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Bruno Covas

BRUNO COVAS LOPES
(41 anos)
Advogado, Economista e Político

☼ Santos, SP (07/04/1980)
┼ São Paulo, SP (16/05/2021)

Bruno Covas Lopes foi um advogado, economista e político, nascido em Santos, DP, no dia 07/04/1980. Filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), era o atual prefeito da cidade de São Paulo licenciado.

Bruno Covas era formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP - 1998-2002) e em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP - 1998-2005). Entre outros cargos, foi Deputado Estadual, secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, presidente do Juventude do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Deputado Federal.

Em 2015, foi sub-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e membro da Comissão Especial da Maioridade Penal.

Em outubro de 2016 foi eleito vice-prefeito da cidade de São Paulo, na chapa de João Doria, assumindo a prefeitura em 06/04/2018, em razão da renúncia de João Doria.

Em 2020, Bruno Covas foi reeleito prefeito de São Paulo, tendo conseguido o feito inédito de vencer em todos os distritos eleitorais da cidade no primeiro turno.

Bruno Covas tem um filho chamado Tomás Covas Lopes, com sua ex-mulher Karen Ichiba. Tomás Covas desde pequeno participa de campanhas eleitorais de seu pai, cogitando se filiar ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).


Neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas, Bruno Covas foi, desde criança, ligado à política. Estudou nos colégios Carmo e Lusíada, em Santos. Em 1995, quando foi estudar em São Paulo, no Colégio Bandeirantes, teve a oportunidade de morar com o avô.

Filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1998 e, em 1999, foi eleito o Primeiro Secretário da Juventude do Partido.

Em 2003, foi eleito presidente estadual e já foi também presidente nacional da Juventude Tucana, em 2007, permanecendo no cargo até 2011.

A sua carreira começou em 2004, ano que que se candidatou a vice-prefeito de Santos na chapa de Raul Christiano pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Nos anos de 2005 e 2006, foi assessor da liderança dos Governos de Geraldo Alckmin e Cláudio Lembo na Assembleia Legislativa.

Em 2006, foi candidato a Deputado Estadual, sendo eleito com 122.312 votos, umas das maiores votações naquela eleição.

Em 2010, foi novamente candidato a Deputado Estadual agora sendo o mais votado do estado de São Paulo com 239.150 votos, sendo mais de 131 mil só na capital paulista. Bruno Covas foi convidado por Geraldo Alckmin para assumir a Secretaria do Meio Ambiente a partir do início de 2011, ocasião em que se licenciou do cargo de Deputado Estadual. Ficou no cargo até abril de 2014, quando foi exonerado para disputar as eleições naquele ano.


Eleito Deputado Estadual em 2006 com 122.312 votos, foi considerado pelo Movimento Voto Consciente, o deputado mais atuante da legislatura (2007-2010).

Bruno Covas foi presidente da Comissão de Finanças e Orçamento no primeiro biênio (2007-2008) e relator do Orçamento do Estado por dois anos consecutivos (2009-2010). Integrou ainda as Comissões de Direitos Humanos e de Defesa dos Direitos do Consumidor e foi presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Comunidade Luso-Brasileira e Coordenador da Frente DST-AIDS.

Foi relator de mais de 180 projetos de lei, como a Nota Fiscal Paulista, que diminui a carga tributária e devolve tributo diretamente para o cidadão, e foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do ECAD, relator da CPI da CDHU e membro da CPI da BANCOOP.

Em 2011, assumiu a Secretaria do Meio Ambiente no novo governo de Geraldo Alckmin.

Foi eleito Deputado Federal nas eleições em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019). Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff. Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto dos Gastos Públicos.

Em 2016, foi eleito, em primeiro turno, vice-prefeito da cidade São Paulo pelo PSDB, na chapa de João Doria.

No inicio do mandato de João Doria, Bruno Covas assumiu além da vice-prefeitura a Secretaria das Prefeituras Regionais e também a Secretaria da Casa Civil.


Com a renúncia do então prefeito, João Doria, para concorrer ao Governo do Estado de São Paulo nas eleições de 2018, Bruno Covas assumiu efetivamente a prefeitura da maior cidade do Brasil.

Durante sua gestão, à cidade de São Paulo, assim como outras centenas de cidades por todo o país, enfrentou a pandemia de COVID-19 a partir de março de 2020, sendo a cidade mais atingida. A primeira morte ocorreu em 16/03/2020 e no final de abril já tinham ocorrido mais de 1.100 mortes, representando então cerca de 19% do total de mortes do país, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, que contabilizava no final de abril 5.900 óbitos.

A recomendação geral era que se fizesse isolamento social. Depois de algumas semanas, o isolamento foi diminuindo, fazendo com que a prefeitura tomasse algumas medidas para reduzir a transmissão do vírus. Entre as medidas tomadas, foi decretado o bloqueio parcial de algumas avenidas principais da cidade, ação que não teve o resultado desejado, pois restringiu o deslocamento de quem precisava utilizar o carro para atividades essenciais, como os profissionais da área de saúde. O bloqueio de avenidas foi suspenso e, em seguida, o prefeito decretou um rodízio de veículos por final da placa, com abrangência em toda a cidade. Esta também foi bastante criticada, por ter feito aumentar a aglomeração de pessoas no transporte público.

Em novembro de 2020, Bruno Covas foi reeleito prefeito de São Paulo com 59,38% dos votos apurados, ultrapassando Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com 40,62%.

Controvérsias

Em janeiro de 2021, Bruno Covas foi alvo de críticas ao comparecer à final da Copa Libertadores da América de 2020, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia de COVID-19. No dia da partida o Estado e a cidade de São Paulo estavam na fase vermelha, a mais rigorosa do plano de restrições, na qual apenas serviços classificados como essenciais poderiam funcionar.

Problemas de Saúde

Bruno Covas foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia 23/10/2019, para tratar uma erisipela em uma das pernas. No entanto, após a realização de alguns exames, a equipe médica constatou depois de dois dias que ele apresentava diagnóstico de trombose venosa.

Foram então realizados outros procedimentos médicos, e verificou-se que havia um tumor no trato digestivo. A partir do novo diagnóstico, deveriam ser iniciadas três sessões de quimioterapia para combater o câncer, tratamento que deveria durar alguns meses.

De acordo com o médico David Uip, chefe da equipe, o prefeito poderia continuar no exercício de seu cargo enquanto fosse possível, com a possibilidade de deixar de trabalhar, se necessário. Bruno Covas despachou normalmente do hospital, utilizando assinatura eletrônica.

A Prefeitura de São Paulo emitiu um comunicado oficial afirmando que o prefeito estava muito bem fisicamente, seguindo normalmente sua rotina de trabalho, despachando e assinando decretos, e em contato permanente com seus secretários, utilizando meios eletrônicos.
"Não tenho dúvidas de que vou vencer este desafio. Quero agradecer às centenas de mensagens que tenho recebido de inúmeras pessoas. Ajuda muito a enfrentar a tempestade!"
(Bruno Covas, em sua rede social)

O número de seções de quimioterapia foi ampliado e, até o início de fevereiro de 2020, haviam sido realizadas oito seções. Segundo a avaliação médica, depois da oitava seção, "seu estado geral de saúde era ótimo, sem apresentar efeitos adversos".

Em maio de 2020, precisou ser internado por dois dias, depois de sentir desconforto abdominal. Os exames diagnosticaram uma inflamação no intestino que regrediu espontaneamente.

Em junho de 2020, foi diagnosticado com COVID-19 durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.

Internação em Maio de 2021

No dia 15/04/2021, Bruno Covas foi internado para realização de exames de controle, que descobriram novos focos de câncer. Recebeu alta no dia 27/04/2021. No dia 02/05/2021, Bruno Covas anunciou em suas redes sociais que decidiu se licenciar por trinta dias do cargo de prefeito de São Paulo para dar continuidade ao tratamento. O ofício do pedido foi enviado à Câmara no dia seguinte e o afastamento foi publicado no Diário Oficial dois dias após o anúncio de Bruno Covas. Assim, o cargo foi assumido interinamente pelo vice-prefeito Ricardo Nunes.

No dia 03/05/2021, depois de realizar uma endoscopia, foi revelado, na manhã seguinte, um sangramento na cárdia, onde já havia o tumor original. Bruno Covas precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 10/05/2021, começou uma nova fase de tratamento contra o câncer, combinando imunoterapia com terapia-alvo.

Durante a internação, Bruno Covas recebeu visitas de familiares e políticos, como o prefeito em exercício Ricardo Nunes, o governador João Doria e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite. Ele também publicou uma foto ao lado do vice-governador, Rodrigo Garcia.

Em 14/05/2021, foi publicado boletim médico anunciando que seu quadro clínico era irreversível.

Políticos lamentaram a situação, como Orlando Silva, Helder Barbalho, Tabata Amaral, Eduardo Suplicy, Isa Penna, Alessandro Molon, Izalci Lucas e Paulo Pimenta.

Morte

Bruno Covas faleceu às 8h20 de domingo, 16/05/2021, aos 41 anos, vítima de câncer. Desde 2019, Bruno Covas enfrentava a doença, inicialmente descoberta no trato digestivo, mas que se espalhou para o fígado e para os ossos. A notícia da morte foi confirmada em nota hoje divulgada pela assessoria do prefeito.

O quadro de saúde de Bruno Covas era considerado irreversível, desde sexta-feira, 14/05/2021, pela equipe de médicos do Hospital Sírio-Libanês, onde esteve internado desde 02/05/2021.

Bruno Covas era divorciado e deixou um filho, Tomás Covas, de 15 anos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #BrunoCovas

Lázaro Brandão

LÁZARO DE MELLO BRANDÃO
(93 anos)
Economista, Administrador de Empresas e Banqueiro

☼ Itápolis, SP (15/06/1926)
┼ São Paulo, SP (16/10/2019)

Lázaro de Mello Brandão foi um economista, administrador de empresas e banqueiro nascido em Itápolis, SP, no dia 15/06/1926. Atuou nos mais altos cargos do Banco Bradesco S.A.. Considerado um dos maiores banqueiros da América Latina, ele dedicou mais de 75 anos ao banco que viu nascer, 36 deles no alto comando.

Filho do administrador de fazenda José Porfírio Bueno Brandão e de Anna Helena Mello, iniciou sua carreira em setembro de 1942, quando foi contratado como escriturário, em Marília, da Casa Bancária Almeida & Nogueira, instituição bancária que veio a se tornar o Banco Brasileiro de Descontos S.A., em 10/03/1943, atual Banco Bradesco S.A., razão social alterada em 1988.

Lázaro Brandão passou por todas as posições dentro da carreira bancária. Em janeiro de 1963 foi eleito diretor e, em setembro de 1977, vice presidente. Em janeiro de 1981 assumiu a posição de presidente do Bradesco, sucedendo ao então presidente Amador Aguiar. Este continuou como presidente do Conselho de Administração.

Assim como Amador Aguiar, não concluiu os estudos fundamentais, porém, honoris causa, lhe são atribuídos os títulos de administrador e economista no site de relações com investidores do Bradesco.

Desde fevereiro de 1990 exercia a função de presidente do Conselho de Administração, em face da saúde debilitada de Amador Aguiar, que morreu em 24/01/1991. O presidente do Conselho representa a Fundação Bradesco, na prática, controladora do Bradesco.

Em 1999 decidiu ceder sua posição como presidente do banco, mas não do conselho, tendo como substituto Márcio Artur Laurelli Cypriano, diretor da rede de agências do Bradesco e que fora presidente do Banco de Crédito Nacional (BCN) até 1997, ano da aquisição do banco pelo Bradesco.

Dez anos depois, em 2009, passou a presidência para Luiz Carlos Trabuco Cappi, dando assento a Márcio Cypriano no Conselho de Administração. Este, curiosamente, pouco mais de um ano depois, renunciou ao cargo, sem muito alarde, denotando que a perda da liderança do mercado para o Banco Itaú não foi algo tão bem digerido por Lázaro Brandão.

Em 11/10/2017 cedeu sua posição no conselho para Luiz Trabuco, porém, manteve o cargo de presidente da Fundação Bradesco e da Cidade de Deus Participações, controladoras do Bradesco, continuando no poder.

Morte

Lázaro de Mello Brandão faleceu na quarta-feira, 16/10/2019, aos 93 anos, em São Paulo, SP, onde estava internado no Hospital Edmundo Vasconcelos para recuperação de uma cirurgia de diverticulite

Lázaro Brandão deixa mulher, duas filhas e um neto - uma terceira filha já havia morrido.

Brandão foi velado e cremado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo.

Cargos Ocupados

  • Presidente da Associação de Bancos dos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima;
  • Vice Presidente da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN);
  • Membro do conselho de diretores da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN);
  • Presidente do conselho de diretores do Fundo Garantidor de Créditos (FGC);
  • Presidente do conselho de diretores da Companhia Brasileira de Securitização (CIBRASEC);
  • Membro do comitê de consultores da VBC Participações S.A.;
  • Membro da diretoria do BES, localizado em Lisboa, Portugal;
  • Presidente do conselho de administração do Bradesco até 11/10/2017;
  • Presidente da Fundação Bradesco;
  • Presidente do conselho de diretores do Instituto de doenças do sistema digestório e nutrição (FIMADEN);
  • Presidente do conselho de administração da Bradespar S.A.

Fonte: Wikipédia

Roniquito

RONALD RUSSEL WALLACE DE CHEVALIER
(46 anos)
Economista

☼ Manaus, AM (1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (Janeiro de 1983)

Ronald Russel Wallace de Chevalier, mais conhecido por Roniquito, foi um economista nascido em Manaus no ano de 1937.

Filho do escritor Ramayana de Chevalier e irmão da atriz, jornalista, escritora e compositora Scarlet Moon, falecida em 05/06/2013, Roniquito talvez tenha sido o sujeito mais sem censura da história de Ipanema.

Segundo conta Ruy Castro, no livro "Ela é Carioca", o economista Roniquito de Chevalier foi o verdadeiro inventor da palavra "Aspone" (Assessor de Porra Nenhuma).

Ele às vezes entrava num botequim e se anunciava:
"Senhoras e senhores, aqui Ronald de Chevalier. Dentro de alguns minutos... Roniquito!"
Mesas estremeciam. Todos sabiam que aquele rapaz bem-nascido, bem vestido, bem-falante e de profissão economista, que acabara de entrar recitando Shakespeare ou Baudelaire, iria cumprir a ameaça.

Dali a três ou quatro uísques (não havia uma progressão, era de repente), ele se aproximava de alguém (o queixo proeminente quase espetando a cara do outro) e dizia alguma coisa tão ofensiva que fazia o outro espumar e partir para assassiná-lo. Talvez porque o que ele dissesse fosse a verdade.

Certa vez o cartunista Jaguar tentou acompanhá-lo por uma noite: Foram expulsos de quatro bares.

Scarlet Moon não lembra o ano exato, apenas que o fato se deu no começo da década de 70. Ladrões invadiram o Antonio's, principal reduto da boemia carioca, dominaram os frequentadores e começaram a esvaziar os caixas. Assustados, todos ficaram em silêncio, exceto um homem franzino, que interrompeu a ação diversas vezes insistindo para que os ladrões levassem também uma lista de pessoas e valores ao lado da caixa registradora: Era a relação dos devedores do bar, o "pendura".

Esse homem era Ronald Russel Wallace de Chevalier, o Roniquito, e a história é uma das muitas que cercam um dos personagens ao mesmo tempo mais amados e odiados da Ipanema dos anos 60 e 70. 

Roniquito era tão corajoso quanto frágil fisicamente. Escapou centenas de vezes de ser desmembrado ou de ter os ossos da face transformados em paçoca por punhos poderosos. Muitas vezes foi salvo pelos amigos, que brigavam por ele. Em outras, apanhou de verdade e aguentou firme.

Conta-se que, numa dessas, o sujeito que o espancava perguntou-lhe: "Chega ou quer mais?". E Roniquito, no chão, com o sapato do brutamontes sobre seu pescoço, ainda conseguiu olhar para cima e articular: "Cansou, filho da puta?".

Roniquito dizia o que pensava para qualquer um, não importava o cargo, a idade, a cor, o sexo, ou o tamanho da pessoa.

Umas dessas foi o cronista Antônio Maria, que, sozinho, seria capaz de massacrar vinte Roniquitos. Numa discussão no Bottle’s Bar, no Beco das Garrafas, em 1962, Roniquito provocou Antônio Maria ao duvidar de sua competência como homem de televisão. Para ele, homem de televisão era seu amigo Walter Clark, então diretor comercial da TV Rio e que estava calado na mesa, temendo o pior.

Roniquito ofendia Antônio Maria e pedia o testemunho do boêmio dentista Jorge Arthur Graça, o "Sirica", também sentado com eles. Antônio Maria aguentou enquanto pôde, até que Roniquito soltou a frase final: "Antônio Maria, você foi parido por um ânus!".

Ao ouvir isso, Antônio Maria ficou vermelho e atirou-se enfurecido sobre RoniquitoWalter Clark e quem mais estivesse por ali. A muito custo, foi contido por Jorge Arthur Graça e mais uns dez.

Walter Clark e Roniquito eram amigos de adolescência em Ipanema. Conheceram-se no Colégio Rio de Janeiro, depois de uma prova de redação na qual Walter Clark, recém-chegado de São Paulo, teria tirado 10. A primeira frase de Roniquito para Walter Clark foi: "Você é o garoto que tirou 10? Você me parece bem medíocre...". Nunca mais se separaram.

Nos anos 60, Walter Clark contratou Roniquito para trabalhar na administração da TV Rio e toureou os insultos que Roniquito disparava contra o próprio chefe, Péricles do Amaral.

Quando Walter Clark saiu para fazer a TV Globo, em 1965, levou Roniquito com ele. Com o estrondoso sucesso da TV Globo a partir de 1970, a máquina começou a andar sozinha e Roniquito e o próprio Walter Clark pareceram ficar sem função. Dizia-se que a única utilidade de Roniquito era beber uísque com Walter Clark durante o expediente - em xícaras de chá, para dar menos na vista.

Foi quando, ao ser perguntado sobre o que fazia na TV Globo, Roniquito respondeu com a expressão depois popularizada por Carlinhos de Oliveira:
"Sou aspone. As-po-ne. Assessor de porra nenhuma!"
A palavra, consagrada nacionalmente, ainda não chegou ao Dicionário Aurélio.

Mas não era bem assim. Na própria TV Globo, sua atuação esteve longe de ser a de um "Aspone". Numa época de crise, por exemplo, ajudou a equacionar uma pesada dívida da TV Globo para com a Receita Federal.

Roniquito era um economista brilhante, ex-aluno de Octávio Gouveia de Bulhões, Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen, e fora o orador da sua turma, da qual fazia parte Maria da Conceição Tavares.

Em fins dos anos 50, saiu da faculdade para um emprego na Comissão Econômica Para a América Latina (CEPAL). Mário Henrique Simonsen, por sinal, vivia consultando-o sobre questões econômicas, antes, durante e depois de ser Ministro do Planejamento do governo de Ernesto Geisel - e sendo derrotado por ele no xadrez.

Sóbrio, Roniquito trabalhava também no Ministério da Fazenda, escrevia uma coluna semanal no Correio Braziliense e dava palestras em universidades e cursos de pós-graduação. E, sóbrio ou ébrio, passava a impressão de ser íntimo de todos os livros do mundo: Falava inglês e francês, sabia poetas inteiros de cor e conhecia muita literatura, sendo apaixonado por William Faukner.

Suas estantes eram impecáveis, com os livros organizados por assunto, todos sempre à mão. Em música Roniquito era capaz de assobiar até os clássicos. Parte dessa erudição lhe vinha de família: Seu pai, o amazonense Walmik Ramayana de Chevalier, era poeta e médico. O Ramayana do nome era uma referência ao célebre poema hindú.

Walmik Ramayana de Chevalier carimbou seus filhos com nomes bonitos, mas, para brasileiros, estrambóticos: Roniquito era Ronald Russel Wallace de Chevalier. Dois de seus irmãos eram Stanley Emerson Carlyle de Chevalier e, claro, Scarlet Moon de Chevalier.

Por intermédio do pai, Roniquito ainda usava calças curtas quando se sentou para beber pela primeira vez com Vinícius de Moraes e Paulo Mendes Campos. Ou seja, já começou entre os profissionais. Na mesma época, para exibir Roniquito, o pai mandou-o imitar Ruy Barbosa para Lúcio Cardoso. Roniquito imitou Ruy Barbosa à perfeição, com todos os pronomes no lugar. Lúcio Cardoso ficou fascinado: "Nunca vi um menino de dez anos beber tão bem!".

Muitos anos depois, Lúcio Cardoso deu-lhe para ler os originais de seu romance "Crônica da Casa Assassinada" e pediu-lhe sua opinião.

Mas, quando Lúcio Cardoso o enxotou de uma festa em seu apartamento por ele estar zombando do namoro secreto de Paulinho Mendes Campos com Clarice Lispector, Roniquito foi para debaixo da janela de Lúcio Cardoso e começou a gritar o insulto que, na sua opinião mais o ofenderia: "Faukner do Méier! Faukner do Méier!".

A relação de Roniquito com os escritores era cruel. Ao cruzar com Fernando Sabino num restaurante, Roniquito perguntou-lhe: "Fernando Sabino, quem escreve melhor, você ou Nelson Rodrigues?".

Fernando Sabino gaguejou: "Bem... Nelson Rodrigues, é claro!".

Mas Roniquito fulminou: "E quem é você para julgar Nelson Rodrigues?".

Roniquito fez pior com o suave Antônio Callado, a quem perguntou se já tinha lido FaulknerAntônio Callado disse que, evidentemente, já tinha lido. Roniquito então disse: "Bem, se já leu Falkner, você sabe que você é um bosta!".

Para Roniquito, segundo a crônica escrita por Ferreira Gullar, a música do amigo Tom Jobim seria uma simples cópia da música do maestro Villa-Lobos. Clarice Lispector surgiria como uma "wannabe" Virginia Woolf.

Amicíssimo de seus amigos, certa vez Roniquito foi ao velório de um deles, entrou na sala errada e, diante da família compungida esbravejou: "Esse defunto é horroroso! O nosso é muito mais bonito!". Sob o mesmo tema escapou de várias surras no circuito Ipanema-Leblon, quando ao chegar nos bares e verificar a ausência dos seus amigos dizia: "O lugar está cheio de ninguém!".

Comemoração de vitória do Fluminense no Antônio's Bar
Na foto, da esquerda para direita, o garçom Marcos Vasconcellos, Roniquito Chevalier, Nelson Motta, Chico Buarque e Lúcio Rangel
Se Roniquito se limitasse a desfeitear os amigos, seria apenas um bebum inconveniente. Mas ele também não tinha a menor cerimônia com o poder, nem mesmo quando esse era o truculento poder militar. Certa vez, numa recepção na TV Globo, Roniquito foi apresentado a um general. Depois de certificar-se de que ele nunca lera Machado de Assis, perguntou-lhe se pelo menos entendia de música. O general hesitou e Roniquito exemplificou: "Nem essa?". E, com a voz e os dedos imitando uma corneta, solou o toque da alvorada.

Em outra visita de autoridades à TV Globo, Roniquito perguntou a Pratini de Moraes, Ministro dos Transportes do governo Emílio Garrastazu Médici, se ele sabia o tamanho de um vergalhão. O ministro vacilou e Roniquito emendou: "Pois devia saber, porque o governo está enfiando um vergalhão no rabo do povo!".

De outra feita, no governo de Ernesto Geisel, quando Roniquito conversava com o seu amigo, o Ministro da Previdência Luiz Gonzaga do Nascimento Silva, outro ministro, Severo Gomes, este da Indústria e Comércio e dono dos cobertores Parahyba, tentou se meter. Roniquito cortou-o: "Não estou falando com fabricante de lençóis!".

Em todas essas ocasiões, Roniquito foi salvo do opróbrio na Globo porque era adorado por Walter Clark e Boni. Chegou a ser posto de quarentena diversas vezes, mas a punição nunca era mais do que simbólica. De certa forma, Roniquito era o que Walter Clark, com todo o seu poder, gostaria de ser: Fino de berço e grosso por opção - Walter Clark era o contrário.

Mas a maior sem-cerimômia de Roniquito para com o poder foi em 1967 e envolveu o Marechal Costa e Silva, já presidente. Segundo a história muito bem contada por Ferdy Carneiro, Roniquito estava ciceroneando um figurão americano convidado do Governo, a pedido de Nascimento Silva. Naquela manhã ele levou o visitante para almoçar no restaurante do Museu de Arte Moderna (MAM). Antes de irem para a mesa, resolveram reforçar-se no bar com alguns uísques.

Por coincidência, na mesma hora, Costa e Silva também estava no Museu de Arte Moderna (MAM) para almoçar. A comitiva presidencial, sem as normas de segurança que depois se tornariam comuns, passou por Roniquito no momento em que este catava seu isqueiro no paletó para acender um cigarro.

Com o cigarro no canto da boca, Roniquito viu o presidente. Avançou, cravou o queixo nas medalhas de Costa e Silva e perguntou: "O senhor tem fogo?".

Os seguranças, como que subitamente acordados de um rigor mortis, pularam sobre ele. O americano, sem entender o que se passava e já incapaz de fazer um quatro, se a isso fosse solicitado, balbuciou qualquer coisa como "Whatthegoddamfuckdoyouthinkyouredoin'" e foi também abotoado.

Os dois foram levados para o 3º Distrito, na Rua Santa Luzia, por desacato à autoridade. Diante do delegado, o americano esbravejava com voz pastosa: "I’m an American shitizen! Call the embashy!".

O delegado perguntou: "Quê que o gringo tá falando?".

"Ele tá dizendo que a polícia no Brasil é uma merda!", traduziu Roniquito.

"Ah, é? Pois ele vai ver o que é merda!", bramiu o delegado.

O americano pediu para usar o telefone. Roniquito traduziu: "Ele está dizendo que no Brasil ninguém respeita os direitos humanos!".

"Direitos humanos é o cacete! Ele vai entrar no pau!", ganiu o delegado.

O americano perguntou a Roniquito por que o delegado estava tão brabo.

Roniquito sussurrou para o delegado: "Agora ele está dizendo que o Brasil é uma ditadura facista!".

Por sorte, quando estava prestes a ser apresentado ao pau-de-arara, o americano conseguiu mostrar um documento com o emblema do governo americano. Foi dado o telefonema e, em poucos minutos, chegaram as tropas da embaixada e do Itamaraty para libertar Roniquito e o gringo.

Mas, por causa de Roniquito, concluiu Ferdy Carneiro, por pouco não se declarou uma guerra entre o Brasil e os Estados Unidos, tendo como pivô um palito de fósforo.

Não admira que Roniquito não tenha sido levado a sério quando se ofereceu para ser trocado pelo embaixador Burke Elbrick, sequestrado em 1970.

Roniquito deixou sua marca como boêmio num Rio de Janeiro que não existe mais. Uma boa fonte de assunto para mesa de bar numa sexta-feira. E foi assim certa noite em 1964, quando bebia com Paulo César Saraceni e Armando Costa num bar de Copacabana. Os três esculhambavam o golpe e as Forças Armadas em altos brados. Numa das mesas próximas havia um grupo de militares que se sentiu ofendido. Os militares foram à 13ª Delegacia e convocaram a polícia para prender os difamantes.

Armando Costa estava no banheiro quando os policiais chegaram. Ao se aproximarem da mesa, foram desacatados por Roniquito. Levaram Paulo César Saraceni e ele presos. Armando Costa, saindo do lavabo, tentou ser preso também mas não conseguiu.

Na delegacia, embora Paulo César Saraceni e o delegado tentassem, não conseguiam aplacar a ira roniquitianaPaulo César Saraceni ligou para Tio Pandiá, que chegou prontamente, conversou com o delegado e convenceu-o a liberar os dois.

Conseguiu porque o delegado não aguentava mais o discurso irado de Roniquito. Num determinado momento, Paulo César Saraceni disse que ia embora e levaria o Tio Pandiá com ele, para ver se Roniquito se acalmava e ia junto. Mas Roniquito estava tomado de ódio dos militares e continuava sua peroração. Tio Pandiá e Paulo César Saraceni fizeram menção de partir. Desta vez foi o delegado que estrilou: "Pelo amor de Deus! Não deixa esse cara aqui não!"

Livre dos espíritos, Roniquito era um gentleman. Beijava as mãos das senhoras e encantava-as com sua inteligência e educação. Mas era bom não confiar. A poção que o fazia passar de Drº Jekyll a Mr. Hyde, ou de Drº Roni a Mr. Quito, segundo Marcos de Vasconcelos, vinha em toda espécie de garrafas. Com uma única palavra ele seria capaz de provocar um terremoto.

Uma elegante senhora do Flamengo, que só conhecia o seu lado fino, convidou-o para um jantar em sua casa. Roniquito comportou-se bem no jantar, mas bebeu vinho demais, desmaiou sobre o prato e foi levado roncando para um sofá.

Terminado o jantar, um dos convidados propôs uma brincadeira então na moda, "A palavra é...".

No meio do jogo, Roniquito deu sinais de que estava acordando. A dona da casa achando que ele queria participar da brincadeira, foi até o sofá, de mãos postas e com um sorriso de beatitude: "Roniquito, a palavra é...".

E Roniquito, meio zonzo de sono: "Ca-ra-lho".

Naturalmente, foi expulso pelo filho da anfitriã.

Quem o conhecesse mal, diria que Roniquito tinha um temperamento bélico. Mas era a sua falta de paciência para com os enganadores que o levava a ser radical. Poucos meses depois do golpe de 1964, intelectuais reunidos no Teatro Santa Rosa promoviam um debate emocionado e anódino sobre os "Caminhos da Democracia no Brasil". Propunham "Estratégias de Ação".

Foi quando se ouviu, do fundo da platéia, sua voz característica: "Muito bem. E quem vai fornecer as metralhadoras?". O debate acabou ali.

Roniquito ganhou sua biografia "Drº Roni & Mr. Quito - A Vida do Amado e Temido Boêmio de Ipanema", escrita por Scarlet Moon de Chevalier, sua irmã e lançada em setembro de 2006.

Drº Roni & Mr. Quito
A Vida do Amado e Temido Boêmio de Ipanema

Optando por um andamento cronológico, o livro de Scarlet Moon de Chevalier, que traz no nome uma referência a Drº Jekyll e Mr. Hyde, do livro "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevenson, apresenta Roniquito, que era alcoólatra, no auge de sua lenda etílica mas também flagra a sua faceta mais sóbria, quando, por exemplo, na qualidade de economista respeitado, dava orientações de investimento a um garçom do Antonio's - que, por conta da ajuda e dos conselhos financeiros do amigo, conseguiu comprar um táxi após o fechamento do lugar.

Um dos fundadores da Banda de Ipanema, Roniquito teve em sua vida postos mais sérios. Trabalhou com Carlos Lessa na Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), como chefe do Serviço Econômico e Financeiro da Carteira de Cooperativas do Banco Nacional da Habitação (BNH), como assessor de Walter Clark na TV Globo e no Ministério da Fazenda. Nem por disso deixou de carnavalizar a pompa: A ele costuma ser atribuída a cunhagem da palavra "Aspone", diminutivo de "Assessor de Porra Nenhuma", vocábulo já acolhido pelo Dicionário Houaiss. 

Não rejeitando o mito, mas sem o edulcorar, o livro de Scarlet Moon ajuda a deixar ver as possíveis contradições e sofrimentos escondidos na figura pública de Roniquito de Chevalier.

No livro, Scarlet Moon conta, pela primeira vez em público, o episódio de sua prisão por porte de droga, em meados dos anos 70, segundo ela, involuntariamente por culpa do irmão. É o momento mais comovente do livro, pois passar três meses num presídio mudou sua vida e rompeu uma ligação que havia entre os dois.


Na época, ainda sob o impacto da raiva e da mágoa, ela escreveu uma carta ao irmão, que nunca respondeu ou falou do assunto. "Só quando eu fui escrever o livro, minha outra irmã, Bárbara, que havia arrumado as coisas de Roniquito após a morte dele, me entregou a carta. Ele a guardara por mais de cinco anos, sinal de que ficara tocado", disse. "Hoje, relendo aquela carta, me sinto moralista, como se quisesse ensinar a ele como viver".
"Andei sabendo que você anda triste, sem mulher, arrasado e sentindo-se culpado por toda essa situação que estou vivendo. [...] As penas que eu própria busquei, estou dando um jeito, e agindo, para deixá-las. Quanto a você? Tem só se lamentado e enchido a cara! Continua não confiando em seu potencial intelectual e criativo! [...] Inteligência a serviço da vacilação não leva a nada. E olha, cadeia é muito triste!"
Foram dez anos de entrevistas com amigos do irmão, 13 anos mais velho e ciumento da caçula da família, e muitas idas à Biblioteca Nacional para pesquisar os jornais da época, porque Scarlet Moon não se atém nas histórias de sua família, dá um painel da época, de como as coisas aconteciam num passado utópico em que havia uma ditadura, mas as pessoas insistiam em criar e em ser felizes, embora nem sempre fosse possível realizar os dois projetos.

Ela não doura a pílula, pois conta que o irmão, alcoólatra que chegou a um estado terminal, levou a cabo três casamentos por não suportar a rotina das pessoas comuns, e sabia ser perverso e destruidor. "No entanto, quando fui conversar com seus filhos, cada um contou uma história mais comovente da convivência com o pai", lembra Scarlet Moon. "Isso se repetiu várias vezes e, mesmo com toda a convivência, me surpreendi com o que descobri de sua vida".

Embora seja personagem dessa biografia, Scarlet Moon quase não aparece no livro e suas histórias só estão lá quando explicam o irmão. E olha que ela tinha casos para contar. Foi modelo aos 14 anos, quando nenhuma menina ainda sonhava com essa profissão, uma das fundadoras do Jornal Hoje, da TV Globo, e, durante quase três décadas, musa e mulher do roqueiro Lulu Santos, que sempre destacou a influência dela em sua música. "Eu não queria falar de mim e sim de Roniquito e de seu tempo".

Morte

Roniquito foi atropelado em dezembro de 1981, em frente ao Antonio’s. Um fusca o acertou, quebrou-lhe as duas pernas, jogou-o longe e fugiu sem socorrê-lo. Um ônibus que vinha atrás viu o acidente e parou. O motorista recolheu Roniquito, colocou-o no ônibus e levou-o para o Hospital Miguel Couto.

Histórias surgiram até em torno desse atropelamento. Segundo uma delas, ao passar voando defronte da varanda do Antonio’s e ao ver o ar assustado dos amigos, Roniquito teria perguntado: "O que foi, porra? Nunca viram o Super-Homem?".

Na verdade, o atropelamento lhe seria fatal. Roniquito quebrou as pernas em vários lugares, teve sequelas graves e foi submetido a seis operações durante o ano de 1982.

Como todo filho de médico, gostava de se automedicar e passou a tomar uma farmácia de remédios. Mas não parou de beber - mesmo de bengala e pé engessado, chegou a ir algumas vezes à Plataforma, fazendo piada com a própria desgraça.

Roniquito também foi visto em restaurantes tomando um líquido que parecia café. Ao ser perguntado, "Tomando café, Roniquito?", respondeu: "Estou. Irish cofee!" (café com uísque). Mas era também asmático e o uso da bombinha, misturado a bebida e remédios, provocou-lhe uma insuficiência cardíaca.

Quando teve um infarto fulminante, em janeiro de 1983, estava sozinho em seu apartamento no Posto 6. Só o encontraram horas depois.

Roniquito foi sepultado com o pé no gesso e de olhos abertos.

O anúncio da sua morte no Jornal do Brasil era uma enciclopédia da vida brasileira. Tinha de ministros de Estado a garçons de botequim. Carlinhos Oliveira disse a seu respeito:
"Ninguém podia ser patife perto dele. Ninguém ousava!"
Paulo Francis escreveu um comovente obituário na Folha de S. Paulo:
"Roniquito fazia o que não temos coragem de fazer - virar a mesa contra os horrores brasileiros. Mas, o leitor dirá, por que então não escrever jornalismo polêmico ou até ficção? É uma boa pergunta. Mas talvez a resposta esteja no Brasil. Nosso horror é de uma tal ordem de vulgaridade que uma resposta vulgar de baderneiro talvez seja mais adequada do que análises ou contra-modelos. Roniquito manteve uma juventude, uma infância de poeta: Protestava em pessoa, pondo a vida em risco tantas vezes, pela gente que desafiava"
Para seu amigo Jaguar, muito mais que um herói-bandido, Roniquito foi um mistério:
"Todos nós morremos de saudade de um sujeito que vivia nos desmoralizando!"
Roniquito viveu pouco e, apesar do muito que aprontou (ou talvez por isso), deixou muitos amigos, famosos como a cantora Nana Caymmi, o jornalista e escritor Sérgio Cabral e o ator Hugo Carvana, e muitos anônimos.

#FamososQuePartiram #Roniquito

Eduardo Campos

EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS
(49 anos)
Economista e Político

* Recife, PE (10/08/1965)
+ Santos, SP (13/08/2014)

Eduardo Henrique Accioly Campos foi um economista e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República.

Nascido na cidade do Recife, PE, capital pernambucana, Eduardo Campos é filho do poeta e cronista Maximiano Campos com a ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes. É neto de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco que em 1979 retornou ao Brasil após 15 anos no exílio, sendo considerado seu principal herdeiro político, além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta e diretor da Rede GloboEduardo Campos desde cedo conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional.

Eduardo Campos formou-se em Economia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, como aluno laureado e orador da turma.

Era casado com a também economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco Renata Campos, com quem tem cinco filhos. Seu filho mais novo, Miguel, nascido no dia 28/01/2014, foi diagnosticado com Síndrome de Down.


Vida Política

Eduardo Campos começou na política ainda na universidade quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em 1986 trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes como governador de Pernambuco. Com a eleição de Miguel Arraes, em 1987, passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período foi o responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).

Assembleia Legislativa

Eduardo Campos se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 1990. No mesmo ano foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.

Congresso Nacional

Em 1994, Eduardo Campos foi eleito deputado federal com 133 mil votos. Pediu licença do cargo para integrar o governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de deputado federal e atingiu o número recorde de 173.657 mil votos, a maior votação no estado.

Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, Eduardo Campos ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo de Luiz Inácio Lula da Silva nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.

No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPIs, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF). Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de menores brasileiros para o exterior fato que, inclusive, teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional.

Como deputado federal, Eduardo Campos foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13/06/2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor.

Eduardo Campos é também autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para as cidades brasileiras que possuem acervo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); o do uso dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.

Ministério da Ciência e Tecnologia

Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia, tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em sua gestão, o Ministério da Ciência e Tecnologia reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no contexto global.

Como ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Outra ação importante à frente da pasta, foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - considerada a maior olimpíada de Matemática do Mundo em número de participantes.

Presidência do Partido Socialista Brasileiro

Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no ano de 2005. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo Campos foi aplaudido de pé pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, José Alencar, seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças.

No início de 2006, se licenciou da presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para concorrer ao governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo, por aclamação, e sem concorrentes.


Governador de Pernambuco

Campanha 2006

Em 2006 se lançou candidato ao governo do estado de Pernambuco, tendo como coordenadores o ex-deputado estadual José Marcos de Lima, também ex-prefeito de São José do Egito, PE. Mas também contou com apoio de importantes lideranças do interior do estado, como o deputado federal Inocêncio Oliveira e o então prefeito de Petrolina, PE, Fernando Bezerra Coelho. Eduardo Campos contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se dividiu entre o palanque do socialista e do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo, Humberto Costa. Os candidatos de esquerda marcaram posição frente ao nome da situação, o então governador e candidato a reeleição, Mendonça Filho (PFL), apoiado pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

O primeiro turno apresentou um fato curioso: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio para dois candidatos à sucessão estadual: Eduardo Campos, do PSB, e Humberto Costa, do PT. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda do estado para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos, que apoiava a reeleição do candidato pelo Partido da Frente Liberal (PFL), Mendonça Filho, governador que assumiu o poder após a renúncia de Jarbas Vasconcelos em abril de 2006, que saiu do governo para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.

Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho, utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob o candidato Humberto Costa quando ocupou o cargo de Ministro da Saúde, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto Costa poderiam migrar naturalmente para Mendonça Filho. Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda, nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes. O que eles não contavam é que ainda no período eleitoral ele e o governo do avô foram inocentados na justiça, em última instância, sobre o caso.

Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou logo de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB) conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. O governador candidato a reeleição, Mendonça Filho, não conseguiu se eleger e Eduardo Campos foi eleito com mais de 60% dos votos válidos para governador no segundo turno.

Reeleição

Com o governo bem avaliado e a popularidade em alta, Eduardo Campos concorreu à reeleição em 2010. Assim como em 2007, contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da SilvaEduardo Campos foi reeleito, desta vez como o governador mais bem votado do Brasil: mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno, derrotando o senador Jarbas Vasconcelos.

A Gestão de Eduardo Campos

Eduardo Campos ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos, entre 2007 e 2014. Na primeira gestão se destacam projetos e obras estruturadoras como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101.

O socialista colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado - considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país, entre os vinte e sete estados da Federação. O estado de Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009 - contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Na segurança pública houve redução dos índices de violência com a implantação do programa Pacto Pela Vida. O número de homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início do programa. Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013 houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no estado.

"Esse prêmio é um reconhecimento muito especial, porque é o maior prêmio de gestão pública do mundo. Vamos recebe-lo com muita alegria em nome de tantos, que no anonimato, diariamente nos ajudam no Pacto Pela Vida. Estamos no caminho certo para transformar Pernambuco no lugar mais seguro do País."
(Sobre o prêmio conquistado pelo Pacto pela Vida)

Em 2013 Eduardo Campos anunciou o rompimento com o governo Dilma Rousseff, saindo da base aliada, junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões.

Entre os motivos do rompimento, Eduardo Campos apontou a manutenção da aliança do governo Dilma Rousseff com setores políticos tradicionais, entre os quais, com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Aproximou-se de Marina Silva e a acolheu, com seus aliados, no Partido Socialista Brasileiro (PSB), chamando o novo movimento de "Nova Política".

Saúde

Foram construídos três novos hospitais na Região Metropolitana do Recife (RMR) e 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), além da expansão do número de leitos de UTI e UCI.

Entre 2006 e 2013, Pernambuco se firmou como o estado nordestino com o maior ganho de anos na expectativa de vida (3,72 anos), superando a média da região. Houve também redução de 9,6% na taxa de mortalidade por causas evitáveis. Em 2011, Pernambuco alcança a média nacional em relação à mortalidade infantil, reduzindo em 47,5% o seu coeficiente.

Educação

Entre 2007 e 2011, Pernambuco registrou um crescimento de 14,8% no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O número é mais de duas vezes superior à média nacional de 6,2%. Os alunos das Escolas Técnicas Pernambucanas apresentaram um desempenho médio 47% superior em relação aos estudantes de outras partes do Brasil, como São Paulo e Santa Catarina, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).

Pernambuco tem hoje a maior rede de Escolas de Referência do Brasil, com, 260 unidades. De acordo com pesquisa do INEP, somente em 2012 mais de 85 mil alunos foram matriculados – o que corresponde a 10 vezes mais que a média nacional de 8.509. Em 2013, foram 163 mil alunos matriculados. A Educação Profissional foi ampliada e atualmente 26 Escolas Técnicas estão em funcionamento no estado. O Programa Ganhe o Mundo levou 2.270 alunos para intercâmbios em países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Chile, Argentina e Espanha.

Emprego

Entre 2007 e 2013 foram gerados 560 mil empregos formais, sendo 150 mil apenas no interior do estado - o que representa uma expansão de 48% no mercado formal de Pernambuco. O governo também atraiu mais de R$ 78 bilhões de investimentos privados. Empresas como Sadia (Vitória de Santo Antão), Perdigão (Bom Conselho), Novartis (Goiana), Kraft Foods (Vitória de Santo Antão) e Fiat Chrysler (Goiana) se instalaram no estado.


Eleição Presidencial 2014

Oficialmente confirmada como pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff tem entre seus principais adversários o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) por Minas Gerais, Aécio Neves.

Eduardo Campos firmou uma aliança programática com Marina Silva, ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente da primeira gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva e atual líder da Rede Sustentabilidade. A dupla confirmou a pré-candidatura da chapa que teria Eduardo Campos como candidato a presidente e Marina Silva na vice, durante evento realizado em Brasília, em 14/04/2014.

Aécio Neves também confirmou a sua pré-candidatura pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O senador e ex governador de Minas Gerais tem como vice o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Aliança Programática PSB - Rede Sustentabilidade

Em outubro de 2013 o então governador Eduardo Campos anunciou a aliança programática com a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cujo pedido de registro do novo partido foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A aliança foi formalizada em 04/02/2014, no evento que lançou as bases para elaboração do programa de governo do PSB-Rede. Na mesma data, o Partido Popular Socialista (PPS), através do deputado federal Roberto Freire, formalizou a entrada do partido na aliança.

As diretrizes para elaboração do programa de governo são:
  • Estado e democracia de alta densidade;
  • Economia para o desenvolvimento sustentável;
  • Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida e Novo urbanismo e o pacto pela vida.

Eduardo Campos anunciou em abril de 2014, em um evento realizado em Brasília, a pré candidatura a presidência do Brasil, tendo como vice a líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.


Premiações

  • 2009 - Considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.
  • 2010 - Primeiro colocado no ranking de governadores estabelecido pelo Instituto Datafolha de Pesquisas, sendo uma dessas com 80% de aprovação entre os pernambucanos.
  • 2011 - Apontado pela pesquisa Ibope/Band como o melhor governador do Brasil e novamente, pela Revista Época, um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.
  • 2013 - Pacto Pela Vida recebe o prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na categoria "Governo Seguro - Boas Práticas em Prevenção do Crime e da Violência".


Morte

Eduardo Campos morreu na manhã de quarta-feira, 13/08/2014, após sofrer um acidente aéreo em Santos, SP. O jato em que estava o político iria para um compromisso em evento na cidade de Santos chamado SantosExport. A aeronave em que viajava do Rio de Janeiro para Guarujá perdeu contato com controle aéreo.

Conforme o Comando da Aeronáutica, não houve sobreviventes na queda. Ainda de acordo com o Comando da Aeronáutica, a aeronave é um Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, que decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá, SP. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Fonte: Wikipédia e Globo