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Carlos Vergueiro

CARLOS PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO
(78 anos)
Ator, Radialista, Jornalista, Compositor e Roteirista

* São Paulo, SP (01/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/03/1998)

Na década de 40, frequentou o curso de Direito, mas não chegou a exercer a profissão. Nessa época, ele começava a carreira artística como crítico musical do "Estado de São Paulo", do "O Correio Paulistano" e da revista "Clima".

Depois de uma viagem à Europa, em 1948, Vergueiro voltou sua atenção para o teatro. Quando voltou ao Brasil, entrou para o Grupo de Teatro Experimental, dirigido por Alfredo Mesquita. O primeiro papel foi uma ponta na peça "À Quoi Revent Les Jeunes Files", de Musset. Das apresentações, surgiu a idéia de fundar o Teatro Brasileiro de Comédia, o legendário TBC, no fim dos anos 40. Ele foi o primeiro diretor do teatro a participar de montagens históricas, como "Seis Personagens à Procura de um Autor", com Cacilda Becker e Sérgio Cardoso, e "Ralé", com Maria Della Costa e Paulo Autran.

No teatro, conheceu Zilah Maria Pederneiras Fontainha, com quem foi casado por 46 anos. Com ela, teve três filhos - Carlinhos e Guilherme Vergueiro, os dois ligados à música, e Maria Luiza.

Vergueiro não se restringiu ao teatro. Como secretário da diretoria da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz, ganhou um papel no primeiro filme da empresa, "Caiçara". Também escreveu diálogos para os longas "Sinhá Moça" e "Uma Pulga na Balança".

No fim da década de 60, ocupou o cargo de diretor artístico da TV Cultura de São Paulo. Mesmo atuando como ator em peças de teatro e cinema, Vergueiro nunca abandonou o rádio. Ele costumava dizer que seu trabalho na área de programação musical tinha um paralelismo com a vida de ator.

Foi, também, diretor artístico da 'Rádio Eldorado'. Durante mais de 30 anos, ele foi responsável pela área cultural da emissora e criou programas líderes de audiência, como "Um Piano ao Cair da Tarde" e "Música de Concerto". Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Sanyo de Radialismo, em 1979, e o Prêmio Roquette Pinto, em 1962, epla melhor programação musical.

Carlos Vergueiro morreu aos 78 de anos, de infarto.

É pai do compositor Carlinhos Vergueiro e Guilherme Vergueiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Marcos Cesana

MARCOS CESANA
(44 anos)
Ator, Dramaturgo e Roteirista de TV

* São José do Rio Preto, SP (1966)
+ São Paulo, SP (18/05/2010)

Ficou conhecido do público ao participar de mais de cem filmes publicitários, incluindo campanhas memoráveis, como coadjuvante do Baixinho da Kaiser e o Porteiro Zé, para Porto Seguro, dentre outros. Também apareceu em anúncio impresso em campanha para os Correios.

A versatilidade de Marcos Cesana incluiu ainda trabalhos no rádio como imitador em programa humorístico e locutor de spots.

Em teatro, Marcos Cesana atuou em diversos espetáculos, dentre os quais as peças "Vernissage", de Vladislak Havel, "Terrorismo", dos irmãos Presniakov, "Ricardo III", dirigida por Jô Soares, "Felizes Para Sempre" (2007) e "Charutos" (2007).

Marcos Cesana é autor das peças "Desamparo" que ficou em cartaz, em 1999, no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e "Ninguém Fala de Amor Como Você", encenada em 2003.

No cinema, Marcos Cesana atuou em curtas e longas-metragens, com diretores como Laís Bodansky, "Bicho de Sete Cabeças" e "Chega de Saudade", João Batista de Andrade, "Veias e Vinhos", e Hermano Penna, "Vôo Cego, Rumo Sul".

Integrou o elenco das novelas "Da Cor do Pecado" (2004) e "Cidadão Brasileiro" (2006). Na televisão, participou, também, do teleteatro "Quando as Máquinas Param", na TV Cultura.

Marcos Cesana também é personagem principal do longa-metragem "Jardim Europa", de Mauro Baptista Vedia.

Ainda no cinema, Marcos Cesana foi o roteirista do filme "Olho de Boi" (2007).

Entre 2007 e 2008, esteve em cartaz com a peça "A Festa de Abigaiu". Ainda em 2008, Marcos Cesana participou do seriado "Casos e Acasos", da TV Globo.

Entre 2008 e 2010, Marcos Cesana participou da peça "A Alma Boa de Setsuan".

Em 2010, esteve nas telas dos cinemas no filme "Lula, O Filho do Brasil" e na televisão na da série "9mm: São Paulo" do canal de TV a cabo FOX.


Morte

Marcos Cesana morreu na madrugada do dia 18/05/2010, aos 44 anos, em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Marcos Cesana estava internado no Hospital Samaritano, em São Paulo, desde o dia 08/05/2010.

Segundo nota divulgada pelo hospital, Marcos Cesana faleceu em "decorrência de complicações cardiorrespiratórias secundárias a uma hemorragia por ruptura de aneurisma cerebral".

O corpo do dramaturgo foi velado no Cemitério São Pedro e cremado no Cemitério de Vila Alpina.

Marcos Cesana era casado e deixou dois filhos, André, de 13 anos, e Leon, de 1 ano.

Marcos Cesana estava em cartaz no teatro com a peça "A Alma Boa de Setsuan", de Brecht, que ele mesmo adaptou, ao lado de Marco Antonio Braz, diretor do espetáculo, e que tem Denise Fraga e Ary França no elenco. Denise Fraga, que o conheceu em 2004, também trabalhou com ele no quadro "Retrato Falado", do Fantástico, na TV Globo.

O último filme em que trabalhou foi "Reflexões de um Liquidificador", quarto longa de André Klotzel.


Cinema


  • 2001 - Bicho de Sete Cabeças ... Interno Bil
  • 2003 - Noventa Milhões em Ação (Curta-Metragem)
  • 2006 - Veias e Vinhos - Uma História Brasileira
  • 2007 - Chega de Saudade ... Garçom Gilson
  • 2009 - Lula, o Filho do Brasil ... Feitosa
  • 2009 - Reflexões de um Liquidificador ... Carteiro


Televisão


  • 2006 - Cidadão Brasileiro ... Pereira
  • 2008 - Casos e Acasos (Episódio "A Escolha, a Operação e a Outra")
  • 2008 - 9mm: São Paulo ... Tavares (13 Episódios - 2008-2009)
  • 2009 - A Grande Família ... Farofa (Episódio "Nem Tuco Está Perdido")


Roteirista


  • 2008 - Olho de Boi (2008) - Vencedor do Kikito de melhor roteiro no Festival de Gramado



Anselmo Duarte

ANSELMO DUARTE BENTO
(89 anos)
Ator, Roteirista, Diretor, Produtor e Editor

* Salto, SP (21/04/1920)
+ São Paulo, SP (07/11/2009)

O ator, roteirista e cineasta Anselmo Duarte Bento, mais conhecido como Anselmo Duarte, começou no cinema como molhador de tela, aos 10 anos de idade. No tempo das fitas mudas, o projetor ficava atrás da tela e a esquentava. Era preciso jogar água a cada dois rolos de filme para evitar incêndios.

Na infância, Anselmo Duarte queria ser projecionista, como o irmão Alfredo. Essa experiência foi usada em um dos filmes de Anselmo Duarte, "O Crime do Zé Bigorna", ambientado em 1928. Na trama, enquanto Charles Chaplin agitava a tela, Lima Duarte e Stênio Garcia a molhavam.

O primeiro trabalho de Anselmo Duarte como ator foi no filme inacabado de Orson Welles "It's All True" (1942).

Anselmo Duarte foi o maior galã do cinema brasileiro nos anos 40 e 50, estrelando obras na Cinédia, na Atlântida e na Vera Cruz. Seu primeiro trabalho como diretor, "Absolutamente Certo" (1957), era uma comédia como aquelas que lhe deram fama como ator e estrelada por ele e Dercy Gonçalves.

Em 1962, lançou "O Pagador de Promessas", o único filme brasileiro a receber o maior prêmio mundial do cinema, a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O jovem diretor venceu concorrentes que pertencem à história cinematográfica, como Luis Buñuel, "O Anjo Exterminador", Michelangelo Antonioni, "O Eclipse", e Robert Bresson, "O Julgamento de Joana d'Arc".

Na premiação em Cannes, a embaixada brasileira em Paris não emprestou a bandeira brasileira para o Festival. Depois de alguma confusão, Anselmo Duarte teve de tomar uma bandeira emprestada, que tinha metade do tamanho oficial. Por isso, só foi hasteada a bandeira do vencedor, pois, caso as outras fossem abertas, ela destoaria.

De volta ao Brasil, os diretores do Cinema Novo moveram uma campanha que contra "O Pagador de Promessas".

"Fizeram de tudo para denegrir a minha conquista, que foi referendada em vários outros festivais naquele ano."
(Anselmo Duarte)


Segundo ele, a campanha se manteve com o filme seguinte, "Veredas da Salvação" (1964), duramente criticado na imprensa brasileira e elogiado no exterior, em especial no Festival de Berlim. O filme, estrelado por Raul Cortez, Lélia Abramo, José Parisi e Maria Isabel de Lizandra hoje é considerado cult.

Como ator, um de seus filmes preferidos é "Sinhá Moça" (1953), de Tom Payne, no qual ele faz um belo discurso em favor da liberdade. Anselmo Duarte contracena com Eliane Lage nessa história do século 19, de uma jovem que se apaixona por advogado e vive um grande drama de amor, numa época em que as idéias abolicionistas ganhavam força e eram violentamente combatidas. O filme, produção da Vera Cruz, ganhou o Prêmio Especial do Júri, em Veneza. A atuação de Anselmo Duarte também foi elogiada no papel do compositor Zequinha de Abreu, em "Tico-Tico no Fubá" (1952) ao lado de Tônia Carrero.

Dos filmes feitos na Cinédia, o destaque é "Pinguinho de Gente" (1947). Na Atlântida, Anselmo Duarte atuou e refez o roteiro de "Carnaval no Fogo", do diretor Watson Macedo. Foi também ator em "Independência ou Morte" (1972) e seu último trabalho foi no filme "Brasa Adormecida" na década de 80, estrelado por Maitê Proença e Edson Celulari. Nesse filme ele atuou ao lado da ex-mulher, a atriz Ilka Soares, que ele conheceu na Vera Cruz e com quem teve um filho.


A Morte

O diretor estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o dia 28 de outubro de 2009, após ter sofrido o terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele também lutava contra um câncer na bexiga, diagnosticado em agosto do mesmo ano.

Segundo o filho do diretor, o empresário Ricardo Duarte, o corpo do cineasta foi levado para a cidade natal do diretor, Salto, no interior paulista. Lá, recebeu uma breve homenagem da prefeitura e foi enterrado no Cemitério Municipal da cidade.

Além de Ricardo Duarte, o diretor também é pai de Anselmo Duarte Júnior, Lídia Soares Duarte e Regina Hooper Duarte.

Carreira Ator
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1982 - Tensão No Rio
  • 1979 - Feijão Maravilha (Novela)
  • 1978 - Embalos Alucinantes
  • 1976 - Paranóia
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1975 - A Casa Das Tentações
  • 1974 - A Noiva Da Noite
  • 1974 - O Marginal
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1967 - O Caso Dos Irmãos Naves
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1960 - Un Rayo De Luz
  • 1958 - O Cantor E O Milionário
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1956 - O Diamante
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1955 - Sinfonia Carioca
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Veneno
  • 1952 - Apassionata
  • 1952 - Tico-Tico No Fubá
  • 1951 - Maior Que O Ódio
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - A Sombra Da Outra
  • 1949 - Pinguinho De Gente
  • 1949 - O Caçula Do Barulho
  • 1949 - Carnaval No Fogo
  • 1948 - Terra Violenta
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1947 - Querida Susana
  • 1947 - Não Me Digas Adeus

Carreira Roteirista

  • 1979 - O Caçador De Esmeraldas
  • 1977 - O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1952 - Amei Um Bicheiro
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Carreira Diretor

  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1977- O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1957 - Absolutamente Certo

Carreira Produtor

  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Os Carrascos Estão Entre Nós
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte

Carreira Editor

  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira In Memoriam