféu Imprensa de 1999. Posteriormente, deu vida as personagens Glorinha e Greice Quéle no "Zorra Total", durante dois anos.

Em 2000, participou da série "Brava Gente" no episódio "O Retorno de Ulisses", e nos três anos seguintes, foi Dagmar Cerqueira na novela "As Filhas da Mãe". Participou em "Os Normais" como Sara, além de interpretar Bibi no especial de fim de ano "Papo de Anjo".

Em 2004, esteve em "Sitcom.br", quadro do "Fantástico".

Em 2005, foi Consuelo em "América".

Em 2007, interpretou a anja Custódia na novela "Sete Pecados", papel que lhe rendeu duas indicações ao Prêmio Contigo! de TV de 2008 nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Par Romântico (com o ator Rodrigo Phavanello). Nos três anos seguintes, foi a picareta Violante Gonçalves em "Negócio da China", a jornalista Alberta Peçanha na série "A Vida Alheia", além de viver a falsa vidente Mãe Iara em "Aquele Beijo".

Em 2012, participou da série "As Brasileiras" como Augusta, protagonista do episódio "A Inocente de Brasília".

Em 2013, viveu a misteriosa Zélia em "Além do Horizonte", mas precisou se afastar devido a uma cirurgia no coração.

Em 2014, atuou como a radialista Jesuína em "Sexo e as Negas".

Em 2016, voltou as novelas, como a ricaça Lucrécia Abdala em "Haja Coração".

Em 2018, protagonizou a minissérie "Infratores", no "Fantástico" como a professora de auto-escola Bibi. No mesmo ano, fez uma participação na novela "Deus Salve o Rei", mas passou mal e deixou as gravações, sendo substituída por Cristina Mutarelli.

Carreira no Cinema

Estreou para o cinema em 1983 como Dona Olga em "Gabriela, Cravo e Canela".

Em 1985, foi Eni em "Urubus e Papagaios".

Em 1986, participou dos filmes "Ópera do Malandro" e "A Dança dos Bonecos" como Fiorella e Almerinda, respectivamente.

Em 1987, interpretou a mulher do padeiro em "Os Trapalhões no Auto da Compadecida" e esteve em "Romance da Empregada" como uma religiosa.

Em 1991, interpretou Bia no longa-metragem "O Corpo", personagem que lhe garantiu o Festival de Brasília na categoria de Melhor Atriz.

Em 1998, voltou ao cinema como uma delegada em "Como Ser Solteiro".

Em 2006, após quase uma década de ausência no cinema, estreou como dubladora da mamute Ellie no filme "A Era do Gelo 2", algo que se repetiria em 2009 em "A Era do Gelo 3". Cláudia Jimenez optou por não mais dublar a personagem e foi substituída pela dubladora Carla Pompílio.

Carreira no Teatro

No teatro, Cláudia Jimenez teve destaque no monólogo "Como Encher um Biquíni Selvagem", com texto e direção de Miguel Falabella, em 1996.

Em 2003, novamente lado de Miguel Falabella, fez "Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois", de Mauro Rasi.

Em 2004, dividiu o palco com Ernani Moraes, na comédia "Pequeno Dicionário Amoroso", de Jorge Fernando.

Em 2010, participou do espetáculo "Mais Respeito Que Sou Tua Mãe!", escrita pelo argentino Hernán Casciari e dirigida por Miguel Falabella.

Claudia Jimenez e Stella Torreão
Vida Pessoal

Obesidade e Estereótipos

Apesar do bom humor ao narrar os fatos, Cláudia Jimenez dizia-se vitima de gordofobia pela sociedade. Para exemplificar tal situação, que gerava constrangimento, ela citava a ocasião na qual estava passando sua lua de mel na cidade de Nova Friburgo, localizada na região Serrana Fluminense e quando ela ao descer do Teleférico do Suspiro foi ridicularizada por uma pessoa que, debochando, disse que o teleférico estava testado e que não mais desabaria por excesso de peso.

Por conta de questões de sua saúde sensível, teve que perder peso em função dos cuidados exigidos por seu coração. Nesta situação, Cláudia Jimenez chegou a ser alvo de um polêmico debate que atinge os humoristas com sobrepeso: A de que o comediante corre o risco de perder a graça se emagrecer.

Preocupada com as críticas sobre essa questão, Cláudia Jimenez preferiu demonstrar o seu talento como profissional de humor, recusando o estereótipo de gordinha engraçada.

Relações

Em sua vida pessoal, Cláudia Jimenez namorou tanto mulheres, como homens. Em 2008, terminou seu relacionamento com a personal trainer Stella Torreão, com quem era casada desde 1998. Após o término, ela teve diversos namoros, entre eles, com a cantora Leila Pinheiro e o ator Rodrigo Phavanello, seu par romântico em "Sete Pecados". A atriz também se envolveu com o ator Todd Rotondi, quando este esteve no Brasil.

Em 2010, Cláudia JimenezStella Torreão retomaram a relação e voltaram a viver juntas.

Saúde

Em 1987, foi submetida a sessões de radioterapia para tratar um câncer no mediastino e que, segundo os médicos, pode ter enfraquecido os tecidos de seu coração.

Em 1999, submeteu-se a uma cirurgia cardíaca para colocar cinco pontes de safena.

Em 2012, Cláudia Jimenez passou por sua segunda cirurgia no coração, desta vez para reparar sua válvula aórtica.

Em 2013, precisou se afastar das gravações da novela "Além do Horizonte" por conta de cirurgia para colocação de um marca-passo.

Morte

Cláudia Jimenez faleceu aos 63 anos, na manhã de sábado, 20/08/2022. Ela estava internada no Hospital Samaritano, localizado no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte foi insuficiência cardíaca, devido ao tratamento de câncer no mediastino. Na ocasião o Governo do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar pela morte da atriz.

Carreira

Televisão
  • 1979 - Malu Mulher ... Aline
  • 1980-1983 - Os Trapalhões ... Várias personagens
  • 1981- 1984 - Viva o Gordo ... Várias personagens
  • 1981 - Jogo da Vida ... Mulher na platéia do tribunal
  • 1982-1990 - Chico Anysio Show ... Pureza / Cacilda / Enfermeira Alda
  • 1983 - Mário Fofoca ... Pedrita (Episódio: "A Cigana Me Enganou")
  • 1983 - Eu  Prometo ... Lurdes Sandoval (Lurdeca)
  • 1985 - Ti Ti Ti  ... Lazinha (Participação Especial)
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Lambida (Episódio: "Um Triângulo das Bermudas")
  • 1989-1992 - Os Trapalhões ... Várias personagens
  • 1990-1993 - Escolinha do Professor Raimundo ... Cacilda
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City ... Várias personagens
  • 1994 - Confissões de Adolescente ... Cleonice (Episódio: "A Melhor Amiga")
  • 1995 - Xuxa Especial: Deu a Louca na Fantasia ... Bruxa Caxilda (Especial de Fim de Ano)
  • 1996 - Você Decide ... Abigail (Episódio: "Bígama de Brás de Bina")
  • 1996 - Sai de Baixo ... Edileuza do Espírito Santo
  • 1997 - Chico Total ... Glorinha / Enfermeira Alda / Patricinha / Vera Cotia
  • 1998 - Torre de Babel ... Balbina Teixeira Colombo (Bina)
  • 1999-2001 - Zorra Total ... Glorinha / Greice Quele
  • 2000 - Brava Gente ... Alzira (Episódio: "O Retorno de Ulisses")
  • 2001 - As Filhas da Mãe ... Dagmar Cerqueira / Dadá Fortuna
  • 2002 - Os Normais ... Sara (Episódio: "Especialmente Normal")
  • 2003 - Papo de Anjo ... Bibi (Especial de Fim de Ano)
  • 2004 - Sitcom.br ... Kiki
  • 2005 - América ... Consuelo Gimenez
  • 2007 - Sete Pecados ... Custódia Celestina
  • 2008 - Negócio da China ... Violante Gonçalves
  • 2010 - A Vida Alheia ... Alberta Peçanha
  • 2011 - Aquele Beijo ... Iara dos Santos (Mãe Iara)
  • 2012 - As Brasileiras ... Augusta Ramil (Episódio: "A Inocente de Brasília")
  • 2013 - Além do Horizonte ... Zélia Pinheiro
  • 2014 - Sexo e as Negas ... Jesuína de Paula
  • 2016 - Haja Coração ... Lucrécia Abdala Varella
  • 2018 - Infratores ... Professora Bibiana Andrade (Bibi)

Cinema
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela ... Dona Olga Bastos
  • 1985 - Urubus e Papagaios ... Eni
  • 1986 - Ópera do Malandro ... Fiorella
  • 1986 - A Dança dos Bonecos ... Almerinda
  • 1987 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida ... Margarida
  • 1987 - Romance da Empregada ... Irmã Débora
  • 1991 - O Corpo ... Beatriz (Bia)
  • 1998 - Como Ser Solteiro ... Delegada
  • 2006 - A Era do Gelo 2 ... Ellie (Voz)
  • 2009 - A Era do Gelo 3 ... Ellie (Voz)

Teatro
  • 1978 - A Ópera do Malandro
  • 1992 - Como Encher um Biquíni Selvagem
  • 2003 - Pequeno Dicionário Amoroso
  • 2004 - Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois
  • 2008 - No Natal a Gente Vem Te Buscar
  • 2010 - Mais Respeito Que Sou Tua Mãe!

Prêmios

  • 1991 - Festival de Cinema de Brasília - Melhor Atriz: "O Corpo"
  • 1991 - Prêmio APCA de Televisão - Melhor Atriz Comediante: "Escolinha do Professor Raimundo"

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ClaudiaJimenez

Arnaldo Jabor

ARNALDO JABOR
(81 anos)
Cineasta, Roteirista, Diretor de Cinema e Televisão, Produtor Cinematográfico, Dramaturgo, Crítico, Jornalista e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/12/1940)
┼ São Paulo, SP (15/02/2022)

Arnaldo Jabor foi um cineasta, roteirista, diretor de cinema e televisão, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/12/1940.

Filho de Salomão Jabor Sobrinho, um oficial da Aeronáutica, e Diva Hess, uma dona de casa, Arnaldo Jabor nasceu numa família de classe média. Seu pai descendia por linha paterna de libaneses, mas sua ascendência era bastante diversa, com ancestrais portugueses e alemães.

Era ligado por parentesco de afinidade ao crítico literário Agrippino Grieco, cujo filho primogênito Donatello era casado com sua tia paterna, Diva Jabor.

Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário "Opinião Pública" (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuraram caminhos metafóricos, alegóricos, para driblar a ação do Governo e poder expor suas propostas e Arnaldo Jabor fez o mesmo com "Pindorama" (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometeram a qualidade da obra, como o próprio Arnaldo Jabor admitiria mais tarde.


Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: "Toda Nudez Será Castigada" (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).

O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson Rodrigues, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: "O Casamento" (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com "Tudo Bem" (1978), iniciou a chamada "Trilogia do Apartamento". Talvez seu filme mais célebre, investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros atores, grandes desempenhos.

A película seguinte se dedicou mais a uma análise intimista e sexual: "Eu Te Amo" (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.

O próximo filme, "Eu Sei Que Vou Te Amar" (1986), com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com "Eu Te Amo". Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.


No início da década de 1990, com o fim do fomento estatal para a produção cinematográfica nacional no Governo de Fernando Collor, Arnaldo Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde foi para a TV Globo, atuando como colunista em vários telejornais da casa, como Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também na Rádio CBN, levando para televisão e rádio o estilo irônico com que comentava os fatos da atualidade brasileira.

Seus dois últimos livros "Amor é Prosa, Sexo é Poesia" (Editora Objetiva, 2004) e "Pornopolítica" (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.

Abordando os mais variados temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito, suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.

Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 03/11/2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto, reclamando que a era digital não era para ele. E no jornal O Sul, escreveu na sua coluna "A Paranoia Está Batendo", em 05/10/2011, que iPhones e outros aparelhos modernos lhe deixam com sentimento de solidão, por escrever para uma pessoa e nem saber onde ela está.

Morte

Arnaldo Jabor faleceu na terça-feira, 15/02/2022, aos de 81 anos, em São Paulo, SP. Ele estava internado desde 16/12/2021 no Hospital Sírio-Libanês. Arnaldo Jabor sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não se recuperou.

Filmografia

  • 1965 - O Circo (Curta-metragem)
  • 1967 - A Opinião Pública
  • 1970 - Pindorama
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1975 - O Casamento
  • 1978 - Tudo Bem
  • 1980 - Eu Te Amo
  • 1986 - Eu Sei Que Vou Te Amar
  • 1990 - Carnaval (Curta-metragem)
  • 2010 - A Suprema Felicidade

Prêmios e Nomeações

  • Ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por "O Casamento" (1975)
  • Ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por "Tudo Bem" (1978)

Livros

  • 1993 - Os Canibais Estão na Sala de Jantar (Editora Siciliano)
  • 1997 - Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva)
  • 2001 - A Invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva)
  • 2004 - Amor é Prosa, Sexo é Poesia (Editora Objetiva)
  • 2006 - Pornopolítica (Editora Objetiva)
  • 2007 - Eu Sei Que Vou Te Amar (Editora Objetiva)
  • 2009 - Amigos Ouvintes (Editora Globo)
  • 2014 - O Malabarista - Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor (Editora Objetiva)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ArnaldoJabor

Paulo José

PAULO JOSÉ GÓMEZ DE SOUSA
(84 anos)
Ator, Roteirista e Diretor

☼ Lavras do Sul, RS (20/03/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/2021)

Paulo José Gómez de Sousa foi um ator, roteirista e diretor, nascido em Lavras do Sul, RS, no dia 20/03/1937.

Paulo José iniciou a carreira artística em 1966 no filme "O Padre e a Moça" (1966), no papel do padre. Posteriormente foi protagonista de várias comédias no cinema, como "Todas as Mulheres do Mundo" (1966), "Edu, Coração de Ouro" (1968) e "O Rei da Noite" (1975), obras que lhe consolidaram como Melhor Ator pelo Festival de Brasília.

Na televisão, Paulo José estreou em 1969 como Zé Mário na telenovela "Véu de Noiva" (1969), mas a consagração viria dois anos depois, ao interpretar o personagem Samuca na telenovela "Assim na Terra Como no Céu" (1970).

Em 1972 destacou-se ao lado de Flavio Migliaccio na telenovela "O Primeiro Amor" (1972), com quem depois formaria a dupla cômica Shazan e Xerife.

Paulo José começou a fazer teatro em 1955, em Porto Alegre, onde ajudou a criar o Teatro de Equipe, com Paulo César Pereio, Lilian Lemmertz, Ítala NandiFernando Peixoto, entre outros.

Em 1954, atuou na sua primeira peça, "O Muro", de Jean Paul Sartre/Lineu Dias. Entre inúmeros trabalhos no teatro, destacam-se "Os Fuzis da Senhora Carrar", de Brecht, "A Mandrágora", de Maquiavel, "O Filho do Cão", de Gianfrancesco Guarnieri, no qual foi também diretor, e "Tartufo", de Molière.

Paulo José dirigiu e atuou na montagem carioca de "Arena Conta Zumbi" (1965). Esteve durante algum tempo afastado dos palcos, tendo regressado em outubro de 2009 para participar de "Um Navio no Espaço ou Ana Cristina Cesar".

Em São Paulo, Paulo José formou, junto com Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Juca de Oliveira, Paulo Cotrim e Flávio Império, o grupo que adquiriu o Teatro de Arena, criado por José Renato em 1962.

Paulo José, Isabela Garcia e Flávio Migliaccio
Carreira na Televisão

Paulo José iniciou sua trajetória em 1969 na telenovela "Véu de Noiva" (1969), como Zé Mário. Nos dois anos seguintes deu vida aos personagens Samuca e André, em "Assim na Terra Como no Céu" (1970) e "O Homem Que Deve Morrer" (1971), respectivamente.

Deu vida ao personagem Shazan, em "O Primeiro Amor" (1972) e no seriado "Shazan, Xerife e Cia." (1972). Posteriormente concluiu o decênio participando das obras "Supermanoela" (1974), como Marcelo e "O Casarão" (1976), como Jarbas Martins.

Em 1985 retornou à televisão para viver Alvarino na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985) e como pai da Zelda em "Armação Ilimitada" (1985).

Em 1986, deu vida ao empresário Celso Rezende, em "Roda de Fogo" (1986).

Em 1988 participou das obras "Olho Por Olho" (1988) e "Vida Nova" (1988), interpretando Marcelo Fernandes e o italiano Francesco, respectivamente.

Paulo José encerrou a década na pele do cineasta Gregório, em "Sampa" (1989) e Gladstone em "Tieta" (1989).

No início da década de 1990 participou do seriado "Delegacia de Mulheres" (1990), como o Drº Dario Gentil e na telenovela "Araponga" (1990) como o astrônomo Érico Saldanha, além de viver Ivan em "Vamp" (1991).

Paulo José, Renata Sorrah e Armando Bógus (1976)
Entre 1992 e 1993, foi diretor do programa "Você Decide", nos episódios "Em Nome do Filho", "A Outra", "O Desaparecido", "Mal Secreto", "Palavras de Amor" e "Isca de Polícia".

Paulo José esteve no elenco de "O Mapa da Mina" (1993), como Ivo Simeone e participou de "Olho no Olho" (1993).

Em 1994 foi Pedro na minissérie "A Madona de Cedro" (1994) e foi diretor do episódio "A Dívida", em "Você Decide".

Em 1995 viveu o ascensorista em "Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados" (1995), Claudionor, em "Decadência" (1995) e Jairo, em "Explode Coração" (1995).

Em 1997, fez uma participação especial em "A Justiceira" (1997), no episódio "Filha Única" e interpretou Orestes na telenovela "Por Amor" (1997).

Em 1998 foi Shazan em "Era Uma Vez..." (1998) e o empresário Otacílio Martins Fraga, na minissérie "Labirinto" (1998).

Paulo José fechou a década interpretando o inspetor de polícia Monteiro, em "Luna Caliente" (1999).

No início da década de 2000 interpretou o padre Simão na minissérie "A Muralha" (2000), foi Alceu na telenovela "Um Anjo Caiu do Céu" (2001), além de participar do elenco de "Agora é Que São Elas" (2003) como o Drº Benigno, e fazer uma aparição em "Celebridade" (2003).

Paulo José, Leandra Leal e Eliane Giardini.
Em 2004 esteve em "Senhora do Destino" (2004), como Artur Fonseca. Narrou passagens do primeiro capítulo de "Como Uma Onda" (2004), além de atuar em "Um Só Coração" (2004), como o Drº Varela e na minissérie "O Pequeno Alquimista" (2004) viveu Zaratustra.

Em 2006 viveu Augusto Elias na minissérie "JK" (2006).

Em 2008, participou da série "Casos e Acasos" (2008), no episódio "A Vaga, a Entrevista e o Cachorro Quente", como Álvaro. Encarnou o Vigário da Paróquia em "Capitu" (2008) e esteve na telenovela "Ciranda de Pedra" (2008), como Quincas.

Paulo José encerrou a década como o Profeta Gentileza, em "Caminho das Índias" (2009).

Em 2010 interpretou José Pedro, no seriado "Na Forma da Lei" (2010).

Em 2011 deu vida a Plínio na telenovela "Morde & Assopra" (2011).

Em 2012 participou da série "As Brasileiras" (2012), como Rômulo no episódio "Maria do Brasil".

Seu último papel foi na novela "Em Família" (2014), de Manoel Carlos. Na obra, ele interpretou Benjamin, um personagem que, assim como na vida real de Paulo José, sofria com o Mal de Parkinson, e ia morar com a família depois de anos sem ver o filho Virgílio, papel de Humberto Martins.

Carreira no Cinema

Paulo José estreou no cinema em 1966, interpretando o Padre em "O Padre e a Moça" (1966), sendo eleito Melhor Ator pelo Prêmio Saci. No mesmo ano destacou-se como Paulo, em "Todas as Mulheres do Mundo" (1966), sendo eleito Melhor Ator em três premiações: Festival de Brasília, Prêmio INC e Prêmio Air France.

Em 1967, interpretou Bernardo, em "Bebel, Garota Propaganda" (1967) e Edu, em "Edu, Coração de Ouro" (1967), papel que o consagrou como Melhor Ator, novamente, no Festival de Brasília.

Em 1968 esteve em cinco longas: "A Vida Provisória" (1968), como Estêvão, "As Amorosas" (1968), como Marcelo, "Como Vai, Vai Bem?" (1968), interpretando os personagens Astolfo Torcedor, Voyeurista, Padrasto, Delegado, Padre Bentinho e Travesti, "O Homem Nu" (1968), como Silvio Proença e em "Os Marginais" (1968).

Paulo José concluiu a década no filme "Macunaíma" (1969) como Macunaíma branco e Mãe, premiado como Melhor Ator no Festival de Manaus.

Em 1971 interpretou Heitor no filme "A Culpa" (1971) e Gaudêncio em "Gaudêncio, o Centauro dos Pampas" (1971).

Em 1972 deu vida ao personagem Cassy Jones, em "Cassy Jones, o Magnífico Sedutor" (1972) e esteve no elenco de "Humor Amargo".


Em 1975 viveu Tertuliano em "O Rei da Noite" (1975), personagem que lhe premiou como Melhor Ator no Festival de Brasília pela terceira vez na carreira.

Após ausência no cinema por seis anos, voltou como Padre Bastos em "Eles Não Usam Black-Tie" (1981) e participou da obra "O Homem do Pau-Brasil" (1982).

Em 1983 foi Evandro em "A Difícil Viagem" (1983), papel que lhe rendeu o prêmio de Melhor Intérprete, pelo Festival do Rio de Janeiro.

Em 1988 fez uma participação especial como Augusto em "O Mentiroso" (1988).

Paulo José concluiu o decênio participando de dois longas, "Dias Melhores Virão" (1989) como Pompeu e "Faca de Dois Gumes" (1989) como Jorge Bragança, e no curta "Ilha das Flores" (1989), responsável pela voz da narração.

No início da década de 1990, Paulo José, participou dos curta-metragens "Os Moradores da Rua Humboldt" (1991) e três anos mais tarde foi o narrador de "Amor!" (1994).

Em 1997 esteve no longa-metragem "Anahy de las Misiones" (1997), como Joca Ramires e foi o narrador em "O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes" (1997).

Paulo José deu vida aos personagens Policarpo e Tio Manántonio, em "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (1998) e "Outras Estórias" (1998), respectivamente.

Em 2001, Paulo José esteve em "Dias de Nietzsche em Turim" (2001) e "Poeta de Sete Faces" (2001).


Em 2002, Paulo José atuou em "Morte" (2002), "O Casal dos Olhos Doces (2002) e "Oswaldo Cruz na Amazônia" (2002), como narrador.

Em 2003 participou dos longas-metragens "Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria" (2003) e "O Homem que Copiava" (2003).

Em 2004 interpretou o personagem principal de "Benjamim" (2004), foi narrador em "Como Fazer um Filme de Amor" (2004), encarnou o Drº Espanhol em "O Vestido" (2004), esteve no documentário "Person" (2004), narrou o filme "500 Almas" (2004).

Paulo José deu vida a Otaviano em "Saneamento Básico, o Filme" (2007), foi Papai Noel em "Pequenas Histórias" (2007).

Paulo José concluiu a década atuando no cinema por mais três vezes atuando como padre em "A Festa da Menina Morta" (2008), o judeu David em "Juventude" (2008) e participou do filme "Insolação" (2009).

Em 2010 fez o papel principal em "Quincas Berro d'Água" (2010).

Paulo José deu vida a Armando em "Meu País" (2011) e viveu Valdemar em "O Palhaço" (2011). Posteriormente esteve no elenco de "Rânia" (2011) e "Luz, Anima, Ação" (2013) concluindo a década no documentário "Todos os Paulos do Mundo" (2018), em homenagem a ele mesmo.

Paulo José e Filhas
Vida Pessoal

Paulo José foi casado com Dina Sfat, com quem teve três filhas, as atrizes Bel Kutner, Ana Kutner e Clara Kutner. Com a atriz Beth Caruso, com quem teve um filho, Paulo Caruso, e com Zezé Polessa. Paulo José viveu com Carla Camurati entre 1983 e 1986.

Morte

Paulo José foi diagnosticado com Mal de Parkinson em 1992, doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central e não tem cura.

Paulo José faleceu na noite de quarta-feira, 11/08/2021, aos 84 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro há 20 dias e faleceu em decorrência de uma pneumonia.

Filmografia

Televisão
  • 1969 - Véu de Noiva ... José Mário (Zé Mário)
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Samuca
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... André Vila Verde
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Shazan
  • 1972 - Shazan, Xerife & Cia. ... Shazan
  • 1974 - Super Manoela ... Marcelo
  • 1975 - Gabriela ...  Alceu
  • 1976 - O Casarão ... Jarbas Martins
  • 1985 - O Tempo e o Vento ... Alvarino
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Pai de Zelda
  • 1986 - Roda de Fogo ... Celso Rezende (Episódio: "24-26 de Agosto")
  • 1988 - Olho Por Olho ... Marcelo Fernandes
  • 1988 - Vida Nova ... Francesco
  • 1989 - Sampa ... Gregório
  • 1989 - Tieta ... Gladstone
  • 1990 - Delegacia de Mulheres ... Drº Dario Gentil
  • 1990 - Araponga ... Érico Saldanha
  • 1991 - Vamp ... Ivan
  • 1992 - Você Decide ... (Episódio: "O Desaparecido")
  • 1992 - Você Decide ... Tony (Episódio: "Mal Secreto")
  • 1992 - Você Decide ... (Episódio: "Palavras de Amor")
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Ivo Simeone
  • 1993 - Você Decide ... (Episódio: "Isca de Polícia")
  • 1993 - Olho no Olho ... Menelau Zapata
  • 1994 - A Madona de Cedro ... Pedro
  • 1994 - Você Decide ... Dino Savazzi (Episódio: "A Dívida")
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados ... Ascensorista
  • 1995 - Decadência ... Cego
  • 1995 - Explode Coração ... Jairo
  • 1997 - A Justiceira ... Varela (Episódio: "Filha Única")
  • 1997 - Por Amor ... Orestes Greco
  • 1998 - Era Uma Vez... ... Shazan
  • 1998 - Labirinto ... Otacílio Martins Fraga
  • 1999 - Luna Caliente ... Monteiro
  • 2000 - A Muralha ... Padre Simão
  • 2001 - Um Anjo Caiu do Céu ... Alceu
  • 2003 - Agora é Que São Elas ... Drº Benigno
  • 2003 - Celebridade ... Ele mesmo (Episódio: "29/12")
  • 2004 - Senhora do Destino ... Drº Arthur Fonseca (Episódios: "29/09 - 09/10")
  • 2004 - Como Uma Onda ... Narrador do Primeiro Capítulo (Episódio: "22/11")
  • 2004 - Um Só Coração ... Drº Varela
  • 2004 - O Pequeno Alquimista ... Zaratustra
  • 2006 - JK ... Augusto Elias
  • 2008 - Casos e Acasos ... Fúlvio (Episódio: "A Vaga, a Entrevista e o Cachorro Quente")
  • 2008 - Capitu ... Vigário da Paróquia
  • 2008 - Ciranda de Pedra ... Quincas (Episódios: "18/09 e 03/10")
  • 2009 - Caminho das Índias ... Profeta Gentileza
  • 2010 - Na Forma da Lei ... José Pedro
  • 2011 - Morde & Assopra ... Plínio Alves Junqueira
  • 2012 - As Brasileiras ... Rômulo (Episódio: "Maria do Brasil")
  • 2014 - Em Família ... Benjamin Machado

Cinema
  • 1966 - O Padre e a Moça ... Padre
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo ... Paulo
  • 1967 - Bebel, Garota Propaganda ... Bernardo
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro ... Edu
  • 1968 - A Vida Provisória ... Estevão
  • 1968 - As Amorosas ... Marcelo
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem? ... Astolfo / Padre Bentinho
  • 1968 - O Homem Nu ... Sílvio Proença
  • 1968 - Os Marginais ... Guilherme
  • 1969 - Macunaíma ... Macunaíma Branco / Mãe do Macunaíma
  • 1971 - A Culpa ... Heitor
  • 1971 - Gaudêncio, o Centauro dos Pampas ... Gaudêncio
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor ... Cassy Jones
  • 1973 - Humor Amargo ... Amigo
  • 1975 - O Rei da Noite ... Tezinho
  • 1981 - Eles não Usam Black-Tie ... Padre Bastos
  • 1981 - O Homem do Pau-Brasil ... Mensageiro do Navio
  • 1983 - A Difícil Viagem ... Evandro
  • 1988 - O Mentiroso ... Augusto
  • 1989 - Dias Melhores Virão ... Pompeu
  • 1989 - Faca de Dois Gumes ... Jorge Bragança
  • 1989 - Ilha das Flores ... Narrador
  • 1991 - Moradores da Rua Humboldt
  • 1994 - Amor! ... Narrador
  • 1997 - Anahy de las Misiones ... Joca Ramírez
  • 1997 - O Velho - A História de Luís Carlos Prestes ... Narrador
  • 1998 - Policarpo Quaresma, Herói do Brasil ... Policarpo
  • 1999 - Outras Estórias ... Tio Manantonio
  • 2002 - Dias de Nietzsche em Turim
  • 2002 - Morte ... Ele
  • 2002 - O Casal dos Olhos Doces ... Homem no Bar
  • 2002 - Oswaldo Cruz na Amazônia ... Narrador
  • 2002 - Poeta de Sete Faces
  • 2003 - Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria
  • 2003 - O Homem Que Copiava ... Paulo
  • 2004 - Benjamim ... Benjamim
  • 2004 - Como Fazer um Filme de Amor ... Narrador
  • 2004 - O Vestido ... Drº Espanhol
  • 2004 - Person ... Ele Mesmo
  • 2005 - 500 Almas ... Narrador
  • 2006 - Saneamento Básico, o Filme ... Otaviano Marghera
  • 2007 - Insolação ... Narrador
  • 2008 - A Festa da Menina Morta ... Padre
  • 2008 - Juventude ... Davi Weissman
  • 2008 - Pequenas Histórias ... Arlindo
  • 2010 - Quincas Berro D'Água ... Quincas Berro D'Água
  • 2011 - Meu País ... Armando
  • 2011 - O Palhaço ... Valdemar / Puro Sangue
  • 2013 - Rânia
  • 2013 - Luz, Anima, Ação ... Ele Mesmo
  • 2018 - Todos os Paulos do Mundo ... Ele Mesmo

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PauloJose

Paulo Gustavo

PAULO GUSTAVO AMARAL MONTEIRO DE BARROS
(42 anos)
Ator, Humorista, Diretor, Roteirista e Apresentador

☼ Niterói, RJ (30/10/1978)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/2021)

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros foi um ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador nascido em Niterói, RJ, no dia 30/10/1978.

Nascido e criado em uma família de classe média da cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Paulo Gustavo estudou no tradicional Colégio Salesiano durante o ensino fundamental.

Assumidamente homossexual desde sua adolescência, casou-se em 20/12/2015 com o dermatologista Thales Bretas.

No dia 13/10/2017, Paulo Gustavo anunciou em seu Instagram que ele e seu marido iriam ser pais de um casal de gêmeos, chamados Gael e Flora, através de uma barriga de aluguel. Mas os bebês morreram em um aborto espontâneo. Pensaram em desistir da paternidade, mas procuraram outra barriga de aluguel, e em 18/08/2019, em uma postagem em seu Instagram, ele anunciou o nascimento dos filhos do casal, chamados Romeu e Gael, de barrigas de aluguel diferentes.

Carreira

Paulo Gustavo ficou conhecido pelo monólogo "Minha Mãe é Uma Peça", o qual, em 2013, virou um longa-metragem e o filme mais assistido daquele ano no Brasil e, em 2015, foi publicado como um livro pela editora Objetiva. Devido ao enorme sucesso de crítica e público, em 2016, foi lançado "Minha Mãe é Uma Peça 2", e, em 2019, "Minha Mãe é Uma Peça 3".

Indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator, Paulo Gustavo formou-se na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) no início de 2005,  junto com Fábio Porchat, Marcus Majella, entre outros.

Paulo Gustavo ganhou visibilidade no final de 2004, quando integrou o elenco da peça "Surto". Na ocasião, apresentou a personagem humorística Dona Hermínia. Após sua formatura, em janeiro de 2005, deixou o elenco de "Surto" e passou a integrar a peça "Infraturas". Nesse período, também começou a fazer pequenas participações na televisão, como na novela "Prova de Amor" (2005), da TV Record, e na série "A Diarista", da TV Globo.


Em 2006 estreou o espetáculo "Minha Mãe é Uma Peça", que ganhou uma adaptação para o cinema em 2013 e uma continuação em 2016. No monólogo, com texto de sua autoria, Paulo Gustavo voltou a interpretar Dona Hermínia. Construída através de suas observações domésticas e vivenciais, ela reúne os aspectos mais cômicos da personalidade de uma típica dona de casa de meia idade, sempre à beira de um ataque de nervos. Sua atuação lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell de melhor ator.

Paulo Gustavo voltou a protagonizar um título novamente nos palcos em 2010, para apresentar o espetáculo "Hiperativo", dirigido por Fernando Caruso.

Em 2011, tornou-se o apresentador do "220 Volts".


Em junho de 2013, estreou na produção para televisão o Situation Comedy "Vai Que Cola", no Multishow, que ganhou uma adaptação para o cinema em 2015.

Em 2014, Paulo Gustavo esteve em um novo programa, o reality "Paulo Gustavo Na Estrada", do Multishow.

Em 2017, deixou o "Vai Que Cola" e entrou no programa "A Vila", junto com Katiuscia Canoro, com o roteiro de Leandro Soares.

Em 2018, gravou o DVD da peça "Minha Mãe é Uma Peça" na Concha Acústica do Teatro Castro Alves na cidade de Salvador.

Doença e Morte

Em 13/03/2021, Paulo Gustavo foi internado com diagnóstico de Covid-19. No dia 02/04/2021, apresentou piora do quadro clínico e foi introduzido à terapia de oxigenação por membrana extracorporal, uma espécie de pulmão artificial, aparelho que efetua a absorção do oxigênio quando o órgão apresenta comprometimento severo.

No dia 03/05/2021, mesmo após melhoras nos dias anteriores, Paulo Gustavo sofreu uma embolia pulmonar, o que causou uma piora significativa em seu estado de saúde. O boletim médico divulgado naquele dia dizia: "Infelizmente, a situação clínica atual é instável e de extrema gravidade".

Na tarde do dia seguinte, 04/05/2021, foi divulgado um boletim médico dizendo que o quadro clínico de Paulo Gustavo era irreversível, mas ele ainda mantinha sinais vitais.

Paulo Gustavo faleceu às 21h12 de terça-feira, 04/05/2021, aos 42 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima da Covid-19

Carreira

Televisão
  • 2006 - Prova de Amor ... Folião (Episódio: "24 de Outubro")
  • 2006 - Minha Nada Mole Vida ... Bob Calheiros (Episódio: "A Chave Mestra")
  • 2006 - A Diarista ... Comissário Francis (Episódio: "Aquele do Avião")
  • 2007 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Delegado Lupicínio
  • 2008 - Faça Sua História ... Passageiro (Episódio: "Sob as Ordens de Mamãe")
  • 2008 - Casos e Acasos ... Vitor / John (Episódio: "O Beijo, a Foto e o Empréstimo")
  • 2008 - Casos e Acasos ... Vitor / John (Episódio: "Ele é Ela, Ela é Ele e Ela ou Eu")
  • 2011 - Divã ... Renée
  • 2011 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2012 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2012 - O Fantástico Mundo de Gregório ... Ele mesmo (Episódio: "Gregório Parecido Com Marlon Brando?")
  • 2012 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2013 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2013 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2013 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2014 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2014 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2014 - Paulo Gustavo na Estrada ... Apresentador
  • 2015 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2015 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2015 - Ferdinando Show ... Bicha Bichérrima (Episódio: "10 de Agosto")
  • 2016 - 220 Volts ... Ele mesmo / Vários personagens
  • 2016 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2017 - Vai Que Cola ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2017 - A Vila ... Rique
  • 2018 - A Vila ... Rique
  • 2019 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2019 - Vai Que Cola ... Iraci lacerda Pinto (Angel)
  • 2019 - A Vila ... Rique
  • 2020 - Prêmio Multishow de Música Brasileira ... Apresentador
  • 2020 - Vai Que Cola ... Iraci lacerda Pinto (Angel)
  • 2020 - A Vila ... Rique
  • 2020 - 220 Volts - Especial de Natal ... Vários Personagens
  • 2021 - A Vila ... Rique

Cinema
  • 2008 - A Guerra dos Rocha ... Atendente do IML
  • 2009 - Divã ... Renée Gama
  • 2009 - Xuxa em O Mistério de Feiurinha ... Caio Lacaio
  • 2013 - Minha Mãe é Uma Peça: O Filme ... Dona Hermínia Amaral
  • 2014 - Os Homens São de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou ... Aníbal
  • 2015 - Vai Que Cola - O Filme ... Valdomiro Lacerda Pinto (Valdo)
  • 2016 - Minha Mãe é Uma Peça 2 ... Dona Hermínia Amaral
  • 2017 - Fala Sério, Mãe! ... Ele mesmo
  • 2018 - Minha Vida em Marte ... Aníbal
  • 2019 - Minha Mãe é Uma Peça 3 ... Dona Hermínia Amaral
  • 2020 - 220 Volts - O Filme ... Vários personagens
  • 2020 - Agente Especial

Vídeos Musicais
  • 2014 - Ana Carolina ... "Pole Dance"
  • 2015 - Paulo Gustavo ... "Bitch I'm Madonna" (Paródia promocional para o espetáculo 220 Volts)

Web
  • 2015 - Juninho Play e Família ... Dete (Voz)

Teatro
  • 2004 - Surto
  • 2005 - Surto
  • 2005 - Infraturas
  • 2006 - Infraturas
  • 2006 - João Ternura
  • 2006-2021 - Minha Mãe é Uma Peça ... Dona Hermínia
  • 2010-2016 - Hiperativo ... Ele mesmo
  • 2014-2016 - 220 Volts ... Vários personagens

Bibliografia
  • 2015 - Minha Mãe é Uma Peça (Com histórias inéditas de Dona Hermínia)

Prêmios e Indicações

  • 2006 - Prêmio Shell de Melhor Ator ... Minha Mãe é Uma Peça (Indicado)
  • 2007 - Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator Teatral Comédia (Indicado)
  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão de Melhor Ator Revelação ... Divã (Indicado)
  • 2013 - Prêmio Quem de Cinema de Melhor Ator ... Minha Mãe é Uma Peça: O Filme (Indicado)
  • 2013 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito (Indicado)
  • 2014 - Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Roteiro Adaptado (Indicado)
  • 2014 - Meus Prêmios Nick Ator Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2014 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2015 - Meus Prêmios Nick Ator Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2015 - Meus Prêmios Nick Humorista Favorito ... Vai Que Cola (Indicado)
  • 2017 - Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Roteiro Adaptado ... Minha Mãe é Uma Peça 2 (Venceu)
  • 2017 - Prêmio Jovem Brasileiro de Melhor Humorista Jovem (Indicado)
  • 2018 - 12° Prêmio Fiesp/Sesi-SP de Cinema e TV de Melhor Ator (Indicado)
Fonte: Wikipédia
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Zé do Caixão

JOSÉ MOJICA MARINS
(83 anos)
Ator, Cineasta e Roteirista de Cinema e Televisão

☼ São Paulo, SP (13/03/1936)
┼ São Paulo, SP (19/02/2020)

José Mojica Marins foi um cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão, mais conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso, nascido em São Paulo, SP, no dia 13/03/1936. É considerado o "Pai do Terror Nacional", tendo sua obra grande importância para o gênero, influenciando várias gerações.

Nascido em uma fazenda pertencente à fábrica de cigarros Caruso, na Vila Mariana, em São Paulo, era filho dos artistas circenses Antônio André e Carmen Marins, primo de Fernando Marins, e neto do espanhol José Marins que chegou ao Brasil em 1904. Seu tio, Miguel, também filho de José Marins, foi toureiro enquanto o avô, José Marins, fazia performance de toureiro vestido de palhaço no picadeiro.

José Mojica Marins ainda criança, passava horas lendo gibis, assistindo a filmes na sala de projeção do cinema em que seu pai trabalhava, brincava de teatro de bonecos e montava peças com fantasias feitas de papelão e tecido.

Quando tinha 3 anos, a família de José Mojica veio a se mudar para os fundos de um cinema na Vila Anastácio. Seu pai passou a ser gerente do cinema.

Depois que ganhou uma Câmera V-8, aos 12 anos, não mais parou de fazer cinema. Essa era a sua vida. Muitos de seus filmes artesanais feitos nessa época eram exibidos em cidades pequenas, cobrindo assim os custos de produção.

Autodidata, montou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos e quando tinha 17 anos, depois de vários filmes amadores, fundou com ajuda de amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas. Especializado em terror escatológico, criou uma escola de atores em 1956, onde na década seguinte, em 1964, montaria uma sinagoga, no bairro do Brás, onde fazia experiências com atores amadores, usando insetos para medir sua coragem.


Embora José Mojica tenha sido conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada, no Brasil, durante aquela época.

José Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. José Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.

Em todos seus filmes, com exceção de "Encarnação do Demônio" (2008), José Mojica foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: Nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho.

Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. José Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: A voz de Laercio Laurelli.

Laercio Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964), "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967) e "O Estranho Mundo de Zé do Caixão" (1968). Enquanto "O Ritual dos Sádicos" (1970), "Finis Hominis" (1971), "Quando os Deuses Adormecem" (1972), foram dublados por Araken Saldanha, na AIC. Já "Exorcismo Negro" (1974) e "Delírios de um Anormal" (1978) tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.

Anos 1950

Depois da fundação de sua escola, a carreira profissional de José Mojica Marins passou a ficar cada vez mais mais próxima. José Mojica tentou realizar o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) por três vezes e o filme acabou como inacabado. Semiprofissional, o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) é experimental no sentido mais genuíno e revela os primeiros passos de José Mojica na arte do cinema.

Em 1958, veio a ser concluído "A Sina do Aventureiro", em lente 75 mm, com apenas duas pessoas que não eram da escola de atores de José Mojica, mas que depois vieram a ter aulas, Ruth FerreiraShirley Alvez. "A Sina do Aventureiro" (1958) é um faroeste caboclo (ou western feijoada, na definição do pesquisador Rodrigo Pereira), vertente prolífica, mas desprezada pela historiografia clássica do cinema brasileiro. Insere-se, portanto, na tradição mais ampla dos filmes rurais de aventura, território que compreende nomes tão heterogêneos quanto significativos como E. C. Kerrigan, Amilar Alves, Luiz de Barros, Humberto Mauro, Eurides Ramos, Antoninho Hossri, Victor Lima Barreto, Carlos Coimbra, Wilson Silva, Osvaldo de Oliveira, Reynaldo Paes de Barros, Edward Freund, Ozualdo Candeias, Tony Vieira e Rubens Prado.

Para lançar o filme "A Sina do Aventureiro" (1958), José Mojica Marins contou com a ajuda dos irmãos Valancy, que eram proprietários do Cine Coral, em São Paulo, aonde o filme permaneceu em cartaz por muito tempo. O realizador do filme, Mojica Marins explicou, posteriormente, como foi o sucesso do filme:
"Para fazer sucesso, eu usei um estratagema, porque já era difícil você entrar uma semana, e ficar três semanas em cartaz num cinema era mais difícil ainda. O que eu fiz? Eu pegava os meus alunos, numa época em que os cinemas tinham fila, e dividia um grupo de alunos numa fila, outro grupo em outra e mais outra. Todos eram atores, né? Então ficavam todos no meio da fila e diziam: 'Pô, a gente perdendo tempo nessa fila, passando uma fita tão boa no Cine Coral!'. Com isso, eles saíam de lá e levavam o pessoal da fila. E ia todo mundo para o Cine Coral. A fita foi muito bem nas capitais. Estourou em Salvador, em Porto Alegre. Porque ela tem uma miscelânea de Nordeste, de roupa nordestina com roupa gaúcha, com roupa americana. Eu misturo tudo, tem uma miscelânea. No final, tem uma curiosidade: a fita realmente agradou, só não agradou aos padres. Aí eu tive uma desavença com os padres que me acompanharia a vida toda!"
(José Mojica Marins)


Depois de aceitar a proposta de Augusto de Cervantes, de fazer um filme que agradasse aos padres, José Mojica criou a história de "Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) e procurou Ozualdo Candeias para fazer o roteiro - que não foi creditado.

As tragédias familiares são apresentadas pelo cineasta com requintes de maldade, temperados por aquele neo-realismo involuntário das produções sem dinheiro. A direção de José Mojica deixou o filme ainda mais cru e violento.

O filme conta o drama de cinco crianças pobres que vivem infelizes com suas respectivas famílias. Cansados de abuso e desprezo, os amigos fogem de casa e saem pelas estradas, acompanhados do violão e da cantoria de Carlito (vivido por Franquito), o mais velho deles. O jovem Franquito, o "garoto da voz de ouro", foi uma aposta para embarcar no estrondoso sucesso de Pablito Calvo, astro-mirim de "Marcelino, Pão e Vinho" (1955).

José Mojica compôs três das dez canções interpretadas por Franquito"Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) foi realizado com o dinheiro da venda dos Long Plays de Franquito, hoje uma raridade por ser um dos primeiros filmes a ter disco com todas as músicas lançado pela gravadora Copacabana. O filme, apesar de ter agradado os padres, não teve repercussão nenhum e acabou esquecido.

Algum tempo depois, o produtor Nelson Teixeira Mendes contratou José Mojica para ser ator no "O Diabo de Vila Velha" (1966), um bang-bang. Como condição, José Mojica pediu para poder levar o pai, que estava muito doente, para o Paraná, onde o filme ia ser feito. Após muitas discussões com o diretor Ody Fraga, este veio a se afastar e José Mojica assumiu a direção filme, aonde demonstrou afinidade com o gênero faroeste, que já havia exercitado em "A Sina do Aventureiro" (1958) e ao qual voltaria em "D'Gajão Mata Para Vingar" (1971).

Anos 1960

José Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em nenhum mito do horror conhecido mundialmente. Zé do Caixão, seu personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11/10/1963, após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até seu próprio túmulo.

Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no planeta Terra, que se transformou em luz e, depois de anos esta luz voltou a Terra.

A primeira aparição do personagem foi no filme "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1963). Desde então, ele apareceu em diversos filmes, ganhou popularidade e tem sido retratado em diversas outras mídias.

Embora raramente mencionada nos filmes, o nome verdadeiro Zé do Caixão é Josefel Zanatas. José Mojica Marins dá uma explicação para o nome em uma entrevista para o Portal Brasileiro de Cinema:
"Eu fui achando um nome: Josefel - 'fel' por ser amargo - e achei também o Zanatas legal, porque de trás para frente dava Satanás!"
(José Mojica Marins)


Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os explora para atender seus objetivos. Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no diabo.

O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: Ele quer ser o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia de uma mulher perfeita não é exatamente físico, mas alguém que ele considera intelectualmente superior à média. E nessa busca ele está disposto a matar quem cruza seu caminho.

Quanto à concepção visual do Zé do Caixão, fica evidente a inspiração do personagem clássico Drácula, interpretado por Bela Lugosi na versão da década de 30, dos estúdios Universal. Entretanto, José Mojica acrescentou aos trajes negros e elegantes do personagem, características psicológicas profundas e enraizadas nas tradições brasileiras. Além disso, as unhas grandes foram claramente inspiradas no personagem-título de "Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens" (1922).

José Mojica Marins afirma que a idéia do personagem surgiu em um sonho:
"Certa noite, ao chegar em casa bem cansado, fui jantar. Em seguida, estava meio sonolento, entre dormindo e acordado, e foi aí que tudo aconteceu: vi num sonho um vulto me arrastando para um cemitério. Logo ele me deixou em frente a uma lápide, lá havia duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. As pessoas em casa ficaram bastante assustadas, chamaram até um pai-de-santo por achar que eu estava com o diabo no corpo. Acordei aos berros, e naquele momento decidi que faria um filme diferente de tudo que já havia realizado. Estava nascendo naquele momento o personagem que se tornaria uma lenda: Zé do Caixão. O personagem começava a tomar forma na minha mente e na minha vida. O cemitério me deu o nome; completavam a indumentária do Zé, a capa preta da macumba e a cartola, que era o símbolo de uma marca de cigarros clássicos. Ele seria um agente funerário!"
(José Mojica Marins)


Futuramente, José Mojica Marins definiria melhor a origem de seu personagem:

"Josefel Zanatas nasceu em berço de ouro, seus pais tinham uma rede de agências funerárias, fato que fez com que Josefel fosse uma criança muito sozinha, pois seus colegas os discriminaram por causa da profissão de seus pais.
Na escola era um ótimo aluno e, como não tinha amigos, fez dos livros seus grandes companheiros. Foi na escola que conheceu Sara, uma menina muito bonita e de boa família. Logo se tornaram grandes amigos, não se separavam por nada. Cresceram juntos e com o passar do tempo a amizade se transformou em amor. Decidiram que iriam se casar e mudar para uma cidade maior onde teriam mais chances de crescer na vida. Sara queria se casar fora do país, então tanto os pais de Sara quanto de Josefel resolveram viajar antes para começarem os preparativos para cerimônia.
Durante o voo, uma tragédia acontece: o avião com os pais de Sara e Josefel sofre um acidente e não há sobreviventes. Por causa do luto eles decidem adiar o casamento. Em decorrência da II Guerra Mundial, em agosto de 1943, cria-se a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Somente vinte e oito mil pessoas se alistaram, Josefel era um deles e em conversa com Sara decidem juntos que só casariam quando ele voltasse da guerra.
E assim, na noite de 30 de junho, Josefel parte para a Itália. Durante o tempo que ficou lá, Josefel sofreu muito, e as saudades de Sara foram aumentando depois que ele parou de receber cartas dela. Depois que Josefel partiu para a Guerra, Sara continuou cuidando da funerária. Sempre escrevia para ele, mas depois de muitas cartas sem resposta, acabou concluindo que ele deveria estar morto. Como a vida não estava fácil, Sara aceitou o convite que havia recebido do prefeito e se casou com ele.
No dia 18 de julho de 1945, Josefel desembarca na estação de sua cidade e percebe que a cidade está vazia e sua casa fechada. Desesperado para encontrar Sara, decide perguntar a um bêbado onde estavam todos. O bêbado informa que a cidade inteira estava na casa do prefeito, pois havia uma festa para comemorar a volta dos "Pracinhas". Chegando na festa ele encontra Sara sentada no colo do prefeito e, antes que ela pudesse se explicar, ele saca o revólver e mata os dois. Josefel não é condenado pelo crime pois foi alegado que ele estava traumatizado pela guerra. Para ele não importava ser preso ou não, ele havia perdido Sara e com ela perderia também o sentimento chamado amor.
Josefel, que até então era um homem doce e bondoso, se torna uma pessoa amarga e sem sentimentos. Passa então a aterrorizar os moradores da cidade e logo recebe o apelido de Zé do Caixão. Zé do Caixão é um homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça. Seu objetivo é encontrar uma mulher que compartilhe seus pensamentos e juntos tenham um filho, que possa dar continuidade à sua espécie, que ele acredita ser superior. Para Zé do Caixão, as crianças são os únicos seres puros, sem maldade no coração. Em busca pela mulher superior, ele passa por cima de todos aqueles que atrapalharem seus planos, não tem dó nem piedade e mata se for preciso!"
(José Mojica Marins)

À Meia Noite Levarei Sua Alma

Por falta de um ator, pois não havia nenhum que se submetesse à caracterização do personagem, o autor transformou-se em Zé do Caixão. José Mojica, na época, estava de barba, por causa de uma promessa de família. Com o tempo o nome do personagem passou a confundir-se com o do próprio autor e lhe trouxe praticamente toda sua fama. Com dificuldade, pois os atores não confiavam nem acreditam em Mojica, ele realizou as filmagens de "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964), com apenas atores de sua escola de teatro.

O filme marca a maturidade de José Mojica Marins como diretor, que se relaciona perfeitamente com o domínio da linguagem cinematográfica. Em "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964) há todo um requintado trabalho de construção de espaços diferenciados para Zé do Caixão, e esse é o modo como o filme logra distinguir este personagem dos outros.

Após a etapa de montagem com Luiz Elias, José Mojica Marins iria atrás do distribuidor da Bahia que havia levado "A Sina do Aventureiro" (1958), que estava em São Paulo e havia ido à Boca do Lixo.

Após assistir o filme montado, o distribuidor passou a divulgar o filme que já era tido como um grande sucesso. Na mesma época, José Mojica Marins relançou "A Sina do Aventureiro" (1958) e teve um retorno lucrativo grande.

Ele havia feito amizade como um cineasta cubano que realizava filmes pornográficos que pediu a José Mojica que acrescentasse mais dez minutos de cenas mais fortes, onde José Mojica colocou algumas cenas de nudez de algumas moças.

O filme foi vendido por cerca de 20% do que havia sido gasto.

Dificuldades, Auge, Decadência e Retorno

José Mojica Marins apresentou, na década de 1990, o programa "Cine Trash", que obteve alta audiência, e as apresentações macabras de Zé do Caixão se tornaram um marco na televisão, o programa foi exibido na TV Bandeirantes.

José Mojica teve seus títulos lançados na Europa e nos Estados Unidos, onde participou de mostras, festivais e recebeu prêmios. No Brasil, José Mojica não conseguiu o mesmo sucesso e reconhecimento. Existem poucos títulos de seus filmes disponíveis no mercado, o que tornou sua obra pouco conhecida. Sua participação na mídia se dá quase sempre de maneira cômica, fato que teve que abraçar por necessidades financeiras.

José Mojica Marins tinha um programa de entrevistas chamado "O Estranho Mundo de Zé do Caixão", no Canal Brasil. Zé do Caixão tem uma filha chamada Liz Vamp.

Em 2009 interpretou um personagem diferente no longa-metragem de "Cesar Nero", em vez de Zé do Caixão. O nome de seu personagem era Dark Morton, porém o visual do personagem era o mesmo de Zé do Caixão, com a tradicional cartola e capa preta.

No Carnaval carioca de 2011, José Mojica Marins foi homenageado e participou do desfile da Escola Unidos da Tijuca, vice-campeã.


Em 2012, prefaciou o livro "3355 Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer Como Nos Filmes de Terror", do escritor Gerson Couto.

Em 2013, apareceu na capa do disco "Expulsos do Purgatório", curiosamente ano 13, da lendária banda punk Excomungados e nos encartes, juntamente com os integrantes, sendo que o vocalista Pekinez Garcia, que toca nu inspirado no personagem principal do filme "Finis Hominis" (1971).

Em 2014, José Mojica Marins ficou por quase um mês internado no Incor, em São Paulo, onde passou por um cateterismo cardíaco planejado e desobstrução de uma artéria que estava com bloqueio. Na ocasião, ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento para desobstruir vasos entupidos, e colocou três stents, tubo inserido para normalizar a passagem de sangue dentro da artéria. Por conta disso, José Mojica Marins passou a fazer diálises (filtragem do sangue) três por semana.

Em 2015, o canal por assinatura Space fez uma minissérie biográfica sobre José Mojica Marins intitulada "Zé do Caixão", com o cineasta interpretado por Matheus Nachtergaele.

Em 2019, José Mojica Marins apareceu em uma homenagem no "Domingo Show", da TV Record, onde mostrou-se muito debilitado, apresentando um suposto quadro de Alzheimer.

Morte

José Mojica Marins faleceu às 15h46 de quarta-feira, 19/02/2020, aos 83 anos, no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, SP, vítima de uma broncopneumonia. A morte foi confirmada pela filha de José Mojica, a atriz Liz MarinsJosé Mojica Marins estava internado desde o dia 28/01/2020 para tratar de uma broncopneumonia.

Filmografia

Como Diretor
  • 1945 - A Mágica Do Mágico
  • 1946 - Beijos A Granel
  • 1947 - Sonhos De Vagabundo
  • 1948 - A Voz Do Coveiro
  • 1955 - Sentença De Deus (Inacabado)
  • 1958 - A Sina Do Aventureiro
  • 1962 - Meu Destino Em Tuas Mãos
  • 1963 - À Meia-Noite Levarei Sua Alma
  • 1965 - O Diabo De Vila Velha
  • 1966 - Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver
  • 1967 - O Estranho Mundo De Zé do Caixão
  • 1968 - Trilogia Do Terror
  • 1969 - O Despertar Da Besta
  • 1971 - Finis Hominis
  • 1972 - Dgajão Mata Para Vingar
  • 1972 - Quando Os Deuses Adormecem
  • 1972 - Sexo E Sangue Na Trilha Do Tesouro
  • 1974 - A Virgem E O Machão
  • 1974 - Exorcismo Negro
  • 1975 - O Fracasso De Um Homem Nas Duas Noites De Núpcias
  • 1976 - Como Consolar Viúvas
  • 1976 - Inferno Carnal
  • 1976 - Mulheres Do Sexo Violento
  • 1977 - A Mulher Que Põe A Pomba No Ar
  • 1977 - Delírios De Um Anormal
  • 1977 - A Estranha Hospedaria Dos Prazeres
  • 1978 - Mundo-Mercado Do Sexo
  • 1978 - Perversão
  • 1980 - A Praga
  • 1981 - A Encarnação Do Demônio
  • 1983 - Horas Fatais - Cabeças Cortadas (Horas Fatais)
  • 1984 - A Quinta Dimensão Do Sexo
  • 1985 - 24 Horas De Sexo Explícito
  • 1986 - Dr. Frank Na Clínica Das Taras
  • 1987 - 48 Horas De Sexo Alucinante
  • 1994 - Demônios E Maravilhas
  • 1996 - Adolescência Em Transe
  • 2004 - Fim
  • 2008 - Encarnação Do Demônio
  • 2015 - As Fábulas Negras - Segmento O Saci


Como Ator
  • 1960 - Éramos Irmãos
  • 1966 - O Diabo De Vila Velha
  • 1969 - O Cangaceiro Sem Deus
  • 1970 - O Profeta Da Fome
  • 1976 - A Estranha Hospedaria Dos Prazeres
  • 1977 - O Abismo
  • 1977 - O Vampiro Da Cinemateca
  • 1978 - A Deusa De Mármore
  • 1980 - Chapeuzinho Vermelho
  • 1982 - O Segredo Da Múmia
  • 1984 - Padre Pedro E A Revolta Das Crianças
  • 1985 - O Filho Do Sexo Explícito
  • 1986 - A Hora Do Medo
  • 1987 - As Belas Da Billings
  • 1987 - Horas Fatais
  • 1989 - Dama De Paus
  • 1990 - O Gato De Botas Extraterrestre
  • 1996 - Babu E A Vingança Maldita
  • 1997 - Ed Mort
  • 1997 - A Filha Do Pavor
  • 2001 - Drº Bartolomeu e a Clínica do Sexo
  • 2001 - Tortura Selvagem
  • 2004 - Um Show De Verão
  • 2004 - Lâmia, Vampiro!
  • 2005 - A Marca Do Terror
  • 2009 - A Cruz E O Pentagrama
  • 2013 - Carniçal
  • 2013 - Mal Passado
  • 2015 - As Fábulas Negras - Segmento O Saci


Principais Prêmios e Indicações

À Meia-Noite Levarei Sua Alma
  • 1973 - Prêmio Especial no Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror Sitges (Espanha);
  • 1974 - Prêmio L’Ecran Fantastique para originalidade;
  • 1974 - Prêmio Tiers Monde da imprensa mundial, na III Convention du Cinéma Fantastique (França).


Ritual dos Sádicos (O Despertar da Besta)
  • 1986 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens Lucchetti), no Rio-Cine Festival.


Encarnação do Demônio
  • 2008 - Troféu Menina de Ouro de Melhor Filme de Ficção por júri oficial e crítica, Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer), Melhor Montagem (Paulo Sacramento), Melhor Edição de Som (Ricardo Reis), Melhor Direção de Arte (Cássio Amarante) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro) no 1º Festival Paulínia de Cinema;
  • 2008 - Melhor Diretor de Cinema (José Mojica Marins), no 2º Prêmio Quem de Cinema;
  • 2008 - Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Prêmio Especial de Atuação pelo Conjunto da Obra, no Prêmio de Cinema do Paraná;
  • 2008 - Indicação a Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Efeitos Especiais (Kapel Furman, Rogério Marinho, Robson Sartori), no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro;

  • 2008 - Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges - Catalonian International Film Festival.
  • 2009 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante), tendo sido indicado a Melhor Direção (José Mojica Marins), Melhor Roteiro (Dennison Ramalho e José Moijica Marins), Melhor Atriz (Cléo de Paris), Melhor Ator Coadjuvante (Jece Valadão), Melhor Atriz Coadjuvante (Helena Ignez) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro), no V Prêmio FIESP/SESI-SP de Cinema Paulista;
  • Prêmio de Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer) e indicado a Melhor Filme, no Prêmio Contigo de Cinema;
  • 2009 - Segundo lugar no Fant-Asia Film Festival, na categoria de Melhor Filme Internacional;


Outros

2000 - Prêmio Fantasporto por Carreira e Conjunto da Obra.

Fonte: Wikipédia
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