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Gérson de Abreu

GÉRSON RIBEIRO DE ABREU JÚNIOR
(37 anos)
Ator, Humorista, Escritor e Apresentador de Programas Infantis

* Iguape, SP (11/08/1964)
+ Iguape, SP (18/07/2002)

Gérson de Abreu começou sua carreira na TV Cultura. A sua primeira participação foi em 1982.

A escola em que o ator estudava participou do programa "É Proibido Colar", apresentado por Antônio Fagundes e Clarisse Abujamra. Ele interpretou um cozinheiro e foi tão bem que a emissora o convidou para fazer um teste na emissora.

Dois anos depois, quando estava com dezoito anos, foi contratado como repórter do programa "Tempo de Verão". Em seguida, apresentou vários programas da emissora como "Caleidoscópio", "Bambalalão" e "Som Pop".

Em 1992 estreou o programa infanto-juvenil "X-Tudo", programa que revelou o seu enorme talento de se comunicar com as crianças.

O gordo, como era chamado por todos, se orgulhava muito em divertir e ensinar "sem precisar vender sandalinhas e queijinhos". Depois de dois anos de muito prestígio e audiência com o programa "X-Tudo" foi para a TV Record apresentar o programa "Agente G" (1995) e depois participou de "Vila Esperança" (1998).

Com formação no Teatro-Escola Helena, Gérson de Abreu atuou nas peças do Grupo Ornitorrinco ("Ubu-Rei" e "Teledeum"). Em 1993, com o Grupo Circo Grafitti apresentou a peça "Almanaque Brasil", ao lado de Rosi Campos, Helen Helene e Roney Facchini. Outras grandes atuações: a peça "Você Vai Ver o que Você Vai Ver", com direção de Gabriel Villella e "Aquarela do Brasil", minissérie da Rede Globo.

Sua última peça em cartaz, apresentada até final de março de 2002, foi "Gato Preto".

O ator faleceu em sua casa, na cidade de Iguape, aos 37 anos, vítima de Infarto. Ele estava com excesso de peso, por isso o ataque que sofreu foi fulminante.

Gérson era casado e pai de três filhos.

Alberto Perez

ALBERTO PEREZ
(77 anos)
Ator e Dublador

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/05/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/10/2005)

Alberto Perez foi um ator e dublador nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 18/05/1928. Alberto Perez foi um dos atores pioneiros da televisão brasileira. Foi um dos primeiros galãs da nossa televisão e depois se tornou um importante diretor de dublagem, responsável por famosas séries dos anos 80, como "Magnum", "Casal 20", "Carro Comando", "Chumbo Grosso", entre outras.

Alberto Perez, um nome importante do cinema nacional na década de 50, participou de várias comédias de grande bilheteria como "Com Água na Boca" (1956), "Fuzileiro do Amor" (1956), "O Homem do Sputinik" (1959) e "Mulheres, Cheguei!" (1959).

Ao mesmo tempo ele fazia pequenas intervenções na TV, para a qual passou a se dedicar mais na década de 70, após fazer a novela "Senhora" (1975) na TV Globo. A partir daí tornou-se um nome conhecido e sempre presente, principalmente nas novelas de época das 18h00. Além de "Senhora" (1975) ele participou de "Vejo a Lua no Céu" (1976), onde teve seu melhor papel como Seu Pedro, o pai do personagem principal vivido por Eduardo Tornaghi e "Terras do Sem Fim" (1981).

Aracy Cardoso e Alberto Pérez (Vejo a Lua no Céu, 1976)
Televisão

  • 1999 - Terra Nostra
  • 1996 - Você Decide
  • 1996 - Quem é Você ... Samuca
  • 1995 - Escolinha do Professor Raimundo ... Geninho
  • 1986 - Chico Anysio Show ... Baltazar
  • 1985 - A Gata Comeu
  • 1981 - Terras do Sem-Fim
  • 1977 - Chico City
  • 1976 - Duas Vidas ... Raul Barbosa
  • 1976 - Vejo a Lua no Céu ... Seu Pedro
  • 1975 - Senhora ... Lemos
  • 1970 - E Nós Aonde Vamos?
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... Artur
  • 1969 - O Retrato de Laura
  • 1959 - Trágica Mentira
  • 1955 - As Professoras

Fonte: Wikipédia

Yara Cortes

ODETE CIPRIANO SERPA
(81 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (22/09/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/10/2002)

Yara Cortes começou a carreira incentivada pelos professores do colégio, onde se apresentava em festas do ginásio. Antes de ingressar definitivamente na carreira de atriz, chegou a trabalhar profissionalmente como enfermeira e aeromoça.

A carreira deslanchou quando entrou para um concurso da Companhia de Teatro Dulcina, onde ganhou seu primeiro prêmio e um contrato. Foi neste momento que Odete Cipriano Serpa assumiu o pseudônimo de Yara Cortes.

Sua estréia foi na peça "Mulheres", em 1948, na Companhia Dulcina-Odilon.

Em 1951 começou a atuar nos teleteatros da TV Tupi e, em 1959, estreou no cinema, no filme "O Palhaço O Que É?".


Yara Cortes também participou da Companhia Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Sérgio Britto. O grupo fez sucesso ao encenar a peça "O Mambembe" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Depois de acumular experiência nas principais companhias de teatro de São Paulo e do Rio de Janeiro na década de 60, ela estreou na tevê na novela "Acorrentados", de Janete Clair, em 1969.

Yara Cortes ingressou na TV Globo no dia 01/08/1975, onde trabalhou em minisséries e novelas. Os papéis de maior destaque foram Dona Xepa, da novela homônima, e Carolina, na novela "O Casarão"Yara Cortes ainda brilhou em "Marrom Glacê" (1979), "Ti-Ti-Ti" (1985), "Roda de Fogo" (1986), "Mandala" (1987), "História de Amor" (1995), "A Viagem" (1994) e no seriado "O Bem Amado" (1980 - 1984).

Yara Cortes faleceu aos 81 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória. Ela sofria de câncer de pulmão.

Cinema

  • 1974 - Rainha Diaba ... Violeta
  • 1973 - Obsessão
  • 1972 - Jerônimo, O Herói de Sertão ... Tabarra
  • 1971 - Viver de Morrer
  • 1959 - O Palhaço O Que É?

Televisão

  • 1995 - História de Amor ... Olga Moretti Miranda
  • 1994 - A Madona de Cedro ... Emerenciana
  • 1994 - A Viagem ... Maroca
  • 1991 - Felicidade ... Filó
  • 1990 - Mico Preto ... Cristina
  • 1989 - Top Model ... Norma
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Afrosina
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Dagmar
  • 1987 - Mandala ... Conchita
  • 1986 - Roda de Fogo ... Joana Garcez
  • 1985 - Ti Ti Ti ... Júlia
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Zabela
  • 1984 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1983 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1982 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1981 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1980 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1980 - Chega Mais ... Clô (Participação no 1º Capítulo)
  • 1979 - Marron Glacé ... Clô
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Alice
  • 1977 - Dona Xepa ... Dona Xepa
  • 1976 - O Casarão ... Carolina
  • 1975 - O Grito ... Carmem
  • 1974 - O Rebu ... Maria Angélica de Lara Campos (Bubu)
  • 1973 - O Semideus ... Sula
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Madame Jordão
  • 1969 - Acorrentados ... Mônica

Fonte: Wikipédia

Zeni Pereira

ZENI PEREIRA
(77 anos)
Atriz

* Salvador, BA (09/12/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/03/2002)

A baiana Zeni Pereira estreou em 1952, fazendo a Tia Nastácia do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", na TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1973, voltou a viver a personagem, mas no cinema, no filme "O Pica-Pau Amarelo", de Geraldo Sarno.

Sua primeira novela foi "O Doce Mundo de Guida", exibida pela TV Tupi, em 1969. No mesmo ano atuou em "Véu de Noiva", de Janete Clair, na TV Globo.

No cinema, Zeni Pereira participou de vários filmes de sucesso. Confira abaixo a relação dos filmes mas ficou conhecida nacionalmente pelo papel da cozinheira Januária da novela "Escrava Isaura", da TV Globo em 1976.

Zeni Pereira foi uma das atrizes que mais trabalhou com o novelista Gilberto Braga - atuou em seis produções escritas por ele, incluindo o grande sucesso "Escrava Isaura", no qual interpretou a cozinheira Januária. Os outros trabalhos foram: "Dona Xepa", "Corpo a Corpo", "Vale Tudo", "Anos Rebeldes" e o último, "Pátria Minha".

Assim como vários atores negros de sua geração, Zeni Pereira iniciou sua carreira no Teatro Experimental do Negro, ao lado de Ruth de Souza, Haroldo Costa, Léa Garcia, Abdias do Nascimento, entre outros.

Pelo Teatro Experimental do Negro ela atuou em peças como "Aruanda", em 1948, e viveu Clio, mãe do personagem-título de primeira montagem de "Orfeu da Conceição".

Em 1951, Zeni Pereira atuou em "Paiol Velho", de Abílio Pereira de Almeida, no Teatro Brasileiro de Comédia, ao lado de Cacilda Becker.

Zeni Pereira faleceu em 21 de março de 2002, no Rio de Janeiro, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, em decorrência de um derrame cerebral.

Marcos Nanini e Zeni Pereira na novela Carinhoso
Cinema
  • 1987 - Running Out Of Luck
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1985 - Femmine In Fuga
  • 1984 - Blame It On Rio
  • 1983 - Gabriela, Cravo E Canela
  • 1978 - Uma Aventura Na Floresta Encantada
  • 1975 - O Trapalhão Na Ilha Do Tesouro
  • 1975 - Os Pastores Da Noite
  • 1974 - O Comprador De Fazendas
  • 1974 - O Pica-Pau Amarelo
  • 1973 - Salve-se Quem Puder
  • 1972 - Um Marido Sem… É Como Um Jardim Sem Flores
  • 1972 - Quando O Carnaval Chegar
  • 1972 - Som Amor E Curtição
  • 1971 - Como Ganhar Na Loteria Sem Perder A Esportiva
  • 1971 - Rua Descalça
  • 1970 - Pais Quadrados… Filhos Avançados
  • 1968 - Jovens Pra Frente
  • 1965 - Samba
  • 1964 - Um Morto Ao Telefone
  • 1961 - Teus Olhos Castanhos
  • 1961 - Samba Em Brasília
  • 1959 - Orfeu Negro
Beatriz Lyra e Zeni Pereira na novela "Escrava Isaura"
Televisão
  • 1994 - Pátria Minha ... Isaura
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Talita
  • 1989 - Kananga Do Japão ... Maria Santa
  • 1988 - Vale Tudo ... Maria José
  • 1988 - O Pagador De Promessas ... Mãe Maria
  • 1986 - Sinhá Moça ... Margarida
  • 1984 - Corpo A Corpo ... Odete Paiva Manhães
  • 1982 - Caso Verdade, Borboleta Na Cabeça ... Vovó Ana
  • 1977 - Dona Xepa ... Corina
  • 1976 - Escrava Isaura ... Januária
  • 1975 - Escalada ... Braulina
  • 1973 - Carinhoso ... Donana
  • 1972 - A Patota ... Basília
  • 1972 - Bicho Do Mato ... Dora
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Conceição
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Virgínia
  • 1970 - Verão Vermelho
  • 1969 - Véu De Noiva
  • 1969 - O Doce Mundo De Guida
  • 1952 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Tia Nastácia

Fonte: Wikipédia e Por Onde Anda

Altair Lima

ALTAIR LIMA
(66 anos)

Ator

* Barretos, SP (08/07/1936)
+ Angatuba, SP (24/12/2002)

Altair Lima foi um ator brasileiro. Em 1969, produziu e atuou no musical "Hair". Teve papéis de destaque em várias novelas da TV Tupi, TV Excelsior, TV Record e TV Bandeirantes, como "A Viagem" (1976), "A Deusa Vencida" (1965), "O Tempo e o Vento" (1967), "Os Imigrantes" (1981) e "Gaivotas" (1979). Na TV Globo, atuou em "Corrida do Ouro" (1974) de Gilberto Braga.

No cinema, trabalhou em filmes como "Xica da Silva" (1976), "Um Intruso no Paraíso" (1973), "Fruto do Amor" (1981), "O Segredo da Múmia" (1982), "Bicho de Sete Cabeças" (2001) e "Narradores de Javé" (2003).

Em 1996, voltou à TV na novela da TV Manchete "Xica da Silva". Consagrou-se no papel do asqueroso Jacobino, sendo inclusive indicado para prêmio de Melhor Ator.

Altair Lima, Isabel Ribeiro e os filhos Luis Paulo de dois anos e José Clóvis de oito meses
Depois do sucesso estrondoso de "Xica da Silva", participou das novelas "Mandacaru" (1997), também na TV Manchete e em seguida foi para a TV Record onde fez "Louca Paixão" (1999) e "Roda da Vida" (2001).

O último trabalho de Altair Lima foi na peça "Hamlet - Mensageiro da Agonia", que estava então em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso.

Altair Lima tinha 43 anos de profissão e foi vencedor do Prêmio Roquette Pinto pela interpretação e produção do musical "Hair", na sua primeira versão em 1969.

Foi casado duas vezes, a primeira com a atriz Maria Célia Camargo e a segunda com a também já falecida atriz Isabel Ribeiro, com quem teve dois filhos.

O ator morreu em seu sítio em Angatuba, no interior de São Paulo, vítima de um ataque cardíaco fulminante.

Novelas e Minisséries

  • 2001 - Roda da Vida ... Joaquim
  • 1999 - Louca Paixão ... Jacinto Leão
  • 1997 - Mandacaru ... Desidério
  • 1996 - Xica da Silva ... Capitão do Mato Jacobino da Silva
  • 1988 - Chapadão do Bugre ... Tonho Inácio
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Tito
  • 1981 - Os Imigrantes ... Antonio Hernández
  • 1980 - A Deusa Vencida ... Lineu
  • 1979 - Gaivotas ... Alberto
  • 1976 - Xica da Silva ... Intendente
  • 1975 - A Viagem ... César Jordão
  • 1974 - Corrida do Ouro ... João Paulo
  • 1972 - O Leopardo ... Vito de Almeida
  • 1971 - Hospital
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Cláudio
  • 1968 - A Última Testemunha ... Maurício
  • 1967 - O Anjo Assassino ... Arthur
  • 1967 - O Grande Segredo
  • 1967 - O Morro dos Ventos Uivantes ... Heathcliff
  • 1967 - O Tempo e o Vento
  • 1966 - Ninguém Crê Em Mim ... Otávio
  • 1965 - A Grande Viagem ... Henrique
  • 1965 - A Deusa Vencida ... Lineu
  • 1965 - Ainda Resta uma Esperança ... Guilherme
  • 1965 - Eu Quero Você ... Gabriel
  • 1964 - Uma Sombra Em Minha Vida
  • 1964 - A Gata ... Rodrigo
  • 1964 - Melodia Fatal
  • 1963 - As Chaves do Reino

Cinema

  • 2003 - Narradores de Javé ... Galdério
  • 2001 - Bicho de Sete Cabeças ... Drº Cintra
  • 1982 - O Segredo da Múmia
  • 1981 - Fruto do Amor
  • 1973 - Um Intruso No Paraíso

Teatro

  • 1969 - Hair
  • 1972 - Jesus Cristo Superstar

Fonte: Wikipédia

Carlos Zara

ANTÔNIO CARLOS ZARATTINI
(72 anos)
Ator e Diretor


* Campinas, SP (14/02/1930)
+ São Paulo, SP (11/12/2002)

Antônio Carlos Zarattini, conhecido como Carlos Zara, nasceu em Campinas, no interior de São Paulo. Ele queria ser pianista clássico e estudou por 8 anos, mas, aos 18 anos, mudou-se para capital paulista. Formou-se em engenharia na Escola Politécnica.

Em São Paulo, Carlos Zara fez amizades com pessoas do meio teatral e logo passou a dividir a carreira de engenheiro com a de ator.

Estreou no teatro em 1953 com a peça "Cama Para Três". Era a época do grande Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) onde trabalhavam os principais nomes do cenário teatral. Entre as peças montadas na época salientam-se: "Panorama Visto da Ponte", "Chá e Simpatia", "O Comício" e "Em Moeda Corrente do País".

Depois da estreia nos palcos, Carlos Zara foi trabalhar nos estúdios da TV Record, em 1956.


Carlos Zara como César Reis em "Pai Herói"
Em 1959, participou do teleteatro da TV Tupi, e um ano depois, a convite da TV Record, aceitou o desafio de encenar e dirigir clássicos da literatura no Rio Grande do Sul, no Teatro Record. Ainda na televisão, Carlos Zara fez "Papai, Mamãe e Eu", "O Idiota", "O Pagador de Promessas" e "Chapéu Cheio de Chuva".

Em 1963, Carlos Zara foi chamado para fazer parte do elenco da TV Excelsior, onde, em 1967, fez um de seus papéis mais marcantes, o Capitão Rodrigo, personagem da adaptação para a TV do romance "O Tempo e o Vento", de Érico Veríssimo.

Na televisão, Carlos Zara participou como ator ou como diretor de mais de 30 novelas e minisséries na TV Globo, TV Excelsior e TV Tupi, destacando-se, dentre esses trabalhos, "O Meu Pé de Laranja Lima" (1970), "Nossa Filha Gabriela" (1971), "A Barba Azul"(1974), "Pai Herói" (1979), "Baila Comigo" (1981), "Elas Por Elas" (1982), "Vida Nova" (1988), "Mulheres de Areia" (1993), "Pátria Minha" (1994), "Sassaricando" (1987) e "Cara & Coroa" (1995).


Carlos Zara e Eva Wilma
Seu último trabalho na televisão foi ao lado de sua esposa e também atriz Eva Wilma, com quem foi casado por 23 anos, no seriado "Mulher" (1998). Os dois se conheceram nos bastidores da TV Tupi, na década de 70, onde fizeram vários pares românticos nas principais novelas da emissora e se casaram após o término das gravações da novela "O Julgamento" (1976), em que ambos participavam e a última que fizeram na emissora, já que depois se transferiram para a TV Globo.

Paralelamente ao trabalho na televisão, Carlos Zara desenvolveu uma sólida carreira teatral com um total de 26 peças no currículo.

No cinema, teve atuação mais discreta, tendo participado de apenas cinco filmes, três deles no início da carreira: "Quem Matou Anabela?", "O Pão Que o Diabo Amassou" e "Crepúsculo de Ódios".

Depois, com uma carreira como ator e diretor já consagrada, ele participou de dois sucessos: "Pra Frente, Brasil" (1981) e "Lamarca" (1994), filmes que tinham tudo a ver com o pensamento político dele, que viveu as agruras da Ditadura Militar já que seu irmão, Ricardo Zaratini era guerrilheiro e foi preso político por muito anos.


 Morte

Carlos Zara faleceu aos 72 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória provocadas por um câncer de esôfago, após passar cinco dias no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O câncer, descoberto em agosto de 2001, estava sendo tratado com sessões de radioterapia e quimioterapia.

Tim Lopes

ARCANJO ANTONINO LOPES DO NASCIMENTO
(51 anos)
Repórter


* Pelotas, RS (18/11/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/06/2002)

Em 2001, recebeu o Prêmio Esso com a equipe da Rede Globo pela reportagem “Feirão das Drogas”, em que denunciava, por meio de uma câmera escondida, a venda livre de drogas no complexo do Morro do Alemão. Foi o primeiro prêmio Esso concedido na categoria televisão. Recebeu ainda o 11º e o 12º Prêmio Abril de Jornalismo na categoria Atualidades pelas matérias “Tricolor de Coração” publicada na revista Placar de dezembro de 1985, e “Amizade sem Limite”, de maio de 1986. Em fevereiro de 1994, recebeu um prêmio de melhor reportagem feita no jornal O Dia pela série “Funk: som, alegria e terror” - ironicamente, o mesmo tema de sua última grande reportagem na TV Globo.

Ele desapareceu em 2 de junho de 2002 e depoimentos de traficantes presos indicam que foi morto entre as 22 e 24h daquele dia.

Por volta das 17 horas de 2 de junho, domingo, Tim Lopes foi até a favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro, com uma microcâmera escondida numa pochete que levava na cintura, para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. Iria verificar também a informação de que os traficantes construíram um parque infantil num acesso da comunidade, para dificultar a ação da polícia, e que desfilavam armados de fuzis.

Os traficantes estranharam a presença de Tim Lopes no local. Há suspeita de que, uma vez descoberto, sua morte tenha sido decidida como vingança pela reportagem feita anteriormente, sobre a venda de drogas no morro, veiculada em agosto de 2001 pela TV Globo. Depois desta reportagem, vários traficantes foram presos e o tráfico da região teve um prejuízo em suas atividades criminosas por um longo tempo. Outras hipóteses são de que Tim Lopes tenha sido confundido com um policial ou um informante da polícia.

Segundo testemunhas, a morte de Tim Lopes foi definida pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, que dominava na época o Complexo do Alemão. As investigações indicam que participaram do crime outros nove traficantes de sua quadrilha. Antes da execução, os traficantes fizeram uma espécie de julgamento para decidir sobre a morte do jornalista. Ele foi torturado antes de morrer, com golpes de katana. Seu corpo foi queimado na localidade da Grota.

Ele também teria sido esquartejado antes de ser queimado - método popularmente chamado como "micro-ondas" e usado para ocultar o cadáver e o crime.

Embora fosse um jornalista destacado, Tim Lopes somente se tornou conhecido nacionalmente após sua morte, num crime que chocou o país, tendo a sua repercussão aumentada em grande parte pela influência da Rede Globo como formadora de opinião. O caso de seu desaparecimento ocupou muitas edições do Jornal Nacional, o que aumentou a pressão sobre as autoridades pela captura de todos os criminosos envolvidos; o jornal também passou a usar a expressão Poder paralelo para definir os grupos criminosos existentes nas favelas cariocas. Embora a resolução do caso fosse considerada pela sociedade em geral como uma prioridade, até pela afronta que representou à liberdade de expressão, houve quem criticasse o fato de que não tenha havido o mesmo empenho da polícia no caso de outros crimes onde não houve a influência de alguma organização influente.

Caçados pela polícia, um a um, todos os criminosos foram presos ou mortos, até que finalmente Elias Maluco foi preso em setembro, no alto da favela, após uma mega-operação policial.

Tim Lopes foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi no carnaval do ano seguinte, com o enredo "Não calem minha voz", uma homenagem à imprensa, onde um dos versos dizia "a verdade tim-tim por tim-tim", numa referência ao apelido do jornalista.

Fonte: Wikipédia

Átila Iório

ÁTILA IÓRIO
(81 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (01/04/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/12/2002)

Estreou nenhum cinema com o filme "Caídos do Céu", em 1946, de Luís de Barros, ao lado de grandes comediantes como Dercy Gonçalves e Walter D'Ávila.

Mas o sucesso chegou mesmo com o papel de Fabiano, protagonista do clássico "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos, em 1963, adaptado do romance de Graciliano Ramos.

Em 1964, Átila Iório atuou em outra famosa obra da cinematografia nacional: "Os Fuzis", de Ruy Guerra, no papel de Gaúcho. A partir daí, sua carreira seguiu com dezenas de outros filmes importantes como "Assalto ao Trem Pagador", "Os Carrascos Estão Entre Nós", "A Guerra dos Pelados", "Sagarana, o Duelo" e "Diário da Província".

Átila Iorio também foi um importante nome das novelas brasileiras com papéis marcantes em "Os Fantoches" (1967), "Os Estranhos" (1969) e "Dez Vidas" (1969), todas na TV Excelsior. Participou das duas versões em 1976 e 1997 da novela "Anjo Mau"; "O Feijão e o Sonho"; "Escrava Isaura" de 1976 como Miguel; "Os Gigantes" (1979) e "O Rei do Gado", todas da Rede Globo. Participou também da minissérie "Chapadão do Bugre" (1988) na TV Bandeirantes.


Átila Iório também fez aparições nos programas dos Trapalhões, sempre interpretando o personagem "malvado" dos quadros. Foi ao lado de Renato Aragão, Dedé Santana e Mussum que Átila Iório fez seu último filme, "O Mistério de Robin Hood", lançado em 1990.

De 1993 a 1997, Átila Iorio presidiu o Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá e foi responsável pela implantação de uma série de melhorias para os velhos artistas que vivem lá.

Em uma carreira de mais de 50 anos participou de mais de 30 filmes e 13 novelas e minisséries. Faleceu em sua casa em Sepetiba, Rio de Janeiro, aos 81 anos, vítima de problemas decorrentes de asma, bronquite e enfisema pulmonar.

Átila Iório foi casado com a apresentadora e também atriz Adélia Iório.

Oswaldo Sargentelli

OSWALDO SARGENTELLI
(77 anos)
Radialista, Apresentador de TV e Empresário Artístico


* Rio de Janeiro, RJ (08/12/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/04/2002)

Com sua voz grave peculiar, Sargentelli foi locutor de rádio no fim da década de 1940. Na extinta TV Tupi apresentou programas como O preto no branco e Advogado do Diabo, nos quais fazia perguntas polêmicas aos seus entrevistados.

Em 1964, Sargentelli foi proibido pelo regime militar de continuar com o programa. Então partiu para o samba. Abriu a casa de espetáculos "Sambão", em Copacabana, em 1969. Em 1970, abriu a "Sucata" e, em 1973, o "Oba-Oba". Casado três vezes, a primeira com Lúcia (por 8 anos), a segunda com Vera (por 11 anos) e a terceira com Almary (por 13 anos); foi pai de 7 filhos e, desde 1978, estava solteiro e tinha planos de abrir, em parceria com o empresário Ricardo Amaral, uma boate no mesmo local onde funcionara o antigo "Sucata", na Lagoa.


Sargentelli sofreu um Ataque Cardíaco Agudo justamente quando foi convidado para fazer uma participação especial na telenovela O Clone. Ele seria um dos freqüentadores do bar de Dona Jura, personagem da atriz Solange Couto, e local por onde já haviam passado importantes personalidades brasileiras, como por exemplo Pelé. Era uma maneira de homenagear Sargentelli, responsável por ter revelado Solange Couto como uma das mulatas dos shows de suas casas noturnas. Sargentelli se autodefinia como mulatólogo. Ele foi um dos grandes ícones da história do samba no Brasil.

Na data de seu aniversário é comemorado o Dia da Mulata.

Fonte: Wikipédia

Mário Lago

MÁRIO LAGO
(90 anos)
Ator, Radialista, Advogado, Compositor e Poeta

* Rio de Janeiro, RJ (26/11/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/05/2002)

Mário Lago foi um advogado, poeta, radialista, compositor e ator brasileiro. Autor de sambas populares como "Ai, Que Saudades Da Amélia" e "Atire A Primeira Pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50.

Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas idéias comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões: 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.

Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.

Torcedor do Fluminense, chegou a declarar, na época do primeiro rebaixamento do clube, que a virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele afirmava veementemente, que o time deveria ter voltado à divisão de elite do Campeonato Brasileiro no campo, e não no tapetão.


Carreira Artística

Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde iniciou sua militância política no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista do Brasil, à época PCB, atual PCdoB.

Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Mário Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.

Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns meses. Envolveu-se com o Teatro de Revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estréia como letrista de música popular foi com "Menina, Eu Sei De Uma Coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada Além", da mesma dupla de autores.


Suas composições mais famosas são "Ai Que Saudades Da Amélia", "Atire A Primeira Pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves, "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, "Número Um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.

Em "Ai Que Saudades Da Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que "Amélia" tornou-se sinônimo de mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.

Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator de rádio. Ele atuou na radionovela, especial da Semana Santa em 27/03/1959: "A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo", interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra" (1972), "O Casarão" (1976), "Nina" (1977), "Elas Por Elas" (1982), "Barriga de Aluguel" (1990), entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra Em Transe", de Glauber Rocha.

Mário Lago esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscow, para participar da reestruturação do programa "Conversando Com O Brasil", do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os programas radiofônicos produzidos no Brasil, que Mário Lago mostrou aos soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses" e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da decepção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política.

Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cassados pelo regime militar, e perdeu suas funções na Rádio Nacional.



Em 1989, ligou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou como âncora dos programas eleitorais do então candidato do partido, Luís Inácio Lula da Silva, à presidência da República, em 1998.

Autor dos livros "Chico Nunes Das Alagoas" (1975), "Na Rolança Do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção De Sarapatel" (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: "Mário Lago: Boêmia E Política".

No carnaval de 2001, Mário Lago foi tema do desfile da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz. Em dezembro de 2001, recebeu uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Troféu Domingão do Faustão, que, no ano seguinte, ganharia o nome de Troféu Mário Lago, sendo anualmente concedido aos grandes nomes da teledramaturgia.

Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio de Janeiro para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário Lago revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário Lago, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele!"


Morte

Mário Lago morreu no dia 30/05/2002, aos 90 anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, vítima de Enfisema Pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator.

Até o fim de sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a se engajar na campanha presidencial apoiando o então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações culturais de todas as unidades do colégio desde teatro até apresentações dos corais das unidades.

Mário Lago encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.


Televisão

  • 2001 - O Clone ... Drº Molina (Participação Especial)
  • 2000 - Brava Gente ... Eleutério
  • 1992/1999 - Você Decide (12 episódios)
  • 1999 - Força De Um Desejo ... Teodoro
  • 1998 - Pecado Capital ... Amatto
  • 1998 - Torre De Babel ... Padre (Participação Especial)
  • 1998 - Hilda Furacão ... Olavo
  • 1996 - O Fim Do Mundo ... Frei Luiz
  • 1996 - Quem É Você?
  • 1995 - Explode Coração
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores E Seus Pecados ... Osmar
  • 1994 - Quatro or Quatro ... Henrique Pessoa
  • 1993 - Agosto ... Aniceto
  • 1992 - De Corpo E Alma ... Veiga
  • 1992 - Despedida De Solteiro ... Padre (Participação Especial)
  • 1991 - Vamp (Participação Especial)
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Drº Molina
  • 1989 - O Salvador Da Pátria ... Quinzote
  • 1988 - O Pagador De Promessas ... Dom Germano
  • 1986 - Cambalacho ... Antero Souza e Silva
  • 1986 - Roda De Fogo ... Antônio Villar
  • 1985 - Grande Sertão: Veredas ... Compadre Quelemem
  • 1985 - Tenda Dos Milagres ... Judge João Reis
  • 1985 - Um Sonho A Mais
  • 1985 - O Tempo E O Vento ... Padre Lara
  • 1984 - Partido Alto
  • 1984 - Padre Cícero ... Núncio Apostólico
  • 1983 - Guerra Dos Sexos ... Juiz
  • 1983 - Louco Amor ... Agenor Rocha
  • 1982 - Elas Por Elas ... Miguel Aranha
  • 1981 - Brilhante ... Vítor Newman
  • 1981 - Baila Comigo (Participação Especial)
  • 1980 - Plumas & Paetês ... Cristiano
  • 1979 - Os Gigantes ... Antônio Lucas
  • 1979 - Dancin' Days ... Alberico Santos
  • 1977 - Nina ... Galba
  • 1976 - O Casarão ... Atílio Souza
  • 1975 - Pecado Capital ... Perez
  • 1975 - Cuca Legal ... Aureliano
  • 1975 - Escalada ... Chico Dias
  • 1974 - O Espigão ... Gabriel Martins
  • 1973 - Cavalo De Aço ... Inácio
  • 1972 - Selva De Pedra ... Sebastião
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... César
  • 1971 - Assim Na Terra Como No Céu ... Oliveira Ramos
  • 1970 - Verão Vermelho ... Bruno
  • 1969 - A Ponte Dos Suspiros ... Foscari
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Barão de La Torre
  • 1968 - Passo Dos Ventos ... Dubois
  • 1968 - O Homem Proibido ... Ali Abbor
  • 1967 - Presídio De Mulheres ... Pierre
  • 1967 - A Sombra De Rebeca ... Tamura
  • 1966 - O Sheik De Agadir ... Otto Von Lucker
  • 1963 - Nuvem De Fogo

Cinema

  • 1983 - Idolatrada
  • 1978 - O Velho Gregório
  • 1977 - Lá Menor
  • 1973 - Café Na Cama
  • 1971 - São Bernardo
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1970 - Badalada Dos Infiéis
  • 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite
  • 1969 - O Bravo Guerreiro
  • 1969 - Tempo De Violência
  • 1969 - Incrível, Fantástico, Extraordinário
  • 1968 - Desesperato
  • 1968 - A Vida Provisória
  • 1968 - Massacre No Supermercado
  • 1967 - Terra Em Transe
  • 1967 - Na Mira Do Assassino
  • 1966 - O Padre E A Moça
  • 1966 - Essa Gatinha É Minha
  • 1966 - Na Onda Do Iê-Iê-Iê
  • 1966 - Cuidado, Espião Brasileiro Em Ação
  • 1965 - História De Um Crápula
  • 1962 - Assalto Ao Trem Pagador
  • 1962 - Assassinato Em Copacabana
  • 1959 - Mulheres, Cheguei!
  • 1957 - Papai Fanfarrão
  • 1953 - Balança Mas Não Cai
  • 1952 - Pecadora Imaculada
  • 1950 - A Sombra Da Outra
  • 1949 - O Homem Que Passa
  • 1948 - Uma Luz Na Estrada
  • 1948 - Terra Violenta
  • 1947 - Asas Do Brasil
  • 1947 - O Homem Que Chutou A Consciência


Representações Na Cultura

Mário Lago foi interpretado pelo músico Supla no filme "Noel - Poeta da Vila" (2006). A escola de samba paulistana Mancha Verde homenageou Mário Lago com o enredo "Mário Lago - Um Homem Do Século XX" no carnaval de 2013.

Fonte: Wikipédia

Chico Xavier

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
(92 anos)
Médium e Célebre Divulgador do Espiritísmo

* Pedro Leopoldo, MG (02/04/1910)
+ Uberaba, MG (30/06/2002)

Francisco de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, foi um médium e um dos mais importantes divulgadores do espiritismo no Brasil. O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos.

Nascido no seio de uma família humilde, era filho de João Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma dona de casa. Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico Xavier teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles.

Lar de Chico Xavier na infância
Os Abusos da Madrinha

A mãe faleceu quando Chico Xavier tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Chico Xavier foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo".

Chico Xavier adolescente
Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo, Rita de Cássia passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se comunicava desde os cinco anos de idade. O menino viu-a após uma prece, junto à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe recomendava-lhe "paciência, resignação e fé em Jesus".

A madrinha ainda criava outro filho adotivo, Moacir, que sofria de uma ferida incurável na perna. Rita de Cássia decidiu seguir a simpatia de uma benzedeira, que consistia em fazer uma criança lamber a ferida durante três sextas-feiras em jejum, sendo a tarefa atribuída ao pequeno Chico Xavier. Revoltado com a imposição, Chico Xavier conversou novamente com o espírito da mãe, que o aconselhou a "lamber com paciência". O espírito explicou-lhe que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a ira da madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os espíritos se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de Moacir, Rita de Cássia melhorou o tratamento dado a Chico Xavier.

Cidália Batista a madrasta de Chico Xavier
A Madrasta

O seu pai casou-se novamente e a nova madrasta, Cidália Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Chico Xavier tinha então sete anos. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta, o menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Chico Xavier, para ajudar nas despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da casa.

Na escola, como na igreja, as faculdades paranormais de Chico Xavier continuaram a causar-lhe problemas. Durante uma aula do 4º ano primário, afirmou ter visto um homem, que lhe ditou as composições escolares, mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não se importou. Uma redação sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de composições escolares comemorativas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Enfrentou o ceticismo dos colegas, que o acusaram de plágio, acusação essa que sofreu durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Chico Xavier submeteu-se ao desafio de improvisar uma redação, com o auxílio de um espírito, sobre um grão de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.

A madrasta Cidália pediu a Chico Xavier que consultasse o espírito da falecida mãe dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da horta, conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos. Assustado com a mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo.

O padre Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a internação, tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as leituras, tidas como motivo para as fantasias, e a colocá-lo no trabalho. Chico Xavier, então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida.

No ano de 1924, terminou o antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de trabalho, empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários extensos. Apesar de católico devoto e das incontáveis penitências e contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter visões e nem de conversar com espíritos.

O Contato Com a Doutrina Espírita

Em 1927, então com dezessete anos de idade, Chico Xavier perdeu a madrasta Cidália e se viu diante da insanidade de uma irmã, que descobriu ser causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação de um amigo,  Chico Xavier iniciou-se no estudo do espiritismo.

No mês de maio desse mesmo ano, recebeu nova mensagem de sua mãe, na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o cumprimento de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em um simples barracão de madeira de propriedade de seu irmão. Em julho, por orientação dos espíritos seus mentores, iniciou-se na prática da psicografia, escrevendo dezessete páginas. Nos quatro anos subsequentes, aperfeiçoou essa capacidade embora, como relata em nota no livro "Parnaso de Além-Túmulo", ela somente tenha ganho maior clareza em finais de 1931.

Desse modo, pela sua mediunidade começaram a manifestar-se diversos poetas falecidos, somente identificados a partir de 1931. Em 1928, começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos "O Jornal", do Rio de Janeiro, e "Almanaque de Notícias", de Portugal.

As Primeiras Obras

Em 1931, em Pedro Leopoldo, iniciou a psicografia da obra "Parnaso de Além-Túmulo". Esse ano, que marca a "maioridade" do médium, é o ano do encontro com seu mentor espiritual Emmanuel, "...à sombra de uma árvore, na beira de uma represa...". O mentor informa-o sobre a sua missão de psicografar uma série de trinta livros e explica-lhe que para isso são lhe exigidas três condições: "disciplina, disciplina e disciplina".

Severo e exigente, o mentor instruiu-o a manter-se fiel a Jesus Cristo e a Allan Kardec, mesmo na eventualidade de conflito com a sua orientação. Mais tarde, o médium conheceu que Emmanuel havia sido o senador romano Publius Lentulus, posteriormente renascido como escravo e simpatizante do cristianismo e que, em reencarnação posterior, teria sido o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, ligado à evangelização do Brasil.

Em 1932, foi publicado o "Parnaso de Além-Túmulo" pela Federação Espírita Brasileira. A obra, coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e portugueses, obteve grande repercussão junto à imprensa e à opinião pública brasileira e causou espécie entre os literatos brasileiros, cujas opiniões se dividiram entre o reconhecimento e a acusação de pastiche. O impacto era aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por um "modesto escriturário" de armazém do interior de Minas Gerais, que mal completara o primário. Conta-se que o espírito de sua mãe aconselhou-o a não responder aos críticos.

Os direitos autorais das suas obras são concedidos à Federação Espírita Brasileira. Nesse período, inicia a sua relação com Manuel Quintão e Wantuil de Freitas. Ainda nesse período, descobriu ser portador de uma catarata ocular, problema que o acompanhou pelo resto da vida. Os espíritos seus mentores, Emmanuel e Bezerra de Menezes, orientam-no para tratar-se com os recursos da medicina humana e não contar com quaisquer privilégios dos espíritos.

Continuou com o seu emprego de escrevente-datilógrafo na Fazenda Modelo da Inspetoria Regional do Serviço de Fomento da Produção Animal, iniciado em 1935 e a exercer as suas funções no Centro Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e psicografando as obras do Além. O administrador da fazenda era o engenheiro agrônomo Rômulo Joviano, também espírita, que além de conseguir o emprego para Chico Xavier, o ajudava a ter a paz necessária para os trabalhos de psicografia, além de acompanhar as sessões do Centro Espírita Luís Gonzaga, do qual se tornaria presidente. Foi justamente no período em que psicografava nos porões da casa de Joviano que foi escrita uma de suas maiores obras, intitulada "Paulo e Estevão". Paralelamente, iniciou uma longa série de recusas de presentes e distinções, que perdurará por toda a vida, como por exemplo a de Fred Figner, que lhe legou vultosa soma em testamento, repassada pelo médium à Federação Espírita Brasileira.

Com a notoriedade, prosseguiram as críticas de pessoas que tentavam desacreditá-lo. Além dessas pessoas, Chico Xavier ainda dizia que inimigos espirituais buscavam atingi-lo com fluidos negativos e tentações. Souto Maior relata uma tentativa de "linchamento pelos espíritos", bem como um episódio em que jovens nuas tentam o médium em sua banheira. Observe-se que ambos os episódios contêm aspectos narrativos comuns à chamada "prova", comum em histórias de santidade.

O Processo da Viúva de Humberto Campos

No decorrer da década de 1930, destacaram-se ainda a publicação dos romances atribuídos a Emmanuel e da obra "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", atribuída ao espírito de Humberto de Campos, onde a história do Brasil é interpretada de forma mítica e teológica. Essa última obra trouxe como consequência uma ação judicial movida pela viúva do escritor, que pleiteou por essa via direitos autorais pelas obras psicografadas, caso se confirmasse a autoria do famoso escritor maranhense.

A defesa do médium foi suportada pela Federação Espírita Brasileira e resultou, posteriormente, no clássico "A Psicografia Perante os Tribunais", do advogado Miguel Timponi. Em sua sentença, o juiz decidiu que os direitos autorais referiam-se à obra reconhecida em vida do autor, não havendo condição de o tribunal se pronunciar sobre a existência ou não da mediunidade. Ainda assim, para evitar possíveis futuras polêmicas, o nome do escritor falecido foi substituído pelo pseudônimo Irmão X.

Nesse período, Chico Xavier ingressou no serviço público federal, como auxiliar de serviço no Ministério da Agricultura. Vale salientar que, em toda a sua carreira como funcionário público, não existe registro de qualquer falta ao serviço.

Nosso Lar

Em 1943, vem a público uma das obras mais populares da literatura espírita no país, o romance "Nosso Lar", o mais vendido e divulgado da extensa obra do médium, que no ano de 2010 se tornou um filme. Esse é o primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito André Luiz.

Nesse período, a celebridade de Chico Xavier é crescente e cada vez mais pessoas o procuram em busca de curas e mensagens, transformando a pequena cidade de Pedro Leopoldo em um centro informal de peregrinação. Tendo morrido na miséria o seu antigo patrão, José Felizardo, o médium empenha-se em arranjar-lhe um sepultamento digno, pedindo doações de casa em casa para esse fim. De acordo com o seu biógrafo Ubiratan Machado, "...até mesmo um mendigo cego doou-lhe toda a féria do dia".

O Caso Amauri Pena

Em 1958, o médium viu-se no centro de uma nova polêmica, desta vez por conta das denúncias de um sobrinho, Amauri Pena, filho da irmã curada de obsessão. O sobrinho, ele mesmo médium psicógrafo, anunciou-se pela imprensa como falso médium, um imitador muito capaz, acusação que estendeu ao tio. Chico Xavier defendeu-se, negando ter qualquer proximidade com o sobrinho. Já com antecedentes de alcoolismo e com sérios remorsos pelos danos causados à reputação do tio, Amauri Pena foi internado num sanatório psiquiátrico em São Paulo, onde veio a falecer.

Waldo Vieira
A Parceira Com Waldo Vieira

No mesmo período, Chico Xavier conheceu o jovem médico e médium Waldo Vieira, em parceria com quem psicografou diversas obras em comum, até à ruptura de ambos, alguns anos depois. Em 1959, estabeleceu residência em Uberaba, onde viveu até ao fim de seus dias. Continuou a psicografar inúmeras obras, passando a abordar os temas que marcam a década de 60, como o sexo, as drogas, a questão da juventude, a tecnologia, as viagens espaciais e outros. Uberaba, por sua vez, tornou-se centro de peregrinação informal, com caravanas a chegar diariamente, de pessoas com esperança de um contato com parentes falecidos. Nesse período, popularizam-se os livros de "mensagens": cartas ditadas a familiares por espíritos de pessoas comuns. Prosseguem também as campanhas de distribuição de alimentos e roupas para os pobres da cidade.

Em 22 de maio de 1965, Chico Xavier e Waldo Vieira viajaram para Washington, Estados Unidos, a fim de divulgar o espiritismo no exterior. Com a ajuda de Salim Salomão Haddad, presidente do centro Christian Spirit Center, e sua esposa Phillis, estudaram inglês e lançaram o livro "Ideal Espírita", com o nome de "The World of The Spirits".

No alvorecer da década de 70, Chico Xavier participou de programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Nessa década, além da catarata e dos problemas de pulmões, passou a sofrer de angina. Passou ainda a ajudar pessoas pobres com o dinheiro da vendagem de seus livros, tendo para tanto criado uma fundação.

As Décadas de 80 e 90

Em 1981, foi proposto para o Prêmio Nobel da Paz, que não ganhou. Nesse período, a sua fama ampliou-se no exterior, com diversas de suas obras sido vertidas em diversas línguas, assim como ganhou adaptações para telenovelas. Ao final da década de 90, o médium contava com mais de quatrocentos títulos de livros psicografados. Nesse período, estimava-se em aproximadamente cinquenta milhões os livros espíritas circulando no Brasil, dos quais quinze milhões eram atribuídos a Chico Xavier e doze milhões a Allan Kardec.

No ano de 1994, o tablóide estadunidense National Examiner publicou uma matéria em que, no título, declarava que "Fantasmas Escritores Fazem Romancista Milionário". A matéria foi alardeada no Brasil com destaque pela hoje extinta revista Manchete, com o título de "Secretário dos Fantasmas", onde se declarava que, segundo informava a National Examiner, o médium brasileiro ficou milionário, havendo ganho 20 milhões de dólares como "Secretário dos Fantasmas".

A revista Manchete continuava: "Segundo o jornal, ele é o primeiro a admitir que os 380 livros que lançou são de 'ghost-writers', mas 'ghosts' mesmo, em sentido literal", concluindo que Chico Xavier simplesmente transcreve as obras psicografadas de mais de 500 escritores e poetas mortos e enterrados.

O médium não respondeu, mas a Federação Espírita Brasileira, por seu então Presidente Juvanir Borges de Souza, editora de boa parte das obras de Chico Xavier, enviou uma carta à revista em que informava utilizar os direitos autorais e a remuneração pelas obras de Francisco Cândido Xavier para uso da caridade, o mesmo se passando com outras editoras, ressaltando que "os direitos autorais são cedidos gratuitamente, visando a tornar o livro espírita bastante acessível e a contribuir, destarte, para a difusão da Doutrina Espírita".

O mesmo Presidente da Federação Espírita Brasileira, em 4 de outubro daquele ano, por ocasião do I Congresso Espírita Mundial, apresentou uma "moção de reconhecimento e de agradecimento ao médium Francisco Cândido Xavier", aprovada pelo Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em proposta apresentada pelo presidente da Federação Espírita do Estado de Sergipe. No documento, as entidades representativas do espiritismo no Brasil devotavam a sua gratidão e respeito ao médium "pelos intensos trabalhos por ele desenvolvidos e pela vida de exemplo, voltados ao estudo, à difusão e à prática do espiritismo, à orientação, ao atendimento e à assistência espiritual e material aos seus semelhantes".

Morte

O médium faleceu aos 92 anos de idade, em decorrência de Parada Cardiorrespiratória, no dia 30 de junho do ano de 2002, mesma data da morte de Chacrinha. Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico Xavier teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estivessem muito felizes e em que o país estivesse em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo de Futebol daquele ano, no dia de seu falecimento. Chico Xavier morreu cerca de nove horas depois da partida Brasil x Alemanha.

Homenagens

Chico Xavier  foi eleito o mineiro do século XX, seguido por Santos Dumont e Juscelino KubitschekRecentemente, iniciou-se a construção de um centro em sua homenagem.

Filme Biográfico

Em 2 de abril de 2010, data em que Chico Xavier completaria 100 anos, estreou "Chico Xavier, O Filme", baseado na biografia "As Vidas de Chico Xavier", do jornalista Marcel Souto Maior. Dirigido e produzido pelo cineasta Daniel Filho, Chico Xavier é retratado pelos atores Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier, respectivamente, em três fases de sua vida: de 1918 a 1922, 1931 a 1959 e 1969 a 1975.

Psicografias

Chico Xavier psicografou 451 livros, sendo 39 publicados após a morte. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros. Vendeu mais de cinquenta milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braile. Psicografou cerca de dez mil cartas de mortos para suas famílias. Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade desde o primeiro livro.

Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa Editora O Clarim, Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado de São PauloFederação Espírita do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta Gaio, Grupo Espírita Emmanuel S/C Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto de Difusão Espírita, Instituto de Divulgação Espírita André Luiz, Livraria Allan Kardec Editora, Editora Pensamento e União Espírita Mineira. Mesmo não tendo ensino completo, ele escrevia em torno de seis livros por ano, dentre eles livros de romances, contos, filosofia, ensaios, apólogos, crônicas, poesias etc. É o escritor mais lido da América Latina.


Seu primeiro livro, "Parnaso de Além-Túmulo", com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, dentre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932. O livro gerou muita polêmica nos círculos literários da época. O de maior tiragem foi "Nosso Lar", publicado no ano de 1944, atualmente com mais de dois milhões de cópias vendidas, atribuído ao espírito André Luiz, sendo o primeiro volume da coleção de dezessete obras, todas psicografadas por Chico Xavier, algumas delas em parceria com o médico mineiro Waldo Vieira.

Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz, que aceitou como prova válida, entre outras que também foram apresentadas pela defesa, um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de Maurício teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.

Acusações de Fraude

Durante décadas, Chico Xavier produziu cartas psicografadas para pais e mães que o procuravam para ter notícias de seus filhos no além. Segundo um estudo da Associação Médico-Espírita de São Paulo, de 1990, nomes de parentes apareciam em 93% das cartas e 35% delas tinham assinaturas semelhantes às dos falecidos. Sempre havia citações que davam impressão de familiaridade aos leitores a quem eram dirigidas.

A fonte dessas informações sempre esteve sob suspeita. Mesmo assim eram tidas como legítimas pelos familiares e chegaram a ser usadas como provas em três julgamentos.

Além das cartas, houve a polêmica com os muitos livros de poesia e prosa que Chico Xavier produziu em nome de espíritos de escritores famosos do Brasil como Olavo Bilac e Castro Alves. Chico Xavier colecionava cadernos com recortes de textos e poesias, notadamente dos autores espirituais que o procuravam.

O verdadeiro escândalo veio quando Amauri Pena Xavier, sobrinho de Chico Xavier, disse poder imitar as psicografias dele com truques e acusou o tio de ser também um impostor. Depois, sentindo-se culpado, ele retirou a acusação.

Durante os transes mediúnicos, eletroencefalogramas do médium mostraram que ele apresentava características clínicas que variavam da epilepsia à criptomnésia. Clinicamente ele nunca foi epiléptico.

Fonte: Wikipédia
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