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Helio Matheus

HELIO MATHEUS
(76 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/07/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/02/2017)

Helio Matheus foi um cantor, compositor e instrumentista nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/07/1940.

Helio Matheus ganhou um violão do pai aos 12 anos e com ele aprendeu a tocar o instrumento. Ainda jovem começou a fazer as primeiras composições. Depois da morte da mãe deixou a carreira artística por algum tempo em foi morar na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais.

Após trabalhar em usinas de açúcar e como balconista em lojas de discos, passou a se apresentar em boites do Rio de Janeiro e São Paulo, cidade onde morava na mesma pensão que Tom Zé, que o incentivou a dar aulas de violão enquanto cantava na noite.

Pouco depois, foi apadrinhado pelo cantor e compositor Ataulfo Alves, que o incentivou a voltar para o Rio de Janeiro.

Contratado pela RCA Victor, lançou o primeiro disco em 1968, um compacto simples com as marchas "Elefantinho de Marfim" e "Caixinha de Música", parcerias suas com Klécius Caldas.

Em 1969, inscreveu-se no Festival Internacional da Canção da TV Globo com a música "Comunicação", parceria com Édson Alencar, defendida pela cantora Vanusa.


Em 1970 a cantora Elis Regina gravou "Comunicação" em seu LP "Em Pleno Verão", e também Dóris Monteiro. Era o que faltava para que o compositor ganhasse a atenção de destacados cantores da época.

Em 1973, lançou novo compacto simples com as composições "Eu, Réu, Me Condeno" e "Feijão Com Farinha", ambas de sua autoria.

Em 1974, emplacou dois grandes sucessos nas paradas nacionais: o samba de breque "Camisa Dez", na voz de Luiz Américo, e a romântica "Meu Segredo", cantada por Antônio Marcos.

Em 1975, lançou seu primeiro LP, que contou com a produção de Oberdan Magalhães, da Banda Black Rio e o conjunto Azymuth como banda de apoio, no qual interpretou as composições "Marraio", "Mais Kriola", "Meu Diário", "Meu Mundo de Monstros e Fantasias", "Você Se Foi", "Meu Segredo" e "Ausência", todas de sua autoria, "Cidadezinha" (Helio Matheus e Edinho), "Camisa 10" (Helio Matheus e Luis Vagner) e "Briguenta" (Helio Matheus e Cidinho), além de seu grande sucesso, "Comunicação" (Helio Matheus e Édson Alencar). Ainda em 1975, participou da coletânea "Sambão da Pesada - Nº 3" interpretado "Comunicação" (Helio Matheus e Édson Alencar) e "Camisa 10" (Helio Matheus e Luis Vagner).

Em 1977, foi contratado pela Som Livre e lançou um compacto duplo com as músicas "Boi da Cara Branca", "Sozinho Amando", "O Poeta e a Lua" e "A Gota", todas de sua autoria. No mesmo ano, sua composição "O Poeta e a Lua", foi incluída na trilha sonora da novela da TV Globo "À Sombra dos Laranjais". Fez parte do LP "Miami, Julio 1977", da Som Livre, destinado ao mercado americano e latino com as músicas cantadas em castelhano. No LP interpretou as músicas "Solo Amando" e "La Gota", ambas de sua autoria com versões de Don Beto. Sua composição "Boi da Cara Branca" foi incluída na trilha sonora da novela "O Astro" (1977), da TV Globo.


Em 1978, a coletânea "Globo de Ouro - Volume 4", da Som Livre, incluiu sua gravação da música "Boi da Cara Branca", também incluida em 1979, no LP "Grandes Sucessos Som Livre".

Vieram, porém, a separação de Jane, sua primeira mulher, e outros problemas pessoais. No início da década de 1980, Helio Matheus rompeu com João Araújo, fundador da Som Livre, e trocou Copacabana por São Paulo, onde foi trabalhar na Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (SICAM).

Ainda teve músicas gravadas por artistas como Sérgio Reis e Jair Rodrigues, mas os dias de sucesso já haviam passado.

Em 1991, o LP "Mensagem de Amor" incluiu sua composição "Sozinho Amando".

Casou-se novamente com Tânia e viu nascerem mais duas filhas, Heliana e Luciana, mas o alcoolismo o afastou da família.

Nos últimos anos, Helio Matheus morou em três albergues públicos de São Paulo, onde tinha sem-tetos como companheiros. Com problemas de locomoção por causa de dois AVCs, aceitou relutante uma transferência para o Retiro dos Artistas.

Morte

Helio Matheus morreu na sexta-feira, 10/02/2017, no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Ele estava internado há duas semanas em decorrência de uma pneumonia e três AVCs. O sepultamento acontecerá no sábado, 11/02/2017, às 10h30, no Cemitério do Caju.

Discografia

  • 1978 - Boi da Cara Branca / A Gota (Som Livre, Compacto Simples)
  • 1977 - Boi da Cara Branca / Sozinho Amando / O Poeta E A Lua / A Gota (Som Livre, Compacto Duplo)
  • 1975 - Helio Matheus (RCA Victor, LP)
  • 1973 - Eu, Réu, Me Condeno / Feijão Com Farinha (RCA Victor, Compacto Simples)
  • 1968 - Elefantinho de Marfim / Caixinha de Música (RCA Victor, Compacto Simples)

Indicação: Miguel Sampaio

Orlandivo

ORLANDIVO HONÓRIO DE SOUZA
(79 anos)
Cantor, Compositor e Percussionista

☼ Itajaí, SC (05/08/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/02/2017)

Orlandivo Honório de Souza, conhecido como Orlandivo, foi um cantor e compositor popular brasileiro, além de percussionista, nascido em Itajaí, SC, no dia 05/08/1937.

Mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família aos 9 anos de idade. Ainda lá, ao atingir a maioridade, começou sua carreira com suas primeiras composições em parceria de Paulo Silvino.

No início dos anos 1960, atuou como crooner do conjunto de Ed Lincoln.

Em 1962, gravou na Musidisc as músicas "Samba no Japão", "Amor Quadradinho" (Orlandivo e Roberto Jorge) e "Vai Devagarinho" (Orlandivo e Roberto Jorge),  e "Brincando de Samba",(Orlandivo e Celso Murilo). Gravou seu primeiro LP, intitulado "A Chave do Sucesso", cuja faixa título remete à sua personalíssima maneira de se utilizar de um chaveiro como instrumento de percussão. Ainda em 1962, teve o samba "Tamanco no Samba" (Orlandivo e Helton Menezes) gravado por Célia Reis na Philips e por Waldir Calmon e sua orquestra na Copacabana.

Em 1963, Sônia Delfino gravou "Bolinha de Sabão" (Orlandivo e Adilson Azevedo).

Em 1965, gravou o LP "Samba em Paralelo" e escreveu algumas canções sob o pseudônimo de D'Orlan.

Em 1966, teve as músicas "O Ganso" (Orlandivo e Ed Lincoln) e "O Amor Que Eu Guardei" (Orlandivo e Ed Lincoln), gravadas por Ed Lincoln e Seu Conjunto. Participou, ainda, da trilha sonora de diversos filmes, nos quais trabalhou também como ator.


Na televisão atuou nos programas "Alô Brotos", "Aérton Perlingeiro Show" e "Chico Anísio Show", na TV Tupi. "Balança Mas Não Cai" e "Faça Humor, Não Faça Guerra", na TV Globo. Integrou a equipe de produção musical de festivais de música de carnaval e festivais universitários na TV Tupi e do programa "Som Livre Exportação" na TV Globo.

No cinema, atuou nos filmes "Eu Transo... Ela Transa" (1972) de Pedro Camargo e "Como Nos Livrar do Saco" (1973), dirigido por César Ladeira Filho.

Suas músicas foram interpretadas por diversos artistas como Ed Lincoln, Golden Boys, Conjunto Farroupilha, Humberto Garin, Wilson Simonal, Cauby Peixoto, Ângela Maria, João Donato, Sônia Delfino, Trio Esperança, Dóris Monteiro, Claudette Soares, Jorge Ben, Elza Soares, Celso Murilo, Luíz Carlos Vinhas, entre outros. Além dos conjuntos instrumentais de Astor Silva, Maestro Zacarias, Waldir Calmon, Carlos Monteiro de Souza, Moacir Silva, Walter Wanderley, Carl Tjader, Fats Elpídio, Velhinhos Transviados, Tamba 4, entre outros.

Em 1974, compôs com Arnaud Rodrigues a música "Vou Bater Pra Tu", gravada pela dupla humorística Baiano e os Novos Caetanos formada por Chico AnysioArnaud Rodrigues, no programa "Chico City". Essa música foi sucesso até na Europa.

Em 1976, lançou o LP "Orlan Divo", com arranjos de João Donato. Fundou a banda de bailes Ipanema Dance, integrada por 12 músicos.

Em 2006, lançou pela Deckdisc o CD "Sambaflex", produzido por Henrique Cazes, no qual interpretou clássicos de sua carreira.

Morte

Orlandivo morreu na madrugada de quarta-feira, 08/02/2017, aos 79 anos, de causas ainda não divulgadas. Na noite de terça-feira Orlandivo passou mal e chegou a dizer ao filho que iria ao hospital na quarta-feira, mas foi encontrado morto pela manhã.

O velório de Orlandivo ocorreu na quinta-feita, 09/02/2017, na capela 3 do Memorial do Carmo, no Caju, a partir das 13h00.

Orlandivo planejava lançar um novo disco, com músicas inéditas, e um show celebrando seus 80 anos, que ele completaria no dia 05/08/2017.

Discografia

  • 1961 - Samba Toff / Amor Vai e Vem / Vem Pro Samba / Dias de Verão (Musidisc, EP)
  • 1962 - Samba no Japão / Amor Quadradinho (Musidisc, 78)
  • 1962 - Vai Devagarinho / Brincando de Samba (Musidisc, 78)
  • 1962 - A Chave do Sucesso (Musidisc, LP)
  • 1964 - Orlan Divo (Musidisc, LP)
  • 1965 - Samba em Paralelo (Musidisc, LP)
  • 1976 - Orlan Divo (Copacabana, LP)
  • 2006 - Sambaflex (DeckDisc, CD)

Fonte: Wikipédia e O Globo

Heloísa Faissol

HELOÍSA WORMS PINTO
(46 anos)
Socialite, Artista Plástica, Dançarina e Cantora

☼ (1970)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/02/2017)

Heloísa Faissol foi uma socialite e funkeira brasileira. Filha do badalado dentista Olympio Faissol, que já cuidou da boca de personalidades como o ex-presidente Fernando Collor e o ator Reynaldo Gianecchini.

Heloísa Faissol é irmã da socialite Cláudia Faissol, que ganhou as colunas sociais ao ser revelado que o pai de sua filha, Luísa, não era seu marido, e sim o cantor João Gilberto, amigo da família, com quem ela mantinha um romance secreto. À época, ela era casada com o empresário Eduardo Zaide. Ele só descobriu a infidelidade e que não era o pai da criança ao pedir um exame de DNA. Os encontros entre João Gilberto e Cláudia Faissol aconteceram principalmente no Japão, durante uma turnê. Desde então, os vínculos entre Cláudia Faissol e Eduardo Zaide.

Mas se por um lado Cláudia Faissol teve um romance real com um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira (MPB), Heloísa Faissol tinha uma verdadeira paixão não correspondida por Chico Buarque. Ela chegou a ligar para o músico diariamente durante um período e ir até a casa dele apenas para beijar a porta por onde ele entrava em casa. Após um jogo de futebol, Heloísa Faissol esperou o compositor em cima do capô do carro dele e disse que só descia com uma condição: Se recebesse um beijo.

Por meses, Heloísa Faissol subornou garçons de bares do Leblon para que ligassem caso o músico aparecesse. "Eu ligava tanto, e ele me atendia sempre, até o dia em que falou: "Pô, Helô, assim não dá! Eu preciso trabalhar!", contou ela em entrevista à coluna de Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo.

Criada em um casarão com jardins e piscina no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, junto com quatro irmãos e os pais, Heloísa Faissol teve uma infância privilegiada. Estudou na Escola Suíço-Brasileira, um colégio de elite. Afirma que lhe faltou liberdade: "Não podia nada!", lembra ela, que não esconde a mágoa que guarda do pai, com quem cortou relações em novembro de 2008. De acordo com ela, a família era muito unida até seus 16 anos, quando se descobriu que o pai tinha outra família. Ela disse que nunca se recuperou do choque.

"Não fiquei bem da cabeça e fui estudar fora. Descobri que tinha outros irmãos que não conhecia e que só fui encontrar já adulta!"


Depois de estudar moda em Paris, Heloísa Faissol passou a frequentar o Morro da Babilônia, onde descobriu sua paixão pelo som, taxado como música de periferia. Antes de se envolver no meio artístico, ela comandava um ateliê de alta costura, foi artista plástica, dançarina, atriz e até acrobata.

Educada nos moldes mais tradicionais, Heloísa Faissol morou na Suíça e na França, casou-se com um dentista e, por influência dele, se formou em marketing e exerceu a profissão por apenas um ano e meio. Já separada e mãe de um menino, José Arthur, ela decidiu dar novo rumo a sua vida: rejeitou a alta sociedade e tornou-se funkeira.

Em uma autobiografia lançada em 2012, explicou por que rompeu com familiares, além de revelar detalhes sórdidos e obscuros da elite carioca. Em um dos capítulos, ela conta que sofreu assédio aos 12 anos quando realizou um curso de férias no Manège (espécie de hípica particular). Heloísa Faissol disse que era obrigada a lavar os pênis dos cavalos e a assistir a filmes pornográficos com um dos professores.

De acordo com explicações dadas em entrevistas concedidas na época da divulgação do livro "Do Luxo ao Lixo", essas experiências teriam causado traumas psicológicos que até hoje refletiam na personalidade dela.

Em suas declarações polêmicas nas páginas da publicação, Heloísa Faissol sempre deixou claro sua aversão à alta sociedade, que para ela era "podre" e uma "farsa". Não à toa, era persona non grata nesse círculo social e vivia afastada desse ambiente nos últimos anos e próxima dos bares do Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro.

Com o pai e os irmãos, Heloísa Faissol vivia um relacionamento complicado. Quando decidiu largar o mundo das artes plásticas e da moda para virar funkeira, foi a gota d'água para os parentes.

Funk Politizado

Por causa de sua origem nas altas rodas, Heloísa Faissol ganhou o apelido de Helô Quebra-Mansão, em alusão ao nome da funkeira da Cidade de Deus, Tati Quebra-Barraco. Uma mudança tão radical tinha, para ela, explicação simples:

"As pessoas perguntam por que não fiz música pop. É que não quero me comunicar com a elite, mas com as classes desprivilegiadas. Sempre me identifiquei mais com as letras de funk, porque vão direto ao ponto!"

Ela, porém, garantia que as letras sexualizadas foram criadas apenas para causar impacto e que pretendia investir em letras mais politizadas: "Imagina eu entrar de cara com uma letra intelectual, sendo uma pessoa que não cresceu na comunidade!"

Pouco a pouco, Heloísa Faissol foi tentando criar intimidade com o novo mundo que escolheu. Foi a alguns bailes funk e frequentou o Morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde conheceu Michele Sabino, que seria uma de suas dançarinas, quando começou a fazer shows. Elas se cruzaram no bar da família de Michele, onde Heloísa Faissol foi beber uma cerveja.

"Eu estava no meu barzinho, toquei um funk e ela cantou. Eu ri, achei ela meio maluca!", disse Michele, segundo quem, apesar das diferenças sociais, Heloísa Faissol era bem aceita na favela. "Tem gente que a chama de poodle, por causa das roupas coloridas, mas é brincadeira!"


Sua fama foi construída no boca-a-boca. Amigo de Heloísa Faissol há vários, o fotógrafo Ricardo Gama disse na época não gostar de funk, mas aprovou a nova carreira da amiga, principalmente a ideia das letras politizadas.

"Odeio funk, mas acho legal uma pessoa de uma classe social como a dela usar essa linguagem. Ela não está dando uma de funkeira, ela continua sendo quem sempre foi, só que com outros valores que descobriu subindo o morro!"

Lançou músicas como "Dou Pra Cachorro", além de realizar inúmeros shows em bailes da periferia e de morros cariocas. Mas desistiu quando percebeu que para viver de música teria que abrir mão de certos valores e trocar o dia pela noite, o que não concordava. Além disso, os cachês não condiziam com o que a socialite imaginava e o sonho de ser a primeira funkeira proveniente da elite logo foi abandonado.

Heloísa Faissol participou da 7ª edição do reality show "A Fazenda", em 2014, e ficou entre os três finalistas.

Morte

Heloísa Faissol foi encontrada morta na tarde de quinta-feira, 02/02/2017, no apartamento em que morava, na Rua Souza Lima, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada pela Polícia Civil. O caso será investigado pela 13ª Delegacia de Polícia. O corpo foi recolhido para o Instituto Médico Legal (IML).

Segundo informações de policiais civis que estiveram no apartamento, Heloísa Faissol estava na cozinha. O corpo da socialite foi encontrado pelo filho, de 19 anos. Peritos fizeram uma análise inicial no local. Parentes da socialite estiveram na 13ª Delegacia de Polícia, todos estão muito abalados.

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que um inquérito foi aberto para que as circunstâncias da morte de Heloísa Faissol sejam investigadas:

"Um procedimento foi instaurado na 13ª Delegacia de Polícia para apurar a morte de Heloísa Worms Pinto, 46 anos, cujo corpo foi encontrado ontem à tarde em um apartamento localizado na Rua Souza Lima, Copacabana. Perícia foi realizada no local e diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa da morte."

Heloísa Faissol teve apenas um filho, José Arthur, com o dentista René Gerdes. Os dois chegaram a brigar na Justiça pela guarda do menino quando ele tinha 15 anos. José Arthur escolheu morar com o pai naquela época, o que Heloísa contestou judicialmente, mas sem sucesso. Apesar disso, ela podia visitá-lo quando quisesse e a relação era boa. 

Marisa Letícia

MARISA LETÍCIA LULA DA SILVA
(66 anos)
Primeira-Dama Brasileira

☼ São Bernardo do Campo, SP (07/04/1950)
┼ São Paulo, SP (03/02/2017)

Marisa Letícia Lula da Silva, nascida Marisa Letícia Rocco Casa, foi a primeira-dama do Brasil de 01/01/2003 a 01/01/2011, quando seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve no cargo de presidente da República.

Filha de Antônio João Casa (filho de Giovanni Casa e Carolina Gambirasio) e Regina Rocco (filha de Mariano Rocco e Giovanna Boff), Marisa nasceu numa família de imigrantes italianos, lombardos de Palazzago, província de Bérgamo, de origem agrícola. Morou com os dez irmãos no sítio dos Casa até os 5 anos de idade. Neste sítio, seu avô paterno construiu uma capela em homenagem a Santo Antônio, ainda existente. Hoje, toda a área do sítio chama-se Bairro dos Casa, em homenagem a seus antepassados, pioneiros da região.

Em 1955, Marisa e sua família mudaram-se para o centro de São Bernardo do Campo, região do Grande ABC, em São Paulo. Depois de frequentar uma escola humilde, Marisa foi transferida, na terceira série, para o Grupo Escolar Maria Iracema Munhoz. Aos nove anos, já tinha experiência como pagem de três garotas mais novas.

Aos 13 anos de idade, com a autorização do pai, Marisa começou a trabalhar na fábrica de chocolates Dulcora, como embaladora de bombons. Permaneceu nesta fábrica até os 19 anos de idade, quando se casou com o taxista Marcos Cláudio e deu à luz seu primeiro filho, Marcos. Seis meses após o casamento, ainda grávida, Marisa perdeu o marido, assassinado a tiros.

Mais tarde, em 1973, trabalhou como inspetora de alunos em um colégio estadual. Neste mesmo ano, já viúva, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de sua cidade natal. Os dois se casaram 7 meses depois. O relacionamento de mais de 30 anos gerou três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. Marisa tem ainda uma enteada, Lurian, filha de Lula e sua ex-namorada Miriam Cordeiro.

Em 1980, quando Lula e diversos sindicalistas estavam presos devido às greves, Marisa liderou a Passeata das Mulheres, em protesto pela liberdade dos sindicalistas.

Vida Política de Lula

Marisa começou na vida política militando ao lado do marido, eleito presidente do Sindicato em 1975, para que outras mulheres se juntassem ao movimento sindical na região. Em 1978, iniciaram-se as greves no ABC paulista.

Foi Marisa quem cortou e costurou a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT), quando este foi fundado em 10/02/1980. Participou ativamente no início das atividades do partido, ajudando a criar núcleos e a estampar camisetas. Com a intervenção do Governo Federal no sindicato em abril do mesmo ano, Lula e outros sindicalistas foram presos, e as reuniões eram realizadas ilegalmente em sua casa.

Nesse período, ela organizou uma passeata de mulheres pela libertação dos sindicalistas. Centenas de mulheres e de crianças, todas cercadas por policiais, tanques e cavalaria, saíram da Praça da Matriz e caminharam pela rua Marechal Deodoro até o Paço Municipal, retomando à Igreja da Matriz.

Durante as disputas eleitorais de 1982, 1986, 1994 e 1998, nas quais Lula se candidatou, Marisa dedicou-se aos filhos, à casa e às campanhas. Em 2002, entretanto, com os filhos já adultos, pôde se dedicar exclusivamente à campanha do marido.

Em 01/01/2003, Marisa Letícia tornou-se a primeira-dama do Brasil. Em outubro daquele mesmo ano, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Real, durante visita do rei Haroldo V e da rainha Sônia da Noruega.

Em 23/07/2003 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e em 05/03/2008 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Nos oito anos como primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia não participou ativamente de nenhum projeto, fato duramente criticado pela oposição. Tradicionalmente a primeira-dama de um país realiza projetos sociais, em paralelo as ações oficiais.

No primeiro turno das eleições de 2006, Marisa Letícia não deu tanto apoio a Lula quanto nas eleições anteriores. Assim como o marido, ela acreditava que a disputa seria resolvida no primeiro turno. Entretanto, com a disputa encaminhada para segundo turno, Marisa começou a participar mais ativamente da campanha, mantendo uma agenda própria e realizando caminhadas sozinha em prol do marido em Brasília e em Goiânia.

Nomes

Marisa nasceu Marisa Letícia Casa. Ao casar-se, seu nome passou para Marisa Letícia Casa dos Santos. Ao casar-se pela segunda vez, passou para Marisa Letícia Casa da Silva. Quando Lula incorporou seu apelido no nome, Marisa mudou novamente de nome, passando a chamar-se Marisa Letícia Lula da Silva.

Operação Lava Jato

Em 04/03/2016, Marisa Letícia foi alvo da Polícia Federal de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lava Jato.

Morte

Em 24/01/2017, Marisa foi internada na UTI do Hospital Sírio-Libanês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

Ela passou mal na tarde de terça-feira, 24/01/2017, quando estava em casa, em São Bernardo do Campo, e foi socorrida pelo médico cardiologista Roberto Kalil, que atende a família do ex-presidente Lula.

Marisa foi submetida a um cateterismo e o procedimento foi considerado bem-sucedido, segundo fonte ligada à família dela. O principal objetivo era estancar o sangramento no cérebro, provocado por um aneurisma (dilatação anormal de um vaso sanguíneo). Logo em seguida ela foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Marisa Letícia Lula da Silva morreu na sexta-feira, 03/02/2017, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, SP, aos 66 anos de idade.

Seguindo o protocolo oficial para constatar a morte cerebral, os médicos submeteram Marisa Letícia a dois testes: O primeiro ocorreu às 12h05 e o segundo, às 18h05. O protocolo determina que o último exame seja conduzido por outro médico para comprovar a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais.

O óbito foi constatado às 18h57, segundo boletim médico. Lula e sua família autorizaram a doação dos órgãos.

Logo após a divulgação do boletim, Lula postou em suas redes sociais informações sobre o velório.


Também nas redes sociais, Lula lembrou com carinho da esposa.

"A ex-primeira-dama costurou a primeira bandeira do PT, começou a trabalhar aos 9 anos e organizou resistência das mulheres durante as grandes greves do ABC!"

Ao saber da morte de Marisa Letícia, o presidente Michel Temer decretou luto oficial de três dias no país.

Fonte: Wikipédia e G1

Russo

ANTÔNIO PEDRO DE SOUSA E SILVA
(85 anos)
Assistente de Palco

☼ Santa Catarina, SC (07/07/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (28/01/2017)

Antônio Pedro de Souza e Silva, mais conhecido como Russo, foi um assistente de palco da TV Globo, desde os tempos do "Cassino do Chacrinha", quando fantasiava-se constantemente, nascido em Santa Catarina no dia 07/07/1931.

Já aos 7 anos, bebia vinagre puro só para ganhar apostas e poder ajudar sua família de 12 pessoas. Adolescente, ajudava com microfones na Rádio Tupi durante o dia e, de noite, trabalhava como trapezista de circo. Aos 14 anos, perdeu todos os dentes ao cair de cara na borda do picadeiro.

Em 1965, à convite de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, Russo saiu do anonimato e virou um animador de plateia de destaque na TV Globo, no ar até a década de 1990.

Depois do Chacrinha, trabalhou, entre outros, em programas do Faustão e da Xuxa. Apesar da idade e da aposentadoria, Russo trabalhava na produção de três programas: "TV Xuxa", "Estrelas" e "Caldeirão do Huck".

Em 27/09/2011, Russo foi internado após sentir fortes dores no peito, sendo submetido a uma cirurgia de ponte de safena. A cirurgia aconteceu em 03/10/2011, e ele teve cinco pontes de safena implantadas no coração. Russo reagiu bem à operação e teve alta no dia 13/10/2011.

Em 2015, Russo sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Russo sofria de Mal de Alzheimer e, nos últimos anos, necessitava de cuidados. O ex-assistente de palco estava separado da mulher, Adriana Mello, há dois anos, e estava morando com sua filha Fernanda.

Demissão da TV Globo

Durante entrevista ao "Domingo Show", da TV Record, Russo, comentou a sua demissão da TV Globo após 46 anos de trabalhos prestados. Emocionado, ele classificou o episódio como "covardia". Russo relembrou ainda os tempos de Chacrinha e disse ter sofrido um ataque cardíaco dentro do Projac, complexo de estúdios da TV Globo.

"Me mandaram embora sem pai e sem mãe. Foi uma covardia que fizeram comigo. Se a Globo quiser me abrir as portas, eu vou. Eu não queria parar de trabalhar. Eu tenho aluguel da casa para pagar. Eu ganhava mil e pouco, R$ 2 mil. A minha aposentadoria está mil e pouco!"
(Russo justificando o motivo pelo qual não conseguiu comprar uma casa ao longo desses anos)

Questionado se estava passando por dificuldades, Russo respondeu: "Mais ou menos. Pagar aluguel, sim. Comida não falta". Ele contou que sofreu uma ataque cardíaco dentro da emissora, passou por uma cirurgia e colocou cinco pontes de safena. "Me levaram para o hospital que tem lá dentro da Globo".

Ainda na entrevista a Geraldo Luís, Russo disse que sente mais saudades de Chacrinha. "Eu era o braço direito dele. Ele dava muita alegria para esse povo", afirmou.

Mesmo com algumas críticas, Adriana Mello, esposa de Russo, revelou que a TV Globo não deixou o seu marido desamparado. A emissora deu uma renda fixa, cujo valor não foi citado, por 5 anos e continuou pagando o plano de saúde.

"Aquilo ali [a TV Globo] era a vida dele. Eu acho que ele está começando a ficar com depressão. Foi uma covardia o que fizeram com ele. Não custava nada deixá-lo pelo menos lá dentro!"
(Declarou Adriana Mello)

Com 83 anos, 46 deles trabalhando na TV Globo, Russo foi assistente de palco de apresentadores famosos como Faustão, Luciano Huck, Angélica e Xuxa. De todos, apenas Luciano Huck entrou em contato após o anúncio de sua demissão.

Morte

Russo morreu aos 85 anos na manhã de sábado, 28/01/2017, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Ele estava internado há uma semana no Hospital Mario Lioni, na Baixada Fluminense. A neta de Russo Bruna Bergamini contou que ele faleceu após uma embolia pulmonar.

O Hospital de Clínicas Mário Lioni informou que Russo faleceu devido a complicações decorrentes de infecção pulmonar.

O velório ocorreu no domingo, 29/01/2017, a partir de 9h00, e o sepultamento às 11h45, ambos no Cemitério de Xerém, em Duque de Caxias.

Nos últimos dias, Russo recebeu a visita da família no hospital em que estava internado e falou sobre o desejo de deixar logo o local.

"Fomos visitá-lo todos os dias. Na verdade ele pouco falava... só pedia o tempo inteiro pra sair daquele lugar!"
(Bruna, neta de Russo)

Em uma rede social, Bruna postou uma homenagem ao avô: 

"E é desse jeitinho que vamos guardar você no coração, com todo aquele carinho e amor que você nos dava é impossível sentir alguma coisa ruim com a sua perda, pois você não foi só pai, avô, tio, pra nós você foi um anjo, um anjinho lindo pra se guardar com muito carinho. Você se foi e eu nem sei como agir sabendo que nunca mais terei os seus beijos, mas agradeço a Deus pela sua longa vida a nosso lado, agradeço a Deus pois sei que ele tá cuidando neste momento de você, e obrigado vovô por todas vezes que você não deixou ninguém ficar triste ao seu lado sempre contagiando a todos com a sua alegria. Queríamos muito ter você conosco pra SEMPRE, mas todos nesse mundo tem a sua hora e essa foi a sua. Vai com Deus meu velhinho! E ah da um beijinho em nosso outro anjinho que já esta aí em cima. Não digo um Adeus mas sim um até breve porque sei que um dia vamos nos reencontrar."

Luiz Carlos Magno

LUIZ CARLOS MAGNO
(67 anos)
Cantor e Compositor

☼ Recife, PE (05/12/1949)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/01/2017)

Luiz Carlos Magno foi um cantor e compositor brasileiro nascido em Recife, PE, no dia 05/12/1949. Fez muito sucesso nos anos 60, 70 e final dos anos 80.

Natural de Recife, PE, cresceu no bairro do Pina e depois morou em Boa Viagem nas proximidades do segundo Jardim, na Rua França Pereira, e estudou na escola Santa Joana D'arc, também do Pina.

Começou a cantar aos 19 anos quando trabalhava como recepcionista na Varig. Cantava por brincadeira e suas influências na música eram os cantores Elvis Presley, Cauby Peixoto e Agnaldo Rayol.

Iniciou sua carreira no final dos anos 60, cantando na TV Jornal (Canal 2, no Recife), passando em seguida a gravar frevos.

Apresentou um programa chamado "Dimensão Jovem", musical e destinado ao público jovem da época. Com o sucesso local, foi levado para o Rio de Janeiro, onde passou a produzir discos pela CBS, atual Sony Music.


Sua música "Ave-Maria Pro Nosso Amor" foi o primeiro grande sucesso, logo seguida por composições como "Terminei Com Ela", "Ângela-la-la", "Meu Castigo", "Rock Nas Quebradas", "Deixa Ele Falar Sozinho", "Jurei Mil Vezes", dentre várias outras.

Luiz Carlos Magno teve parcerias com cantores no estilo brega como Reginaldo Rossi.

Morava Atualmente no Rio de Janeiro e lá  administrava a carreira, sobretudo com o lançamento de antigos sucessos, e participação em coletâneas como o CD "Jovem Guarda Milênio". Continuava fazendo shows, mas nos últimos anos esteve debilitado por causas de 5 AVCs. No último, ficou internado desde dezembro de 2016.

Luiz Carlos Magno faleceu na quarta-feira, 25/01/2017, aos 67 anos. Ele estava internado em um hospital em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Carlos Alberto Silva

CARLOS ALBERTO SILVA
(77 anos)
Técnico de Futebol

☼ Bom Jardim de Minas, MG (14/08/1939)
┼ Belo Horizonte, MG (20/01/2017)

Carlos Alberto Silva foi um técnico brasileiro de futebol nascido em Bom Jardim de Minas, MG, no dia 14/08/1939.

Formado em educação física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ganhou notoriedade ao conduzir o Guarani Futebol Clube à sua primeira e única conquista do Campeonato Brasileiro, em 1978, ao vencer o Palmeiras na final.

Dirigiu ainda vários outros clubes de primeira linha no futebol brasileiro como São Paulo, Atlético-MG, Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians e Santos, ao longo de mais de 20 anos. Dirigiu também clubes do exterior como o La Coruña, da Espanha, e o Porto, de Portugal, conquistando por esse último dois Campeonatos Nacionais e uma Supercopa.

Carlos Alberto Silva foi também treinador da Seleção Brasileira entre 1987-1988, conquistando medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1987 em Indianapolis, Estados Unidos.

Ocupou o cargo de diretor de futebol do Atlético-MG e se aposentou do futebol como técnico em 2005.

Carlos Alberto Silva morava em Belo Horizonte, MG e seu último trabalho no futebol foi como vice-presidente no Villa Nova.

Morte

Carlos Alberto Silva faleceu na madrugada de sexta-feira, em Belo Horizonte, 20/01/2017, aos 77 anos, em Belo Horizonte, MG. De acordo com Eduardo, sobrinho de Carlos Alberto Silva, há cerca de um mês ele passou por uma cirurgia no coração e vinha se recuperando bem. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Sob aplausos e com muita emoção, o corpo de Carlos Alberto Silva foi sepultado no fim da manhã de sábado, 21/01/2017, no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, MG. O caixão foi coberto com bandeiras do Brasil, Cruzeiro, Atlético-MG, Guarani-SP e do Nacional do Carmo, clube amador da capital mineira.

Além de familiares e amigos, várias personalidades do esporte compareceram à cerimônia. Nomes como João Leite, Procópio Cardoso, Piazza e Amoroso, que conviveram com Carlos Alberto Silva, prestaram as últimas homenagens ao ex-treinador.

Carlos Alberto Silva - 1987
Títulos


  • 1974 - Campeão Paulista Série A-2 Grêmio Esportivo Catanduvense "FPF"
  • 1978 - Campeonato Brasileiro
  • 1980 - Campeonato Paulista
  • 1982 - Campeonato Mineiro
  • 1982 - Torneio de Paris de Futebol
  • 1983 - Campeonato Pernambucano (Tri-Super Campeonato Pernambucano)
  • 1987 - Jogos Pan-americanos (Medalha de ouro)
  • 1988 - Jogos Olímpicos de Seoul (Medalha de prata)
  • 1989 - Campeonato Paulista com o São Paulo Futebol Clube
  • 1991 - Campeonato Japonês
  • 1992 - Campeonato Português
  • 1992 - Supertaça de Portugal
  • 1993 - Campeonato Português
  • 1995 - Copa Master da Supercopa

Teori Zavascki

TEORI ALBINO ZAVASCKI
(68 anos)
Magistrado e Professor

☼ Faxinal dos Guedes, SC (15/08/1948)
┼ Paraty, RJ (19/01/2017)

Teori Albino Zavascki foi um magistrado e professor brasileiro, nascido em Faxinal dos Guedes, SC, no dia 15/08/1948. Era ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 29/11/2012, tendo sido nomeado pela presidente Dilma Rousseff.

Antes disso, foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 2003 a 2012, indicado por Fernando Henrique Cardoso e nomeado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi doutor em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor dessa instituição.

Formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971, Teori Zavascki concluiu o mestrado e o doutorado em Direito Processual Civil pela mesma instituição em 2000 e 2005, respectivamente.

Foi, entre 1976 e 1989, advogado do Banco Central.

Em 1979, após aprovado em concursos públicos de provas e títulos, foi nomeado para os cargos de juiz federal e consultor jurídico do Estado do Rio Grande do Sul, porém não tomou posse, optando por permanecer no Banco Central.

Entre 1989 e 2003, tendo ingressado através do quinto constitucional, foi desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, presidindo-o de 21/06/2001 até 07/05/2003.

Em dezembro de 2002, foi indicado por Fernando Henrique Cardoso para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Senado Federal aprovou seu nome em 13/03/2003, com 59 votos favoráveis, 3 contra e 1 abstenção, sendo então nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva e tomando posse em 08/05/2003.

Era professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desde 1987. Redistribuído para a Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), ali lecionou de 2005 até 2013, quando foi redesignado para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Supremo Tribunal Federal

Em 2012, foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), substituindo Cezar Peluso, que se aposentara ao atingir a idade limite de 70 anos. Foi sabatinado pelo Senado Federal, que aprovou sua indicação por 54 votos a 4.

Em 28/02/2014, no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda com pouco tempo de casa, votou pela absolvição dos condenados no que se refere ao crime de formação de quadrilha, durante o processo do mensalão. Sua base para o voto fora: "A pena-base foi estabelecida com notória exacerbação".

Em 06/03/2015, Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Em 25/11/2015, Teori Zavascki determinou a Polícia Federal (PF) a cumprir 4 mandados de prisão, com as prisões do senador Delcídio do Amaral, do banqueiro André Esteves, do advogado de Delcídio do Amaral, Edson Ribeiro, e do chefe de gabinete do senador Diogo Ferreira Rodrigues, por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Em 15/03/2016, Teori Zavascki homologou delação premiada de Delcídio do Amaral no âmbito da operação.

Em 22/03/2016, Teori Zavascki determinou que todas as investigações da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal que envolvam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e políticos com foro privilegiado, como a atual presidente da República, sejam remetidas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Teori Zavascki decide também sigilo em interceptações telefônicas que envolvam autoridades com foro privilegiado.

Em 05/05/2016, Teori Zavascki deferiu medida requerida na Ação Cautelar (AC) 4070 que determinou a suspensão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do exercício do mandato de deputado federal e, por consequência, da função de presidente da Câmara dos Deputados a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 11/05/2016, Teori Zavascki negou o pedido do Governo para anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Com a decisão, o Senado mantém a votação que decide pela abertura do processo e afastamento temporário da presidente do Palácio do Planalto.

Em 13/06/2016, Teori Zavascki determinou que a investigação envolvendo o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva fosse devolvida ao juiz Sérgio Moro, e decidiu anular as interceptações telefônicas envolvendo a presidente afastada Dilma Rousseff, por considerá-las ilegais, devido ao fato do grampo ter sido realizado após a Justiça do Paraná determinar o fim da interceptação.

Em 14/06/2016, Teori Zavascki negou os pedidos de prisão solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), do presidente do Senado Renan Calheiros, do senador Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney, sob justificativa de que não houve no pedido "a indicação de atos concretos e específicos" que demonstrem a efetiva atuação dos três peemedebsitas para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

Em 22/06/2016, o relator da Operação Lava Jato, Teori Zavascki, aceitou uma segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Cunha. O ministro, em seu voto, destacou que a forma como Eduardo Cunha recebeu os repasses reforçaram as suspeitas contra ele. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o operador João Augusto Henriques fez depósitos, com origem em uma conta na Suíça, para um trust de propriedade de Eduardo Cunha. Os demais ministros acompanharam o voto do relator, e com isto o deputado Eduardo Cunha se tornou réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica com fins eleitorais.

Vida Pessoal

Nascido em Faxinal dos Guedes, no interior do estado de Santa Catarina, em 15/08/1948, Teori Zavascki é filho de Severino Zavascki, descendente de poloneses, e Pia Maria Fontana, descendente de italianos.

Teori Zavascki ficou viúvo em 2013, após sua esposa, a juíza federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Maria Helena de Castro falecer vítima de um câncer.

Teori Zavascki era torcedor do Grêmio de Porto Alegre, sendo conselheiro do clube há muitos anos.

Morte

Teori Zavascki morreu na quinta-feira, 19/01/2017, Teori Zavascki, aos 68 anos. Ele e outras três pessoas estavam a bordo de um avião bimotor modelo King Air C90, fabricado pela americana Beechcraft, que saiu de São Paulo com destino a Angra dos Reis, RJ. O avião caiu na região do litoral de Paraty, RJ.

A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Ltda.

O avião tem capacidade para oito passageiros, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB). A FAB afirmou ainda que a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte em São Paulo. Às 14h05, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico foi informado do desaparecimento do avião. A aeronave caiu no mar, próximo à cidade de Paraty, no Rio de Janeiro.

 A informação da morte foi confirmada pelo seu filho Francisco Zavascki em redes sociais.

"Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!"

Fonte: WikipédiaBBC
Indicação: Fadinha Veras

Loalwa Braz

LOALWA BRAZ VIEIRA
(63 anos)
Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/06/1953)
┼ Saquarema, RJ (19/01/2017)

Loalwa Braz Vieira foi uma cantora brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/06/1953. Viveu entre a França e o Brasil desde 2001 e a Suíça desde 2010, tendo sido a vocalista do grupo Kaoma.

Nascida em uma família de músicos, o pai chefe de orquestra popular e a mãe pianista clássica, sempre foi influenciada pela música. Com o piano clássico aos quatro anos, até a canção, onde ela começou sua carreira aos 12 anos de idade.

Em 1985 decidiu viver em Paris após o show Brésil en Fête no Palais des Sports. Após um concurso para escolher uma vocalista para um grupo de lambada, Loalwa passou a integrar a banda Kaoma, grupo que durou de 1989 até 1998, quando lançou o seu último álbum na Europa. Loalwa nunca parou e seguiu cantando em português, continuando a levar o ritmo pelo mundo.


Loalwa compôs e cantou três músicas para a indústria cinematográfica: Duas canções no filme "Le Roi Desperados", produzido pelo estúdio de televisão francês Canal+, e interpretou com a Orquestra Filarmônica de Londres, na trilha sonora do filme "Dis-moi Oui", dirigido por Alexandre Arcady e com música de Phillipe Sarde.

Loalwa seguia a sua carreira solo e dirigia também sua firma Braz Brasil Produções, voltada para a divulgação das artes brasileiras através dos continentes.

Em 2011 lançou novo disco solo, "Ensolarado", com participação de artistas da África, Caribe e América Latina.

Loalwa vinha investindo no relançamento da carreira e participou de atrações na TV como o Programa do Gugu, Mulheres e Domingão do Faustão ao longo de 2016.

Loalwa se apresentou pela última vez no Brasil em setembro de 2016 em Porto Seguro, dentro de um festival de música de lambada. 

Kaoma

Kaoma é um grupo musical franco-brasileiro de lambada que lançou com êxito esse estilo musical na Europa em 1989. Sua vocalista de 1989 a 1999, Loalwa Braz, continuou em carreira solo com o álbum "Recomeçar", de 2003.

Ex-Integrantes
  • Loalwa Braz (vocalista): 1989-1999
  • Jean Claude (tecladista): 1989
  • Michel (baterista e percussionista): 1989-1998
  • Fania (flautista): 1989-1993
  • Mônica Nogueira (backing vocal): 1989-1992
  • Fernando G. Rocco (dançarino de mambo e tocador de marimba): 1989
  • Jairo Brasil (dançarino)


Ao todo, o Kaoma vendeu mais de 25 milhões de discos em todo o mundo e ganhou mais de 80 discos de ouro e platina. Na França, onde Loalwa viveu durante muitos anos, "Chorando Se Foi" vendeu 700 mil cópias.

Morte

Na madrugada de quinta-feira, 19/01/2017, Loalwa Braz Viera foi encontrada morta, aos 63 anos, no banco de trás de um carro incendiado em Saquarema, município do Rio de Janeiro onde morava. O veículo estava na Estrada da Barreira, no distrito de Bacaxá. Dois homens foram vistos na casa da cantora, que fica próximo ao local onde o carro foi localizado. Ainda não há informações sobre a ligação entre a possível invasão e o crime. O assessor de imprensa de Loalwa Braz, Vinicius Belo, confirmou as informações.

De acordo com o Corpo de Bombeiros da região, uma equipe foi acionada às 3h50 para conter um incêndio no sótão da pousada Azur, de propriedade de Loalwa. Às 6h00, a mesma equipe atendeu a uma outra chamada, desta vez para apagar o fogo em um carro modelo Honda Civic, onde foi encontrado um corpo totalmente carbonizado no banco traseiro.

Somente após uma perícia, a polícia poderá dizer se os incêndios na casa e no carro têm relação e se ambos foram criminosos. O caso está sendo investigado pela 124ª Delegacia de Polícia, em Saquarema, e o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal para identificação. 

Loalwa havia passado recentemente por um tratamento contra um câncer. De acordo com Vinicius Belo, ela tinha planos para retornar as atividades doa banda Kaoma.