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Cláudio Corrêa e Castro

CLÁUDIO LUÍS MURGEL CORRÊA E CASTRO
(77 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (27/02/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/08/2005)

Cláudio Luís Murgel Corrêa e Castro foi um ator brasileiro. Sempre foi considerado um ator notável, culto e versátil. Foi um dos recordistas de participação em telenovelas no Brasil, chegando a atuar em mais de quarenta folhetins.

Começou a carreira artística no teatro e no cinema. Mas, depois que entrou para a TV, dedicou-se a ela inteiramente. Sua primeira novela foi "A Muralha", de Ivani Ribeiro, exibida em 1968 na TV Excelsior. Depois fez "Dez Vidas", no papel do Visconde de Barbacena, "Sangue Do Meu Sangue", "A Menina Do Veleiro Azul" e "Os Estranhos".

Na TV Tupi atuou durante oito anos participando de trabalhos como "Meu Pé De Laranja Lima", "Nossa Filha Gabriela", "Signo Da Esperança", "Camomila e Bem-Me-Quer", "Mulheres De Areia", "Os Inocentes", "A Viagem", "Xeque-Mate", "O Julgamento" e "O Profeta".

No teatro, um de seus momentos mais marcantes foi fazendo "Galileu, Galilei".


Na TV Globo, onde estreou em 1978 fazendo "Dancin’Days", fez mais de uma dezena de personagens. Entre as muitas novelas das quais participou, praticamente uma após a outra, estão "A Gata Comeu", "Paraíso", "Transas e Caretas", "Hipertensão", "Bambolê", "Tieta", "O Dono do Mundo", "Deus Nos Acuda", "Pátria Minha", "Incidente Em Antares", "O Rei Do Gado", "Anjo De Mim", "A Padroeira", "O Quinto Dos Infernos", "Esperança", "O Anjo Mau", "A Casa Das Sete Mulheres", "Kubanacan" e "Chocolate com Pimenta".

Ficou marcado por tipos como o Srº Leopoldo de "Força De Um Desejo", em 1999, o Conde Klaus de "Chocolate Com Pimenta", em 2003, o Gugu de "A Gata Comeu", de 1985, o Vidal de "Eu Prometo" e o Arcanjo Gabriel de "Deus Nos Acuda", ao lado de Dercy Gonçalves.

No cinema trabalhou em "O Grande Mentecapto", de Oswaldo Caldeira, em 1985, e em "Tiradentes", também de Oswaldo Caldeira, de 1999.

Cláudio cursou Faculdade de Belas Artes na França e após formado, retornou ao Brasil, começando sua carreira de artista como pintor, mas logo o teatro entrou em sua vida. Na década de 1960, foi convidado para ser o primeiro diretor do Teatro de Comédia do Paraná (TCP) e foi quando convidou o casal Paulo Goulart e Nicette Bruno para fazerem parte da primeira composição do TCP.

Foi casado com a atriz Ileana Kwasinski, falecida em 1995, com quem teve um filho chamado Guilherme, e outros dois do segundo casamento, Gabriel e João Pedro.

Morte

Cláudio Corrêa e Castro morreu na tarde de 16/08/2005, por volta das 16:00 hs, no Hospital de Clínicas Niterói, no Rio de Janeiro. A causa da morte foi disfunção múltipla dos órgãos. Em 2005 ele esteve internado diversas vezes.

Cláudio Corrêa e Castro foi submetido no dia 26/04/2005 a uma cirurgia cardíaca, com sucesso na época, no Hospital São Lucas, tendo alta hospitalar em 06/05/2005.

No dia 24/05/2005, porém, ele foi novamente internado na Unidade Cardiointensiva, do mesmo hospital, com um quadro infeccioso decorrente da ferida operatória na perna e no antebraço esquerdo. Em 09/06/2005, o paciente teve alta do CTI para um quarto particular.

Em 20/06/2005 ele voltou para a Unidade Cardiointensiva com sinais de perda de consciência e agravamento da ferida operatória. Três dias depois, estabilizado e lúcido, Cláudio Corrêa e Castro foi transferido para o CTI do Hospital de Clínicas Niterói, a pedido da família, por questões geográficas, pois eles residem em Niterói.

Em comunicado enviado à imprensa, o hospital afirmou que, durante o período de internação, o ator apresentou graves complicações decorrentes do pós-operatório de uma cirurgia de revascularização do miocárdio, que piorou porque o paciente era portador de diabetes e de hipertensão arterial.

O corpo do ator foi velado e enterrado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro e o enterro ocorreu às 14:00 hs.

Televisão

Telenovelas e Seriados:
  • 2005 - Zorra Total ... Anacreto
  • 2003 - Chocolate Com Pimenta ... Conde Klaus Von Burgo
  • 2003 - Kubanacan ... Tijon Afonso Burlamaqui
  • 2002 - Malhação ... Juiz Aristides Maia
  • 2002 - Esperança ... Agostino
  • 2001 - A Padroeira ... Dom Agostinho de Miranda
  • 2001 - Porto Dos Milagres ... Seu Babau
  • 2000 - O Cravo e a Rosa ... Normando Castor
  • 1999 - Força De Um Desejo ... Leopoldo Silveira
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Ovídio
  • 1997 - Anjo Mau ... Augusto Machado
  • 1996 - Anjo De Mim ... Inácio
  • 1996 - O Rei Do Gado ... Toni Vendacchio
  • 1995 - História De Amor ... Rômulo Sampaio
  • 1994 - Pátria Minha ... Valdomiro
  • 1992 - Deus Nos Acuda ... Anjo Gabriel
  • 1991 - O Dono Do Mundo ... Vicente
  • 1989 - Tieta ... Padre Mariano
  • 1988 - Vale Tudo ... Bartolomeu Meirelles
  • 1987 - Bambolê ... Bambriani
  • 1986 - Sinhá Moça ... Aristides
  • 1986 - Hipertensão ... Napoleão
  • 1985 - A Gata Comeu ... Gustavo Penaforte (Gugu)
  • 1984 - Transas e Caretas ... Régis
  • 1984 - Caso Verdade, Esperança ... Farina
  • 1983 - Champagne ... Ralph
  • 1983 - Eu Prometo ... Vidal Marques
  • 1982 - Paraíso ... Coronel Eleutério
  • 1981 - Jogo Da Vida ... Etevaldo de Alencastro
  • 1980 - As Três Marias ... Jonas
  • 1980 - Chega Mais ... Belmiro
  • 1979 - Cabocla ... Coronel Boanerges
  • 1978 - Dancin' Days ... Franklin
  • 1977 - O Profeta ... Clóvis
  • 1976 - O Julgamento ... Lourenço Paixão
  • 1976 - Xeque Mate ... Raffles
  • 1975 - A Viagem ... Daniel
  • 1975 - Meu Rico Português ... Rudolph
  • 1974 - Os Inocentes ... Padre João
  • 1973 - Mulheres De Areia ... Virgílio Assunção
  • 1972 - Camomila e Bem-Me-Quer ... Romão
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela ... Napoleão
  • 1970 - O Meu Pé De Laranja Lima ... Manuel Valadares
  • 1970 - As Bruxas ... Otto
  • 1969 - Dez Vidas ... Visconde de Barbacena
  • 1969 - Os Estranhos ... Radamés
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Dom Pedro II
  • 1968 - A Muralha ... Dom Manuel Nunes Viana

Minisséries:
  • 2003 - A Casa Das Sete Mulheres
  • 2002 - O Quinto Dos Infernos ... Dr. Vieira
  • 1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados ... Drº Arnaldo
  • 1994 - Incidente Em Antares ... Vivaldino Brazão
  • 1993 - Agosto ... Ilídio
  • 1990 - Boca Do Lixo ... Junqueira
  • 1988 - O Primo Basílio ... Ricardo
  • 1986 - Anos Dourados ... Carneiro
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Moreira Braga
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita ... Euclides Fonseca


Cinema

  • 2004 - Irmãos de Fé
  • 2001 - Minha Vida Em Suas Mãos
  • 2000 - Xuxa Popstar
  • 2000 - Duas Vezes Com Helena
  • 1999 - Mauá - O Imperador e o Rei
  • 1999 - Tiradentes
  • 1997 - O Noviço Rebelde
  • 1986 - O Grande Mentecapto
  • 1981 - Engraçadinha
  • 1980 - Os Sete Gatinhos
  • 1980 - Prova De Fogo
  • 1979 - O Caso Cláudia
  • 1977 - Elas São Do Baralho
  • 1976 - Tiradentes, o Mártir Da Independência
  • 1973 - Amante Muito Louca
  • 1967 - O Mundo Alegre De Helô
  • 1962 - Cinco Vezes Favela (Episódio "Couro De Gato")
  • 1959 - Um Caso de Polícia

Fonte: Wikipédia

Arrelia

WALDEMAR SEYSSEL
(99 anos)
Palhaço, Humorista e Ator

* Jaguariaíva, PR (31/12/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/05/2005)

O palhaço Arrelia tornou-se um mito das crianças paulistanas. As matinês do circo e posteriormente o "Cirquinho do Arrelia" da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Ele deixou como marca registrada nessa cidade o popular refrão:

Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem... bem... bem!

Waldemar Seyssel, o famoso palhaço Arrelia, veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Ele começou a atuar com seis meses de idade, no circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.

Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno – Julio Seyssel, que nasceu e vivia na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo o país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela.

Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal acabou vindo para o Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e ao invés de prosseguir com a excursão para outros paises, ficou por aqui mesmo, dando origem a uma linguagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo. O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia.

Depois de longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e foram trabalhar com ele na TV Record.

Waldemar Seyssel começou em circo, saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho e finalmente, quando deixou o circo, em 1953, pela televisão, outro parceiro foi o palhaço Pimentinha, seu sobrinho.

Caracterização do Palhaço Arrelia

Ele próprio diz ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, falando difícil sem saber e errando sempre. Enfim, é um tipo de rua.

"Um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo", fala Arrelia.

Ele acredita muito no estudo acurado do personagem, que vai representar e o sucesso depende muito disso, e por isso mesmo acha que a escola de circo será um sucesso pleno. "A forma com que as crianças me procuram, prova não só o interesse que elas têm pelo palhaço Arrelia, mas também o interesse que elas têm pelo espetáculo circense em geral".

Definindo-se como palhaço fora de órbita, Arrelia cita grandes nomes da sua arte: Eduardo Neves, Benjamim de Oliveira, Polidoro, Caetano Namba, Serrano, Alcebíades e Henrique Seyssel, seu irmão e parceiro.

O palhaço Arrelia, morreu por volta das 5 horas do dia 23/05/2005 (Segunda-feira), aos 99 anos, na clínica Santa Bárbara, em Botafogo, zona sul do Rio, a sete meses da comemoração de seu centenário. Ele foi internado na última sexta-feira com febre alta e estava inconsciente. Os médicos diagnosticaram Pneumonia e Falência Múltipla dos Órgãos.

Arrelia será enterrado nesta terça-feira, às 14 horas, em São Paulo, cidade em que viveu a maior parte de sua vida e que o fez famoso em todo o País.

A advogada Ana Cristina de Arruda Botelho, uma das dez netas de Arrelia (ele tinha quatro filhos e oito bisnetos), contou que o avô pediu para ser sepultado na capital paulista, no jazigo da família, no cemitério da Paz, no Morumbi. Arrelia morava havia oito anos no bairro carioca do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, com a mulher, Arlete Seyssel, de 89 anos, e uma das filhas, Haydeé Botelho, de 66.

Fonte: Wikipédia e http://retira.net/rv12/n1206.htm


Agnes Fontoura

APARECIDA ALVES
(76 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/04/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2005)

Aparecida Alves, mais conhecida como Agnes Fontoura, foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/04/1928.

Nascida Aparecida Alves, a atriz adotou o nome artístico Agnes Fontoura para participar de novelas, programas de rádio, peças de teatro e filmes.

Sua carreira começou em 1953, quando ficou entre as finalistas do concurso Miss Cinelândia Artístico e ganhou projeção no meio. Três anos depois, estreou nos cinemas não mítico filme "A Estrada", de Osvaldo Sampaio.

Na década de 60 trabalhou na Rádio MEC e Rádio Nacional e fez diversas peças de teatro, principalmente comédias.

Agnes Fontoura atuou em novelas da TV Globo, como "Dona Xepa" (1977), "Maria, Maria" (1978), "Guerra dos Sexos" (1983) e "Selva de Pedra" (1972). Mas foi uma personagem, Edilamar, do programa humorístico "Chico Anísio Show", seu papel mais popular na televisão.

Sua última atuação foi no teatro, em 2003, na peça "Com a Pulga Atrás da Orelha", atuando com Othon Bastos, Edwin Luisi, Herson Capri e Débora Duarte.

Agnes Fontoura faleceu no Rio de Janeiro, RJ, aos 76 anos, no dia 05/03/2005, vitima de um câncer. Ela estava internada no Hospital da Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca, no Rio de Janeiro.

Elisângela e Agnes Fontoura
Carreira

Televisão

  • 1995 - Explode Coração
  • 1990 - Fronteiras do Desconhecido
  • 1984 - Viver a Vida ... Rosa
  • 1983 - Guerra dos Sexos
  • 1980 - Chega Mais ... Leda
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Tita
  • 1978 - Maria, Maria ... Donana
  • 1977 - Dona Xepa ... Arlete
  • 1972 - Selva de Pedra ... Irene
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu (1970) ... Adelaide

Cinema

  • 1984 - Mulheres Insaciáveis
  • 1984 - A Boca do Prazer
  • 1979 - A Pantera Nua
  • 1956 - A Estrada


Fonte: Wikipédia

Bezerra da Silva

JOSÉ BEZERRA DA SILVA
(77 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

* Recife, PE (23/02/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/01/2005)

Nordestino, desde a infância foi ligado à música e sempre "sentiu" que apresentava o dom de tocar, causando atritos com a família.

O pai, da Marinha Mercante, saiu de casa quando Bezerra era pequeno, vindo morar no Rio de Janeiro. Com isso, depois de ingressar e ser expulso da Marinha Mercante, descobriu o paradeiro do pai e veio atrás dele. Causando mais atritos com o pai, foi morar sozinho, no Morro do Cantagalo, trabalhando como pintor na construção civil. Juntamente, era instrumentista de percussão e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950.

Durante sete anos viveu como mendigo nas ruas de Copacabana, onde tentou suicídio e foi salvo por um Santo da Umbanda. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando o primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.

Inicialmente gravou músicas sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar o público. O repertório dos discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra notabilizou-se por um estilo Sambandido (ou Gangsta Samba), precursor mesmo do Gangsta Rap norte-americano. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a mostrar a sua realidade em músicas como: "Malandragem Dá um Tempo", "Sequestraram Minha Sogra", "Defunto Caguete", "Bicho Feroz", "Overdose de Cocada", "Malandro Não Vacila", "Meu Pirão Primeiro", "Lugar Macabro", "Piranha", "Pai Véio 171", "Candidato Caô Caô".

Em 1995 gravou pela Sony "Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert", uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com "Bezerra da Silva - Produto do Morro", de Letícia Vianna.

Em 2001 tornou-se evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus e em 2003 gravou o CD Caminho de Luz com músicas gospel. Em 2005, perto da morte, mas ainda demostrando plena atividade, participou de composições com Planet Hemp, O Rappa, Velhas Virgens e outros nomes de prestígio da Música Popular Brasileira.

Bezerra morreu na manhã de segunda-feira, dia 17/01/2005 aos 77 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca. De acordo com o último boletim médico, a causa do óbito foi Falência Múltipla dos Órgãos. O corpo de Bezerra foi velado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O sepultamento foi em uma terça-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju.

Bezerra estava internado desde o dia 28/10, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, com Embolia Pulmonar e Pneumonia.

O curioso desta data é que Bezerra se auto-intitulava "O Bom Malandro", por isso quando morresse, queria que não fosse numa sexta-feira ou feriado, para não atrapalhar a praia dos amigos. E morreu numa segunda-feira - ou seja, depois do fim-de-semana e no dia 17 de janeiro, o primeiro mês do ano - 1 7 1.

Fonte: Wikipedia

Francisco Milani

FRANCISCO FERREIRA MILANI
(68 anos)
Ator, Dublador, Humorista e Político


☼ São Paulo, SP (19/11/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/08/2005)

Francisco Milani foi um ator, dublador, humorista, diretor de televisão e político nascido em São Paulo, SP, no dia 19/11/1936. Com uma vasta carreira no cinema, teatro e TV, destacou-se na comédia, dirigindo e atuando em programas humorísticos clássicos, como "Viva o Gordo" e "Chico Anysio Show". Consagrou-se por interpretar tipos mal-humorados, sendo o mais memorável o personagem Saraiva, do programa humorístico "Zorra Total".

Filho de Donato Milani e Fernanda Ferreira, Francisco Milani nasceu e foi criado no bairro do Belenzinho na capital paulista. Depois, sua família transferiu-se para o Rio de Janeiro.

A carreira artística de Francisco Milani começou aos 13 anos de idade quando conseguiu seu primeiro emprego em uma rádio no interior de São Paulo.

Em 1959, participou da "TV de Vanguarda" e "TV de Comédia", na extinta TV Tupi.

Convidado pelo dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, foi trabalhar no Centro Popular de Cultura (CPC), na União Nacional dos Estudantes (UNE), tendo presenciado a invasão e o incêndio do mesmo. Devido ao endurecimento da Ditadura Militar brasileira, foi embora de São Paulo e acabou interrompendo sua carreira artística por oito anos.

Jô Soares relata em sua autobiografia (2018) que, por Francisco Milani ser filiado ao Partido Comunista, foi perseguido pelos órgãos de repressão e que teria conseguido fugir com ajuda de Cyro del Nero no porta-malas de um carro. Trabalhou como caminhoneiro, nesse período, para despistar seu paradeiro. Apenas na década de 70, viajou para o Rio de Janeiro, cidade em que passou a viver e na qual retomou sua vida artística.

Cinema

No cinema, seus primeiros filmes são "Crime no Sacopã" (1963) e "Esse Mundo é Meu" (1963). Participou do clássico "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha.

Nos anos 70, participou dos filmes "O Último Malandro" (1974), "Pecado na Sacristia" (1975) e "Essa Mulher é Minha... E dos Amigos" (1976).

Na década de 80, atuou no drama "Eles Não Usam Black-Tie" (1981), de Leon Hirszman.

Nas décadas de 90 e 2000, trabalhou nos filmes "O Lado Certo da Vida Errada" (1996), "O Coronel e o Lobisomem" (2005) e no infantil "Eliana e o Segredo dos Golfinhos" (2005).

Sua última participação no cinema foi no filme "Irma Vap - O Retorno", lançado após a sua morte.

Novelas e Minisséries

Francisco Milani estreou na TV Globo na telenovela "Irmãos Coragem" (1970), a partir daí, participou de várias outras novelas da emissora, entre elas, "Selva de Pedra" (1972), "Elas Por Elas" (1982), "Barriga de Aluguel" (1990) e "Vamp" (1991).

Também trabalhou nas novelas da TV Tupi, sendo estas, "Roda de Fogo" (1978) e "Gaivotas" (1979), de Jorge de Andrade, interpretando o delegado João Leite.

Participou das minisséries "Bandidos da Falange" (1983), "Riacho Doce" (1990) e "Anos Rebeldes" (1992), que reunia inúmeros atores que foram perseguidos ou presos durante a Ditadura Militar. Curiosamente, Francisco Milani, que foi perseguido pelos órgãos de repressão deste período, interpretou o inspetor Camargo, um agente da ditadura.

Comédia

Sua trajetória na comédia iniciou na década de 1980, no programa "Viva o Gordo", de Jô Soares, do qual tornou-se diretor entre os anos de 1985 a 1987. No programa, interpretava inúmeros papéis. Seu personagem mais famoso, sem nome específico, dizia ou pedia coisas absurdas a outras pessoas e, quando o olhavam com estranheza, falava o bordão "Tá me olhando por quê? Eu sou normal!".

Também dirigiu e atuou no programa "Chico Anysio Show" (1988).

Em 1985, interpretou o rabugento chefe da personagem Zelda Scott (Andrea Beltrão) no seriado "Armação Ilimitada".

Na década de 1990, integrou o elenco da "Escolinha do Professor Raimundo", na qual viveu o cético advogado Pedro Pedreira, cujo principal bordão era "Pedra noventa, só enfrenta quem aguenta!", um tipo que contestava tudo que o Professor Raimundo dizia, exigindo provas para cada fato histórico apresentado. Quando o professor não conseguia apresentar as provas, o personagem soltava o bordão "Então, não me venha com chorumelas!".

Em 2000, quando a "Escolinha do Professor Raimundo" havia se tornado um quadro do "Zorra Total", Francisco Milani, que integrava o elenco, foi demitido. Sem ser informado, Chico Anysio só tomou conhecimento de sua demissão ao notar sua ausência no estúdio. Tendo ficado profundamente revoltado, Chico Anysio cancelou a gravação e mandou todos os atores e convidados de volta para casa.

Em 2015, na nova versão da "Escolinha do Professor Raimundo", o personagem Pedro Pedreira foi interpretado por Marco Ricca.

Francisco Milani consagrou-se com a personagem Saraiva, do programa humorístico "Zorra Total" da TV Globo, dono do bordão "Pergunta idiota, tolerância zero!". Personagem mal-humorado e rabugento que não suportava ouvir perguntas pouco inteligentes e causava constrangimento a sua esposa vivida pela atriz Stella Freitas. O personagem foi criado da década de 1950 pelo comediante Ary Leite.

No ano de 1999 a família de Ary Leite, na época já falecido, processou a TV Globo pelo não pagamento de direitos autorais e a condenação veio no ano de 2003 com a TV Globo sendo obrigada a pagar uma indenização e a retirar a personagem do ar, a partir daí, o quadro deixou de ser exibido.

Entre os anos de 2003 e 2004 fez participações especiais no programa humorístico "A Grande Família" interpretando o rabugento Tio Juvenal, conhecido também como o Tio Mala. O personagem estreou dois meses depois da morte de Rogério Cardoso, que interpretava Seu Flor. Ele estreou no episódio "O Tio Mala" e, devido ao sucesso do personagem, apareceu em mais dois episódios: "O Mal-Amado" e "Etelvina e Juvenal".

Em 2004 concedeu uma entrevista na qual foi perguntado o que ele achava de interpretar inúmeros personagens mal-humoradas, respondendo que achava o mau-humor muito engraçado. Segundo Francisco Milani: "Quando você vê uma pessoa mal-humorada na rua, acaba achando aquilo engraçado, pois ela tem um comportamento fora do normal e fazer um papel desses é prazeroso para qualquer ator!".

Em 2005, Maurício Sherman, diretor-geral do programa humorístico "Zorra Total", declarou que Francisco Milani, apesar de estar doente, estava se preparando para interpretar novamente o personagem Saraiva e estava bastante entusiasmado. Porém, Francisco Milani faleceu uma semana antes do início das gravações. O personagem só retornou em 2010 interpretado pelo ator Leandro Hassum.

Seu último personagem cômico foi Cambises, o pão duro, um homem que só pensava em economizar seu dinheiro, questionando os valores e a utilidade de cada produto comprado por sua esposa no caixa do supermercado. O quadro foi lançado em 2005 no "Zorra Total", sendo este seu último trabalho em vida.

No dia 20/08/2005, uma semana após sua morte, Francisco Milani foi homenageado pelo programa com uma edição de imagens relembrando seus personagens mais famosos. Depois, o ator Milton Gonçalves leu um texto em homenagem ao colega e foi exibido um esquete inédito da personagem Cambises, o último gravado por Francisco Milani.

Política

Sempre interessado pela política, Francisco Milani foi eleito vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas eleições de 1992, tendo ainda durante o mandato passado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Em 1995, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), partido pelo qual, no ano 2000, foi candidato derrotado a vice-prefeito na chapa de Benedita da Silva (PT) nas eleições municipais do Rio de Janeiro. O vencedor foi Cesar Maia (PTB). É de sua autoria a lei que criou a Riofilme.

Francisco Milani e sua neta Mariana Milani
Vida Pessoal

Francisco Milani foi casado por duas vezes, uma delas com a atriz Joana Fomm. É pai do cineasta e diretor de telenovelas Carlo Milani.

A viúva de Chico Anysio, Malga Di Paula, em 2021, concedeu uma entrevista ao programa "A Noite é Nossa" da TV Record e, quando perguntada quais eram os artistas que Chico Anysio mais gostava declarou que ele adorava Francisco Milani, Rogério Cardoso e Tom Cavalcante.

Morte

Francisco Milani faleceu no sábado, 19/08/2005, aos 68 anos, vítima de um edema pulmonar agudo, consequência de um câncer retal metastático, no Hospital Barra d'Or, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

Atendendo a seu desejo, o velório foi curto, durando duas horas. Além de sua família, estavam presentes integrantes do elenco dos programas "A Grande Família", "Zorra Total" além de outros atores.

O velório terminou com todos cantando o hino da Internacional Socialista e do Corinthians, seu time do coração.

O corpo de Francisco Milani foi cremado e as suas cinzas, jogadas no mar.

Carreira

Cinema
  • 1963 - Esse Mundo é Meu
  • 1963 - Crime no Sacopã
  • 1967 - Terra em Transe
  • 1974 - O Último Malandro
  • 1975 - Pecado na Sacristia
  • 1975 - O Padre Que Queria Pecar
  • 1976 - Essa Mulher é Minha... e dos Amigos
  • 1981 - Eles Não Usam Black-Tie
  • 1996 - O Lado Certo da Vida Errada
  • 2000 - O Circo das Qualidades Humanas
  • 2005 - O Coronel e o Lobisomem
  • 2005 - Eliana em o Segredo dos Golfinhos
  • 2006 - Irma Vap - O Retorno

Televisão Novelas
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Luiz
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer
  • 1972 - Selva de Pedra ... Hélio Sales
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Moraes
  • 1978 - Roda de Fogo ... Drº Bento
  • 1978 - Aritana ... Homero
  • 1979 - Gaivotas ... Delegado João Leite
  • 1981 - Brilhante ... Vanderlei
  • 1982 - Elas Por Elas ... Participação especial
  • 1982 - Final Feliz ... Vasco
  • 1983 - Champagne ... Participação especial
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Chiquinho / Ramon / Dartagnan / Salgado
  • 1991 - Vamp ... Max
  • 1995 - História de Amor ... Durval
  • 1995 - Cara & Coroa ... Juan

Minisséries
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Pinheiro de Lemos
  • 1984 - Meu Destino é Pecar ... Aprígio
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Francisco Mata Negros
  • 1990 - Riacho Doce ... Drº Bernardo Moreira
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Inspetor Camargo
  • 1993 - Sex Appeal ... Peçanha
  • 1995 - Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados ... Participação especial
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Drº Jairo
  • 2002 - O Quinto dos Infernos
  • 2004 - Um Só Coração

Séries
  • 1981 - Amizade Colorida ... Camargo (Episódio: "Isso Acontece…")
  • 1983 - Mário Fofoca ... Rudimar
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Chefe da personagem Zelda
  • 1993 - Retrato de Mulher ... Miro (Episódio: "Era Uma Vez… Dulcinéia")
  • 1995 - Casa do Terror ... Tony / Diabo
  • 1996 - Caça Talentos ... Mil Faces (A partir da 3ª temporada)
  • 1998 - Malhação ... Milton

Programas Humorísticos
  • 1985 - Viva o Gordo ... Vários personagens
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Vários personagens
  • 1994 - Casseta & Planeta, Urgente! ... Narrador
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Pedro Pedreira
  • 1997 - Sai de Baixo ... Alfredo Capeletti (Episódio: "É Ripa na Chulipa!")
  • 2004 - A Grande Família ... Tio Juvenal (Tio Mala)
  • 1999 / 2005 - Zorra Total ... Seu Saraiva / Pedro Pedreira / Cambises

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FranciscoMilani

Antônio Carlos Pires

ANTÔNIO CARLOS PIRES
(78 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (01/01/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/02/2005)

Foi um dos humoristas pioneiros do rádio brasileiro, atuando na Rádio Mayrink Veiga, nos anos 40. Estreou no cinema em 1953, em "Santa De Um Louco", de George Dusek. Celebrizou-se em chanchadas como "O Primo Do Cangaceiro" (1955), "Trabalhou Bem, Genival" (1955), "Tira A Mão Daí" (1956), "Genival É De Morte" (1956), "O Batedor De Carteiras" (1958), "Quanto Mais Samba, Melhor" (1960), "Aí Vem A Alegria" (1960), "Pintando o Sete" (1960) e "Os Mendigos" (1962).

Chegou à televisão pela TV Excelsior e, em 1966, estreou na novela "O Anjo E O Vagabundo", de Benedito Ruy Barbosa, e depois em "Éramos Seis" (1967), de Pola Civelli, baseada na obra de Maria José Dupré, ambas transmitidas pela TV Tupi.


Antônio Carlos Pires e sua filha Glória Pires
A partir de então, passou a intercalar novelas com filmes, que era o seu principal espaço de atuação. Nessa época, fez "Anuska, Manequim e Mulher" (1968), "O Donzelo" (1970) e "Vinte Passos Para a Morte" (1970), ao mesmo tempo em que participou das novelas da TV Excelsior como "O Direito dos Filhos" (1968), "A Muralha" (1968). Na TV Record participo de "A Pequena Órfã" (1968), "As Pupilas do Senhor Reitor" (1970) e "Tilim" (1970).

A partir dos anos 70, passou a atuar definitivamente na Rede Globo. Foi nessa época que retornou às suas raízes humorísticas ao atuar em programas como "Satiricom", "Planeta dos Homens", "Chico Anysio Show" e "Escolinha do Professor Raimundo". Neste último, atuou ao lado de antigos colegas como Chico Anysio, Grande Otelo, Zezé Macedo e Nádia Maria,  e interpretou seu personagem mais famoso, Joselino Barbacena, um aluno oriundo da cidade mineira de Barbacena. MG, que sempre tentava inutilmente se esconder do Professor Raimundo. Atuou neste programa de 1990 a 1994.

Em 1995, após dez anos longe dos cinemas, atuou em seu último filme: "O Quatrilho", ao lado de sua filha Glória Pires.

Morte

Sofrendo do Mal de Parkinson, parou de atuar pela dificuldade em decorar textos. Em 2002, perdeu a capacidade de falar. Faleceu três anos depois, em 28/02/2005, após dois meses de internação na Clínica São José.

Antônio Carlos Pires foi casado com a empresária Elza Pires, falecida no início da década de 90, com quem teve duas filhas: a terapeuta Linda Pires e a atriz Glória Pires. Eles também fundaram o Instituto Casazul para pessoas idosas.


Televisão

  • 1966 - O Anjo E O Vagabundo
  • 1967 - Éramos Seis
  • 1968 - O Direito Dos Filhos
  • 1968 - A Muralha
  • 1968 - A Pequena Órfã
  • 1970 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1970 - Tilim
  • 1972 - Bicho Do Mato
  • 1972 - A Patota
  • 1973 - Satiricom
  • 1975 - Gabriela
  • 1975 - O Grito
  • 1976 - Planeta Dos Homens
  • 1980 - Chega Mais
  • 1980 - As Três Marias
  • 1981 - Jogo Da Vida
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1982 - Elas Por Elas
  • 1983 - A Turma Do Pererê
  • 1983 - Eu Prometo
  • 1984 - Viver A Vida
  • 1986 - Cambalacho
  • 1990 - Escolinha Do Professor Raimundo
  • 1991 - Estados Anysios De Chico City

Cinema

  • 1953 - Santa De Um Louco
  • 1955 - O Primo Do Cangaceiro
  • 1955 - Trabalhou Bem, Genival
  • 1956 - Tira A Mão Daí!
  • 1956 - Genival É De Morte
  • 1958 - O Batedor De Carteiras
  • 1960 - Pintando O Sete
  • 1960 - Virou Bagunça
  • 1960 - Quanto Mais Samba Melhor
  • 1960 - Aí Vem A Alegria
  • 1962 - Os Mendigos
  • 1968 - Anuska, Manequim E Mulher
  • 1970 - Vinte Passos Para A Morte
  • 1970 - O Donzelo
  • 1971 - Os Caras De Pau
  • 1975 - As Aventuras De Um Detetive Português
  • 1995 - O Quatrilho

Fonte: Wikipédia

Miguel Arraes

MIGUEL ARRAES DE ALENCAR
(88 anos)
Advogado, Economista e Político

* Araripe, CE (15/12/1916)
+ Recife, PE (13/08/2005)

Miguel Arraes de Alencar foi um advogado, economista e político brasileiro. Foi prefeito do Recife, deputado estadual, deputado federal e por três vezes governador do estado de Pernambuco.

Nasceu em Araripe, interior do Ceará, primogênito e único filho (sexo masculino) de Maria Benigna Arraes de Alencar e José Almino de Alencar e Silva, pequenos agricultores.

Durante a juventude Miguel Arraes mudou-se para Crato, com o objetivo de concluir o ginásio (ensino fundamental). Nesses anos, um fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. A respeito, afirmou: "É uma lembrança que guardo para sempre. Era um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas!"

Em 1932, aos 17 anos, foi aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Simultaneamente, também foi aprovado no concurso público de escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), sendo lotado no Recife.

Após a posse no cargo, conseguiu a transferência para a Faculdade de Direito do Recife, incorporada posteriormente à Universidade Federal de Pernambuco. Formou-se em 1937. No ano seguinte, foi promovido a assistente do diretor de Fiscalização, cargo no qual permaneceu até 1941, quando passou a ser chefe de Secretaria.

Em 1943 ascendeu a Delegado Regional, ocupação que deixou em 1947, ao assumir a Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação de Barbosa Lima Sobrinho, que havia sido eleito governador do estado naquele ano e com quem havia trabalhado no Instituto do Açúcar e do Álcool.

Carreira Política Antes do Golpe de 1964

Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas de Oliveira da União Democrática Nacional (UDN), representante das oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais, o Acordo do Campo, e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.

Com o golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas, sede do governo estadual. Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não trair a vontade dos que o elegeram". Em consequência, foi preso na tarde do dia 01/04.

Deposto, foi encarcerado em uma pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encaminhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Seu pedido de Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal foi protocolado em 19/04, sob o número 42.108. Foi concedido, por unanimidade, fundamentado em questões processuais (foro privativo de governadores e necessidade de autorização da Assembléia Legislativa). A exceção foi o voto do ministro Luís Galloti, que concedeu o Habeas Corpus em função do flagrante excesso de prazo da prisão. O então procurador-geral da República, Oswaldo Trigueiro, opinou pela manutenção de sua prisão. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.

Miguel Arraes após voltar do exílio. Brasília, 1979.
O Exílio

Concedido o Habeas Corpus, Miguel Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Miguel Arraes cogitou pedir asilo ao Chile - onde, alguns anos depois, houve em 1973 o golpe militar de Pinochet. Assim, Miguel Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha problemas sociais parecidos com os do Brasil.

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 02/03/1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão, foi pelo crime de "subversão".

Carreira Política Após a Anistia

Em 1979, com a anistia, voltou ao Brasil e à política. Elegeu-se deputado federal em 1982, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986 venceu as eleições para governador de Pernambuco, ainda pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, derrotando o candidato do Partido da Frente Liberal (PFL) e do governo, José Múcio Monteiro.

Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como o Vaca Na Corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu de Palha, que empregava canavieiros, no período de entre-safra, na construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi a eletrificação rural.

Em 1990, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito mais uma vez governador em 1994, aos 78 anos, sendo um dos principais opositores ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, posição esta que lhe custou caro politicamente.

Seu último governo foi marcado pela grave crise financeira do estado e pela greve das polícias civil e militar. Perdeu a reeleição em 1998 para seu ex-aliado e ex-prefeito do Recife Jarbas Vasconcelos, que obteve mais de 64% dos votos válidos.

Em 2002, com 86 anos, venceu sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do estado de Pernambuco, mas desta vez apóiou como candidato à presidência o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que ficou na terceira colocação na eleição presidencial do primeiro turno. Uma candidatura própria à Presidência da República foi de grande importância para o crescimento do partido do qual era cacique, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). No segundo turno apoiou o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado seu nas outras eleições presidenciais.

Neste seu último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu partido, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no primeira gestão de Lula, destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos.

Internação e Morte

Miguel Arraes foi internado no dia 16/06/2005, com uma suspeita de dengue. Sua saúde piorou no dia 19, quando, vitimado por uma arritmia e a consequente queda de pressão, foi entubado e passou a respirar por aparelhos. Também foi detectada uma infecção pulmonar.

Teve uma ligeira melhora nos dias seguintes. Foi submetido a hemodiálises e no dia 02/07/2005, todos os aparelhos foram retirados. Miguel Arraes conversava com parentes e amigos e assistia à TV, opinando sobre a situação caótica em que se encontrava a política, com os escândalos do mensalão. Nos dias seguintes, foi diagnosticada uma pneumonia. No dia 20/07/2005, recebeu a visita do presidente Lula.

Em 29/07/2005, uma artéria do pulmão esquerdo se rompeu, provocando uma hemorragia e ocasionando uma cirurgia de emergência. Apesar da sobrevida, os rins e o fígado apresentaram falhas e novamente precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, diariamente.

Ainda assim, deu sinais de recuperação, mantendo a consciência. No dia 12/08/2005, foi anunciado que deixaria a UTI. Porém, durante a madrugada, piorou e o quadro era o de uma infecção generalizada, pela terceira vez. No fim da manhã, faleceu depois de 59 dias de internação na UTI do Hospital Esperança, no Recife. A causa mortis foi um choque séptico causado por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal.

Seu corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no dia 13/08/2005. O cortejo fúnebre saiu no final da tarde do dia 14/08/2005 em direção ao Cemitério de Santo Amaro no Recife, onde foi sepultado, seguido por milhares de pessoas que cantavam antigos jingles das suas campanhas políticas.

Na ocasião o presidente Lula divulgou a seguinte nota, após decretar luto oficial por três dias:


"A morte do deputado federal e ex-governador Miguel Arraes é uma enorme perda para o povo brasileiro. Arraes foi, sem dúvida, uma das maiores lideranças das lutas populares que marcaram a segunda metade do século 20 no Brasil. Por isso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer manifestar não só seu pesar pessoal pela perda de um amigo, mas também grande tristeza pela ausência de um companheiro que com sua experiência, sabedoria e capacidade de resistência fará muita falta no trabalho em favor da justiça social em nosso país."

Pouco mais de um ano após sua morte, no dia 15/12/2006, data que se comemoraria os 90 anos de seu nascimento, a jornalista pernambucana Teresa Rozowykwiat lançou na Livraria Cultura do Recife o livro "Arraes", a primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-governador. A autora contou com informações exclusivas repassadas pela viúva, Magdalena Arraes, principalmente sobre o período em que viveu no exílio após o golpe militar de 1964. O livro aborda fatos que apenas a família tinha conhecimento e detalhes sobre sua personalidade, que só os mais íntimos conheciam.

No final de 2008, a viúva, Magdalena Arraes, criou o Instituto Miguel Arraes com o objetivo de preservar a memória do ex-governador. Nessa ocasião o jornalista e chagista do jornal Diário de Pernambuco, Lailson de Holanda, selecionou mais de 500 charges feitas por ele durante mais de 30 anos sobre o governador Miguel Arraes, representando-o em diferentes momentos da história política recente de Pernambuco, desde de sua chegada do exílio político. O mesmo jornalista também lançou um livro com a coleção de suas melhores charges sobre o ex-governador, chamado de "Arraestaqui".

Futuramente a viúva do ex-governador também pretende disponibilizar para o público, através do novo instituto, cartas, fotografias e anotações feitas pelo mesmo.

Família

Miguel Arraes teve oito filhos (duas mulheres e seis homens) com sua primeira esposa, Célia de Sousa Leão. Viúvo em 1961, casou-se novamente, desta vez com Maria Magdalena Fiúza, com quem teve mais uma filha e um filho. Era primo carnal, ou seja, filhos do casamento de duas irmãs com dois irmãos, de Miguel Edson Arraes de Alencar, que coincidentemente possuía seu nome até sua precoce morte aos 42 anos.

Miguel Edson casou-se com Conceição Aparecida Vieira Arraes de Alencar e teve três filhos, Alexandre Arraes (médico), Maria Celina Arraes (economista e diretora da parte internacional do banco central) e Fátima Arraes (advogada). Ao falecer, a família do governador estava composta, além dos dez filhos e filhas, por seis netas, onze netos, uma bisneta e cinco bisnetos. Tornaram-se notórios o seu filho, Guel Arraes (diretor de televisão e cinema), sua filha Ana Arraes (deputada federal), a sua neta Marília Arraes (Vereadora do Recife) e seus netos Eduardo Campos (governador de Pernambuco) e Antônio Campos (Advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e curador da Festa Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto)

Fonte: Wikipédia

Clóvis Bornay

CLÓVIS BORNAY
(89 anos)

Museólogo, Carnavalesco e Cantor

* Nova Friburgo, RJ (10/01/1916)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/10/2005)

Clóvis Bornay era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, dono de uma loja de jóias em Nova Friburgo.

Na sua juventude, durante a década de 1920, descobriu no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada "Príncipe Hindu" e obteve o primeiro lugar.

Passou a desfilar também nas Escolas de Samba, sendo célebre a fantasia em homenagem a Estácio de Sá, no desfile de 1967, quando a cidade comemorava seu quarto centenário de fundação.

Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval. Todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus rivais de salão. De tanto ganhar, acabou sendo declarado Hors Concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).

Foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro em 1966, Portela em 1969 e 1970, Mocidade Independente de Padre Miguel em 1972 e 1973 e Unidos da Tijuca em 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo "Lendas E Mistérios Da Amazônia", que foi reprisado no desfile de 2004.

Introduziu inovações como a figura do destaque, que é uma pessoa luxuosamente fantasiada sendo conduzida do alto de um carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiaram e tornaram o quesito obrigatório.

Ao longo de seus 77 anos de carnaval, sendo que 69 em desfiles, sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque. Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.

Algumas de suas fantasias estão expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de Cidadão Honorário de Louisiana em 1964.

Recebeu a "Medalha Tiradentes" da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.

Foi também cantor, gravando marchinhas carnavalescas nos anos 60 e 70.

Era museólogo, profissão que exerceu no Museu Histórico Nacional.

Clóvis Bornay também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão Chacrinha e Silvio Santos, e participou da "Escolinha do Professor Raimundo".


Lilian Fornos e  Clóvis Bornay  
No Cinema

O cineasta Glauber Rocha percebeu o potencial da metáfora da figura de Clóvis Bornay e o escalou para um de seus principais filmes, "Terra em Transe" (1967), onde contracenou com o ator Paulo Autran. O filme é um considerado uma alegoria política do Brasil pós-golpe de 64.

A carreira cinematográfica de Clóvis Bornay também inclui "Independência ou Morte", de 1972, um filme, como o próprio título indica, sobre o processo de independência do Brasil.


Morte

Clóvis Bornay, morreu no início da noite de domingo, 09/10/2005, vítima de uma Parada Cardiorrespiratória provocada por um quadro grave de desidratação.

Clóvis Bornay foi hospitalizado no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, por volta das 15:00 hs. A desidratação teria sido provocado por uma infecção intestinal. Por volta das 19:00 hs, sofreu uma parada cardíaca e respiratória.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ClovisBornay