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Lélia Coelho Frota

LÉLIA COELHO FROTA
(71 anos)
Crítica de Arte, Curadora de Arte, Poetisa, Tradutora e Antropóloga

* Rio de Janeiro, RJ (11/07/1938)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/05/2010)

Escritora, antropóloga, historiadora de arte, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da União Brasileira dos Escritores (UBE) e do PEN Clube do Brasil. Foi diretora do Instituto Nacional do Folclore da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Lélia Coelho Frota é autora de inúmeros livros sobre arte e cultura brasileiras, pesquisando principalmente as manifestações da arte popular.

Foi responsável pelas representações brasileiras nas Bienais de Veneza de 1978 e 1988 e curadora da exposição Brésil, Art Populaire Contemporain, no Grand Palais, Paris, 1987, e fundadora do Museu de Arte Popular Edson Carneiro.

Prêmiações

Foi agraciada com o Prêmio Jabuti, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em 1979, na categoria poesia e o Prêmio Olavo Bilac pelo livro "Menino Deitado Em Alfa" (Editora Quíron, 1978).


Livros Publicados


  • 1978 - Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros
  • 1982 - Ataíde
  • 1986 - Mestre Vitalino
  • 1994 - Burle Marx: Paisagismo no Brasil
  • 2005 - Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro


Fonte: Wikipédia

Nilda Spencer

NILDA OLIVA CÉSAR
(85 anos)
Atriz, Professora, Tradutora e Colunista

* Salvador, BA (18/06/1923)
+ Salvador, BA (10/10/2008)

Filha de filha de D. Zizi Oliva César e de Elizeu César.

"Nilda Spencer é uma das personalidades mais marcantes da vida artística da Bahia. Sua presença é criativa, apresenta de forma eficiente e profunda nossa trajetória cultural".

A opinião é do escritor Jorge Amado por ocasião do lançamento do CD "Boca do Inferno", na qual a atriz recitou alguns dos mais célebres poemas de Gregório de Mattos.

Nilda começou a se envolver com o teatro na década de 50, quando conheceu o dramaturgo Eros Martim Gonçalves, fundador da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Desde então, ligou para sempre sua vida ao teatro. Foram dezenas de peças e interpretações marcantes, que se estenderam também ao cinema - Nilda participou de oito longas-metragens, entre eles "Dona Flor e seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, maior sucesso de público do cinema brasileiro.

Atriz, professora, tradutora, colunista. Nilda César Spencer nasceu em Salvador, no bairro do Canela no dia 18/06/1923, em Salvador. Estudou na Escola Jesus Maria José, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e Colégio da Soledade. Era uma aluna aplicada, gostava do ensino de Português, mas o que preferia fazer nos intervalos das aulas era imitar os artistas. Todos os colegas em volta admiravam suas performances.

Ela enfrentou a família, nos anos 50, e abandonou a promissora carreira de pianista - com concertos nos Estados Unidos e Venezuela - para virar atriz, uma profissão que, naquela época, não era vista com bons olhos. O conhecimento musical a ajudou no teatro, arte na qual se dedicou, principalmente, à área de dicção e expressão vocal, chegando a ser professora e diretora da Escola de Teatro. Foi a primeira mulher que assumiu a direção de uma Escola de Teatro na Universidade num tempo em que Salvador era uma província e o papel feminino estava reservado nos bastidores da lei, da família. Fazer teatro no Brasil ainda era considerado opção menor para rapazes e moças de boas famílias.

Diplomada na primeira turma da Escola de Teatro da Universidade da Bahia, em 1956, logo após, foi a substituta de Martim Gonçalves, por indicação deste, que só nela confiara o fundador da casa que modificou a cena baiana, com ecos por todo o Brasil. Ao assumir, Nilda quebrava a rotina dos homens em postos de comando e de destaque e impunha um desempenho de mulher – capaz, competente.

Determinada, fez pós-graduação em Londres, foi tradutora oficial da escola, ensinou durante 25 anos e nunca deixou os palcos e os sets de gravações e filmagens. Fez centenas de peças, filmes e minisséries para a tevê.

O primeiro trabalho foi em 1956 com a peça Auto da Cananéia, de Gil Vicente, com o grupo dramático da Escola de Teatro, A Barca na Igreja de Santa Teresa. Dois anos depois fez a comédia de Arthur Azevedo, Almanjarra. Em seguida o drama realista de August Strindberg, Senhorita Julia, peça da inauguração do Teatro Santo Antônio; As Três Irmãs, drama de Anton Tchecov; A Sapateira Prodigiosa, de Federico Garcia Lorca; Calígula, de Albert Camus, em que Nilda trabalhou ao lado de Sérgio Cardoso; Companhia das Índias, de Nelson de Araújo; Medo, de Robert Frost; A Falecida, de Nelson Rodrigues; Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, entre muitas outras.

Depois que pisou no palco ela não parou mais, viveu e deu vida a muitos personagens. Aprendeu e ensinou muito. No Festival de Poesia no Teatro Santo Antonio, Nilda fez parte daquele clube muito seleto dos atores realmente grandes.

No cinema atuou em Dona Flor e seus Dois Maridos; de Bruno Barreto, Tenda dos Milagres, de Nélson Pereira dos Santos; Meteorango Kid, de André Luís Oliveira; Caveira My Friend, de Álvaro Guimarães; O Super-Outro, de André Navarro, Eu Tu Eles, entre outros. Fez ainda as minisséries da Globo Tenda dos Milagres e O Pagador de Promessas, além da novela Rosa Baiana, da TV Bandeirantes.

Quem na Bahia não conhece Nilda? Ela inspirou vários personagens nos livros de Jorge Amado. Basta abrir o livro para conhecer esse personagem, essa figura alegre, solidária e com muita vontade de viver. E na vida, na noite baiana, num acontecimento cultural que movimenta a cidade, lá está Nilda com o bom humor de sempre.

Myriam Fraga, num artigo dedicada a grande dama (no sentido mais amplo) dos palcos baianos afirmou que ela "é um exemplo permanente de honestidade profissional e ilimitado amor à sua profissão". Ela "soube vencer tantas barreiras para construir seu ideal com talento e altivez".

O constante sucesso de Nilda Spencer nos palcos tem uma explicação: "Amo o teatro, nunca deixei de encenar. Mesmo quando não estou nos palcos, faço algo ligado ao teatro". Além de teatro, produziu show musical como Coração de Tambor, com Wilson Café, Quincas Berro D’Água, com Nilda e Mário Gadelha e, para marcar os 40 anos de carreira, lançou em 1996 o CD Boca do Inferno, homenagem explícita ao poeta baiano do século XVII Gregório de Mattos. O velho sonho de gravar CD interpretando os picantes versos de Gregório de Mattos foi realizado.

A versátil Nilda se preparou para mais uma etapa da vida, encenar a peça de Colin Higgins, Ensina-me a Viver, sob a direção de Fernando Guerreiro. A personagem principal procura ensinar as outras a descobrir a felicidade de viver. Uma personagem muita aplaudida foi Zulmira, a suburbana da peça A Falecida de Nélson Rodrigues. Nilda guardou momentos marcantes nesta peça e diz que o sucesso foi devido ao realismo que Nélson passava em seus trabalhos, além de ser muito bem escrita, dando margem a criação do ator. E criar é o que ela mais sabe fazer na vida. Criar momentos mágicos no trabalho que faz, criar felicidade em torno dos amigos.

Nilda ministrou aulas de dicção e expressão vocal para muitos artistas, políticos e empresários. Tudo o que ela aprendeu na vida ela repassa para seus alunos, mas o que ela jamais esquece é a força do bem querer que todos os amigos lhe devota.

"Poucas pessoas têm a felicidade de realizar um sonho como tive, de fazer o que mais gosto, teatro. Na época enfrentei muitos preconceitos, mas tive a coragem de seguir em frente e meus amigos torceram muito por mim. Só na estréia foi uma aceitação geral onde fui recebida com flores. Conseguir romper a barreira e o domínio total para dizer que teatro é uma coisa boa para toda a comunidade”.

Foi junto com os amigos Geová de Carvalho, Fred Souza Castro, Afonso Coentro e tantos outros intelectuais da vida baiana que descobriram muitos pontos culturais e roteiros curiosos e interessantes da misteriosa noite da Bahia. Os tempos passaram, alguns amigos se foram, outros estão na ativa e Nilda continua a mostrar felicidade para todos.

Nilda Spencer faleceu no início da madrugada do dia 10/10/2008 aos 85 anos. Nilda estava internada desde o dia 01/10 no Hospital Jorge Valente, em Salvador, para ser submetida a uma cirurgia no braço direito, fraturado em uma queda. Durante a internação, teve uma infecção pulmonar onde sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

Fonte: Wikipédia

Sérgio Viotti

SÉRGIO LUIZ VIOTTI
(82 anos)
Ator, Escritor, Diretor, Tradutor, Dramaturgo, Produtor de Programas Culturais Radiofônicos, Crítico de Teatro, Dança e Ópera

* São Paulo, SP (14/03/1927)
+ São Paulo, SP (26/07/2009)

Foi para o Rio de Janeiro em 1945, para fazer a Escola Itamarati.

Estudou piano até os 14 anos de idade, e, já no Rio de Janeiro, ia com amigos músicos participar de programas musicais na Rádio MEC, apenas para virar as páginas para os concertistas Heitor, Maria Abreu e Laís de Souza Brasil.

Começou a trabalhar em Rádio em 1958, no Rio de Janeiro. Trabalhou na Inglaterra, onde fez rádio na BBC durante quase nove anos. Voltou para o Brasil e foi trabalhar na Rádio MEC, fazendo radioteatro com, dentre outros, Magalhães Graça e Agnes Fontoura.

Sérgio Viotti começou a fazer novelas em 1986, com destaque para personagens em “Sinhá Moça”, “Corpo Santo”, “Kananga do Japão”, “Despedida de Solteiro”, “Meu Bem Meu Mal”, “Anjo Mau”, “Suave Veneno”, “Os Maias”, “A Casa das Sete Mulheres” e “Um Só Coração”.

Ao comemorar seus trinta anos de palco como ator, em 1991, apresentou o espetáculo “As Idades do Homem”, no qual interpretava nada menos do que dezesseis personagens de Shakespeare.

Como de crítico de teatro, dança e ópera, trabalhou no jornal Estado de São Paulo (1969/71) e no Jornal da Tarde (1976 e 1983).

Como romancista, fez "E Depois, no Exílio" (Edições Bloch), lançado em 1968, que lhe valeu o Prêmio Walmap, concorrendo com outros 143 escritores.

Em 1995, lançou "A Cerimônia da Inocência" (Top Books) e, em 2001, a biografia da atriz Dulcina de Morais (1908/96) e a "Fuga do Escorpião".

Em 2006 e 2007, Sérgio Viotti apresentou-se no teatro com a peça "O Dia que Raptaram o Papa", de João Bethencourt e, também em 2007, participou da novela "Duas Caras", da TV Globo, seu último trabalho na televisão.

Sérgio Viotti morreu, aos 82 anos, na manhã do dia 26 de julho de 2009 em decorrência de uma Parada Cardiorrespiratória, em São Paulo. De acordo com o comunicado divulgado pelo Hospital Samaritano, o ator estava internado desde o dia 19 de abril. Ele tinha sofrido uma parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam