Mostrando postagens com marcador 2020. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2020. Mostrar todas as postagens

Moraes Moreira

ANTÔNIO CARLOS MORAES PIRES
(72 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Ituaçu, BA (08/07/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/04/2020)

Antônio Carlos Moraes Pires, mais conhecido como Moraes Moreira, foi um cantor, compositor e instrumentista, nascido em Ituaçu, BA, em 08/07/1947. Era ex-integrante do grupo Novos Baianos, mas estava em carreira solo desde 1975.

Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, BA, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, BA.

Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll. Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde ficou de 1969 a 1975.

Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo. O álbum "Acabou Chorare", lançado pela banda em 1972, foi considerado pela revista Roling Stone Brasil em primeiro lugar na lista dos 100 melhores álbuns da história da música brasileira divulgado em 2007.

Moraes Moreira possui 40 discos gravados, entre Novos Baianos, Trio Elétrico Dodô e Osmar e ainda dois discos em parceria com o guitarrista Pepeu GomesMoraes Moreira  se enquadrava entre um dos mais versáteis compositores do Brasil, misturando ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e até mesmo música erudita.

Em dezembro de 2015, o grupo Novos Baianos anunciou um retorno com a formação original.

Moraes Moreira homenageado no programa Som Brasil em 2009.
Carreira Solo

Moraes Moreira  saiu em carreira solo no ano de 1975, e desde então lançou mais de 20 discos. Na sua carreira solo, destacou-se como o primeiro cantor de trio elétrico, cantando no Trio de Dodô e Osmar, e lançou diversos sucessos de músicas de carnaval, no que se convencionou chamar de "Frevo Trieletrizado". Alguns dos sucessos dessa fase são "Pombo Correio", "Vassourinha Elétrica", "Bloco do Prazer", dentre outras.

Durante os anos 80 se afastou um pouco do carnaval baiano, devido a sua comercialização para a indústria do turismo.

Em 1994 gravou "O Brasil Tem Concerto", influenciado pela música erudita, e no ano seguinte gravou o "Moraes Moreira Acústico MTV", mais tarde transformado em CD e DVD.

Em 1997, gravou um disco carnavalesco em que comemora seus 50 anos, 50 carnavais e dois anos depois, em 1999, lançou o disco "500 Sambas" em homenagem aos 500 anos de descobrimento do Brasil.

No ano 2000 lançou o disco "Bahião com H", tocando o baião com seu característico sotaque baiano.

Novos Baianos
Em 2003 completou sua trilogia que tinha como tema o Brasil, que incluíu os três álbuns "Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira" (1979), "O Brasil Tem Concerto" (1994) e "Meu Nome é Brasil" (2003).

Em 2005 lançou independentemente o surpreendente disco "De Repente", misturando hip hop com repente nordestino e o swing característico de seu violão.

Em 2008,  Moraes Moreira lançou o livro "A história dos Novos Baianos e Outros Versos" em que conta a história do grupo em literatura de cordel e curiosidades sobre as músicas de sua carreira solo, e saiu em turnê pelo Brasil com o show homônimo, tocando os maiores sucessos de sua carreira e recitando trechos do livro, que em 2009 foi transformado em DVD e CD.

Em 2012, Moraes Moreira gravou o disco "A Revolta dos Ritmos", um disco com 12 composições inéditas dele. Paralelo ao novo CD, viajou pelo Brasil, ao lado do seu filho Davi Moraes, com uma turnê comemorando os 40 anos do disco "Acabou Chorare". A princípio seria apenas um show, mas devido ao grande sucesso a turnê foi criada e fez uma série de shows.

Sua música "O Caminhão da Alegria" acabou virando alcunha do Sport Club do Recife, na década de 1980, e é sempre tocada antes dos jogos do clube pernambucano na Ilha do Retiro.

Morte

Moraes Moreira faleceu na segunda-feira, 13/04/2020, aos 72 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, enquanto dormia. A causa da morte ainda é desconhecida.

O corpo de Moraes Moreira foi encontrado pela manhã no apartamento em que ele morava na Gávea, no Rio de Janeiro. O artista vivia sozinho.

Discografia

  • 1975 - Moraes Moreira (Som Livre)
  • 1977 - Cara e Coração (Som Livre)
  • 1978 - Alto Falante (Som Livre)
  • 1979 - Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira (Som Livre)
  • 1980 - Bazar Brasileiro (Ariola)
  • 1981 - Moraes Moreira (Ariola)
  • 1982 - Coisa Acesa (Ariola)
  • 1983 - Pintando o Oito (Ariola)
  • 1984 - Mancha de Dendê Não Sai (Ariola)
  • 1985 - Tocando a Vida (CBS)
  • 1986 - Mestiço é Isso (CBS)
  • 1988 - República da Música (CBS)
  • 1988 - Baiano Fala Cantando (CBS)
  • 1990 - Moraes e Pepeu (Warner Music)
  • 1994 - Moraes e Pepeu - Ao Vivo no Japão (Warner Music)
  • 1991 - Cidadão (Sony Music)
  • 1993 - Terreiro do Mundo (Polygram)
  • 1993 - Tem um Pé no Pelô (Som Livre)
  • 1994 - O Brasil Tem Conserto (Polygram)
  • 1995 - Moraes Moreira Acústico MTV (EMI-Odeon)
  • 1996 - Estados (Virgin)
  • 1997 - 50 Carnavais (Virgin)
  • 1999 - 500 Sambas (Abril Music)
  • 2000 - Bahião Com H (Atração Fonográfica)
  • 2003 - Meu Nome é Brasil (Universal)
  • 2005 - De Repente (Rob Digital)
  • 2009 - A História dos Novos Baianos e Outros Versos (Biscoito Fino)
  • 2012 - A Revolta dos Ritmos (Biscoito Fino)
  • 2018 - Ser Tão (Discobertas)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #MoraesMoreira

Riachão

CLEMENTINO ROGRIGUES
(98 anos)
Cantor e Compositor

☼ Salvador, BA (14/11/1921)
┼ Salvador, BA (30/03/2020)

Clementino Rodrigues, mais conhecido pelo apelido de Riachão, foi um cantor e compositor nascido em Salvador, BA, no dia 14/11/1921. Foi um sambista dos mais reconhecidos do país, ao lado de Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Cartola e outros da velha guarda.

Por se inspirar em episódios extravagantes da capital baiana (como a exposição de uma baleia na Praça da Sé), ele passou a ser chamado de cronista musical. Expoente da era de ouro do rádio baiano nas décadas de 1940 e 1950, seus sambas irreverentes, tais como "Retrato da Bahia" e "Bochechuda e Papuda", o tornaram ganhador do Troféu Gonzaga.

Riachão nasceu na rua Língua de Vaca, no bairro de Garcia em Salvador, BA.

Riachão tinha um estilo muito peculiar de compor, com características de crônica. Nas suas letras irreverentes retrata o povo baiano de sua amada cidade de Salvador e seus personagens típicos como a baiana do acarajé, capoeiristas e os malandros de terno branco.


Seu apelido veio na adolescência. O termo riachão era usado pelos baianos para falar de gente de caráter difícil. Segundo ele mesmo em depoimento para o extinto jornal Diário de Notícias:
"Quando era menino eu gostava muito de brigar. Mal acabava uma peleja já estava eu disputando outra. E aí chegavam os mais velhos para apartar, empregando aquele ditado popular: 'Você é algum riachão que não se possa atravessar?'"
Desde os nove anos, Riachão já cantava nas serenatas, nos aniversários ou nas batucadas com os amigos do bairro onde nasceu, Garcia. Batucava em latas de água onde tamborilava seus sambas. A primeira composição veio aos 12 anos, um samba sem título que dizia: "Eu sei que sou moleque, eu sei, conheço o meu proceder / Deixe o dia raiar que a minha turma, ela é boa para batucar".

Com 23 anos ingressou na Rádio Sociedade onde se juntou a um trio vocal que se apresentava no programa de auditório "Show Pindorama" da emissora de rádio Sociedade AM. No trio interpretava de serestas a toadas sertanejas. Ficou pouco tempo no trio porque queria se dedicar ao samba, seguindo para uma carreira solo. Já tinha, por essa época, constituído a sua imagem artística, uma figura que sempre usava anéis, lenços, boné e a indispensável toalha no pescoço.


Entre 1948 e 1959 compôs músicas como "A Morte do Motorista da Praça da Sé", "A Tartaruga", "Visita da Rainha Elisabeth" (por ocasião da visita da rainha Elisabeth a Bahia em 1968) e "Incêndio no Mercado Modelo".

Nos anos 50 várias canções suas foram gravadas por Jackson do Pandeiro, como "Meu Patrão", "Saia" e "Judas Traidor". Outros que gravaram suas composições foram Marinês, "Terra Santa" e Eraldo Oliveira, "A Nega Não Quer Nada".

Nos anos 60 virou ator e participou de filmes como "A Grande Feira" de Roberto Pires em 1961, "Os Pastores da Noite", de Marcel Camus, em 1972, e "J.S. Brown, o Último Herói" de 1980. "Pastores Da Noite" foi um filme baseado na obra de seu amigo Jorge Amado.

Riachão trabalhou na Rádio Sociedade da Bahia até 1971 onde cantou e apresentou programas. De lá conseguiu um emprego de contínuo no Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Desenbanco) por intermédio de Antonio Carlos Magalhães.
"Aí acabou o rádio, por causa da TV. Aqueles artistas todos perderam seu espaço, muitos morreram apaixonados!"

E foi com patrocínio do Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Desenbanco) que lançou seu primeiro LP, "Sonho de Malandro" em 1973. Nesse disco se destaca a música "Eu Também Quero" onde relata o aparecimento do tíquete-refeição. Este e outros discos posteriores venderam pouco e Riachão caiu num ostracismo artístico, se apresentando apenas para plateias universitárias no Rio de Janeiro.

Riachão teve várias das suas músicas interpretadas por cantores nacionais, uma das mais conhecidas foi "Vá Morar Com o Diabo", interpretada por Cássia Eller. Também é de sua autoria a famosa música "Cada Macaco no Seu Galho", escolhida por Caetano Veloso e Gilberto Gil, em 1972, para marcar o retorno de ambos ao Brasil depois de exílio político durante o regime militar no Brasil, e que gravaram posteriormente.

Em 1976, Riachão teve um samba proibido pela censura. A letra da música "Barriga Vazia" falava da fome: "Eu, de fome, vou morrer primeiro / você, de barriga, também vai morrer um dia".

A notícia da censura correu a cidade e, num show no ICBA, em 1976, a plateia universitária frequentadora contumaz do espaço cultural, localizado em um bairro de elite em Salvador, exigiu que Riachão a cantasse.


Em 2000, finalmente lançou o seu primeiro CD, a um mês de completar 80 anos de idade. "Humanenochum" contou com participações de Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Tom Zé, Dona Ivone Lara e Armandinho, e trouxe alguns de seus grandes sucessos como "Vá Morar Com o Diabo", "Pitada de Tabaco" e "Cada Macaco no Seu Galho". Segundo Riachão o título quer dizer "homem humano que ama a mulher e não a maltrata", uma homenagem a Dalva, companheira de 30 anos de convivência.

Em 2001, no Festival de Brasília, foi exibido o documentário "Samba Riachão", de Jorge Alfredo, que conta a sua história.

Em 2002, fez participação especial no seriado "Pastores da Noite", da TV Globo, baseado no filme.

Em 2008, Riachão sofreu uma tragédia: Dalva, dois filhos, genro e cunhada morreram em um acidente de carro no interior do Rio de Janeiro. Outra perda irreparável foram a maioria das 500 músicas que calcula ter escrito nos anos 1930 e 1940 que se foram em "um incêndio pequenino lá na rádio". Como muitas delas eram baseadas em improviso não ficaram em sua memória.


Em 2013, lançou o CD "Mundão de Ouro" em colaboração com a cantora Vânia Abreu, gravado num estúdio de São Paulo, contando com quinze faixas, sendo 13 inéditas e incluindo os sucessos de sempre, "Vá Morar com o Diabo" e "Cada Macaco no Seu Galho".

No ano de 2017 prestou depoimento na série "Depoimentos Para a Posteridade", do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS), na sede da Praça XV.

Apesar de sua produção incessante, deixou uma pequena discografia de apenas sete álbuns: "Sonho de Malandro" (1973), "Samba da Bahia" (1975, álbum dividido com Batatinha e Panela), "Sonho de Malandro" (1981), "Diplomacia" (1998), "Humanenochum" (2000), "Riachão" (2001) e "Mundão de Ouro" (2012).

O disco mais recente de Riachão, "Mundão de Ouro", foi produzido pela cantora e produtora musical Vânia Abreu. Esse disco incluiu a música "Meu Dia Vem Aí", uma homenagem ao seu colega compositor Batatinha, falecido em 03/01/1997. Riachão gravou a música batucando uma caixinha de fósforos, marca registrada de Batatinha.

Morte

Riachão faleceu na madrugada de segunda-feira, 30/03/2020, aos 98 anos, de causas naturais, em Salvador, BA.

Segundo a família, Riachão sentiu dores no abdômen no domingo, 29/03/2020, e precisou de atendimento médico. Ele foi medicado e depois dormiu. A morte de Riachão só foi descoberta pela manhã, quando os familiares foram ver como ele estava.
"Ele sentiu uma dor. Então, ele foi medicado e sentiu alívio, uma estabilizada. Ele então foi dormir. Eu estava presente. Quando foi nesta madrugada, ele veio a falecer. Faleceu dormindo!"
(Milton Gonçalves Souza Júnior, neto de Riachão)

Discografia

  • Década de 1960 - Umbigada da Baleia (Disco de 78 rotações)
  • 1973 - Sonho de Malandro
  • 1973 - Samba da Bahia - Riachão, Batatinha e Panela
  • 1981 - Sonho de Malandro (Relançamento)
  • 1998 - Diplomacia
  • 2000 - Humanenochum
  • 2001 - Riachão
  • 2012 - Mundão de Ouro


Prêmios e Indicações

  • 2002 - 3º Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode por "Humanenochum (Indicado)
  • 2002 - Melhor Canção em Língua Portuguesa por "Vá Morar Com o Diabo" (Indicado Compositor)
  • 2013 - 25º Prêmio da Música Brasileira  na categoria Álbum de Samba por "Mundão de Ouro" (Indicado)
  • 2013 - 25º Prêmio da Música Brasileira  na categoria Cantor por "Mundão de Ouro" (Indicado)

#FamososQuePartiram #Riachao

Paulynho Paixão

FRANCISCO DE PAULA MOURA
(43 anos)
Cantor e Compositor

☼ São Miguel da Barra Grande, PI (17/01/1977)
┼ Teresina, PI (03/04/2020)

Francisco de Paula Moura, mais conhecido como Paulynho Paixão, considerado como "Rei do Coladinho", foi um cantor e compositor nascido em São Miguel da Barra Grande, PI, no dia 17/01/1977.

Paulynho Paixão foi criado na roça, mais precisamente na Fazenda São Luís, zona rural de São Miguel da Baixa Grande, interior do Piauí - a 138 km da capital Teresina. Paulynho Paixão passou a infância escutando programas de música sertaneja em um radinho de pilha. Os populares "Alvorada Sertaneja", na Rádio Nacional de Brasília, e "Programa do Roque Moreira", na Rádio Pioneira, de Teresina, eram suas companhias mais frequentes durante o trabalho no campo e também nas horas vagas.
"Sem entender nada de música eu já gostava. Como as crianças hoje gostam da nossa música, eu gostava de Zezé di Camargo & Luciano. Ouvia muito sertanejo enquanto tirava leite de vaca. Coisa bem fazenda mesmo. Na roça não se tem muita diversão. As poucas vizinhas que a gente tinha queriam saber dos boyzinhos da cidade. Ouvir e fazer música eram minhas grandes diversões!"
(Lembrou Paulynho Paixão, que não se fez de modesto ao comparar a sua trajetória de vida à de seu ídolo Zezé Di Camargo)


Paulynho Paixão começou a compor ainda criança. Nunca havia estudado música, não sabia tocar qualquer instrumento, não conhecia notas musicais ou cifras. Apenas escrevia versos rimados inspirados no dia a dia. A melodia surgia naturalmente. "Era de ouvido, coisa de dom mesmo. Ninguém explica... a gente atribui isso a Deus!", contou o compositor de aproximadamente mil canções, segundo suas próprias contas.

Romântico nato, Paulynho Paixão afirmou que 90% de suas letras falam de amor.
"As meninas tinham diários. Eu fazia músicas contando histórias da vida e acho que por isso as pessoas se identificam. Cada fora e cada sim que eu levei inspirou muito essa coisa do romance, do amor nas minhas músicas!"
(Paulynho Paixão)

Ainda criança, nas festinhas nas redondezas da Fazenda São Luís e mesmo na cidade, Paulynho Paixão passou a se convidar para cantar.
"Quando eu via o pessoal tocando em bar, aquela coisa de 'vocalista-tecladista', eu pedia para tocar. Ninguém dava muita confiança, mas deixavam. Fui tomando gosto!"
(Paulynho Paixão)

Nessas brincadeiras despretensiosas teve início a ideia fixa de Paulynho Paixão se tornar músico profissional.


Paulynho Paixão virou febre depois de estourar nos forrós e rádios populares do Nordeste com um misto de forró, brega e sertanejo. Em shows, festas particulares, carros de som, propagandas em rádio e até como toques de telefone celular.

Febre no Nordeste, suas canções estão entre as mais pedidas nas rádios e são tocadas pelas bandas de forró mais populares do país. Nesse segmento é comum que os repertórios das bandas coincidam já que a maior parte dos grupos de forró executa hits da concorrência em seus shows. Para isso, é preciso que a música em questão seja um grande sucesso. E, como se diz no jargão musical: "Paulynho Paixão está estourado!".

Autor de músicas românticas, Paulynho Paixão teve suas canções regravadas por grandes nomes da música brasileira, como Simone & Simária, Léo Magalhães, Xande Avião, Gustavo Lima, entre vários outros.

Paulynho Paixão teve em sua vida um envolvimento com drogas e ficou por um tempo longe dos palcos, até quando participou do programa "Domingo Show", da TV Record, sob apresentação de Geraldo Luís. Na ocasião, o cantor teve apoio e foi internado para reabilitação.

Em 2018, Paulynho Paixão voltou a fazer shows e conquistou novamente o retorno à carreira musical, onde lançou canções inéditas que tocaram no Brasil inteiro, a exemplo da música "Nota Dez", que tomou de conta da programação do rádio e televisão piauiense, maranhense, entre outros.

Paulynho Paixão foi preso em um hotel em Bacabal, MA, após denúncia de agressão por parte de sua esposa.
Violência Doméstica

Paulynho Paixão chegou a ser preso, em agosto de 2019, por agressão contra sua esposa, Wilma Alves da Silva, conhecida como Tayanne Costa. A Justiça acatou a denúncia no dia 21/01/2020.

O caso ocorreu em um hotel no dia 11/08/2019, após um show na cidade de Bacabal, MA, a 247 km de São Luís, MA. Na época, Paulynho Paixão foi enquadrado na Lei Maria da Penha e acabou preso após uma denúncia de agressão por parte de Tayanne Costa.

Morte

Paulynho Paixão faleceu na madrugada desta sexta-feira, 03/04/2020, aos 43 anos, vítima de um acidente de moto em uma rodovia no Estado do Piauí, próximo a cidade de São Miguel da Baixa Grande, 159 km de Teresina.

A carreira de Paulynho Paixão foi interrompida após o cantor se envolver em dois acidentes durante o intervalo de menos de três horas:

O primeiro acidente ocorreu por volta das 22h00, onde Paulynho Paixão perdeu o controle do veículo que dirigia, modelo Corolla, na BR 316, à altura da cidade de Passagem França, PI. Neste acidente, Paulynho Paixão saiu ileso e foi levado para sua residência na cidade de São Miguel da Baixa Grande, PI. No entanto, o cantor saiu novamente de casa, dessa vez em sua motocicleta, e acabou se envolvendo em um segundo acidente.

Horas depois, os irmãos de Paulynho Paixão foram ao local para tentar buscar o carro em que ele havia se acidentado. Contudo, retornando à cidade, encontraram o cantor caído no chão, próximo ao Riacho Dantas, na PI-225, altura da cidade de São Miguel da Baixa Grande, a 159 km de Teresina. Eles encontraram a moto e Paulynho Paixão na margem da rodovia Estadual.

Paulynho Paixão foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu e faleceu por volta de 3h00 da manhã do dia 03/04/2020.

O velório de Paulynho Paixão aconteceu em São Miguel da Baixa Grande, PI, cidade natal do cantor.

Paulynho Paixão deixou esposa, dois filhos e mais de seis mil músicas registradas em cartórios. A família informou que o cantor produziu recentemente, durante a quarentena, cerca de 10 novas músicas.

Fonte: WikipédiaSom 13 
#FamososQuePartiram #PaulynhoPaixão

Daniel Azulay

DANIEL AZULAY
(72 anos)
Artista Plástico, Desenhista, Cartunista, Compositor, Educador, Apresentador de Televisão e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (30/05/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/03/2020)

Daniel Azulay foi um artista plástico, educador com vasta e diversificada atuação na Imprensa e na televisão como desenhista, compositor, autor de livros infantojuvenis e videogames interativos, criador da Turma do Lambe-Lambe, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 30/05/1947.

Em 1968, criou a tira de jornal "Capitão Cipó", publicada no jornal Correio da Manhã.

Desenhista autodidata, Daniel Azulay formou-se em direito pela Universidade Cândido Mendes em 1969.

Daniel Azulay foi um dos criadores da vinheta de abertura do Jornal Nacional de 1972-1974. No final dos anos 70 apresentou um dos quadros do programa infantil "Pirlimpimpim", que era transmitido pelas emissoras educativas como a TV Cultura e a TVE. Entre outros, também fazia parte do programa, com bastante popularidade, o quadro "Mãos Mágicas".

Em 1975, lançou a "Turma do Lambe-Lambe", sendo precursor em 1976 apresentando durante dez anos seguidos, programas de televisão educativos e inteligentes para o público infantil.


Premiado na Grécia, em 1975, na exposição internacional de caricaturas em Atenas com sua charge contra o autoritarismo e o fascismo, charge esta, que só foi publicada no Brasil 10 anos depois em um livro do professor Darcy Ribeiro "Aos Trancos e Barrancos" (Capítulo - O Golpe de 64), devido a força da representação contra todo tipo de opressão, sua publicação foi impedida na época pelo então governo militar.

A "Turma do Lambe-Lambe" era formada por um grupo de personagens infantis criado por Daniel Azulay: o sábio Professor Pirajá; a galinha cozinheira, Xicória; a sonhadora Ritinha; o tagarela e o grande mágico Pipa; o tímido Piparote; a arteira Damiana; o malabarista Tristinho e a vaquinha vaidosa e metida a cantora, Gilda.

Entre os quadros que encantavam a garotada estava o que ensinava a desenhar e a fazer dobraduras (Origami), e confecção de brinquedos feitos com materiais reciclados, sendo o pioneiro neste tipo de trabalho, incentivando a imaginação infantil e se preocupando também com a reciclagem destes materiais para a preservação da nossa natureza.


Muitos artistas se apresentaram no programa como Barão Vermelho, Roupa Nova, Olívia Hime e Moraes Moreira. No encerramento do programa, Daniel Azulay se despedia da criançada dizendo: "Fiu, algodão doce pra vocês!".

Daniel Azulay influenciou de forma construtiva a geração dos anos 1980 que aprendeu com ele a desenhar, construir brinquedos com a sucata doméstica, e a importância da reciclagem e sustentabilidade em defesa do meio ambiente.

Isso tudo resultou em sucesso para a "Turma do Lambe-Lambe" na forma de livros, produtos licenciados, shows de teatro e discos musicais, e para Daniel Azulay, que acumulou prêmios nacionais e internacionais.

Com suas roupas de moleque traquina, sorriso simpático e voz aguda, Daniel Azulay era o meninão que agradava aos pais e cativava a meninada como se fosse o amigo mais velho dos pequenos.

No início dos anos 1980, foi para a TV Bandeirantes e continuou até 1992 divertindo as crianças em esquetes que incluíam atores vestidos como os personagens.


As revistas em quadrinhos foram publicadas no Brasil pela editora Abril, entre 1982 a 1984. Foram 20 edições. É interessante notar que, como não era Daniel Azulay quem desenhava as HQs do gibi - em todas as 20 edições lançadas - e a equipe do Estúdio de Quadrinhos da Editora Abril assumira a arte, alguns personagens coadjuvantes se pareciam com os figurantes que costumavam fazer pontas nas histórias da Disney produzidas no Brasil.

O humor ingênuo das HQs, bem ao gosto de seu público-alvo, certamente não despertava o interesse dos adultos, na época. No entanto, passados quase 30 anos de sua chegada às bancas, ganhou um gosto de saudade capaz de fazer qualquer marmanjo escancarar um largo sorriso de reverência aos bons tempos de infância.

Dedicou-se ainda a produção independente de televisão e de home-vídeos para toda América Latina. Sua versão da estória de Chapeuzinho Vermelho, foi exibido no Disney Channel de Miami e foi presenteado pelo próprio Daniel Azulay à princesa Anne da Inglaterra em 1987.


Daniel Azulay viajou pelo oriente médio e teve os seus cartuns publicados nos Estados Unidos, sendo o primeiro artista brasileiro admitido no National Cartoonists Society. Convidado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, desenhou selos, carimbos e aerogramas de Natal, divulgando a imagem do Brasil no exterior, ilustrou a produção gráfica e artística para os congressos da American Society Of Travel Agents (ASTA) realizados pelo Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR).

Personalidade do Ano Internacional da Criança, foi convidado pelo governo americano para representar o Brasil no International Symposium Of Books And Broadcasting For Children. Promoveu o Prêmio de Literatura Infantil na Dinamarca sendo ainda recebido pelas crianças dinamarquesas que traziam a bandeira brasileira na Legoland em Billund.

Em 2000, recebeu o prêmio Voluntário do Ano, na categoria artista.

"Sempre encarei meu trabalho de forma lúdica e solidária para com os menos favorecidos: os que não têm o que comer, os que não sabem o que é auto-estima e perderam a fé na vida. Recuperar o interesse dessas pessoas para uma atividade construtiva e de capacitação profissional através da arte é mais do que gratificante!"
(Disse Daniel Azulay na época do prêmio)


O esforço que realizava com um programa dedicado às crianças, era complementado com o trabalho voluntário que prestava para as Aldeias SOS, instituição que assiste a população carente no Brasil e no exterior.

Daniel Azulay também realizou trabalhos e campanhas sociais para a United Nations Children's Fund (UNICEF); Campanha Ação Contra a Fome (Betinho IBase); McDonald`s (McDia Feliz); Movimento Sorrio; Fundação S. Martinho; Hospital Miguel Couto; Hemorio; Hospital do Câncer/ INCA e Instituto Padre Severino.

Desenvolveu seu projeto de Oficina de Desenho e se lançou na produção de micros e vídeo-games em um evento pioneiro na América Latina. Como pintor realizou exposições com obras adquiridas por vários colecionadores e empresas.

O trabalho de Daniel Azulay teve como prioridade o incentivo da criatividade das nossas crianças, a eterna preocupação com a preservação da natureza e o sonho de patriotismo com a criação de personagens genuinamente brasileiros. Consolidou a expansão de várias unidades do curso no Rio de Janeiro da sua Oficina de Desenho Daniel Azulay.


A Oficina de Desenho Daniel Azulay procura incentivar a expressão criativa através da arte de desenhar. O método desenvolvido por Daniel Azulay busca motivar os alunos, utilizando um espaço bonito, alegre e colorido, especialmente criado com esse objetivo.

Durante as aulas, as crianças embarcam numa viagem de aventura, passando por vários cenários que acendem a imaginação, de forma espontânea. Segundo Daniel Azulay, a assimilação dos temas estimula o processo de criação através do Alfabeto Visual (Trabalhado no 1º ano do curso).

Trabalhando de forma lúdica e passo a passo, a auto-confiança e a criatividade dos alunos vão sendo desenvolvidas, bem como as noções de disciplina, responsabilidade e pontualidade.


Utilizando gravações em vídeo, Daniel Azulay apresentava os temas de cada lição. Presente na sala de aula, por sua vez, a Amiga Desenhista (Facilitadora) orientava, desenhava, estimulava, esclarecia dúvidas e brincava com as crianças. Ela as ensinava também a utilizar corretamente os exclusivos Banco de Idéias e Folha do Jardineiro.

Oficina de Desenho Daniel Azulay procurava motivar através da diversão e tinha como objetivo desenvolver os lados criativo, cognitivo, psíquico, emocional, motor e cultural dos alunos.

Em 2009, ensinou desenho em vídeos para o site UOL, fez especiais pro Canal Futura e chegou a participar da TV Rá-Tim-Bum.

Em 2013, lançou o site Diboo (www.diboo.com.br), um curso de desenho online para crianças.

Daniel Azulay e a Turma do Lambe-Lambe na TVE do Rio
Personagens da Turma do Lambe-Lambe

  • Damiana: Muito alegre, intrometida e arteira. Especialista em provocar confusões, está sempre inventando uma maneira diferente de fazer as coisas. É capaz de fazer o impossível para ajudar os outros.
  • Pita: Alegre, vivo e tagarela. Quer ser um grande mágico, mas não tem o menor jeito. Adora meter o nariz onde não é chamado, por essa razão vive se metendo em confusões.
  • Gilda: Vaidosa e sentimental, é a cantora da Turma do Lambe- Lambe cujo talento exercita nos seus banhos de banheira. Como dona de casa é muito desastrada e péssima cozinheira. Compra tudo o que vê nos anúncios de televisão e adora andar na moda, sem se dar conta da cafonice de suas roupas esquisitas.
  • Piparote: O mais tímido da turma. Sonha em ser um domador de leões, mas tem pavor de cachorros. Pita é o seu grande companheiro de travessuras.
  • Prof. Pirajá: O sábio que conhece diversas ciências e a linguagem dos animais. Habilidoso engenheiro, transformou uma árvore da Floresta Amazônica em seu refúgio particular, e num laboratório de pesquisas científicas. É também defensor da Ecologia.
  • Ritinha: Tem sonhos de ter um negócio próprio. Vive dando asas a sua imaginação de empresária e comerciante. Muito gulosa, adora sorvetes, doces, etc…
  • Tristinho: Malabarista do Circo Lambe-Lambe. O astro do picadeiro, é trapezista, tratador de animais, equilibrista e grande companheiro de todos na turma.
  • Xicória: Uma galinha simpática e ótima cozinheira. Mora na árvore do Prof. Pirajá, onde é sua secretária, servindo, às vezes, de cobaia em suas pesquisas.


Morte

Daniel Azulay faleceu na tarde de sexta-feira, 27/03/2020, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima no Coronavírus. Daniel Azulay estava internado havia duas semanas no CTI da Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele lutava contra uma leucemia e estava internada tratando da mesma quando contraiu o Covid-19. 

Exposições e Eventos Internacionais

  • 1968 - Montreal Exhibition, Canadá;
  • 1969 - 33° Salon International d’Humoristes - Bruxelas, Bélgica;
  • 1970 - Recebeu menção honrosa em exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) com seus primeiros trabalhos gráficos em caleidoscópios de acrílico no Salão da Bússola;
  • 1970 - Participou de exibição no Salone lnternazionale dei Comics - Lucca, Itália;
  • 1973 - Produziu o álbum "Jerusalém/Desenhos de Humor", resultado de sua viagem a Israel;
  • 1974 - Expôs desenhos de Jerusalém na Galeria lpanema, no Rio de Janeiro e no Gabinete de Artes Gráficas em São Paulo;
  • 1975 - Agraciado com o 1º lugar na lnternational Cartoon Exhibition Athens - Atenas, Grécia e teve seu desenho publicado na capa do catálogo da exposição;
  • 1977 - Produziu cartões, aerogramas e selos comemorativos para os Correios;
  • 1977 - Ilustrou cartazes do Congresso da ASIA realizados pela Embratur;
  • 1979 - Representou o Brasil, a convite dos Estados Unidos no lnternational Symposium Of Books And Broadcasting for Chilldren;
  • 1989 - Exposição organizada pelo Consulado Britânico no Hotel Rio Palace, no Rio de Janeiro. A exposição contou com a presença da Princesa Anne.

#FamososQuePartiram #DanielAzulay

Naomi Munakata

NAOMI MUNAKATA
(64 anos)
Maestrina

☼ Hiroshima, Japão (31/05/1955)
┼ São Paulo, SP (26/03/2020)

Naomi Munakata foi uma importante maestrina nascida em Hiroshima, Japão, no dia 31/05/1955 e residente na cidade de São Paulo. Durante muitos anos esteve à frente do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e seu último trabalho foi como regente titular do Coral Paulistano Mário de Andrade.

Naomi Munakata, aos dois anos de idade mudou-se com sua família para o Brasil. Iniciou os estudos de piano aos quatro anos e aos sete começou a cantar no coral regido por seu pai, Motoi Munakata. Estudou ainda violino e harpa e formou-se em composição e regência na Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo.

Teve como professores Eleazar de Carvalho, Hugh Ross, Sérgio Magnani, John Neschling, Hans Joachim Koellreutter e Eric Ericson. Recebeu o prêmio de Melhor Regente de Coral pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e foi contemplada com uma bolsa de estudos do governo de japonês para aperfeiçoar-se na Universidade de Tóquio.

Naomi Munakata foi diretora da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP) e esteve à frente do Coral Jovem do Estado como regente e diretora artística. Durante duas décadas regeu o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e atualmente era regente titular do Coral Paulistano Mário de Andrade, além de manter um programa na Rádio Cultura FM.

Em 2012, regeu o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), o CD "Aylton Escobar Obras Para Coro".

Morte

Naomi Munakata faleceu na quinta-feira, 26/03/2020, aos 64 anos, em São Paulo, SP, em decorrência de complicações da Covid-19, doença causada pelo Coronavírus. Ela estava internada desde o dia 16/03/2020, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Premiações e Homenagens

  • Bolsista da Fundação Vitae para estudar regência coral com Eric Ericson, na Suécia;
  • Regente Honorária do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), título que recebeu em 2014;
  • Diploma de Honra ao Mérito do Cônsul Geral do Japão em homenagem à oito mulheres atuantes na sociedade (20/07/2017);
  • Melhor Regente Coral, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA);
  • Em 1986, recebeu do governo japonês uma bolsa de estudos para aperfeiçoar-se em regência na Universidade de Tóquio.

Gravações

  • 2009 - CD "Canções do Brasil", com o Coro Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), seu primeiro CD (Gravadora Biscoito Fino), em comemoração aos 15 anos do coral.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #NaomiMunakata

Marianne Ebert

LEDA MARIANNE EBERT NÓBREGA
(51 anos)
Atriz, Cantora, Coreógrafa e Dançarina

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/04/1968)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/03/2020)

Leda Marianne Ebert Nóbrega ou Marianne Ebert, foi uma atriz, coreógrafa e dançarina nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 24/04/1968.

Marianne Ebert começou a fazer dança de salão aos 7 anos de idade. Depois disso decidiu se firmar na carreira de dançarina.

Em 1988, Marianne Ebert estreou no teatro e trabalhou em 5 peças. Fez alguns papéis na televisão, mas deixou a carreira de atriz.

Na televisão, Marianne Ebert participou de novelas como "Sonho Meu" (1993) e "Barriga de Aluguel" (1990), da TV Globo, onde interpretou a personagem Drica, contracenando com Daniella Perez, filha da autora Glória Perez.

Daniella Perez, Marianne Ebert e Regina Restelli
Em 1992, recebeu um prêmio SATED de melhor atuação, o equivalente ao Tony Award nos Estados Unidos, por seu papel em "A Pequena Sereia".

O destino de Marianne Ebert mudou quando, em meados dos anos 90, fez uma viagem de férias à New York e muitas ofertas de emprego começaram a aparecer imediatamente.

"Eu vim para Manhattan (New York) para visitar um bom amigo e fazer algumas aulas de dança e tudo aconteceu. Antes que eu percebesse, eu tinha três shows de atuação!"
(Marianne Ebert)

Logo, Marianne Ebert recebeu uma oferta de papel principal na comédia off Broadway "Ela", dirigida por Robert Liethar (La Mamma Theatre), protagonizou a comédia "Astoria, EUA", e permaneceu como apresentadora âncora de um programa de TV a cabo "Brazil Update Weekly". Com tudo isso acontecendo, ela decidiu que ficaria em New York e continuaria a desenvolver sua carreira artística. Marianne Ebert, fixou-se então em New York, onde fez carreira como bailarina e cantora.


Em 1999, Marianne Ebert começou a realizar os eventos brasileiros em New York, incluindo o "Brazilian Day In Nova York", que atrai milhares de pessoas todos os anos.

Em 2000, e como cantora profissional, Marianne Ebert gravou o "Tema do Milênio" para a Festa de Ano Novo da Times Square. Sem parar, a artista achou que era hora de avançar sua carreira musical como compositora e gravar um álbum.

Então, em 2001, surgiu o "Swimming To The Moon", produzido pelos lendários Eumir Deodato, Misha Piatigorsky e o vencedor do Grammy, Itaal Shur. O resultado foi uma mistura colorida e pulsante de ritmos brasileiros e embalos pop. No mesmo ano, ela viajou pela Austrália e apresentou seu álbum.

De volta ao teatro e aos musicais, em 2002, Marianne Ebert apareceu em "Coisas do Samba" em um papel principal, que recebeu ótimas críticas do jornal Washington Post e a prestigiada indicação ao Helen Hayes Award. Ela então estrelou "Rio", um musical dirigido por Tom O´Horgan, conhecido por dirigir "Hair" e "Jesus Christ Super Star". Além disso, como atriz, Marianne Ebert apareceu nos filmes "Guerra dos Mundos", "Lei e Ordem" e, mais recentemente, em "City Island", um filme de Andy Garcia.


Marianne Ebert remixou o single "Homem Brasileiro" com Dan Ghosh-Roy (EMI USA) lançado no Brasil, em 2010. Ela abriu a banda excêntrica Gogol Bordello, em 27/12/2009 no Webster Hall e foi a cantora do maior carnaval brasileiro dos Estados Unidos, no Palmer Event Center em Austin (TX), com a presença de mais de 6 mil pessoas.

Marianne Ebert teve sua estreia no Carnegie Hall patrocinada pelo Consulado do Brasil.

Em março de 2014, Marianne Ebert foi diagnosticada com uma forma agressiva de câncer de mama. A doença foi descoberta durante um tratamento hormonal para gravidez.

Marianne Ebert viveu por 25 anos em New York e nos últimos anos viveu no Rio de Janeiro onde trabalhava como coreógrafa. No Brasil, amigos da atriz fizeram uma campanha para ajudá-la no tratamento de câncer.

Morte

Marianne Ebert faleceu na terça-feira, 24/03/2020, aos 51 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer de mama, após uma longa batalha contra a doença.

A morte de Marianne Ebert foi anunciada pelo ator e diretor Miguel Falabella, com quem ela já trabalhou em musicais, estrelando a versão de  "A Pequena Sereia".

"Querida Marianne, você foi uma guerreira e a vida não lhe deu tréguas. Anos e anos de luta contra essa maldita doença que lhe transtornou a vida, a carreira e acabou lhe vitimando. Há entretanto um momento feliz e é sobre ele que eu jogo um foco de luz nesse momento de angústia: você vivendo a Sereiazinha, no palco do Teatro Clara Nunes. Nós vivíamos cheios de sonhos naquela época. Que você possa descansar em paz!"
(Miguel Falabella)

Glória Perez prestou homenagem a atriz nas redes sociais:

"A vida foi cruel com Marianne. Foram alguns anos de luta incansável contra o câncer, e hoje ele finalmente venceu essa menina querida, bailarina linda e cheia de projetos de vida!"
(Glória Perez - Instagram)

Carreira

Televisão
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Drica
  • 1993 - Sonho Meu ... Irene
  • 1996 - Você Decide (Episódio: "A Volta")

#FamososQuePartiram, #MarianeEbert

Ornelas Filho

ANDERSON ORNELAS FILHO
(61 anos)
Ator

☼ 1958
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/03/2020)

Ornelas Filho foi um ator brasileiro nascido no ano de 1958. Ele ficou conhecido por interpretar um dos sacis secundários em "O Sítio do Pica-Pau Amarelo", exibido no ano de 1977 pela TV Globo. Romeu Evaristo era o Saci titular, mas Ornelas Filho também atuou na trama como um dos um Sacis.

Posteriormente, Ornelas Filho passou a representar o personagem lendário em apresentações de teatro, circos e clubles pelo Brasil. Ele vivia das aparições como Saci, já que não tinha uma das pernas. Até fazia outros personagens, mas o que vendia mais era o Saci. 

Ornelas Filho andava para lá e para cá como Saci. Ele só veio a ter uma perna mecânica recentemente, um presente do ator Stepan Nercessian, conta o amigo Limachem Cherem, diretor de circo do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos (Sated-RJ).

Morte

Ornelas Filho faleceu na manhã de quarta-feira, 04/03/2020, aos 61 anos de idade, vítima de um câncer. Ele estava internado no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio de Janeiro.

Em nota, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Rio de Janeiro (Sated-RJ) lamentou a morte do artista, definindo-o como um "grande amigo e companheiro de jornada". Segundo amigos próximos, Ornelas Filho enfrentava um câncer e, antes do carnaval, esteve duas vezes no hospital. Ele estava com a saúde bastante debilitada e estava internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar desde segunda-feira, dia 02/03/2020.

O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Rio de Janeiro (Sated-RJ) lamentou a morte do artista com a seguinte nota:
"Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe dê paz e conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver!"
Fonte: Wikipédia e IstoÉ
#FamososQuerPartiram #OrnelasFilho