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Vianna Moog

CLODOMIR VIANNA MOOG
(81 anos)
Advogado, Jornalista, Romancista e Ensaísta

☼ São Leopoldo, RS (28/10/1906)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/01/1988)

Clodomir Vianna Moog foi um advogado, jornalista, romancista e ensaísta brasileiro. Filho de Marcos Moog, funcionário público federal, e de Maria da Glória Vianna, professora pública, foi aluno da escola dirigida por sua mãe na cidade natal e, depois, do Colégio Elementar Visconde de São Leopoldo.

Queria seguir a carreira militar e por esta razão foi para o Rio de Janeiro para prestar exame na Escola Militar do Realengo. Como, porém, naquele ano não se abrissem as provas vestibulares, voltou para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio e, em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito. Foi nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão ao Contrabando na Fronteira e designado para a Delegacia Fiscal de Porto Alegre.

Em 1926 prestou concurso para Agente Fiscal de Imposto de Consumo e serviu dois anos na cidade de Santa Cruz do Sul e um ano na cidade de Rio Grande.

Vianna Moog formou-se em em 1930 e, no mesmo ano, participou da Aliança Liberal. Contrário à ditadura de Getúlio Vargas, participou da Revolução de 1932, tendo sido preso e removido para o Amazonas. Anistiado, retornou ao Rio Grande do Sul em 1934.

Vianna Moog foi representante do governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU).

Faleceu aos 81 anos, no dia 15/01/1988, no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca após uma intervenção cirúrgica.

Academia Brasileira de Letras

Vianna Moog foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo o terceiro ocupante da cadeira 4. Foi eleito em 20/09/1945, na sucessão de Alcides Maia, tendo sido recebido por Alceu Amoroso Lima em 17/11/1945.

Obras

  • 1936 - O Ciclo do Ouro Negro (Ensaio)
  • 1937 - Novas Cartas Persas (Sátira)
  • 1938 - Eça de Queirós e o Século XIX (Ensaio)
  • 1938 - Um Rio imita o Reno (Romance)
  • 1939 - Heróis da Decadência (Ensaio)
  • 1942 - Uma Interpretação da Literatura Brasileira (Ensaio)
  • 1946 - Nós, os Publicanos (Ensaio)
  • 1946 - Mensagem de Uma Geração (Ensaio)
  • 1954 - Bandeirantes e Pioneiros (Estudo Social)
  • 1959 - Uma Jangada Para Ulisses (Novela)
  • 1962 - Tóia (Romance)
  • 1965 - A ONU e os Grandes Problemas (Política)
  • 1966 - Obras Completas de Vianna Moog
  • 1968 - Em Busca de Lincoln (Biografia)


Fonte: Wikipédia

Carlos Castello Branco

CARLOS CASTELLO BRANCO
(72 anos)
Jornalista, Contista e Romancista

☼ Teresina, PI (15/06/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/06/1993)

Carlos Castelo Branco foi um jornalista e escritor brasileiro. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Piauiense de Letras. A coluna que manteve por décadas no Jornal do Brasil é um marco do jornalismo político. Seu acervo encontra-se no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Ruy Barbosa.

Era filho do desembargador Christino Castello Branco e de Dulcilla Santana Branco. Formou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais, em 1943.

Jornalista desde 1939, trabalhou na cadeia dos Diários Associados, passando por diversos cargos de chefia e fixando-se como repórter político, a partir de 1949, inicialmente no O Jornal, depois no Diário Carioca e na revista O Cruzeiro.

Vocação literária intermitente e absorvida pelo jornalismo, Carlos Castelo Branco foi parte da "geração mineira de 1945", ao lado de Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, tendo publicado, em 1952, o livro "Continhos Brasileiros".

Único contista piauiense citado por Herman Lima no seu livro "Variações Sobre o Conto", a carreira puramente literária de Carlos Castello Branco interrompeu-se com o romance "Arco de Triunfo", publicado em 1959, para dar lugar a uma das mais fulgurantes carreiras do jornalismo brasileiro.


A atividade jornalística de Carlos Castello Branco seria interrompida brevemente em 1961, quando assumiu o cargo de Secretário de Imprensa do presidente Jânio Quadros. A proximidade com Jânio Quadros possibilitou-lhe recolher dados e circunstâncias que ninguém mais seria capaz de alinhar com tanta percuciência e segurança, e que ele iria relatar no seu livro póstumo "A Renúncia de Jânio" (1996). Ele próprio condicionou a publicação do depoimento a um prazo além de sua morte, porque não queria ninguém apontando-lhe reservas e omissões, ou até incapacidade em explicar a renúncia do presidente Jânio Quadros. Se houvesse por acaso alguma explicação objetiva, o notável jornalista que foi Carlos Castello Branco certamente decifraria as motivações desse ato.

Voltou ao jornalismo em 1962, como chefe da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília, cargo que exerceu até 1972, e como colunista político, que foi até o fim da vida, na sua Coluna do Castello.

Reunindo suas colunas, publicou uma série de livros sobre "os fatos que precederam e sucederam o Movimento de março de 1964": os dois volumes de "Introdução à Revolução de 1964" e os quatro volumes de "Os Militares no Poder", que teriam seu seguimento, conforme disse o autor, "na medida da persistência do interesse público por um depoimento que, à margem da história, procura dar apenas uma visão parcial e contemporânea de situações complexas, repetitivas, monótonas, mas apaixonantes".

A Coluna de Castello representou, por unânime consenso, a peça mais importante do jornalismo político brasileiro. Sua leitura, todos os dias, constituía uma obrigação fundamental de todas as pessoas com qualquer dose de interesse, direto ou indireto, na vida pública do país.


A história de Carlos Castello Branco confunde-se com a história da redemocratização brasileira. Desde a queda da ditadura Vargas, Castelinho como todos os jornalistas o chamavam, passou a viver e a respirar com as instituições políticas. Pode-se dizer mesmo que passou a fazer parte delas: quando a liberdade floresce, Carlos Castello Branco se torna uma das personalidades importantes da República. Nas épocas de regressão, está sempre na primeira lista dos encarcerados. Não que ele fosse subversivo, perigoso. Ao contrário, era conservador e pacato. Mas seus escritos tinham a virtude de incomodar os poderosos que, a pretexto de salvar a pátria, escravizam seus concidadãos.

Além da aptidão jornalística de testemunhar, registrar e reter na memória, Carlos Castello Branco era uma estrela de primeira grandeza na profissão de interpretar os fatos políticos.

Jornalista dos mais conhecidos e respeitados, foi eleito, em 1976, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, cargo que exerceu até 1981.

Em 24/10/1978, foi homenageado nos Estados Unidos com o Prêmio Maria Moors Cabot, pela Universidade de Columbia, New York, destinado aos jornalistas notáveis das Américas. Recebeu também o Prêmio Mergenthaler, de liberdade de imprensa, o Prêmio Nereu Ramos de jornalismo, dado pela Universidade de Santa Catarina, e o Prêmio Almirante, na área de jornalismo.

Carlos Castello Branco era membro da Academia Piauiense de Letras e do Pen Clube do Brasil.

Na Academia Brasileira de Letras foi eleito em 04/11/1982 para a Cadeira nº 34, na sucessão de R. Magalhães Júnior, onde foi recebido em 25/05/1983, pelo acadêmico José Sarney.

Obras
  • 1952 - Continhos Brasileiros
  • 1959 - Arco de Triunfo (Romance)
  • 1975 - Introdução à Revolução de 1964, 2 Volumes
  • 1977 - Os Militares no Poder, Volume 1
  • 1978 - Os Militares no Poder, Volume 2
  • 1980 - Os Militares no Poder, Volume 3
  • 1981 - Os Militares no Poder, Volume 4
  • 1994 - Retratos e Fatos da História Recente
  • 1996 - A renúncia de Jânio
  • 1996 - Retratos e Fatos da História Recente

Fonte: O Nordeste

Ernani Satyro

ERNÂNI AIRES SÁTIRO E SOUSA
(74 anos)
Fazendeiro, Poeta, Cronista, Romancista, Ensaísta e Político

☼ Patos, PB (11/09/1911)
┼ Brasília, DF (08/05/1986)

Ernâni Aires Sátiro e Sousa foi um fazendeiro, poeta, cronista, romancista, ensaísta e político brasileiro, que exerceu oito mandatos de deputado federal pela Paraíba. Foi ainda prefeito de João Pessoa e governador da Paraíba.

Pertenceu à Academia Paraibana de Letras, à Academia Brasiliense de Letras e à Academia Campinense de Letras.

Filho de Miguel Sátiro e Sousa e Capitulina Ayres Sátiro e Sousa, formou-se em 1933 pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 1934 elegeu-se deputado estadual pelo Partido Republicano Libertador (PRL) a exemplo do que fizera antes seu pai. Durante a vigência do Estado Novo getulista, dedicou-se à advocacia, fase interrompida apenas em 1940 quando foi nomeado prefeito de João Pessoa, cargo que exerceu por apenas dezoito dias.

Homem importante da União Democrática Nacional (UDN) foi eleito deputado federal para a Assembléia Nacional Constituinte em 1945 sendo reeleito em 1950, 1954, 1958 e 1962.

Partidário do Golpe Militar de 1964 foi eleito presidente da União Democrática Nacional (UDN), o último antes da instituição do bipartidarismo pelo Ato Institucional Número 2 em 27/10/1965. Ernâni Sátiro ingressou na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e foi reeleito em 1966.

Líder do governo Costa e Silva na Câmara dos Deputados entre 1967 e 1968, renunciou ao mandato em 09/05/1969 após ser escolhido ministro do Superior Tribunal Militar.

Em 1970 foi escolhido governador da Paraíba pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, fato que o levou a abdicar da toga ministerial.

De volta à política Ernâni Sátiro foi reeleito deputado federal em 1978 e 1982 quando já estava no Partido Democrático Social (PDS). Em seu último mandato ausentou-se da votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e votou em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985.

Ficou conhecido por tratar a todos que encontrava pela expressão "amigo velho".

Ernâni Sátiro faleceu vítima de derrame cerebral.

Academia Paraibana de Letras

É o fundador da cadeira número 32 da Academia Paraibana de Letras, que tem como patrono Carlos Dias Fernandes. Atualmente é ocupada por Wills Leal. Assumiu a sua cadeira em 03/08/1963, com saudação do acadêmico Ivan Bichara.


Obras

  • O Canto do Retardatário (Poesias)
  • 1954 - O Quadro-Negro (Romance)
  • 1957 - Mariana (Romance)

Fonte: Wikipédia

Bernardo Guimarães

BERNARDO JOAQUIM DA SILVA GUIMARÃES
(58 anos)
Romancista e Poeta

* Ouro Preto, MG (15/08/1825)
+ Ouro Preto, MG (10/03/1884)

Bernardo Joaquim da Silva Guimarães foi um romancista e poeta brasileiro, conhecido por ter escrito o livro "A Escrava Isaura", sendo o patrono da Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras.

Filho de João Joaquim da Silva Guimarães, também poeta, e de Constança Beatriz de Oliveira Guimarães. Casou-se com Teresa Maria Gomes de Lima Guimarães, e tiveram oito filhos: João Nabor (1868-1873), Horácio (1870-1959), Constança (1871-1888), Isabel (1873-1915), Affonso (1876-1955), também escritor, autor de "Os Borrachos" e "Ossa Mea", sob o nome de Silva Guimarães, José (1882-1919), Bernardo (1832-1955) e Pedro (1884-1948).

Formou-se na 20ª turma da Faculdade de Direito de São Paulo, em 1851, colando grau em 15/03/1852, e nesta cidade tornou-se amigo dos poetas Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Os três e outros estudantes fundaram a Sociedade Epicureia.

A Poesia Pré-Surrealista

Na época em que participou da criação da Sociedade Epicureia, Bernardo Guimarães teria introduzido no Brasil o bestialógico, ou pantagruélico, que se tratava de poesia cujos versos não tinham nenhum sentido, embora bem metrificados. Usando do burlesco, o satírico e o nonsense, esta poesia faz de Bernardo Guimarães um precursor brasileiro do surrealismo, conforme Haroldo de Campos, embora este ainda o considere um romancista medíocre.

João Alphonsus, em sua obra "Bernardo Guimarães, Romancista Regionalista", vê na opinião dos que declararam o poeta maior que o romancista "um critério intelectual exigente", acrescentando:

"No que concerne a Minas, nenhum outro escritor de sua época foi mais admirado, lido e conhecido"

A maior parte dessa poesia não foi publicada porque era considerada pornográfica, e se perdeu. Para alguns críticos, como o citado Haroldo de Campos, o melhor do escritor seria o bestialógico. Um exemplo dessa produção (não-pornográfica) é o soneto "Eu Vi dos Pólos o Gigante Alado".

Histórico das Obras

O seu livro mais conhecido é "A Escrava Isaura". Foi publicado pela primeira vez em 1875, pela Garnier. Conta as agruras de uma bela escrava branca que vivia em uma fazenda do Vale do Paraíba, na região fluminense de Campos.

O romance foi levado à tela da TV Globo em 1976 e em 1977, e à da TV Record em 2004. A versão da TV Globo foi exportada para cerca de 150 países. Na China, protagonizada por Lucélia Santos, a "Escrava Isaura" foi assistida por mais de 1 bilhão de pessoas. Uma edição do livro naquele país teve pelo menos 300 mil exemplares. O romance é considerado por alguns críticos como anti-escravista.

José Armelim Bernardo Guimarães, neto do escritor, argumenta que, se a história fosse de uma escrava negra, não chamaria a atenção dos leitores daquela época para a questão da escravidão. O livro de Bernardo Guimarães mais bem aceito pela crítica é "O Seminarista", cuja primeira edição é de 1872. Permanece atual porque questiona o celibato dos padres. Conta a história de um fazendeiro de Minas Gerais que obriga o seu filho a ser padre. Eugênio, o filho, ama desde criança Margarida, filha de uma agregada da fazenda. Ele tenta abandonar o Seminário de Congonhas em Minas Gerais, mas o pai dele, o capitão Antunes, inventa que Margarida se casou. Eugênio se ordena. Mas ele se endoidece no dia em que volta a sua cidade para rezar a sua primeira missa e se depara, na igreja, com um cadáver, o da Margarida, que tinha estado muito doente.

Duas das poesias mais conhecidas são consideradas pornográficas, embora não sejam do período bestialógico. Trata-se do "O Elixir do Pajé" e "A Origem do Mênstruo". Ambas foram publicadas clandestinamente em 1875.

Em 1852, tornou-se juiz municipal e de órfãos de Catalão, GO. Exerceu o cargo até 1854. Em 1858, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1859, trabalhou como jornalista e crítico literário no jornal Atualidade, do Rio de Janeiro. Em 1861, reassumiu o cargo de juiz municipal e de órfãos de Catalão. Foi quando, ao ocupar interinamente o juizado de direito, Bernardo Guimarães convocou uma sessão extraordinária do júri, que liberou 11 réus porque a cadeia não estava em condições de abrigá-los. Em 1864, voltou para o Rio de Janeiro. Em 1866, foi nomeado professor de retórica e poética do Liceu Mineiro, de Ouro Preto. Em 1867, casou-se. Em 1873, lecionou latim e francês em Queluz, MG. Em 1881, foi homenageado pelo imperador Dom Pedro II

Bernardo Guimarães morreu pobre em 10/03/1884, em Ouro Preto, MG.

Academia Brasileira de Letras

Na Academia Brasileira de Letras, Bernardo Guimarães foi homenageado como patronato da cadeira 5, que teve como fundador Raimundo Correia e na qual tiveram assento figuras exponenciais como Oswaldo Cruz e Rachel de Queiroz.

Também foi homenageado como patrono da cadeira número 15 da Academia Mineira de Letras, cujo fundador foi Dilermando Cruz.

Obras

  • 1852 - Cantos da Solidão
  • 1858 - Inspirações da Tarde
  • 1858 - O Ermitão de Muquém
  • 1860 - A Voz do Pajé
  • 1865 - Poesias Diversas
  • 1865 - Evocações
  • 1865 - Poesias
  • 1871 - Lendas e Romances
  • 1872 - O Garimpeiro
  • 1872 - História e Tradições da Província de Minas Gerais
  • 1872 - O Seminarista
  • 1872 - O Índio Afonso
  • 1875 - A Escrava Isaura
  • 1876 - Novas Poesias
  • 1877 - Maurício ou Os Paulistas em São João del-Rei
  • 1879 - A Ilha Maldita ou A Filha das Ondas
  • 1879 - O Pão de Ouro
  • 1883 - Folhas de Outono
  • 1883 - Rosaura, a Enjeitada
  • 1905 - O Bandido do Rio das Mortes (Romance terminado em 1905 por Teresa Guimarães, mulher do autor)
  • Dança dos Ossos


Obras Não Publicadas

  • 1865 - Os Inconfidentes
  • 1870 - Os Dois Recrutas (Cerca de 1870)
  • 1870 - As Nereidas de Vila Rica ou As Fadas da Liberdade (Cerca de 1870)
  • 1876 - A Cativa Isaura
  • 1881 - A História de Minas Gerais (Encomendada pelo imperador Dom Pedro II)


Fonte: Wikipédia

Dinah Silveira de Queiroz

DINAH SILVEIRA DE QUEIROZ
(71 anos)
Romancista, Contista e Cronista

* São Paulo, SP (09/11/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1982)

Filha de Alarico Silveira, advogado, homem público e autor de uma Enciclopédia Brasileira, e de Dinorah Ribeiro Silveira, de quem ficou órfã muito pequena. Quem lê "Floradas Na Serra", seu livro de estréia de 1939, tem sua atenção despertada por aquela cena em que, ao morrer, um personagem, não querendo contaminar a filha pequena, despede-se dela, à distância, e pede que retirem a fita que prendia o cabelo da menina para beijá-la. A cena se passou na realidade com a escritora. Dona Dinorah veio a falecer aos vinte e poucos anos, deixando duas filhas: Helena e Dinah.

Com a morte da mãe, cada uma das irmãs foi para casa de um parente. Dinah foi morar com sua tia-avó Zelinda, que tanto influiria em sua formação. Datam desses tempos as temporadas na fazenda em São José do Rio Pardo, na Mogiana. Nas freqüentes visitas que o pai fazia à filha, havia sempre tempo para os livros, quando ele lia, em voz alta, as narrativas de Herbert George Wells. As passagens da "Guerra dos Mundos" causariam grande impressão no espírito da menina, assim com os escritos de Camille Flamarion a respeito de astronomia.

Dinah Silveira de Queiroz estudou no Colégio Les Oiseaux, em São Paulo, onde com a irmã Helena colaborou assiduamente no Livro de Ouro, vindo "por motivo de doença de Helena", como sempre assegurou, a ficar, afinal, com seu troféu literário de menina.


Casou-se aos 19 anos com Narcélio de Queiróz, advogado e estudioso de Montaigne, que teria grande influência nas leituras da mulher e a levaria a descobrir a vocação de escritora. Teve duas filhas: Zelinda e Léa.

Em 1961, a romancista enviuvou e, no ano seguinte, casou-se com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves.

Seu primeiro trabalho literário recebeu o título de "Pecado", seguido da novela "A Sereia Verde", publicado pela Revista do Brasil, dirigida por Otávio Tarquínio de Sousa. Seu grande sucesso viria em 1939, com o romance "Floradas Na Serra", contemplado com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1940), da Academia Paulista de Letras, e transposto para o cinema em 1955.

Em 1941, publicou o volume de contos "A Sereia Verde", voltando ao romance em 1949, quando publicou "Margarida la Rocque", e em 1954, com o romance "A Muralha", em homenagem às festas do IV Centenário da fundação de São Paulo. Ainda em 54, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Em 1956, fez uma incursão no teatro com a peça bíblica "O Oitavo Dia". No ano seguinte, publicou o volume de contos "As Noites do Morro do Encanto", que fora laureado com o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras (1950).


Em 1960, publicou outro volume de contos, "Eles Herdarão a Terra", no qual já manifestava seu interesse pela ficção científica, que irá expressar-se melhor em "Comba Malina" (1969). Em ambos, prevalece a narrativa vazada dentro do chamado realismo fantástico.

Em 1962 foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri. Após o casamento com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves, seguiu com o marido para Moscou. Permaneceu na União Soviética quase dois anos, escrevendo artigos e crônicas, que eram veiculados na Rádio Nacional, na Rádio Ministério da Educação e no Jornal do Commercio. A ausência do Brasil criou em Dinah Silveira de Queiroz a necessidade de uma contribuição à vida brasileira, à qual concorria com suas crônicas diárias, mais tarde recolhidas no livro de crônicas "Café da Manha" (1969), e ainda em "Quadrante I" e "Quadrante II".

De volta ao Brasil, em 1964, escreveu "Os Invasores", romance histórico em comemoração do IV Centenário da fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

Em 1966, partiu novamente para a Europa, fixando-se em Roma. Na capital italiana continuou a escrever crônicas e manteve um programa semanal na Rádio do Vaticano. Publicou a biografia da Princesa Isabel, "A Princesa dos Escravos", e "Verão dos Infiéis", romance inspirado nas palavras do Papa Paulo VI ao falar perante a Assembléia da Organização das Nações Unidas, em 1965. Essa obra recebeu o prêmio de ficção Prefeitura do Distrito Federal em 1969, quando comemorava a escritora trinta anos de literatura.


Em novembro de 1974, iniciou a publicação do "Memorial do Cristo", cujo primeiro volume se intitula "Eu Venho", seguido, em 1977, do segundo volume, "Eu, Jesus".

A eleição de Dinah Silveira de Queiroz, a segunda mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1980, foi a consagração de uma escritora vinda de uma das famílias brasileiras mais voltadas às letras. Além do pai, Alarico Silveira, nela figuram os nomes de Valdomiro Silveira, um dos fundadores da nossa literatura regional; Agenor Silveira, poeta e filólogo; Helena Silveira, contista, cronista e romancista; Miroel Silveira, contista e teatrólogo; Isa Silveira Leal, novelista; Breno Silveira, tradutor; Cid Silveira, poeta; e Ênio Silveira, editor.

A escritora viveu os últimos anos em Lisboa, Portugal, onde o embaixador Dário de Castro Alves chefiava a representação diplomática do Brasil. Lá escreveu seu último romance, "Guida, Caríssima Guida", publicado em 1981.

Dinah Silveira de Queiroz sempre dizia que só pararia de escrever quando morresse. E, já muito grave seu estado de saúde, continuava, mesmo assim, a ditar, em São Paulo, suas crônicas diárias. E ditou-as até três dias antes de passar para a eternidade.


Academia Brasileira de Letras

Dinah Silveira de Queiroz tornou-se a segunda mulher a ocupar uma cadeira, a sétima ocupante da cadeira sete, na Academia Brasileira de Letras, em sucessão a Pontes de Miranda, tendo sido recebida em 07/04/1981, mesmo ano da publicação de seu último trabalho, o romance "Guida, Caríssima Guida".

Adaptações

Tanto "Floradas na Serra" como "A Muralha" ganharam adaptações para o cinema e para a televisão, com muito sucesso. "Floradas na Serra" foi filmado em 1953 pelo estúdio Vera Cruz, com direção do italiano Luciano Salce e estrelado por Cacilda Becker e Jardel Filho.

Na televisão, houve duas adaptações. Uma na TV Cultura, de São Paulo, em 1981, na série "Teleromance", com Bete Mendes e Amaury Alvarez, e a outra no início da década de 1990, na TV Manchete, com as atuações de Carolina Ferraz, Marcos Winter, Myrian Rios e Tarcísio Filho. Já "A Muralha" foi adaptada para a televisão em três oportunidades: a primeira, em 1961, em uma adaptação simples e sem muitos recursos de Benjamin Cattan para a TV Tupi; a segunda adaptação foi de Ivani Ribeiro, em 1968, para uma superprodução da TV Excelsior que reuniu todo o elenco de estrelas da casa, na época, e em 2000, quando Maria Adelaide Amaral fez uma das minisséries mais caras da TV Globo.

Prêmios

Dinah Silveira de Queiroz foi laureada com vários prêmios literários. Recebeu em 1940 da Academia Paulista de Letras o Prêmio Antônio de Alcântara Machado pela obra "Floradas na Serra". Seu romance "Verão dos Infiéis" recebeu o Prêmio Prefeitura do Distrito Federal, em 1969. Da Academia Brasileira de LetrasDinah foi agraciada com duas importantes premiações: o Prêmio Afonso Arinos em 1950, pelo volume de contos "As Noites do Morro do Encanto" e o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, em 1954.


Obras


  • 1939 - Floradas na Serra (Romance)
  • 1941 - A Sereia Verde (Contos)
  • 1949 - Margarida La Rocque (Romance)
  • 1951 - As Aventuras do Homem Vegetal (Infantil)
  • 1954 - A Muralha (Romance)
  • 1956 - O Oitavo Dia (Teatro)
  • 1957 - As Noite do Morro do Encanto (Conto)
  • 1960 - Era Uma Vez Uma Princesa (Biografia)
  • 1960 - Eles Herdarão a Terra (Conto)
  • 1965 - Os Invasores (Romance)
  • 1966 - A Princesa dos Escravos (Biografia)
  • 1968 - Verão dos Infiéis (Romance)
  • 1969 - Comba Malina (Conto)
  • 1969 - Café da Manhã (Crônicas)
  • 1974 - Eu Venho, Memorial do Cristo I
  • 1977 - Eu, Jesus, Memorial do Cristo II
  • 1979 - Baía de Espuma (Infantil)
  • 1981 - Guida, Caríssima Guida (Contos)


Em Colaboração


  • 1960 - Antologia Brasileira de Ficção-Científica (Conto)
  • 1961 - Histórias do Acontecerá (Conto)
  • 1962 - O Mistério dos MMM (Contos)
  • 1962 - Quadrante 1 (Crônicas)
  • 1963 - Quadrante 2 (Crônicas)


Ariano Suassuna

ARIANO VILAR SUASSUNA
(87 anos)
Dramaturgo, Romancista, Poeta e Professor

* João Pessoa, PB (16/06/1927)
+ Recife, PE (23/07/2014)

Ariano Vilar Suassuna foi um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. Era o atual secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Foi defensor da cultura do Nordeste e autor do "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino".

Ariano Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, PB, no dia 16/06/1927, filho de João Suassuna e Cássia Vilar. No ano seguinte, seu pai deixou o Governo da Paraíba e a família passou a morar no sertão, na Fazenda Acauã, em Aparecida, PB.

Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, PB, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano Suassuna fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.

A partir de 1942 passou a viver no Recife, PE, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo Cruz.

Em 1943 iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco.

Em 1947, escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol".

Em 1948, sua peça "Cantam as Harpas de Sião" (ou "O Desertor de Princesa") foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. "Os Homens de Barro" foi montada no ano seguinte, em 1949. Seguiram-se "Auto de João da Cruz", de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado "Auto da Compadecida", de 1955, "O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso", de 1957, "A Pena e a Lei", de 1959, "A Farsa da Boa Preguiça", de 1960, e "A Caseira e a Catarina", de 1961.

Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo "Auto de João da Cruz". Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração" em 1951.


Em 1952, voltou a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época "O Castigo da Soberba" (1953), "O Rico Avarento" (1954) e o "Auto da Compadecida" (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.

Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Em 1957 foi encenada a peça "O Casamento Suspeitoso", em São Paulo, pela Companhia Sérgio Cardoso, e "O Santo e a Porca".

Em 1958, foi encenada a peça "O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna".

Em 1959, foi encenada a peça "A Pena e a Lei", premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro. Ainda em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a "Farsa da Boa Preguiça" (1960) e "A Caseira e a Catarina" (1962).

No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ali, em 1976, defendeu a tese de livre-docência "A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira".

Aposentou-se como professor em 1994 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Membro fundador do Conselho Federal de Cultura em 1967; nomeado, pelo reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1969.

Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o "Movimento Armorial", interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18/10/1970, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina - do Barroco ao Armorial" e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).


Entre 1958 e 1979, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o "Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971) e "História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana" (1976), classificados por ele de "romance armorial-popular brasileiro".

Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, PE, onde ocorre a cavalgada inspirada no "Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta", um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.

Foi membro da Academia Paraibana de Letras e e no ano de 2000, Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no Carnaval carioca na escola de samba Império Serrano.

Em 2004, com o apoio da Academia Brasileira de Letras (ABL), a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado "O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna", dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.

Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mas que veio a ser entregue apenas em 10/06/2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano Suassuna, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.

Em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no Carnaval paulista.

Em 2013 sua mais famosa obra, "Auto da Compadecida" foi o tema da escola de samba Pérola Negra em São Paulo.

Ariano Suassuna era um torcedor fanático do Sport Club do Recife.

De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.

Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 07/10/1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.


Movimento Armorial

Ariano Suassuna foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

As obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

Academias

Academia Pernambucana de Letras

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.

Academia Brasileira de Letras

Desde 1990, ocupava a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo.

Academia Paraibana de Letras

Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 09/10/2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.


Morte

Segundo boletim médico divulgado pelo Real Hospital Português, do Recife, em 23/07/2014, às 11:00 hs, seu quadro seguia instável e grave. O escritor permanecia em coma, respirando com a ajuda de aparelhos.

Ariano Suassuna passou mal na noite de segunda-feira, 21/07/2014, por volta das 20:00 hs, e foi levado ao hospital com um sangramento intracraniano. Ele foi submetido a uma cirurgia e encaminhado para a UTI Neurológica. Na manhã do dia 22/07/2014, foi realizado outro procedimento médico. No boletim divulgado no período da noite, os médicos constataram a piora de seu estado de saúde, com queda da pressão arterial e aumento da pressão intracraniana.

O escritor já tinha sido internado duas vezes em 2013. No dia 21 de agosto, Ariano Suassuna passou mal em sua residência e foi hospitalizado. O diagnóstico médico apontou infarto agudo do miocárdio, de pequenas proporções. Após seis dias na unidade de saúde, recebeu alta. Poucos dias depois, foi detectado um aneurisma cerebral. Ele passou por um procedimento cirúrgico para tratar o problema e foi para casa novamente no dia 4 de setembro.

Ariano Suassuna morreu no Recife, PE, na quarta-feira, 23/07/2014, aos 87 anos. O velório do corpo do escritor começa ainda na noite de  quarta-feira, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23:00 hs, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira, 24/07/2014, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.


Obras Selecionadas

  • 1947 - Uma Mulher Vestida de Sol
  • 1948 - Cantam as Harpas de Sião ou O Desertor de Princesa
  • 1949 - Os Homens de Barro
  • 1950 - Auto de João da Cruz
  • 1951 - Torturas de um Coração
  • 1952 - O Arco Desolado
  • 1953 - O Castigo da Soberba
  • 1954 - O Rico Avarento
  • 1955 - Auto da Compadecida
  • 1957 - O Casamento Suspeitoso
  • 1957 - O Santo e a Porca
  • 1958 - O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna
  • 1959 - A Pena e a Lei
  • 1960 - Farsa da Boa Preguiça
  • 1962 - A Caseira e a Catarina
  • 1987 - As Conchambranças de Quaderna
  • 1956 - Fernando e Isaura (Inédito até 1994)

Romance

  • 1956 - A História de amor de Fernando e Isaura
  • 1971 - O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta
  • 1976 - História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana

Palestras

  • Defesa contra a teoria da evolução.

Poesia

  • 1945 - O Pasto Incendiado
  • 1955 - Ode
  • 1970 - O Pasto Incendiado
  • 1980 - Sonetos Com Mote Alheio
  • 1985 - Sonetos de Albano Cervonegro
  • 1999 - Poemas (Antologia)

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Orígenes Lessa

ORÍGENES LESSA
(83 anos)
Jornalista, Contista, Novelista, Romancista e Ensaísta

* Lençóis Paulista, SP (12/07/1903)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/07/1986)

Orígenes Lessa foi um jornalista, contista, novelista, romancista e ensaísta brasileiro, e imortal da Academia Brasileira de Letras.

Filho de Vicente Themudo Lessa, historiador, jornalista e pastor presbiteriano pernambucano, e de Henriqueta Pinheiro Themudo Lessa. Em 1906, foi levado pela família para São Luís do Maranhão, onde cresceu até os nove anos, acompanhando a jornada do pai como missionário. Da experiência de sua infância resultou o romance "Rua do Sol". Em 1912, voltou para São Paulo. Aos 19 anos, ingressou num seminário protestante, do qual saiu dois anos depois.

Em 1924 ele transferiu-se para o Rio de Janeiro. Separado voluntariamente da família, lutou com grandes dificuldades. Para se sustentar, dedicou-se ao magistério. Completou um curso de Educação Física, tornando-se instrutor de ginástica do Instituto de Educação Física da Associação Cristã de Moços. Ingressou no jornalismo, publicando os seus primeiros artigos na seção "Tribuna Social-Operária" de O Imparcial.


Matriculou-se na Escola Dramática do Rio de Janeiro em 1928, dirigida então por Coelho Neto, objetivando o teatro como forma de realizar-se. Saudou Coelho Neto, em nome dos colegas, quando o romancista foi aclamado "Príncipe dos Escritores Brasileiros". Ainda em 1928, voltou para São Paulo, onde ingressou como tradutor no Departamento de Propaganda da General Motors, ali permanecendo até 1931.

Em 1929, começou a escrever no Diário da Noite de São Paulo e publicou a primeira coleção de contos, "O Escritor Proibido", calorosamente recebida por Medeiros e Albuquerque, João Ribeiro, Menotti del Picchia e Sud Menucci. Seguiram-se a essa coletânea "Garçon, Garçonnette, Garçonnière", menção honrosa da Academia Brasileira de Letras, e "A Cidade Que O Diabo Esqueceu".

Em 1932 participou ativamente na Revolução Constitucionalista, durante a qual foi preso e removido para o Rio de Janeiro. No presídio de Ilha Grande, escreveu "Não Há De Ser Nada", reportagem sobre a Revolução Constitucionalista, e "Ilha Grande", jornal de um prisioneiro de guerra, dois trabalhos que o projetaram nos meios literários. Nesse mesmo ano ingressou como redator na N. Y. Ayer & Son, atividade que exerceu durante mais de quarenta anos em sucessivas agências de publicidade.

Voltou à atividade literária, publicando a coletânea de contos "Passa-três" e, a seguir, a novela "O Joguete", e o romance "O Feijão E O Sonho", obra que conquistou o Prêmio Antônio de Alcântara Machado e teve um sucesso extraordinário, inclusive na sua adaptação como novela de televisão.

Em 1942 mudou-se para Nova York para trabalhar no Coordinator Of Inter-American Affairs, tendo sido redator na NBC em programas irradiados para o Brasil.

Em 1943, de volta ao Rio de Janeiro, reuniu no volume "Ok, América" as reportagens e entrevistas escritas nos Estados Unidos. Deu continuidade à sua atividade literária, publicando novas coletâneas de contos, novelas e romances.

A partir de 1970 dedicou-se também à literatura infanto-juvenil, chegando a publicar, nessa área, quase 40 títulos, que o tornaram um autor conhecido e amado pelas crianças e jovens brasileiros.

Orígenes Lessa foi casado com a jornalista e cronista Elsie Lessa, sua prima-irmã, com quem teve um filho, o jornalista, cronista e escritor Ivan Lessa. Também foi casado com Edith Thomas, com quem teve outro filho, Rubens Lessa. Na ocasião de sua morte, estava casado com Maria Eduarda LessaOrígenes Lessa foi sepultado em sua cidade natal, Lençóis Paulista, SP.

Orígenes Lessa recebeu inúmeros prêmios literários: Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1939), pelo romance "O Feijão E O Sonho", Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1955), pelo romance "Rua Do Sol", Prêmio Fernando Chinaglia (1968), pelo romance "A Noite Sem Homem", Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (1972), pelo romance "O Evangelho De Lázaro".


Academia Brasileira de Letras

Foi eleito em 09/07/1981 para a cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Osvaldo Orico, foi recebido em 20/11/1981 pelo acadêmico Francisco de Assis Barbosa.

Contos, Romances e Reportagens

  • 1929 - O Escritor Proibido (Contos)
  • 1930 - Garçon, Garçonnette, Garçonnière (Contos)
  • 1931 - A Cidade Que O Diabo Esqueceu (Contos)
  • 1932 - Não Há De Ser Nada (Reportagem)
  • 1933 - Ilha Grande (Reportagem)
  • 1935 - Passa-três (Contos)
  • 1938 - O Feijão E O Sonho (Romance)
  • 1945 - Ok, América (Reportagem)
  • 1946 - Omelete Em Bombaim (Contos)
  • 1948 - A Desintegração Da Morte (Novela)
  • 1955 - Rua do Sol (Romance)
  • 1956 - Oásis Na Mata (Reportagem)
  • 1959 - João Simões Continua (Romance)
  • 1960 - Balbino, O Homem Do Mar (Contos)
  • 1963 - Histórias Urbanas (Contos)
  • 1968 - A Noite Sem Homem (Romance)
  • 1968 - Nove Mulheres (Contos)
  • 1972 - Beco Da Fome (Romance)
  • 1972 - O Evangelho De Lázaro (Romance)
  • 1979 - Um Rosto Perdido (Contos)
  • 1984 - Mulher Nua Na Calçada (Contos)
  • 1984 - O Edifício Fantasma (Romance)


Ensaios

  • 1973 - Getúlio Vargas Na Literatura De Cordel
  • 1985 - O Índio Cor-de-Rosa - Evocação de Noel Nutels
  • 1982 - Inácio da Catingueira e Luís Gama, Dois Poetas Negros Contra O Racismo Dos Mestiços
  • 1984 - A Voz Dos Poetas


Literatura Infanto-Juvenil

Apresenta quase 40 títulos, entre os quais destacam-se:

  • 1934 - O Sonho De Prequeté
  • 1971 - Memórias De Um Cabo De Vassoura
  • 1972 - Sequestro Em Parada De Lucas
  • 1972 - Memórias De Um Fusca
  • 1972 - Napoleão Ataca Outra Vez
  • 1972 - A Escada De Nuvens
  • 1972 - Confissões De Um Vira-Lata
  • 1972 - A Floresta Azul
  • 1976 - O Mundo É Assim, Taubaté
  • 1978 - É Conversando Que As Coisas Se Entendem
  • 1983 - Tempo Quente Na Floresta Azul


Fonte: Wikipédia

Lêdo Ivo

LÊDO IVO
(88 anos)
Jornalista, Poeta, Romancista, Contista, Cronista e Ensaísta

* Maceió, AL (18/02/1924)
+ Sevilha, Espanha (23/12/2012)

Quinto ocupante da Cadeira nº 10, eleito em 13 de novembro 1986, na sucessão de Orígenes Lessa e recebido em 7 de abril de 1987 pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa. Recebeu os acadêmicos Geraldo França de Lima, Nélida Piñon e Sábato Magaldi.

Lêdo Ivo nasceu no dia 18 de fevereiro de 1924, em Maceió, AL, filho de Floriano Ivo e Eurídice Plácido de Araújo Ivo. Casado com Maria Lêda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), tem o casal três filhos: Patrícia, Maria da Graça e Gonçalo.

Fez os cursos primário e secundário em sua cidade natal. Em 1940, transferiu-se para o Recife, onde ocorreu sua primeira formação cultural. Em 1941, participou do I Congresso de Poesia do Recife. Em 1943 transferiu-se para o Rio de Janeiro e se  matriculou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, pela qual se formou. Passou a colaborar em suplementos literários e a trabalhar na imprensa carioca, como jornalista profissional.

Em 1944, estreou na literatura com "As Imaginações", poesia, e no ano seguinte publicou "Ode e Elegia", distinguido com o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Nos anos subsequentes  sua obra literária avolumou-se com a publicação de livros de poesia, romance, conto, crônica e ensaio.

Em 1947, seu romance de estréia "As Alianças" mereceu o Prêmio de Romance da Fundação Graça Aranha. Em 1949, pronunciou, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a conferência "A geração de 1945". Nesse ano, formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, mas nunca advogou, preferindo continuar exercendo o jornalismo.


No início de 1953, foi morar em Paris. Visitou vários países da Europa e, em fins de 1954, retornou ao Brasil, reiniciando suas atividades literárias e jornalísticas.

Em 1963, a convite do governo norte-americano, realizou uma viagem de dois meses (novembro e dezembro) pelos Estados Unidos, pronunciando palestras em universidades e conhecendo escritores e artistas.

Ao seu livro de crônicas "A Cidade e os Dias" (1957) foi atribuído o Prêmio Carlos de Laet, da Academia Brasileira de Letras.

Como memorialista, publicou "Confissões de um Poeta" (1979), distinguido com o Prêmio de Memória da Fundação Cultural do Distrito Federal, e "O Aluno Relapso" (1991).

Seu romance "Ninho de Cobras" foi traduzido para o inglês, sob o título "Snakes’ Nest", e em dinamarquês, sob o título "Slangeboet". No México, saíram várias coletâneas de poemas seus, entre as quais "La Imaginaria Ventana Abierta", "Oda al Crepúsculo", "Las Pistas", "Las Islas Inacabadas", "La Tierra Allende", "Mía Patria Húmeda" e "Réquiem".

Em Lima, foi editada uma antologia, "Poemas"; na Espanha saíram "La Moneda Perdida" e "La Aldea de Sal"; nos Estados Unidos, "Landsend", antologia poética; na Holanda, a seleção de poemas "Vleermuizen em blauw Krabben" (Morcegos e Goiamuns).

No Chile, saiu a antologia "Los Murciélagos". Na Venezuela, foi publicada a antologia "El Sol de los Amantes".

Na Itália foram publicados "Illuminazioni" e "Réquiem".


Em 1973, foram conferidos a "Finisterra" o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (poesia) do PEN Clube do Brasil, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Casimiro de Abreu do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O seu romance "Ninho de Cobras" conquistou o Prêmio Nacional Walmap de 1973. Em 1974, "Finisterra" recebeu o Prêmio Casimiro de Abreu, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1982, foi distinguido com o Prêmio Mário de Andrade, conferido pela Academia Brasiliense de Letras ao conjunto de suas obras.

Ao seu livro de ensaios "A Ética da Aventura" foi atribuído, em 1983, o Prêmio Nacional de Ensaio do Instituto Nacional do Livro. Em 1986, recebeu o Prêmio Homenagem à Cultura, da Nestlé, pela sua obra poética.

Eleito "Intelectual do Ano de 1990", recebeu o Troféu Juca Pato do seu antecessor nessa láurea, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. Ao seu livro de poemas "Curral de Peixe" o Clube de Poesia de São Paulo atribuiu o Prêmio Cassiano Ricardo em 1996.

Em 2004 foi-lhe outorgado o Prêmio Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo conjunto da obra.

No plano internacional, Lêdo Ivo é detentor do Prêmio de Poesia del Mundo Latino Victor Sandoval (México, 2008), do Prêmio de Literatura Brasileira da Casa de las Américas (Cuba, 2009) e do Prêmio Rosalía de Castro, do PEN Clube da Galícia (Espanha, 2010).

Ao longo de sua vida literária, Lêdo Ivo foi convidado numerosas vezes para representar o Brasil em congressos culturais e participar de encontros internacionais de poesia.

É sócio efetivo da Academia Alagoana de Letras, sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, sócio efetivo da Academia de Letras do Brasil, sócio honorário da Academia Petropolitana de Letras, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Morte

Lêdo Ivo morreu, na madrugada de domingo, 23/12/2012, em Sevilha, na Espanha, vítima de Infarto, aos 88 anos.

Segundo informações de familiares, o jornalista passou mal quando almoçava num restaurante. Ele seguiu até o hotel onde recebeu atendimento médico, mas acabou falecendo antes mesmo de ser encaminhado ao hospital da cidade.

O corpo de Lêdo Ivo vai ser cremado na Europa. As cinzas serão trazidas para o Rio de Janeiro e serão sepultadas no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras no Cemitério São João Batista.

O imortal vai ser homenageado numa sessão extraordinária da Academia Brasileira de Letras no dia 10 de janeiro de 2013.


Condecorações

  • Ordem do Mérito dos Palmares, no grau de Grã-Cruz
  • Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial
  • Ordem do Rio Branco, no grau de Comendador
  • Medalha Manuel Bandeira
  • Cidadão honorário de Penedo, Alagoas
  • Grande Benemérito do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro
  • Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Alagoas
  • Pertence ao PEN Clube Internacional, sediado em Paris

Bibliografia
Conjunto da obra de Lêdo Ivo

Poesia

  • 1944 - As Imaginações
  • 1945 - Ode e Elegia
  • 1948 - Acontecimento do Soneto. Barcelona: O Livro Inconsútil
  • 1948 - Ode ao Crepúsculo
  • 1949 - Cântico. Ilustrações de Emeric Marcier
  • 1951 - Linguagem: (1949-19041)
  • 1951 - Ode Equatorial. Com xilogravuras de Anísio Medeiros
  • 1951 - Acontecimento do Soneto. Incluindo Ode à Noite
  • 1955 - Um Brasileiro em Paris e O Rei da Europa
  • 1960 - Magias
  • 1962 - Uma Lira dos Vinte Anos
  • 1964 - Estação Central
  • 1965 - Rio, a Cidade e os Dias: Crônicas e Histórias
  • 1972 - Finisterra
  • 1974 - O Sinal Semafórico
  • 1980 - O Soldado Raso
  • 1982 - A Noite Misteriosa
  • 1985 - Calabar
  • 1987 - Mar Oceano
  • 1990 - Crepúsculo Civil
  • 1995 - Curral de Peixe
  • 1997 - Noturno Romano. Com gravuras de João Athanasio
  • 2000 - O Rumor da Noite
  • 2004 - Plenilúnio
  • 2008 - Réquiem
  • 2004 - Poesia Completa - 1940-2004
  • 2008 - Réquiem. Com pinturas de Gonçalo Ivo e desenho de Gianguido Bonfanti

Antologias

  • 1965 - Antologia Poética
  • 1966 - O Flautim
  • 1966 - 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor
  • 1976 - Central Poética
  • 1983 - Os Melhores Poemas de Lêdo Ivo (2ª edição, 1990)
  • 1986 - 10 Contos Escolhidos
  • 1987 - Cem Sonetos de Amor
  • 1991 - Antologia Poética
  • 1995 - Os Melhores Contos de Lêdo Ivo
  • 1988 - Um Domingo Perdido (Contos)
  • 2000 - Poesia Viva
  • 2004 - Melhores Crônicas de Lêdo Ivo
  • 2004 - 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor
  • 2005 - Cem Poemas de Amor
  • 2010 - O Vento do Mar

Romance

  • 1947 - As Alianças (Prêmio da Fundação Graça Aranha)
  • 1948 - O Caminho Sem Aventura
  • 1964 - O Sobrinho do General
  • 1973 - Ninho de Cobras (V Prêmio Walmap)
  • 1984 - A Morte do Brasil

Conto

  • 1961 - Use a Passagem Subterrânea
  • 1966 - O Flautim
  • 1986 - 10 Contos Escolhidos
  • 1995 - Os Melhores Contos de Lêdo Ivo
  • 1998 - Um Domingo Perdido

Crônica

  • 1957 - A Cidade e os Dias
  • 1971 - O Navio Adormecido no Bosque
  • 2004 - As Melhores Crônicas de Lêdo Ivo

Ensaio

  • 1951 - Lição de Mário de Andrade
  • 1955 - O Preto no Branco. Exegese de um poema de Manuel Bandeira
  • 1958 - Raimundo Correia: Poesia (apresentação, seleção e notas)
  • 1961 - Paraísos de Papel
  • 1963 - Ladrão de Flor
  • 1963 - O Universo Poético de Raul Pompéia
  • 1967 - Poesia Observada
  • 1972 - Modernismo e Modernidade
  • 1976 - Teoria e Celebração
  • 1976 - Alagoas
  • 1982 - A Ética da Aventura
  • 1995 - A República da Desilusão
  • 2009 - O Ajudante de Mentiroso
  • 2009 - João do Rio

Autobiografia

  • 1979 - Confissões de um Poeta
  • 1991 - O Aluno Relapso

Literatura Infanto-Juvenil

  • 1990 - O Canário Azul
  • 1995 - O Menino da Noite
  • 2000 - O Rato da Sacristia
  • 2009 - A História da Tartaruga

Edição Conjunta

  • 1971 - O Navio Adormecido no Bosque (reunindo A Cidade e os Dias e Ladrão de Flor)