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Amaury Alvarez

AMAURY ALVAREZ
(52 anos)
Ator, Diretor de Teatro e Professor

* São Paulo, SP (07/11/1951)
+ São Paulo, SP (28/11/2003)

Amaury Alvarez dirigiu onze peças e atuou em mais de 20. Atuou em teatro, em cinema e em televisão.

No teatro, entre as peças em que atuou, a mais importante e mais premiada, foi "Lembrar é Resistir". No cinema os seus principais trabalhos foram "Ainda Agarro Esse Machão" (1975), "Eles Não Usam Black-Tie" (1981) e "16060" (1995).

Na televisão o ator começou na TV Cultura em 1981, participando da novela "Floradas na Serra". Ainda na TV Cultura, fez em 1981 "Vento do Mar Aberto" e "Partidas Dobradas". Em 1982, fez na TV Bandeirantes "Renúncia", e voltando à TV Cultura, fez no mesmo ano a novela "Maria Stuart", "Seu Quequé" e "Paiol Velho". Passou para o SBT e em 1983 atuou em "A Justiça de Deus", e em 1984 em "Meus Filhos, Minha Vida".

Amaury Alvarez foi um dos maiores incentivadores da arte, e do teatro na cidade de Taboão da Serra, município de São Paulo. Trabalhou em Taboão de 1997 a 2001, como funcionário da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Ajudou a organizar a União Teatral de Taboão (UTT), onde dirigiu três peças: "Este Ovo é Um Galo", "A Morte do Imortal", e "A Torre e, Concurso". Ele coordenou o "Projeto 4 Martins Pena".

Desta forma o teatro no município de Taboão da Serra deixou de ser amador e se profissionalizou. A Casa de Cultura de Taboão passou a se chamar Casa de Cultura Amaury Alvarez

Amaury Alvarez faleceu com apenas 52 anos de idade.

Amauri Alvarez e Ana Rosa na peça "A Mosqueta"
Os principais trabalhos de Amary Alvarez na televisão e no cinema foram:

  • 1995 - 16060 (Cinema)
  • 1984 - Meus Filhos, Minha Vida (SBT)
  • 1983 - A Justiça de Deus ... Drº Raul Correia Couto (SBT)
  • 1982 - Paiol Velho (TV Cultura)
  • 1982 - Seu Quequé ... Orlando (TV Cultura)
  • 1982 - Maria Stuart (TV Cultura)
  • 1982 - Renúncia ... Homero (Bandeirantes)
  • 1981 - Partidas Dobradas ... Carlos (TV Cultura)
  • 1981 - Vento do Mar Aberto ... Drº Valério (TV Cultura)
  • 1981 - Eles Não Usam Black-Tie (Cinema)
  • 1981 - Floradas na Serra ... Flávio Mascarenhas (TV Cultura)
  • 1975 - Ainda Agarro Esse Machão (Cinema) 


Fonte: Museu da TV

Rodolfo Konder

RODOLFO KONDER
(76 anos)
Jornalista, Escritor, Tradutor, Professor e Conferencista

* Natal, RN (05/04/1938)
+ São Paulo, SP (01/05/2014)

Rodolfo Konder foi um jornalista, escritor, tradutor, professor universitário e conferencista brasileiro.

Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, em 05/04/1938, foi militante político contra a ditadura militar em 1964. Em 1975, Rodolfo Konder foi preso junto com o jornalista Vladimir Herzog e foi o primeiro a denunciar que Vladimir Herzog havia sido assassinado pelos torturadores. Por ser militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi obrigado a se exilar durante o regime militar. No período da redemocratização, atuou em grupos de direitos humanos e presidiu a seção brasileira da Anistia Internacional.

Era filho do intelectual comunista Valério Konder, que foi dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e de Ione Coelho. Era irmão do filósofo marxista Leandro Konder e de Luíza Eugênia Konder, casada com o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga.

Rodolfo Konder foi casado com Silvia Gyuru Konder e tinha um filho, Fabio Gyuru Konder.

Na clandestinidade, o jornalista começou a fazer traduções para Ênio Silveira. Pouco depois, conseguiu uma vaga de redator na agência de notícias Reuters, onde trabalhou durante quatro anos.


Trajetória Como Jornalista

Rodolfo Konder trabalhou como jornalista nas revistas "Realidade", "Singular Plural", "Visão", "Isto É", "Afinal", "Nova", e colaborou com a "Playboy", "Revista Hebráica" e "Época". Também trabalhou em jornais, estações de rádio, inclusive Rádio Canadá, em Montreal, durante dois anos, e canais de televisão.

Durante quatro anos, foi editor-chefe e apresentador do "Jornal da Cultura", na TV Cultura de São Paulo. Também foi colaborador permanente de "O Estado de São Paulo", durante dez anos.

Publicou artigos nos jornais "Movimento", "O Diário", "Voz da Unidade", "Folha de São Paulo", "Jornal da Tarde", "Gazeta Mercantil", "Diário Popular", "Pasquim", "O Paiz", "LA Calle", "El Clarin", "História", "Venus", "Opinião", "Povos e Países", "Jornal do Brasil", "Jornal da Semana", "Leia Livros", "Shopping News", "Américas" e "Shalom".

Foi professor de jornalismo, durante cinco anos, na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), foi diretor das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM) durante um ano, fez palestras e conferências no Brasil e no exterior, sempre sobre temas relacionados ao jornalismo, à liberdade de expressão e à luta pela democracia.

Foi secretário da Cultura durante a gestão do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, entre 1993 e 1996.


Trajetória Como Escritor

Como escritor, foi conselheiro da União Brasileira de Escritores e escreveu 21 livros: "Cadeia Para Os Mortos", "Tempo de Ameaça", "Comando das Trevas", "De Volta, os Canibais", "Anistia Internacional: Uma Porta Para o Futuro", "O Veterano de Guerra", "Palavras Aladas", "O Rio Da Nossa Loucura", "As Portas Do Tempo", "A Memória e o Esquecimento", "A Palavra e o Sonho", "Hóspede Da Solidão", "Labirintos De Pedra", "Rastros Na Neve", "Sombras No Espelho", "Cassados e Caçados", "Agonia e Morte De Um Comunista", "A Invasão", "As Areias De Ontem", "Educar é Libertar" e "O Destino e a Neve".

Foi premiado, em 2001, com o Prêmio Jabuti pelo livro "Hóspede Da Solidão".

De janeiro de 1993 a dezembro de 2000, ocupou o cargo de Secretário Municial da Cultura. Além disso, foi membro do Conselho da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), integrou a Diretoria da Bienal de São Paulo e foi presidente da Comissão Municipal para as Comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Foi diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e diretor da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em São Paulo.


Morte

Rodolfo Konder morreu na quinta-feira, 01/05/2014, às 10:30 hs, em São Paulo, SP, aos 76 anos. Ele lutava contra um câncer e estava internado há dois meses no Hospital Beneficência Portuguesa. Há 20 dias havia sido transferido para a UTI onde faleceu.

O corpo do jornalista foi cremado às 17:00 hs, do dia 02/01/2014 no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, em cerimônia restrita aos familiares.

Obras

  • 1977 - A Ascensão Dos Generais (Portugal - Editorial Caminho)
  • 1977 - Cadeia Para Os Mortos (Editora Alfa-Omega)
  • 1978 - Sob o Comando Das Trevas (Portugal - Editorial Caminho)
  • 1978 - Tempo De Ameaça (Editora Alfa-Omega)
  • 1978 - Comando Das Trevas (Editora Global)
  • 1986 - De Volta Aos Canibais (Sequência Editorial)
  • 1988 - Anistia Internacional - Uma Porta Para o Futuro (Pontes Editora)
  • 1988 - O Veterano De Guerra (Editora Ibla)
  • 1988 - Erkundungen (Antologia, Alemanha) Verlag Volk Und Welt
  • 1992 - Palavras Aladas (Scortecci Editora)
  • 1994 - O Rio Da Nossa Loucura (Editora Saraiva)
  • 1996 - As Portas Do Tempo (Editora Saraiva)
  • 1997 - A Memória e o Esquecimento (Editora Global)
  • 1999 - A Palavra e o Sonho (Editora Global)
  • 2000 - Hóspede Da Solidão
  • 2002 - Labirintos De Pedra (Editora Global)
  • 2005 - O Conto Brasileiro Hoje (RG Editores)
  • 2005 - Rastros Na Neve - Viagens De Um Jornalista (Edições UniFMU)
  • 2006 - Sombras No Espelho (Edições UniFMU)


Prêmios

  • 1994 - Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo
  • 1995 - Prêmio Homem de Direitos Humanos, da Hebraica.
  • 1996 - Prêmio Borba Gato
  • 1999 - Medalha Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil
  • 2001 - Prêmio Jabuti 2001 - Categoria: Contos e Crônicas - Livro: Hóspede da Solidão



Rodrigo Santiago

RODRIGO ARTUR SANTIAGO
(55 anos)
Ator e Professor

* Formiga, MG (27/11/1943)
+ São Paulo, SP (13/10/1999)

Rodrigo Santiago foi um ator e professor brasileiro. Nasceu em Formiga, Minas Gerais, irmão mais novo do escritor Silviano Santiago. Sua família era proprietária da Dental Santiago, na Rua São Paulo, em Belo Horizonte, MG, na década de 1960.

Quando estreou na tevê em "Beto Rockfeller", na TV Tupi em 1968, ele já tinha uma carreira sólida no teatro, com participações em peças como "Roda Viva", ao lado de Marília Pêra.

No dia 18/07/1968, quando o Brasil vivia sob o regime militar, a organização de extrema-direita Comando de Caça aos Comunistas (CCC), invadiu o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, espancou artistas e depredou o cenário. A peça em cartaz era "Roda Viva", um musical de Chico Buarque, com Rodrigo Santiago em um dos principais papéis. Ele foi agredido e preso.

Depois do Carlucho na novela "Beto Rockfeller" (1968), ele fez "Super Plá" (1969), "O Rebu" (1974), "Vila do Arco" (1975), "Gaivotas" (1979), "Os Imigrantes" (1981), e as minisséries "Lampião e Maria Bonita" (1982), "Padre Cícero" (1984) e "Joana" (1984), ao lado de Regina Duarte.

Rodrigo Santiago foi professor da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), e seu último espetáculo teatral, como ator, foi "Angels In America".


Morte

Rodrigo Santiago morreu aos 55 anos, vítima de insuficiência cardíaca, após uma cirurgia, no Hospital do Coração, em São Paulo.

O último filme em que atuou, "Cronicamente Inviável" (2000), de Sérgio Bianchi, foi lançado postumamente.

Cinema

  • 2000 - Cronicamente Inviável
  • 1995 - Eu Sei Que Você Sabe
  • 1994 - A Causa Secreta
  • 1988 - Romance
  • 1988 - Jorge, Um Brasileiro
  • 1979 - Maldita Coincidência
  • 1978 - Doramundo
  • 1978 - Diário Da Província
  • 1976 - Bandalheira Infernal
  • 1974 - Missa Do Galo
  • 1971 - Nenê Bandalho
  • 1970 - Em Cada Coração Um Punhal
  • 1970 - Cleo e Daniel


Televisão

  • 1994 - Você Decide
  • 1997 - Você Decide
  • 1997 - Estrada Do Amanhã
  • 1996 - Começar De Novo
  • 1996 - Sonho Olímpico
  • 1996 - Pobre Menina Rica
  • 1995 - Intermezzo
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Seabra
  • 1990 - Rainha Da Sucata ... Pedro de Oliveira
  • 1990 - Araponga ... Germano
  • 1988 - Fera Radical ... Jorge Mendes
  • 1987 - Corpo Santo ... Lucas Rezende
  • 1985 - Tenda Dos Milagres ... Ruy Passarinho
  • 1984 - Joana ... Guilherme
  • 1984 - Padre Cícero ... José Marrocos
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita
  • 1981 - Os Imigrantes ... Meneghetti
  • 1979 - Gaivotas
  • 1975 - Vila Do Arco ... Martim Brito
  • 1974 - O Rebu ... Kiko
  • 1969 - Super Plá ... Plácido
  • 1968 - Beto Rockfeller ... Carlucho
  • 1966 - Somos Todos Irmãos


Fonte: Wikipédia

Moacy Cirne

MOACY CIRNE
(70 anos)
Poeta, Artista Visual e Professor

* São José do Seridó, RN (1943)
+ Natal, RN (11/01/2014)

Moacy Cirne foi um poeta, artista visual e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), sendo considerado o maior estudioso brasileiro das histórias em quadrinhos, tendo escrito inúmeros livros sobre o assunto, além de ter sido um dos fundadores do poema/processo.

Em 1967 participou do lançamento do poema/processo, em Natal e no Rio de Janeiro, movimento de vanguarda literária próxima das artes plásticas, ao lado de Wlademir Dias-Pino, Alvaro de Sá, Neide Dias de Sá, Anselmo Santos, Dailor Varela, Anchieta Fernandes, Falves Silva, Nei Leandro de Castro, Sanderson Negreiros, Pedro Bertolino, Hugo Mund Jr., e outros. Em seguida, Joaquim Branco, Sebastião Carvalho, José Arimathéa, Ronaldo Werneck e, mais tarde, Jota Medeiros e Bianor Paulino se incorporaram ao movimento, com seus poemas semiótico-gráfico-visuais, além dos projetos semântico-verbais.

Na década de 1970 escreveu a coluna EQ, juntamente com Marcio Ehrlich, no jornal carioca Tribuna da Imprensa. Foi editor da Revista de Cultura Vozes, de Petrópolis (1971-1980), e colaborador do suplemento Livro do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, 1972-1976).

Professor aposentado do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde lecionava disciplinas sobre Histórias em Quadrinhos e Ficção Científica, dentre outras, era famoso no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF por editar e distribuir um fanzine independente de uma única página, o Balaio PorretaMoacy Cirne costumava organizar comemorações chamadas "Balaiadas", com distribuição de brindes como livros de arte e poesia entre os alunos do curso de Comunicação Social, para divulgar as edições especiais do Balaio.

Desde 2007 o fanzine, que une textos provocativos, listagens de filmes, pensamentos e poesias, se transferiu para a internet sob a forma de um blog, o Balaio Vermelho. O fanzine Balaio foi um dos principais meios de divulgação no Rio de Janeiro das poesias eróticas do polêmico Chico Doido de Caicó, durante muito tempo considerado um personagem fictício e alter-ego do próprio Moacy Cirne.

A Poética na Prática e na Teoria

Considerando a história em quadrinhos a literatura por excelência do século XX, Moacy Cirne considerava, em 1968, que "A poesia não poderia ficar presa ao jogo fácil das palavras, que puxam palavras – associações paranomásticas que não mais funcionam" numa referência direta à teoria da poesia concreta, "nem a falsa engenharia estrutural / que termina na mais pura esterilidade", acrescentando que "A crise da poesia é simplesmente a crise da palavra (no poema)".

Intencionando criar uma arte radical e revolucionária marxista-leninista, voltada para a ação, Moacy Cirne pretendia criar uma poesia próxima das artes plásticas, porém de alta "voltagem semântica". De teoria bastante complexa, o poema/processo, na visão de Moacy Cirne, desejava criar um poema dialógico, obra aberta permitindo "várias leituras, a partir de um ponto dado, inicial ou não". Assim, o poema de processo permite ao leitor decifrar relações semióticas entre signos não necessariamente verbais, ou criar novas.

Por outro lado, conforme o manifesto do poema/processo, de 1967, assinado por Moacy Cirne, entre outros, "nem todo poema de processo, embora sempre concrecionando a linguagem, é concreto, no sentido empregado pelo grupo noigandres (São Paulo). mas todo poema concreto, para ser realmente válido, precisa encerrar um processo". Dessa forma, mantendo-se fiel ao projeto inicial do poema/processo, quando este faz uso da palavra, nem sempre é possível distinguir um poema/processo de um poema concreto na obra de Moacy Cirne.

Ainda assim, podemos considerar, ao vislumbrar poemas como "Correnteza em Noite de Lua Vermelha" e "Dadá Pra Cá, Dadá Pra Lá", o quanto a melhor poesia de Moacy Cirne pode ser devedora do Dadaísmo e Surrealismo, divergindo, por sua essência mais expressiva do que comunicativa do projeto dos concretistas paulistas.

Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos

Em 2009 o governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Fundação José Augusto, lançou o Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos, que objetiva selecionar 10 quadrinistas potiguares para integrarem uma coletânea de quadrinhos. O prêmio tem como objetivo revelar e premiar o talento dos artistas profissionais ou amadores do Rio Grande do Norte, além de impulsionar a produção artística nessa área.

Morte

No final de 2013, Moacy Cirne descobriu um câncer de fígado, do qual começou a se tratar, passando por um procedimento cirúrgico no sábado, 11/01/2014. Pouco tempo depois da operação, teve uma parada cardíaca, ficando em coma induzido por pouco tempo, ao que não resistiu e morreu por volta das 13:00 hs, aos 70 anos, no Hospital da Unimed, em Natal, RN.

O corpo foi velado no Centro de Velório do Morada da Paz, no bairro Lagoa Seca, e o sepultamento foi realizado no domingo, 12/01/2014, em São José do Seridó, sua cidade natal.

Principais Obras

Antologias Organizadas, Ensaios e Trabalhos Visuais

  • 1970 - A Explosão Criativa dos Quadrinhos
  • 1972 - Para Ler os Quadrinhos
  • 1975 - Vanguarda: Um Projeto Semiológico
  • 1979 - A Poesia e o Poema do Rio Grande do Norte
  • 1982 - Uma Introdução Política Aos Quadrinhos
  • 1983 - A Biblioteca de Caicó
  • 1990 - História e Crítica dos Quadrinhos Brasileiros
  • 2000 - Quadrinhos, Sedução e Paixão
  • 2002 - Cinema Cinema
  • 2002 - A Poética das Águas (Com Candinha Bezerra)
  • 2002 - 69 Poemas de Chico Doido de Caicó (Com Nei Leandro de Castro)
  • 2006 - A Escrita dos Quadrinhos

Poesia

  • 1979 - Objetos Verbais
  • 1983 - Cinema Pax
  • 1988 - Docemente Experimental
  • 1993 - Qualquer Tudo
  • 1994 - Continua na Próxima
  • 1998 - Rio Vermelho
  • 2004 - A Invenção de Caicó
  • 2006 - Almanaque do Balaio
  • 2007 - Poemas Inaugurais

Teatro

  • Escreveu o auto natalino "Jesus de Natal", em 2006, apresentado na capital potiguar com direção de Paulo Jorge Dumaresq.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Douglas Bachine

Cacaso

ANTÔNIO CARLOS FERREIRA DE BRITO
(43 anos)
Professor, Compositor, Poeta, Crítico e Ensaísta

* Uberaba, MG (13/03/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/12/1987)

Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro. Filho de Carlos Ferreira de Brito e Wanda Aparecida Lóes de Brito, nasceu em Uberaba, MG, e passou a infância em Alfredo de Castilho e Barretos, interior de São Paulo.

Aos 12, chegou a ser matéria de jornal, por causa de suas caricaturas de políticos e personagens da vida pública, prática que cultivaria por toda a vida. Costumava ilustrar seus poemas, crônicas e letras de músicas com nanquim e lápis de cera.

Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.

Estudou violão clássico, cursou Direito e formou-se em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP). Lecionou teoria literária e literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi também crítico e ensaísta.


Cacaso teve dois filhos: Pedro de Brito, do primeiro casamento com a antropóloga, professora e pesquisadora Leilah Landim Assumpção de Brito, e Paula, do segundo casamento com a cantora Rosa Emília Machado Dias. Pedro de Brito, jornalista, assim como o pai, seguiu a carreira de poeta, tendo publicado alguns poemas no Jornal de Letras e Artes. Como jornalista, Pedro de Brito, especializou-se na área de música, tendo atuado em vários jornais como, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e no jornal O Dia, assinando Pedro Landim.

Em 1967, José Álvaro Editor publicou de Cacaso, ainda usando o nome Antônio Carlos de Brito, "A Palavra Cerzida", seu primeiro livro de poemas, que já havia sido publicado nas principais antologias da nova poesia brasileira.

Publicou artigos em vários jornais, entre eles, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Jornal Movimento e Jornal Opinião.

Publicou os livros de poesias "Grupo Escolar" (1974), "Beijo Na Boca" (1975), "Segunda Classe" (1975) em parceria com Luís Olavo Fontes, "Na Corda Bamba" (1978), "3 Poetas" (1979), com Eudoro Augusto e Letícia Moreira de Souza, "Mar De Mineiro" (1982) e a coletânea "Beijo Na Boca E Outros Poemas" (1985).

Pouco antes de falecer, vitimado por um infarto do miocárdio, estava trabalhando junto com Edu Lobo e Ruy Guerra em um roteiro sobre Canudos. Anos depois, em 1997, Edu Lobo, em homenagem ao poeta, incluiu uma das parcerias de ambos, "Canudos", no filme homônimo de Sérgio Rezende.

Maurício Tapajós e Cacaso
Em 1997, foi editada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma coletânea de seus ensaios, poemas inéditos, crônicas e artigos publicados em jornais intitulada "Não Quero Prosa", com seleção e organização de Vilma Arêas e lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.

Compôs em parceria com Nelson Ângelo o musical "Táxi", ainda inédito.

No ano 2000, a Editora Sette Letras reeditou "Beijo Na Boca".

Em 2002 foi publicado pela Editora Sette Letras e Cosac & Naify, a antologia "Lero Lero", sua obra poética reunida, incluindo sete livros seus e ainda parte de um material que estava inédito entre poemas e desenhos. O livro fez parte da coleção "Às De Colete" e foi lançado na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, os jornalistas Renato Fagundes e Paulo Mussoi produziram o filme de animação digital "Cidadelas", baseado em poemas sobre Canudos ('Auto de Canudos') deixados pelo poeta e nunca publicados, além de desenhos sobre o mesmo tema. A trilha sonora do curta-metragem foi composta por Igor Araújo, com base nos poemas de Cacaso.

Em novembro de 2004 foi relançado o livro "Na Corda Bamba", desta vez com ilustrações do cineasta e amigo José Joaquim Salles. As ilustrações eram para ser entregues para a primeira edição em 1978, mas só ficaram prontas 26 anos mais tarde. O convite para o que Joaquim Salles ilustrasse o livro foi feito no ano de 1975, quando Cacaso, em Paris, visitou o ex-colega de faculdade de Filosofia, que por esta época encontrava-se exilado na França. Como as ilustações não ficaram prontas a tempo, o livro foi publicado com ilustrações do filho Pedro Landim, então com 7 anos. Na reedição do "Na Corda Bamba" o ilustrador José Joaquim Salles contou com a colaboração do próprio filho, o designer gráfico Tomás. Sobre as novas ilustrações José Joaquim relatou:

"Se Cacaso fosse vivo, provavelmente usaria o computador para compor e divulgar sua poesia. Tenho certeza de que estaria ao meu lado fazendo um livro com esta nova ferramenta!"

Sua obra de letrista foi objeto de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O poeta deixou mais de 20 cadernos, muitos deles em forma de diários, com poemas, fotos e ilustrações.

Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso partiu prematuramente. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".

Francisco Manuel da Silva

FRANCISCO MANUEL DA SILVA
(70 anos)
Compositor, Instrumentista, Maestro e Professor

* Rio de Janeiro, RJ (21/02/1795)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/12/1865)

Francisco Manuel da Silva foi um compositor, maestro e professor brasileiro. Era filho de Joaquim Mariano da Silva e Joaquina Rosa. Ainda menino, começou a estudar música com o célebre compositor padre José Maurício Nunes Garcia, talvez o maior nome da música colonial brasileira. Foi também aluno de Policarpo Beltrão e Marcos Portugal, aperfeiçoando-se depois com Sigismund von Neukomm, aprendendo violino, violoncelo, órgão, piano e composição.

Ainda bem jovem escreveu um "Te Deum" para o então príncipe Dom Pedro I, que lhe prometeu financiar seu aperfeiçoamento na Europa, mas não chegou a cumprir a promessa. Em vez disso, nomeou-o para a Capela Real, onde foi bastante ativo como diretor musical.

Em 1833 fundou a Sociedade Beneficente Musical, que teve um papel importante na época e funcionou até 1890. Contando com a simpatia do novo imperador Dom Pedro II, foi nomeado para o posto de compositor da Imperial Câmara em 1841 e no ano seguinte assumiu como mestre-de-capela.

Em 1857, Dom Pedro II lhe ofereceu a condecoração máxima, a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Rosa.


Talvez seu maior mérito seja a fundação do Conservatório do Rio de Janeiro, a origem da atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também foi regente do Teatro Lírico Fluminense, depois transformado na Ópera Nacional.

Sua obra de composição não é considerada de grande originalidade, embora sejam interessantes a "Missa Ferial" e a "Missa Em Mi Bemol", mas foi o autor de uma única peça que se tornou célebre, a melodia do atual "Hino Nacional Brasileiro". Compôs também valsas, quadrilhas, modinhas e lundus, como o antológico "Lundu da Marrequinha", que recebeu letra de Paula Brito. Na época de sua composição, esse lundu fez muito sucesso, figurando depois em vários livros sobre modinhas, lundus e cançonetas.

Francisco Manuel da Silva faleceu com 70 anos de idade, em sua casa, no centro do Rio de Janeiro, na Rua Visconde do Rio Branco, nº49, vítima de "tísica na laringe", cercado da admiração e respeito gerais.

Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Fernando Pamplona

FERNANDO PAMPLONA
(87 anos)
Carnavalesco, Cenógrafo, Professor, Produtor e Apresentador de TV

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Fernando Pamplona foi um carnavalesco, cenógrafo, professor, produtor e apresentador de TV, considerado um dos mais importantes nomes do carnaval carioca.

Considerado o "pai de todos" os carnavalescos do Rio de Janeiro, o artista fez história no desfile das escolas de samba a partir dos anos 60, quando introduziu os enredos afros nos desfiles, e colocou o Salgueiro no patamar das grandes agremiações cariocas. Foi o líder de uma geração de carnavalescos que brilhou nos anos seguintes em várias escolas: Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Renato Lage, Maria Augusta, dentre outros.

Após a Revolução de 1930, foi, com o pai, morar na cidade de Xapuri, no Acre, onde cursou o ensino primário. Ainda criança, teve contato com diversas manifestações folclóricas da região, como a festa do boi-bumbá, o que foi crucial para lhe despertar um grande interesse por cultura popular.

Formado pela Escola Nacional de Belas Artes, teve uma rápida passagem como ator até conhecer Mário Conde em meados da década de 50, que lhe abriu as portas para a cenografia.

Em 1959, o escritor Miercio Tati, membro do então Departamento de Turismo e Certames da Prefeitura, hoje Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A. (Riotur), o chamou para integrar o corpo de jurados dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Embora tenha assumido o cargo com dedicação, apenas uma, entre todas as agremiações, deixou Fernando Pamplona realmente extasiado. Trata-se do GRES Acadêmicos do Salgueiro, que, naquele ano, havia inovado por completo os padrões do carnaval carioca ao jogar para o alto os habituais enredos de capa-e-espada (sobre políticos ou militares) trazidos pelas escolas e abraçou uma temática sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Tal tema, denominado "Viagem Pitoresca E Histórica Ao Brasil", fora elaborado pelos figurinistas Dirceu e Marie Louise Nery, e o Salgueiro fez uma apresentação revolucionária e inesquecível. Fernando Pamplona deu nota 8 à agremiação, que somente perdeu por um ponto da Portela.

Foi ele um dos poucos jurados a defender, sem medo, sua avaliação sobre os desfiles, o que surpreendeu o diretor de carnaval do Salgueiro, Nelson de Andrade. A diretoria da escola, por intermédio de Nelson de Andrade, o convidou para preparar desfile salgueirense para o carnaval de 1960 e Fernando Pamplona aceitou o pedido com a condição de fazer um enredo sobre Zumbi dos Palmares.

Pela primeira vez, a vida de uma personagem não-oficial da história do Brasil era retratada por uma agremiação. Chamou seus colegas de teatro, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, e acabou se tornando, por fim, um carnavalesco de escola de samba. No Salgueiro conquistou quatro títulos, foi vice outras três vezes.


Botafogo e Salgueiro

Tão botafoguense quanto salgueirense, Fernando Pamplona foi a síntese de um Rio de Janeiro multi-diverso, pleno de referências, de pulsação cultural, mesclando referências eruditas e populares.

"Ao contrário do artista comum, que se comove diante de uma catedral gótica, ele descobriu que a sua catedral era feita de carne e sangue, de suor e prazer, de riso e lágrima em forma de povo", descreveu o escritor Carlos Heitor Cony, que assinou a orelha da biografia.

Carnavais Que Assinou no G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro

  • 1960 - Quilombo dos Palmares - Campeão
  • 1961 - Vida e Obra do Aleijadinho
  • 1965 - História do Carnaval Carioca - Eneida (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1967 - História da Liberdade no Brasil (Com Arlindo Rodrigues)
  • 1968 - Dona Beja, Feticeira de Araxá
  • 1969 - Bahia de Todos os Deuses (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1970 - Praça Onze: Carioca da Gema
  • 1971 - Festa Para um Rei Negro (Com Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Maria Augusta) - Campeão
  • 1972 - Nossa Madrinha, Mangueira Querida
  • 1977 - Do Cauim Ao Efó, Moça Branca, Branquinha
  • 1978 - Do Yorubá à Luz, a Aurora dos Deuses



Morte

Fernando Pamplona morreu na manhã de domingo, 29/09/2013, em sua casa, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, um dia após completar 87 anos. O salgueirense foi vítima de um câncer e havia deixado o Hospital São Lucas na quarta-feira, 25/09/2013.

Fernando Pamplona foi enterrado no final da tarde de domingo, 29/09/2013, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Fernando Pamplona empresta seu nome a biblioteca do Centro de Referência do Carnaval, a única do gênero no Brasil.

Era casado com a ex-bailarina do Teatro Municipal do Rio de JaneiroZeni, 84 anos, desde 1952. Fernando Pamplona deixa duas filhas, Consuelo, 57 anos, e Eneida, 53 anos.

Fonte: Wikipédia e Globo

Lucinha Medeiros

MARIA LÚCIA FERNANDES MEDEIROS
(63 anos)
Escritora, Poetisa e Professora

* Bragança, PA (15/02/1942)
+ Belém, PA (08/09/2005)

Maria Lúcia Fernandes Medeiros ou mais popularmente chamada de Lucinha Medeiros foi uma escritora, poeta e professora paraense.

Apaixonada por sua terra natal, morou em Bragança até os 12 anos, quando se mudou com parte da família para Belém, onde graduou-se em Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), aonde atuou como pesquisadora e docente. Sempre que podia, visitava seus conterrâneos e distribuía carinho e conversas à tarde com seus amigos.

Foi a primeira professora de Redação e de Literatura Infanto-juvenil, disciplina que ajudou a inserir no desenho curricular do Curso de Letras da Universidade Federal do Pará, à época. Era também uma grande colaboradora da Universidade da Amazônia (UNAMA) em Belém, envolvida em projetos e palestras, chegando a publicar textos de sua autoria na revista da UNAMA intitulada "Asas da Palavra", desde 1995.

Estreou na ficção com o livro de contos "Zeus Ou A Menina E Os Óculos" (1988). Depois publicou "Velas, Por Quem?" (1990), "Quarto De Hora" (1994), "Horizonte Silencioso" (2000) e "Céu Caótico" (2005).

Sobre Bragança, Maria Lúcia deixa uma pista em seu depoimento no documentário intitulado "A Escritura Veloz", de Mariano Klautau Filho (produção independente, em VHS, de 1994):

"Eu nasci em Bragança, uma cidade simples do interior, com um trem de ferro e um rio na frente. Tive, portanto, uma infância bem brasileira: quintal, primos, frutas, tios, igreja, cinema Olympia. Em Belém já cheguei quase adolescente e meus fantasmas viviam sob as mangueiras, nas ruas largas, na arquitetura imponente de uma cidade de 250 mil habitantes que era Belém dos anos 50.
Quando descobri os livros, descobri um outro jeito de viver. Personagens, situações, lugares ajudavam meu aprendizado do mundo. Ler para mim sempre foi uma salvação. Agora, escrever, acho que sempre escrevi. Lembro que muito menina eu me recolhia e escrevia, escrevia para mim."

Com sua seriedade foi uma escritora de excelente produção literária, além da função de professora e poeta. Reconhecida como uma das maiores contistas paraenses, tornou-se um dos mais importantes ícones literários do Pará.

Seus livros falam de sentimentos, entre eles a angústia e a solidão, com destaque para o viés emocional e da personalidade da escritora bragantina e são ambientados numa época chamada por ela de "modernidade". Um exemplo disso é o livro "Horizonte Silencioso", em que se destaca uma linguagem de enorme nostalgia, quando Lucinha Medeiros abordava a mudança do tempo, aspectos de sua infância e adolescência.


Seus textos eram fortes e quase autobiográficos. Sua escrita marcante era facilmente descoberta por seus leitores e admiradores da sua obra. Entre seus livros mais lidos estão os contos em "Velas Por Quem?" e "Zeus Ou A Menina E Os Óculos".

Em sua atuação como professora, ajudou a realizar o processo de registro e de tombamento em nível de Estado da Residência da família Medeiros, situada em Bragança, local onde ela costumava se hospedar nas suas visitas à terra natal.

Alguns de seus livros já foram listados entre as leituras obrigatórias de processos seletivos da Universidade Federal do Pará (UFPA), assim como em salas de aulas do ensino médio por todo o Estado. Lucinha Medeiros também ajudou a fundar a Casa da Linguagem, sendo uma de suas consultoras.

Foi homenageada na Feira Pan-Amazônica do Livro no ano de 2004, com um sarau intitulado "O Elemento Fabuloso Da Narrativa De Maria Lúcia Medeiros". No mesmo evento, o curta-metragem "Chuvas e Trovoadas", filme baseado na obra homônima de Lucinha Medeiros foi apresentado, sob a direção de Flávia Alfinito. No filme ambientando em Belém, quatro moças são estudantes de corte e costura em algumas tardes do período da Belle-Époque amazônica.

A película de Flávia Alfinito, produzida de forma independente, conta com a narração do ator José Mayer e a participação das atrizes Patrícia França, Suzana Faine, Andréia Rezende, Andreia Paiva e Francis, recebendo o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Gramado, principal premiação do cinema brasileiro, em 1995.

O último texto escrito por Maria Lúcia Medeiros, na Ilha de Mosqueiro, em abril de 2005, tinha como título "Don Quixote Veio De Trem", momento em que ela já estava bastante doente e com boa parte de seus movimentos comprometidos.

Em suas passagens por Bragança, sempre visitava amigos e conversava com seus contemporâneos, além de participar de eventos.

Morte

Maria Lúcia Medeiros foi acometida por uma doença degenerativa conhecida como Esclerose Lateral Amiotrófica, por alguns anos antes de seu falecimento, que paralisou gradativamente seus movimentos, impedindo-a de falar e se expressar, mesmo mantendo a lucidez, o que lhe causou uma situação de séria debilidade. Internada por mais de 30 dias, faleceu às 15:00hs do dia 08/09/2005, uma quinta-feira, em Belém, PA, aos 63 anos. Ela deixou 3 filhos.

Seu velório aconteceu no Núcleo de Artes da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Praça da República. Seu corpo foi cremado no Cemitério Max Domini, no dia 08/09/2005, e no dia 11/09/2005, seus familiares depositaram suas cinzas pela Ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, um dos lugares prediletos da escritora.

Foi uma das escritoras paraenses homenageadas pelo Instituto de Artes do Pará na edição do Prêmio IAP de Artes Literárias de 2011, na categoria Contos.

Wilson Martins

WILSON MARTINS
(88 anos)
Magistrado, Professor, Escritor, Jornalista, Historiador e Crítico Literário

* São Paulo, SP (03/03/1921)
+ Curitiba, PR (30/01/2010)

Wilson Martins foi um magistrado, professor, escritor, jornalista, historiador e crítico literário brasileiro e autor da coleção monumental "História da Inteligência Brasileira".

Com apenas 16 anos de idade, Wilson Martins já era revisor no jornal Gazeta do Povo como prestador de serviço, sendo contratado somente em 1945 como funcionário do jornal. Formou-se em Direito, mas após concluir um curso de especialização literária em Paris, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura, como professor e crítico.

Wilson Martins foi também professor de Literatura Francesa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e lecionou por 26 anos em Nova York, na New York University, aposentando-se deste cargo em 1992, quando foi homenageado com o título de Professor Emérito. No entanto, apesar da sólida carreira acadêmica, era na crítica literária jornalística que se sentia mais em casa.

Autor de diversas obras, destacou-se pela fundamental "História da Inteligência Brasileira", com diversos volumes. Igualmente fundamental é a "Crítica Literária no Brasil", história da atividade crítica no País. Com suas obras, Wilson Martins ganhou alguns dos principais prêmios literários nacionais. Recebeu prêmios como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, por volumes do livro "História da Inteligência Brasileira", e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2002, pelo conjunto de sua obra.

Foi durante 25 anos crítico literário de O Estado de S.Paulo e também do Jornal do Brasil. Foi colunista da Gazeta do Povo e do O Globo.

Era um crítico de "linha de frente", que analisava obras no calor da hora, assim que os livros saem do prelo, ao contrário de colegas acadêmicos, que esperam décadas antes de se pronunciar.

Foi no âmbito jornalístico que se tornou conhecido e amealhou respeito geral - mesmo daqueles que desaprovavam suas opiniões.

Wilson Martins nunca deixou de escrever o que pensava, como quando desaprovou o romance "O Fotógrafo", de Cristóvão Tezza, que admirava, mas dizia conter palavrões em excesso.

Quando completou 80 anos, a editora Top Books lançou um volume em sua homenagem, significativamente intitulado "Mestre da Crítica". Nele, escrevem colegas ilustres como Affonso Romano de Sant"Anna, Moacyr Scliar, Edson Nery da Fonseca, Antonio Candido e outros, tendo por tema a carreira do crítico Wilson Martins ou assuntos literários em geral.

Mas o melhor dos ensaios do livro é assinado pelo próprio homenageado. Com o título de "O Crítico Por Ele Mesmo", Wilson Martins faz um resumo de sua vida profissional. O texto serve como testamento de uma carreira e também pode funcionar como inspiração a quem pretenda segui-la, apesar dos percalços atuais do jornalismo cultural.

Wilson Martins se dizia educado pelo "sistema antigo, de rigor, disciplina e obediência, sem excessos de complacência". Sua base cultural foi formada em especial pelo autodidatismo. Lia sem parar, desde criança, e, mais tarde, escrever sobre aquilo que lia lhe pareceu tão natural como beber um copo d"água.

Seu primeiro emprego como crítico foi no Estado, em substituição ao então mitológico Sérgio Milliet.

Desde o início, Wilson Martins não negligenciou o fato de que para apreciar uma obra era preciso compará-la. E o cânone literário, hoje descartado como politicamente incorreto, seria a melhor tábua de comparação disponível. Mesmo porque ele não foi formado de maneira arbitrária, mas por um consenso que vem de um longo assentimento. Shakespeare, Proust, Machado de Assis não ocupam o lugar que ocupam por acaso.

O alvo dessas críticas de Wilson Martins era o multiculturalismo e o relativismo, que coloca toda e qualquer obra em pé de igualdade. Isso seria nivelar a cultura por baixo, segundo entendia. Portanto, é a qualidade da obra que deveria nortear a crítica, mesmo que seja tão difícil distinguir, no novo, o que é bom do que não é.

Tentá-lo, e chegar o mais próximo possível da "verdade", é a tarefa do crítico, como ele a concebia. E apontar o que é bom em sua época, o maior desafio daquele que escreve sobre obras alheias. O crítico faz suas apostas. A posteridade julga as obras, e o próprio crítico. Nesse ponto, Wilson Martins valorizava seu ofício de crítico "de fronteira", distinguindo-se claramente dos colegas de universidade.

Sempre provocativo, Wilson Martins se dizia "o último crítico literário em atividade". Talvez tenha sido mesmo.

Wilson Martins também foi um dos primeiros locutores da Rádio Clube Paranaense, nos anos de 1930 e 1940.


Morte

Wilson Martins faleceu após passar por uma cirurgia para retirada da bexiga, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR, cidade onde ele era radicado havia muitos anos, apesar de nascido em São Paulo, em 1921.

O corpo do escritor foi cremado em 01/02/2010, em cerimônia reservada à família, no Crematório Vaticano, na capital paranaense.


Pai Agenor

AGENOR MIRANDA ROCHA
(96 anos)
Babalaô, Professor, Poeta e Cantor

☼ Luanda, Angola (08/09/1907)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/07/2004)

Agenor Miranda Rocha, o Pai Agenor, é quase uma lenda no Candomblé. Nascido em Luanda, Angola, no dia 08/09/1907, foi iniciado aos cinco anos, em 1912, pelas mãos da Srª Eugênia Ana dos Santos, mais conhecida como Mãe Aninha de Xangô ou Obá Biyi, fundadora do Axé Opô Afonjá, na cidade Salvador, Bahia, devido a uma enfermidade, fato este que levou sua mãe carnal a senhora Zulmira Miranda, católica apostólica romana, fervorosa, a aceitar o feito com intuito de salvar a vida de seu filho.

Quando jovem, e já residindo na cidade do Rio de Janeiro, foi o ilustre professor, iniciado nos mistérios da Orixá Ewá, de onde segue que dado a união destes dois orixas, Oxalufã e Ewá, o digno professor, ou como ele se auto intitulava, Zelador de Santo, tinha um dom especial nos jogos sagrados dos búzios.


O Professor Agenor, como era conhecido, foi professor catedrático aposentado do Colégio Pedro II, nas cadeiras de matemática e latim. Cantor lírico, seguindo os passos de sua mãe, a soprano Zulmira Miranda e babalaô adivinho na referida tradição religiosa candomblé, um dos ocidentais mais conhecedores da herança e da cultura afro-brasileira, além de talvez uma das mais respeitadas personalidades religiosas por todas as lideranças de tradicionais terreiros do Brasil.

Foi o jogo de búzios (meridilogun) do Professor Agenor que decidiu a sucessão de importantes terreiros: Mãe Oké e Mãe Tatá, na Casa Branca do Engenho Velho; Mãe Stella, no Axé Opô Afonjá; Mãe Índia, no Terreiro do Bogun (o último grande jogo de sucessão antes do falecimento do professor).

Agenor Miranda também foi poeta e musicista. Seu jogo de búzios foi um dos mais procurados do país. O velho professor foi orientador espiritual e conselheiro de personalidades de diferentes procedências religiosas e de muitos babalorixás, como Tatá Makamba Malaiá em São Paulo, no ano de 1972 e orientador do Babá Augusto César de Logunedé.

Jorge Amado, Zélia Gattai, almirante Adalberto de Barros Nunes, Maria Zilda, Maria Bethânia, Gal Costa, Liege Monteiro, Hugo Gross, Zora Sejlman, Antônio Olinto, Vera Fisher, Marcelo Picchi, Camila Amado, Heloísa Perissé, Bel Kutner e Regina Casé, dentre muitos outros, foram amigos ou frequentavam a casa do velho professor.

"Quem não conhece Agenor, não conhece Candomblé"
(Mãe Menininha do Gantois)


Documentário: Um Vento Sagrado

Foi publicada no jornal Diário de São Paulo a matéria "O Zelador Dos Orixás Na Tela", feita pelo jornalista Marcos Pinho - "Um Vento Sagrado", do diretor e artista plástico baiano Walter Lima. O trabalho conta a história de Pai Agenor, um dos mais importantes nomes do candomblé no país. O trabalho de pesquisa consumiu mais de três anos de viagens, pesquisas e gravações no Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Roma.

O filme "Brasil" (2001), mostra Pai Agenor em sua casa no Engenho Novo, subúrbio do Rio de Janeiro, onde figuram desde imagens de São Francisco e Buda até de Oxalá e outras divindades do candomblé. É no local que ele recebia visitantes em busca de aconselhamento e jogava búzios.

Suas declarações são desconcertantes.

"A força do candomblé está no sangue verde das plantas e não no sangue vermelho dos animais!"
(Pai Agenor - Comentário condenando os sacrifícios em cultos)

Professor aposentado, poeta, ensaísta, cantor de ópera e de fado, Pai Agenor era um homem múltiplo e incomum. "Ele é talvez a última das grandes figuras do candomblé", afirma Gilberto Gil. O retrato pintado por Walter Lima é o de um ser de personalidade instigante cujas opiniões são sempre respeitadas.

A fita mostra ainda o biografado sendo recebido pelo Papa em Roma e inclui poemas nas vozes de atores como Alessandra Negrini, Ingrid Guimarães e Camila Amado, além da narração de Othon Bastos e depoimentos dos acadêmicos Antônio Olinto e Paulo Alonso, do cantor Gilberto Gil, dos professores Muniz Sodré e Wilson Choueri e de outras personalidades.

Amante da música, talvez por influência de sua mãe, a fadista portuguesa Zulmira Miranda, cuja história está registrada na Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, Agenor fez uma incursão como cantor no mundo da música. Há alguns anos foram recuperadas algumas de suas antigas gravações e hoje circula nas mãos de seus amigos e admiradores CDs onde ele canta fados, canções italianas e músicas clássicas.

Amante da poesia, teve dois livros publicados ainda em vida, "Poemas Infantis" (1999), e "Oferenda - Como a Flor Que Se Oculta Entre as Folhas" (1998), pela Editora Sete Letras, traduzido na Espanha e editado pela Algorán Poesia, em 2001.


Seus poemas foram muito bem recebidos por serem, além de belos, expressão de um grande conhecimento também nesta arte. Tinha muitos amigos e admiradores, muitos alunos, e para todos estes deixou ainda o livro "Caderno de Português" (2000), escrito logo após uma intervenção cirúrgica bastante séria.

Pai Agenor faleceu em 17/07/2004, vitimado principalmente pelo agravamento de um simples caso infeccioso, uma vez que não conseguiu ser tratado a tempo em condições necessárias. Deixou muitos amigos e filhos em todas as partes do Brasil e no exterior, todos saudosos e consternados, principalmente por não terem podido ajudá-lo e intervir para que pudesse completar com "saúde e paz", como gostava de dizer, os seus almejados 100 anos de existência, que foi lembrado e comemorado no dia 08/09/2007.

Dentre as homenagens que recebeu está a Medalha Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.

Sobre ele há uma primorosa biografia: "Um Vento Sagrado", editado pela Editora Mauad e de autoria de Muniz Sodré e Luis Filipe de Lima.

Fonte: Wikipédia

Bertha Becker

BERTHA KOIFFMAN BECKER
(82 anos)
Geógrafa, Professora e Pesquisadora

* Rio de Janeiro, RJ (07/11/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/07/2013)

Bertha Koiffmann Becker foi uma geógrafa brasileira. Graduou-se em Geografia e História pela Universidade do Brasil em 1952, foi Docente Livre-Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1970). Realizou pós-doutorado no Massachusetts Institute Of Technology - Department Of Urban Studies And Planning (1986). Foi professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do Laboratório de Gestão do Território - LAGET/UFRJ. Membro da Academia Brasileira de Ciências e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lyon III. Havendo sido agraciada com as medalhas David Livingstone Centenary Medal da American Geographical Society e Carlos Chagas Filho de Mérito Científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Foi consultora ad hoc de várias instituições científicas e membro de conselho editorial de editoras nacionais e internacionais. Coordenou diversos projetos de pesquisa e participou da elaboração de políticas públicas nos Ministérios de Ciência e Tecnologia, da Integração Nacional e do Meio Ambiente. Seu foco principal de pesquisa foi a Geografia Política da Amazônia e do Brasil. Autora de uma extensa produção sobre a geografia política da Amazônia e do meio-ambiente.

Bertha Becker iniciou a carreira na década de 1950, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde deu aulas por 40 anos, tornando-se professora emérita. No Instituto Rio Branco, lecionou por quase 20 anos. Acumulou títulos de prestígio, como doutora honoris causa pela Universidade de Lyon III, na França, e era integrante da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Por mais de 40 anos, Bertha Becker se aprofundou nos estudos sobre os conflitos fundiários nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, com foco na Amazônia. Ao longo desse período, estudou e pesquisou in loco a geografia humana e política da região, tornando-se uma autoridade internacional no assunto. Por isso, era sempre requisitada por órgãos do governo, como o Itamaraty e a Secretaria de Assuntos Estratégicos, além de dar conferências nas principais associações internacionais. Sua contribuição foi essencial para o desenvolvimento do plano estratégico da Amazônia, hoje em implantação no Brasil.


Para a companheira de pesquisa e amiga, a geógrafa Ima VieiraBertha Becker deixou um legado enorme. "O que ela fez é muito importante e teve repercussão internacional. Participou de reuniões científicas que deram origem a importantes ações políticas para o Brasil como, por exemplo, a Rio Mais 20 e ECO 92" - disse Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi, em Belém.

A geógrafa estudou a fronteira móvel da agropecuária no Brasil desde a década de 60. Começou com o crescimento da pecuária no Rio de Janeiro e São Paulo, depois em Goiás na década de 70 e, a partir daí desenvolveu suas pesquisas de campo principalmente na Amazônia.

"As pessoas pensam que isso é novo, mas não é, a expansão das fronteiras da pecuária na direção da Amazônia tem 50 anos."
(Declarou recentemente Bertha)

Bertha era, desde os anos 90, membro do conselho diretor da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, da qual era também associada emérita.

"Sua dedicação para a instituição era total, profunda, como tudo o que ela fazia. Bertha foi uma cidadã 24×7, além de uma das pessoas mais inteligentes que já conheci na vida. Uma inteligência que a levava sempre a farejar as mudanças antes que elas se revelassem. A sociedade brasileira recebe uma herança ímpar e um desafio para décadas: decifrar e desdobrar o patrimônio de sabedoria que ela construiu."
(Roberto Smeraldi)

A geógrafa publicou diversos livros, sendo o mais recente "A Urbe Amazônica - A Floresta e a Cidade", finalizado há alguns meses.

Bertha deixou três filhos, Beatriz, Paulo e Lídia, e oito netos.


Morte

A geógrafa, professora, pesquisadora e o maior nome da geografia internacional em estudos sobre a Amazônia, Bertha Koiffmann Becker, de 82 anos, morreu no sábado, 13/07/2013, às 16:30 hs, por complicações decorrentes de um câncer de pulmão, após quatro anos lutando contra a doença.

Além de familiares e amigos, autoridades fizeram as últimas homenagens a pesquisadora, em uma cerimônia na Chevra Kadisha. Seu corpo foi enterrado no Cemitério de Vilar dos Teles, em Belford Roxo.


Publicações

  • Dimensões Humanas da Biodiversidade - O Desafio de Novas Relações Sociais (Co-autoria de Irene Garay)
  • Migrações Internas no Brasil - Reflexo da Organização do Espaço Desequilibrada
  • Tecnologia e Gestão do Território (Bertha Becker et al.)
  • Amazônia Geopolítica Na Virada do III Milênio (2004)
  • Um Futuro Para Amazônia (Co-autoria de Claudio Stenner)
  • Dilemas e Desafios do Desenvolvimento Sustentável (Bertha Becker, Ignacy Sachs e Cristovam Buarque)
  • Becker, Bertha K. Geopolítica da Amazônia

Indicação: Miguel Sampaio