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Valentino Guzzo

VALENTINO GUZZO
(62 anos)
Ator, Produtor de TV, Cantor, Compositor, Humorista e Palhaço

☼ São Paulo, SP (26/03/1936)
┼ São Paulo, SP (08/12/1998)

Valentino Guzzo foi um ator, produtor de televisão, cantor, compositor e humorista nascido em São Paulo, SP, no dia 26/03/1937.

Valentino começou a carreira no cinema em um pequeno papel no filme "Absolutamente Certo" (1957), dirigido por Anselmo Duarte. Ainda no cinema fez "Uma Certa Lucrécia" (1957), "O Mistério do Taurus" (1965) e "Ninguém Segura Essas Mulheres" (1976).

Para chegar a TV, trabalhou como contra-regra e maquinista até se tornar produtor e diretor. Passou por quase todas emissoras brasileiras, como TV Tupi, TV Paulista, TV Excelsior, SBT e TV Record.

Na TV estreou na série "Vigilante Rodoviário" e depois fez alguns programas humorísticos, até virar diretor e produtor.

Valentino produziu vários programas na TVS e depois no SBT, entre eles o "Ratinho Livre" e o "Show de Calouros" apresentado pelo próprio Sílvio Santos.

Valentino tornou-se nacionalmente famoso ao interpretar a personagem Vovó Mafalda, no extinto "Programa do Bozo", exibido pelo SBT na década de 80. Depois disso, apresentou os programas  "Dó Ré Mi", "Sessão Desenho" e "Sessão Desenho no Sítio da Vovó".

Produziu os programas de Bibi Ferreira, Silvio Santos, Chacrinha, Flávio Cavalcanti, Raul Gil, Bolinha e Ratinho.

Morte

Valentino Guzzo faleceu na terça-feira, 08/12/1998, aos 62 anos, em São Paulo, SP, vítima de um ataque cardíaco.

Valentino era casado com Cleuza Guzzo, pai da cantora Beth Guzzo e da produtora de TV Vanessa Guzzo.

Fonte:  Wikipédia
#FamososQuePartiram #ValentinoGuzzo

Luís Eduardo Magalhães

LUÍS EDUARDO MARON DE MAGALHÃES
(43 anos)
Político

* Salvador, BA (16/03/1955)
+ Brasília, DF (21/04/1998)

Filho do ex-governador da Bahia, e ex-senador pelo estado, Antonio Carlos Magalhães, era tido não somente como sucessor de seu pai na política, mas para ir mais longe, sendo preparado para ser presidente do Brasil. Era muito próximo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Foi deputado estadual de 1983 a 1987 e deputado federal de 1987 até sua morte, sendo presidente da Câmara de 1995 a 1997. Estava cotado para ser candidato ao governo de Bahia pelo PFL em 1998, e a presidente em 2002.

Se não morresse tão jovem, será que ele faria uma boa administração no governo da Bahia, cargo para o qual estava praticamente eleito segundo todos os prognósticos? Se não morresse tão jovem, será que conseguiria ser o presidente da República em 2002? A morte do deputado Luís Eduardo Maron de Magalhães, aos 43 anos, depois de um infarto fulminante, deixou o mundo político perplexo. Primeiro, porque era muito jovem, e foi uma armadilha do destino levá-lo tão cedo. Depois, porque era a maior promessa política de seu partido, e é duro aceitar o desmonte repentino de futuro tão promissor.

Casado, pai de três adolescentes, filho do senador Antônio Carlos Magalhães, cujo nome aparece em qualquer lista dos políticos mais poderosos do país, Luís Eduardo construiu sua biografia política em vinte anos. Foi duas vezes deputado na Bahia, exercia agora seu terceiro mandato de deputado em Brasília e chegou a presidente da Câmara dos Deputados, entre 1995 e 1997. Resumida assim, sua carreira parece até rotineira - mas, examinada mais a fundo, constata-se que é uma exceção.

Em duas décadas de vida política, Luís Eduardo, com freqüência, foi confundido com o que não era. Em 1987, ao chegar a Brasília para seu primeiro mandato, ele foi recebido como filho de Antônio Carlos Magalhães. Era, na opinião de muitos, apenas o herdeiro de um cacique político, sem brilho nem vocação. Diante da estatura política do pai, enfrentou o desafio de provar que tinha luz própria, e conseguiu.

Luís Eduardo Magalhães e seu pai Antônio Carlos Magalhães
Exibia tanta personalidade que se relacionava até com adversários do pai, como o ex-governador da Bahia Waldir Pires. Com cacife de profissional, foi o elo de aproximação entre o pai e o presidente Fernando Henrique Cardoso - no governo e na campanha. Quando seu pai insistiu para que concorresse a vice na chapa de Fernando Henrique Cardoso, Luís Eduardo resistiu e recusou. "A partir daí, passamos a perceber que ele tinha vontade própria", diz o hoje governador do Ceará, Tasso Jereissati. Ele queria ser presidente da Câmara. Concorreu, ganhou de lavada - e aí, novamente, foram confundi-lo com o que não era.

Sentado na cadeira de presidente, conduziu a aprovação de mais de cinqüenta leis e catorze emendas constitucionais propostas pelo governo. Comandou a quebra do monopólio do petróleo, aprovou o novo conceito de empresa nacional, acabou com as restrições ao capital estrangeiro e foi peça decisiva para a aprovação da emenda da reeleição, seu último ato como presidente da Casa. Com esse cardápio de serviços prestados, chegou a ser classificado por adversários políticos mais maliciosos como o presidente da Câmara mais subserviente ao Palácio do Planalto desde os governos militares.

"Luís Eduardo não era pau-mandado. Ele estava construindo um projeto liberal no qual acreditava desde a Constituinte", disse o deputado Milton Temer, do PT do Rio de Janeiro, cujas posições são tão esquerdistas que espantam até alguns petistas.

Ao assumir a Câmara, Luís Eduardo rompeu com a prática de reunir o chamado "colégio de líderes", em que as decisões eram tomadas por um consenso de cúpula que reunia governo e oposição. Como é de supor, as grandes discussões demoravam a ir a votação. Sabendo que a maioria dos 513 deputados era favorável às reformas, passou a colocar os projetos e as emendas diretamente no plenário. Usando uma prerrogativa do cargo, ele só colocava os projetos em votação quando tinha certeza da aprovação. A seu lado, um assessor punha num laptop a posição de cada deputado que ia entrando no plenário — e, assim, quando o mapa da vitória se desenhava no computador, dava início à votação.

Filho do mais ilustre político baiano e eleito pela primeira vez com apenas 23 anos, Luís Eduardo também chegou a ter seu temperamento confundido com o do pai, um político de estilo agressivo, conhecido por carbonizar adversários e morrer de paixão pela Bahia. "Ele tem as minhas virtudes e não tem os meus defeitos", costumava dizer o senador.


Na verdade, Luís Eduardo tinha estilo próprio. Era duro na defesa de suas posições, mas afável no contato e até solidário com os adversários. "Ele passava com o trator em cima de você, mas antes olhava nos seus olhos e dizia o que ia fazer", lembra a deputada Sandra Starling, ex-líder do PT na Câmara.

Com uma formação liberal, discípulo e admirador do ex-ministro Roberto Campos, Luís Eduardo não tinha nenhuma dificuldade para transitar pela esquerda do Congresso. Essa sua capacidade de se aproximar e até defender adversários vinha de longe. Em 1984, Luís Eduardo era filiado ao PDS, presidia a Assembléia da Bahia e, quando soube que militantes do PC do B baiano haviam sido presos, foi à delegacia para protestar contra a arbitrariedade.

Apaixonado pela política e pelo poder brasiliense, o deputado também não tinha aquela baianidade do pai, só viajava para o interior do Estado quando estava em campanha. Nos fins de semana, quando voltava para Salvador, ficava em casa. Até no cardápio contrariava a tradição - não gostava de frutos do mar, só abria exceção para o bacalhau, e adorava comer carne vermelha. Era um cinéfilo sem tempo de ir ao cinema, daqueles que alugam dez fitas de vídeo num fim de semana. "Ele ficava horas discutindo cinema e tinha boa memória", diz Fernando Barros, publicitário que acompanhava o deputado desde sua primeira eleição.

Mas o que ele adorava, mesmo, era o Congresso. Tinha prazer em articular, falar com deputados, montar uma estratégia de votação. Chegava na Casa pela manhã com um sorriso no rosto e esfregando as mãos em sinal de satisfação. Era preocupado com a imagem do Congresso. Quando achou que havia risco de o plenário não cassar o mandato de Sérgio Naya, o destruidor do Palace II, começou a suar frio. Cassado o mandato, ele relaxou. "Estou com as mãos frias. Aqui é assim. Todo dia uma emoção e uma tensão nova", comentou com seu colega Benito Gama.

Gostava tanto do Congresso e era tão pouco afeito à política regional que relutou muito antes de aceitar lançar-se candidato ao governo da Bahia. Passou mais de dois meses refletindo sobre o assunto, chegou a falar com Fernando Henrique Cardoso para colher sua opinião, mas o presidente fez questão de dizer que aceitaria qualquer decisão sua. Depois de pensar muito, resolveu ceder a um argumento de Antônio Carlos Magalhães. O senador achava que, apesar da lealdade que o governador Paulo Souto demonstrara durante o seu mandato, era arriscado deixar o governo do Estado sem um Magalhães por mais quatro anos. O senador disse que estava com idade avançada e que Luís Eduardo, para azeitar seu projeto de virar presidente da República, não podia perder o controle sobre os deputados estaduais e a bancada federal da Bahia. Diante disso, Luís Eduardo aceitou - mas não escondia de ninguém que preferia ser candidato ao Senado para permanecer em Brasília e no Congresso.

Eleito para o seu terceiro mandato com o maior balaio de votos do Estado, 138.000, Luís Eduardo era um político do PFL e, ao mesmo tempo, não era um político do PFL. Era pefelista no ideário liberal, na militância cotidiana e jamais abandonava o partido, mesmo que discordasse da decisão.

Teve coragem de ficar ao lado do ex-presidente Fernando Collor até o último minuto, e subiu na tribuna para defendê-lo e dizer não ao impeachment. Coragem porque, àquela altura, era sabido que Fernando Collor era um náufrago sem bóia. Coragem porque o próprio Luís Eduardo sabia que as negociatas no Planalto cheiravam mal. Coragem porque ele nem sequer gostava de Fernando Collor, que achava ingrato e arrogante. Só ficou no barco collorido para não contrariar a bancada do PFL.

Mas, por outro ângulo, Luís Eduardo não parecia um político do PFL. Representava uma face séria do partido, transmitia credibilidade e respeito, não se assemelhava à imagem coronelista e não se envolvia com o velho fisiologismo pefelista. "Ele era sério. Quando fechava um acordo, não havia dúvida: ele cumpria", disse o petista José Genoíno.

Era diferente até na aparência. Vaidoso, vestia ternos Ermenegildo Zegna, só usava sapatos italianos e suas camisas, de cor diferente do colarinho, viraram moda no Congresso. Sua morte prematura desarrumou o projeto político que o PFL vinha acalentando há anos: eleger um presidente do partido. Célebre pelo seu traquejo nas artes do poder e pela incomparável rapidez com que aderia a qualquer governo, o PFL nunca elegeu um dos seus para o Palácio do Planalto - e Luís Eduardo era a grande, a maior e, até o dia de sua morte, a única esperança do partido para 2002.

Ele trabalhava para isso e sabia que Fernando Henrique Cardoso gostaria de emplacar o governador Tasso Jereissati como seu sucessor daqui a quatro anos, mas não descartava a hipótese de conquistar o coração de Fernando Henrique Cardoso no meio da caminhada. No início do governo, em conversas privadas, fazia algumas ironias a respeito de Fernando Henrique Cardoso. No fim, só o chamava de "príncipe", com aberta admiração. "Eu tenho paixão pelo Fernando Henrique. Cada vez que converso com ele, me encanto mais", derramava-se.

Parecendo não ser o que era e sendo o que não parecia ser, Luís Eduardo podia dar margem a um equívoco final sobre sua personalidade política - o de que fosse um anfíbio, de posições ocultas ou meio dissimuladas, um camaleão político. Mas era o contrário. Era claríssimo nas suas posições e prezava essa qualidade até mesmo nos outros. Chegou a oferecer ajuda ao deputado Milton Temer na disputa pela presidência do PT contra José Dirceu. Diante da surpresa de Milton Temer com a oferta, ele explicou: "É que você é peixe e eu sou carne. Gosto das coisas claras. Não gosto é do PT, que se comporta como se fosse chester".

Com sua postura de preto no branco, o deputado não tinha idéias novas, não era um formulador, não concebia conceitos. Ainda assim, não descuidava do lado intelectual. Formado em direito, na Bahia, mas apenas dono do diploma, pois nunca exerceu advocacia, nos últimos tempos estava estudando as teses de Max Weber, o sociólogo alemão que Fernando Henrique Cardoso cita em nove de dez discursos. O deputado Moreira Franco, do PMDB, lhe passava apostilas e recomendava leituras.

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto e o busto de Luís Eduardo Magalhães
Luís Eduardo tornou-se um articulador eficiente pelo gosto, lábia e habilidade. Tinha paciência para negociar, conhecia pelo nome cada deputado, não tinha reservas para receber em seu gabinete o chamado baixo clero e ouvia aquelas mesquinharias de pedidos - cargo aqui, cargo acolá. Até por isso, sabia do interesse de cada um, do ponto fraco deste ou daquele, informações que valem ouro na hora de uma votação apertada. "O único problema é que eles sempre acham que, se você tem liderança, é porque é ladrão", reclamava em conversas com amigos. "Quando você não aceita um pleito deles, eles acham que é porque você quer roubar mais."

Com esse conhecimento minucioso da Câmara, sua morte abriu um rombo enorme na articulação do governo. Mas, como em política não existe vácuo, os caciques logo se mexeram para ocupar o espaço. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, já estava de olho na nova maré. Sem Luís Eduardo, imagina que o pedaço baiano do partido se enfraquece, e quem sabe isso não ajuda a fortalecer o pedaço catarinense - ou seja, o dele mesmo?

Na quarta-feira, 22/04/1998, o corpo de Luís Eduardo foi enterrado, em Salvador, depois de ser velado no Congresso na noite anterior. E, por incrível que pareça, até na hora da morte Luís Eduardo acabou sendo confundido com o que não era.

Fumante de três maços por dia, gostava de uma boa mesa e bebia com prazer. Hipertenso, amigo do copo e de carne vermelha, passou a muitos a impressão de que não se preocupava com a saúde. É o último equívoco. Ele estava diminuindo o cigarro, medicava-se contra a hipertensão, adotara o vinho tinto no lugar dos destilados por ordem médica, emagrecera 10 quilos nos últimos tempos e sempre fazia caminhadas, como na manhã de sua última terça-feira, 21/04/1998.

Morte

Não atendendo a um conselho médico de fazer um exame que radiografa o coração, sofreu um infarto. Depois do infarto, já na UTI do hospital, o exame foi feito. Quando viu as primeiras imagens, o cardiologista Bernardino Tranchesi chorou. "Era o coração de um idoso", exclamou outro cardiologista presente, Francisco de Assis. Ele não tinha uma lesão nas coronárias como se suspeitava. Tinha quatro lesões na coronária direita e seis no lado esquerdo, e não uma lesão nas coronárias como era suspeitado.

Às 20h do dia 21 de abril de 1998, Luís Eduardo Maron de Magalhães estava morto. Na quarta-feira, 22/04/1998, o corpo de Luís Eduardo foi enterrado, em Salvador, depois de ser velado no Congresso na noite anterior.

No ano 2000 um distrito baiano (próximo á Barreiras), conhecido antes pelo nome de Mimoso, ao ser emancipado recebeu o nome de Luís Eduardo Magalhães.

Fonte: Veja (Texto: Expedito Filho) e Wikipédia
#FamososQuePartiram #LuisEduardoMagalhaes

Leandro

LUÍS JOSÉ COSTA
(36 anos)
Cantor e Compositor

☼ Goianápolis, GO (15/08/1961)
┼ São Paulo, SP (23/06/1998)

Luiz José Costa, mais conhecido pelo nome artístico Leandro, foi um cantor e compositor nascido em Goianápolis, GO, no dia 15/08/1961. Leandro formou com seu irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, a dupla sertaneja Leandro & Leonardo.

Filho de Avelino Virgulino da Costa e Carmem Divina Eterno da Silva, morou com os pais e mais oito irmãos na roça, onde estudou até o ensino fundamental. Desde criança, Leandro ajudava os pais numa pequena plantação de tomates e jilós. Mas aquela profissão nunca lhe agradou.

O primeiro emprego de Leandro, junto com o irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, foi no Mercado Central de Goiânia, como vendedor de sapatos, durante a época de Natal. Até que Leandro percebeu sua vocação para a música, e chegou a ser vocalista de uma banda chamada Os Dominantes, que fazia covers de músicas dos Beatles e de Roberto Carlos.

A dupla Leandro & Leonardo nasceu em 1983, depois que Leonardo, que era balconista da Farmácia São Benedito, em Goiânia, foi demitido. Depois de ser bóia-fria, Leonardo foi trabalhar como entregador de remédio. Foi promovido, mas não durou dez dias na nova função. Leonardo receitou um remédio errado para uma cliente que tinha micose. Foi despedido e, junto com seu irmão, resolveu formar a dupla.


No começo dos anos 80, os irmãos levaram suas violas a pequenos bares de Goianópolis e outras pequenas cidades de Goiás. Mas a dupla só nasceu comercialmente depois que chegou aos ouvidos dos diretores da gravadora Continental. Eles ficaram impressionados com uma fita mal gravada com uma música de apenas três acordes. Era a canção "Entre Tapas e Beijos", que se transformaria em grande sucesso.


O nome da dupla foi inspirado em filhos gêmeos de um amigo dos dois irmãos goianos. Com o nome de Leandro & Leonardo, os sertanejos começaram a batalhar no concorrido mercado da música.

Eles mostravam um ritmo sertanejo diferente da antiga moda de viola, que acabou sendo chamado de Sertanejo Moderno.

Em 1986, a dupla lançou o primeiro disco, que trazia a música "Contradição". O álbum não chegou a emplacar, mas vendeu a razoável quantia de 150 mil cópias.

Mas foi em 1989 que Leandro & Leonardo viraram estrelas. Com a música "Entre Tapas e Beijos", do terceiro álbum, os sertanejos venderam 1 milhão e 300 mil cópias.

Leandro fez parte dos apresentadores do show "Amigos" da TV Globo, juntamente com Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, e seu irmão, Leonardo. O sucesso era tão grande que, no início dos anos 1990, os ex-plantadores de Goiás foram recebidos na casa do então presidente Fernando Collor de Mello para um show particular. Além das apresentações na Casa da Dinda, Leandro & Leonardo, fizeram shows no Palácio do Planalto.


O quarto álbum, que vendeu quase 3 milhões de cópias, confirmou a consagração dos astros com o sucesso "Pense em Mim", que marcaria para sempre a dupla sertaneja. Foi a primeira vez que uma dupla sertaneja alcançou essa marca de vendagem. Leandro, responsável pela segunda voz da dupla, nunca negou que sua música se afastava da tradição sertaneja.


Com a renda dos shows e dos discos, Leandro tornou-se um empresário agressivo e bem-sucedido. Formou um patrimônio sólido. Era dono de duas fazendas no Estado de Tocantins e de uma fazenda e uma chácara em Goiás. No total, possuía cerca de 4.000 alqueires de terra, nos quais criava 6.000 cabeças de gado. Além disso, tinha vários imóveis em Goiânia, entre eles um prédio de três andares que chegou a hospedar um shopping center e um terreno de 15 alqueires dentro da cidade, próximo ao aeroporto.

O grosso dos rendimentos do cantor vinha dos cachês de shows da dupla, que oscilavam entre R$ 35.000 e R$ 50.000 por apresentação. As várias campanhas publicitárias que Leandro & Leonardo protagonizaram também renderam um bom dinheiro.

Doença e Morte

Foi durante uma pescaria, numa de suas fazendas no Estado do Tocantins, em 19/04/1998, que a vida de Leandro começou a mudar.

No momento em que puxava o molinete de sua vara de pescar, ele sentiu uma dor aguda nas costas. Voltou para São Paulo, onde iria passar o feriado de 21/04/1998 com amigos, num sítio no município de Cotia, a 25 quilômetros da capital. Entre um churrasco e outro, constatou que a dor persistia. Resolveu ir, então, ao hospital da cidade para tirar uma radiografia do tórax. O diagnóstico foi divulgado no dia 27/04/1998, durante entrevista coletiva no Hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo.

Na radiografia, apareceu uma mancha sobre o pulmão direito, do tamanho de uma laranja. Era o primeiro indício do diagnóstico que seria confirmado cerca de duas semanas depois, no dia 08/05/1998, por médicos no hospital da Johns Hopkins University, em Baltimore, Estados Unidos, onde foi detectado que seu tumor era maligno e se desenvolveu em seu tórax.

Leandro sofria de um tipo de câncer raríssimo, conhecido por Tumor de Askin, localizado junto ao seu pulmão direito. Ele foi internado às pressas no final da tarde do dia 15/05/1998, na UTI do Hospital São Luiz, após sofrer uma parada cardiorrespiratória por volta das 18h00 em seu apartamento no Itaim Bibi, Zona Sudoeste de São Paulo, e foi levado imediatamente ao hospital.

Antes, Leandro havia sido internado no dia 22/04/1998, depois de sentir dores no peito e nas costas. Na ocasião, o cirurgião torácico do Hospital São Luiz, Alli Esgaib, disse que as dores não estavam relacionadas ao tumor.

No dia 18/05/1998, Leandro passou por duas cirurgias, além de reiniciar a terceira etapa do tratamento quimioterápico. Ele foi submetido à colocação de uma prótese no interior da veia cava superior (que leva o sangue venoso da cabeça ao coração), que estava sendo comprimida pelo tumor. Depois, passou por uma "embolização", para obstruir algumas artérias que alimentam o tumor no sangue. Fontes do Hospital São Luiz revelaram que não houve metástase, ou seja, o tumor não se espalhou por outros órgãos de Leandro.

A informação é de que os problemas foram causados pelo crescimento do Tumor de Askin que, situava na região de tórax. Na verdade, os médicos perceberam já no domingo que haviam perdido a luta para prolongar a vida de Leandro. Isso porque o tumor ficou fora de controle, comprometendo o coração e os pulmões de forma irremediável e extremamente rápida, afetando brônquios, veias e também as artérias do coração.


Leandro
faleceu às 0h10 de terça-feira, 23/06/1998, em São Paulo, SP, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, segundo médicos do Hospital São Luiz. Nos seus últimos momentos, Leandro respirava com extrema dificuldade, apesar da ajuda dos aparelhos.


A onda de comoção teve início na capital paulista. Na Assembléia Legislativa de São Paulo, o corpo foi velado por uma multidão. Mais de 16.000 fãs apareceram para dar o último adeus ao cantor. Políticos, como o senador Eduardo Suplicy e o então prefeito Celso Pitta, apresentadores de TV, como Hebe Camargo, AngélicaRatinho, além das duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano estiveram lá também para a despedida.

Em Goiânia, onde foi sepultado, o corpo de Leandro foi levado ao cemitério por um cortejo de 150.000 pessoas. Estima-se que 60.000 delas passaram em frente do caixão do cantor durante o velório em Goiânia.

Sem pensar na carreira, o show "Amigos" deu problema na TV Globo: Não fez muito sucesso devido à ausência de Leandro. Assim, o cantor Leonardo e também as duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano se alternavam.

A única canção feita pela homenagem a ele foi "Canção da Amizade", que era uma música inédita. Assim Leonardo, mesmo triste com a perda, seguiu cantando com Chitãozinho a música "Um Sonhador" e com Luciano a música "Deu Medo", também feita pela homenagem a ele, as duas feitas pelo álbum "Um Sonhador", último trabalho da dupla antes do falecimento de Leandro.

Sua doença foi causada pelo fato de que Leandro fumava um maço de cigarros diariamente. Especulou-se que a exposição direta de Leandro a agrotóxicos, quando trabalhava como agricultor em sua juventude, também poderia ter contribuído decisivamente para a formação do tumor.

Sua mãe mantém uma instituição que ajuda pessoas que sofrem de câncer. Leonardo, ex-companheiro de dupla, está hoje em carreira solo. A TV Globo exibiu um programa especial sobre a vida de Leandro.

Relacionamentos

Leandro se casou com Célia Gonçalves nos anos 80 e teve um filho chamado Thiago, que hoje é cantor e faz parte da dupla Pedro & Thiago. Após alguns anos de casamento, os dois se separaram por desentendimentos.

Alguns anos depois começou a namorar e casou-se com a ex-modelo Andréa Mota. Em 1995 tiveram uma filha, que recebeu o nome de Lyandra Mota da Costa. Em 1998, ano de seu falecimento, nasceu o segundo filho do casal, Leandro Mota da Costa.

Em 2009 foi divulgada a existência de um outro filho de Leandro. O menino é fruto do relacionamento de Leandro com a empregada da casa de seus pais. Esse caso ocorreu nos anos 90. A menina era ainda adolescente, bem mais jovem que Leandro e ao engravidar pediu demissão, não contando que esperava um bebê, por medo da reação da família dos patrões.

Por exame de DNA foi reconhecido a paternidade, o que deixou todos emocionados. O garoto tem uma enorme semelhança com o pai e foi batizado pela mãe com o nome artístico do cantor, Leandro.

Outro caso ocorrido no ano de 1992, uma mulher afirmava ter tido um filho do cantor, devido as grandes semelhanças com seu filho, mas após ser pressionada a jovem acabou desmentindo, alegando que havia se enganado sobre o fato.

Em abril de 2011, Leonardo contou à uma emissora de TV que estariam produzindo um longa da dupla Leandro & Leonardo, intitulado "Não Aprendi Dizer Adeus". O cantor disse que a produção irá se iniciar em julho de 2011, escolhendo os atores para seus personagens, e consequentemente  iniciando as filmagens.

Discografia

  • 1983 - Leandro & Leonardo - (Independente) - 500 cópias
  • 1986 - Leandro & Leonardo Vol. 1 - (M3) - 38.000 cópias
  • 1987 - Leandro & Leonardo Vol. 2 - (M3) - 100.000 cópias
  • 1989 - Leandro & Leonardo Vol. 3 - (Chantecler) - 1.800.000 cópias
  • 1990 - Leandro & Leonardo Vol. 4 - (Chantecler) - 3.145.814 cópias
  • 1991 - Leandro & Leonardo Vol. 5 - (Chantecler) - 2.500.000 cópias
  • 1992 - Leandro & Leonardo Vol. 6 - (Chantecler) - 1.950.000 cópias
  • 1993 - Leandro & Leonardo Vol. 7 - (Chantecler / Warner Music) - 1.500.000 cópias
  • 1994 - Leandro & Leonardo Vol. 8 - (Chantecler / Warner Music) - 1.400.000 cópias
  • 1995 - Leandro & Leonardo Vol. 9 - (Chantecler / Warner Music) - 1.250.000 cópias
  • 1996 - Leandro & Leonardo Vol. 10 - (Chantecler / Warner Music) - 1.850.000 cópias
  • 1997 - Leandro & Leonardo Vol. 11 - (Chantecler / Warner Music) - 650.000 cópias
  • 1998 - Um Sonhador - (BMG Brasil) - 2.732.735 cópias

Fonte: Wikipédia
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