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Leonor Bassères

LEONOR BASSERÈS
(78 anos)
Escritora, Jornalista, Crítica Literária, Professora e Autora de Novela

* Rio de Janeiro, RJ (15/12/1926)
* Rio de Janeiro, RJ (29/01/2004)

Foi uma escritora de literatura infanto-juvenil, jornalista, crítica literária, professora de línguas e autora de telenovelas brasileira.

Escreveu 16 livros juvenis de aventura, a partir da década de 1950, sendo também ghost-writer de várias celebridades.

Em 1980 foi convidada por Gilberto Braga para transformar sua telenovela "Água-Viva" (1980) em livro, lançado pela Editora Record no mesmo ano, o que inciou uma parceria de sucesso. Leonor Bassères foi co-autora de Gilberto Braga em todos os seus trabalhos posteriores, sendo os principais: "Vale Tudo" (1988), "O Dono do Mundo" (1991), "Labirinto" (1998), "Pátria Minha" (1994) e "Celebridade" (2003).

Como autora principal, Leonor Bassères escreveu, em 1990, a telenovela "Mico Preto", em parceria com Euclydes Marinho e Ricardo Linhares. Também com Ricardo Linhares, foi co-autora de "Meu Bem Querer", em 1998.


Em meados de 2003, apesar de ter descoberto um câncer no pulmão, continuou a escrever a novela "Celebridade".

Leonor Bassères faleceu na madrugada do dia 29 de janeiro de 2004, aos 78 anos.

"Celebridade" encerrou com uma mensagem homenageando Leonor Bassères.

Leonor Bassères deixou um texto em seu computador, datado de 7 de agosto de 2003, que foi encontrado pela família:

"Como curtir uma morte bem curtida. Fazia um dia lindo na manhã em que eu morri. Desses que a gente chamava "gloriosos". Próprios para ir à praia, jogar tênis, correr pela orla com o namorado, essas coisas. Sem nem mencionar que a pessoa precisa não estar numa cadeira de rodas, roída por um câncer do pulmão na metade de cima, e por uma hepatite medicamentosa no resto. Sempre pedi a Deus ou a essa autoridade que manda nos homens e na terra, morrer dormindo. Achava lindo e confortável. Mas morte em manhã linda de verão também servia, já que o que estava ficando insuportável era a vida. Fechei os olhos e pensei 'vamo nessa' e fui."

Leônidas

LEÔNIDAS DA SILVA
(90 anos)
Jogador de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/09/1913)
┼ Cotia, SP (24/01/2004)

Leônidas da Silva, o Diamante Negro, foi um jogador de futebol brasileiro, considerado um dos mais importantes da primeira metade do século XX. Tetracampeão fluminense pelo Botafogo, em 1935, primeiro campeonato oficial, no regime profissional, e pentacampeão paulista pelo São Paulo. Foi ele quem inventou o gol de bicicleta.

Nascido em São Cristóvão, era filho de Dona Maria e de Manoel Nunes da Silva. Na infância era torcedor do Fluminense, encantado que foi com o grande time tricolor tricampeão carioca em 1917/1918/1919.

Conhecido como o Diamante Negro ou Homem-Borracha, Leônidas da Silva começou sua carreira em 1923 no infantil do São Cristóvão do Rio de Janeiro.

Em 1929 passou a jogar pelo Sirio Libanês, e no mesmo ano disputou o Campeonato da Liga Brasileira pelo Sul América sagrando-se campeão. Ainda em 1929 foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira de Futebol, onde estreou fazendo dois gols.

Em 1931 passou a atuar pelo Bonsucesso onde ficou até o final de 1932, tendo sido convocado diversas vezes para a Seleção Carioca de Futebol, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1931, além de ser o maior artilheiro da história do Bonsucesso.

No Bonsucesso, Leônidas também jogou Basquete, tendo conquistado campeonato desta modalidade esportiva.


Em 1933 foi jogar pelo Peñarol do Uruguai onde ajudou o clube a conquistar o vice-campeonato.

Em 1934 retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco da Gama, o qual ajudou a ganhar o Campeonato Carioca de Futebol de 1934.

A sua primeira competição importante com a camisa da Seleção Brasileira de Futebol foi a Copa do Mundo de 1934, na Itália. O Brasil fez uma péssima campanha, perdendo logo na estréia e sendo eliminado, mas Leônidas marcou o único gol do Brasil na competição.

Em 1935 mudou novamente de clube, indo atuar no Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca, e em 1939, pelo Flamengo chegou ao tri-campeonato estadual, por 3 equipes diferentes. No Flamengo consolidou sua imagem como ídolo nacional e ajudou a combater o preconceito, sendo um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube.

Em 1938, foi artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, incluindo três marcados contra a Seleção Polonesa. O Brasil conseguiu a sua melhor participação em mundiais até então, ficando com a terceira colocação. Posteriormente, Lêonidas foi escolhido o melhor jogador do mundial.

Em 1942 transferiu-se para São Paulo e atuou no São Paulo por onde passou dificuldades financeiras devido ao atraso de pagamentos do clube diante da falência. Foi cinco vezes campeão paulista, tornando-se um dos maiores ídolos da história do São Paulo, sendo homenageado no museu do clube com uma réplica de uma bicicleta que ele executou.

Durante a década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, os mundiais que seriam realizados em 1942 e 1946 foram cancelados, prejudicando enormemente jogadores como Leônidas, que não tiveram a oportunidade de se tornar conhecidos e reconhecidos mundialmente.

Após a Carreira de Futebolista

Depois de abandonar os gramados, em 1951, ainda continuou ligado ao esporte. Foi dirigente do São Paulo, logo depois virou comentarista esportivo, sendo considerado por muitos um comentarista direto, duro e polêmico. Chegou a ganhar sete Troféus Roquette Pinto.

Sua carreira de radialista teve que ser interrompida em 1974 devido a doença Mal de Alzheimer. Durante trinta anos ele viveu em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo até morrer, em 24/01/2004, por causa de complicações relacionadas à doença.

A sua esposa e fiel companheira, Albertina Pereira dos Santos, foi quem cuidou dele até seus últimos dias. Todos os dias ela visitava o marido e passava o tempo com ele, cuidando do ex-craque.

O tratamento foi mantido pelo São Paulo, último time que Leônidas defendeu como jogador. Foi enterrado no Cemitério da Paz, em São Paulo.

Graças ao trabalho de pessoas esforçadas o legado do Diamante Negro jamais será esquecido, mesmo o Brasil sendo considerado uma país que não dá atenção aos ídolos do passado.

Foi lançada uma biografia do atleta e sua vida vai ser transformada em filme. Tudo para que os amantes do futebol não esqueçam desse que foi um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Alguns acham que isso ainda é pouco, já que Leônidas foi um dos maiores ídolos do Brasil, até o aparecimento de Pelé, no final dos anos 50.

Alguns consideram Leônidas melhor que Pelé, porém é algo que ficará incerto, visto que os jogos ainda não eram televisionados na época em que Leônidas atuava como jogador.

A "Bicicleta"

Leônidas recebeu o crédito por ter inventado a "Bicicleta". Ele mesmo se autoproclamava o inventor da plástica jogada. Alguns afirmam ter sido criada por um outro jogador brasileiro, Petronilho de Brito, e que Leônidas apenas a teria aperfeiçoado.

A primeira vez que Leônidas executou essa jogada foi em 24/04/1932, em uma partida entre Bonsucesso e Carioca, com vitória do Bonsucesso por 5 x 2. Já pelo Flamengo, realizou a jogada somente uma vez, em 1939 contra o Independiente, da Argentina, que ficou muito famosa na época.

Pelo São Paulo ele realizou a jogada em duas oportunidades, a primeira em 14/06/1942, contra o Palestra Itália, na derrota por 2 x 1. E a mais famosa de todas, em 13/11/1948, contra o Juventus, na goleada por 8 x 0. A jogada ficou imortalizada pela mais famosa foto do jogador.

Diamante Negro

O apelido de Diamante Negro foi dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, maravilhado pela habilidade do brasileiro. O apelido de Homem-Borracha, também dado pelo mesmo jornalista, foi devido a sua elasticidade.

Anos mais tarde a empresa Lacta homenageou-o, criando o chocolate Diamante Negro, vendido até hoje. A empresa só pagou dois contos de réis à época, o equivalente a R$ 112 mil, aproximadamente, sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

Clubes

  • São Cristóvão de Futebol e Regatas
  • Sirio Libanês Futebol Clube
  • Bonsucesso Futebol Clube
  • Club Atlético Peñarol
  • Club de Regatas Vasco da Gama
  • Botafogo de Futebol e Regatas
  • Clube de Regatas do Flamengo
  • São Paulo Futebol Clube
  • Seleção Brasileira de Futebol

Títulos

  • 1934 - Campeonato Carioca (Vasco da Gama)
  • 1935 - Campeonato Carioca (Botafogo)
  • 1939 - Campeonato Carioca (Flamengo)
  • 1943 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1945 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1946 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1948 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1949 - Campeonato Paulista (São Paulo)

Seleção Brasileira

  • 1932 - Copa Rio Branco
  • 1945 - Copa Roca

Gols

  • Seleção Brasileira de Futebol: 37 gols em 37 jogos
  • São Paulo: 140 gols em 211 jogos
  • Flamengo: 142 gols em 179 jogos

Fonte: Wikipédia

Rogério Sganzerla

ROGÉRIO SGANZERLA
(57 anos)
Cineasta

* Joaçaba, SC (26/11/1946)
+ São Paulo, SP (09/01/2004)

Rogério Sganzerla foi um dos maiores símbolos do Cinema Marginal feito em São Paulo na década de 60, sinônimo de transgressão, picardia e genialidade na tela grande.

Ainda muito jovem, foi acolhido por Décio de Almeida Prado, que na época dirigia o Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo, e seu texto de estréia foi sobre "Os Cafajestes" (1962), filme de Ruy Guerra. Continuou no Suplemento e colaborou também com o Jornal da Tarde.

Trabalhou quatro anos como crítico de cinema no jornal O Estado de São Paulo. Estreou na direção de longas com "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), uma filme baseado na historia do criminoso João Acácio Pereira da Costa, que se apresentava com uma lanterna vermelha ao cometer seus crimes. O filme se tornou um de seus maiores sucessos e lhe deu fama. Fundou a produtora Bel-Air, responsável por filmes do diretor como "O Abismo" (1977), "Nem Tudo é Verdade" (1986) e "Tudo é Brasil" (1997).

Conseguiu, ao lado de Júlio Bressane, solidificar a argamassa do chamado Cinema Marginal. O movimento que apareceu com "A Margem" (1967), de Ozualdo Candeias, surgiu como uma espécie de reação ao Cinema Novo de Glauber Rocha e David Neves.

Seu último filme, "O Signo do Caos" (2003), sobre a passagem de Orson Welles pelo Brasil em 1942, quando não conseguiu concluir "It's All True" por ter seu material de filmagem apreendido, recebeu o Troféu Candango de melhor direção no 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2003), mas ele não pôde comparecer ao festival devido ao seu estado de saúde. Na ocasião, ele foi representado pela atriz Djin Sganzerla, sua filha com a atriz Helena Ignez.

Vítima de um câncer no cérebro que o martirizou durante seus últimos seis meses de vida, morreu em 09/01,/2004 aos 57 anos, no Hospital do Câncer em São Paulo, onde estava internado desde o dia 15/12/2003 para se tratar da doença. Seu corpo foi cremado no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.

Casado havia 35 anos com a atriz Helena Ignez, vivia com a esposa e suas duas filhas, Djin e Sinai, a enteada, Paloma Rocha, filha do casamento anterior de Helena com Glauber Rocha.

Fernando Almeida

FERNANDO ALMEIDA SOARES
(29 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/05/1974)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/04/2004)

Fernando Almeida foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 21/05/1974. De família pobre, Fernando Almeida iniciou sua carreira como ator em 1980, aos seis anos, na telenovela "Olhai os Lírios do Campo".

Em 1984 teve destaque vivendo Gibi, o menino amigo do protagonista PardalTony Ramos, na novela da TV Globo "Livre Para Voar".

Diferentemente de outros atores com o mesmo perfil, como Fernando Ramos da Silva, do filme "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1980), conseguiu trabalhos em outras tramas da emissora, prosseguindo com a carreira artística.

Fernando Almeida participou de telenovelas como "Vale Tudo" (1988) e "Lua Cheia de Amor" (1991), em papéis de certo destaque, bem como minisséries como "Sex Appeal" (1993).

Seu último trabalho na televisão foi na telenovela "A Padroeira" (2001). Fernando Almeida foi casado e teve um filho, Samuel, com a atriz Antônia Fontenelle.

Fernando não atravessava um de seus melhores momentos na televisão e planejava trabalhar na iluminação de espetáculos.

Morte

Fernando Almeida foi assassinado na madrugada de domingo, 04/04/2004, no Rio de Janeiro. A sua família só soube da morte dois dias depois. Ele estava num ponto de ônibus no bairro de Realengo quando foi abordado por dois motoqueiros que dispararam dois tiros contra a sua cabeça. Horas antes, o ator se desentendera numa festa com um grupo de jovens. O motivo da discussão foi uma mulher.

O corpo de Fernando Almeida foi enterrado no cemitério de Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. A despedida foi marcada pela indignação dos colegas.

Fernando Almeida e Camila Pitanga
Trabalhos

  • 2001 - A Padroeira ... Gil
  • 1999 - Vila Madalena ... Alfredo
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Pedro
  • 1997 - Por Amor e Ódio ... Alexandre
  • 1997 - Malhação ... Franklin
  • 1996 - O Campeão ... Edilberto
  • 1993 - Olho no Olho ... Sebastião
  • 1993 - Sex Appeal ... Tito
  • 1992 - Pedra sobre Pedra ... Lírio
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Washington
  • 1988 - Vale Tudo ... Gildo
  • 1987 - O Outro ... Lico
  • 1984 - Livre Para Voar ... Gibi
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Mário

Yara Lins

ORASÍLIA SEVERINA DA SILVEIRA
(74 anos)
Atriz

* Frutal, MG (26/02/1930)
+ São Paulo, SP (29/06/2004)

Yara Lins foi o primeiro rosto a aparecer na televisão brasileira, isso exatamente no dia 18 de setembro de 1950. Ela foi convocada para dizer o prefixo da emissora:

"PRF-3 Emissora Associada de São Paulo orgulhosamente apresenta, neste momento, o primeiro programa de televisão da América Latina"

Ela fez rádio por muitos anos e principalmente rádio-novelas. Começou na Rádio de Uberaba, em Minas Gerais, passando depois pela Excelsior, Nacional e Difusora de São Paulo. Como atriz seu primeiro papel foi na série "Rosas Para o Meu Amor" em 1952.

Até hoje, Yara Lins só perde para a atriz Ana Rosa na quantidade de telenovelas, séries e seriados que participou na televisão.

Televisão

2000 - Laços de Família ... Nilda (Globo)
1999 - Sandy & Junior - (série Globo)
1997 - Uma Janela Para o Céu ... Dona Rita (Record)
1997 - Os Ossos do Barão ... Lucrécia (SBT)
1995 - Sangue do Meu Sangue ... Mariana (SBT)
1994 - Éramos Seis ... Dona Maria (SBT)
1993 - Contos de Verão ... Dona Mariana (Minissérie - Globo)
1992 - As Noivas de Copacabana ... Eulália (Minissérie - Globo)
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Mãe Candinha (Manchete)
1990 - La Mamma ... Giuseppina (Globo)
1989 - Kananga do Japão ... Zulmira (Manchete)
1986 - Selva de Pedra ... Berenice (Globo)
1985 - Uma Esperança no Ar - (SBT)
1984 - Rabo de Saia - (Minissérie - Globo)
1983 - Vida Roubada - (SBT)
1983 - Pecado de Amor - (SBT)
1983 - Acorrentada ... Dona Josefina (SBT)
1982 - A Força do Amor ... Amália (SBT)
1982 - Avenida Paulista - Elvira (Minissérie - Globo)
1982 - Renúncia ... Constância (Bandeirantes)
1982 - As Cinco Panelas de Ouro ... Dona Trindade (Cultura)
1982 - Nem rebeldes, Nem fiéis - (Cultura)
1982 - Caso Verdade
1980 - Um Homem Muito Especial ... Olívia (Bandeirantes)
1979 - Pai Herói - Irene (Globo)
1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Palmira (Tupi)
1974 - Ídolo de Pano ... Magda (Tupi)
1974 - O Machão ... Josefa (Tupi)
1973 - A Volta de Beto Rockfeller - (Tupi)
1972 - Vitória Bonelli ... Madame Mercedes Moglianni (Tupi)
1971 - O Preço de um Homem ... Marcinha (Tupi)
1970 - Simplesmente Maria ... Mirtes (Tupi)
1968 - Beto Rockfeller ... Clô (Tupi)
1969 - Era Preciso Voltar ... Denise (Bandeirantes)
1968 - O Terceiro Pecado - (Excelsior)
1967 - Os Fantoches ... Guiomar (Excelsior)
1966 - O sheik de Agadir ... Valentina (Globo)
1966 - Eu Compro Esta Mulher - (Globo)
1965 - Paixão de Outono ... Verônica (Globo)
1965 - Aquele Que Deve Voltar ... Eugênia (Excelsior)
1965 - A Indomável ... Débora (Excelsior)
1965 - A Menina das Flores - (Excelsior)
1964 - Melodia Fatal ... Marlene (Excelsior)
1964 - Ilsa - (Excelsior)

Cinema

1999 - Xuxa Requebra
1981 - Post Scriptum
1978 - O Jeca e Seu Filho Preto
1977 - Tiradentes, o Mártir da Independência
1976 - Senhora
1972 - Geração em Fuga
1963 - Terra sem Deus

Faleceu aos 74 anos, devido a problemas relacionados à Insuficiência Respiratória. Ela tinha Câncer e estava internada no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Renato Master

RENATO MASTER
(65 anos)
Ator e Dublador

* São Paulo, SP (1939)
+ São Paulo, SP (26/05/2004)

Estreou na televisão, em 1964, na novela "A Moça Que Veio de Longe", um dos maiores sucessos da extinta TV Excelsior, vivendo o personagem Henrique. A partir daí teve uma carreira que inclui mais de 30 novelas, vivendo de protagonistas a antagonistas.

Foi casado com a atriz Nívea Maria na década de 1960 quando a atriz tinha 18 anos e os dois trabalhavam na TV Excelsior. Mas o casamento durou menos de um ano. Segundo a própria Nívea Maria: "Eu era uma jovem rebelde".

Como dublador, dublou atores como Allen Garfield, Franklin Cover, Frank Tejo, Gil Geera, Eddie Jones, James Best, Ken James, An McGregor, John Diar, Jank Azmar, dentre outros.

Televisão

1964 - A Moça que Veio de Longe ... Henrique
1965 - Em Busca da Felicidade
1965 - Os Quatro Filhos
1965 - Ainda Resta uma Esperança
1965 - Onde Nasce a Ilusão ... Renato
1966 - As Minas de Prata ... Dom Fernando
1967 - Os Fantoches ... Vítor
1969 - A Cabana do Pai Tomás ... David
1969 - Acorrentados ... Blasco Ibáñez
1970 - O Meu Pé de Laranja Lima
1970 - Irmãos Coragem ... Rafael Marques
1970 - Pigmalião 70 ... Sérgio
1971 - Nossa Filha Gabriela
1972 - Quero Viver ... Bill
1973 - Venha Ver o Sol Nascer na Estrada
1975 - Um dia, o Amor ... Prado
1980 - Pé de Vento
1983 - Razão de Viver
1983 - Pecado de Amor ... Antônio
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Angelino
1994 - Você Decide (Episódio Paternidade)
1994 - Caminhos Cruzados ... Renato
1996 - O Rei do Gado
1998 - Torre de Babel ... Juiz

Cinema

1969 - No Paraíso das Solteironas
1973 - Desejo Proibido
1974 - O Exorcista de Mulheres
1977 - Noite em Chamas
1978 - O Prisioneiro do Sexo
1978 - O Estripador de Mulheres
1979 - Sede de Amar
1979 - Dani, um Cachorro Muito Louco
1981 - O Homem que Virou Suco
1981 - Amélia, Mulher de Verdade
1984 - Meu Homem, Meu Amante
1986 - Filme Demência
1991 - Per sempre
1993 - Discretion Assured

Dublagem

Diretor

Matador
O Mundo de Beakman (Dublavídeo)
O Poderoso Thor (redublagem de 2003)

Dublador

Senhor Akiyama em Jaspion;
Doutor Kamasawa e o monstro Shila em Changeman;
General Desmark (Nakara Kikuchi) em Goggle V;
O vilão Mohs em Winspector;
Mangold (Dave Hager) em Double Jeopardy;
Bennigton (Dick Cusack) em Feitiço do Coração;
Mitsumasa Kido em Cavaleiros do Zodíaco
Arcanjo em Águia de Fogo
Kibosh (James Earl Jones) em Gasparzinho: Como Tudo Começou
Denethor (John Noble) em O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
Jubei Yamada em Fatal Fury 2 - O Desafio de Krauser
Avô do Shurato e Deus Brafma em Shurato

O ator morreu trabalhando, dentro dos estúdios da Dublavídeo em São Paulo, onde era diretor de dublagem e estava dirigindo o ator Carlos Silveira.

Renato fazia ainda na Dublavídeo a novela "Paixões Ardentes" (dirigida por Vanessa Alves) para Rede TV!, onde dublava o avô das protagonistas Martin Acevedo.

Fonte: Wikipédia e Ohayo

Jorge Guinle

JORGE EDUARDO GUINLE
(88 anos)
Socialite e Playboy

* Petrópolis, RJ (05/02/1916)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2004)

Foi um socialite, playboy e herdeiro milionário brasileiro.

Viveu a época áurea do Rio de Janeiro entre a década de 1930 e 50, onde conheceu e acredita-se que tenha tido relações amorosas com diversas atrizes de Hollywood, como Marilyn Monroe e Hedy Lamarr [Confira]. Residiu no hotel Copacabana Palace, fundado por seu tio, Octávio Guinle, até a sua morte.

Gastou muito de sua fortuna com ininterruptas festas luxuosas, viagens pelo mundo, presentes e mulheres, entre elas Rita Hayworth, Marilyn Monroe, Romy Schneider, Kim Novak, Ava Gardner, Susan Hayward, Jayne Mansfield, Marlene Dietrich e Janet Leigh [Confira].

Guinle também escreveu o primeiro livro editado no Brasil sobre jazz (Jazz Panorama), uma de suas paixões. Sua autobiografia foi titulada "Um Século de Boa Vida".

Jorge Guinle foi casado três vezes. O primeiro casamento foi com a americana Dolores Sherwood, com quem teve o filho Jorge Eduardo Guinle Filho, o artista plástico Jorginho, morto em decorrência da AIDS, em 1987.

O segundo casamento de Jorge Guinle foi com Ionita Salles Pinto, moça criada em Ipanema. Ionita estudou teatro com Leila Diniz, de quem foi grande amiga e também participou do filme de Domingos de Oliveira, "Todas as Mulheres do Mundo". Do casamento com Jorge Guinle nasceu a filha Georgiana Guinle.

O terceiro casamento de Jorge foi com uma moça de classe média baixa de Copacabana, Maria Helena, com quem teve seu filho Gabriel.

Morte

Jorge Guinle, morreu do dia 05/03/2003 no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, vítima de um Aneurisma na Aorta Abdominal.

Guinle havia sido internado na segunda-feira, 01/03/2004 no hospital de Ipanema mas, nesta quinta, 04/03/2004, assinou um termo de responsabilidade para deixar o hospital, após se recusar a retirar o aneurisma. Guinle deixou o hospital e morreu em uma suíte do hotel, por volta das 4h30.

Édson França

ÉDSON FRANÇA
(72 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (08/08/1930)
┼ São Paulo, SP (25/02/2003)

Édson França foi um ator brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 08/08/1930. Era filho do inspetor de bondes na Barra Funda, o Srº França. Foi casado com a atriz Nívea Maria, com quem teve dois filhos.

Na TV, Édson França Atuou na novela "A Deusa Vencida" (1965), a primeira super-produção da telenovela brasileira. O cenário, sofisticado para a época, reproduzia uma São Paulo de 1895. Foi a primeira telenovela a ter uma trilha sonora própria. Marcou uma estréia na TV das atrizes Regina Duarte e Karin Rodrigues.

Os atores Tarcísio Meira e Édson França acabaram se desentendendo e passaram a maior parte da novela sem um que se dirigissem um ao outro fora das cenas. O motivo teria sido uma disputa pela primazia do nome nos créditos, que acabou vencida por Tarcísio Meira.

Trabalhou também nas novelas "A Indomável" (1965), ao lado de Aracy Cardoso, "A Muralha" (1968), "O Bofe" (1972), "O Casarão" (1976), "Cavalo de Aço", "Fogo Sobre Terra".

No cinema, Édson França esteve em "A Morte Comanda o Cangaço" (1964), "Independência ou Morte" (1972), "Obsessão" (1973), "O Jeca e a Égua Milagrosa" (1980), "Elite Devassa" (1984), "Luzia Homem" (1987).

Édson França morreu aos 72 anos, em São Paulo, SP, no dia 25/02/2003, e a causa da morte é desconhecida.

Nívea Maria e Édson França
Televisão

1999 - Ô Coitado
1997 - O Desafio de Elias ... Pandit
1989 - Kananga do Japão ... Coronel Pedrosa
1983 - Pecado de Amor
1982 - Música ao Longe ... Paulo Madrigal
1982 - Seu Quequé ... Dr. Viana (médico)
1982 - O Pátio das Donzelas
1981 - O Resto É Silêncio ... Aristides
1981 - Floradas na Serra ... Gustavo
1981 - Partidas Dobradas
1981 - O Fiel e a Pedra
1981 - Vento do Mar Aberto ... Boaventura
1979 - Cara a Cara ... Tarquínio
1976 - O Casarão ... Eugênio Galvão
1975 - O Grito ... Otávio
1974 - O Rebu ... Xavier
1974 - Fogo Sobre Terra ... Nilo Gato
1972 - Cavalo de Aço ... Lucas
1973 - O Bofe ... Bianco
1969 - Dez Vidas ... Alvarenga Peixoto
1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Marcelo
1968 - A Muralha ... Manuel
1968 - O Direito dos Filhos
1968 - Os Diabólicos ... Edmundo
1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Fábio
1966 - Redenção
1965 - A Deusa Vencida ... Fernando
1965 - A Indomável ... Petrúccio

Cinema

1987 - Luzia Homem
1984 - Elite Devassa
1975 - O Esquadrão da Morte
1975 - As Deliciosas Traições do Amor
1975 - Ana, a Libertina
1973 - Obsessão
1972 - Independência ou Morte
1957 - O Anjo Assassino
1957 - Absolutamente Certo

Fonte: Wikipédia

Inalda de Carvalho

INALDA DE CARVALHO
(69 anos)
Atriz e Modelo

* São Jose do Rio Preto, SP (22/03/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/03/2004)

Nascida no interior de São Paulo, Inalda de Carvalho estudou na capital paulista e em 1945 foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como modelo. Ao vencer o concurso de Miss Cinelândia, em 1954, Inalda foi chamada pela Atlântida, estreando naquele mesmo ano em "Matar Ou Correr".

De carreira curta, apenas três anos, no cinema nacional, Inalda Vieira de Carvalho esteve em quatro filmes e na coletânea "Assim Era a Atlântida", de 1975. Participou também de "A Outra Face do Homem" (1954), "Chico Viola Não Morreu" (1955) e "Colégio de Brotos" (1956).

Três anos depois deixaria o cinema por vontade própria. Foi casada com o diretor Carlos Manga, com quem teve três filhos.

Inalda de Carvalho faleceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 08/03/2004, aos 69 anos, vítima de câncer.

Anthony Steffen

ANTÔNIO LUÍS TEFFÉ VON HOONBOLZ
(74 anos)
Ator

* Roma, Itália (21/07/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/06/2004)

Antonio de Teffè ou Anthony Steffen tinha dupla nacionalidade. Ele era ítalo-brasileiro, já que nasceu na Embaixada do Brasil em Roma, filho do embaixador Manuel de Teffè. Seu verdadeiro nome era Antonio Luís de Teffè von Hoonbolz, em homenagem ao bisavô, um aristocrata de origem prussiana que foi almirante-chefe da frota brasileira na época de Dom Pedro II e que recebeu do imperador o título nobiliárquico de Barão de Teffè.

Estreou no cinema em 1955 em uma fita sobre a 2ª Guerra Mundial e desenvolveu várias funções por trás das câmeras, inclusive como assistente de direção e produtor. Em 1965, quando o spaghetti western já se tornara o gênero dominante da produção industrial italiana, foi convencido a estrelar um daqueles bangue bangues italianos que ficaram famosos após sucessos como Django, Sartana, Ringo e outros mais.

Como Anthony Steffen, no alto dos seus 1m90 e possuidor de belos olhos azuis, fazia o maior sucesso entre as mulheres e tinha o respeito dos homens pelos seus personagens mal-encarados. Ele fez mais de 60 filmes, dos quais 23 foram spaghetti westerns.

Ele foi casado duas vezes e teve dois filhos do primeiro casamento. Na tela e fora dela, ele foi sempre sinal de encrenca ou de alguma confusão. Quando entrava em cena estava sempre envolto em um poncho surrado e com a barba por fazer, e seus personagens eram sempre cruéis, duros e muito realistas.

Ele se afastou do cinema em 1989 e passou seus últimos anos morando no Rio de Janeiro, em uma cobertura no Leblon, onde lutava contra o câncer.

Fonte: Wikipédia

Ana Ariel

ANA ARIEL
(73 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (18/05/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/02/2004)

Ana Ariel foi uma atriz brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 18/05/1930. Criada num circo, Ana Ariel estreou não apenas com picadeiro sete anos ao lado de seu pai, o famoso palhaço Piolim. Foi equilibrista, ginasta, acrobata e atriz de dramas e comédias circenses.

Em 1960, a atriz mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou uma nova carreira.

"Fui trabalhar nas peças teatrais da TV e apesar de saberem que eu tinha uma tradição de humor, sempre fui aproveitada em papéis dramáticos. Logo depois, fui fazer, com meu primo Ankito um quadro, no programa 'Noites Cariocas'."
(Ana Ariel em entrevista)

Em 1967, fez sua estréia na TV Globo em "A Rainha Louca", no papel de uma índia, e a partir daí não parou mais.

Personagens marcantes não faltaram em sua longa carreira. Viveu Esmeralda em "Sangue e Areia" (1968), Rita em "Véu de Noiva" (1969). Em "Irmãos Coragem" (1970) foi Domingas, personagem que guardava vários mistérios da trama, além de ser uma mãe de Juca Cipó (Emiliano Queiroz). Berenice Vilhena, mãe de Cristiano Vilhena, em "Selva de Pedra" (1972). Em "Gabriela" (1975) a atriz viveu Dona Idalina, a severa mãe de Malvina (Elisabeth Savalla). Bina em "Cabocla" (1979). Viveu também Ana Raquel, mãe de Mário Fofoca (Luiz Gustavo) em "Elas Por Elas" (1982), entre outros personagens.

"Estou aposentada e não quero mais voltar à TV. Eu cansei. Tive uma crise de Labirintite que quase acabou comigo. Aí resolvi me afastar. Achava que era só por um tempo, mas depois eu vi que não dava certo mesmo. É muita responsabilidade, tonta, entrar em cena, com Labirintite. Corro o risco de ter que sair por uma porta e de repente atropelar uma câmera."
(Ana Ariel quando se afastou da carreira)

Ana Maria Magalhães (Dalva) e Ana Ariel (Santinha)
Televisão

  • 1998 - Pecado Capital ... Creusa
  • 1986 - Hipertensão ... Conceição
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Odila
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Leonor
  • 1983 - Voltei Pra Você ... Nena
  • 1982 - Mário Fofoca ... Raquel
  • 1982 - Elas Por Elas ... Raquel
  • 1980 - As Três Marias ... Luiza
  • 1980 - Chega Mais ... Zoraide
  • 1979 - Cabocla ... Bina
  • 1979 - Memórias de Amor ... Bernarda
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Constança
  • 1978 - Maria, Maria ... Rosalina
  • 1976 - Duas Vidas ... Madame Xavier
  • 1976 - Saramandaia ... Santinha
  • 1975 - A Moreninha ... Lalá
  • 1975 - Gabriela ... Idalina Tavares
  • 1974 - O Crime do Zé Bigorna ... Eulália
  • 1973 - O Semideus ... Clara
  • 1973 - O Bem-Amado ... Zora Paraguaçu
  • 1972 - Selva de Pedra ... Berenice
  • 1971 - O Homem que Deve Morrer ... Rita
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Domingas
  • 1970 - Verão Vermelho ... Rosa
  • 1969 - Véu de Noiva ... Rita
  • 1968 - Sangue e Areia ... Esmeralda
  • 1967 - A Rainha Louca ... Joaquina

Cinema

  • 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia Noite
  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca

Fonte: Wikipédia

Bibi Vogel

SYLVIA DULCE KLEINER
(61 anos)
Atriz, Cantora, Modelo Fotográfico e Militante da Amamentação e Direitos Humanos

* Rio de Janeiro, RJ (02/11/1942)
+ Buenos Aires, Argentina (03/04/2004)

Filha de imigrantes alemães. Seu pai era engenheiro e sua mãe cantora lírica.

Na adolescência, o esporte era sua grande paixão. Além da prática do frescobol nas areias do Posto 4 em Copacabana, era atleta do CIB – Centro Israelita Brasileiro, onde praticava várias esportes, entre eles o seu preferido o vôlei. Defendendo a camisa do clube, foi campeã carioca, na categoria juvenil, de Tênis de Mesa, e em 1957 ganhou o prêmio de Melhor Atleta Feminina, oferecido pelo programa de rádio Hora Israelita Brasileira.

Transferida para o Fluminense, foi convocada a integrar a Seleção Carioca para a disputa do Campeonato Brasileiro Juvenil de Vôlei, em 1959, onde se sagrou campeã.

Durante essa etapa esportiva, participou do Teatro Amador do CIB. Seu primeiro trabalho profissional foi na peça “O Ovo”, de Felicien Marceau, na Maison de France.

Entrou para ENBA - Escola Nacional de Belas Artes, Universidade do Brasil, num curso conjunto com a Faculdade de Filosofia, onde se formou em Professora de Desenho.

Em 1965 casou-se com o músico e professor de literatura, o norte-americano Bill Vogel e foi morar nos EUA. Foi quando conheceu Sergio Mendes e foi convidada a integrar o grupo musical “Sergio Mendes & Brasil 66″, com o qual vivenciou um enorme sucesso musical.


Em 1968 voltou para o Rio de Janeiro, terminou a Faculdade de Belas Artes e em seguida foi para São Paulo com o marido. Lá resolveu aceitar um convite para fazer um teste para modelo de fotografia exclusiva da Editora Abril. Foi contrata e foi a partir daí, pode-se dizer, que deu início a sua carreira profissional.

Em 1969 co-protagonizou com Juca de Oliveira na novela “Nino, o Italianinho”, da TV Tupi, de enorme sucesso. Além de diversas outras novelas, participou de programas de humor, foi apresentadora de programa (Concertos para Juventude), e, nos anos de 1971/72 fez diversos comerciais (Ela Entende de Tudo, entre eles) para TV.

No cinema participou de vários filmes, entre eles “Tonho”, com o qual ganhou o Prêmio Governador do Estado de São Paulo na categoria de Revelação de Atriz, em 1970, e “Um homem célebre”, com o qual concorreu ao Prêmio de Melhor Atriz, no Festival de Gramado.

Em 1970, entrou para o Teatro de Arena. Destacou-se na peça Hair, e trabalhou ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal e de Lima Duarte. Com esse grupo participou nas peças “Arturo Ui, de Brecht, e “Arena conta Zumbi”, de Guarnieri e Boal. Com “Zumbi” participou do 1º Festival Latino-Americano de Teatro, em Buenos Aires, em fins de 1970, e no Festival Mundial de Teatro em Nancy, na França, em 1971. Foi nessa tournée para Buenos Aires que conheceu Alfredo Zemma, ator, diretor e autor teatral, com quem se casaria mais tarde.


Fez parceria com um dos músicos do grupo de Arena, o violonista e cantor Loni Rosa, de 1971 a 1975. Com ele gravou discos em duo, e fizeram diversos shows e apresentações em teatros, café-concertos e outras salas de espetáculos, no Brasil, na Argentina e Uruguai. Também fez shows com um quarteto em Buenos Aires. Um dos espetáculos mais apreciados chamava-se “Identidade”, que foi apresentado durante 3 anos.

Em 1976 mudou-se para Buenos Aires com seu novo marido Alfredo Zemma, o que tumultuou muito sua vida profissional, pois tinha que viver quase numa ponte aérea B.Aires/Rio.

Em 1979 nasce sua única filha Mayra e com ela vive uma de suas experiências mais marcantes: a maternidade.

Com Mayra no peito, inicia sua militância na amamentação e poucos meses depois, engaja-se no feminismo, defendendo o direito da mulher à opção por amamentar ou não o seu bebê. E é defendendo essa “bandeira” que em 1980, por sua iniciativa, funda, no Rio de Janeiro, juntamente com outras mulheres, o Grupo de Mães Amigas do Peito.

A partir de 1985, com a volta da democracia na Argentina, começa a trabalhar como voluntária na APDH, Asamblea Permanente por los Derechos Humanos, de Buenos Aires.

Em 1990 fez parte da comissão organizadora do 5º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, onde organizou a primeira oficina sobre “Amamentação e o Feminismo”.



Em 1993, 1996 e 1999 participou dos três primeiros Simpósios Argentinos de Amamentação, apresentando trabalhos e vídeos. E em 1996, convidada pela WABA - World Alliance Breastfeeding Action, apresentou um trabalho no Congresso em Bangkok, na Tailândia.

Em 1994 participou em Mar Del Plata do Encontro Preparatório para Beijing, convidada pela organização norte-americana WellStart, para defender a causa da amamentação junto à plataforma das reivindicações feministas.

Em 1996 incursionou no campo da produção de vídeos, onde produziu os seguintes vídeos:

"Prazer?" - premiado no 2º Simpósio Argentino de Amamentação, em Salta, Argentina;
"Maternidades";
"Olhares"

Em 1998 organizou na APDH - Asamblea Permanete por los Derechos Humanos, de Buenos Aires, a 1ª Mesa Redonda “Amamentação e Direitos Humanos”. E em 2000, no mesmo local, organizou um Ciclo de Vídeo-Debate, com três encontros com o mesmo título.


Em 1999, criou e organizou em Buenos Aires, com o apoio da Sociedade Argentina de Pediatria, a "1ª Exposição Argentina de Humor Gráfico sobre Amamentação", com a participação dos melhores artistas gráficos locais.

Em 2000 trouxe essa exposição para o Rio de Janeiro, onde foram incluídos os trabalhos dos mais renomados artistas gráficos brasileiros, resultando assim na "1ª Exposição Brasil-Argentina de Humor Gráfico sobre Amamentação", que foi apresentada durante o evento "20 Anos de Peito Aberto", no Museu da República, em celebração dos 20 anos de trabalho das Amigas do Peito.

Em 2001 foi incluída pelo CEDIM - Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro, na Exposição "O Século XX da Mulher", pelo seu trabalho no campo da amamentação.

Por anos, sofreu de câncer no estômago. Bibi morreu cercada de amigos, aos 60 anos. Pouco antes, pedira para comer um doce, galletita brasileña, que lembrava-lhe o Rio.

Fonte: Amigas do Peito (http://www.amigasdopeito.org.br)

Pedro Bloch

PEDRO BLOCH
(89 anos)
Médico, Jornalista, Compositor, Poeta, Dramaturgo e Autor de Livros Infanto-Juvenis

* Jitomir, Ucrânia (17/05/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/02/2004)

Pedro Bloch foi um médico foniatra, jornalista, compositor, poeta, dramaturgo e autor de livros infanto-juvenis, que consagrou-se como autor de mais de cem livros. Ele era naturalizado brasileiro.

Sua família imigrou para o Brasil no início do século XX. Estudou no Colégio Pedro II e posteriormente cursou a Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chegou a lecionar na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É autor de mais de cem livros, muitos deles destinados ao público infanto-juvenil, como "Pai, Me Compra Um Amigo?", "Nesta Data Querida" e "Chuta O Joãozinho Para Cá". Escreveu também as peças teatrais "Dona Xepa" e "As Mãos De Eurídice".

Mais de 50 do seus livros foram inspirados quando ele atendia crianças, exercendo sua profissão de médico. A sua mais conhecida obra teatral, "As Mãos De Eurídice", estreou em 13/05/1950 e repetiu-se mais de 60 mil vezes, em mais de 45 países diferentes. Dois anos depois, escreveu outro sucesso teatral, "Dona Xepa", que até foi transformada em telenovela, na Rede Globo. Como jornalista, trabalhou na revista Manchete e no jornal O Globo. O interesse pelo teatro surgiu nas visitas que recebia dos grandes atores em sua própria casa.

Pedro Bloch morreu aos 89 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória aguda, em seu apartamento em Copacabana. Foi enterrado no Cemitério Comunal Israelita do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Leonel Brizola

LEONEL DE MOURA BRIZOLA
(82 anos)
Político

* Carazinho, RS (22/01/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/06/2004)

Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes, o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, em toda a história do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.

Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.

Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.

Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência.

Por duas vezes foi candidato a presidente do Brasil pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido que fundou em 1980, não conseguindo ser eleito.

Em concurso realizado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e pela BBC de Londres em 2012, foi eleito um dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos, ocupando a 47ª posição.

Vida Política

A vida política de Leonel Brizola pode ser dividida em três fases:


  • Antes do Golpe de 1964
  • Vida no exílio
  • Pós-anistia.
Leonel Brizola requisita a Rádio Guaíba e forma a Cadeia da Legalidade, nos porões do Palácio 
Vida Política Antes do Golpe de 1964

Leonel Brizola ingressou na política partidária no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), na condição de um dos fundadores, junto com quadros como José Vecchio e outros quadros oriundos do Movimento Queremista. De imediato, Leonel Brizola, junto com Fernando Ferrari, Sereno Chaise e Ney Ortiz Borges, fundariam a primeira agremiação juvenil do PTB, a Ala Moça.

Leonel Brizola seria o primeiro presidente da Ala Moça. Suas atividades na construção de núcleos da Ala Moça e de diretórios municipais do PTB no interior do Rio Grande do Sul renderia a sua primeira candidatura a cargo eletivo, com o apoio dos próprios jovens trabalhistas da Ala Moça e com a recomendação pessoal de Getúlio Vargas, seu padrinho de casamento. Foi eleito deputado estadual às 38ª e 39ª Legislaturas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1947 a 1955.

Casado com Neusa Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart, com ela teve 3 filhos: Neusa, José Vicente e Otávio. Exerceu considerável influência política durante o mandato de seu cunhado. Alguns historiadores citam que Leonel Brizola, por muito tempo, pressionava João Goulart para ser nomeado Ministro da Fazenda, e que suas pretensões eleitorais para com uma Reforma Agrária, bem como de outros líderes da esquerda, como Miguel Arraes, tenham sido um dos ignitores do Golpe de 1964, provocado pelos militares e setores conservadores da sociedade. Leonel Brizola não se fartava de usar a frase "Cunhado não é parente, Brizola pra presidente" como slogan pré-eleitoral pois na época, havia lei que impedia que parentes do presidente concorressem à sua sucessão. Pesquisas eleitorais visando o não realizado pleito presidencial de 1965 apontavam Leonel Brizola como um dos 3 candidatos com reais chances de vitória, ao lado de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, os dois primeiros não agradando nem aos Estados Unidos nem às oligarquias brasileiras.


A Renúncia de Jânio Quadros

Leonel Brizola era governador do Rio Grande do Sul quando da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. Foi ele quem comandou a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores e oligárquicos da classe política de impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente reeleito, pelo voto legítimo popular, João Goulart, ocasião em que corajosamente deflagrou a chamada "Campanha da Legalidade".

Em 1962 Leonel Brizola se elegeu deputado federal pelo extinto estado da Guanabara pela sigla do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Recebeu a maior votação no país até aquela data, com um total de 269 mil votos.

Como deputado federal, Leonel Brizola passou a viajar pelo país promovendo debates e conferências. Numa destas conferências, em Belo Horizonte, foi impedido de falar por um grupo de senhoras religiosas orientadas por setores conservadores, o que o levou a sugerir que a democracia não se acovardaria frente a rosários, causando certo mal estar num país de maioria católica.

João Goulart e Leonel Brizola
O Governo Jango

Durante o mandato na Câmara Federal, Leonel Brizola lutou para que o governo João Goulart adotasse as Reformas de Base, que tocavam em temas que seriam símbolo da carreira política, como a limitação da remessa de lucros ao exterior e a Reforma Agrária. Estes temas incomodavam os latifundiários e os norte-americanos. Tornou-se um dos líderes da Frente de Mobilização Popular.

Em 1963, Leonel Brizola conclamou a população a se organizar em grupos de onze pessoas, movimento que ficou conhecido como "Grupos dos 11", para pressionar o governo a realizar mais rapidamente as Reformas de Base. Naquele tempo Leonel Brizola e outros grupos de esquerda estavam afastados do presidente, por julgar que João Goulart tentava conciliar demais com as forças conservadoras.

No ano de 1964, o Brasil presenciou o ponto culminante da radicalização ideológica entre esquerda e direita. Era tido como esquerdistas políticos pró-Jango, setores legalistas do alto-comando das Forças Armadas, ala progressista da Igreja Católica. Militares de baixa patente, cabos e sargentos, e estudantes de universidades adeptos das Reformas de Base também se somavam a esse grupo. Os líderes de maior expressão da esquerda, além de João Goulart e Leonel Brizola, eram Miguel Arraes e Francisco Julião. Para a direita convergiam políticos anti-Jango, setores não-legalistas do alto comando militar, núcleos conservadores da Igreja, banqueiros, grande empresariado urbano e rural e estudantes de alta classe social, contrários às reformas. As lideranças de maior destaque deste grupo eram Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e Ademar de Barros.

No dia 13 de março, João Goulart promoveu um grande comício em frente a Central do Brasil, que ficou conhecido como Comício das Reformas ou Comício da Central, no Rio de Janeiro, onde Leonel Brizola fez um discurso inflamado que acusava o Congresso de ir contra as aspirações populares, pedindo uma Assembleia Constituinte.

Nessa época, Leonel Brizola assustava os conservadores, devido ao radicalismo das propostas; temiam um auto-golpe de João Goulart que estabeleceria um regime no estilo cubano, alijando do poder as classes até então dominantes e cessando seus privilégios. O cenário mundial favorecia o medo de um "perigo comunista", na medida em que China, Cuba e Vietnã, no contexto da Guerra Fria, passavam por revoluções comunistas e implementavam o regime. A mídia norte-americana também ajudava a criar esse clima de "caça às bruxas", pois os Estados Unidos temiam um regime socialista no Brasil, considerado por eles como sua área de influência.


O Golpe

Em 31 de março de 1964, os militares depõem João Goulart do poder, com apoio de setores oligárquicos da sociedade temerosos com o rumo esquerdizante do governo João Goulart. As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos, causando perseguições políticas, torturas, abusos de poder e assassinatos.

Os Dias Seguintes Ao Golpe

Leonel Brizola tentou organizar uma resistência ao golpe a partir do Rio Grande do Sul, para onde se dirigiu João Goulart no dia 2 de abril de 1964. João Goulart preferiu não ouvir os conselhos de Leonel Brizola e general Ladário Telles, que desejavam a luta armada e preferiu sair do Brasil rumando para o exílio no Uruguai. Sem apoio, Leonel Brizola também foi para lá, onde viveu alguns anos, até ser perseguido naquele país, por intervenção do regime militar brasileiro. Seu nome estaria na primeira lista de cassados pelo Ato Institucional 1 (AI-1), em 10 de abril de 1964, junto com 102 pessoas, incluindo João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes e Celso Furtado.


Vida No Exílio

No Uruguai, Leonel Brizola acabou se tornando um ponto focal para o encontro de outros descontentes com o regime militar. Assim que chegou, reuniu todos os exilados em um cinema e fez um discurso inflamado, iniciando a organização do grupo de exilados e criando o embrião do que viria se tornar o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), possivelmente o desencadeador da luta armada no Brasil.

Em janeiro de 1965, Leonel Brizola teria assinado o Pacto de Montevidéu, que criava uma frente revolucionária, a Frente Popular de Libertação. Teriam assinado também Max da Costa Santos, José Guimarães Neiva Moreira, Darcy RibeiroPaulo Schilling, além de representantes da Ação Popular (AP), com Aldo Arantes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com Hércules Correia dos Reis, do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), com Cláudio Antônio Vasconcelos Cavalcanti, e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A Frente Popular de Libertação, que deveria organizar ações de sabotagem e guerrilha, não chegou a nenhum resultado prático.

Segundo esta fonte, sua estratégia incluía iniciar três focos de guerrilha simultâneos: no norte do Rio Grande do Sul, sob a liderança de Amadeu Felipe da Luz Ferreira, ex-sargento, no centro do Brasil, sob a liderança de Flávio Tavares, e no Mato Grosso, sob a liderança de Dagoberto Rodrigues. O grupo de Amadeu Felipe da Luz Ferreira acabaria transferido para Caparaó, região da Serra do Mar, onde se organizou mas acabou se rendendo sem combates.

Já em 1967 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) estava destroçado pela repressão e se dissolveria, indo parte de seus militantes para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e outra fundando o Movimento Armado Revolucionário (MAR).

Segundo Darcy RibeiroLeonel Brizola continuou no Uruguai tentando organizar a luta armada contra a ditadura, até ser expulso e conseguir asilo, surpreendentemente, nos Estados Unidos e depois em Lisboa, onde, com o apoio de Moniz Bandeira, iniciou os contatos com a Internacional Socialista, Mário Soares, Willy Brandt, François Mitterrand e planejou a reorganização do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Pós-Anistia

Com a anistia brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil. Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar, Leonel Brizola quis assumir a antiga legenda Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas. Fundou, então, juntamente com outros trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O partido viria a se juntar à Internacional Socialista em 1986, quando Leonel Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade (Poucos meses antes de morrer, Leonel Brizola foi feito presidente de honra da Internacional Socialista).

Na primeira eleição de que participou após o exílio, Leonel Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra Cavalcanti (PTB), Lysâneas Maciel (PT), Moreira Franco (PDS) e Miro Teixeira (PMDB), que perderam força com a entrada de Leonel Brizola no páreo. Tal eleição foi marcada pelo caso Proconsult.

O projeto principal e mais polêmico de suas duas gestões no governo fluminense foram os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP). Trata-se de escolas idealizadas, na sua concepção pedagógica, pelo professor Darcy Ribeiro. Seus prédios diferenciam-se bastante do de escolas tradicionais e têm o desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas e regiões da periferia da capital e do estado. Isso consolidou o brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram os CIEPs de Brizolões.

Os opositores diziam que os CIEPs eram "caros, de custosa manutenção", ignorando a importância do projeto, que visava a manter crianças dentro do ambiente escolar durante a maior parte do dia. E ainda acusavam Leonel Brizola de "utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral" visando à conquista do eleitorado de outros estados pois muitos foram erguidos na beira de rodovias. Entretanto, estes mesmos opositores acabaram por reconhecer a importância da Educação para o desenvolvimento do Brasil, importância esta muito divulgada por Leonel Brizola. Isso não impediu que, após o governo Brizola, os CIEPs tenham sido, em grande parte, sucateados pelos oposicionistas.

Embora tenha sido um dos mais exaltados opositores das ações do governo de Fernando Collor, principalmente no tema das privatizações, Leonel Brizola estabeleceu relações cordiais com o presidente, justificando-as como necessário relacionamento respeitoso entre um governador de estado e o presidente, em face dos interesses da administração pública. Foi um crítico severo da CPI que investigava o esquema de Paulo César Farias pelas vinculações que os integrantes da CPI atribuíam entre o Esquema PC e presidente da República, e afirmava que o presidente estava sofrendo um golpe. Esse fato causou um desgaste enorme para Leonel Brizola junto ao seu eleitorado e aos seus aliados políticos. Após isso, Leonel Brizola não conseguiu mais vencer nenhuma eleição que disputou.

Em 1998 apoiou o candidato de seu partido ao governo do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. A vitória deste na eleição levou o brizolismo de volta ao poder estadual. Entretanto, Anthony Garotinho acabou por distanciar-se das ideias de Leonel Brizola e deixou o Partido Democrático Trabalhista (PDT).


O Discurso Brizolista

Leonel Brizola era facilmente reconhecido por sua forma de falar e por seu pensamento. Sua fala, carregada do sotaque e de expressões gaúchas que parecia cultivar, era quase que uma marca registrada. Não era difícil imitá-lo.

Sua retórica era inflamada. Não perdia oportunidade para criar caricaturas verbais de seus oponentes, como ao chamar Lula de "Sapo Barbudo" e Moreira Franco de "Gato Angorá". Era um orador carismático, capaz de provocar reações fortes entre partidários e adversários.

Seu discurso era baseado em pontos como a valorização da educação pública, tão divulgada, mas ignorada sistematicamente pelos políticos, e a questão das "perdas internacionais", pagamento de encargos da dívida externa e envio de lucros ao exterior.

Realizações

Como Secretário de Obras:

  • Ponte sobre o Rio Guaíba
  • Ponte sobre o Rio Pardo
  • Reaparelhamento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER).
  • Ampliação e construção de estradas
  • Estação Ferroviária Diretor Augusto Pestana, em Porto Alegre
  • Implantação do trem diesel Minuano
  • Melhorias no Aeroporto Salgado Filho
  • Reequipamento do Departamento Aeroviário do Estado
  • Reaparelhamento do Departamento de Portos, Rios e Canais
  • Implantação de 23 portos lacustres e fluviais
  • Construção de 40 hidráulicas no interior do Estado
  • Início da construção de grande número de escolas públicas

Como prefeito de Porto Alegre:

  • Construção de 137 escolas primárias para 35 mil alunos
  • Canalização de água em todas as vilas populares
  • Implantação de 110 km de rede de água
  • Implantação de mais de 80 km de rede esgoto
  • Construção da Hidráulica São João e aumento das hidráulicas Moinhos de Vento| e Cristo Redentor
  • Remodelação, alargamento e iluminação de avenidas
  • Dragagem e aterro do Rio Guaíba
  • Renovação da frota de ônibus públicos
  • Implantação dos ônibus elétricos trolleybus
  • Criação do Parque Saint'Hilaire
  • Remodelação e construção de grande número de parques e campos populares de futebol
  • Criação do Programa Integrado de Reaparelhamento de Equipamentos Rodoviários

Principais Ações do Governo Brizola no Rio Grande do Sul

Educação

A principal realização de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul (1959-1963) foi a multiplicação das escolas. Como governador do estado repetiu, em escala estadual, o que já havia feito em seu mandato como prefeito de Porto Alegre. Criou uma rede de ensino primário e médio que atingiu os municípios mais distantes, inclusive nas zonas do pampa.

Estatização de Empresas Estrangeiras

Uma das medidas mais polêmicas na carreira política de Leonel Brizola foi a encampação das empresas norte-americanas Bond And Share e ITT. Tal fato gerou mal estar nas relações Brasil - Estados Unidos.

Reforma Agrária

A constituição gaúcha garantia a entrega de terras aos agricultores, sempre que surgissem abaixo-assinados, com o mínimo de cem firmas, solicitando as terras. Leonel Brizola estimulou os abaixo-assinados em acampamentos de agricultores e criou o Instituto Gaúcho de Reforma Agrária (IGRA).

Principais Ações do Governo Brizola no Rio de Janeiro

Educação

Os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) foram o principal projeto educacional dos dois governos de Leonel Brizola no Rio de Janeiro. Idealizados e planejados por Darcy Ribeiro na parte organizacional e pedagógica, e por Oscar Niemeyer na concepção arquitetônica.

Sambódromo

Em 1983, Leonel Brizola encomendou a Oscar Niemeyer o projeto de construção de um espaço definitivo para os desfiles das escolas de samba, ponto alto do carnaval carioca. Até então as arquibancadas eram montadas e desmontadas e o local do espetáculo não era fixo. Daí surgiu a Passarela do Samba Darcy Ribeiro, conhecido nacionalmente como Sambódromo.

Linha Vermelha

Em 1992 o Brasil sediou a conferência Rio 92 que reuniu chefes de Estado do mundo todo para discutir temas relacionados ao meio ambiente. Preocupado com o deslocamento das autoridades, Leonel Brizola deu início, em parceria com o Governo Federal, a construção da Via Expressa Presidente João Goulart, mais conhecida como Linha Vermelha.

Universidade Estadual do Norte Fluminense

Inaugurada em 1993, com sede em Campos dos Goytacazes e unidades em Macaé (Petróleo e Gás), Itaperuna (Engenharia Agrária), Santo Antônio de Pádua (Veterinária) e Itaocara (Agricultura), é uma universidade modelada no Massachusetts Institute Of Technology (MIT), com objetivo à formação de cientistas e tecnólogos. Suas instalações foram projetadas por Oscar Niemeyer.


Polêmicas

PTB

Em 1979 o Brasil teve a anistia e os que foram exilados pelo regime militar puderam retornar ao país. Leonel Brizola retornou e, com a nova lei partidária, tentou reorganizar seu antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Porém, Ivete Vargas o derrotou na justiça e conseguiu para si a sigla partidária. De acordo com a avaliação de Leonel Brizola e demais dirigentes do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Ivete Vargas passou a ser um partido de direita, como de fato acabou por distanciar-se do seu passado trabalhista. Em 1982 a legenda de Ivete Vargas lançou como candidato ao governo paulista Jânio Quadros e para o fluminense Sandra Cavalcanti. Ambos militaram na antiga União Democrática Nacional (UDN), partido de direita rival dos trabalhistas. O atual Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nega que seja um partido de direita, embora tenha uma postura identificada como tal desde seu ressurgimento, em 1980. A cena em que Leonel Brizola rasga uma folha de papel com a inscrição PTB, numa coletiva à imprensa, é a marca simbólica do fim de um sonho para os brizolistas.

Neusinha Brizola

A imprensa explorou bastante os atritos públicos que Leonel Brizola teve com sua filha Neusa Maria Goulart Brizola. Quando jovem se lançou na carreira de cantora, emplacando um único sucesso: "Mintchura" (1980). Às vésperas das eleições municipais, Neusinha posou nua para a revista Playboy. Chegou a fazer as fotos, mas seu pai, então governador, impediu a revista de publicá-las, contra a vontade de Neusinha e o contrato assinado por ela. Além disso, a imprensa noticiava com frequência o envolvimento de Neusinha com as drogas, por conta de sua dependência química. Os escândalos e sua consequente exploração política pela imprensa geraram o rompimento de relações entre Leonel Brizola e Neusinha. Posteriormente, pai e filha se reconciliaram. Muitos citavam o fato de que Neusinha era dependente de drogas, como uma das justificativas para que Leonel Brizola proibisse incursões policiais às favelas.

Favelização e Violência

A política de segurança dos governos de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro, é apontada como um dos fatores preponderantes para a situação caótica em que se encontra a ocupação e a segurança pública carioca atualmente. Sua política de "respeito e valorização dos trabalhadores" acabou por favorecer o aumento de construções irregulares do espaço urbano, causando uma proliferação geral das favelas por todos os locais. O governo de Leonel Brizola também proibiu qualquer tipo de incursão policial nas favelas, o que multiplicou a violência, tornando as favelas locais "imunes" à qualquer tipo de vigilância do Poder Público, favoreceu a criação de organizações criminosas que existem até hoje, como o Comando Vermelho, especializado em tráfico de drogas.

Rock In Rio

Após o termino da primeira edição do festival, Leonel Brizola mandou demolir a Cidade do Rock (local do evento), já que a organização do evento pedira o uso do terreno em caráter provisório, mas queria manter a posse após o fim do festival. Cumprindo determinação judicial, Leonel Brizola ordenou sua demolição para a reintegração de posse ao patrimônio do Estado.

Plano Cruzado

Em março de 1986 o presidente José Sarney e sua equipe econômica liderada pelo ministro da fazenda Dilson Funaro lançaram o Plano Cruzado de combate à inflação, sendo o principal ponto o congelamento dos preços. José Sarney apelava à população para que todos se tornassem fiscais e denunciassem fraudes ao congelamento de preços. A popularidade de José Sarney aumentou num ano de eleição para os governos estaduais. No programa de televisão de seu partido, Leonel Brizola enunciou que o plano econômico era apenas uma estratégia para garantir a vitória do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), partido de José Sarney, na maioria dos estados e que depois das eleições a inflação voltaria. A previsão de Leonel Brizola veio a se confirmar: o PMDB elegeu governadores em 22 dos 23 estados da época e após as eleições houve a liberação dos preços, com a volta da inflação.

Briga Com a Rede Globo

Marcaram bastante na carreira de Leonel Brizola os desentendimentos que teve com os grandes monopólios da comunicação, em especial com as Organizações Globo.

Roberto Marinho, que controlava o jornal O Globo e a Rádio Globo, fez pressão contra Leonel Brizola quando este postulava o cargo de Ministro da Fazenda de João GoulartRoberto Marinho foi um dos empresários que apoiou o Golpe de 1964, golpe que forçou Leonel Brizola a ir para o exílio.

Em 1982 Roberto Marinho foi acusado de participar do caso Proconsult, que visava impedir a vitória de Leonel Brizola na eleição para governador de 1982, favorecendo Moreira Franco. O plano de fraude eleitoral foi denunciado pelo Jornal do Brasil e abortado após Leonel Brizola denunciá-lo pessoalmente na imprensa.

Em 1984 Leonel Brizola quebrou o monopólio da Rede Globo nas transmissões de carnaval, concedendo o direito também à Rede Manchete. A emissora de Roberto Marinho então desistiu de cobrir o evento. A expressiva queda de audiência durante os desfiles fizeram a Rede Globo recuar e aceitar transmitir o evento a partir de 1985 em pool com a Rede Manchete.

Em 1989 Leonel Brizola, que liderava as pesquisas de opinião para eleição presidencial, se sentiu sabotado pela Rede Globo após esta ter veiculado acusações pessoais contra ele em rede nacional. Leonel Brizola encarou o fato como um favorecimento da Rede Globo a candidatura de Fernando Collor de Melo, ex-governador de Alagoas e que acabou por vencer o pleito.

Em 1992, Roberto Marinho, em um editorial no jornal O Globo e no noticiário Jornal Nacional, chamou Leonel Brizola de "senil". Isso valeu direito de resposta a Leonel Brizola no Jornal Nacional, que foi lido por Cid Moreira, dois anos depois, em 1994.

Ainda em 1994, Leonel Brizola teve outro sério atrito com a Rede Globo, após exibição de uma reportagem sobre Neusinha Brizola, onde ela lhe fazia pesadas críticas. Anos depois, Leonel Brizola ganharia direito de resposta na emissora.

Boato do "El Ratón"

Algum tempo após Leonel Brizola ser obrigado a ir para o exílio, surgiu um boato a respeito de um acontecimento que teria gerado uma discórdia entre o presidente de Cuba Fidel Castro e Brizola.

Pelo boato, Brizola teria tido um encontro em Cuba com Fidel Castro para tentar conseguir deste apoio financeiro para a organização de um movimento armado contra o regime militar brasileiro. Fidel Castro então teria dado a Leonel Brizola cerca de 1 milhão de dólares para financiar a denominada Revolução Socialista no Brasil.

O que teria acontecido após esse encontro, segundo este boato, é que Leonel Brizola teria dado uma ínfima parte do dinheiro para pouquíssimos aliados revolucionários e teria embolsado a maior parte do dinheiro que recebera, utilizando o dinheiro para comprar fazendas no Uruguai e na Austrália, o que explicaria o grande patrimônio acumulado por Leonel Brizola durante os anos de exílio.

Pelo boato, após tomar conhecimento do ocorrido, Fidel Castro teria ficado muito aborrecido com Leonel Brizola e passado a se referir a este como "El Ratón" (o Rato, em espanhol).

Alguns anos depois, durante uma visita ao Brasil já após a redemocratização, Fidel Castro teria afirmado a um colunista do Jornal do Brasil que jamais houvera "El Ratón", o que pode ser encarado então como um desmentido oficial de Fidel Castro.

Na verdade, a fazenda no Uruguai havia sido herança da família de sua esposa, Neuza Goulart.

Declarações Polêmicas: Eleições de 1989

No terceiro em uma série de debates televisionados ao vivo no primeiro turno, na Rede Bandeirantes, Leonel Brizola discutiu duramente com o presidenciável Paulo Maluf, cuja carreira foi ligada a setores conservadores. Num dado momento do debate este chamou Leonel Brizola de desequilibrado. Logo em seguida, diante dos convidados, os que assistiam o debate, que "apoiariam" em peso o presidenciável do Partido Democrático Social (PDS), na ótica de Leonel Brizola, respondeu chamando-os de "filhotes da ditadura" e completou dizendo que estes todos engordaram na ditadura. O apelido de "filhote da ditadura" acabou por acompanhar Paulo Maluf por muitos anos.

Ao ser indagado, maldosamente, por uma repórter da TV Globo se teria fugido para o Uruguai vestido de mulher, Leonel Brizola respondeu "Sim, tua mãe me emprestou as calcinhas!". No programa "Show de Calouros", de Silvio Santos, respondendo à mesma pergunta feita então por Sérgio Mallandro, Leonel Brizola, um tanto aborrecido, respondeu que na verdade fugiu para o Uruguai vestido em farda militar.

Ao ser indagado sobre apoiar Lula no segundo turno, Leonel Brizola disse: "Cá para nós: um político de antigamente, o senador Pinheiro Machado, disse que a política é a arte de engolir sapos. Não seria fascinante fazer esta elite engolir o Lula, esse sapo barbudo? Vamos no menos pior, pelo menos…" Essa declaração causou revolta na campanha de Lula, que passou a ser conhecido, ironicamente, como "Sapo Barbudo".

Declarações Polêmicas: Lula e Alcoolismo

A última polêmica em que Leonel Brizola se envolveu foi por ocasião de entrevista ao jornalista estadunidense Larry Rohter, correspondente do The New York Times, na qual mencionou o suposto "alto consumo habitual de bebidas alcoólicas" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na matéria jornalística, o jornalista utilizou a declaração de Leonel Brizola, entre outras fontes, para fundamentar uma acusação de alcoolismo contra o presidente Lula.

Desafetos Políticos

César Maia: Assessor direto de Leonel Brizola em suas campanhas, César Maia rompeu com Leonel Brizola ao apoiar publicamente o plano econômico de Fernando Collor em 1990, quando era o nome mais cotado para concorrer ao governo do estado do Rio de Janeiro. Migrou, na época para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e hoje está no Democratas (DEM).

Marcello Alencar: Aliado de Leonel Brizola, prefeito do Rio de Janeiro indicado por ele em 1983, apoiado por ele nas eleições de 1988 e um de seus possíveis sucessores na liderança do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Marcello Alencar começou um rompimento com Leonel Brizola em 1992, quando era prefeito do Rio de Janeiro, e discordou de sua posição em escolher Cidinha Campos como candidata a prefeita. Marcello Alencar queria indicar seu colaborador Luiz Paulo Corrêa da Rocha e foi impedido. Migrou então para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) levando seu grupo político que estava dentro da legenda pedetista.

Anthony Garotinho: Político de Campos, cidade do interior do estado. Garotinho, apontado como um dos possíveis sucessores de Leonel Brizola, rompeu com este em 2000 quando era governador. Se desligou do Partido Democrático Trabalhista (PDT, foi para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, em seguida, para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Atualmente está no Partido da República (PR). Antes de sua morte, Leonel Brizola e Garotinho reconciliaram-se.

Outros Desafetos de Brizola: Saturnino Braga, Jaime Lerner, Agnaldo Timóteo e Dante de Oliveira.


Jogo do Bicho e o Crime Organizado

Quando governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola foi acusado de ter ligações com os contraventores do jogo do bicho e de ser omisso no combate ao tráfico de drogas.

Segundo seus críticos, o governo do pedetista teria sido fundamental para a consolidação do crime organizado no Rio de Janeiro. Essa percepção acontecia porque Leonel Brizola adotou uma linha de ação na qual a polícia só poderia fazer incursões em favelas baseadas no respeito aos direitos humanos, fato que perdura até hoje, com a forte intervenção de ONGs ligadas aos direitos humanos nas políticas de segurança pública do Brasil, em contraposição ao que era considerado por ele como arbitrariedade do Estado.

A política do confronto armado, adotada pelos seus antecessores Chagas Freitas e Moreira Franco, foi abolida, desta forma o crime organizado cresceu e se fortaleceu. Este fato passou para a opinião pública a impressão de permissividade e colaboracionismo com a ilegalidade.

Os brizolistas o defendem lembrando que já no início de 1981 a imprensa dava conta da existência de uma guerra civil no Rio de Janeiro. Informação esta de caráter duvidoso, pois boa parte dos noticiários policiais são de cunho sensacionalista.

É fato, entretanto, que a TV Globo passou a destacar muito mais o problema da criminalidade no Rio de Janeiro durante o governo Leonel Brizola, ignorando problemas idênticos em outros estados, como São Paulo e Bahia, governada na época por Antônio Carlos Magalhães, amigo pessoal de Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Isso criou uma falsa imagem que o Rio de Janeiro era a cidade "mais violenta do mundo", prejudicando o turismo carioca e favorecendo o turismo baiano.

Enriquecimento

Em 2001, a revista Veja veiculou matéria em que apontava que Leonel Brizola teria quadruplicado o seu patrimônio após a volta do exílio. A matéria foi, supostamente, "baseada" em documentos cedidos pelo próprio filho de Leonel Brizola, José Vicente.

De acordo com a revista, os documentos cedidos por José Vicente apontavam que o patrimônio de Leonel Brizola aumentara em 10,7 milhões de reais. O que, segundo a revista, seria incompatível com os rendimentos oriundos do seu salário de governador. Em 1983, às vésperas de assumir seu mandato como governador do Estado do Rio de Janeiro, possuía um patrimônio de quatro milhões e meio de reais. Ao morrer, seus bens somavam pelo menos quinze milhões. De acordo com Leonel Brizola, seu patrimônio teria sido herança de sua falecida mulher, Neusa, irmã do presidente João Goulart. Segundo ele, o patrimônio é resultado de investimentos feitos com estes recursos herdados e de rendimentos provenientes de suas fazendas.

Leonel Brizola não foi acusado formalmente ou judicialmente de enriquecimento ilícito. Ele contestou a reportagem de Veja em um direito de resposta inserido na edição subsequente da revista. A reportagem que revelava a evolução patrimonial de Leonel Brizola foi objeto de protestos na Câmara dos Deputados (20 discursos) e no Senado Federal (18 discursos).

Em 2000, José Vicente havia brigado com o pai e se desfiliado do Partido Democrático Trabalhista (PDT), indo para o Partido dos Trabalhadores (PT). Numa manobra política, José Vicente foi nomeado Diretor das Loterias do Estado, contra a vontade de seu pai. Como o cargo exigia a graduação em nível superior, o Partido dos Trabalhadores mandou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei modificando este critério, para poder nomear José Vicente. Na ocasião Leonel Brizola desabafou dizendo que José Vicente não era mais seu filho e sim filho político do governador Olívio Dutra. Leonel Brizola atribuiu a veiculação da reportagem ao Partido dos Trabalhadores gaúcho e ameaçou processar a revista Veja, o Partido dos Trabalhadores e o próprio filho. Na ocasião, Leonel Brizola ainda acusou José Vicente de abusar da bebida.

Até o seu falecimento, Leonel Brizola nunca chegou a processar a revista. Seu filho, José Vicente, durante o velório do pai, declarou que tinha havido a reconciliação dos dois alguns dias antes do falecimento.


Falecimento

Seis dias antes de morrer, Leonel Brizola chegou à sua residência no Rio de Janeiro, vindo de sua fazenda no Uruguai, com infecção intestinal e forte gripe. Apresentava febre e vômitos e estava bastante debilitado. Apesar de acamado, continuou a receber visitas de políticos, entre os quais Anthony Garotinho e sua filha Clarissa Mateus, além de seus afilhados políticos Carlos LupiJorge Roberto Silveira e de seu ex-rival Moreira Franco.

Sua situação piorou ainda mais três dias depois. Depois de muita resistência, Leonel Brizola concordou em ir a um hospital nas proximidades. Uma tomografia dos pulmões mostrou Infecção Respiratória (pneumonia). Feita ultra-sonografia do coração, nada de anormal foi encontrado.

Leonel Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital quando, segundo seu médico particular, apresentou um edema no pulmão, significando grave Insuficiência Cardíaca. Novos exames confirmaram Infarto Agudo do Miocárdio. Brizola morreu às 21:20 hs do dia 21 de junho de 2004.

Seu funeral foi marcado por ampla cobertura das redes de televisão. O presidente Lula, ex-aliado e à época adversário, decretou luto oficial de três dias por ocasião de seu falecimento, e compareceu ao seu velório no Palácio Guanabara.

Depois de ainda ter sido velado em Porto Alegre, Leonel Brizola foi sepultado em São Borja, na fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul, onde também se encontram os túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart.

Vida Pessoal

Leonel Brizola foi casado com Neusa Goulart, falecida em 1993, com que teve uma filha, Neusinha Brizola, falecida em 2011, e dois filhos, José Vicente Brizola, ex-deputado federal e falecido em 2012, e João Otávio.

Nos últimos dez anos de vida, sua companheira foi Marília Martins Pinheiro.

Fonte: Wikipédia