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Hélio Santisteban

HÉLIO SANTISTEBAN
(69 anos)
Cantor, Compositor, Tecladista, Arranjador e Maestro

☼ 1949
┼ São Paulo, SP (26/08/2018)

Hélio Santisteban foi um cantor, compositor, tecladista, arranjador e maestro. Ex-integrante e fundador do grupo Pholhas, responsável por grandes sucessos da música desde os anos 70, incluindo "She Made Me Cry", "Forever" e "My Mistake".

Hélio Santisteban nasceu numa família de músicos e seu avô era poeta, portanto a arte estava no sangue.

Autor de temas famosos da TV Globo, atuou em carreira solo e com o grupo Chantilly, cujo principal sucesso foi "Fim de Semana Sem Grana", tema da novela "Amor Com Amor Se Paga" (1984) da TV Globo.

Hélio Santisteban trabalhou também como compositor de temas e trilhas para Maurício de Souza. Foi sócio fundador em parceria com Oswaldo Malagutti do maior estúdio de gravação de São Paulo, o Mosh Studios.

Seu ultimo disco foi o CD "Helio Santisteban" com direito a autógrafo do cantor, trazendo os seus grandes sucessos da época dos Pholhas.

Estava atualmente na Banda Phorever, mas resolveu definitivamente seguir novos projetos solos com músicos convidados.

Pholhas

No final de 1968, na cidade de São Paulo, três rapazes: Paulinho Fernandes, Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban, haviam acabado de deixar a banda The Wander Mass Group com o objetivo de montar outro grupo que tivesse mais a ver com sua personalidade musical. Convidaram então o amigo Wagner Benatti, o Bitão, guitarrista e vocalista, autor inclusive da música "Tijolinho", um dos grandes sucessos da Jovem Guarda, que aceitou prontamente o convite e no início de 1969, mais precisamente no dia 18/02/1969, fizeram o primeiro ensaio oficial da nova banda que ainda não tinha nome.

Pouco tempo depois, um amigo que estava sempre presente aos ensaios, Marco Aurélio (Lelo), sugeriu o nome Pholhas, que grafado com "Ph" ficava original, sendo imediatamente aceito por todos.

Anos mais tarde, Lelo viria a dizer que o nome Pholhas foi inspirado no título de um disco dos Rolling Stones chamado "Flowers".

Com sua ótima qualidade vocal e instrumental, os Pholhas tornaram-se em pouco tempo um dos grupos musicais mais requisitados para os bailes paulistanos. Isso chamou a atenção da gravadora RCA Victor que os contratou, em 1972, para gravar seu primeiro disco com canções próprias, cantadas e compostas em inglês, influenciadas pelos sucessos internacionais da época.


O grande destaque foi "My Mistake" que ficou em primeiro lugar por 2 meses consecutivos, vendendo mais de 450.000 cópias e rendendo o primeiro Disco de Ouro na carreira da banda. O disco foi lançado também na América do Sul e Europa, tendo igual sucesso.

Na época, o grande público chegou a pensar que os Pholhas fossem estrangeiros, mas os rapazes sempre fizeram questão de explicar que eram apenas quatro músicos brasileiros cantando em inglês, tendo como objetivo internacionalizar seu trabalho.

Na sequência vieram os sucessos "She Made Me Cry", "Forever", "I Never Did Before", "Get Back", "My Sorrow", entre outros, firmando os Pholhas como um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro e internacional.

No início de 1977, após gravarem por pressão da gravadora o LP "O Som das Discotheques", Hélio Santisteban deixa a banda para tentar carreira solo e em seu lugar entra o tecladista Marinho Testoni, ex Casa das Máquinas. No final desse mesmo ano lançam o LP homônimo "Pholhas" voltado para o rock progressivo e com uma grande novidade: Cantado em português, significando uma mudança radical no estilo da banda até então. O disco não chegou a ter vendagem expressiva, porém acabou virando cult, e ainda hoje é muito disputado pelos colecionadores.

No final de 1978, é a vez de Oswaldo Malagutti deixar a banda para dedicar-se ao projeto pessoal de montar um estúdio de gravações e que viria a ser o Mosh Studios. Em seu lugar entrou João Alberto, ex Casa das Máquinas, assim como Marinho Testoni.

Em 1979 Hélio Santisteban desiste da carreira solo e os Pholhas o acolhem novamente. Voltam a gravar no estilo que sempre os consagrou, cantando e compondo canções românticas em inglês, e lançam dois trabalhos: "Memories" (1980) e "Disco de Ouro Vol II" (1981)


Com a saída de Marinho Testoni, em 1981, os Pholhas lançam em ordem cronológica, os seguintes discos:
  • 1982 - Pholhas
  • 1985 - Wings
  • 1987 - The Night Before
  • 1988 - Côrte Sem Lei (Segundo disco em português)
  • 1995 - Disco de Ouro (Reedição em CD do LP homônimo de 1977)
  • 1996 - Pholhas 25 Anos
  • 1998 - Pholhas Forever - 26 Anos
  • 1999 - Dead Faces (Relançamento remasterizado do primeiro LP)
  • 2000 - Hits Brasil
  • 2001 - Pholhas - Ao Vivo no Brasil
  • 2003 - Pholhas, 70’s Greatest Hits
  • 2005 - Pholhas

Em 2007, Hélio Santisteban sai definitivamente da banda e os Pholhas lançam os CDs:
  • 2009 - Pholhas Forever
  • 2015 - Pholhas 45 Anos

A formação atual dos Pholhas é Bitão (Guitarra e voz), Paulinho Fernandes (Bateria e voz), João Alberto (Baixo) e  Elias Jó (Teclados e vocais de apoio).

No ano de 2018 os Pholhas estão comemorando seus 49 anos, nos quais colecionaram vários discos de ouro, firmando-se definitivamente como uma das maiores bandas do cenário pop, conquistando cada vez mais essa legião incrível de admiradores, comprovado tanto nas gravações quanto nas apresentações que fazem por todo o Brasil, Europa e América do Sul.

O novo show "Pholhas - Memories" vem sendo aclamado pela crítica como um dos melhores do gênero. 

Morte

Hélio Santisteban faleceu no domingo, 26/08/2018, aos 69 anos, em São Paulo, SP. Ele era portador de Ataxia, uma doença degenerativa a qual causa atrofia muscular. Hélio Santisteban já havia perdido mais de 90% de sua visão e caminhava com auxílio de uma bengala.

O velório ocorreu no domingo, 26/08/2018, a partir das 22h00, no Cemitério da Quarta Parada, Tatuapé, e o sepultamento na segunda-feira, 27/08/2018, às 10h00.

Fonte: Pholhas e Página Hélio Santisteban no Facebook
#FamososQuePartiram #HelioSantisteban

Miranda

CARLOS EDUARDO MIRANDA
(56 anos)
Produtor Musical, Tecladista, Compositor e Jurado

☼ Porto Alegre, RS (21/03/1962)
┼ São Paulo, SP (22/03/2018)

Carlos Eduardo Miranda, mais conhecido por Miranda, foi um produtor musical nascido em Porto Alegre, RS, no dia 21/03/1962. Atuou como jurado em vários programas de calouros do SBT, tais como "Ídolos", "Astros" e "Qual é o Seu Talento?".

Na década de 1980, Carlos Eduardo Miranda foi um dos mais atuantes músicos do cenário de rock alternativo do Rio Grande do Sul. Tecladista e compositor, fez parte de pelo menos dois grupos locais que alcançaram expressão nos anos 1980, como Taranatiriça, Atahualpa Y Us Panquis e Urubu Rei.

Miranda, mudando-se para São Paulo, se envolveu com o cenário independente paulistano, incluindo grupos como Akira S e As Garotas Que Erraram. Nessa época, meio da década de 80, Miranda participou da equipe da revista "Bizz" e suas iniciais se tornariam bastante conhecidas nas resenhas de discos, fazendo trocadilho com o número 100. Era considerado um dos mais polêmicos críticos musicais da revista, por causa de suas resenhas de discos e artistas, que dividiu opiniões.


Na década de 1990, com os selos Banguela Records e Excelente, lançou nomes como Raimundos.

Como produtor musical lançou, entre outros grupos, Skank, O Rappa, Virgulóides, Blues Etílicos, Cordel do Fogo Encantado, Cansei de Ser Sexy, Móveis Coloniais de Acaju, MQN, Mundo Livre S/A e o primeiro disco da Graforréia Xilarmônica, "Coisa de Louco II" e também criou e dirigiu o site Trama Virtual, que é um projeto de distribuição on-line de artistas independentes por MP3. Nessa época, retomava o trabalho de músico com a banda de rock experimental Aristóteles de Ananias Jr.

Nesta época já mostrava talento para a produção, sendo uma espécie de padrinho de bandas como Defalla, Os Replicantes e muitas outras.

Miranda também fez uma edição especial da revista "Ação Games", foi um dos jurados da primeira e segunda temporada de "Ídolos" e do programa "Astros".

De 2009 a 2012 foi jurado do programa "Qual É o Seu Talento?".

Também trabalhou com Titãs, O Rappa e com a cantora paraense Gaby Amarantos. Teve uma participação importante no movimento "Manguebeat", ao lançar a banda Mundo Livre S/A nos anos 90.

Em 2014 foi anunciado como jurado do novo reality show do SBT, "Esse Artista Sou Eu", comandado por Márcio Ballas.

Miranda era casado com Isabel Hammes, cantora e preparadora vocal.

Morte

Miranda faleceu na quinta-feira, 22/03/2018, aos 56 anos, em sua casa, localizada em São Paulo, SP, um dia após seu aniversário, após sofrer um mal súbito. Miranda teve fortes dores de cabeça antes do colapso

Carreira


Televisão
  • 2006-2007 - Ídolos
  • 2009-2012 - Qual é o Seu Talento?
  • 2008-2009 e 2012 - Astros
  • 2014 - Esse Artista Sou Eu
  • 2016 - João Kléber Show

Fonte: Wikipédia
Indicação: Taís Veras e Valmir Bonvenuto

#FamososQuePartiram #Miranda

Sérgio Sá

SÉRGIO ANTÔNIO SÁ DE ALBUQUERQUE
(64 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Arranjador, Produtor, Ator, Palestrante e Escritor

☼ Fortaleza, CE (17/01/1953)
┼ Fortaleza, CE (03/10/2017)

Sérgio Antônio Sá de Albuquerque, mais conhecido por Sérgio Sá, foi um cantor, compositor, instrumentista, arranjador, produtor e escritor brasileiro nascido em Fortaleza, CE, no dia 17/01/1953.

Sérgio Sá nasceu com catarata congênita, associada a microftalmia. Ele era cego de nascença. Sua trajetória de vida foi marcada por êxitos e realizações.

Desde que veio de Fortaleza aos 13 anos continuar seus estudos em São Paulo, Sérgio Sá procurou desenvolver seu talento para a música - tem ouvido absoluto -, incorporando-se a bandas de garagem, tocando, cantando e logo mais arranjando, produzindo e gravando.

Iniciou a sua carreira cantando baladas de rock em inglês, no início da década de 70. Nessa época, adotava o nome artístico de Paul Bryan e lançou em 1973 três compactos pela Top Tape. Tinha quatro músicas entre as dez mais executadas e vendidas no país.

Em 1974, ela já assinava o nome de batismo em "Sonhos de um Palhaço", canção composta em parceria com Antônio Marcos que fez sucesso na voz de Vanusa. Com a cantora e compositora, Sérgio Sá criou o hit feminista "Mudanças" (1979). 

Logo depois, assumiria os teclados do grupo de rock paulistano Joelho de Porco, como tecladista, permanecendo nele até 1976.

Em 1977 se formou em Educação Artística pela Faculdade Morzateum, e era artista nato com habilidades diversas, em diferentes áreas de atuação, com currículo excepcional que marcou sua presença na história da Música Popular Brasileira.

Em 2016, Sérgio Sá se lançou como candidato a vereador de São Paulo pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC), sem conseguir se eleger.

Carreira

Como compositor foram mais de 350 canções gravadas por artistas como Roberto Carlos ("Como é Possível"), Simone ("Olho do Furacão"), Tim Maia ("O Vento e as Canções"), Fábio Júnior ("Eu Me Rendo" e "O Que é Que Há?"), Chitãozinho & Xororó, ("Pensando em Minha Amada"), isso só para citar alguns exemplos.

Seu trabalho em criação publicitária inclui comerciais para empresas como Banco Itaú, McDonald's, TV Globo, TV Bandeirantes, além de trilhas sonoras para novelas e seriados como o "Mundo da Lua" (1991/1992) da TV Cultura.

Destaca-se também seu trabalho em Los Angeles onde criou e executou trilhas e vinhetas para clientes como a KJLH, emissora de FM de Stevie Wonder.

Sérgio Sá integrou a equipe responsável pela Campanha Nacional de Rádio Presidência, em 2002, no ano seguinte, contratado pela Radiobrás, foi responsável pela criação das vinhetas que compõe o novo formato da "Voz do Brasil".

No período entre 2004 e 2006 realizou campanhas para prefeito em São Paulo, Curitiba, Goiânia e em diversas cidades do interior do país.

Gilberto Gil e Sérgio Sá
Em 2006, Sérgio Sá manteve-se na ativa e foi convidado para produzir a trilha sonora do musical "Mary Poppins" do estúdio de Ballet Cisne Negro. Com adaptações e composições elaboradas especialmente para a produção Sérgio Sá surpreendeu com sua capacidade de criar e executar uma obra musical alinhada aos passos rítmicos exigidos pela dança de ballet. Mais tarde, repetiu a dose desenvolvendo uma produção natalina para a Coca-Cola que, através de alta tecnologia de luz e som, impressionou o público com bonecos gigantescos contadores de histórias embalados pela trilha sonora criada por ele.

Voltando ao passado, Sérgio Sá, com o pseudônimo de Paul Bryan, nos anos 70, criou diversos temas românticos que lideraram as paradas de sucesso e de vendas do país: "Dont Say Goodbye", tema da novela "Cavalo de Aço" (1973), "Listen", parte da trilha internacional de "O Bem Amado" (1973), "Window", tema de "Carinhoso" (1973), foram algumas de suas obras com grande repercussão.

Como arranjador trabalhou ao lado de nomes como Gilberto Gil, em seu projeto "Quanta", Zizi Possi, Jane Duboc, Ivan Lins, e vários outros artistas, Sérgio Sá foi um dos primeiros a mesclar sintetizadores a sons acústicos e um dos pioneiros em gravações digitais.

Como intérprete, com 8 discos já gravados entre os quais "Voa Vida", "Fora de Prumo" e "Ecos do Amanhã", inúmeras apresentações no Brasil, Estados Unidos e Europa, lançou o CD "Sérgio Sá - I'm Paul Bryan" onde regravou seus hits em inglês além de versões de seus sucessos e composições inéditas.


Seu último lançamento, no início de 2015, de forma independente, foi o CD "Sérgio S/A", comemorando seus 46 anos de carreira, com participações de convidados ilustres da Música Popular Brasileira como Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Jorge Vercillo, Jane Duboc, Gilberto Gil, Cláudia Albuquerque, Carlos Navas, Lucinha Lins, Tribo De Jah e Vânia Bastos.

Suas participações em gravações atingiram a marca de 30 mil horas de estúdio e suas apresentações ao vivo somam mais de 10 mil (Marcas registradas até agosto/2015).

Como produtor trabalhou produziu para Zé Rodrix, Vanusa, Jane Duboc, Milton Carlos, Eduardo Araújo, além de inúmeros artistas independentes, tiveram em seus trabalhos a assinatura de Sérgio Sá como produtor musical.

Como escritor, seu livro "Fábrica de Sons" (Editora Globo) já em quarta edição atualizada e acrescida de CD, foi aprovado e adquirido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Em Outubro de 2004, Sérgio Sá, deficiente visual de nascença, lançou "Feche Os Olhos Para Ver Melhor", obra em que faz um apanhado de vivências e reflexões, propondo novas maneiras de enxergar o mundo e que foi também lançado em edição em braile. Com o lançamento do livro de ficção "Ecos do Amanhã", Sérgio Sá entretém o leitor com uma narrativa instigante e faz um brado de alerta e de profundo amor à humanidade.


Em 2012 Concluiu seu quarto livro, "Aos Olhos de Um Cego" (Sá Editora). Ainda em 2012 estreou como ator na peça "O Grande Viúvo", conto de Nelson Rodrigues, no projeto Teatro Cego. Uma proposta com espetáculo de característica inédita no Brasil, pois convida o público a abdicar da visão para por à prova seus outros quatro sentidos. Atores, atrizes e músicos cegos e não cegos se unem no palco para fazer arte.

Paralelo a outros projetos Sérgio Sá demonstrava maestria também como palestrante, viajando por todo o país com a sua Palestra-Show "Feche Os Olhos Para Ver Melhor", propondo reflexões com interatividade, música ao vivo e bom humor.

Desde de 2009 era convidado pela Secretaria Municipal de Cultura a falar com crianças e jovens da periferia, levando suas vivências musicais e literárias.

Em 2011, em parceria com Irineu Toledo, "Tocando Músicas e Trocando Ideias", ao lado de grandes palestrantes como Luciano Pires, José Luiz Tejon, Daniel Carvalho Luz, foi aplaudido por mais de 2.000 pessoas no evento Feliz Dia Novo.

Morte

Sérgio Sá morreu na madrugada de terça-feira, 03/10/2017, em Fortaleza, CE, vítima de um infarto, aos 64 anos. A informação foi confirmada pelo filho, Thiago Pinheiro, em publicação no Facebook. 
"É com imensa tristeza que comunico o falecimento de meu pai Sérgio Sá durante esta madrugada. Sérgio, que estava na casa de uma prima em Fortaleza, foi vítima de um rápido processo de infarto por volta das 2h30, e não resistiu e nos deixou com a eterna saudade."
No comunicado, o filho fez elogios a Sérgio Sá, como pessoa e profissional:
"Meu pai sempre foi homem íntegro, sempre buscou grande excelência, produtor e compositor que deixou fortes marcas em nossa música e em minha vida. Agora, tornou-se a forte memória de alguém que nunca deixou de acreditar na força e sutileza do amor."
"Há algumas semanas ele veio me visitar, conhecer o estúdio que nunca havia visitado, passamos um dia inteiro agradável, conversas suaves sobre música, ouvimos o disco que acabara de finalizar, nos abraçamos, demos risada, agradecemos pela trajetória, falamos da admiração mútua, foi um dia de paz, momento muito importante para os dois e eu jamais imaginaria que seria o último encontro. Mal sabia que seriam meus momentos derradeiros na presença física do meu querido pai, pessoa que sempre amei e que conheci através dos discos, das composições brilhantes e do carinho em menos encontros do que eu gostaria de ter tido!"
Fonte: Sérgio Sá, Estadão e G1  
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras
#FamososQuePartiram #SergioSa

Renato Ladeira

RENATO LADEIRA
(63 anos)
Cantor e Tecladista

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/08/2015)

Renato Ladeira era filho do radialista César Ladeira e da atriz Renata Fronzi e do radialista e ator César Ladeira, que criou nomes artísticos como "A Pequena Notável", para Carmen Miranda, e "A Garota Grau Dez", para Emilinha Borba.

 um dos grandes nomes do rock nacional. Compôs a música "Faz Parte do Meu Show" com Cazuza. Ele foi integrante de bandas importantes como A Bolha, Bixo da Seda e Herva Doce.

Em 2009, Renato Ladeira concedeu uma entrevista a fanzine Sindromina, publicação criada e editada por um grupo de patobranquenses. Na conversa Renato Ladeira falou sobre sua trajetória musical e também sobre mochilão carona, e lugares inusitados, tema da terceira edição da fanzine:


Nas décadas de 60, 70 e 80, você participou de bandas como A Bolha, Herva Doce e Bixo da Seda. Certamente viajou bastante fazendo shows. Como avalia a experiência de conhecer novos mundos e culturas diferentes?
Tive a benção de começar a tocar aos 13 anos de idade na banda The Bubbles junto com meu irmão. Tocamos em vários programas de televisão ao vivo e shows dentro e fora do estado (anos 60). Com A Bolha toquei em todos os clubes do Rio de Janeiro. Ganhamos prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção no Maracanãzinho em 1971. Gravamos alguns discos e já vivia da música desde então (anos 70). Com o Bixo da Seda gravamos no Rio de Janeiro o LP e fizemos shows também no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul em vários lugares, foi uma experiência diferente (anos 70). O Herva Doce apareceu junto com as rádios FM no Brasil. Tocamos no Brasil inteiro, graças ao estouro do rock-pop nacional (anos 80). Mas o que posso dizer é que conheci muitos aeroportos, hotéis, restaurantes e clubes das cidades que fomos, era impossível sair para conhecer os lugares e suas culturas, apenas as pessoas dos lugares.
Fazer parte da cena musical num momento em que o rock descobria outros rumos e o país passava por situações conturbadas não é pra qualquer um. Quais são as suas lembranças daqueles tempos?
Foi uma época especial. Eu comecei com o rock nacional. Vivi seu nascimento, seu crescimento, seu amadurecimento. Foram várias épocas distintas. No início, muita ralação, falta de equipamentos, de infra-estrutura, de produção, de divulgação, mas a gente fazia, e fazia direito. Depois, tudo começou a aparecer, a divulgação, a produção, a infra-estrutura e os equipamentos. Nos anos 80 era tudo muito mais fácil, e por isso surgiram muitas bandas que ainda existem até hoje.
Em 2005, A Bolha regravou algumas músicas para o filme "1972”, e em 2007 lançou o CD "É Só Curtir". Depois de tantos anos de estrada e uma pausa prolongada na carreira da banda, o que dizer sobre essa união?
Posso te dizer que foi mágico. Quando nos reunimos para gravar para o filme, fomos para o estúdio de ensaio para ver se todos lembravam das músicas. E depois da primeira musica tocada, estávamos todos com os olhos mareados e com um sorriso de orelha à orelha. Adoro tocar com esses caras.
Tanto em sua vida pessoal quanto profissional, seja recentemente ou há muitos verões, você já pegou carona? Talvez tenha alguma história relacionada a caronas durante a sua juventude, poderia relembrá-la?
Foram poucas as caronas que pequei, se peguei. Porque desde os 18 anos tive o meu carrinho (Fusquinha), e era eu a dar carona para todo mundo.
O tema "mochilão, caronas e lugares inusitados" exerce ou já exerceu alguma influência em seu trabalho? Se sim, de que maneira essa influência se dá?
A idéia de aventura é uma das mais utilizadas nas criações, porque são ricas em novas emoções e nos dão experiência de vida e amadurecimento. Com certeza influi muito na cabeça de quem cria, seja texto, música ou empreendimento. Viajar enriquece a alma.

Herva Doce

Herva Doce foi uma banda de pop rock brasileira formada em 1982. Fizeram sucesso em 1982 com a canção "Erva Venenosa" e em 1985 com a canção "Amante Profissional".

A banda foi formada em 1982, durante o carnaval, quando Marcelo Sussekind e Renato Ladeira gravaram uma fita demo com quatro canções: "Volta Meu Bem", "Ganhei um Avião", "O Negócio é Relaxar" e "Não Faz Sentido". Esta última, se transformaria posteriormente num grande sucesso na voz de Ney Matogrosso.

Como "Volta Meu Bem" estava sendo bem executada na Rádio Cidade, Marcelo Sussekind e Renato Ladeira foram chamados pela EMI-Odeon para uma entrevista, posteriormente sendo contratados, mas com a condição de que fosse formada uma banda com eles.

Logo entrou o baterista Sérgio Della Mônica, baterista de Ney Matogrosso, que participou apenas da gravação do single "Volta Meu Bem" / "Ganhei um Avião".

Em novembro de 1982 lançaram seu álbum de estreia, agora com novos integrantes: Paul de Castro (guitarra), Roberto Lly (baixo), e Pena (bateria). A canção de maior sucesso desse álbum foi "Erva Venenosa", versão de "Poison Ivy", uma canção de 1959 do conjunto The Coasters, composta por Jerry Leiber e Mike Stoller.

Em 18/06/1983, a banda abriu o show da Kiss no estádio do Maracanã, tendo se apresentado para um público de mais de 200 mil pessoas. No mesmo ano lançaram seu segundo e último álbum pela EMI. Logo após assinaram com a gravadora RCA Victor. Nessa época, a formação da banda era Renato Ladeira (teclados e vocais), Fred Maciel (bateria e vocais), Roberto Lly (baixo e vocais) e Marcelo Sussekind (guitarra e vocais).

O primeiro LP pela RCA Vicor, lançado em 1985, trazia a faixa-título "Amante Profissional", que foi um grande sucesso.

Em 1986, lançaram o último álbum de estúdio, "Desastre Mental".

Morte

Renato Ladeira morreu por volta das 23:00 hs de quarta-feira, 12/08/2015, em sua casa no Rio de Janeiro, RJ, aos 63 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

O corpo de Renato Ladeira foi enterrado às 16:00 hs de quinta-feira, 13/08/2015, no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O corpo começou a ser velado às 14:30 hs na Capela A.

Lincoln Olivetti

LINCOLN OLIVETTI
(60 anos)
Maestro, Instrumentista, Arranjador, Compositor e Produtor Musical

* Nilópolis, RJ (17/04/1954)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/01/2015)

Lincoln Olivetti foi um músico brasileiro que ficou conhecido pela parceria com o guitarrista Robson Jorge. Instrumentista, arranjador, compositor e produtor musical, Lincoln Olivetti iniciou na música ainda menino. Com 13 anos, já se apresentava em bailes do subúrbio com seu conjunto.

Cursou as faculdades de música e engenharia eletrônica, mas não as concluiu. Em meados da década de 70, conheceu Robson Jorge, com quem viria a manter uma grande parceria musical.

Lincoln Olivetti fez arranjos para numerosos artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Rita Lee, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Zizi Possi, Fagner, Wando e Joanna, o que lhe rendeu fama e dinheiro, mas também críticas quanto a uma certa "pasteurização" da Música Popular Brasileira. Trabalhou também com os cantores Antônio Marcos e Vanusa.

Em 1982, lançou, com Robson Jorge, o LP "Robson Jorge e Lincoln Olivetti", registrando a parceria nas faixas "Jorgea Corisco", "No Bom Sentido", "Aleluia", "Pret-à-Porter", "Squash", "Fã Sustenido", "Zé Piolho", "Ginga" e "Alegrias", e "Eva" (Lincoln Olivetti e Ronaldo), incluindo também "Raton" (Contesini) e "Baila Comigo" (Roberto de Carvalho e Rita Lee).

Foi apelidado de "O Feiticeiro dos Estúdios" e "O Mago do Pop".


Na década de 90, viveu um período de ostracismo, do qual saiu ao produzir discos para Lulu Santos e Ed Motta.

Em 2003 foi responsável pelos arranjos do CD "Acústico Jorge Benjor".

Lincoln Olivetti fez o arranjo da abertura do programa "Fantástico", em 1973. Participou de trilhas sonoras de várias novelas, entre elas, "Baila Comigo" (1981).

Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Tim Maia, Robertinho de RecifeRoberto Carlos, Fernanda Abreu, Xuxa, Ronnie Von, Cláudia Telles, Peninha, Fafá de Belém, Sérgio Reis, Chitãozinho & Xororó, Celebrare, Lafayette, Banda Black Rio, Vanusa, Patrícia Marx, KarametadeAntônio Marcos, Márcio Montarroyos, Fat Family, Roupa Nova, Sandra de Sá, Jane DubocAngélica, Sandy & Júnior, Adriana, Pedro Mariano, Diana Pequeno, Rosana, entre outros tantos.

Lulu Santos tem em um quadro o arranjo que Lincoln Olivetti fez para uma de seus maiores sucessos e que foi tema de "Malhação".

"Ele fazia a música soar como precisava para ficar o melhor que ela podia ficar", afirmou Lulu Santos. É dele também parte do arranjo de uma canção feita para as Olimpíadas Rio 2016.

Morte

Lincoln Olivetti morreu na noite de terça-feira, 13/01/2015. Ele sofreu um infarto fulminante, no estúdio que mantinha em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Lincoln Olivetti tinha 60 anos e morreu fazendo o que mais gostava.

Ele passou a vida dentro de estúdios como o de Copacabana. Lá ele tocava piano, fazia arranjos, acompanhava gravações e exigia no mínimo trabalhos perfeitos.
Indicação: Miguel Sampaio