Mostrando postagens com marcador Ensaista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ensaista. Mostrar todas as postagens

Guilherme de Almeida

GUILHERME DE ANDRADE DE ALMEIDA
(78 anos)
Advogado, Jornalista, Heraldista, Crítico de Cinema, Poeta, Ensaísta e Tradutor

☼ Campinas, SP (24/07/1890)
┼ São Paulo, SP (11/07/1969)

Guilherme de Andrade de Almeida foi um advogado, jornalista, heraldista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro. Filho de Estevam de Araújo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade.

Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estevam Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queirós Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida, importante organizador da Semana de Arte Moderna de 1922, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil Pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.

Um dos poemas de Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu livro "Era Uma Vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1930, na importante conferência "Poesia Moderníssima do Brasil". Esta conferência foi estampada na revista Biblos (Faculdade de Letras de Coimbra), Vol. VI, n. 9-10, Coimbra, setembro e outubro de 1930, pp. 538 - 558; e no Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, domingo, 11/01/1931, página 3.

Guilherme de Almeida foi um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou Ciência Política. Foi ainda um dos fundadores da Revista Klaxon, que visava a divulgação da ideias modernistas, tendo realizado sua capa, assim como os arrojados anúncios da Lacta, para a mesma revista. Elaborou também a capa da primeira edição do livro "Paulicéa Desvairada", de Mário de Andrade.

Participou do grupo verde-amarelista e colaborou também com a Revista de Antropofagia, tendo escrito poemas-piada à moda de Oswald de Andrade.

Guilherme de Almeida foi o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras em 1930.

Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros", depois de Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano. Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês Haikai no Brasil.

Vida Pública

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932 e exilado em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituída pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema "Nossa Bandeira". Ainda, o poema "Moeda Paulista" e a pungente "Oração Ante a Última Trincheira".

É proclamado "O Poeta da Revolução de 32". Escreveu a letra do "Hino Constitucionalista de 1932 / MMDC", "O Passo do Soldado", de autoria de Marcelo Tupynambá, com interpretação de Francisco Alves.

É de sua autoria a letra da "Canção do Expedicionário" com música de Spartaco Rossi, referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

Autor da letra do "Hino da Televisão Brasileira", executado quando da primeira transmissão da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.

Casa Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida mudou-se para o local em 1946, um sobrado na Rua Macapá, no Pacaembu, em São Paulo. Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina". E ele a descreveu:

"A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára, olha um instante e desce".

Nela, o poeta viveu até 1969 e nela faleceu. Lá, os saraus eram bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim. Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Noemia Mourão, René Thiollier, Saulo Ramos, Roberto Simonsen, Carlos Pinto Alves e tantos outros.

A casa, em 1979, tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, tendo sido "tombado como museu biográfico e literário" pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), em maio de 2009.

O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros de Di Cavalcanti, Lasar SegallAnita Malfatti, as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932.

Guilherme de Almeida encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o "Tribuno de 32", dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade), e do caboclo Paulo Virgínio.

Obras do Autor


Poesia

  • 1917 - Nós
  • 1919 - A Dança Das Horas
  • 1919 - Messidor
  • 1920 - Livro de Horas de Soror Dolorosa
  • 1922 - Era Uma Vez…
  • 1924 - A Frauta Que Eu Perdi
  • 1925 - Meu
  • 1925 - A Flor Que Foi Um Homem (Narciso)
  • 1925 - Encantamento
  • 1925 - Raça
  • 1929 - Simplicidade
  • 1931 - Carta à Minha Noiva
  • 1931 - Você
  • 1932 - Cartas Que Eu Não Mandei
  • 1938 - Acaso
  • 1941 - Cartas do Meu Amor
  • 1947 - Poesia Varia
  • 1951 - O Anjo de Sal
  • 1954 - Acalanto de Bartira
  • 1956 - Camoniana
  • 1957 - Pequeno Romanceiro
  • 1961 - Rua
  • 1965 - Rosamor
  • 1968 - Os Sonetos de Guilherme de Almeida
  • 2010 - Margem: Poesia

Poesia (Traduções)

  • 1932 - Eu e Você (Tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy)
  • 1923 - O Gitanjali (De Rabindranath Tagore)
  • 1936 - Poetas de França
  • Suíte Brasileira (Terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents)
  • 1939 - O Jardineiro (De Rabindranath Tagore)
  • 1943 - O Amor de Bilitis (Algumas Canções) - De Pierre Louÿs
  • 1944 - Flores da Flores do Mal (De Charles Baudelaire)
  • Paralelamente a Paul Verlaine
  • 1965 - Festival (De Simon Tygel)
  • Arcanum (De Niles Bond)
  • 1967 - Os Frutos do Tempo (Les Fruits du Temps, de Simon Tygel)

Seleção de Poemas e Poesia Completa

  • 1931 - Poemas Escolhidos
  • 1952 - Toda a Poesia (1ª edição, 6 volumes)
  • 1967 - Meus Versos Mais Queridos

Teatro

  • 1916 - Mon Coeur Balance e Leur Ame (Escritas em colaboração com Oswald de Andrade)
  • 1921 - Scheherazada, Um Ato Em Versos
  • 1939 - O Estudante Poeta (Escrita em colaboração com Jaime Barcelos)

Teatro (Traduções)

  • 1950 - Entre Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre
  • 1952 - A Antígone, transcrição da tragédia de Sófocles
  • 1954 - Na Festa de São Lourenço (Tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto de José de Anchieta, segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins)
  • 1965 - História de Uma Escada (Historia de Una Escalera), de Antonio Buero Vallejo

Teatro (Traduções Inéditas)

  • A Importância de Ser Prudente (The Importance Of Being Ernest), de Oscar Wilde
  • Orfeu (Orphée), de Jean Cocteau
  • Lembranças de Berta (Hello From Bertha), de Tennessee Williams
  • Eurídice (Eurydice), de Jean Anouilh

Prosa

  • 1924 - Natalika
  • 1926 - Do Sentimento Nacional na Poesia Brasileira (Tese de concurso)
  • 1926 - Ritmo, Elemento de Expressão (Tese de concurso)
  • 1929 - Gente de Cinema, I (Série)
  • 1933 - O Meu Portugal
  • 1935 -  A Casa (Palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do Ginásio Bandeirantes)
  • 1944 - Gonçalves Dias e o Romantismo (Conferência realizada na Academia Brasileira de Letras)
  • 1948 - Histórias, Talvez...
  • 1948 - As Palavras de Buda
  • 1953 - Baile de Formatura
  • 1961 - Jornal de Um Amante (Do Journal d’un Amant, de Simon Tygel)
  • 1962 - Cosmópolis

Literatura Infantil

  • 1941 - O Sonho de Marina
  • 1941 - João Pestana (De Hans Christian Andersen)
  • 1942 - João Felpudo (De Heinrich Hoffmann)
  • 1943 - Pinocchio (De Carlo Collodi)
  • 1943 - O Camundongo e Outras Histórias (De Wilhelm Busch)
  • 1943 - Corococó e Caracacá (De Wilhelm Busch)
  • 1943 - O Fantasma Lambão (De Wilhelm Busch)
  • 1946 - A Mosca (De Wilhelm Busch)
  • 1946 - Uma Oração de Criança (De Rachel Field)
  • 1949 - A Cartola (De Wilhelm Busch)

Heráldica

Autor de Brasões-de-Armas das seguintes cidades:

  • São Paulo (SP)
  • Petrópolis (RJ)
  • Volta Redonda (RJ)
  • Londrina (PR)
  • Brasília (DF)
  • Guaxupé (MG)
  • Caconde (SP)
  • Iacanga (SP)
  • Embu das Artes (SP)

Fonte: Wikipédia

Pietro Bardi

PIETRO MARIA BARDI
(99 anos)
Jornalista, Ensaísta, Galerista, Marchand, Historiador, Crítico, Colecionador, Expositor e Negociador de Obras de Arte

☼ La Spezia, Itália (21/02/1900)
┼ São Paulo, SP (10/10/1999)

Pietro Maria Bardi foi um jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Pietro Maria Bardi ou simplesmente P.M. Bardi foi, junto com Assis Chateaubriand, o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), sendo seu diretor por 45 dedicados anos consecutivos.

Filho de Pasquale Bardi e Elisa Viggioni, Pietro era o segundo de quatro irmãos. Diziam que era de poucos amigos e que sua vida escolar foi bastante atribulada. O próprio Pietro Bardi declarou, em inúmeras entrevistas, ter sido reprovado quatro vezes na terceira série do ensino fundamental.

Abandonou a escola ainda novo, desanimado pelo insucesso, e atribuía sua inteligência a um acidente doméstico, após uma queda em que feriu a cabeça, onde a partir daí tomou gosto pela leitura. Lia absolutamente tudo que podia durante sua adolescência, hábito que o acompanhou por toda a vida.

Pietro Bardi ao lado da estátua de Assis Chateaubriand
Jornalismo

Ainda rapaz, Pietro Bardi trabalhou como operário assistente no Arsenale Marittimo e, em seguida, tornou-se aprendiz em um escritório de advocacia. Em 1917 foi convocado para integrar o Exército italiano e partiu de La Spezia para não mais retornar.

É nessa fase que ele iniciou de fato sua carreira jornalística, antes já esboçada em alguns artigos e colaborações a jornais como Gazzetta di Genova e o Indipendente e com a publicação, aos 16 anos, de seu primeiro livro, um ensaio sobre colonialismo.

Instalado em Bérgamo desde a baixa na carreira militar, Pietro Bardi encontrou trabalho no Giornale di Bergamo. Mais tarde, integrou a equipe do Popolo di Bergamo, Secolo, Corriere della Sera, Quadrante, Stile e muitos outros.

Escrever foi sua principal atividade profissional até a morte, a maneira encontrada para manifestar seu estilo polêmico e a crítica baseada no conhecimento profundo e na vivência cotidiana da arte, da política e principalmente da arquitetura.

Arte

Em 1924, Pietro Bardi transferiu-se para Milão e casou-se com Gemma Tortarolo, com quem teve duas filhas, Elisa e Fiorella. Foi em Milão que ele começou uma aventura como marchand e crítico de arte, com a aquisição da Galleria dell'Esame.

Em 1929 tornou-se diretor da Galleria d'Arte di Roma e mudou-se para a capital.

Trazendo uma exposição a Buenos Aires, passou pelo Brasil pela primeira vez em 1933. Foi nessa ocasião que viu a Avenida Paulista, futuro endereço do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Após a Segunda Guerra Mundial, Pietro Bardi conheceu a arquiteta Lina Bo no Studio d'Arte Palma, em Roma, onde ambos trabalhavam. Ele divorciou-se e casou-se com Lina Bo em 1946. No mesmo ano, atiraram-se à aventura da vinda para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora, situação oposta à da Europa, que amargava a reconstrução nos anos pós-guerra.

O casal alugou o porão de um navio cargueiro, o Almirante Jaceguay. Partiram de Gênova trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que seriam organizadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand. Chegaram ao Rio de Janeiro em 17/10/1946.

Lina Bo e Pietro Bardi
Com as obras trazidas da Itália, Pietro Bardi organizou a Exposição de Pintura Italiana Moderna, em cujos salões conheceu o empresário Assis Chateaubriand, que o convidou para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado.

De 1947 a 1996 Pietro Bardi criou e comandou o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, historiador, pesquisador, galerista e marchand.

Publicou, em 1992, seu 50º e último livro, "História do MASP".

Em 1996, já adoecido, afastou-se do comando do museu.

Fundou, ao lado de Massimo Bontempelli, a revista Quadrante, importante periódico no qual diversos arquitetos modernos italianos, como Giuseppe Terragni, puderam publicar suas obras.

Abatido e com sua saúde debilitada desde a morte de Lina Bo, em março de 1992, morreu em 10/10/1999, tendo cumprido quase um século de vida a provar sua definição de si próprio, em resposta ao parceiro Assis Chateaubriand"Sim, sou um aventureiro".

Fonte: Wikipédia

Ernani Satyro

ERNÂNI AIRES SÁTIRO E SOUSA
(74 anos)
Fazendeiro, Poeta, Cronista, Romancista, Ensaísta e Político

☼ Patos, PB (11/09/1911)
┼ Brasília, DF (08/05/1986)

Ernâni Aires Sátiro e Sousa foi um fazendeiro, poeta, cronista, romancista, ensaísta e político brasileiro, que exerceu oito mandatos de deputado federal pela Paraíba. Foi ainda prefeito de João Pessoa e governador da Paraíba.

Pertenceu à Academia Paraibana de Letras, à Academia Brasiliense de Letras e à Academia Campinense de Letras.

Filho de Miguel Sátiro e Sousa e Capitulina Ayres Sátiro e Sousa, formou-se em 1933 pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 1934 elegeu-se deputado estadual pelo Partido Republicano Libertador (PRL) a exemplo do que fizera antes seu pai. Durante a vigência do Estado Novo getulista, dedicou-se à advocacia, fase interrompida apenas em 1940 quando foi nomeado prefeito de João Pessoa, cargo que exerceu por apenas dezoito dias.

Homem importante da União Democrática Nacional (UDN) foi eleito deputado federal para a Assembléia Nacional Constituinte em 1945 sendo reeleito em 1950, 1954, 1958 e 1962.

Partidário do Golpe Militar de 1964 foi eleito presidente da União Democrática Nacional (UDN), o último antes da instituição do bipartidarismo pelo Ato Institucional Número 2 em 27/10/1965. Ernâni Sátiro ingressou na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e foi reeleito em 1966.

Líder do governo Costa e Silva na Câmara dos Deputados entre 1967 e 1968, renunciou ao mandato em 09/05/1969 após ser escolhido ministro do Superior Tribunal Militar.

Em 1970 foi escolhido governador da Paraíba pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, fato que o levou a abdicar da toga ministerial.

De volta à política Ernâni Sátiro foi reeleito deputado federal em 1978 e 1982 quando já estava no Partido Democrático Social (PDS). Em seu último mandato ausentou-se da votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e votou em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985.

Ficou conhecido por tratar a todos que encontrava pela expressão "amigo velho".

Ernâni Sátiro faleceu vítima de derrame cerebral.

Academia Paraibana de Letras

É o fundador da cadeira número 32 da Academia Paraibana de Letras, que tem como patrono Carlos Dias Fernandes. Atualmente é ocupada por Wills Leal. Assumiu a sua cadeira em 03/08/1963, com saudação do acadêmico Ivan Bichara.


Obras

  • O Canto do Retardatário (Poesias)
  • 1954 - O Quadro-Negro (Romance)
  • 1957 - Mariana (Romance)

Fonte: Wikipédia

Barbara Heliodora

HELIODORA CARNEIRO DE MENDONÇA
(91 anos)
Diretora, Crítica e Professora Teatral, Roteirista, Figurinista, Tradutora e Ensaísta

* Rio de Janeiro, RJ (29/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/04/2015)

Heliodora Carneiro de Mendonça, ou Barbara Heliodora, foi diretora crítica e professora teatral, roteirista, figurinista, tradutora, ensaísta e uma das maiores autoridades brasileiras da obra de William Shakespeare. Era filha do historiador Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça e e da poetisa Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça.

Barbara Heliodora fez o Bacharelado em Língua e Literatura Inglesas no Connecticut College, nos Estados Unidos, e o Doutorado em Artes na Universidade de São Paulo (USP). Começou a carreira como jornalista aos 35 anos. Nessa época, estreou na crítica teatral por insistência de seus amigos que trabalhavam no meio e conheciam sua admiração pela arte.

Pela relevância de seu trabalho, ao longo de sua carreira recebeu o título de Oficial da Ordre des Arts et des Lettres, da França, a Medalha Connecticut College, nos Estados Unidos e a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2005, pelos serviços prestados à cultura brasileira. Era Professora Titular aposentada da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e Professora Emérita da mesma Universidade.

Entre suas atividades profissionais, exerceu sobretudo o ofício de crítica teatral, mas desempenhou outros papéis no cenário cultural nacional, entre os quais o de diretora do Serviço Nacional de Teatro (1964-1966); o de fundadora e duas vezes presidente do Círculo Independente de Críticos Teatrais (RJ-SP); de membro do júri do Prêmio Molière, desde sua criação até a extinção, membro do júri do Prêmio Mambembe; integrante da equipe de jurados para as bolsas da Rio-Arte na área de teatro e membro de júris de incontáveis outras premiações.


Exerceu também a atividade de tradutora, tendo em seu currículo a publicação em português de cerca de 40 livros de vários gêneros e autores de língua inglesa e um mesmo número de peças de teatro de autores diversos além de, como especialista da obra de William Shakespeare, ter traduzido boa parte das peças do "bardo".

Barbara Heliodora tornou-se uma das mais respeitadas especialistas em Shakespeare do país. Sua paixão pelo dramaturgo inglês começou na infância e, segundo a própria Barbara Heliodora, continuou por toda a vida: ela dizia que Shakespeare foi um grande e fiel amigo.

Entre suas obras, destacam-se os livros: "A Expressão Dramática do Homem Político em Shakespeare", "Falando de Shakespeare" e "Martins Pena, Uma Introdução".

Participou de publicações coletivas, tendo escrito capítulos ou artigos em livros como "A História da Cultura no Brasil" (MEC); "A Era do Barroco" (MNBA); "Theatre Companies Of The World" (Kullman & Young); "Escenarios de dos Mundos" (Centro de Documentación Teatral, Espanha); e freqüentemente teve artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os quais citam-se o Shakespeare Survey; o Shakespeare Quarterly; o Shakespeare Bulletin; a revista Bravo!; a revista República; e os jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

Como crítica, era admirada e temida: "Eu me indispus com muita gente", dizia. "Mas agora passo por cima de tudo isso. Não tenho rancores. Só projetos", disse em 2014 em entrevista a revista Época.

Barbara Heliodora se aposentou no final de 2013, quando anunciou que abandonaria a coluna que mantinha no jornal O Globo. Pretendia continuar trabalhando como tradutora.

Morte

Bárbara Heliodora morreu na manhã de sexta-feira, 10/04/2015, aos 91 anos, no hospital Samaritano, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 21/03/2015. Ela deixou três filhas e quatro netos.

Fonte: Instituto de Artes Unicamp e Época
Indicação: Fadinha Veras

Jorge Wilheim

JORGE WILHEIM
(85 anos)
Urbanista, Arquiteto, Administrador Público, Político e Ensaísta

* Trieste, Itália (23/04/1928)
+ São Paulo, SP (14/02/2014)

Jorge Wilheim foi um dos principais urbanistas brasileiros. Com atuação política, que atravessou diversas siglas partidárias, foi um expressivo defensor, no Brasil, do chamado "planejamento estratégico", criado pelos teóricos catalães Manuel Castells e Jordi Borja. A propósito, foi o próprio Manuel Castells quem o definiu, à sua imagem e semelhança, como um "visionário pragmático, sempre interessado nos grandes debates intelectuais, mas também desconfiado da aristocrática alienação de certos teóricos de esquerda".

Tal vocação urbanística começou a se definir precocemente a partir do projeto para Angélica, em 1954, no Mato Grosso: uma cidade nova no meio de uma floresta, entre Campo Grande e Dourados, hoje no atual estado do Mato Grosso do Sul.

Com apenas 26 anos de idade, recém-formado arquiteto, aplicou a doutrina funcionalista de Le Corbusier (1887-1965) e criou uma separação funcional, com zonas comerciais e residenciais que se assemelham às superquadras propostas três anos depois por Lúcio Costa para o Plano Piloto de Brasília.

Jorge Wilheim é responsável por um legado inestimável de emblemáticos projetos, obras e conceitos, entre os quais vários cartões postais paulistanos, como o Vale do Anhangabaú (Primeiro entre 94 em concurso público para a reurbanização, 1981-91), o Parque Anhembi (1967-1973), em São Paulo, cujas instalações incluíram o Pavilhão de Exposições, o Palácio das Convenções e um hotel, e o Pateo do Collegio (Projeto de reurbanização, 1975).

Vale do Anhangabaú
Formou-se em 1952 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Venceu, nesse ano, concurso fechado para a elaboração do projeto hospitalar da Santa Casa de Jaú, então abriu escritório próprio para desenvolvê-lo. Depois foi convidado a projetar em Mato Grosso duas clínicas em Campo Grande e, em 1954, a conceber o projeto urbanístico da cidade de Angélica, para 15 mil habitantes, atualmente as duas cidades localizadas no estado do Mato Grosso do Sul.

Em 1957, participou do concurso para a realização do ante-projeto de plano diretor de Brasília, com Maurício Segall, Pedro Paulo Poppovic, Péricles do Amaral Botelho, Riolando Silveira, José Meiches, Rosa Kliass, Arnaldo Tonissi, Odiléia Helena Setti e Alfredo Gomes Carneiro. Cinco anos mais tarde, associado a Carlos Millan e Maurício Tuck Schneider, venceu o concurso para a construção do Edifício Jockey Club de São Paulo, no Largo do Ouvidor.

A partir de meados da década de 60, realizou inúmeros planos diretores para cidades em desenvolvimento, como Curitiba, PR e Joinville, SC, em 1965. Osasco, SP, em 1966. Natal, RN, em 1967. Goiânia, GO, 1968, e lançou também seu primeiro livro: "São Paulo Metrópole 65".

Em 1970 ingressou na vida pública como secretário estadual de Economia e Planejamento, na gestão Paulo Egydio Martins, entre 1975 e 1979.

Pateo do Collegio
Em 1981, associado a Rosa Kliass e Jamil Kfouri, venceu o concurso para a reurbanização do vale do Anhangabaú, construído e inaugurado dez anos mais tarde. O partido do projeto era a construção de um túnel para o tráfego motorizado, criando na cota do vale uma grande laje para a circulação de pedestres, que ganhou o caráter de uma extensa "praça pública". Contudo, dada a magnitude e relevância da obra para a cidade, o chamado Parque Anhangabaú revelou aspectos particulares da reflexão urbanística de Jorge Wilheim, tal como certa valorização da vida a pé, e uma associação esquemática, já um tanto anacrônica, entre identidade cívica e espaço aberto.

No governo Mário Covas, de 1983 a 1986, foi o titular da Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), e coordenou a elaboração do plano diretor de São Paulo de 1984 (não efetivado).

Em 1985, auxiliado por Jonas Birger, projetou o Centro de Diagnósticos do Hospital Albert Einstein, e tornou-se, no mesmo ano, presidente da Fundação Bienal de São Paulo.

No governo Orestes Quércia, de 1987 a 1991, foi nomeado secretário estadual do Meio Ambiente e, na administração seguinte, de Luiz Antônio Fleury Filho, entre 1991 e 1994, ocupou a presidência da Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo (EMPLASA).

Duas das suas principais marcas no Governo do Estado de São Paulo foram a criação do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON)  e do "Passe do Trabalhador", hoje conhecido como Vale Transporte.


Em 1994, a convite da Organização das Nações Unidas (ONU), mudou-se para Nairóbi, no Quênia, e assumiu o cargo de secretário-geral adjunto da Conferência Mundial Habitat 2, realizada em 1996, em Istambul, Turquia. De volta ao Brasil, retomou projetos de planos diretores para cidades como Campos do Jordão, SP, em 2000, e Araxá, MG, em 2002, além de realizar o projeto da cidade industrial de Londrina, PR, em 1997.

Retornou à vida pública na administração da prefeita Marta Suplicy, entre 2001 a 2004, novamente como presidente da Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), e coordenou a elaboração do plano diretor estratégico de 2002. Nesse período, publicou o livro "Tênue Esperança no Vasto Caos: Questões do Proto-Renascimento do Século XXI", em que procurou sistematizar sua experiência no campo do urbanismo, lançando perspectivas para o futuro das cidades.

No decorrer de sua carreira, Jorge Wilheim foi paulatinamente substituindo a cartilha funcionalista dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAMS), por um contextualismo mais voltado para a dimensão humana e para a unidade tipológica, próprias à uniformidade humanista das cidades europeias do século XV ao XIX. Vem daí a sua defesa teórica de um "Renascimento do século 21", bem como sua metáfora da essência do espaço público como um simples "banco de praça".

No campo da arquitetura, Jorge Wilheim projetou e construiu obras importantes, como a sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Serviço Social das Indústrias (SESI) da Vila Leopoldina, em 1974, a fábrica da Novelprint, 1975, o Centro de Diagnósticos do Hospital Albert Einstein, 1978-1985, e, sobretudo, o conjunto do Parque Anhembi, em 1969, em colaboração com Miguel Juliano, no qual se destacam o Palácio das Convenções, abrigando 3,5 mil lugares, e o Pavilhão de Exposições, com uma área de 67 mil metros quadrados. Com a estrutura metálica tubular em treliça espacial, a imensa cobertura é inteiramente montada no chão e erguida por 25 guindastes durante apenas oito horas. Com cálculo do engenheiro anglo-canadense Cedric Marsh, fornecida e montada pela empresa francesa Fichet Schwartz-Hautmont, representa até hoje "a maior estrutura metálica construída no solo e levantada numa só peça em poucas horas."


Morte

Jorge Wilheim faleceu na sexta-feira, 14/02/2014. Ele estava internado desde dezembro de 2013, no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, zona sul de São Paulo, em decorrência de um acidente de carro. O corpo foi velado no próprio hospital e o enterro ocorreu no mesmo dia, às 14:30 hs, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.


Cacaso

ANTÔNIO CARLOS FERREIRA DE BRITO
(43 anos)
Professor, Compositor, Poeta, Crítico e Ensaísta

* Uberaba, MG (13/03/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/12/1987)

Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro. Filho de Carlos Ferreira de Brito e Wanda Aparecida Lóes de Brito, nasceu em Uberaba, MG, e passou a infância em Alfredo de Castilho e Barretos, interior de São Paulo.

Aos 12, chegou a ser matéria de jornal, por causa de suas caricaturas de políticos e personagens da vida pública, prática que cultivaria por toda a vida. Costumava ilustrar seus poemas, crônicas e letras de músicas com nanquim e lápis de cera.

Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.

Estudou violão clássico, cursou Direito e formou-se em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP). Lecionou teoria literária e literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi também crítico e ensaísta.


Cacaso teve dois filhos: Pedro de Brito, do primeiro casamento com a antropóloga, professora e pesquisadora Leilah Landim Assumpção de Brito, e Paula, do segundo casamento com a cantora Rosa Emília Machado Dias. Pedro de Brito, jornalista, assim como o pai, seguiu a carreira de poeta, tendo publicado alguns poemas no Jornal de Letras e Artes. Como jornalista, Pedro de Brito, especializou-se na área de música, tendo atuado em vários jornais como, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e no jornal O Dia, assinando Pedro Landim.

Em 1967, José Álvaro Editor publicou de Cacaso, ainda usando o nome Antônio Carlos de Brito, "A Palavra Cerzida", seu primeiro livro de poemas, que já havia sido publicado nas principais antologias da nova poesia brasileira.

Publicou artigos em vários jornais, entre eles, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Jornal Movimento e Jornal Opinião.

Publicou os livros de poesias "Grupo Escolar" (1974), "Beijo Na Boca" (1975), "Segunda Classe" (1975) em parceria com Luís Olavo Fontes, "Na Corda Bamba" (1978), "3 Poetas" (1979), com Eudoro Augusto e Letícia Moreira de Souza, "Mar De Mineiro" (1982) e a coletânea "Beijo Na Boca E Outros Poemas" (1985).

Pouco antes de falecer, vitimado por um infarto do miocárdio, estava trabalhando junto com Edu Lobo e Ruy Guerra em um roteiro sobre Canudos. Anos depois, em 1997, Edu Lobo, em homenagem ao poeta, incluiu uma das parcerias de ambos, "Canudos", no filme homônimo de Sérgio Rezende.

Maurício Tapajós e Cacaso
Em 1997, foi editada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma coletânea de seus ensaios, poemas inéditos, crônicas e artigos publicados em jornais intitulada "Não Quero Prosa", com seleção e organização de Vilma Arêas e lançada na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.

Compôs em parceria com Nelson Ângelo o musical "Táxi", ainda inédito.

No ano 2000, a Editora Sette Letras reeditou "Beijo Na Boca".

Em 2002 foi publicado pela Editora Sette Letras e Cosac & Naify, a antologia "Lero Lero", sua obra poética reunida, incluindo sete livros seus e ainda parte de um material que estava inédito entre poemas e desenhos. O livro fez parte da coleção "Às De Colete" e foi lançado na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, os jornalistas Renato Fagundes e Paulo Mussoi produziram o filme de animação digital "Cidadelas", baseado em poemas sobre Canudos ('Auto de Canudos') deixados pelo poeta e nunca publicados, além de desenhos sobre o mesmo tema. A trilha sonora do curta-metragem foi composta por Igor Araújo, com base nos poemas de Cacaso.

Em novembro de 2004 foi relançado o livro "Na Corda Bamba", desta vez com ilustrações do cineasta e amigo José Joaquim Salles. As ilustrações eram para ser entregues para a primeira edição em 1978, mas só ficaram prontas 26 anos mais tarde. O convite para o que Joaquim Salles ilustrasse o livro foi feito no ano de 1975, quando Cacaso, em Paris, visitou o ex-colega de faculdade de Filosofia, que por esta época encontrava-se exilado na França. Como as ilustações não ficaram prontas a tempo, o livro foi publicado com ilustrações do filho Pedro Landim, então com 7 anos. Na reedição do "Na Corda Bamba" o ilustrador José Joaquim Salles contou com a colaboração do próprio filho, o designer gráfico Tomás. Sobre as novas ilustrações José Joaquim relatou:

"Se Cacaso fosse vivo, provavelmente usaria o computador para compor e divulgar sua poesia. Tenho certeza de que estaria ao meu lado fazendo um livro com esta nova ferramenta!"

Sua obra de letrista foi objeto de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O poeta deixou mais de 20 cadernos, muitos deles em forma de diários, com poemas, fotos e ilustrações.

Em 1987, no dia 27 de dezembro, Cacaso partiu prematuramente. Um jornal escreveu: "Poesia rápida como a vida".

Celso Vieira

CELSO VIEIRA DE MATOS MELO PEREIRA
(76 anos)
Escritor, Historiador, Biógrafo e Ensaísta

☼ Recife, PE (12/01/1878)
┼ (19/12/1954)

Celso Vieira de Matos Melo Pereira, mais conhecido como Celso Vieira, foi um historiador, escritor, biógrafo e ensaísta brasileiro. Nasceu na cidade do Recife, PE, em 12/01/1878 e era filho de Rafael Francisco Pereira e de Marcionila Vieira de Melo Pereira.

Mudou-se para Belém, PA, onde ali estudou no Colégio Paes Leme, iniciando o curso de direito, que concluiu no Rio de Janeiro, em 1899. Já formado, voltou ao Recife, participando no ano de 1901 da fundação da Academia Pernambucana de Letras, ali assentando na Cadeira 20. Foi, ainda, presidente desta entidade.

Retornou, mais tarde, para o Rio de Janeiro, onde ocupou alguns cargos públicos, como o de auxiliar do Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, a secretaria do Tribunal de Justiça deste estado e ainda a direção do Gabinete do Ministro da Justiça, dentre outros.

Academia Brasileira de Letras

Terceiro ocupante da cadeira que tem por patrono Tobias Barreto, sucedendo a Santos Dumont que, havendo cometido suicídio, não chegou a tomar posse. Foi eleito a 20/07/1933, sendo empossado em 05/05/1934, recebido por Aloysio de Castro. No Silogeu ocupou a secretaria e a presidência, esta última em 1940. Foi o imortal encarregado de recepcionar o acadêmico  Vítor Viana, em 30/08/1935.

Celso Vieira foi sucedido na Academia Brasileira de Letras, pelo médico e professor Maurício de Medeiros.

Celso Vieira faleceu em 19/12/1954.

Excertos

"No oratório-berço donde veio Rui - berço e altar de Vera Cruz - era ainda criança e colegial, quando a voz de um poeta anunciou que ele seria um tribuno-gigante. Com efeito, à velha tribuna religiosa de Antônio Vieira, prodígio do século XVII e enlevo do templo católico, erigida no solo baiano, sucedeu a tribuna jurídica, freqüentada pela nova eloqüência e pelo novo sacerdócio, em que se multiplicaram as suas orações, flamejantes cóleras ou esplendentes milagres do Verbo nas alturas."
(Homenagem a Ruy Barbosa)

"Senhores Acadêmicos. Quando fui recebido nesta casa, em 1935, por Aloysio de Castro, sentenciou esse amável confrade, resumindo-me o longo tirocínio administrativo, que o secretariado era a minha vocação e o meu fadário. Houve sorrisos discretos no auditório ilustre. Daí por diante, confirmando o vaticínio ao colega, que exultava à hora das eleições, infalivelmente, a Academia elegeu-me 2o secretário, 1o secretário e secretário geral, posto já ofuscante, no qual supunha eu ter vencido o ápice do meu destino (...)"
(Do Discurso Inaugural da Sessão de 28/12/1939)

Publicações

Autor pouco conhecido, tanto da crítica quanto do público, Celso Vieira publicou os seguintes trabalhos, a maioria no campo biográfico:

  • 1919 - Endymião
  • 1919 - O Semeador
  • 1920 - Defesa Social
  • 1923 - Varnhagen
  • 1929 - Anchieta
  • 1932 - Para as Lindas Mãos
  • 1936 - Aspectos do Brasil
  • 1939 - Tobias Barreto
  • 1941 - Estudos e Orações (Ensaios)
  • 1945 - Manuel Bernardes, Clássico e Místico
  • 1946 - Scepticisme et Beauté
  • 1949 - Joaquim Nabuco
  • 1951 - O Gênio e a Graça

Orígenes Lessa

ORÍGENES LESSA
(83 anos)
Jornalista, Contista, Novelista, Romancista e Ensaísta

* Lençóis Paulista, SP (12/07/1903)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/07/1986)

Orígenes Lessa foi um jornalista, contista, novelista, romancista e ensaísta brasileiro, e imortal da Academia Brasileira de Letras.

Filho de Vicente Themudo Lessa, historiador, jornalista e pastor presbiteriano pernambucano, e de Henriqueta Pinheiro Themudo Lessa. Em 1906, foi levado pela família para São Luís do Maranhão, onde cresceu até os nove anos, acompanhando a jornada do pai como missionário. Da experiência de sua infância resultou o romance "Rua do Sol". Em 1912, voltou para São Paulo. Aos 19 anos, ingressou num seminário protestante, do qual saiu dois anos depois.

Em 1924 ele transferiu-se para o Rio de Janeiro. Separado voluntariamente da família, lutou com grandes dificuldades. Para se sustentar, dedicou-se ao magistério. Completou um curso de Educação Física, tornando-se instrutor de ginástica do Instituto de Educação Física da Associação Cristã de Moços. Ingressou no jornalismo, publicando os seus primeiros artigos na seção "Tribuna Social-Operária" de O Imparcial.


Matriculou-se na Escola Dramática do Rio de Janeiro em 1928, dirigida então por Coelho Neto, objetivando o teatro como forma de realizar-se. Saudou Coelho Neto, em nome dos colegas, quando o romancista foi aclamado "Príncipe dos Escritores Brasileiros". Ainda em 1928, voltou para São Paulo, onde ingressou como tradutor no Departamento de Propaganda da General Motors, ali permanecendo até 1931.

Em 1929, começou a escrever no Diário da Noite de São Paulo e publicou a primeira coleção de contos, "O Escritor Proibido", calorosamente recebida por Medeiros e Albuquerque, João Ribeiro, Menotti del Picchia e Sud Menucci. Seguiram-se a essa coletânea "Garçon, Garçonnette, Garçonnière", menção honrosa da Academia Brasileira de Letras, e "A Cidade Que O Diabo Esqueceu".

Em 1932 participou ativamente na Revolução Constitucionalista, durante a qual foi preso e removido para o Rio de Janeiro. No presídio de Ilha Grande, escreveu "Não Há De Ser Nada", reportagem sobre a Revolução Constitucionalista, e "Ilha Grande", jornal de um prisioneiro de guerra, dois trabalhos que o projetaram nos meios literários. Nesse mesmo ano ingressou como redator na N. Y. Ayer & Son, atividade que exerceu durante mais de quarenta anos em sucessivas agências de publicidade.

Voltou à atividade literária, publicando a coletânea de contos "Passa-três" e, a seguir, a novela "O Joguete", e o romance "O Feijão E O Sonho", obra que conquistou o Prêmio Antônio de Alcântara Machado e teve um sucesso extraordinário, inclusive na sua adaptação como novela de televisão.

Em 1942 mudou-se para Nova York para trabalhar no Coordinator Of Inter-American Affairs, tendo sido redator na NBC em programas irradiados para o Brasil.

Em 1943, de volta ao Rio de Janeiro, reuniu no volume "Ok, América" as reportagens e entrevistas escritas nos Estados Unidos. Deu continuidade à sua atividade literária, publicando novas coletâneas de contos, novelas e romances.

A partir de 1970 dedicou-se também à literatura infanto-juvenil, chegando a publicar, nessa área, quase 40 títulos, que o tornaram um autor conhecido e amado pelas crianças e jovens brasileiros.

Orígenes Lessa foi casado com a jornalista e cronista Elsie Lessa, sua prima-irmã, com quem teve um filho, o jornalista, cronista e escritor Ivan Lessa. Também foi casado com Edith Thomas, com quem teve outro filho, Rubens Lessa. Na ocasião de sua morte, estava casado com Maria Eduarda LessaOrígenes Lessa foi sepultado em sua cidade natal, Lençóis Paulista, SP.

Orígenes Lessa recebeu inúmeros prêmios literários: Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1939), pelo romance "O Feijão E O Sonho", Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1955), pelo romance "Rua Do Sol", Prêmio Fernando Chinaglia (1968), pelo romance "A Noite Sem Homem", Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (1972), pelo romance "O Evangelho De Lázaro".


Academia Brasileira de Letras

Foi eleito em 09/07/1981 para a cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Osvaldo Orico, foi recebido em 20/11/1981 pelo acadêmico Francisco de Assis Barbosa.

Contos, Romances e Reportagens

  • 1929 - O Escritor Proibido (Contos)
  • 1930 - Garçon, Garçonnette, Garçonnière (Contos)
  • 1931 - A Cidade Que O Diabo Esqueceu (Contos)
  • 1932 - Não Há De Ser Nada (Reportagem)
  • 1933 - Ilha Grande (Reportagem)
  • 1935 - Passa-três (Contos)
  • 1938 - O Feijão E O Sonho (Romance)
  • 1945 - Ok, América (Reportagem)
  • 1946 - Omelete Em Bombaim (Contos)
  • 1948 - A Desintegração Da Morte (Novela)
  • 1955 - Rua do Sol (Romance)
  • 1956 - Oásis Na Mata (Reportagem)
  • 1959 - João Simões Continua (Romance)
  • 1960 - Balbino, O Homem Do Mar (Contos)
  • 1963 - Histórias Urbanas (Contos)
  • 1968 - A Noite Sem Homem (Romance)
  • 1968 - Nove Mulheres (Contos)
  • 1972 - Beco Da Fome (Romance)
  • 1972 - O Evangelho De Lázaro (Romance)
  • 1979 - Um Rosto Perdido (Contos)
  • 1984 - Mulher Nua Na Calçada (Contos)
  • 1984 - O Edifício Fantasma (Romance)


Ensaios

  • 1973 - Getúlio Vargas Na Literatura De Cordel
  • 1985 - O Índio Cor-de-Rosa - Evocação de Noel Nutels
  • 1982 - Inácio da Catingueira e Luís Gama, Dois Poetas Negros Contra O Racismo Dos Mestiços
  • 1984 - A Voz Dos Poetas


Literatura Infanto-Juvenil

Apresenta quase 40 títulos, entre os quais destacam-se:

  • 1934 - O Sonho De Prequeté
  • 1971 - Memórias De Um Cabo De Vassoura
  • 1972 - Sequestro Em Parada De Lucas
  • 1972 - Memórias De Um Fusca
  • 1972 - Napoleão Ataca Outra Vez
  • 1972 - A Escada De Nuvens
  • 1972 - Confissões De Um Vira-Lata
  • 1972 - A Floresta Azul
  • 1976 - O Mundo É Assim, Taubaté
  • 1978 - É Conversando Que As Coisas Se Entendem
  • 1983 - Tempo Quente Na Floresta Azul


Fonte: Wikipédia

Décio Pignatari

DÉCIO PIGNATARI
(85 anos)
Poeta, Ensaísta, Ficcionista, Tradutor, Ator, Publicitário e Professor

* Jundiai, SP (20/08/1927)
+ São Paulo, SP (02/12/2012)

Décio Pignatari formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Estreou como poeta em fevereiro de 1949 nas páginas da Revista de Novíssimos, juntamente com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos.

Desde os anos 1950, realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e a fragmentação das palavras. Tais aventuras verbais culminaram no Concretismo, movimento estético que fundou junto com Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas Noigandres e Invenção,  publicou a "Teoria da Poesia Concreta" (1965) e com os quais também colaborou na Revista Brasileira de Poesia.

Como teórico da comunicação, traduziu obras de Marshall McLuhan e publicou o ensaio "Informação, Linguagem e Comunicação" (1968). Sua obra poética está reunida em "Poesia Pois é Poesia" (1977).


Décio Pignatari publicou traduções de Dante AlighieriJohann Wolfgang von Goethe e William Shakespeare, entre outros, reunidas em "Retrato do Amor Quando Jovem" (1990) e 231 poemas. Publicou seu primeiro livro de poesias em 1950 "Carrossel", o volume de contos "O Rosto da Memória" (1988) e o romance "Panteros" (1992), além de uma obra para o teatro, "Céu de Lona".

Durante anos publicou artigos no "Suplemento Dominical" do Jornal do Brasil. Tornou-se professor de Teoria Literária no curso de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e se doutorou em 1973, sob orientação de Antonio Cândido. 

Escreveu "Semiótica e Literatura" e "Poesia, Pois é, Poesia". Também se aventurou como ator, primeiro no filme "O Gigante da América" (1978) e depois no documentário "Poema: Cidade" e em "Sábado", filme de Ugo Giorgetti, realizado em 1995.

Morte

Décio Pignatari morreu vítima de Insuficiência Respiratória no domingo, 02/12/2012, aos 85 anos. Ele estava internado desde sexta-feira, 30/11/2012, no Hospital Universitário de São Paulo, e faleceu por volta das 9:00 hs da manhã, segundo a assessoria do hospital. Ele também sofria de Mal de Alzheimer.

Fonte: Wikipédia

Lêdo Ivo

LÊDO IVO
(88 anos)
Jornalista, Poeta, Romancista, Contista, Cronista e Ensaísta

* Maceió, AL (18/02/1924)
+ Sevilha, Espanha (23/12/2012)

Quinto ocupante da Cadeira nº 10, eleito em 13 de novembro 1986, na sucessão de Orígenes Lessa e recebido em 7 de abril de 1987 pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa. Recebeu os acadêmicos Geraldo França de Lima, Nélida Piñon e Sábato Magaldi.

Lêdo Ivo nasceu no dia 18 de fevereiro de 1924, em Maceió, AL, filho de Floriano Ivo e Eurídice Plácido de Araújo Ivo. Casado com Maria Lêda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), tem o casal três filhos: Patrícia, Maria da Graça e Gonçalo.

Fez os cursos primário e secundário em sua cidade natal. Em 1940, transferiu-se para o Recife, onde ocorreu sua primeira formação cultural. Em 1941, participou do I Congresso de Poesia do Recife. Em 1943 transferiu-se para o Rio de Janeiro e se  matriculou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, pela qual se formou. Passou a colaborar em suplementos literários e a trabalhar na imprensa carioca, como jornalista profissional.

Em 1944, estreou na literatura com "As Imaginações", poesia, e no ano seguinte publicou "Ode e Elegia", distinguido com o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Nos anos subsequentes  sua obra literária avolumou-se com a publicação de livros de poesia, romance, conto, crônica e ensaio.

Em 1947, seu romance de estréia "As Alianças" mereceu o Prêmio de Romance da Fundação Graça Aranha. Em 1949, pronunciou, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a conferência "A geração de 1945". Nesse ano, formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, mas nunca advogou, preferindo continuar exercendo o jornalismo.


No início de 1953, foi morar em Paris. Visitou vários países da Europa e, em fins de 1954, retornou ao Brasil, reiniciando suas atividades literárias e jornalísticas.

Em 1963, a convite do governo norte-americano, realizou uma viagem de dois meses (novembro e dezembro) pelos Estados Unidos, pronunciando palestras em universidades e conhecendo escritores e artistas.

Ao seu livro de crônicas "A Cidade e os Dias" (1957) foi atribuído o Prêmio Carlos de Laet, da Academia Brasileira de Letras.

Como memorialista, publicou "Confissões de um Poeta" (1979), distinguido com o Prêmio de Memória da Fundação Cultural do Distrito Federal, e "O Aluno Relapso" (1991).

Seu romance "Ninho de Cobras" foi traduzido para o inglês, sob o título "Snakes’ Nest", e em dinamarquês, sob o título "Slangeboet". No México, saíram várias coletâneas de poemas seus, entre as quais "La Imaginaria Ventana Abierta", "Oda al Crepúsculo", "Las Pistas", "Las Islas Inacabadas", "La Tierra Allende", "Mía Patria Húmeda" e "Réquiem".

Em Lima, foi editada uma antologia, "Poemas"; na Espanha saíram "La Moneda Perdida" e "La Aldea de Sal"; nos Estados Unidos, "Landsend", antologia poética; na Holanda, a seleção de poemas "Vleermuizen em blauw Krabben" (Morcegos e Goiamuns).

No Chile, saiu a antologia "Los Murciélagos". Na Venezuela, foi publicada a antologia "El Sol de los Amantes".

Na Itália foram publicados "Illuminazioni" e "Réquiem".


Em 1973, foram conferidos a "Finisterra" o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (poesia) do PEN Clube do Brasil, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Casimiro de Abreu do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O seu romance "Ninho de Cobras" conquistou o Prêmio Nacional Walmap de 1973. Em 1974, "Finisterra" recebeu o Prêmio Casimiro de Abreu, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1982, foi distinguido com o Prêmio Mário de Andrade, conferido pela Academia Brasiliense de Letras ao conjunto de suas obras.

Ao seu livro de ensaios "A Ética da Aventura" foi atribuído, em 1983, o Prêmio Nacional de Ensaio do Instituto Nacional do Livro. Em 1986, recebeu o Prêmio Homenagem à Cultura, da Nestlé, pela sua obra poética.

Eleito "Intelectual do Ano de 1990", recebeu o Troféu Juca Pato do seu antecessor nessa láurea, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. Ao seu livro de poemas "Curral de Peixe" o Clube de Poesia de São Paulo atribuiu o Prêmio Cassiano Ricardo em 1996.

Em 2004 foi-lhe outorgado o Prêmio Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo conjunto da obra.

No plano internacional, Lêdo Ivo é detentor do Prêmio de Poesia del Mundo Latino Victor Sandoval (México, 2008), do Prêmio de Literatura Brasileira da Casa de las Américas (Cuba, 2009) e do Prêmio Rosalía de Castro, do PEN Clube da Galícia (Espanha, 2010).

Ao longo de sua vida literária, Lêdo Ivo foi convidado numerosas vezes para representar o Brasil em congressos culturais e participar de encontros internacionais de poesia.

É sócio efetivo da Academia Alagoana de Letras, sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, sócio efetivo da Academia de Letras do Brasil, sócio honorário da Academia Petropolitana de Letras, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Morte

Lêdo Ivo morreu, na madrugada de domingo, 23/12/2012, em Sevilha, na Espanha, vítima de Infarto, aos 88 anos.

Segundo informações de familiares, o jornalista passou mal quando almoçava num restaurante. Ele seguiu até o hotel onde recebeu atendimento médico, mas acabou falecendo antes mesmo de ser encaminhado ao hospital da cidade.

O corpo de Lêdo Ivo vai ser cremado na Europa. As cinzas serão trazidas para o Rio de Janeiro e serão sepultadas no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras no Cemitério São João Batista.

O imortal vai ser homenageado numa sessão extraordinária da Academia Brasileira de Letras no dia 10 de janeiro de 2013.


Condecorações

  • Ordem do Mérito dos Palmares, no grau de Grã-Cruz
  • Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial
  • Ordem do Rio Branco, no grau de Comendador
  • Medalha Manuel Bandeira
  • Cidadão honorário de Penedo, Alagoas
  • Grande Benemérito do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro
  • Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Alagoas
  • Pertence ao PEN Clube Internacional, sediado em Paris

Bibliografia
Conjunto da obra de Lêdo Ivo

Poesia

  • 1944 - As Imaginações
  • 1945 - Ode e Elegia
  • 1948 - Acontecimento do Soneto. Barcelona: O Livro Inconsútil
  • 1948 - Ode ao Crepúsculo
  • 1949 - Cântico. Ilustrações de Emeric Marcier
  • 1951 - Linguagem: (1949-19041)
  • 1951 - Ode Equatorial. Com xilogravuras de Anísio Medeiros
  • 1951 - Acontecimento do Soneto. Incluindo Ode à Noite
  • 1955 - Um Brasileiro em Paris e O Rei da Europa
  • 1960 - Magias
  • 1962 - Uma Lira dos Vinte Anos
  • 1964 - Estação Central
  • 1965 - Rio, a Cidade e os Dias: Crônicas e Histórias
  • 1972 - Finisterra
  • 1974 - O Sinal Semafórico
  • 1980 - O Soldado Raso
  • 1982 - A Noite Misteriosa
  • 1985 - Calabar
  • 1987 - Mar Oceano
  • 1990 - Crepúsculo Civil
  • 1995 - Curral de Peixe
  • 1997 - Noturno Romano. Com gravuras de João Athanasio
  • 2000 - O Rumor da Noite
  • 2004 - Plenilúnio
  • 2008 - Réquiem
  • 2004 - Poesia Completa - 1940-2004
  • 2008 - Réquiem. Com pinturas de Gonçalo Ivo e desenho de Gianguido Bonfanti

Antologias

  • 1965 - Antologia Poética
  • 1966 - O Flautim
  • 1966 - 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor
  • 1976 - Central Poética
  • 1983 - Os Melhores Poemas de Lêdo Ivo (2ª edição, 1990)
  • 1986 - 10 Contos Escolhidos
  • 1987 - Cem Sonetos de Amor
  • 1991 - Antologia Poética
  • 1995 - Os Melhores Contos de Lêdo Ivo
  • 1988 - Um Domingo Perdido (Contos)
  • 2000 - Poesia Viva
  • 2004 - Melhores Crônicas de Lêdo Ivo
  • 2004 - 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor
  • 2005 - Cem Poemas de Amor
  • 2010 - O Vento do Mar

Romance

  • 1947 - As Alianças (Prêmio da Fundação Graça Aranha)
  • 1948 - O Caminho Sem Aventura
  • 1964 - O Sobrinho do General
  • 1973 - Ninho de Cobras (V Prêmio Walmap)
  • 1984 - A Morte do Brasil

Conto

  • 1961 - Use a Passagem Subterrânea
  • 1966 - O Flautim
  • 1986 - 10 Contos Escolhidos
  • 1995 - Os Melhores Contos de Lêdo Ivo
  • 1998 - Um Domingo Perdido

Crônica

  • 1957 - A Cidade e os Dias
  • 1971 - O Navio Adormecido no Bosque
  • 2004 - As Melhores Crônicas de Lêdo Ivo

Ensaio

  • 1951 - Lição de Mário de Andrade
  • 1955 - O Preto no Branco. Exegese de um poema de Manuel Bandeira
  • 1958 - Raimundo Correia: Poesia (apresentação, seleção e notas)
  • 1961 - Paraísos de Papel
  • 1963 - Ladrão de Flor
  • 1963 - O Universo Poético de Raul Pompéia
  • 1967 - Poesia Observada
  • 1972 - Modernismo e Modernidade
  • 1976 - Teoria e Celebração
  • 1976 - Alagoas
  • 1982 - A Ética da Aventura
  • 1995 - A República da Desilusão
  • 2009 - O Ajudante de Mentiroso
  • 2009 - João do Rio

Autobiografia

  • 1979 - Confissões de um Poeta
  • 1991 - O Aluno Relapso

Literatura Infanto-Juvenil

  • 1990 - O Canário Azul
  • 1995 - O Menino da Noite
  • 2000 - O Rato da Sacristia
  • 2009 - A História da Tartaruga

Edição Conjunta

  • 1971 - O Navio Adormecido no Bosque (reunindo A Cidade e os Dias e Ladrão de Flor)