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Rubem Alves

RUBEM ALVES
(80 anos)
Psicanalista, Professor, Teólogo e Escritor

* Boa Esperança, MG (15/09/1933)
+ Campinas, SP (19/07/2014)

Rubem Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis. Nasceu no dia 15/09/1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança. A cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves na música "Serra da Boa Esperança".

A família mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1945, onde, apesar de matriculado em bom colégio, sofria com a chacota de seus colegas que não perdoavam seu sotaque mineiro. Buscou refúgio na religião, pois vivia solitário, sem amigos. Teve aulas de piano, mas não teve o mesmo desempenho de seu conterrâneo, Nelson Freire. Foi bem sucedido no estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro de sua igreja como pastor em cidade do interior de Minas.

No período de 1953 a 1957 estudou Teologia no Seminário Presbiteriano  de Campinas, SP, tendo se transferido para Lavras, MG, em 1958, onde exerceu as funções de pastor naquela comunidade até 1963.

Casou-se em 1959 e teve três filhos: Sérgio (1959), Marcos (1962) e Raquel (1975) que foi sua musa inspiradora na feitura de contos infantis.

Em 1963 foi estudar em New York, retornando ao Brasil no mês de maio de 1964 com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary. Denunciado pelas autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia. Lá, tornou-se Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary.

Sua tese de doutoramento em teologia, "A Theology Of Human Hope", publicada em 1969 pela editora católica Corpus Books é, no seu entendimento, "um dos primeiros brotos daquilo que posteriormente recebeu o nome de Teoria da Libertação".

De volta ao Brasil, lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, MG, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde recebeu o título de Professor Emérito.


Tinha um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.

Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary.

Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), como professor-adjunto na Faculdade de Educação.

No ano seguinte, 1974, ocupou o cargo de professor-titular de Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Foi nomeado professor-titular na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, em 1979, professor livre-docente no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) daquela universidade. Convidado pela Nobel Fundation, proferiu conferência intitulada "The Quest For Peace".

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi eleito representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 a 1985, Diretor da Assessoria de Relações Internacionais de 1985 a 1988 e Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino de 1983 a 1985.

No início da década de 80 tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.

Em 1988, foi professor-visitante na Universidade de Birmingham, Inglaterra. Posteriormente, a convite da  Rockefeller Fundation fez residência no Bellagio Study Center, Itália.

Na literatura e na poesia encontrou a alegria que o manteve vivo nas horas más por que passou. Admirador de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T. S. Eliot, Camus, Santo Agostinho, BorgesFernando Pessoa, entre outros, tornou-se autor de inúmeros livros, e colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas de grande sucesso, em especial entre os vestibulandos. 


Afirmava que era "psicanalista, embora heterodoxo", pois nela reside o fato de que acredita que no mais profundo do inconsciente mora a beleza.

Após se aposentar tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, SP, onde deu vazão a seu amor pela cozinha. No local eram também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com "canjas" de alunos da Faculdade de Música da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Rubem Alves era membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.

Rubem Alves viveu em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que se encontra semanalmente para leitura de poesias.

Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de homo globalizadus que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades.

"Ensinar" era descrito por Rubem Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum (Rindo, dizer coisas sérias). Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.

Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas.


Teologia

Autor do livro "Da Esperança (Teologia da Esperança Humana)", Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro. O fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação. Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.

Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas.

Foi dessa experiência que surgiu o livro "Protestantismo e Repressão", que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em inglês que falava do futuro da humanidade, "Filhos do Amanhã", onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.

Lançou ainda um livro chamado "Variações Sobre a Vida e a Morte", onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real.

Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31/10/2003, por ocasião das comemorações pela Reforma Protestante.


Morte

Rubem Alves morreu no sábado, 19/07/2014, vítima de falência múltipla de órgãos, aos 80 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Centro Médico de Campinas, a 93 km de São Paulo.

Rubem Alves foi internado no dia 10/07/2014 com um quadro de insuficiência respiratória, devido a uma pneumonia. Segundo boletim médico, ele tinha apresentado agravamento das funções renais e pulmonares na sexta-feira, dia 18/07/2014.


Obras

Crônicas
  • As Contas de Vidro e o Fio de Nylon
  • Navegando
  • Teologia do Cotidiano
  • A Festa de Maria
  • Cenas da Vida
  • Concerto Para Corpo e Alma
  • E Aí? - Cartas Aos Adolescentes e a Seus Pais
  • O Quarto do Mistério
  • O Retorno Eterno
  • Sobre o Tempo e a Eterna Idade
  • Tempus Fugit


Livros Infantis
  • A Menina, a Gaiola e a Bicicleta
  • A Boneca de Pano
  • A Loja de Brinquedos
  • A Menina e a Pantera Negra
  • A Menina e o Pássaro Encantado
  • A Pipa e a Flor
  • A Porquinha de Rabo Esticadinho
  • A Toupeira Que Queria Ver o Cometa
  • Estórias de Bichos
  • Lagartixas e Dinossauros
  • O Escorpião e a Rã
  • O Flautista Mágico
  • O Gambá Que Não Sabia Sorrir
  • O Gato Que Gostava de Cenouras
  • O País dos Dedos Gordos
  • A Árvore e a Aranha
  • A Libélula e a Tartaruga
  • A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens
  • A Operação de Lili
  • A Planície e o Abismo
  • A Selva e o Mar
  • A Volta do Pássaro Encantado
  • Como Nasceu a Alegria
  • O Medo da Sementinha
  • Os Morangos
  • O Passarinho Engaiolado
  • Vuelve, Pájaro Encantado


Filosofia da Ciência e da Educação
  • A Alegria de Ensinar
  • Conversas Com Quem Gosta de Ensinar
  • Estórias de Quem Gosta de Ensinar
  • Filosofia da Ciência
  • Entre a Ciência e a Sapiência)


Filosofia da Religião
  • O Enigma da Religião
  • L' Enigma Della Religione
  • O Que é Religião?
  • What Is Religion?
  • Was Ist Religion?
  • Protestantismo e Repressão
  • Protestantism And Repression
  • Dogmatismo e Tolerância
  • O Suspiro dos Oprimidos


Biografias
  • Gandhi: A Magia dos Gestos Poéticos


Teologia
  • A Theology Of Human Hope
  • Christianisme, Opium ou Liberation?
  • Teologia Della Speranza Umana
  • Da Esperança
  • Tomorrow's Child
  • Hijos Del Manana
  • Il Figlio Dei Domani
  • Teologia Como Juego
  • Variações Sobre a Vida e a Morte
  • Creio na Ressurreição do Corpo
  • Ich Glaube An Die Auferstehung Des Leibes
  • I Believe In The Resurrection Of The Body
  • Je Crois En La Résurrection Du Corps
  • Poesia, Profecia, Magia
  • Der Wind Blühet Wo Er Will
  • Pai Nosso
  • Vater Unser
  • The Poet, The Warrior, The Prophet)
  • Parole da Mangiari (The Poet, The Warrior, The Prophet)

Vídeos
  • O Símbolo
  • Visões do Paraíso (Realizado Para Apresentação na ECO-92)
  • Conversando Com Quem Gosta de Ensinar


João Ubaldo Ribeiro

JOÃO UBALDO OSÓRIO PIMENTEL RIBEIRO
(73 anos)
Escritor, Professor, Jornalista e Roteirista

* Itaparica, BA (23/01/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/07/2014)

João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro foi um escritor, jornalista, roteirista e professor brasileiro, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras. Foi ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.

João Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha. É autor de romances como "Sargento Getúlio", "O Sorriso do Lagarto", "A Casa dos Budas Ditosos", que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos, e "Viva o Povo Brasileiro", tendo sido, esse último, destacado como samba-enredo pela escola de samba Império da Tijuca, no Carnaval de 1987.

João Ubaldo Ribeiro era pai do ator e apresentador Bento Ribeiro.

Nascido na Bahia na casa do avô materno, quando completou dois meses de idade a família mudou-se para Aracaju, SE, onde passou parte da infância. Seu pai, Manuel Ribeiro, advogado de renome na capital baiana, veio a ser o fundador e diretor do curso de Direito da Universidade Católica do Salvador (UCSal). Sua mãe Maria Filipa Osório Pimentel deu à luz mais dois filhos: Sônia Maria e Manuel.


Formação

Seu pai, por ser professor, não suportava a ideia de ter um filho analfabeto e João Ubaldo iniciou seus estudos com um professor particular, em 1947. Alfabetizado, ingressou no Instituto Ipiranga, em 1948, ano em que leu muitos livros infantis, principalmente a obra de Monteiro Lobato. O pai de João Ubaldo sempre fora exigente, o que fez do garoto se empenhar intensamente nos estudos.

Em 1951 ingressou no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, em Aracaju. Prestava ao pai, diariamente, contas sobre os textos que havia lido e algumas vezes era obrigado a resumi-los e traduzir alguns de seus trechos. Afirma ter feito essas tarefas com prazer e, nas férias, estudava também o latim.

Seu pai era chefe da Polícia Militar, e nessa época, passou a sofrer pressões políticas, o que o fez transferir-se com a família para Salvador. Na capital baiana João Ubaldo foi matriculado no Colégio Sofia Costa Pinto.

Em 1955 matriculou-se no curso clássico do Colégio da Bahia, conhecido como Colégio Central, onde conheceu seu colega Glauber Rocha.

Em 1958 iniciou seu Curso de Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Em 1959, entrou para o curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) da Bahia, mas não chegou a completá-lo: escolhido para compor um grupo de estudantes convidado para uma viagem para os Estados Unidos, na volta ao quartel foi injustamente desligado.

Em 1964, João Ubaldo partiu para os Estados Unidos com uma bolsa de estudos concedida pelo governo daquele país para fazer seu mestrado em Ciência Política na Universidade do Sul da Califórnia.


Jornalismo

Em 1957 estreou no jornalismo, trabalhando como repórter no Jornal da Bahia, sendo depois transferido para a Tribuna da Bahia, onde chegou a exercer o posto de editor-chefe. Editou juntamente com Glauber Rocha, revistas e jornais culturais e participou do Movimento Estudantil (1958). Apesar de nunca ter exercido a profissão de advogado, foi aluno exemplar. Nessa mesma Universidade, concluído o curso de Direito, fez pós-graduação em Administração Pública.

João Ubaldo Ribeiro colaborou nos editais O Globo, Frankfurter Rundschau (Alemanha), Jornal da Bahia, Die Zeit (Alemanha), The Times Literary Supplement (Inglaterra), O Jornal (Portugal), Jornal de Letras (Portugal), O Estado de São Paulo, A Tarde e muitos outros, internacionais e nacionais.


Vida Pessoal e Viagens

Seu primeiro casamento foi em 1960 com Maria Beatriz Moreira Caldas, sua colega na Faculdade de Direito. Separaram-se após nove anos de vida conjugal. João Ubaldo passou boa parte de sua vida no exterior, em países como nos Estados Unidos (como estudante e, posteriormente, como professor convidado), em Portugal (editando em parceria com o jornalista Tarso de Castro a revista Careta) e na Alemanha (publicando crônicas semanais para o jornal Frankfurter Rundschau, além de produzir peças para o rádio).

Em 1964 partiu para os Estados Unidos, através de uma bolsa de estudos conseguida junto à Embaixada norte-americana, para fazer seu mestrado em Administração Pública e Ciência Política na Universidade da Califórnia do Sul. Na sua ausência, teve até sua fotografia divulgada pela televisão baiana, encimada com a palavra Procura-se.

Voltou ao Brasil em 1965 e começou a lecionar Ciências Políticas na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ali permaneceu por seis anos, mas desistiu da carreira acadêmica e retornou ao jornalismo.

Em 1969 casou-se com a historiadora Mônica Maria Roters, com quem teve duas filhas, Emília e Manuela. O casamento acabou em 1978, e em 1980 casou-se com a psicanalista Berenice Batella, com quem teve dois filhos, Bento e Francisca.

João Ubaldo Ribeiro participou, em Cuba, do júri do concurso Casa das Américas, juntamente com o critico literário Antônio Cândido e o ator e dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri. O primeiro prêmio havia sido concedido à brasileira Ana Maria Machado. Residindo em Portugal editou com o jornalista Tarso de Castro, a revista Careta.

Voltou a residir no Rio de Janeiro em 1991 e, em 1994, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Participou no mesmo ano da Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, recebendo o Prêmio Anna Seghers, concedido somente a escritores alemães e latino-americanos.


Carreira Literária

Em 1959 participou da antologia Panorama do Conto Baiano, com o conto "Lugar e Circunstância". A antologia foi publicada pela Imprensa Oficial da Bahia. Nesse período trabalhou na Prefeitura de Salvador como office-boy do Gabinete e logo em seguida como redator do Departamento de Turismo.

Em 1961, participou da coletânea de contos "Reunião", editada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com os contos "Josefina", "Decalião" e "O Campeão".

Em 1963 escreveu seu primeiro romance, "Setembro Não Faz Sentido", com prefácio do colega Glauber Rocha e apadrinhamento de Jorge Amado. O título original seria "A Semana da Pátria", mas por sugestão da editora, João Ubaldo alterou o título.

A Editora Civilização Brasileira lançou, em 1971, o romance "Sargento Getúlio", feito que garantiu a João Ubaldo o Prêmio Jabuti de 1972 concedido pela Câmara Brasileira do Livro, na categoria "Revelação de Autor". Segundo a crítica da época, o livro continha o melhor de Graciliano Ramos e o melhor de Guimarães Rosa.

Publicou, em 1974, o livro de contos "Vencecavalo e o Outro Povo", cujo título inicial era "A Guerra dos Pananaguás", pela Editora Artenova. Com tradução feita pelo próprio autor, vários romances tornaram-se famosos no exterior, entre eles o "Sargento Getúlio" que, lançado nos Estados Unidos em 1978, ganhou receptividade pela crítica do país.

Em 1981 mudou-se para Lisboa, Portugal e, voltando ao Brasil, publicou "Política" - livro ainda adotado em faculdades e republicado como "Já Podeis da Pátria Filhos" -, além de iniciar colaboração no jornal O Globo. Sua produção jornalística nessa época foi reunida em 1988 no livro "Sempre Aos Domingos".

Em 1982 iniciou o romance "Viva o Povo Brasileiro", intitulado primeiramente como "Alto Lá, Meu General". Nesse ano participou do Festival Internacional de Escritores, em Toronto, Canadá. "Viva o Povo Brasileiro" foi finalmente editado em 1984, e recebeu o Prêmio Jabuti na categoria "Romance" e o Golfinho de Ouro, do Governo do Rio de Janeiro. Iniciou a tradução do livro para a língua inglesa, tarefa que lhe consumiu dois anos de trabalho, a partir do qual preferiu utilizar o computador. Ao lado dos escritores Jorge Luis Borges e Gabriel Garcia Marquez, participou de uma série de nove filmes produzidos pela TV estatal canadense sobre a literatura na América Latina.

Em 1983, estreou na literatura infanto-juvenil com o livro "Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel".

Em 1989 lançou o romance "O Sorriso do Lagarto". Sua segunda experiência na literatura infanto-juvenil apresentou-se em 1990 com o livro "A Vingança de Charles Tiburone". Nesse ano João Ubaldo participou do já citado Frankfurter Rundschau e, retornando em 1991 ao país de origem, hospedou-se no Rio de Janeiro.

Em 1994 lançou o livro de crônicas "Um Brasileiro em Berlim", sobre sua estada na cidade.

Publica, em 1997, o romance "O Feitiço da Ilha do Pavão", pela Editora Nova Fronteira. No mesmo ano, antes da publicação deste romance, João Ubaldo foi hospitalado com fortes dores de cabeça devido uma queda.

Foi escolhido, em 1999, um dos escritores em todo mundo para dar um depoimento ao jornal francês Libération sobre o milênio que se aproximava na época.

Em 2000, saíram várias reedições de seus livros na Alemanha, incluindo uma nova edição de bolso de "Sargento Getúlio". O "Sorriso do Lagarto" foi publicado na França. "A Casa dos Budas Ditosos" foi traduzido para o inglês, nos Estados Unidos. "Viva o Povo Brasileiro" foi indicado para o exame de Agrégation, um concurso nacional realizado na França para os detentores de diploma de graduação.

Seus principais romances são "Sargento Getúlio", "Viva o Povo Brasileiro" e "O Sorriso do Lagarto", no qual expressou com bastante vivacidade e imaginação exuberante aspectos políticos e sociais da vida nordestina e brasileira.

Foi um dos grandes criadores de artigos jornalísticos no Jornal Bahia (Jornal a Tarde), onde esses além de serem críticos-educativos, fortaleceram a construção política da sociedade que tinha acesso aos seus materiais.


Reconhecimento

João Ubaldo Ribeiro foi detentor da Cátedra de Poetikdozentur (Docente em Poesia) na Universidade de Tübigen, Alemanha e também consagrado na Avenida Marquês de Sapucaí. Seu livro "Viva o Povo Brasileiro" foi escolhido como samba-enredo da escola Império da Tijuca para o Carnaval do ano de 1987.

Em 1993 foi eleito para a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, na vaga aberta com a morte do jornalista Carlos Castello Branco.

Participou em 1994 da Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, recebendo o Prêmio Anna Seghers, concedido somente a escritores germanófonos e latino-americanos.

Em 2008 recebeu o Prêmio Camões pelo "alto nível de sua obra literária", "especialmente densa das culturas portuguesa, africanas e dos habitantes originais do Brasil". Ele foi o oitavo brasileiro a ganhar o prêmio. Especula-se que o valor do prêmio foi 100 mil euros, semelhante ao que foi pago a António Lobo Antunes, ganhador do Prêmio Camões de 2007.


Estilo Literário

O estilo literário de João Ubaldo Ribeiro é basicamente traçado pela ironia e pelo contexto social do Brasil, abrangendo também cultura portuguesa e cultura africana. Antônio Olinto, escritor, crítico literário, diplomata e também membro da Academia Brasileira de Letras, disse que João Ubaldo constrói sua estrutura muitas vezes começando a história pelo meio, como se ela já houvesse existido antes. "Mas como falar deste país sem o lanho do humor? Em tudo insere João Ubaldo a visão do humorista, que vê o que não aparece, identifica a nudez das gentes, entende os pensamentos ocultos", disse Antônio Olinto, no mesmo artigo. Segundo ele, em João Ubaldo Ribeiro o humor atinge seu auge em "Vencecavalo e o Outro Povo".

Antônio Olinto também reforçou que "no fundo, chega João Ubaldo à criação de um país e de um povo, país dele e povo dele, mas também país que existe fora das palavras e povo que ri fora e dentro das palavras. As duas realidades - a real, que envolve o caminho de cada brasileiro e a realidade não menos real, mas com outras vestiduras - mesclam-se na obra de João Ubaldo de tal maneira que ele acaba promovendo uma invenção do Brasil e uma invenção de cada um de nós. Nisso - e no modo como pega no país para o mostrar pelo avesso, e nas gentes desse país, para mostrá-las de cara lavada - provoca uma reação de espanto e incredulidade". Para Antônio Olinto, João Ubaldo é o "porta-voz" do Brasil, devido os inúmeros materiais produzidos por ele quanto às condições sociais que condizem com a atualidade nacional. Essas análises, não só encontradas em livros, podem ser descobertas também na grande gama de artigos escritos por João Ubaldo em diversos jornais do país. No artigo, Antônio Olinto terminou dizendo que "inventando um país, João Ubaldo inventou-se a si mesmo e foi eleito pelos seus leitores o porta-voz deste país."


Cinema e Televisão

João Ubaldo teve várias de suas obras adaptadas para o cinema e para a televisão, tendo, inclusive, participado no processo de criação delas:
  • Seu livro "Sargento Getúlio" tornou-se um filme, com título homônimo, premiado em 1983, dirigido por Hermano Penna e protagonizado por Lima Duarte.
  • Quando voltou a residir no Rio de Janeiro em 1991, voltando do exterior, seu romance "O Sorriso do Lagarto" foi adaptado para uma minissérie na Rede Globo, tendo como protagonistas os atores Tony Ramos, Maitê Proença e José Lewgoy.
  • Em 1993 adaptou "O Santo Que Não Acreditava em Deus" para a série "Caso Especial", da Rede Globo, que teve Lima Duarte no papel principal.
  • Em 1997, ano em que foi internado devido às dores de cabeça, o cineasta Cacá Diegues comprou os direitos de filmagem do livro "Já Podeis da Pátria Filhos", embora o filme não tenha sido produzido.
  • Em 1998, vendeu os direitos autorais de "Viva o Povo Brasileiro" para o cineasta André Luis Oliveira.
  • Em 1999, juntamente com Cacá Diegues, escreveu o roteiro de "Deus é Brasileiro", em cima de seu conto "O Santo Que Não Acreditava em Deus".

Academia Brasileira de Letras

João Ubaldo Ribeiro ocupava a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 07/10/1993 na sucessão de Carlos Castelo Branco. Foi recebido pelo acadêmico Eduardo Portella em 08/06/1994.

Internação

A secretária Valéria dos Santos, que trabalhou durante dez anos com João Ubaldo Ribeiro, disse que em maio ele chegou a ser internado durante cinco dias por causa de problemas respiratórios. Segundo ela, o escritor reduziu o cigarro, mas não chegou a parar de fumar como foi orientado pelos médicos.

Valéria dos Santos contou que há cerca de um ano e meio João Ubaldo vinha escrevendo um novo romance, mas que não revelou seu conteúdo. Ele acordava por volta das 5:00 hs para se dedicar ao livro e por volta das 10:00 hs, parava para atender telefonemas e outras demandas.

Morte

João Ubaldo Ribeiro morreu de madrugada de sexta-feira, 18/07/2014, em sua casa, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, aos 73 anos, vítima de uma embolia pulmonar.

Sua secretária Valéria dos Santos informou: "Ele acordou por volta das 3:00 hs, 18/07/2014, e chamou a mulher dizendo que estava se sentindo mal. Chamaram uma ambulância e os paramédicos tentaram reanimá-lo, mas ele já estava morto", acrescentando que o cardiologista particular dele também foi chamado.

O enterro ocorreu no sábado, 19/07/2014, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A Academia Brasileira de Letras, onde foi feita uma parte do velório, na sexta-feira, 18/07/2014, foi reaberta às 8:00 hs. Uma cerimônia religiosa foi celebrada pelo capelão do Outeiro da Glória, Sérgio Costa Couto. De lá, o corpo seguiu às 9:30 hs para o Cemitério São João Batista, onde o corpo foi sepultado no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras.

O corpo seria velado a partir das 10:00 hs na Academia Brasileira de Letras, mas a cerimônia sofreu atrasos por conta da chegada dos filhos que vieram de outros estados, e acabou sendo adiada para às 12:00 hs. A filha Manuela, que mora da Alemanha, chegou às 8:00 hs de sábado, 19/07/2014, ao velório, portando malas e muito emocionada.

De acordo com funcionários do Cemitério São João Batista, o sepultamento do acadêmico estava previsto para ocorrer às 16:00 hs de sexta-feira, 18/07/2014, mas por conta das mudanças e da chegada de Manuela, o enterro foi adiado para sábado.

O velório, no Salão dos Poetas Românticos, ficou aberto ao público, até as 19:00 hs. Duas filhas do autor chegaram ao local no início da tarde. A Academia Brasileira de Letras decretou luto por três dias.

Várias coroas de flores chegaram à Academia Brasileira de Letras durante toda a manhã, entre elas homenagem de um dos bares frequentados pelo imortal. O corpo só chegou ao local, entretanto, por volta das 11:30 hs.

Obras Selecionadas

Romances
  • 1968 - Setembro Não Tem Sentido
  • 1971 - Sargento Getúlio
  • 1979 - Vila Real
  • 1984 - Viva o Povo Brasileiro
  • 1989 - O Sorriso do Lagarto
  • 1997 - O Feitiço da Ilha do Pavão
  • 1999 - A Casa dos Budas Ditosos
  • 2000 - Miséria e Grandeza do Amor de Benedita
  • 2002 - Diário do Farol
  • 2009 - O Albatroz Azul

Contos
  • 1974 - Vencecavalo e o Outro Povo
  • 1981 - Livro de Histórias - Reeditado em 1991, incluindo os contos "Patrocinando a Arte" e "O Estouro da Boiada", sob o título de "Já Podeis da Pátria Filhos".

Crônicas
  • 1988 - Sempre Aos Domingos
  • 1995 - Um Brasileiro em Berlim
  • 1999 - Arte e Ciência de Roubar Galinhas
  • 2000 - O Conselheiro Come
  • 2006 - A Gente Se Acostuma a Tudo
  • 2008 - O Rei da Noite

Ensaios
  • 1981 - Política: Quem Manda, Por Que Manda, Como Manda

Literatura Infanto-Juvenil
  • 1983 - Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel
  • 1990 - A Vingança de Charles Tiburone
  • 2011 - Dez Bons Conselhos de Meu Pai

Prêmios

  • Prêmio Golfinho de Ouro, do Estado do Rio de Janeiro, conferido, em 1971, pelo romance "Sargento Getúlio".
  • Dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente para o Melhor Autor e Melhor Romance do Ano, pelo romances "Sargento Getúlio" e "Viva o Povo Brasileiro".
  • Prêmio Altamente Recomendável - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, 1983, para "Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel".
  • Prêmio Anna Seghers, em 1996, Mogúncia, Alemanha.
  • Prêmio Die Blaue Brillenschlange, Zurique, Suíça.
  • Detém a Cátedra de Poetik Dozentur na Universidade de Tubigem, Alemanha, 1996.
  • Prêmio Lifetime Achievement Award, em 2006.
  • Prêmio Camões, em 2008.

Fonte: WikipédiaG1

Armando Marques

ARMANDO NUNES CASTANHEIRA DA ROSA MARQUES
(84 anos)
Árbitro de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (06/02/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/07/2014)

Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques foi um antigo e polêmico árbitro de futebol. Considerado o melhor árbitro de futebol brasileiro enquanto esteve em atividade, era amado e odiado pelos torcedores e jogadores. A carreira de Armando Marques foi marcada por polêmicas e jogos importantes.

Perpetuou erros históricos, principalmente em jogos de futebol de São Paulo. Anulou um gol de Leivinha do Palmeiras, pois assinalou que foi com a mão quando as imagens mostraram claramente que foi com a cabeça. Esse erro ajudou o São Paulo a ser campeão paulista de 1971, pois aconteceu na final entre os dois clubes.

Em 1973, em outra final do Campeonato Paulista de Futebol, encerrou a cobrança de pênaltis quando o Santos Futebol Clube vencia por 2x0, mas ainda com possibilidade de empate por parte da Associação Portuguesa de Desportos, pois restavam duas cobranças. Seu erro causou a divisão do título do Campeonato entre os dois clubes.

Outro erro histórico aconteceu na final do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1974, Vasco e Cruzeiro no Maracanã. O time mineiro precisava de apenas um empate. O Vasco vencia a partida por 2x1 quando Armando Marques anulou um gol legítimo do jogador Zé Carlos do Cruzeiro, impedindo o time mineiro de se sagrar Campeão Brasileiro daquele ano.

Apitou as decisões de edições de Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa na década de 1960, Campeonatos Brasileiros de 1970, 1971, 1973 e 1974, além das finais dos Cariocas de 1962, 1965, 1968, 1969 e 1976, dos Paulistas de 1967, 1971 e 1973 e do Campeonato Mineiro de 1967.

Pelé era um atleta disciplinado, mas na foto aparece discutindo com o árbitro Armando Marques, sob o olhar do massagista Mário Américo, durante um amistoso da Seleção Brasileira contra a seleção do Paraná.
Em âmbito internacional, Armando Marques apitou o jogo inaugural do Estádio Olímpico de Munique, na Alemanha, em 1972, em jogo entre a seleção alemã e a União Soviética. 

Ao encerrar a carreira no futebol, sua popularidade o levou a apresentar um programa de auditório na extinta TV Manchete, emissora da qual ele já também fora comentarista esportivo, em 1993. Havia um quadro em que ele contava e admitia alguns erros que cometera durante sua carreira.

Nos últimos anos assumiu o comando da Comissão Nacional de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), continuando a causar polêmica e algumas suspeitas por conta de suas escolhas das arbitragens do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Depois de oito anos no comando da Comissão Nacional de Arbitragem, Armando Marques se desligou da entidade em 2005. Ele não resistiu à crise após as denúncias sobre manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro, envolvendo os árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, e os empresários Nagib Fayad, o "Gibão", e Wanderlei Pololi. Além de ser acusado de omissão, ele teria mentido ao dizer que o árbitro Edilson Pereira de Carvalho tinha sido integrado ao quadro da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) durante a gestão de Ivens Mendes na Comissão Nacional de Arbitragem.

Recentemente, em abril de 2014, concedeu entrevista a Jô Soares em seu programa. Já aparentando fragilidade física, Armando Marques levou a plateia aos risos quando admitiu os erros de sua carreira, falou de Neymar e ainda fez piadas. 


Morte

Armando Marques faleceu na madrugada de quarta-feira, 16/07/2014, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro, ele deu entrada no CER Leblon, Coordenação de Emergência Regional, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na terça-feira, 15/07/2014, com um quadro muito grave de insuficiência renal e não resistiu.

Vange Leonel

MARIA EVANGELINA LEONEL GANDOLFO
(51 anos)
Cantora, Compositora, Escritora e Ativista LGTB

* São Paulo, SP (04/05/1963)
+ São Paulo, SP (14/07/2014)

Vange Leonel, nome artístico de Maria Evangelina Leonel Gandolfo, foi uma cantora, compositora, escritora e ativista LGBT (LGBT, ou ainda LGBTTT, é a sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Como cantora e compositora, seu maior sucesso foi a canção "Noite Preta", composta em parceria com Cilmara Bedaque. A canção foi tema de abertura da novela Vamp, da TV Globo, em 1991.

O CD marcou o início da parceria artística com a jornalista Cilmara Bedaque. Além de escrever livros e ser ativista LGBT, Vange Leonel roteirizou a peça "As Sereias de Rive Gauche", baseada em um de seus livros. Publicou ainda "Lésbicas" (1999), "Girls - Garotas Iradas" (2001) e "Balada Para As Meninas Perdidas" (2003).

Na década de 80, Vange Leonel fez parte da banda Nau, formada ainda por Beto Birger (baixo), Zique (guitarra) e Mauro Sanches (bateria). O grupo lançou um disco em 1987 e dois anos depois, o grupo acabou.

Cilmara Bedaque, Cris Lobo e Vange Leonel
Vange Leonel era casada com a também escritora Cilmara Bedaque, que lamentou a morte da companheira em seu perfil no Twitter.

"Estou vivendo o pior momento da minha vida. E não. Não posso responder perguntas porque minhas mãos estão ocupadas com as dela (...) Um sentimento que deixa partir tendo a certeza da liberdade do amor. Ela então sonhou que era livre. Do cateter, das agulhas em suas veias, do buraco em seu peito. Eu só pude dizer: você é livre!"
(Cilmara Bedaque)

Além de companheiras de vida há 28 anos, Cilmara Bedaque e Vange Leonel mantinham juntas um blog sobre cervejas e também compuseram músicas em parceria.


Morte

Vange Leonel morreu aos 51 anos na tarde de segunda-feira, 14/07/2014, em São Paulo. Há 20 dias ela descobriu um câncer no ovário, com metástase na membrana que envolve os órgãos da região abdominal. Vange Leonel estava internada no Hospital Santa Isabel, setor particular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

O velório ocorreu no Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, SP, na terça-feira, 15/07/2014, às 10:00 hs. A cerimônia de cremação ocorreu às 14:00 hs.


Discografia

Álbuns
  • 1986 - Nau (CBS)
  • 1991 - Vange (Sony Music)
  • 1996 - Vermelho (Medusa Records)


Participações
  • 1987 - Não São Paulo 2


Livros Publicados

  • 1999 - Lésbicas (Planeta Gay Books)
  • 2001 - Grrrls: Garotas Iradas (Edições GLS)
  • 2002 - As Sereias da Rive Gauche (Editora Brasiliense)
  • 2003 - Balada Para As Meninas Perdidas (Edições GLS)

Teatro

  • 2002 - As Sereias da Rive Gauche (Autora - Direção de Regina Galdino)
  • 2006 - Joana Evangelista (Autora)


Fonte: Wikipédia, G1 e EGO 

Osmar de Oliveira

OSMAR PEREIRA SOARES DE OLIVEIRA
(71 anos)
Médico, Jornalista e Locutor Esportivo

* São Paulo, SP (20/06/1943)
+ São Paulo, SP (11/07/2014)

Osmar Pereira Soares de Oliveira foi um médico, jornalista e locutor esportivo brasileiro. Foi comentarista esportivo no programa "Jogo Aberto" e no "Terceiro Tempo". Comentou também algumas transmissões de futebol e outros esportes da Rede Bandeirantes.

Enquanto fazia o curso de medicina na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no Campus Sorocaba, escrevia no jornal Cruzeiro do Sul e participava dos programas esportivos da Rádio Cacique. Em 1966 passou a ser redator da revista do Sport Club Corinthians Paulista e ao mesmo tempo do Jornal Coringão.

Durante o curso de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero em São Paulo, foi convidado por Roberto Petri para trabalhar na TV Gazeta e na Rádio Gazeta em 1978, durante a Copa do Mundo da Argentina. Era narrador de TV, comentarista da rádio e participava da Mesa Redonda com Roberto PetriMilton Peruzzi, Zé Italiano, Peirão de Castro, Rubens Pecci, Dalmo Pessoa, José Silveira, Geraldo Blota e Sérgio Baklanos.

Formou-se em jornalismo em 1979, em 1980 passou a ser locutor da TV Globo e depois de três anos foi para a TV Bandeirantes, tendo sido o primeiro narrador do "Show do Esporte" na equipe de Luciano do Valle que tinha ainda Juarez Soares, Jota Jr., Elia Jr., Eli Coimbra, Luiz Ceará, Eduardo Savóia, dentre outros.


Em 1986, convidado por Sílvio Santos, foi para o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) para comandar a equipe de esportes que tinha Juca Kfouri como comentarista e Jorge Kajuru como repórter.

Após a Copa do Mundo do México, voltou para a Rede Bandeirantes para cobrir os Jogos Olímpicos de Seul e em seguida passou a chefiar em São Paulo a equipe de esportes da TV Manchete, onde trabalhou com João Saldanha, Paulo Stein, Márcio Guedes, Alberto Léo, Antonio Pétrin, José Carlos Conti e Mariana Godoy.

Em 1992, retornou ao SBT ao lado de Juarez Soares, Orlando Duarte, Silvio Luiz, Luiz Alfredo, Oscar Ulisses, Nivaldo Prieto, Eli Coimbra, Antônio Petrin, entre outros profissionais.

Em 1999 trabalhou na PSN, emissora americana de canal fechado no Brasil e em 2000 teve rápida passagem pela TV Cultura no programa "Cartão Verde", junto com Juarez Soares e Flávio Prado. No mesmo ano começou seus trabalhos na TV Record, como locutor, comentarista e apresentador.

Ficou 7 anos nos programas "Debate Bola" e "Terceiro Tempo" comandados por Milton Neves.

Em agosto de 2007 foi convidado a voltar para a Rede Bandeirantes.


Morte

Osmar de Oliveira morreu na sexta-feira, 11/07/2014, aos 71 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital AC Camargo, de São Paulo, onde o comentarista estava internado após cirurgia para a retirada de um tumor na próstata.

De acordo com informações do site da Band, emissora na qual Osmar de Oliveira trabalhava atualmente, o irmão dele, César de Oliveira, que também é médico, disse que a morte aconteceu às 18:15 hs em decorrência de uma parada cardíaca.

De acordo com o familiar, a parada cardíaca aconteceu após uma complicação de uma hemorragia que aconteceu em um acidente no qual, há um mês, a sonda que ele usava se prendeu e afetou a bexiga.


Plínio de Arruda Sampaio

PLÍNIO SOARES DE ARRUDA SAMPAIO
(83 anos)
Advogado, Intelectual, Político e Ativista Político

* São Paulo, SP (26/07/1930)
+ São Paulo, SP (08/07/2014)

Plínio Soares de Arruda Sampaio foi um advogado, intelectual e ativista político brasileiro. Foi filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e foi candidato à Presidência da República do Brasil nas eleições de 2010, obtendo a quarta posição, com 886.816 votos (0,87%).

Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1954, militou na Juventude Universitária Católica (JUC), da qual foi presidente, e na Ação Popular (AP), organização de esquerda surgida a partir dos movimentos leigos da Ação Católica Brasileira (ACB).

Foi promotor público, deputado federal constituinte e presidiu a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), além de dirigir o semanário Correio da Cidadania.


Entrada Na Vida Pública

Durante o governo de Carvalho Pinto do estado de São Paulo, Plínio Sampaio foi indicado para a subchefia da Casa Civil. Em 1959, um ano após a eleição de Carvalho Pinto, Plínio Sampaio se tornou coordenador do Plano de Ação do Governo, função que ocupou até 1962. Ainda no governo Carvalho Pinto, foi secretário dos Negócios Jurídicos, e entre 1961 e 1962 chegou a trabalhar na prefeitura da cidade de São Paulo como secretário do Interior e Justiça durante a última administração Prestes Maia.

Em 1962, foi eleito deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC) e tornou-se membro da Comissão de Economia, da Comissão de Política Agrícola e da Comissão de Legislação Social. Principal liderança da ala esquerda do Partido Democrata Cristão, foi relator do projeto de reforma agrária, que integrava as reformas de base do governo João Goulart. Criou a Comissão Especial de Reforma Agrária e propôs um modelo de reforma que despertou a indignação dos grandes latifundiários do Brasil.

Após o golpe de 1964 foi um dos 100 primeiros brasileiros a terem seus direitos políticos cassados por dez anos, pelo Ato Institucional Nº 1, nos primeiros dez dias do regime.


Exílio e Entrada No Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

Exilou-se no Chile onde morou por seis anos, trabalhando como funcionário da Food And Agriculture Organization (FAO). Transferiu-se para Estados Unidos no ano de 1970, onde trabalhou no Programa FAO/BID, em Washington D.C., antes de cursar o mestrado em Economia Agrícola na Universidade Cornell.

De volta ao Brasil em 1976, foi professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), fundou o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC) e engajou-se na campanha pela abertura do regime militar e pela anistia dos condenados políticos. Ao lado de outros intelectuais do CEDEC e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), idealizou um partido à esquerda do MDB e, para isso, ao lado de Almino Affonso, Francisco Weffort e Fernando Henrique Cardoso, articulou-se com líderes emedebistas como Marcos Freire e Jarbas Vasconcelos. Paralelamente, Plínio SampaioFrancisco Weffort e Almino Affonso lançaram a candidatura de Fernando Henrique para o Senado pela sublegenda do MDB. O acordo entre eles era de construir um novo partido de esquerda, se Fernando Henrique ganhasse mais de um milhão de votos. O partido já tinha programa e manifesto e se chamaria Partido Socialista Democrático Popular (PSDP).

Na concepção de Plínio Sampaio, a nova agremiação seria um partido democrático e de massas com base popular e programa socialista, organizado em núcleos de base. Porém, a ideia de criar um novo partido foi abortada pela mudança de planos de Fernando Henrique, que, após se eleger suplente de senador pelo MDB em 1978, declarou como prioridade o fortalecimento da legenda, apesar do compromisso firmado com Plínio Sampaio, Francisco Weffort e Almino Affonso de construir um novo partido.

Fernando Henrique chegou a receber 1.600.000 votos, derrotando o candidato da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), Cláudio Lembo, assim conquistando a suplência do senador eleito Franco Montoro. Embora tivesse combinado com Plínio Sampaio de construir um partido socialista, caso atingisse a marca do milhão de votos, o que demonstraria viabilidade eleitoral de candidatos de esquerda, Fernando Henrique alegou que, se cumprisse o combinado, estaria encorajando o divisionismo. Plínio Sampaio, perplexo com a inversão de prioridades do colega, rompeu com o MDB.

Com o fim do bipartidarismo, Plínio Sampaio se engajou ao lado de outras figuras ilustres na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).


A Fundação e Trajetória No PT
(1980-2005)

Decepcionados com a atitude de Fernando Henrique, Plínio SampaioFrancisco Weffort entraram para o Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, data da fundação dessa agremiação de orientação socialista. Plínio Sampaio foi o autor do estatuto do partido e um dos idealizadores do seus núcleos de base.

Em 1982, candidatou-se a deputado federal por São Paulo, tornando-se primeiro suplente. Posteriormente viria a ocupar o cargo, quando o deputado Eduardo Suplicy se afastou do parlamento para disputar a prefeitura de São Paulo.

Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha "Diretas Já", que clamava pela volta de eleições presidenciais diretas no país.

Em 1986, Plínio Sampaio foi eleito deputado federal constituinte, com 63.899 votos, tendo sido o segundo mais votado do PT, depois de Luiz Inácio Lula da Silva, e o 27º mais votado de São Paulo. Participou da elaboração da Constituição Federal de 1988 e como deputado constituinte ficou nacionalmente conhecido ao propor e defender um modelo constitucional de reforma agrária, que visava a acabar com os latifúndios. Além disso, tornou-se o único deputado petista a presidir uma Comissão de Trabalho.

Durante a Assembléia Nacional Constituinte, foi membro da Comissão de Redação, da Comissão de Sistematização, da Comissão da Organização do Estado e da Subcomissão de Municípios e Regiões, que presidiu. Fez parte do bloco suprapartidário de articulação da Igreja Católica, como membro da Comissão de Acompanhamento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)  na Constituinte. Foi ainda vice-líder da bancada do PT, em 1987, e substituiu Luiz Inácio Lula da Silva na liderança do partido, em 1988. Neste mesmo ano, disputou as prévias internas no PT para se tornar o candidato à prefeitura de São Paulo sendo derrotado por Luiza Erundina, exercendo a função de vice-líder petista até 1990.

Candidatou-se a governador do Estado de São Paulo, em 1990, sendo derrotado pelo secretário de Segurança Pública, Luiz Antônio Fleury Filho, candidato do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), ostensivamente apoiado pelo governador Orestes Quércia.

Em 1992, Plínio Sampaio apoiou o movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor, que se via envolvido em várias denúncias de corrupção. Fernando Collor foi afastado temporariamente e, no final de 1992, renunciou ao cargo. Plínio Sampaio permaneceu na oposição e tornou-se crítico do plano econômico implementado no final do governo assumido por Itamar Franco, o Plano Real.


A Adesão ao PSOL e a Crítica Ao Programa Democrático-Popular
(2005)

Em setembro de 2005, após desligar-se do PT, do qual foi um dos fundadores e histórico dirigente, ingressou no PSOL. Por não concordar com o rumo político do PT, Plínio Sampaio desligou-se do partido em 2005, logo após 1º turno do Processo de Eleições Diretas (PED) que elegeu um novo Diretório Nacional. Na ocasião Plínio Sampaio foi candidato a presidente nacional do PT encabeçando a chapa "Esperança Militante", quando conquistou 13,4% dos votos dos filiados e alcançou a 4ª colocação.

Em 2006, como candidato do PSOL a governador do Estado de São Paulo, chegou a dizer, durante debate que precedeu o primeiro turno das eleições, que o programa político do PT era idêntico ao do PSDB. Nesta eleição, o partido recebeu cerca de 450 mil votos.

Defendeu a luta pelo socialismo por meio de um programa diferente do chamado programa democrático-popular, defendido pela corrente Ação Popular Socialista (APS), por acreditar que ele eventualmente possa levar à repetição de erros observados na trajetória do PT. No partido, colaborou com um extinto campo revolucionário com as correntes Coletivo Socialismo e Liberdade (CSOL), Coletivo Socialista Rosa do Povo, atual Coletivo Primeiro de Meio, e centenas de militantes socialistas como Sandra Feltrín, Fernando Silva Tostão, Agnaldo Fernandes, Roberto Leher, Bruno Meirinho, Plínio de Arruda Sampaio Filho, Rosa Marques, Marcelo Badaró, Paulo Rios, Paulo Gouveia, Júnia Golveia, Jorginho Martins, Ricardo Antunes, José de Campos Ferreira, Jesualdo Campos Júnior, Hélio de Jesus, Paulo Pasin, Leninha e Raul Marcelo.

Em 2013, nas eleições internas do PSOL, Plínio Sampaio apoiou o chamado de Bloco de Esquerda, composto por correntes como Movimento Esquerda Socialista (MES), Insurgência, Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR), Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), Trabalhadores na Luta Socialista, Enlace, Coletivo Primeiro de Maio, dissidência da Ação Popular Socialista (APS), entre outras e apoiada pelo deputado estadual Carlos Giannazi, pelo deputado federal Jean Wyllys e por figuras públicas do partido como Luciana Genro, Babá, Raul Marcelo e Renato Roseno. Segundo ele, sua oposição ao grupo Unidade Socialista, composto pela APS-CC, e pelo Movimento Terra e Liberdade, da deputada Janira Rocha, é programática. Plínio Sampaio é contrário ao programa democrático popular.

Plínio de Arruda Sampaio apoiou a ex-deputada federal, Luciana Genro, do Rio Grande do Sul, como candidata à Presidência da República pelo PSOL, nome que foi derrotado no IV Congresso do Partido. Contudo, com a desistência do senador Randolfe Rodrigues, Luciana será a candidata à Presidência pelo partido.


Pré-Candidato a Presidência da República
(2009)

Durante o II Congresso do PSOL, o deputado estadual Raul Marcelo lançou a pré-candidatura de Plínio Sampaio à presidência da República, com o propósito de construir um programa que sirva para lutar contra os efeitos da crise econômica sobre os trabalhadores e pela unidade da esquerda socialista contra o capital.

A tese defendeu o aprofundamento das relações com os países da América Latina para a construção de saídas coletivas, lembrando que o Brasil foi o 2º país mais impactado na redução do PIB e perdeu 1 milhão de postos de trabalho, sendo 800 mil com carteira assinada.

Raul Marcelo também defendeu um partido de militantes nucleados, com autonomia de classe, que não receba recurso dos patrões, com uma política clara de alianças de classe com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), e não com o Partido Verde (PV).

Dias depois foi apresentado um manifesto com centenas de assinaturas em apoio à pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio, inclusive teve apoio internacional, como o recebido de István Mészáros e François Chesnais.

Em 10/04/2010, foi confirmada a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência e em 30/06/2010, em Convenção realizada em São Paulo, seu nome foi oficializado candidato ao cargo, tendo como vice o pedagogo Hamilton Assis, do PSOL baiano.

Plínio Sampaio obteve destaque na imprensa e na rede social Twitter por conta de seu desempenho no primeiro debate eleitoral entre os postulantes à cadeira de Lula, realizado pela TV Bandeirantes em 05/08/2010. Contou com grande apoio de outras tendências internas do PSOL, mesmo das que anteriormente defenderam outros pré candidatos, como o Movimento Esquerda Socialista (MES), representado pela ex deputada federal Luciana Genro, a vereadora Fernanda Melchionna, o vereador Pedro Ruas, do PSOL/RS, e da juventude brasileira como um todo.

Fora do debate promovido em 18/08/2010 pela Folha/UOL, Plínio Sampaio convocou um "tuitaço" e chegou pela segunda vez ao Trending Topics, expressão usada para classificar o número um do ranking da rede Twitter.


Atuação Nos Movimentos Sociais

Plínio de Arruda Sampaio é um dos mais respeitados intelectuais de esquerda católica e também um do mais árduos defensores da Teologia da Libertação entre o laicato. Era a favor de um aprofundamento da reforma agrária no Brasil, sendo presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).

Foi diretor do Correio da Cidadania, que tinha como editora Valéria Nader, e é um veículo de comunicação sem fins lucrativos da cidade de São Paulo fundado em 1996.

Em 2007, aos 76 anos, participou ativamente da passeata na Avenida Paulista organizada no Dia Internacional da Mulher, pelos direitos da mulher trabalhadora e contra a política externa do então presidente estadunidense George W. Bush.

Em 2013, aos 82 anos participou do protesto contra o aumento da passagem de ônibus na Avenida Paulista, as chamadas Manifestações no Brasil em 2013.

Livros Publicados

  • 2004 - Construindo o Poder Popular (64 pág.), Paulus Editora
  • 2006 - O Brasil é Viável? (265 pág.), Editora Paz e Terra
  • 2009 - Como Combater a Corrupção (32 pág.), Paulus Editora
  • 2010 - Por Que Participar da Política? (64 pág.), Editora Sarandi



Morte

Plínio de Arruda Sampaio não resistiu a um tratamento contra um câncer ósseo e morreu vítima de falência múltipla de órgãos, na tarde de terça-feira, 08/07/2014, aos 83 anos, no Hospital Sírio-Libanês, na região central São Paulo. Ele estava internado na instituição havia mais de um mês.

Fonte: Wikipédia