Mostrando postagens com marcador Piloto Automobilístico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Piloto Automobilístico. Mostrar todas as postagens

Tuka Rocha

CHRISTIANO CHIARADIA ALCOBA ROCHA
(36 anos)
Piloto Automobilístico

☼ São Paulo, SP (13/12/1982)
┼ Salvador, BA (17/11/2019)

Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, mais conhecido como Tuka Rocha, foi um piloto automobilístico nascido em São Paulo, SP, no dia 13/12/1982.

Tuka Rocha venceu vários campeonatos de kart no Brasil entre 1996 e 2000, conquistando o tri-campeonato brasileiro de kart consecutivo e, em 2001. Mudou para a Fórmula 3 Sudam Lights.

Em 2004 foi à Europa para competir na World Séries by Nissan, onde era companheiro de equipe de Ricardo Zonta.

Em 2004 disputou a Fórmula 3000 Euroseries.

Em 2005 foi piloto de testes do A1 Team Brasil no campeonato de A1 GP, e foi um dos pilotos titulares durante a temporada 2005-2006.

Em 2008 foi escolhido como o piloto para guiar o carro do Flamengo na temporada de estréia da Fórmula Superliga.


Em 2011, Tuka Rocha estreou na Stock Car Brasil pela equipe BMC-Vogel. Ganhou o prêmio revelação da temporada da Stock Car, sendo homenageado na cerimônia de premiação da categoria.

Na etapa do Rio de Janeiro, Tuka Rocha passou por um susto: Parecia cena de filme. 03/07/2011, durante uma corrida da Stock Car, um carro começa a pegar fogo. Até que a porta abre e Tuka Rocha se joga para fora, com o veículo em alta velocidade. Imagens impressionantes, que passavam ao vivo na TV Globo. O piloto ainda levantou, ergueu os braços e, por fim, desmaiou. Como fez isso? Ao certo, nem ele sabe.
"Foi por instinto. Na hora, tinha certeza de que se não fizesse alguma coisa, eu ia morrer. A fumaça era tóxica. E, quando pulei, tive uma alegria muito grande. Porque tudo poderia dar errado: Tirar o volante, abrir a porta, pular sem ficar enganchado em nada, e ainda não ser atropelado por nenhum carro. Fora cair exatamente daquele jeito e levantar: Foi um milagre!
Eu me surpreendi quando vi as imagens na televisão do hospital. Foi num intervalo do jogo do Brasil. Na hora do acidente, também pensei na minha mãe, que estava lá!"
(Tuka Rocha)

Morte

Em 14/11/2019, Tuka Rocha sofreu um acidente de avião que estava com mais oito pessoas em Maraú, na Bahia. Tuka Rocha teve 80% de seu corpo queimado. Após 3 dias internado, Tuka Rocha faleceu às 06h20 de domingo, 17/11/2019, aos 36 anos, no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, BA. Ele estava na unidade desde sexta-feira, 15/11/2019, quando havia sido transferido do Hospital Municipal de Salvador.

Fonte: Wikipédia

Chico Landi

FRANCISCO SACCO LANDI
(81 anos)
Piloto Automobilístico

* São Paulo, SP (11/07/1907)
+ São Paulo, SP (07/06/1989)

Nascido em São Paulo no dia 11/07/1907, filho de uma próspera família, seu pai, Paschoal Landi, era um comerciante italiano que se dera muito bem quando estes vieram para o Brasil e sua mãe já era de uma segunda geração, sendo uma ítalo-brasileira. Chico Landi, foi um garoto que teve a oportunidade rara de estudar, pois naquela época, isto era privilégio de poucos. Pequeno, acompanhava o pai nas corridas dos carroceiros de Santana, que era disputada neste bairro paulistano.

Após o falecimento do pai, a vida de Chico Landi deu uma reviravolta e o então garoto, teve de começar a trabalhar. Sua vida mudaria completamente e o sonho de conseguir um diploma universitário e um título acabou tendo que ser deixado de lado.

Algum tempo depois, junto com o irmão QuirinoChico Landi começou a se interessar pelo automobilismo, disputando rachas pelas então vazias ruas de São Paulo. Em 1928, Chico Landi comprou um Chevrolet 28, conhecido como "Cabeça de Cavalo": Por anos a fio - décadas, na verdade - Chico Landi repetia:

"Aprendi a correr naquele Chevrolet 28. No início tirava rachas que valiam 5 mil réis ao vencedor, numa época em que a lata de gasolina com 18 litros, custava 2 mil réis"
(Chico Landi)

Esta chamada do ter aprendido a correr em um Chevrolet rendeu-lhe, décadas depois, o convite para ser garoto propaganda da marca para promoção do Opala.

Foi um passo para começar a disputar corridas em São Paulo e no Rio de Janeiro, incluindo-se também, o temível circuito da Gávea, apelidado de "trampolim do diabo". A sua primeira corrida importante foi na Gávea, no ano de 1934, quando abandonou a prova. O abandono da estreia oficial em 1934 não foi um desalento, mas um estímulo. A primeira vitória foi em 1935, na corrida do "Chapadão". A pista tinha mais buracos que asfalto, em vez de guard-rails, usavam fardos de alfafa, a roupa protetora era uma camisa de mangas curtas, um blusão de couro e um par de óculos escuros. Nesta prova, Chico Landi venceu com uma média de 135 km/h.

Os anos 40 foram o auge da forma para Chico Landi. O seu grande azar foi a II Guerra Mundial, que paralisou as competições na Europa e esvaziou as competições nacionais, que deixaram de ter a vinda dos pilotos estrangeiros para o Grande Prêmio do Brasil, que era disputado no circuito da Gávea. Foi justamente neste período da guerra que ele conquistou a primeira de suas três vitórias neta prova, em 1941.

Mas para que ninguém diga que ele não venceu os europeus, ele conquistou também as provas nos anos de 1947 e 1948. A mais bela e emocionante dessas vitórias foi em 1947, quando venceu os italianos Luigi Villoresi e Achille Varzi, que competiam com carros Maserati, iguais ao seu.

No período da guerra, numa época que o Brasil importava todo o combustível que consumia, os apaixonados pelo automobilismo encontraram um jeito de não ficar parados: com o início do uso do gasogênio nos veículos, logo se passou a realizar corridas, especialmente em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Chico Landi sagrou-se campeão correndo com estes carros também.


O automobilismo mundial começava a se reestruturar e era a hora de lançar-se no desafio de enfrentar os melhores do mundo na casa deles. Ainda em 1947, Chico Landi resolveu ir para a Europa, para assistir ao I Grande Prêmio de Bari. Com o auxílio do amigo Achille Varzi, conseguiu uma Maserati e participou da prova. Com a belíssima atuação, foi convidado pelo Automóvel Clube de Bari para correr no ano seguinte.

Recebeu uma Ferrari, com o número de fabricação 004. De forma magnífica, conquistou a prova e recebeu uma taça enorme, com a base toda em mármore de carrara. Na alfândega italiana, porém, quase ficou sem a taça, pois os italianos disseram que a mesma era uma relíquia. Todavia, o governo brasileiro interveio e Chico Landi trouxe seu prêmio. Como curiosidade dessa prova, pelo fato dos organizadores da prova de Bari, não terem o hino nacional brasileiro, no pódio, Chico Landi teve de ouvir "O Guarani" de Carlos Gomes. Este dia entrava para a história do automobilismo brasileiro e o Brasil, para a história do automobilismo internacional.

Nesse mesmo ano, disputou uma prova em Silverstone. O brasileiro liderava a prova, quando teve de parar nos boxes para trocar seus pneus. De volta a pista, com muito tempo perdido, recuperou-se espetacularmente e ainda conseguiu o segundo lugar. Nesta época, convenceu o "Comendatore" Enzo Ferrari a lhe vender uma de suas "Macchinas"... contudo, teve um enorme desgosto ao abrir o capô e constatar tratar-se de uma Ferrari já usada. Ele chorava e as pessoas pensavam que era emoção. Baixinho, confidenciou a um amigo sua triste constatação. Amigo que é amigo, não se faz de rogado: "Não fala nada... ninguém precisa ficar sabendo". Esta Ferrari foi pintada com as cores nacionais, com o amarelo predominando.

Com início da Fórmula 1, em 1950, a categoria, feita para reunir os melhores carros e pilotos do mundo passava a ser a grande ambição de todo piloto. Contudo, Chico Landi só começou a disputar provas da Fórmula 1 em 1951. Foram seis corridas no seu currículo. Conquistou um excelente 4º lugar, no Grande Prêmio da Argentina de 1956, dividindo a condução do carro com o italiano Gerino Gerini, num Maserati 250 F.

Chico Lando (Esquerda) e Tony Bianco (Direita)
Em 1951, a Fórmula 1

Chico Landi ficou na Europa por oito anos. Disputou provas contra todos os grandes pilotos da época e é notório o fato, de que se tivesse um incentivo maior, como por exemplo, o que Juan Manuel Fangio recebeu do governo argentino, poderia ter conquistado, possivelmente, várias façanhas. Chico Landi voltou a vencer o Grande Prêmio de Bari em 1952, mas este não fazia parte do calendário da Fórmula 1, apesar de contar com a maioria dos pilotos que a disputavam.

As vitórias de Juan Manuel Fangio foram muito importantes como propaganda do seu país. Enquanto o argentino tinha apoio oficial, Chico Landi é quem carregava a bandeira brasileira na mala para ser hasteada nos autódromos, passando pelo absurdo de ter que explicar que aquela não era a bandeira da Argentina, mas sim do Brasil.

Chico Landi afirmava que para um piloto vencer, era necessário sorte, não apenas sua capacidade de pilotar ou o fato de ter um bom carro. Certa vez, reunido em um bar com Juan Manuel Fangio, Luigi Villoresi, Alberto Ascari, Tazio Nuvolari e outros, conversava quando um jornalista italiano perguntou a cada um o que era preciso para vencer uma corrida. Quase todos afirmaram que era preciso 50% do carro e 50% do piloto. Chico Landi foi o último a responder, e disse que eram preciso três coisas: "Sorte, depois mais sorte, e finalmente, muita sorte!".

No começo dos anos 50, os Alfa Romeo eram os grandes carros do automobilismo mundial, só que Chico Landi nunca aceitou fazer testes com os Alfetta: Apesar da "sacanagem" de vender um carro usado pra ele, Chico Landi gostava muito do Enzo Ferrari, que, na Europa, o orientou e confiou nele como piloto, dando toda a assistência possível. Por isso preferia correr com os carros Ferrari e Maserati, mesmo sabendo que não tinha nenhuma chance contra os Alfetta.

Em seis corridas válidas pelo Campeonato Mundial de Fórmula 1, teve como seu melhor resultado uma quarta colocação no Grande Prêmio da Argentina de 1956, quando dividiu a Maserati com Gerino Gerini.

Sem ter condições de disputar temporadas completas na Fórmula 1, Chico Landi continuou correndo no Brasil nos anos 50, tanto em Interlagos como no recém criado circuito da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Chico Landi foi um dos grandes precursores das categorias "Mecânica Nacional" e "Mecânica Continental".

Nos anos 60, fez aquela que ele considerou sua maior corrida: "Em 1960, com um Oldsmobile de passeio, fiz outra das corridas mais emocionantes da minha vida: levei minha mulher às pressas para a maternidade, onde nasceu minha filha", contou ele por décadas. Esta pode ter sido para ele. Para os seus fãs e fãs do automobilismo, foi a conquista das Mil Milhas Brasileiras, ao lado do jovem e promissor Christian Heins, ao volante de um JK com motor de 2 litros.


O Primeiro Fórmula 1 Brasileiro

Logo após, inspirado numa Ferrari Shark Nose de 1961, Chico Landi e Tony Bianco criaram no início da década de 60, o primeiro Fórmula 1 brasileiro. Era o "Landi-Bianco F1", um Fórmula Jr, um dos primeiros "monopostos modernos" no Brasil, mas com motor Alfa Romeo 2000 ou Simca V8 2600, dentro das especificações da Fórmula 1 daquela época. Este bólido teve uma vida curta: Fez sua estreia em 1962, nos 500 km de Interlagos. Infelizmente, foi pilotando este carro que faleceu Celso Lara Barberis, nos 500 km de Interlagos de 1963. Chico Landi e Tony Bianco desmontaram o que sobrou do carro.

Foram construídos dois carros Landi F1. Um com motor Alfa Romeo do JK 2000 e outro com motor do Simca Chambord 2600. Embora a Fórmula 1 fosse 1,5 litro na época, aqui eram chamados de Fórmula 1, embora tivessem motores maiores.

Nos anos 60, talvez de uma forma não intencional, Chico Landi acabou sendo responsável - de alguma forma - pelo 'empurrão' que talvez faltasse para que surgissem uma das grandes equipes de competição do Brasil: a Dacon.

Foi com um Karmann Ghia, equipado com um motor Porsche de 1,6 litros, preparado por Paulo Goulart, que veio a ser o grande comandante da equipe, que Chico Landi venceu as 100 milhas da Guanabara de 1964.

Como o DNA da família era forte, um digníssimo herdeiro já estava fazendo sucesso nas pistas, mesmo sem usar seu sobrenome. Camilo Christófaro, o Lobo do Canindé honrou o sangue da família e, em alguns momentos, deu ao tio a alegria de pilotar um dos seus carros. Contudo, talvez alguns historiadores possam vir a imputar sobre seus ombros a responsabilidade - mesmo que indireta - da trágica corrida de Petrópolis de 1968. Quando viu o traçado e a direção do circuito (no sentido horário), Chico Landi afirmou que "de acordo com as normas da FIA, os circuitos de rua deveriam ser no sentido anti-horário". De onde ele tirou isso, ninguém sabe, afinal, Mônaco e Pau, que recebiam corridas na época, eram e são no sentido horário!

Nos anos 70, mesmo com mais de 60 anos, Chico Landi ainda corria, eventualmente. Sua última prova foi em 1974, quando disputou a prova 25 Horas de Interlagos, com um Maverick V8 Quadrijet nº. 4. Foi 3º colocado, junto com o filho Luiz Landi e Antônio Castro Prado. "Resolvi. Não entro num carro nem para experimentar. Quero completar um ano sem correr e, se isso acontecer, será a primeira vez, desde que comecei. Então posso ter certeza que parei", disse Chico Landi após a prova.

Chico Landi ainda falaria:

"Corri de 1934 a 1974, dando mais importância ao esporte do que à vitória. Na época da guerra, faltava gasolina, mas não faltava vontade. Peguei um Chevrolet 41, coloquei um gasogênio e fui campeão três anos seguidos: ganhei a Niterói-Campos, a Rio-Petropólis e a corrida da Pampulha!" 

Porém, a paixão pela velocidade não conseguiu fazer com que Chico Landi ficasse longe das pistas. Nos anos 80 do século passado, foi administrador do autódromo de Interlagos. Foi um dos responsáveis pela volta da Fórmula 1 a essa pista, mas no entanto, não conseguiu ver a prova de 1990.


Morte

Chico Landi faleceu no dia 07/06/1989, aos 81 anos, vítima de Insuficiência Cardíaca. Seu corpo foi cremado e suas cinzas, espalhadas pelo autódromo de Interlagos.

Fonte: Nobres do Grid

Gino Bianco

LUIGI EMILIO RODOLFO BERTETTI
(67 anos)
Piloto Automobilístico

* Turim, Itália (22/07/1916)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/1984)

Luigi Emilio Rodolfo Bertetti, conhecido como Gino Bianco, foi um piloto de automobilismo ítalo-brasileiro que pilotou uma Maserati para a equipe Escuderia Bandeirantes. Ele imigrou para o Brasil quando ainda era criança. Participou de quatro grandes prêmios de Fórmula 1, sendo seu melhor resultado a 18ª colocação no Grande Prêmio da Inglaterra de 1952.

De todos os 27 pilotos brasileiros que participaram de pelo menos um Grande Prêmio de Fórmula 1, Gino Bianco é certamente o menos conhecido. Até o começo dos anos 80, praticamente não se falava nele. Reportagens escritas por gente competente chegaram a ignorar seu nome ao mencionar os brasileiros que correram na Fórmula 1 nos anos 1950.

Na verdade, Gino Bianco não era brasileiro nato. Ele nasceu em Turim, na Itália, em 22/07/1916, e tinha 12 anos quando sua família mudou-se para o Brasil, mais precisamente para o Rio de Janeiro. Nunca pediu naturalização, mas ao longo de sua carreira se apresentava como brasileiro.

Começou a trabalhar como mecânico de automóveis e depois abriu sua própria oficina. Ficava no número 35 da Rua Francisco Otaviano, que liga as praias de Copacabana e do Arpoador. Gino Bianco tinha 17 anos quando aconteceu a primeira corrida no Circuito da Gávea, em 1933. Seis anos depois, participou dela pela primeira vez, pilotando um Bugatti com motor Chrysler. No ano seguinte, pilotou um Fiat e abandonou por acidente. Mas desenvolveu amizade com outros pilotos e se manteve ligado ao automobilismo.

A Segunda Guerra Mundial, entretanto, paralisou o automobilismo em todo o mundo. O Brasil não foi exceção, ainda que algumas corridas ainda tivessem acontecido até o começo dos anos 1940, inclusive com carros movidos a gasogênio.

A guerra acabou em 1945 e as corridas voltaram a acontecer. O autódromo de Interlagos, o primeiro do Brasil, havia sido inaugurado em 1940, mas o Rio de Janeiro tinha um automobilismo muito mais movimentado que o de São Paulo. Por isso, vários paulistas, inclusive Chico Landi, abriram oficinas na então capital federal. Nessa época, Gino Bianco venceu várias corridas, principalmente de subida de montanha, e firmou-se como um dos principais pilotos do automobilismo nacional.

Em 1947, disputou o Grande Prêmio de Interlagos, uma prova internacional para carros de Grand Prix, que reuniu vários pilotos brasileiros e estrangeiros. Pilotando uma Maserati, Gino Bianco terminou em terceiro lugar, atrás das Alfa Romeo de Acchile Varzi, o vencedor, e Chico Landi, segundo colocado.

Em 1952, Chico Landi criou a Escuderia Bandeirantes, com três Maserati A6GCM, para disputar grandes prêmios na Europa. Gino Bianco acompanhou-o para ser um dos pilotos. Além dos dois brasileiros, a Escuderia Bandeirantes teve o uruguaio Heitel Cantoni e, em uma corrida, o argentino Alberto Crespo. Os carros dos brasileiros eram pintados de amarelo e tinham rodas verdes - era a pintura nacional exigida pela Fédération Internationale de l'Automobile (FIA). Não era uma equipe rica: inscreveu-se apenas em quatro GPs, às vezes com somente dois carros, e seu melhor resultado foi o 8º lugar de Chico Landi no Grande Prêmio da Itália.


Gino Bianco estreou no Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone. Fez o 28º tempo (havia 32 inscritos) e terminou em 18º entre 22 pilotos que terminaram a corrida. Este seria seu melhor resultado na Fórmula 1. Depois, ele abandonou os GPs da Alemanha (motor quebrado na primeira volta), Holanda (câmbio) e Itália (motor). Gino Bianco participou ainda de uma prova extra-campeonato, o Grande Prêmio do Autódromo, em Monza, onde também abandonou.

Depois do Grande Prêmio da Itália, o último de 1952, Gino Bianco voltou ao Brasil pelo mesmo motivo que impediu Chico Landi de correr com mais freqüência na Europa: dinheiro. Naqueles tempos em que patrocínio era algo praticamente desconhecido, a renda dos dois era assegurada pelas atividades nas respectivas oficinas.

Gino Bianco ainda disputou algumas corridas no Brasil em 1953. Depois disso, pouco se sabe dele. Viveu no Rio de Janeiro até morrer no dia 08/05/1984, vítima de complicações no esôfago.

Fonte: WikipédiaGP Total

Wilson Fittipaldi

WILSON FITTIPALDI
(92 anos)
Radialista, Empresário e Piloto Automobilístico

* Santo André, SP (04/08/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/03/2013)

Wilson Fittipaldi foi um piloto de automóveis, empresário e radialista brasileiro, especializado em automobilismo. Filho de imigrantes italianos, Wilson Fittipaldi desde cedo interessou-se por carros e motos, e no final da década de 1930, já era locutor.

Em 1943 casou-se com Juzy Vojciechoski e no dia de natal deste mesmo ano, nasceu seu primeiro filho, Wilson Fittipaldi Júnior.

Conhecido como "Barão", Wilson Fittipaldi trabalhou durante décadas nas transmissões da rádio paulista Panamericana, depois conhecida como Jovem Pan, e também foi comentarista do telejornal Record em Notícias (1973-1996) da TV Record, na década de 80. Além da locução, ele também foi organizador de provas automobilísticas e de motos, acompanhando de perto o nascimento do autódromo de Interlagos. Como piloto, participou de várias provas, sendo, em algumas, piloto e repórter ao mesmo tempo.

Wilson Fittipaldi é pai dos irmãos Emerson Fittipaldi e Wilson Fittipaldi, e avô de Christian Fittipaldi, todos pilotos brasileiros de várias categorias, incluindo a Fórmula 1.


Morte

Wilson Fittipaldi morreu aos 92 anos na madrugada de segunda-feira, 11/03/2013. Ele estava internado desde 25/02 no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria do hospital, ele deu entrada com problemas respiratórios e estava internado no centro de tratamento intensivo coronariano. O hospital não divulgou mais detalhes sobre a causa da morte, a pedido da família.

Wilson Fittipaldi foi o fundador da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), e o primeiro narrador de corridas no rádio brasileiro - o primeiro título mundial de Fórmula 1 do filho Emerson Fittipaldi, em 1972, foi narrado por ele.

A morte de Wilson Fittipaldi foi divulgada, via Twitter, pelo próprio Emerson Fittipaldi, que postou uma série de mensagens demonstrando carinho pelo pai. Segundo ele, a última vez em que falou com o pai foi na noite de domingo, 10/03/2013, mas o pai já não respondia.


"Ontem falei no ouvido do meu pai que linda família que ele formou e que todos nós estávamos torcendo e orando para que ele melhorasse. E que Deus sempre amou a nossa família e ele também. Foi nesse momento que ele pela primeira vez e única desde que esta internado abriu os olhos. Ele balançou a perna, movimentou a boca, era um sinal de amor para essa família grande e querida. Eu a Rosana e a Tânia ficamos muito emocionados."
(Emerson Fittipaldi)

Fonte: Wikipédia, G1 e UOL

Celso Lara Barberis

CELSO LARA BARBERIS
(47 anos)
Piloto Automobilístico

* São Manuel, SP (28/02/1916)
+ São Paulo, SP (07/09/1963)

Celso Lara Barbéris nasceu em São Miguel, próximo a Botucatu, interior de São Paulo, em 28 de fevereiro de 1916.

Filho único (tinha uma irmã mais nova mas esta era adotiva) de um médico italiano, natural de Turim, radicado no Brasil e fazendeiro na região de Fartura, região oeste do estado de São Paulo.

Mudou-se para a capital paulista aos 14 anos. Lá, começou a se revelar como atleta: Naquele mesmo ano, iniciando a sua carreira de esportista no Clube de Regatas Tietê e algum tempo depois no Clube Floresta (hoje é o Espéria), também às margens do Rio Tietê.

Como nadador, especializou-se nos 100 metros nado livre. Foi remador do mesmo clube conquistando 9 títulos paulistas e em 1934 tornou-se campeão brasileiro de Double Skiff, chegando a ser convocado para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Contudo, uma intoxicação o levou, na véspera do embarque, ao hospital onde ficou se recuperando por alguns dias, tempo suficiente para perder o navio onde viajou a delegação.

Em 1945, com 29 anos, mudou-se para Avaré, onde assumiu a administração da fazenda de café da família em Fartura. Nessa época também mantinha, e dividia com seu primo José Fernando, um apartamento em São Vicente, devido à necessidade de acompanhar de perto a Bolsa de Café que funcionava na zona portuária de Santos.

No final da década, abraçou o automobilismo. Em 1949, com uma Alfa-Romeu Sport que havia pertencido a Fábio Crespi, em sua prova de esteia, fundiu seu motor nas primeiras voltas.

Em 1950 ganhou a prova 80 quilômetros de Interlagos com uma Simca Sport. Mudou-se em 1951 com os pais para São Paulo, indo morar na Rua Suécia, bairro do Jardim Europa.

Em 1952 participou de uma prova, mas abandonou por quebra. Casou-se com Maria José e no ano seguinte nasceu sua filha Beatriz, mas o casamento só durou mais um ano, em 1954 eles se desquitaram.

Em 1954 disputou várias provas como o Grande Prêmio Cidade de São Paulo, em janeiro com um carro de 1500cc. Em maio também abandonou uma prova por quebra de uma Ferrari. Em agosto foi 1º colocado com uma Ferrari 2 litros e foi 2º com a mesma Ferrari na prova de comemoração das festividades do IV Centenário de São Paulo.

Chico Landi (esquerda) e Toni Bianco (direita)
Sempre gostou de carros novos e possantes, chegou mesmo a mandar construir em 1955, um carro esporte exclusivo na oficina de Oliveira Monarca do bairro da Bela Vista, carro que foi construído por Toni Bianco, na época iniciando seu trabalho no Brasil.

Esteve afastado por algum tempo, retornando em 1957 no Triângulo Sul Americano conquistando o 5º lugar. Neste mesmo ano, com a indústria automobilística brasileira dando os primeiros passos, o Automóvel Clube do Estado de São Paulo, para incentivar o acontecimento e ao mesmo tempo comemorar o 7 de Setembro, criou uma das mais importantes e tradicionais corridas que São Paulo conheceu: Eram os 500 Quilômetros de Interlagos somente comparado em tradição com a Mil Milhas Brasileiras criada um ano antes. Essa prova era realizada pelo anel externo do traçado original do autódromo, com aproximadamente 3.460m.

A sua primeira edição (1957) foi um grande acontecimento, tendo sido inclusive transmitida pela Rádio Panamericana (na época a emissora dos esportes), atual Jovem Pan. A narração foi de Wilson Fittipaldi (o Barão), pai de Wilson Fittipaldi Júnior e Emerson Fittipaldi.

Os carros da categoria Força Livre eram antigos monopostos (apelidados de charutinhos) como Ferrari, Maserati e Alfa-Romeo. A criatividade brasileira equipava alguns desses carros com modernos motores Corvette (sensação da época) que davam uma sobrevida a estes carros tecnologicamente ultrapassados. Essa categoria recebia o nome de Mecânica Continental.

A corrida com 154 voltas teve 105 lideradas por Ciro Cayres (outro monstro da época) registrando o 1º recorde da prova em 1m14s. Porém o motor da sua Ferrari não agüentou o forte ritmo e Ciro foi obrigado a abandonar deixando a vitória para Barberis que com uma Maserati-Corvette corria em 2º lugar. Celso Barberis completou as 154 voltas com a média de 132km/h em 3h46m27s.

Foi o 3º colocado no ano seguinte, nesta mesma prova, em sua segunda edição. Celso Barberis venceria ainda os 500 quilômetros de Interlagos de 1959 com Maserati 3000 e em 1960 com Maserati-Corvette.

Participou de cinco edições das Mil Milhas Brasileiras (57/58/59/60/61), além de algumas na categoria Turismo. Participou também de provas Internacionais do World Sports Car Championship em Buenos Aires, Argentina, em parceria com Godofredo Vianna Filho (56), Eugênio Martins (57 e 58) e em 1960 com Christian Heins, quando pilotando em dupla uma Maserati 300S conquistaram o 4º lugar.

Mostrando que sua versatilidade como atleta ainda estava em alta, em 1962, entre uma e outra competição, praticando motonáutica, venceu os 100 Quilômetros da Represa de Guarapiranga.

Iniciou 1963 fazendo um 2º nas 12 Horas de Interlagos com um FNM-JK. Porém nos 500 quilômetros de Interlagos daquele ano, já competindo com um carro nacional fabricado por Chico Landi e Toni Bianco com motor JK 2000. Celso teve um acidente fatal na 1ª volta da corrida na então chamada subida dos boxes, hoje curva do café.

Intantes após o toque de pneus
Seu carro, após ter sido tocado pelo carro de nº 50 do piloto Amaral Júnior (pneu contra pneu) rodou, foi de encontro ao barranco (era esse o guard-rail da época) e capotou varias vezes. Barberis teve fratura do crânio e esmagamento do tórax, sendo lançado a mais de 5m de distância.

Essa prova, inclusive, já começou trágica: Edmundo Bonotti faleceu em conseqüência dos ferimentos sofridos num acidente ocorrido durante os treinos.

A prova, que não chegou a ser interrompida, foi vencida por Roberto Galucci com Maserati-Corvette, mas ele nem comemorou (era a sua segunda vitória na prova).

As Polêmicas do Acidente

O acidente (nunca devidamente esclarecido) criou várias polêmicas, tendo saído das páginas esportivas para as policiais dos grandes jornais da época. O piloto Amaral Júnior se recusou a permitir que o ACESP (Automóvel Clube do Estado de São Paulo) fizesse uma vistoria no seu carro. Alguns afirmam ter visto o piloto logo após o acidente parar no box e instruir seus mecânicos, que na volta seguinte em um ponto afastado da pista teriam trocado o pneu da batida. O piloto abandonou a prova algumas voltas depois, mas o pneu trocado nunca mais apareceu. Amaral Júnior também não compareceu a uma audiência para ouvir o piloto Ciro Cayres, principal testemunha do acidente no inquérito (encontrava-se entre os carros 2 e 50). Outros boatos surgiram, como o que dizia que os pilotos eram inimigos de longa data, (eram da mesma cidade, São Miguel) ou que Amaral Júnior estaria a serviço de outro piloto "rival" de Barberis fora das linhas automobilísticas. Os fatos nunca provados ou comprovados.

No dia 9 de setembro, a diretoria do Automóvel Clube, suas comissões técnicas e esportivas com todos os membros presentes, decidiu eliminar João Batista Amaral Júnior do quadro de corredores do ACESP.

Às 15 horas e 15 minutos do dia 7 de setembro de 1963, um campeão deixou Interlagos para sempre e o Brasil perdeu um grande piloto.

O acidente abalou de tal forma os parceiros Chico Landi e Toni Bianco que eles decidiram por destruir o carro (que poderia ser recuperado), cortando o chassi em 4 partes e abandonando qualquer possibilidade de vir a tornar este carro capaz de disputar corridas no exterior.

Fonte: Nobres do Grid

Christian Heins

CHRISTIAN HEINS
(28 anos)
Piloto Automobilístico

☼ São Paulo, SP (16/01/1935)
┼ Le Mans, França (16/06/1963)

Christian Heins era filho de um bem sucedido empresário de origem alemã (lavanderia industrial) e de uma italiana, Carl Heinrich Christian Heins e Giuliana de Fiori Heins.

Seu avô materno, renomado médico, morava vizinho e foi nos carros do avô que Christian começou a mexer ainda criança, tomando gosto por mecânica, foi também o avô que o ensinou a dirigir. Suas primeiras saídas foram com um pequeno Ford Anglia do avô, que inclusive chegou a capotar nas ruas do bairro.

Depois de terminar os seus estudos primários e secundários no colégio Visconde de Porto Seguro, no início de 1953, transferiu-se para Stuttgart, Alemanha, onde foi cursar a Technische Hochschule (Escola Técnica de Nível Superior). Ao mesmo tempo fazia estágio no curso especial para estrangeiros da Mercedes-Benz. Depois transferiu-se para a Fábrica de Pistões Mahle GmbH, ainda em Stuttgart.

Com 19 anos, fez sua estreia em competições automobilísticas, no dia 16/05/1954 numa prova no autódromo de Interlagos.

No inicio usando o apelido Cometa, pois era assim que seus amigos o chamavam devido à andar sempre rápido. Como, ao contrário da grande maioria dos pilotos daquela época que começavam a correr com mais idade, ele começou aos 19, era o mais novo dos pilotos, e por ser filho de uma italiana, logo ganhou o apelido de Bambino que rapidamente virou só Bino, e assim foi conhecido por toda vida.

Disputou a primeira Mil Milhas Brasileiras, em 1956, fazendo dupla com Eugênio Martins. Se classificaram em segundo lugar com um VW Sedan/Porsche. Nessa disputa, o VW de série preparado pelo amigo Jorge Lettry em sua oficina Argos Equipamentos, enfrentava as carreteras (carros velhos equipados com potentes motores de mais de 250cv e aliviados no peso), principalmente as dos gaúchos.

A seguir, com apresentação do presidente da Mahle do Brasil, que era vizinho e amigo da família, foi admitido na fábrica de automóveis Porsche, também em Stuttgart, começando a trabalhar como mecânico e logo ingressando na escuderia da fábrica, já como piloto. Onde ficou de 57 a 60.

Durante sua estada na Europa, participou com êxito de numerosas provas automobilísticas, notadamente, no inicio, das Subidas de Montanha na Itália, além de provas em circuitos. Desse seu estágio no exterior várias vezes retornou ao Brasil convidado para participar de provas locais.

Christian Heins guiando um Fórmula Jr de motor Porsche em Interlagos.
Em 1960, numa de suas voltas para o Brasil, Christian Heins trouxe uma namorada alemã, Waltraud, e também seus troféus. Aí ocorreu um fato insólito: como os troféus não tinham nota fiscal, é claro, a alfândega apreendeu todos por suspeita de contrabando. Indignada, sua irmã, Ornella escreveu ao presidente Juscelino Kubitschek pedindo providencias. E o presidente respondeu.

Passou um telegrama pedindo desculpas e dizendo que Christian Heins era um Monumento Nacional e dizendo também que os troféus já estavam devidamente liberados e podiam ser retirados. Pelé e Maria Ester Bueno eram considerados pela imprensa da mesma forma.

Finalmente regressou de vez ao Brasil e passou a dedicar-se exclusivamente ao automobilismo, correndo inicialmente pela equipe Serva Ribeiro, o mais representativo revendedor Vemag da época, equipe essa comandada por seu amigo Jorge Lettry. Ficou até os treinos da V Mil Milhas Brasileiras de 1960, que iria correr em dupla com Eugênio Martins, mas após uma discussão com o chefe de equipe abandonou o carro antes mesmo de dar uma volta e foi embora. Foi substituído por Bird Clemente.

Christian Heins passou então a fazer dupla com ninguém menos que Chico Landi, ao volante do carro FNM/JK nº 28, com o qual venceram a corrida. No momento de receber a bandeirada, quis entregar o volante a Chico Landi, que recusou, sua participação fora bem maior nos boxes que na direção do carro.

Nesse mesmo ano, disputou o 1000 Km de Buenos Aires, prova de abertura do Campeonato Mundial de Marcas. Terminou em 4º lugar, dividindo uma Maserati 300S com outra fera brasileira, Celso Lara Barberis. Fez três corridas com Chico Landi e o FNM/JK, sendo que a última já trabalhando na Willys.

Em 1961 casou-se com "Maria" Waltraud com quem teve uma filha, Betina, nascida no inicio de 1962.

No início da década de 60, quando visitava o Salão do Automóvel de Paris, William Max Pearce, presidente da Willys Overland do Brasil, se encontrou com o preparador Jean Rédéle e dessa conversa nasceu a idéia de desenvolver o projeto Alpine A-108 no Brasil. Ao voltar ao Brasil William Max Pearce procurou o jornalista e publicitário Mauro Salles e conversaram sobre essa possibilidade.


Ao final de 1961 Christian Heins, já um dos mais consagrados pilotos nacionais, com significativa participação em provas internacionais, foi convidado por William Max Pearce para ser gerente do Departamento de Carros Esporte, onde iniciou em setembro, o departamento que iria desenvolver o carro, e conseguiu com sua competência eliminar várias deficiências do mesmo. A idéia de William Max Pearce era manter o nome Alpine, mas por sugestão de Mauro Salles o carro foi batizado como Interlagos, em homenagem ao autódromo paulistano.

A Willys apresentou o carro no II Salão do Automóvel, realizado no Pavilhão do Ibirapuera em outubro de 1961 em três versões: Coupe, Conversível e Berlineta.

No início de 1962 Christian Heins foi transferido para montar e organizar o Departamento de Competições, do qual foi gerente e piloto.

Christian Heins também passou a correr com as Berlinetas Interlagos. Estreou o carro em competições no I Mil Quilômetros de Brasília em 1962, ao lado de Aguinaldo de Góes Filho. A competição tinha largada à meia-noite e Christian Heins, que tinha muita experiência nas pistas européias pois já havia participado de muitas provas longas, inclusive de Le Mans em 1958, estava seguro.

Essa prova tem uma história interessante: Camillo Christofaro largou na frente, como sempre. Seu hábito era nunca dar passagem e Christian Heins sabia disso, assim fez uma ladeira toda com os faróis apagados para não ser visto e quando entrou na curva já estava ao lado de Camillo Christofaro, só então Christian Heins acendeu os faróis. Seu carro porém chegou em terceiro, atrás de dois carros FNM/JK muito mais potentes.

Na Equipe Willys ele revelou uma série de pilotos que ficaram famosos nos anos 70, entre eles Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace, e participou e venceu várias corridas com o Interlagos, Gordini, 1093 e com o Landi/Bianco/Gordini de Fórmula Junior (no Brasil MN-2.5).

Em 1963, consagrado como piloto e chefe de equipe, recebeu um convite para participar das famosas 24 Horas de Le Mans de 1963 com um Alpine M63 Renault oficial da Equipe Alpine. Havia rumores que ele vinha pensando em parar de correr, mas aceitou o convite. Pintou faixas longitudinais com o verde/amarelo e inscreveu na lateral: Equipe Interlagos - Alpine. Veja uma resposta de Christian Heins contida num jornal da época:

"Fui convidado pela fábrica do Alpine na França para pilotar o carro de sua fabricação na corrida de Le Mans, na França. O Alpine é um automóvel idêntico ao que aqui na Willys fabricamos com a denominação de Interlagos. O que irei pilotar desta feita, por convite da fábrica é um modelo novo que concorrerá na classificação como protótipo."

À esquerda, Christian Heins em Interlagos. No alto e abaixo, à direita, o Renault Alpine M63 com o qual perderia a vida em Le Mans.
Últimos Momentos

Dia 08/06/1963 à 20h00 embarcou com a esposa para Paris de onde vai para Le Mans a uns 60 Km de distância. Seu plano era tirar quinze dia de férias na Europa após a corrida. Seu parceiro seria o piloto José Rosinski.

Dia 16/06/1963 às 15h00 é dada a largada, mas aproximadamente às 20h20 quando Christian Heins liderava na categoria de 700 a 1000cc, e na geral era 3º, quando o Aston-Martin de Bruce MacLaren e Innes Ireland, pilotada na hora por Innes Ireland, vazou óleo na pista e os três carros que vinham a seguir passaram a derrapar e saíram violentamente de controle, chocando-se.

O carro de Christian Heins após derrapar, bater num outro carro, dar várias cambalhotas, bateu num poste de iluminação e incendiou-se, ficando o piloto preso nas ferragens, provavelmente desfalecido. Os bombeiros tiveram dificuldades em abrandar o fogo e retirá-lo. Foi levado com urgência para o hospital onde os médicos constataram que ele já estava morto, enquanto os destroços do Alpine de Christian Heins continuavam ardendo intensamente junto à pista.

Os médicos legistas declararam que o piloto faleceu instantaneamente em conseqüência dos ferimentos na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado. Sua esposa, seu pai e o amigo e patrão Max Pearce assistiam tranqüilamente a competição quando receberam a terrível notícia.

Seu corpo foi transladado para o Brasil e sepultado dia 27/06/1963 no cemitério do Redentor em São Paulo.

Christian Heins foi um dos maiores piloto brasileiros. Sem ter as oportunidades que surgiram a partir da era Emerson Fittipaldi, conquistou destaque no Brasil e no exterior. Era como um professor, um piloto fantástico que todos se esforçavam para copiar.

Luiz Greco

LUIZ ANTÔNIO GRECO
(57 anos)
Piloto Automobilístico

* (22/10/1935)
+ (23/12/1992)

A história de Luiz Antônio Greco no automobilismo começou em 1956, quando dirigiu pela primeira vez um DKW em uma prova de longa duração.

Durante algum tempo, disputou provas de subida de montanha na Serra de Santos e as 500 Milhas de Interlagos ao lado de Christian Heinz, com quem montou a revolucionária Equipe Willys.

Luiz Greco passou a ser facilmente reconhecido nos autódromos, fazendo gestos para cada amarelinho que passasse. Logo transformou-se em uma figura das mais carismáticas, que o público gostava de ver.

Com a morte de Christian Heinz nas 24 Horas de Le Mans de 1963, Luiz Greco passou a dirigir o Departamento de Competições da Williys, que em 1968 seria comprado pela Ford.

Naquele mesmo ano, a montadora anunciou o fim do apoio, depois de inúmeras vitórias de Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente, Luís Fernando Terra Schimdt, José Carlos Pace, Francisco Lameirão, Carol Figueiredo, Wilson Fittipaldi entre outros, que em épocas diversas colaboraram com o êxito da equipe.

Alguns saíram magoados com Luiz Greco, por considerarem que ele tinha seus favoritos. Depois, continuou com a equipe de forma particular, além de montar os primeiros Fórmula Ford do país.

Em 1971, quase comprou a Brabham para torná-la a primeira construtora nacional de Formula 1. Na última hora, porém, o governo brasileiro recuou e retirou o apoio prometido.

Obteve vitórias também no Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos, onde venceu as divisões 1, 2 e 3 em 3 anos consecutivos

Sua última proeza foi transformar a Fórmula Fiat, composta por modelos Uno e Palio, em um grande sucesso.

Como chefe de equipe, conquistou mais de 1000 vitórias. Talvez, a maior delas, tenha sido em El Pinar, Uruguai, quando comandou a vitória do Alpine de Bird Clemente sobre carros muito mais potentes.

Foi o primeiro a importar equipamentos como rodas de liga leve e freio a disco ventilado para equipar seus carros. Criou ainda o volante esportivo e construiu um esporte protótipo totalmente feito no Brasil.

Formou uma equipe de Rally e quase convenceu a Willys a comprar o autódromo de Interlagos.

Trovão faleceu jovem, aos 57 anos, no dia 23 de dezembro de 1992. Porém, sua equipe continuou, sob o comando de seu filho, Fabio Greco.

Rafael Sperafico

RAFAEL SPERAFICO
(26 anos)
Piloto Automobilístico

* Toledo, PR (22/04/1981)
+ São Paulo, SP (09/12/2007)

Era primo dos também pilotos e irmãos Ricardo Sperafico e Rodrigo Sperafico.

Em 18 anos de automobilismo, o piloto paranaense começou no Kart, correu pela Fórmula 3000 Européia e na Copa Renault Clio de 2006. 2007 foi seu ano de estréia na categoria Stock Car.

Automobilismo no Sangue

Rafael integra o Clã Sperafico, tradicional família de Toledo, que tem 10 pilotos na família. Além do automobilismo, Rafael jogava futebol como lazer. Chegou a ser convidado por clubes profissionais no final da década de 90 para integrar equipes de base, mas ele preferiu o automobilismo, seguindo sua carreira no Kart.

Em 2000 foi para os Estados Unidos disputar a Barber Dodge. Em 2003 disputou o Campeonato Europeu de Fórmula 3000 e no final da temporada decidiu abandonar as pistas para dedicar-se aos estudos. Em 2006 retornou às pistas, quando disputou a Copa Renault Clio e venceu a etapa de Campo Grande). Em 2007 passou a competir na Stock Car Light, quando também venceu a etapa de Campo Grande. Seu objetivo era ingressar na Stock Car V8 ou na Fórmula Truck em 2008.

Família de Pilotos

A história da família Sperafico no automobilismo começa em 1973, com Dilso Sperafico, que disputou o Brasileiro de Super Vê, competindo contra feras como Nelson Piquet, Alfredo Guaraná Menezes, Alex Dias Ribeiro, entre outros.

No início dos anos 80 vieram Milton Sperafico (Irmão de Dilso) e Eloi Sperafico (Sobrinho de Milton e Dilso). No final da década de 80 surgiram Fabiano Sperafico (Irmão de Elói) e os gêmeos Ricardo Sperafico e Rodrigo Sperafico (Filhos de Dilso).

No final dos anos 90, mais dois membros do clã iniciam no automobilismo: Rafael Sperafico (Sobrinho de Dilso e Milton) e Guilherme Sperafico (Filho de Milton). O nono membro do clã é Alexandre Sperafico (Sobrinho de Dilso e Milton) e o décimo é Arlei Sperafico Pisoni, que se dedica ao Motocross no Mato Grosso do Sul.

Morte

Rafael Sperafico tentava ultrapassar Alexandre Cunha, escapou na subida do Café, seu carro foi na grama e bateu na proteção de pneus, retornando para a pista, quando foi atingido pelo carro de Renato Russo. Com a pancada, o carro desintegrou-se e apesar de atendimento médico rápido pela equipe da prova, que tentaram reanimá-lo, Rafael veio a falecer com Traumatismo Craniano-Encefálico profundo e Parada Cardiorrespiratória. Renato Russo também teve Traumatismo Craniano e recuperou os sinais vitais, sendo encaminhado para o Hospital São Luiz, no bairro Morumbi, na capital paulista.

Gustavo Sondermann

GUSTAVO SONDERMANN
(29 anos)
Instrutor e Piloto Automobilístico

* São Paulo, SP (17/02/1982)
+ São Paulo, SP (03/04/2011)


Começou no Kart aos 16 anos. Em 2007 disputou a Stock Light pela equipe FTS Competições. Nesse ano a equipe viveu uma tragédia: o companheiro de Gustavo, o paranaense Rafael Sperafico morreu em um acidente em Interlagos na última etapa do campeonato.

Em 2008 foi para a equipe Pauta Racing e paralelamente disputou a Pick-Up Racing pela equipe Gramacho Racing, sagrando-se campeão com cinco vitórias em oito etapas, superando pilotos como Paulo Salustiano.

Na primeira etapa do campeonato,após vencer, subiu ao pódio com uma camiseta homenageando Rafael Sperafico, que havia morrido quatro meses antes.

Em 2009, disputou a Stock Car Light pela equipe Gramacho Racing, possuindo 6 vitórias na categoria e marcou 9 poles.

Morte

Em 3 de abril de 2011, ao sofrer um grave acidente durante uma corrida disputada pela Copa Chevrolet Montana, Gustavo veio a falecer de Morte Cerebral, aos 29 anos.

O acidente aconteceu no início da prova disputada em Interlagos. Um pneu montado de forma invertida pode ter causado o acidente, o pneu direito traseiro tinha as ranhuras em sentido contrario a dos demais pneus. Como chovia na hora da prova, a mudança pode ter interferido no volume de escoamento de água dos pneus.

Seus órgãos serão doados e a família tem pressa em encontrar receptores compatíveis, já que sua família é de origem judaica e a religião determina que os órgãos precisam ser tirados e imediatamente transplantados em outro corpo.

Um vídeo da Internet revela um aspecto um tanto chocante: a cabeça de Gustavo se mexe dentro do carro, dando um indício de que ele teria quebrado o pescoço. Logo após ser retirado do veículo, seu braço cai para fora da maca e é colocado de volta. Isto seria um indício de que sua morte foi após a batida, de modo quase instantâneo.

Fonte: Wikipédia

Luiz Pereira Bueno

LUIZ PEREIRA BUENO
(74 anos)
Piloto Automobilístico

☼ São Paulo, SP (16/01/1937)
┼ Atibaia, SP (08/02/2011)

Luiz Pereira Bueno cresceu em volta de carros e oficinas mecânicas. Começou sua carreira em 1958 nas Mil Milhas de Interlagos ao lado de outra lenda do automobilismo, Bird Clemente.

Integrou o departamento de competições da Willys Overland do Brasil desde o seu inicio, sob a tutela de Christian Heins o Bino. Dali formaram a maior e melhor equipe de competições que o Brasil já possuiu.

Após a morte prematura de Christian Heins nas 24 Horas de Le Mans de 1963, Luiz Antônio Greco assumiu o comando da equipe e formou um verdadeiro time de "Ases".

Além de Luiz Pereira Bueno integravam a equipe, Bird Clemente, José Carlos Pace, Wilson Fittipaldi Júnior, Emerson Fittipaldi, Chico Lameirão e Carol FigueiredoLuiz Pereira Bueno iria colecionar uma série imensa de vitórias nas principais provas brasileiras.

Venceu Mil Milhas, 24 Horas, 500 km, 1000 km, 12 Horas, 3 Horas de Velocidade. Foi campeão brasileiro por 5 vezes: 1967, 1968, 1972, 1973 e 1975.

Foi para a Europa e participou da temporada de Fórmula Ford em 1969 tendo como chefe de equipe ninguém menos do que Stirling Moss. Foi vice campeão, mesmo tendo começado a correr no meio do campeonato. Participou da primeira temporada de Fórmula Ford no Brasil o Torneio BUA. Venceu a etapa do Rio de Janeiro. Participou de forma brilhante da temporada de Fórmula 3 no Brasil correndo contra Alan Jones, Toni TrimmerJosé Carlos Pace, Wilson Fittipaldi os feras da categoria na época.

Luiz Pereira Bueno correu 2 provas de Formula 1 ambas realizadas no Brasil. A primeira em 1972 quando foi disputada a primeira corrida de Formula 1 no País. Pilotou um March 711 formando dupla de equipe com Ronnie Peterson.

Em 1973 participou correndo com um Surtees em companhia de José Carlos Pace.

Foi co-proprietario daquela que foi a grande equipe de competição do Brasil nos anos 70, a Equipe Hollywood. Imortalizou o Porsche 908, o Opala, o Marverick Berta, o protótipo Berta Hollywood. Enfim, Luiz Pereira Bueno, o Peroba, é uma verdadeira lenda das pistas. É o piloto que uniu a era amadoristica de Chico Landi, ao profissionalismo que tem inicio em Emerson Fittipaldi.

Morte

Após uma longa batalha contra um tumor ósseo, o paulista Luiz Pereira Bueno, um dos maiores pilotos do automobilismo brasileiro de todos os tempos, faleceu na manhã do dia 08/02/2011 em sua residência na cidade de Atibaia, SP.

Seu funeral aconteceu às 16h00 do dia 08/02/2011 no crematório da Vila Alpina, em São Paulo, SP.

Piero Gancia

PIERO VALLARINO GANCIA
(88 anos)
Piloto Automobilístico

* Torino, Itália (30/08/1922)
+ São Paulo, SP (01/11/2010)

Nascido em 30 de agosto de 1922 na cidade de Torino (Itália), Piero Gancia se apaixonou pelo Brasil quando veio visitar o país a negócios, e para cá se mudou em junho de 1952, já casado com Lulla Gancia e com o primeiro de seus três filhos.

Piero era o representante para a América Latina dos famosos vinhos e espumantes "Asti", criado por seu bisavô, e um dos herdeiros do Vermouth Gancia.

Piero conta que sua paixão pela velocidade começou cedo, aos dez anos, quando seu pai o levou em 1932 a assistir uma corrida pela primeira vez, e tornou-se uma realidade no Brasil, mas na Itália já havia feito um curso de automobilismo em Monza com Piero Taruffi. Seu pai, que por sinal guiava muito mal, tinha medo, e da Itália pedia para ele não correr. Ao que respondia:

"Não, não corro, só participo de umas provas de regularidade, tipo rallye"

Muito se orgulha de ter vencido o lendário Chico Landi, um de seus ídolos. Foi o primeiro campeão brasileiro de automobilismo, quando esse Campeonato foi instituído em 1966 e composto de 3 provas: 1000 Km de Brasília, 500 Km de Interlagos e 1000 Km da Guanabara.

Elegante, um porte de nobreza, educado, fino, inteligente, ganhou aqui, uma companheira nas pistas: sua própria esposa Lulla Gancia, pois ela também começou a correr.

No Brasil, e já dono de uma Alfa Giulietta, em 1961 conheceu um mecânico italiano que já havia trabalhado com Fangio, Giuseppe Perego, e através dele ficou conhecendo Emilio Zambello, também italiano e que já corria, aí começou a freqüentar a pista de Interlagos. E fazendo parceria com ninguém menos que Celso Lara Barbéris, um dos maiores "feras" da época, estreou na "12 Horas de Interlagos" com sua Alfa Giulietta preparada pelo Perego, 5° Lugar na classificação geral.

A amizade com Zambello cresceu e ainda em 1962 formaram, contando com a colaboração de Perego e Ruggero Peruzzo, uma "scuderia": a "Jolly-Gancia".

Esse nome foi escolhido em homenagem à grande "scuderia/clube" italiano, e que se tornou uma das melhores equipes da década de sessenta e que contou, além dos dois "italian gentlemans", com José Carlos Pace, Marivaldo Fernandes, Wilsinho Fittipaldi, Abílio Diniz e muitos outros.

Em 1964, com a concessão de venda das Alfas importadas no Brasil, ele abriu uma loja/oficina, com Zambello e Perego, também batizada de Jolly e que durou até 1974 quando foi fechada, mas em 1971 Piero já havia parado de correr, após mais de 50 brilhantes participações em provas pelo Brasil inteiro.

Foi presidente da APVC (Associação Paulista de Volantes de Competição) de 1965 a 1966 e também da C.B.A. (Confederação Brasileira de Automobilismo) de 1987 a 1991. Sua administração foi sempre voltada à organização do esporte e não à política.

No final da década de oitenta, Piero ajudou a prefeitura de São Paulo a trazer o G.P. de F1 e na reforma do autódromo de Interlagos. Era também membro da Comissão de F1 da F.I.A. na França, e foi decisivo para a vinda da Fórmula 1 para São Paulo: foi à Paris, convenceu Jean Marie Ballestre (então presidente da F.I.A.) que seria melhor a competição em São Paulo, pois o Rio de Janeiro não oferecia mais segurança para os pilotos e conforto para o público, e não tinha intenções de investir na melhoria das condições do autódromo. De madrugada (no Brasil), ligou da França avisando à então Prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, emocionado, que estava tudo certo.

"Foi uma deselegância de minha parte para com a prefeita, mas eu estava tão entusiasmado que não me dei conta do fuso horário"

Nessa empreitada contou com a colaboração de Thamas Rohonyl, representante de Bernie Eclestone no Brasil. Com isso, em dezembro de 1989, deu-se início a uma grande reforma no autódromo. Foram construídos 23 novos boxes, sala de imprensa, torre de cronometragem, um centro médico e a pista foi reduzida para 4.325 m. Graças a Piero Gancia o Brasil e São Paulo fazem parte do atual calendário da Formula 1.

Piero foi o primeiro representante do grupo Ferrari no Brasil, conseguiu a autorização com o comendador Enzo Ferrari em pessoa. Entre os anos 1960 e 1970, muito embora a importação fosse proibitiva devido à elevada alíquota de importação, ele trazia os esportivos para o país.

Por volta de 1970, em função da fusão da Martini com a Gancia na Itália, Piero passou a presidente da Martini-Rossi no Brasil, cargo que exerceu por 25 anos.

Hoje, além de vice-presidente do Automóvel Clube Paulista, é presidente do Fã Clube Ferrari do Brasil. Ainda dirige, e muito bem!

Seu filho, Carlo Gancia, participou ativamente da ida de José Carlos Pace, Nelson Piquet, Paulo Carcasci, Pedro Paulo Diniz à Europa, do Vitor Meira, Affonso Giaffone e do Hélio Castro Neves aos EUA. Foi sócio da Forti Corse e da Forti F-1, Membro do Conselho Mundial da FIA e representante da IRL e da Indianápolis Motor Speedway para o Brasil e para a Europa.

Como se vê, o nome Gancia está estreitamente ligado ao automobilismo brasileiro.

Acometido do Mal de Alzeimer, Piero sofreu com a doença por pouco mais de dois anos vindo a falecer no dia 01/11/2010.

Fonte: www.bandeiraquadriculada.com.br