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João Nogueira

JOÃO NOGUEIRA
(58 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (12/11/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/06/2000)

Desde o início de sua carreira ficou conhecido pelo suingue característico de seus sambas. É pai do também cantor e compositor Diogo Nogueira.

Filho do advogado e músico João Batista Nogueira e irmão da também compositora, Gisa Nogueira, desde cedo tomou contato com o mundo musical. Logo aprendeu a tocar violão e a compor em parceria com a irmã.

Com apenas 17 anos, já era diretor de um bloco carnavalesco no bairro carioca do Méier. Nesta época, a gravadora Copacabana gravou sua composição "Espera, Ó Nega", que João Nogueira cantou acompanhado pelo conjunto, depois chamado, Nosso Samba. Em 1970, Elizeth Cardoso ouviu a gravação de sua composição "Corrente de Aço" e resolveu regravá-la.

Em 1971, teve obras suas gravadas por Clara Nunes, "Meu Lema", e Eliana Pittman, "Das Duzentas Pra Lá". Como esta música defendia a ampliação do mar territorial do Brasil para 200 milhas, medida adotada pelo regime militar, João Nogueira sofreu patrulha ideológica.

Ainda em 1971, João Nogueira passou a integrar a ala de compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, sua escola de coração, onde venceu um concurso interno com o samba "Sonho de Bamba". Mais tarde fez parte do grupo dissidente que saiu da Portela para fundar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Tradição. Fundou também o bloco Clube do Samba, que ajudou a revitalizar o carnaval de rua carioca.

Em mais de quatro décadas de atividade, João Nogueira gravou 18 discos. Teve vários parceiros, mas o mais importante foi certamente Paulo César Pinheiro.

Quando morreu, vitimado por um Infarto, em 05/06/2000, João Nogueira organizava um espetáculo numa grande casa noturna de São Paulo, e que resultaria no lançamento de uma gravação ao vivo.

Com sua morte, vários colegas se juntaram para apresentar, nas mesmas datas e no mesmo local, um espetáculo em sua homenagem. Participaram Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo CruzSombrinha, Emílio Santiago, Carlinhos Vergueiro e a família de João Nogueira: o sobrinho Didu, o filho Diogo e a irmã e parceira Gisa. O show foi gravado para o disco "João Nogueira, Através do Espelho".




Discografia

  • 1998 - O Nome do Samba é João (Ao Vivo)
  • 1998 - João de Todos os Sambas
  • 1996 - Chico Buarque, Letra & Música (João Nogueira e Marinho Boffa)
  • 1994 - Parceria - João Nogueira e Paulo César Pinheiro (Ao Vivo)
  • 1992 - Além do Espelho
  • 1988 - João
  • 1986 - João Nogueira
  • 1985 - De Amor é Bom
  • 1984 - Pelas Terras do Pau-Brasil
  • 1983 - Bem Transado
  • 1982 - O Homem dos Quarenta
  • 1981 - Wilson, Geraldo, Noel
  • 1980 - Boca do Povo
  • 1979 - Clube do Samba
  • 1978 - Vida Boêmia
  • 1977 - Espelho
  • 1975 - Vem Quem Tem
  • 1974 - E Lá Vou Eu
  • 1972 - João Nogueira

Fonte: Wikipédia

Rômulo Arantes

RÔMULO DUNCAN ARANTES JÚNIOR
(42 anos)
Nadador e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/06/1957)
┼ Maripá de Minas, MG (10/06/2000)

Rômulo Duncan Arantes Junior, mais conhecido por Rômulo Arantes, foi um nadador e ator nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/06/1957.

Rômulo Arantes é pai do ator Rômulo Neto e participou de três Jogos Olímpicos:

  • Munique 1972, onde participou das provas dos 100 metros costas, 200 metros costas e do 4x100m medley (onde foi à final e terminou em 5º lugar);
  • Montreal 1976, onde esteve nas provas dos 100 e 200 metros costas e 100 metros borboleta, não chegando à final;
  • Moscou 1980, onde esteve nos 100 metros costas (não chegando à final) e nos 4x100m medley (onde chegou à final, terminando em 8º lugar).

Na Universíada de 1977, ele foi medalha de ouro nos 100 metros costas, com a marca de 58s45. E na Universíada de 1981, obteve o bronze na mesma prova, fazendo 58s24.

Rômulo Arantes foi o primeiro medalhista brasileiro em Mundiais. No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 1978, realizado em Berlim, Alemanha Ocidental, ele obteve a medalha de bronze na prova dos 100 metros costas, com a marca de 58s01.

Nos Jogos Pan-Americanos de 1979, foi medalha de prata na prova dos 100 metros costas. Também ganhou o bronze no revezamento 4x100m livres, em ambos batendo o recorde sul-americano.

Entre 1977 e 1981 ele estudou Administração e treinou na Universidade de Indiana, e se tornou bacharel em 1981. Após encerrar a carreira na natação, nos anos 80, ele tornou-se ator e técnico de natação.

Sua carreira como ator começou em uma ponta na novela "Brilhante" (1981), e seus maiores sucessos na TV foram em "Sassaricando" (1987)"Riacho Doce" (1990), "Pantanal" (1990), "Perigosas Peruas" (1992)"Quatro Por Quatro" (1994) e "Vira Lata" (1996).

Rômulo Arantes chegou a trabalhar como cantor, montando, junto com os também atores Kadu Moliterno e Marcelo Serrado, uma banda chamada Piloto Automático.

No cinema, Rômulo Arantes fez quatro filmes, entre eles "Leila Diniz" (1987), onde interpretou o cantor Toquinho.

Morte

Rômulo Arantes faleceu no sábado, 10/06/2000, aos 42 anos, em Maripá de Minas, MG, vítima de um acidente de ultraleve, dois dias antes de completar 43 anos. No acidente morreu também o co-piloto, Fábio Amorim Ribeiro Ruivo, 24 anos.

Rômulo Arantes possuía uma fazenda na região, onde também morava sua esposa, a empresária Valéria Braga. Ele viajava em um ultraleve monomotor, modelo Pelicano (prefixo 2347) que, por volta das 10h30, teria sofrido uma pane antes de cair.

Segundo testemunhas, cinco minutos depois da decolagem, o ultraleve se espatifou no solo, a 200 metros da casa. No momento da queda, toda a família estava na fazenda, reunida para comemorar o 43º aniversário do ator, que aconteceria dois dias depois.

Rômulo Arantes foi enterrado no Cemitério Municipal de Bicas, cidade vizinha de Maripá de Minas, em Minas Gerais.

Rômulo Arantes deixou dois filhos: Rômulo Cloé. O filho Rômulo Arantes Neto, tornou-se ator como o pai.

Carreira

Televisão
  • 2000 - Zorra Total
  • 1997 - Canoa do Bagre ... Pedro
  • 1996 - Xica da Silva ... Capataz
  • 1996 - Vira-lata ... Ítalo
  • 1994 - Quatro Por Quatro ... Pedrão
  • 1993 - Sex Appeal ... Maurício
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Téio
  • 1990 - Riacho Doce ... Julião
  • 1990 - Pantanal ... Levi
  • 1987 - Sassaricando ... Adônis
  • 1987 - Direito de Amar ... Nelo
  • 1985 - A Gata Comeu ... Participação Especial
  • 1984 - Vereda Tropical ... Professor de natação de Téo
  • 1982 - O Homem Proibido ... Juca
  • 1982 - Paraíso
  • 1982 - Caso Verdade
  • 1981 - Brilhante ... Omar Silva

Cinema
  • 1987 - Leila Diniz ... Toquinho
  • 1986 - Hell Hunters ... Tonio
  • 1984 - Blame It On Rio ... Diego
  • 1984 - Patriamada

Fonte: Wikipédia

Baden Powell

BADEN POWELL DE AQUINO
(63 anos)
Violonista e Compositor

* Varre-Sai, RJ (06/08/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/09/2000)

Filho de Dona Adelina e do violinista e escoteiro Lilo de Aquino, que lhe deu esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. É irmão de Vera Gonçalves de Aquino e pai do pianista e tecladista Philippe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell, ambos nascidos na França, e primo do violonista João de Aquino.

Aos nove anos começou a estudar violão, mas só ficou famoso no Brasil quando constituiu uma parceria com Vinícius de Moraes, que escreveu versos para suas composições, criando o gênero dos afro-sambas.

Tocava a música tradicional brasileira, mas amava o jazz e logo desenvolveu um estilo que se baseava em Django Reinhardt e Barney Kessel. Passou a ser conhecido internacionalmente em 1966 quando Joaquim Berendt teve a oportunidade de conhecê-lo, convidando-o para gravar seu primeiro disco e visitar a Europa.

O sucesso não o abandonou e sua fama foi aumentando com seus discos, principalmente na Alemanha. Continuou dando concertos, também nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de se apresentar com Stan Getz.

Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suingue e harmonia populares. Explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito internacional.

Baden Powell foi considerado por muitos um dos maiores violonistas de jazz desde o início da bossa nova. Já gravou muitos discos entre os quais é preciso mencionar "Baden Powell Quartet", um álbum duplo gravado para a Barclay, "Stephane Grappelli - Baden Powell" (Fontana) e "Baden Powell".


Morte


Baden Powell estava internado desde o dia 22/08/2000 na Clínica Sorocaba, em Botafogo, RJ, em conseqüência de uma Pneumonia Bacteriana. Nos últimos dias, o músico, que era diabético, respirava com o auxílio de aparelhos e tinha seus sinais vitais mantidos às custas de drogas vasopressoras.

O músico foi internado com um quadro de pneumonia que foi se agravando ao longo do mês.

O último boletim da equipe médica que acompanhava Baden Powell foi emitido no dia 21/08/2002, quinta-feira. Segundo o boletim, o músico estava respirando com auxílio de aparelhos, fazendo hemodiálise e apresentava um quadro infeccioso. Baden Powell estava se alimentando por sonda e necessitando de drogas para manter sinais vitais.

Discografia

  • 1959 - 78 RPM
  • 1959 - Apresentando Baden Powell e Seu Violão
  • 1961 - Um Violão na Madrugada
  • 1962 - Baden Powell (Compacto Duplo)
  • 1962 - Baden Powell Swing With Jimmy Pratt
  • 1963 - Baden Powell à Vontade
  • 1964 - Le Monde Musical de Baden Powell (gravado na França)
  • 1965 - Billy Nencioli / Baden Powell
  • 1966 - Baden Powell ao Vivo no Teatro Santa Rosa
  • 1966 - Os Afro-sambas - Baden & Vinícius
  • 1966 - Tempo Feliz
  • 1966 - Tristeza on Guitar
  • 1967 - Berlin Jazz Festival
  • 1968 - Poema on Guitar
  • 1968 - Show Recital: Baden, Marcia & Originais do Samba
  • 1969 - 27 Horas de Estúdio
  • 1969 - Le Monde Musical de Baden Powell - Vol. 2
  • 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 1
  • 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 2
  • 1970 - Baden Powell Quartet Vol. 3
  • 1970 - Canto on Guitar
  • 1970 - Lotus/Tristeza
  • 1970 - Os Cantores de Lapinha
  • 1971 - Estudos
  • 1971 - L'ame de Baden Powell
  • 1971 - L'art de Baden Powell
  • 1972 - Samba Triste
  • 1972 - Baden Powell
  • 1973 - Apaixonado
  • 1973 - Solitude on Guitar
  • 1974 - La Grande Reunion
  • 1974 - La Grande Reunion Vol. 2
  • 1977 - Baden Powell Canta Vinicius de Moraes e Paulo Cesar Pinheiro
  • 1977 - Maria D'Apparecida et Baden Powell
  • 1979 - Grande Show ao Vivo no Procopio Ferreira
  • 1983 - Felicidades / Felicidade / Live in Hamburgo
  • 1990 - Os Afro-Sambas - Regravação Com Quarteto em Cy
  • 1990 - Live at The Rio Jazz Club
  • 1992 - The Frankfurt Opera Concert 1975
  • 1992 - Live in Switzerland
  • 1994 - Rio a Paris - Decembre 94
  • 1995 - Baden Powell & Filhos
  • 1996 - Baden Powell a Paris
  • 1996 - Live at Montreux Jazz Festival
  • 1998 - Suite Afro-Consolação
  • 2000 - Lembranças

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #BadenPowell

Márcia Kubitschek

MÁRCIA LEMOS KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
(56 anos)
Jornalista e Política

* Belo Horizonte, MG (22/10/1943)
+ São Paulo, SP (05/08/2000)

Márcia Lemos Kubitschek de Oliveira foi uma jornalista e política brasileira.

Filha do casal Juscelino Kubitschek e Sarah Kubitschek, Márcia Kubitischek nasceu num parto com complicações, o que quase custou sua vida e a vida de sua mãe, mas felizmente ela nasceu aparentemente saudável. Aos dez anos descobriu um problema na coluna vertebral, uma possível sequela do parto. Esse problema a impediu de seguir carreira de bailarina, que era seu sonho.

Com o agravamento do seu estado de saúde, foi levada à Europa pelos pais a fim de ser operada pelo melhor médico ortopedista da época. Conseguiu ser curada, apesar de não ter seu sonho realizado de ser bailarina, ficou feliz por ter recuperado sua vida saudável de antes. Seu pai Juscelino Kubitschek chegou á fase final de seu governo inaugurando Brasilia a nova capital do Brasil em 21 de abril de 1960.

Vida Pessoal

Em terras lusitanas, casou-se com o banqueiro Baldomero Barbará Neto e teve duas filhas: Anna Christina Kubitschek Barbará, nascida na Cidade do Rio de Janeiro em 1 de junho de 1968, casada com Paulo Octávio, e Júlia Diana Kubitschek Barbará, nascida em Nova York, dia 29 de abril de 1976. Casaram-se em Lisboa, em 1965 e depois de mais de dez anos de casamento com Baldomero Barbará Neto, acabou por pedir o divórcio. 

Mudou-se para os Estados Unidos com as filhas e continuou trabalhando. Casou-se novamente em 1980, com o bailarino norte americano, nascido em Miami, de ascendência cubana, Fernando Bujones. Desta união nasceu em Nova York, no ano de 1983, sua filha caçula, Alejandra Patrícia Kubitschek Bujones. O casal separou em 1988 e ela voltou a morar no Brasil com as três filhas.

Alguns anos depois, reencontrou seu namorado de adolescência, o advogado gaúcho José Carlos Barroso e com ele se casou. Foi seu último marido.

Carreira

Foi aluna do curso de Comunicação Social, onde estudou de 1960 a 1963, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e se formou jornalista, trabalhando ao se formar em jornais como o Última Hora e o Jornal do Brasil. Também trabalhou na revista Manchete.

Foi diretora da Fundação Cultural do Rio de Janeiro e fez mestrado em Ciências Políticas de 1977 a 1980 pela Universidade de Nova York, cidade na qual dirigiu o escritório da Embratur durante o primeiro ano do governo de José Sarney.

Márcia Kubitschek falava fluentemente cinco idiomas e viajou o mundo diversas vezes.

Teve dois netos e duas netas: Felipe e André, filhos de Anna Christina com o deputado mineiro Paulo Octávio Alves Pereira e Maria Vitoria e Luiza filhas de Júlia Diana com o banqueiro Frederico Albarran. Alejandra Patrícia ainda não teve filhos, nem se casou.

Juscelino Kubitschek e Família
Vida Política

Na política, Márcia Kubitschek defendia a valorização política e social da mulher, a industrialização do Distrito Federal para a geração de empregos e uma reforma agrária sem radicalismo. Na comemoração dos 40 anos de Brasília, Márcia Kubitschek fez um discurso emocionado. Os convidados foram às lágrimas.

"Brasília não é de JK. Não é de Lúcio Costa. Não é de Oscar Niemeyer. Mas de todos nós brasileiros que acreditamos que esse sonho poderia se tornar realidade."

Márcia Kubitschek assinou sua filiação ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em 1982 e foi eleita deputada federal pelo Distrito Federal em 1986, atuando na Assembléia Nacional Constituinte. Permaneceu na legenda até 1989, quando ingressou no Partido da Reconstrução Nacional (PRN) a convite de Fernando Collor, que inclusive lhe havia oferecido a vaga de vice em sua chapa naquele ano, quando ele se elegeria presidente da República.

Em 1990 houve a primeira eleição direta para o governo do Distrito Federal e Joaquim Roriz (PTR) foi eleito governador tendo como vice-governadora Márcia Kubitschek, que renunciou ao mandato parlamentar em 21 de dezembro de 1990.

Durante o processo que culminaria com o impeachment de Fernando Collor, desligou-se do Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e, em 1994, concorreu a uma cadeira de senadora pelo Partido Progressista (PP), ficando em terceiro lugar. Nomeada assessora do Ministério da Indústria e Comércio no ano seguinte pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, foi vice-presidente da Embratur entre 1996 e 2000. Foi seu último emprego.

Dez dias antes de ser internada, Márcia Kubitschek fez sua última aparição em público. Ela se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer (PMDB/SP), para pedir a reabertura das investigações sobre a morte do pai. Márcia Kubitschek duvidava da morte acidental de Juscelino Kubitschek. Acreditava que houvera um atentado. Na versão oficial, o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em acidente com o carro em que viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro, em 1976.

Depois do acidente, Márcia Kubitschek mudou-se para Nova York. Morou lá durante oito anos e retornou ao Brasil decidida a investir na carreira política. "O povo há de ver em mim a sucessora política de JK", costumava dizer. A vida política, no entanto, nem sempre foi sucedida por vitórias. Conseguiu eleger-se deputada federal, depois da Constituinte de 1985, mas perdeu as eleições para o Senado Federal, em 1994.

Na época, Márcia Kubitschek reclamou que não teve o apoio prometido pelo então governador Joaquim Roriz, do qual foi vice. Durante esse mandato, chegou a assumir o Governo do Distrito Federal (GDF) em algumas ocasiões, durante viagens de Joaquim Roriz.

Márcia Kubitschek era muito ligada ao pai. Falava sempre dele, venerava-o. Era diante do túmulo dele, no Memorial JK, que ela buscava inspiração para o dia-a-dia. Sempre que precisava tomar uma decisão importante, costumava ir para lá, meditar.

Márcia acompanhou de perto o sonho de Juscelino Kubitschek. Em 1957, do lado de fora da obra de construção do Palácio do Catetinho, a menina de 11 anos olhava o ermo ao lado do pai que apontava. "Você está duvidando que isso vai ser possível, não é?", dizia ele. "Pois você vai ver que não é bobagem. Seu pai vai ser o Aladim, nós vamos ter uma lâmpada maravilhosa. Eu vou esfregá-la e todas essas coisas que estou lhe dizendo aqui vão surgir."

Márcia Kubitschek era descrita pelos amigos próximos como pessoa doce, conciliadora, bastante caseira e culta. Mas, ao mesmo tempo, era vista como uma pessoa dinâmica e persistente. Falava três línguas fluentemente: inglês, espanhol e francês. Apesar de muitos políticos afirmem que são seguidores de Juscelino Kubitschek, era Márcia quem ele queria que trilhasse o seu caminho. Imaginava vê-la, pelo menos, governadora do Distrito Federal.


Saúde e Morte

Márcia Kubitschek morreu no sábado, (05/08/2000), às 21:45 hs, aos 56 anos, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Depois de permanecer internada por dois meses no hospital, após entrar em coma, vítima de Insuficiência Renal e Falência Múltipla dos Órgãos.

O corpo de Márcia Kubitschek foi transportado na madrugada para Brasília, onde foi velado durante todo o dia no Memorial JKO presidente Fernando Henrique Cardoso compareceu ao velório.

A morte era inevitável e a família sabia disso. "O estado de saúde dela não permitia um transplante de fígado", explicou o empresário Paulo Octávio, casado com Anna Christina, a filha mais velha de Márcia Kubitschek.

A ex-deputada e ex-vice-governadora do Distrito Federal, Márcia Kubitschek foi enterrada no final da tarde no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, ao lado de sua mãe, dona Sarah Kubitschek.

O empresário Paulo Octávio, genro de Márcia Kubitschek, prestou a última homenagem ressaltando suas qualidades e seu amor por Brasília.

Segundo o Corpo de Bombeiros cerca de 500 pessoas compareceram ao enterro.

Fonte: Wikipédia e Diário de Cuiabá
#FamososQuePartiram #MarciaKubitschek

Sandra Bréa

SANDRA BRÉA BRITO
(47 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/2000)

Sandra Bréa Brito, conhecida profissionalmente como Sandra Bréa, foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/05/1952. Foi considerada símbolo sexual do país na década de 1970 e na década de 1980.

Ela era famosa não apenas pelos seus muitos trabalhos, mas também por ter assumido publicamente, em agosto de 1993, que foi contaminada pelo vírus da AIDS, lutando contra a discriminação. Sandra Bréa foi expoente do Movimento de Arte Pornô.

Sandra Bréa iniciou sua carreira aos 13 anos de idade, como modelo. Aos 14 anos, seguiu para o Teatro de Revista do Rio de Janeiro, a conselho de sua amiga Leila Diniz, onde estrelou "Poeira de Ipanema".

Como atriz estreou, em 1968, na peça "Plaza Suite", tendo sido escolhida para o papel pelo diretor João Bittencourt e pela atriz Fernanda Montenegro.

Contratada por Moacyr Deriquém, foi trabalhar na TV Globo, estreando na telenovela "Assim na Terra Como no Céu", em 1970.



Em 1972, o diretor Daniel Filho convidou-a para interpretar Telma, personagem da novela "O Bem-Amado", da TV Globo. Ainda em 1972, casou-se com o empresário Eduardo Espínolla Netto, de quem se separou 3 anos depois. Nesse mesmo ano, durante a temporada da peça "Liberdade Para as Borboletas", ela cortou a mão com uma faca em uma das cenas e teve uma hemorragia, tendo que se submeter a uma transfusão de sangue nos próprios bastidores. Dois anos depois, quando excursionava com o espetáculo "Regina, Mon Amour", sofreu outra hemorragia no palco, agora em razão de um aborto por causa de uma gravidez tubária.

Sandra Bréa casou-se mais duas vezes, com o fotógrafo Antonio Guerreiro (1978) e com o empresário gaúcho Arthur Guarisse (1983).

Seu primeiro grande papel, porém, foi no clássico "O Bem Amado", de Dias Gomes, em 1973, interpretando Telma a filha do prefeito Odorico Paraguaçu.

Em seguida, atuou em "Os Ossos do Barão" (1973), "Corrida do Ouro" (1974), "Escalada" (1975), "O Pulo do Gato" (1978), "Memórias de Amor" (1979), "Elas Por Elas" (1982), "Sabor de Mel" (1983), "Ti Ti Ti" (1985), "Bambolê" (1987), de Daniel Más, interpretando a Condessa Von Trop, "Pacto de Sangue" (1989), de Sérgio Marques, como Francisca Matoso"Gente Fina" (1990) e "Felicidade" (1991), seu último trabalho em novelas, de Manoel Carlos, como Rosita.


Com exceção de "Sabor de Mel", feita na TV Bandeirantes, todas as demais foram feitas na TV Globo. Ela trocou a TV Globo pela TV Bandeirantes e estrelou a novela "Sabor de Mel", de Jorge Andrade, ao lado de Raul Cortez.

Logo que estreou na televisão, Sandra Bréa começou a fazer não apenas novelas, mas também shows, como "Faça Humor, Não Faça Guerra", onde conheceu Luís Carlos Miele, que veio a ser seu parceiro em uma série de apresentações que misturavam canto, dança e humor, principalmente no programa "Sandra & Miele", apresentado pela TV Globo a partir de 1976, tornando-se um grande sucesso de crítica e de audiência.

Sandra Bréa se envolveu em um escândalo em 1977 quando apareceu nua na sacada do hotel em que estava hospedada com o primeiro marido em Porto Alegre, e discutiu com o mesmo que também estava nu.

Muito bonita, Sandra Bréa foi um dos principais símbolos sexuais do Brasil, principalmente na década de 1970, tendo posado nua diversas vezes para as revistas como Status, Playboy, entre outras. Sua beleza também rendeu convites para filmes eróticos, como "Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois" (1970), "Cassy Jones, o Magnífico Sedutor" (1972), "Os Mansos" (1973), "Sedução" (1974), "Herança dos Devassos" (1979) e pornochanchadas. Seus primeiros nus foram feitos ainda na década de 1970, em pleno Regime Militar, quando esse tipo de coisa era bem menos comum.

Saúde e Morte

Desde que anunciou que era soropositiva, Sandra Bréa se afastou de tudo e de todos. Em dezembro de 1999, seus médicos detectaram um tumor maligno no pulmão em estágio avançado e lhe deram seis meses de vida. No mês seguinte, foi internada e submetida a uma biópsia. A proposta foi de um tratamento à base de quimioterapia e radioterapia. Sandra Bréa recusou.

Sobre a AIDS, Sandra Bréa escondeu por um tempo sobre a doença. Quando revelou-a, primeiramente disse ter se infectado em uma doação de sangue contaminado, pois em 1991 sofreu um grave acidente de carro em que precisou de transfusão. Porém, pesquisas constataram, que naquela época só eram infectadas mulheres no interior, onde não havia uma fiscalização adequada.

No final de abril de 2000, já praticamente sem voz, com muitas dores, insuficiência respiratória e febre, a atriz concordou em receber um oncologista.

Em 02/05/2000, ela foi levada ao Hospital Barra D'or para fazer uma tomografia computadorizada. Não soube o resultado, pois morreu dois dias depois em sua casa, em Jacarepaguá, no dia 04/05/2000, vítima de câncer de pulmão.

Sandra Bréa foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Sandra Bréa deixou um filho adotado, Alexandre Bréa Brito, com quem alegadamente estava brigada à época de sua morte.
"Não morrerei de Aids, vou morrer como qualquer um, atropelada!"
(Sandra Bréa)

Carreira

Televisão

  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Babi
  • 1970 - Faça Humor, Não Faça Guerra ... Vários Personagens
  • 1972 - Uau, a Companhia ... Vários Personagens
  • 1972 - Bicho do Mato ... Lua
  • 1973 - O Bem-Amado ... Telma Paraguaçu
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Zilda
  • 1974 - Mulher
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Isadora
  • 1975 - Escalada ... Roberta
  • 1976 - Sandra & Miele
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Noêmia
  • 1979 - Memórias de Amor ... Lívia
  • 1981-1987 - Viva o Gordo ... Vários Personagens
  • 1981 - Amizade Colorida ... Vera Bianca
  • 1982 - Estúdio A… Gildo
  • 1982 - Elas Por Elas ... Vanda
  • 1983 - Sabor de Mel ... Laura
  • 1985 - Ti Ti Ti ... Jacqueline
  • 1986 - Hipertensão ... Participação Especial
  • 1987 - Bambolê ... Glória Muller
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Francisca Matoso
  • 1990 - Gente Fina ... Janete
  • 1991 - Felicidade ... Rosita
  • 1997 - Zazá ... Ela Mesma

Cinema

  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
  • 1980 - O Convite ao Prazer ... Ana
  • 1979 - Sede de Amar ... Tânia
  • 1979 - Os Imorais
  • 1979 - Sábado Alucinante ... Laura
  • 1979 - Herança dos Devassos
  • 1979 - A República dos Assassinos
  • 1978 - A Noite dos Duros
  • 1978 - Amada Amante ... Fátima
  • 1978 - O Prisioneiro do Sexo ... Ana
  • 1974 - Sedução ... Flametta
  • 1973 - Os Mansos
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor ... Clara
  • 1970 - Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois

Fonte: Wikipédia
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