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Jair

JAIR ROSA PINTO
(84 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Quatis, RJ (21/03/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/07/2005)

Jair Rosa Pinto foi um dos principais futebolistas brasileiros das décadas de 1940 e 1950. Nasceu no dia 21/03/1921, em Quatis, RJ, pertinho de Barra Mansa, e começou a carreira no Madureira. Também jogou no Flamengo, Santos, São Paulo e Ponte Preta, Palmeiras e Vasco.

No Santos, em 1959, quando foi vice-campeão Paulista, deu aulas especiais de comportamento, posicionamento em campo e de chute a gol ao menino Pelé.


São Paulo

Jair Rosa Pinto passou pelo São Paulo. Foi rápido, em 1961. E ainda jogou na Ponte Preta, também rapidinho. Jair chegou ao São Paulo no final de sua carreira. Jogou pelo Tricolor entre 1961 e 1963. Atuou em 31 partidas (20 vitórias, quatro empates, sete derrotas) e marcou apenas 2 gols. Encerrou sua passagem pelo São Paulo dirigindo a equipe em janeiro de 1963.


Vasco da Gama

Começou a carreira profissional no Madureira, atuando como meia-esquerda, em 1938, quando formou um trio com os jogadores Lelé e Isaías, conhecido como "Os Três Patetas". O trio fez tanto sucesso que acabou sendo contratado pelo Vasco da Gama em 1943, onde participou do Expresso da Vitória, considerado um dos maiores elencos da história do clube. Pelo Vasco fez, 71 jogos, com 44 vitórias, 18 empates e nove derrotas, marcando 27 gols (média de 0,39 gols por jogo).

Zizinho, Pirillo e Jair Rosa Pinto
Flamengo

Em 1946, saiu do Vasco e foi para o Flamengo, segundo ele, por receber menos que outros jogadores no elenco.


Palmeiras

Jair chegou ao Palmeiras após vestir a camisa do Flamengo e do Vasco, e disputar a Copa de 1950 com a Seleção Brasileira. Lá ficou até 1955, onde foi ídolo incontestável.

Jair foi personagem principal de uma das partidas mais emocionantes da história do clássico entre São Paulo e Palmeiras, o famoso Choque-Rei. No dia 28/01/1951, o Palmeiras entrou em campo contra o São Paulo, jogando pelo empate. A partida era válida pelo campeonato paulista de 1950, e as duas equipes, que vinham disputando o título ponto a ponto, tinham chance de levantar o caneco. Debaixo de muita chuva o São Paulo conseguiu abrir o placar. Teixeirinha bateu, a bola desviou em Turcão (zagueiro palmeirense) e morreu no fundo das redes do goleiro Oberdan Catani. Após o árbitro inglês Alwyn Bradley decretar o fim do primeiro tempo, oa jogadores do Palmeiras, devidamente abatidos, desceram ao vestiário e foram surpreendidos por Jair, que aos berros exigiu raça ao time verde. No intervalo, ele chegou para seus companheiros e disse:

"A única chance que temos é a seguinte: todo mundo que pegar a bola, toca pra mim que eu vou lançar pra frente. Uma hora faremos um gol", lembra o jornalista Cláudio Carsughi.

E foi isso que aconteceu. Aos 15 minutos do segundo tempo Jair dominou e fez um de seus incríveis lançamentos. A bola parou em uma poça do inundado Pacaembu e sobrou para Aquiles, que empatou a partida e garantiu o título ao alviverde do Parque Antártica.

Pelo PalmeirasJair Rosa Pinto fez 241 jogos (141 vitórias, 55 empates, 45 derrotas) e anotou 71 gols. Conseguiu o título paulista de 1950 e a Copa Rio de 1951.


Santos

Em 1956, foi para o Santos, onde venceu três campeonatos paulistas (1956, 1958 e 1960). Ainda em 1957, voltou a vestir a camisa do Vasco num combinado Vasco-Santos, numa série de três amistosos no Maracanã. Jair jogou no Santos já quando veterano (tinha quase 40 anos), mas é lembrado até hoje como membro da melhor linha do time, que não tinha Mengálvio e Coutinho.

O melhor ataque do Santos foi a que o Palmeiras enfrentou no famoso 7x6 do Torneio Rio-São Paulo de 1958, formada por Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Esse ataque bateu o recorde de gols do paulistão em 58, com 143 gols, e o aumentou em 59 para 151 gols.


Seleção Brasileira

Jair atuou em 41 partidas pela Seleção Brasileira (39 oficiais), com 25 vitórias, cinco empates, onze derrotas, marcando 24 gols (22 oficiais). Foi o artilheiro da Campeonato Sul-Americano de 1949, com 9 gols, recorde até hoje não batido. Foi vice-campeão na Copa do Mundo de 1950, jogada no Brasil, onde marcou um gol em cinco jogos disputados. Sobre a derrota para o time do Uruguai, na final travada no estádio do Maracanã, Jair declarou: "Isso eu vou levar para a cova, mas, lá em cima, perguntarei para Deus por que perdemos o título mais ganho de todas as copas, desde 1930".

Apesar da seleção não usar numeração fixa naquela copa, Jair usava a camisa 10 sempre que jogava, portanto é tido como o primeiro jogador a usar a camisa 10 da seleção em copas do mundo.

Últimos Clubes e Carreira de Treinador

Ainda jogou com brilho no São Paulo e depois na Ponte Preta, onde encerrou a carreira em 1963, aos 42 anos. Foi ainda técnico de oito clubes, mas sem conseguir alcançar o sucesso que teve como jogador.


Vida Pós-Futebol

Depois de aposentado, estabeleceu-se no bairro da Tijuca, onde era um popular frequentador dos cafés da Praça Sáenz Peña. Ele passava boa parte do seu tempo cuidando dos muitos passarinhos que criava e revivendo mentalmente os seus tantos e tantos anos de glória no futebol, como jogador (principalmente) e como técnico.

Jair, que costumava acompanhar todos os programas esportivos da TV, ficou inconformado quando a Band tirou do ar o programa "Gol, o Grande Momento" e quando a TV Cultura encurtou e transformou o "Grandes Momentos do Esporte".

Jair Rosa Pinto morreu na madrugada do dia 28/07/2005, vítima de embolia pulmonar. Ele estava internado no Hospital da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro, onde se recuperava de uma cirurgia no abdômen. O corpo do jogador foi velado no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, e cremado, no mesmo dia de sua morte.

Clubes
  • Madureira (1938 a 43)
  • Vasco da Gama (1943 a 48)
  • Flamengo (1948 a 49)
  • Palmeiras (1950 a 55)
  • Santos (1956 a 61)
  • São Paulo (1961 a 63)
  • Ponte Preta (1963 a 64).


Títulos

Vasco
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 1945


Palmeiras
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1950
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1951
  • Mundial de Clubes 1951: 1951


Santos
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1956, 1958 e 1960
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1959


Seleção Brasileira
  • Vice-Campeão Mundial: 1950
  • Campeão Sul-Americano (Atual Copa América): 1949



Pedro Rocha

PEDRO VIRGÍLIO ROCHA FRANCHETTI
(70 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* Salto, Uruguai (03/12/1942)
+ São Paulo, SP (02/12/2013)

Pedro Virgilio Rocha Franchetti, mais conhecido apenas como Pedro Rocha, foi um jogador e técnico de futebol nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro.

Pedro Rocha teve um desempenho brilhante vestindo a camisa do Peñarol, acumulando títulos da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes, além de campeonatos uruguaios.

Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, onde permaneceu até 1977, quando saiu com 34 anos de idade.

No Brasil, ficou mais conhecido por prenome e sobrenome, Pedro Rocha. Nesse meio tempo, Verdugo, um de seus apelidos, já que misturava a raça uruguaia e uma enorme habilidade com a bola, ajudou o São Paulo a chegar a dois títulos estaduais, em 1971 e 1975, e também chegou a ganhar o Brasileirão pelo mesmo São Paulo em 1977.

Pelé e Pedro Rocha
(Foto: Gazeta Press)
Pelo tricolor paulista, atuou 375 vezes, marcando 113 gols. Também jogou em outros clubes do futebol brasileiro, como Coritiba, Palmeiras e Bangu antes de encerrar a carreira, em meados da década de 1980 quando atuava pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Foi artilheiro do campeonato brasileiro em 1972 pelo São Paulo com 17 gols dividindo a artilharia com Dario, do Atlético Mineiro.

Também é lembrado pela admiração que Pelé tinha por seu futebol. Em 1968, em sua opinião, Pedro Rocha era um dos cinco melhores jogadores do mundo.


Morte

Pedro Rocha morreu na noite de segunda-feira, 02/12/2013, aos 70 anos, a apenas um dia de seu aniversário. Ele sofria de atrofia do mesencéfalo, uma doença cerebral degenerativa, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, e passou por uma internação na Santa Casa de Misericórdia.

Títulos

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968
  • Copa Libertadores da América: 1960, 1961 e 1966
  • Copa Europeia/Sul-Americana: 1961 e 1966
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1969


São Paulo
  • Campeonato Paulista: 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1977


Coritiba
  • Campeonato Paranaense: 1978


Artilharias

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1963 (18 gols), 1965 (15 gols) e 1968 (8 gols)
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968 e 1969


Seleção Uruguaia
  • Eliminatórias Sul Americanas para a Copa do Mundo FIFA de 1966: 1965 (4 gols)


São Paulo
  • Campeonato Brasileiro: 1972 (17 gols)
  • Copa Libertadores da América: 1974 (7 gols)


Prêmios Individuais
  • Melhor jogador do Campeonato Su-Americano (atual Copa América): 1967
  • Bola de Prata (Revista Placar): 1973
  • 38º maior futebolista Sul-Americano do Século XX pela  Federação Internacional de Historias e Estatística do Futebol (IFFHS): 1999


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Otto Glória

OTAVIANO MARTINS GLÓRIA
(69 anos)
Jogador de Futebol, Jogador de Basquete e Técnico Futebol/Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (09/01/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1986)

Otaviano Martins Glória, mais conhecido por Otto Glória, foi um técnico brasileiro de futebol. Dirigiu as equipas da Portuguesa de São Paulo e do Vasco do Rio de Janeiro, o Benfica, o Belenenses, o Futebol Clube do Porto e Sporting em Portugal, assim como a própria Seleção Portuguesa, na França o Olímpico de Marselha e na Espanha o Atlético de Madrid. Foi o técnico da seleção portuguesa que disputou a Copa do Mundo em 1966, alcançando o 3º lugar na prova.

Antes de ir para o futebol, Otto Glória era ligado ao basquete. É reconhecidamente, um dos maiores estrategistas da história do futebol.

Constantemente lembrado pela colônia portuguesa, Otto Glória fez sucesso no futebol brasileiro atuando principalmente no Vasco da Gama e na Portuguesa de Desportos. Enfrentou o rei Pelé em partidas decisivas obtendo triunfos históricos como aconteceu na copa de 1966, quando dirigia a seleção portuguesa e depois na final do campeonato paulista contra o Santos em 1973.

Nas partidas do Corinthians contra a Portuguesa de Desportos, sempre esperávamos por armadilhas inteligentemente preparadas por aquele homem gordinho que habitualmente usava boinas na cabeça.


Otto Glória começou como jogador de futebol e passou pelos times do Vasco da Gama, do Botafogo e do Olaria. Precocemente, com 25 anos de idade encerrou sua carreira. Partiu para o basquete onde atuou como jogador e depois como treinador. No mundo do esporte da "cestinha" adquiriu conhecimentos mais aprofundados sobre estratégias e táticas de jogo.


A convite do técnico Flávio Costa (técnico da Seleção Brasileira de 1950), seu amigo pessoal, Otto Glória voltou para o futebol. No Vasco da Gama assumiu o juvenil do time da colina. Com o passar do tempo exerceu a função de técnico adjunto ao lado do próprio Flávio Costa.

Em 1948 conquistou seu primeiro título carioca com o Botafogo. Estudioso, adaptou muitos fundamentos do basquetebol no futebol, como posse de bola, triangulações, marcação por zona, aproveitamento dos rebotes defensivos e ofensivos e principalmente o sentido coletivo da cobertura.

Além do Vasco da Gama e do Botafogo, trabalhou nas equipes do Grêmio, América, Santos e Portuguesa de Desportos. Nos anos 50 foi para Portugal onde virou um verdadeiro mito. Muitas das informações dessa pesquisa foram conseguidas em sites do futebol português.


Foi o primeiro treinador a treinar os quatro gigantes lusitanos, Benfica, Sporting, Porto e Belenenses. Colecionou inúmeros títulos e trabalhou ainda nas equipes do Olimpique de Marseille e Paris Saint German da França e no Atlético de Madrid da Espanha.

Em 1966 comandou a Seleção Portuguesa durante a copa e realizou uma campanha fantástica com resultados surpreendentes como a vitória sobre o Brasil por 3×1, quando eliminou o time canarinho ainda na fase de grupos.

Mostrou sangue frio ao conduzir seus comandados naquela virada inesquecível contra a Coréia do Norte pelo placar de 5×3, quando perdia por 3×1 na primeira etapa. O "Pantera de Moçambique" Eusébio, assinalou quatro tentos naquele jogo.

Na semifinal contra os Ingleses, Portugal acabou derrotado por 2×1. A conquista do terceiro lugar naquele mundial foi um resultado espetacular para a seleção lusitana. Muito de deve ao trabalho do "Melancia", um dos vários apelidos de Otto Glória.

Um de seus títulos mais lembrados, é a conquista do campeonato paulista de 1973 pela Portuguesa de Desportos.


Astuto, rapidamente percebeu o grave erro do árbitro Armando Marques nas contagens dos pênaltis e recomendou que todos os seus jogadores fossem para o vestiário e imediatamente trocassem de roupa e fossem para o ônibus. Tal manobra evitou a continuação das cobranças de pênaltis e colocou a federação paulista de futebol em uma autêntica "saia justa". Como a Portuguesa negou o retorno ao gramado e também a marcação de uma nova partida, o resultado foi a divisão do título com o Santos, que já estava com a taça praticamente nas mãos.

Em 1979, Otto Glória foi vice campeão Brasileiro com o Vasco da Gama quando enfrentou o Internacional. Além da seleção Portuguesa, Otto Glória também treinou a seleção da Nigéria.

Foi autor de frases famosas como:

"Treinador quando vence é bestial e quando perde é uma besta!"

"Não posso fazer uma omelete sem os ovos" (referindo-se a dirigentes que não contratavam os reforços que ele pedia)

Otto Glória faleceu no Rio de Janeiro, em 04/09/1986.

Ary Vidal

ARY VENTURA VIDAL
(77 anos)
Técnico de Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (28/12/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/01/2013)

Ary Ventura Vidal iniciou a carreira de treinador em 1959 no Tijuca Tênis Clube. Como treinador da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino, dirigiu 11 jogos, sendo 8 vitórias e 3 derrotas, em duas competições oficiais. Pela masculina, foram 124 jogos, sendo 92 vitórias e 29 derrotas, em 16 competições.

Treinando a equipe masculina brasileira, derrotou a seleção dos Estados Unidos na final dos Jogos Pan-Americanos de 1987 em Indianápolis. Era o treinador da última participação da seleção masculina com Oscar Schmidt em quadra, nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996. A equipe masculina brasileira de basquetebol voltaria a disputar os Jogos Olímpicos 16 anos depois, nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, sob o comando do treinador argentino Rubén Magnano.

Publicou o livro "Basquetebol Para Vencedores" em 1991 pela Editora Rigel. Afastado das quadras por problemas de saúde, em 2009, assumiu a direção de basquetebol do Flamengo.

Embora não fosse religioso praticante, Ary Vidal se considerava um homem de fé e tinha algumas crenças, entre elas em São Judas Tadeu. Está tudo no seu livro "Basquete Para Vencedores", escrito para explicar a campanha vitoriosa nos Jogos Pan-Americanos de 1987 em Indianápolis. Sempre que podia ia sozinho à igreja do Cosme Velho, no bairro das Laranjeiras, no Rio Janeiro. Lá, em suas orações, costumava pedir a proteção de São Judas Tadeu para sua família, sua equipe e para ele próprio, sentindo-se mais confortado e muito mais confiante em tudo o que fazia, especialmente em seu trabalho.

Outro ponto de fé era o que chamava de "Desígnios Superiores". Acreditava que trabalhando no limite máximo de suas forças, e levando sua equipe a seguir esse mesmo ritmo, que esforçava-se para que fosse mais intenso do que o de seus adversários, poderia o time contar com a ajuda dos "Desígnios Superiores".

Ary Vidal escreveu sobre os pontos que julgava essenciais para um treinamento: duração (tem de ser necessariamente de oito a dez vezes maior do que o tempo de esforço exigido do atleta num jogo), intensidade (o ritmo do treino deve ser mais intenso do que o exigido no jogo), continuidade (a rotina não pode sofrer interrupção, ou seja, o atleta deve ter o mínimo de folga), repetição (jogador não gosta de repetir porque tem a pretensão de julgar que já sabe) e motivação.

Neste último item, uma mostra do trabalho de Ary Vidal, com Oscar Schmidt, um cestinha fenomenal, que chegou a ser apelidado de Mão Santa, tal a sua precisão nos tiros, mas que apresentava deficiência na defesa. Oscar Schmidt concordada com a crítica do técnico, se esforçava, mas não conseguia corrigir a falha nos preparativos para o Campeonato Mundial de Basquetebol de 1978.

Ary Vidal buscou a solução fora da quadra. Observou que o jogador era apaixonado por chocolate. Comprou o estoque do produto na bombonière da concentração da seleção. E propôs uma brincadeira: cada boa ação defensiva valia um chocolate. Oscar Schmidt topou o desafio e passou a defender com mais empenho para garantir seu chocolate, sem prejudicar sua vocação de cestinha. E como visto, o Brasil subiu no pódio.


Morte

Portador de problemas renais e cardíacos crônicos, Ary Vidal apresentou um quadro agudo e foi internado em estado grave no dia 23 de outubro de 2012 no Hospital São Lucas. No dia 28 de dezembro, quando completou 77 anos, deixou o UTI e foi transferido para o quarto.

O velório aconteceu na terça-feira, 29/01/2013, de 8:00 hs às 11:00 hs, na capela F do Cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. O enterro ocorreu às 11:00 hs.

Principais Resultados Seleção Masculina

  • 1978 - Campeonato Mundial - Filipinas (3° lugar)
  • 1979 - Jogos Pan-Americanos - San Juan, Porto Rico (Bronze)
  • 1986 - Campeonato Mundial - Espanha (4° lugar)
  • 1987 - Jogos Pan-Americanos - Indianápolis, Estados Unidos (Ouro)
  • 1988 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Uruguai (Campeão)
  • 1988 - Jogos Olímpicos - Seul, Coreia do Sul (5º lugar)
  • 1992 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Estados Unidos (3° lugar)
  • 1995 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Argentina (3° lugar)
  • 1995 - Jogos Pan-Americanos - Mar del Plata, Argentina (Bronze)
  • 1996 - Jogos Olímpicos - Atlanta, Estados Unidos (6º lugar)


Principais Resultados Seleção Feminina

  • 1965 - Campeonato Sul-Americano - Rio de Janeiro (Campeão)
  • 1967 - Campeonato Mundial - Tchecoslováquia (8° lugar)


Clubes

  • 1994 - Corinthians - Campeonato Brasileiro (Campeão)


Indicação: Miguel Sampaio

Ênio Andrade

ÊNIO VARGAS DE ANDRADE
(68 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Porto Alegre, RS (31/01/1928)
+ Porto Alegre, RS (22/01/1997)

Ênio Vargas de Andrade foi um futebolista e treinador de futebol brasileiro. Jogava como meia. Começou como zagueiro no Esporte Clube São José, no Rio Grande do Sul, em 1949, transferindo-se para o Sport Club Internacional no ano seguinte. Em 1951, transferiu-se para o  Grêmio Esportivo Renner, clube que defendeu até 1957.

Foi no Grêmio Esportivo Renner que Ênio Andrade foi deslocado para o meio-campo, através do técnico Selviro Rodrigues. Em 1956, sagrou-se campeão do II Campeonato Pan-americano do México. Ainda defendeu Palmeiras, Clube Náutico Capibaribe e novamente o Esporte Clube São José.

Após encerrar a carreira de jogador, em 1961, Ênio Andrade tornou-se técnico de futebol. Em sua nova carreira, conseguiu importantes conquistas, tal como as da época de jogador. Era considerado um treinador bastante estrategista. Conquistou três campeonatos brasileiros: em 1979, com o Internacional (sendo de forma invicta, o único a conseguir tal feito até hoje); em 1981, com o Grêmio (em pleno Estádio do Morumbi); e em 1985, com o Coritiba (em pleno Maracanã, após disputa de pênaltis).

Ênio Andrade ainda teve conquistas internacionais em seu currículo. Pelo Cruzeiro, foi uma vez campeão da Supercopa Libertadores, além de uma Copa Ouro e um Copa Master Supercopa.

Ênio Andrade faleceu em 22/01/1997, aos 68 anos de idade, vitimado por complicações pulmonares.

Títulos

Como Jogador

  • 1950 - Internacional - Campeonato Gaúcho
  • 1951 - Internacional - Campeonato Gaúcho
  • 1954 - Renner - Campeonato Gaúcho
  • 1960 - Palmeiras - Taça Brasil
  • 1959 - Palmeiras - Campeonato Paulista

Como Treinador

  • 1979 - Internacional - Campeonato Brasileiro
  • 1981 - Grêmio - Campeonato Brasileiro
  • 1985 - Coritiba - Campeonato Brasileiro
  • 1991 - Coritiba - Supercopa Libertadores
  • 1995 - Coritiba - Copa Ouro
  • 1995 - Coritiba - Copa Master Supercopa
  • 1984 - Náutico - Campeonato Pernambucano
  • 1976 - Santa Cruz - Campeonato Pernambucano

Fonte: Wikipédia

Zarzur

ALBERTO ZARZUR
(45 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (22/12/1912)
+ São Paulo, SP (07/07/1958)

Alberto Zarzur atuou pelo Club de Regatas Vasco da Gama. Porém, antes, defendeu a equipe do São Paulo Futebol Clube, quando o clube chamava-se São Paulo da Floresta. Regressou ao São Paulo em 1942, já com o atual nome.

Grandalhão e líder, apoiava e destruía com impetuosidade, levantando a torcida e ganhando espaço nas colunas dos críticos mais exigentes, em especial aqueles que mais influenciavam na formação de escretes nacionais da época. Em São Januário  constituiu com o uruguaio Figliola e o argentino Dacunto uma das linhas medias mais populares do pais.

Conhecidos como os "Tres Mosqueteiros", faziam e desfaziam de técnicos, escalando, barrando e até mesmo contratando e dispensando jogadores. Quando Ondino Viera assumiu o cargo de treinador no Vasco para formar o embrião do que seria o Expresso da Vitoria, os três foram dispensados por serem considerados muito envolvidos com a politica do clube, apesar de bons jogadores.

Atuou pelo Vasco durante o período de 1935 a 1942. Zarzur foi eleito o melhor jogador do Vasco nas temporadas 1937, 1941 e 1942.

Zarzur, meio-campista do São Paulo e do Vasco da Gama nos anos de 40, virou técnico do São Paulo depois que pendurou as chuteiras e se aposentou. Foi treinador da equipe por apenas cinco partidas. Deixou o cargo após o time sofrer goleada por 7 a 2 para o Bahia, em Salvador.


Títulos

  • 1931 - Campeonato Paulista - São Paulo da Floresta
  • 1936 - Campeonato Carioca - Vasco da Gama
  • 1943 - Campeonato Paulista - São Paulo
  • 1945 - Campeonato Paulista - São Paulo

Clubes

  • 1930-1932: Atlético Santista - SP
  • 1932-1935: São Paulo da Floresta - SP
  • 1935: San Lorenzo - Argentina
  • 1935-1942: Vasco da Gama - RJ
  • 1942-1945: São Paulo FC - SP

Fonte: Wikipédia e Vascão Minha Paixão

Dodô

ADOLFO ANTÔNIO NASCIMENTO
(57 anos)
Técnico em Eletrônica, Artesão, Instrumentista e Inventor do Trio Elétrico

* Salvador, BA (10/11/1920)
+ Salvador, BA (15/06/1978)

Adolfo Antonio Nascimento, popularmente conhecido como Dodô, um dos inventores do Trio Elétrico, nasceu no dia 10 de novembro 1920, no Beco do Chinelo, no bairro de Santo Antonio em Salvador, BA.

Artesão por excelência, ele fabricou a maioria das guitarras baianas existentes na Bahia até o final dos anos 70. Sua habilidade como luthier era de intensa criatividade. Quando Osmar teve necessidade de tocar vilão tenor e guitarra baiana, ele confeccionou, em 1948, um instrumento de dois braços. A pedido de Armandinho, ele, também, construiu uma guitarra-cavaquinho a qual foi dada o nome de "Dodô & Osmar". por ser o instrumento da dupla.

Em 1923, Osmar Alvares Macedo (Osmar) é dono de uma empresa de metalurgia e Adolfo Antonio do Nascimento (Dodô) sobrevive como técnico em eletrônica. Ainda jovens se conhecem na Península de Itapagibe e começam a tocar juntos no Grupo 3 1/2. Osmar Macedo tocava cavaquinho e Dodô violão. O conjunto musical de choro fazia apresentações no Tabaris, ponto de encontro dos boêmios na Praça Castro Alves, em Salvador, BA.

Dodô era expert em eletrônica e trabalhava construindo instrumentos de som e tocava violão estridente enquanto Osmar tocava cavaquinho, bandolim e guitarra havaiana e gostava de adaptar arranjos de músicas clássicas e populares ao ritmo quente da folia.  Ele era ao lado do instrumentista paulista Poly um dos melhores tocadores de guitarra havaiana do Brasil.

Em 1933 Dodô entra no conjunto musical criado por Dorival Caymmi, que animava algumas festas e reuniões de fim de semana. O Grupo 3 1/2,  cujos integrantes eram Dorival Caymmi, Zezinho Rodrigues, Alberto Costa, e Dodô, começava a fazer sucesso na Bahia e se apresentar nas rádios.

Em 1942, Dodô e Osmar assistiram a apresentação do violonista clássico Benedito Chaves no Cinema Guarani, na Praça Castro Alves, em Salvador. Os dois ficaram ávidos e extremamente entusiasmados em conhecer o violão elétrico que  Benedito Chaves tocou durante o show. Observaram que mesmo brilhantemente tocado tinha microfonia e o violonista precisava mudar a posição do amplificador a todo momento, interrompendo a apresentação. Novidade na época, o violão elétrico era um violão comum, importado, com um captador inserido à sua boca, possuindo microfonia.

Em 1943 Dodô e Osmar inventaram o Pau Elétrico, instrumento musical de som estridente, criado num pedaço de cepo maciço. Instrumento que se transformaria no que é hoje a Guitarra Baiana. A idéia surgiu à partir do deslubramento, após assistirem um ano antes, o show do violinista Benedito Chaves. Entusiasmado com a novidade, construíram os corpos maciços das madeiras dos violões elétricos, conseguindo aperfeiçoar um corpo com cepo de jacarandá maciços. Adaptaram o captador em baixo das cordas, obtendo assim, um som alto e sem o efeito de microfonia. Ficaram com isso, popularmente conhecidos como a "Dupla Elétrica", e se apresentavam em festas e bares de Salvador.

Segundo o jornal A Tarde, "de 1944 à 1949, Dodô & Osmar levam sua graça, simpatia à inúmeros clubes, festas e bailes através de seus instrumentos elétricos, ganhando assim a popularidade".


Em 1950, Dodô & Osmar desfilaram pela primeira vez na Fobica, um Ford T 1929. O Ford foi equipado com caixas de som e pintado com confetes e serpentinas coloridas, sendo assim, a primeira réplica do Trio Elétrico que tirou o carnaval dos abafados salões de baile para as ruas. Com dificuldade de carregar toda a aparelhagem a pé, Dodô e Osmar instalaram uma bateria no Ford. A bateria alimentava o amplificador, no qual estavam plugados os dois Paus Elétricos. Com isso, Dodô & Osmar colocam fogo no comportado carnaval baiano.

Tocando frevos estridentes no novo instrumento, os dois saíram no domingo de Carnaval à rua e à Praça Castro Alves, onde desfilavam os carros alegóricos dos clubes tradicionais baianos, e democratizaram a festa. Chile, à avenida Sete de Setembro, "Toda a massa saiu atrás da Fobica", conta Osmar. Antes da Fobica, a elite reservava lugar nas ruas para assistir aos desfiles, e acabava não sobrando espaço para o resto da população. Além disso, os desfiles não eram interativos, e os espectadores só pulavam Carnaval à noite, nos bailes dos clubes.

Tamanho foi o sucesso do desfile da Fobica no carnaval de Salvador de 1950, que no ano seguinte, Dodô & Osmar convidaram o amigo e músico Temístocles Aragão para tocar um terceiro instrumento eletrizado. A Fobica foi substituída por um veículo maior equipado com alto-falantes, geradores e lâmpadas fluorescentes. Os três músicos se apresentavam em cima da carroceria de uma pick-up Chrysler, modelo Fargo, com quatro cornetas  de som (alto-falantes) e um gerador à gasolina. Assim, estava formado o trio musical, o Trio Elétrico. Osmar tocava o "cavaquinho-pau-elétrico" de som agudo, Dodô com "violão-pau-elétrico" de som grave e Temístocles com o triolim som médio (conhecido o violão tenor).
Dodô & Osmar e o seu Trio Elétrico
Em 1952, a Fobica sai sem o músico Temístocles Aragão, mas mesmo assim, Dodô & Osmar preservaram o nome de Trio Elétrico, que já tinha ganhado fama. Dodô & Osmar conseguiram patrocínio da fábrica de refrigerantes Fratelli Vita confeccionando, assim, um carro com o formato de uma garrafa de refrigerante, trazendo oito cornetas de som e luzes fluorescentes.

No ano seguinte, 1953, Dodô e Osmar construíram uma estrutura metálica em substituição à carroceria de madeira usada como base para os músicos e equipamentos. O trio elétrico ganha o gosto popular e a empresa Fratelli Vita resolve patrocinar, transformando-o assim num caminhão decorado.

A concorrência não podia deixar de existir, e surgem assim outros trios elétricos entre 1952 à 1956. Dentre os novos trios elétricos estavam: Cinco Irmãos, Ypiranga, Conjunto Atlas, Jacaré (depois Saborosa) e Tupinambás.

Em 1955, Orlando Campos era presidente do Flamenguinho, clube de futebol de Periperi, subúrbio de Salvador. Nesta época organizou uma festa-trio, mas os músicos não compareceram. Foi quando anunciou que no evento não houve "trio", mas ele mesmo faria seu próprio "trio". Assim foi feito, e Orlando Campos como não era músico, passou a procurar e recrutar músicos.

Em 1956, Orlando Campos, inventou a Carroceria Elétrica, estrutura de chapa metálica e madeira, o que deixou seu nome gravado na trajetória do carnaval baiano. "Tirei o modelo de uma revista de aeronaves que li no avião. Fui ao banheiro, rasguei a página e escondi no sapato.", disse Orlando Campos em entrevista à mídia baiana.

Em 1957, Dodô e Osmar inovam sua invenção, o Trio Elétrico, revestindo-o por uma nova estrutura metálica.

Em 1959 o Trio Elétrico de Dodô & Osmar fecha o contrato de patrocínio da Coca-Cola. A convite do governador de Pernambuco, levaram o Trio Elétrico pela primeira vez ao Carnaval do Recife.

Em 1960, Dodô & Osmar expandem os negócios e vendem um das estruturas metálicas do trio elétrico para Orlando Campos, popularmente conhecido como Orlando Tapajós por ser fundador da Carroceria Elétrica Tapajós. Mais tarde, Orlando Campos foi fundador dos banheiros em Trios Elétricos.

Dodô & Osmar não desfilaram no Carnaval de Salvador em 1961, devido ao falecimento de Srº Armando Costa, sogro de Osmar. Os inventores do Trio Eelétrico guardaram luto e não sairam pelas ladeiras de Salvador levando alegria e animação. Srº Armando era um dos grandes incentivadores da dupla, desde a idéia à construção e desfile.

Mais uma vez, em 1962, Dodô & Osmar não desfilaram no Carnaval de Salvador, e desta vez o motivo foi a falta de patrocínio.

Em 1963 Dodô & Osmar não podiam deixar para trás, e no carnaval daquele ano vieram com tudo na avenida. Como não podia deixar de ser, venceram o concurso de trios elétricos, promovido pela Prefeitura Municipal de Salvador. Neste Carnaval, Dodô & Osmar desfilaram em um carro alegórico, montado sobre uma carreta. A estrutura da carreta foi patrocinada pela Refinaria Mataripe, levando a bordo o filho de Osmar, Armandinho, com nove anos de idade, fazendo solo com bandolim.

Em 1969, Caetano Veloso prestou uma homenagem a Dodô & Osmar, e sua fantástica invenção com a composição da música "Atrás do Trio Elétrico", e popularizou a canção "Frevo Baiano" em todo país.

Em 1970, Dodô e Osmar são convidados para serem os diretores e supervisores do Trio Elétrico Marajós, patrocinado pela Carlsberg.


Em 1974 o Trio Elétrico de Dodô & Osmar voltou às ruas à pedido dos filhos que já tocavam profissionalmente em outros trios. Eram 12 cornetas de som e luzes fluorescentes em cada lateral, com seis músicos fazendo a percussão. O Trio Elétrico de Dodô & Osmar voltou às avenidas e ladeiras de Salvador, após 14 anos de ausência e se apresentou novamente no carnaval de 1974.

Em 1976 o Trio Elétrico Dodô & Osmar lançou o LP "É Massa" e Gilberto Gil foi o responsável pelo texto apresentado no disco:

"A eletricidade é, ao que parece, a forma de energia que possibilitou ao homem conhecer o átomo e o espaço e perceber a curiosa aproximação de uma luz que vai iluminando gradativamente, todas as cavidades ainda escuras da mente e do coração... Agora olhe pro céu agora olhe pro chão agora repare a luz que vem lá do caminhão... 

Osmar, você me ensinou o que o elétrico é, e, a partir daí a gente tem o direito de sonhar o que elétrico será. Caetano me ensinou a ver nos rollingstones a luz além do elétrico aquela que já era no rosto dos pierrôs e colombinas antes do trio.

Armandinho é elétrico antes, enquanto, depois que o trio. Moreira sonha com a luz da caetanave sobre os telhados de Nova York onde se dê ao mesmo tempo Ituaçu.

Eu sonho com a mesma luz, nos olhos de Nelson Ferreira onde se dê ao mesmo tempo o rock'n roll, e que mais, se Deus é mais que toda luz?

No carnaval, pelo menos we can get. Satisfation."

Em 1977 o álbum "Pombo Correio" é considerado o melhor da carreira do Trio Elétrico Dodô & Osmar e vem com um belíssímo choro instrumental em arranjo trioletrizado "Frevo da Lira", composição do mestre Waldir Azevedo e Luiz Lira. Os temas das letras de Moraes Moreira se relacionavam com a ambiência romântica que envolvia o Carnaval como manifestação popular, lembrando a ambiência de antigas canções carnavalescas como "Colombina" e "Jardineira".

Morte de Dodô

Em 15 de junho de 1978, aos 57 anos, Adolfo Antonio Nascimento, popularmente conhecido como Dodô, morreu e deixou só o seu parceiro Osmar que desde 1938 faziam música juntos. Dodô se despediu da avenida e viajou para além de horizontes, deixando saudades nos 11 filhos e nos foliões que tanto o admiravam.  

Félix

FÉLIX MIÉLI VENERANDO
(74 anos)
Goleiro e Técnico de Futebol

* São Paulo, SP (24/12/1937)
+ São Paulo, SP (24/08/2012)

Félix Miéli Venerando, mais conhecido como Félix, foi um ex-futebolista que atuava como goleiro e ex-treinador do futebol brasileiro. Foi campeão com a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 1970.

Sua carreira começou bem cedo, nas divisões de base do Nacional Atlético Clube da capital paulista e, com apenas 15 anos de idade, profissionalizou-se no Clube Atlético Juventus da Mooca.

Félix ficou no Juventus até 1955, quando foi contratado pela Portuguesa no dia 23 de julho de 1955. Sua estreia só veio acontecer, no dia 26 de março de 1956, no Torneio Rio-São Paulo Internacional, pois Cabeção estava defendendo a seleção e Félix jogou na vitória de 2 a 1 contra o Newell's Old Boys, da Argentina.

Com a saída de  Cabeção em 1957, a Portuguesa contratou no ano seguinte o goleiro Carlos Alberto, que havia jogado no Vasco da Gama. Félix passou a treinar com os aspirantes e foi Campeão Paulista em 1957. Depois foi emprestado ao Nacional, da capital paulista.

Retornou à Portuguesa no final de 1960, a pedido do treinador Nena, e assim finalmente, vestiu a camisa número 1 da Lusa. Foi titular absoluto de 1961 até 1963.

Félix (Foto: Gazeta Press)
De 1964 até 1968, Félix passou a revezar com Orlando, que havia sido contratado junto ao São Cristóvão do Rio de Janeiro. Em 1964 a Portuguesa foi convidada para tomar parte nos eventos ligados à Feira Internacional de Nova York, e teve de enfrentar em Massachusetts, uma seleção local. O time da Portuguesa era respeitável, com Ivair (o príncipe) e Henrique Frade entre outros. O jogo estava tão fácil que, quando já estava 9 a 0, Orlando entrou no gol e Félix, em vez de deixar o campo, decidiu jogar no ataque. Após um cruzamento de Almir pela direita, Félix entrou na área e marcou o décimo gol. O jogo acabou 12 a 1.

Jogando pela Portuguesa, disputou quatro partidas pela Seleção Brasileira de Futebol. Estreou no Pacaembu, em 22 de novembro de 1965 (domingo à noite), defendendo a chamada "Seleção Azul" na vitória de 5 a 3 sobre a Hungria. Esta seleção era composta somente por jogadores paulistas, que neste dia jogou desta maneira: Félix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Procópio e Edílson (Geraldino); Lima e Nair; Marcos, Prado, Coutinho, Servílio e Abel.

Félix também disputou a Copa Roca em Montevidéu, contra o Uruguai, entre 25 de junho e 1 de julho de 1967, em três empates (0x0, 2x2 e 1x1). A sua despedida pela  Portuguesa, aconteceu no dia 3 de março de 1968, quando enfrentou o São Paulo e empatou por 0x0. Foi vendido para o Fluminense do Rio de Janeiro, no dia 20 de julho de 1968, um dia antes do aniversário de 66 anos da equipe, por 150 mil cruzeiros.

Félix
Pela Seleção Brasileira de Futebol, Félix disputou 48 partidas, conquistando o bicampeonato da Copa Rio Branco em 1967 e 1968 e o tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970. Nesta competição, Félix fez defesas importantes. No difícil jogo contra a Inglaterra na primeira fase, quando o jogo estava 0x0, aos 12 minutos do primeiro tempo, ele fez uma defesa difícil em cabeçada de Francis Lee à queima-roupa, e ainda sofreu falta no lance, pois ele deu rebote e o atacante inglês tentou pegar o rebote, mas acabou acertando seu rosto, o que valeu um cartão amarelo ao atacante inglês.

Nas semifinais, ele fez o que muitos consideram como a "defesa que valeu por um título". O Brasil vencia o Uruguai por 2x1, quando, aos 40 minutos do segundo tempo, uma bola levantada da esquerda por Cortes foi cabeceada por Cubilla, que ia para o canto esquerdo, à meia altura, e Félix voou para espalmar a bola, e na sequência, a zaga afastou o perigo. Foi a última chance uruguaia para levar o jogo para a prorrogação. Dois minutos depois, o Brasil faria o terceiro gol, através de Roberto Rivellino, e garantiria sua vaga na final diante da Itália.

Pelo Fluminense, Félix foi Campeão Carioca em 1969, 1971, 1973 e 1975, além de campeão da Taça de Prata em 1970, e de diversos outros torneios,tendo sido indicado para o tricolor por ninguém menos do que Telê Santana.

Félix (Foto: Agência O Dia)
Uma de suas defesas mais espetaculares, aconteceu na vitória do Fluminense sobre o Botafogo por 2x1, pela Taça Guanabara de 1975, no dia 21 de abril, quando o então atacante alvinegro Nílson Dias, matou a bola no peito na meia-lua da grande área, e de costas para o gol, deu uma bicicleta, com Félix saltando do meio do gol e encaixando a bola no ângulo direito, perante 109.705 espectadores pagantes, garantindo a vitória e a classificação do Tricolor para a final da Taça Guanabara contra o América, quando o Fluminense se sagraria campeão.

Félix jogou no Fluminense até 1976, quando resolveu encerrar sua carreira no dia 23 de janeiro, após o diagnóstico de uma calcificação de 7 cm no ombro direito.

No ano de 1982 Félix foi técnico do Avaí Futebol Clube de Florianópolis. Atuou como tal por 18 jogos obtendo 6 vitórias 4 empates e 8 derrotas pelo "Leão da Ilha da Magia".

O seu apelido era Papel devido a sua magreza e aos vôos espetaculares que dava para agarrar a bola (voava como um papel).

Depois que encerrou sua carreira futebolística, Félix foi diretor comercial de uma empresa cujo proprietário era seu genro, casado com Lígia, uma das três filhas. Atualmente coordenava uma escolinha de futebol comunitária, voltada para as crianças carentes, além de passar sua experiência dentro e fora dos gramados, em palestras para empresas e faculdades.

Em 2007, assumiu o cargo de diretor-técnico da Inter de Limeira, que disputou a Série A-2 do Campeonato Paulista, tendo passado antes em Categorias de Base de alguns clubes e ter se aposentado como preparador de goleiros do Fluminense ainda em 1977, onde ficou ainda até 1980.

Félix
Morte

Félix morreu no dia 24/08/2012. De acordo com um boletim médico divulgado, ele estava internado desde o dia 18/08/2012 por conta de uma doença pulmonar obstrutiva crônica agravada por pneumonia, que ocasionou diversas paradas cardiorrespiratórias e, consequentemente, o óbito. Ele tinha 74 anos de idade. O enterro aconteceu no sábado 25/08/2012 no Cemitério do Araçá, às 9:30 hs.

Títulos Fluminense

  • Campeonato Carioca: 1969, 1971, 1973, 1975 e 1976
  • Taça Guanabara: 1969, 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1970
  • Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro: 1973
  • Torneio de Paris: 1976

Títulos Seleção Brasileira

  • Brasil x Uruguai -  Copa Rio Branco: 1967 e 1968
  • Copa do Mundo FIFA: 1970
  • Brasil x Argentina - Copa Roca: 1971

Prêmios

Em 1970, ganhou o Prêmio Belfort Duarte, que homenageava o jogador de futebol profissional que passasse dez anos sem sofrer uma expulsão, tendo jogado pelo menos 200 partidas nacionais ou internacionais.

Fonte: Wikipédia

Brecha

MOACIR BERNARDES BRIDA
(63 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Itajobi, SP (12/07/1948)
+ Catanduva, SP (03/09/2011)

Jogador de futebol e treinador de times brasileiros nos anos 60, 70 e 80. Irmão do também futebolista Roberto Brida (ex-jogador e treinador do Juventus), Brecha foi um dos grandes ídolos do Juventus.

Início de Carreira

Brecha iniciou a carreira aos 17 anos, quando jogou no Catanduva Esporte Clube, em 1965. Permaneceu no clube até 1967, transferindo-se para o Barretos Esporte Clube. Em janeiro de 1968, Brecha foi contratado pelo Clube Atlético Juventus, onde tornou-se um dos maiores nomes da história do clube. Jogou ao lado de seu irmão, Roberto Brida, no Juventus, permanecendo até setembro de 1972. Em seguida, foi vendido ao Anderlecht, da Bélgica. Após sete meses em território europeu, retornou ao Brasil e logo foi contratado pelo Santos Futebol Clube.

Santos

No clube da Vila Belmiro, Brecha atuou entre 1972 e 1976, jogando ao lado do Rei Pelé. Por 10 meses, entre 1975 e 1976, passou usar a camisa 10 do Santos Futebol Clube, a camisa de Pelé, quando este transferiu-se para o clube americano Cosmos.

Brecha jogou também no Guarani, novamente no Juventus, Grêmio de Esportes Maringá, Comercial (MS), Mixto, Botafogo de Ribeirão Preto, Grêmio Catanduvense, Brasília, Sertãozinho e novamente no Grêmio Catanduvense, onde encerrou a carreira em 1990, aos 42 anos de idade – o jogador mais velho em campo.

Após pendurar as chuteiras, Brecha também atuou como técnico de futebol. Comandou o Sertãozinho (1990); Grêmio Catanduvense (1991); Seleção Brasileira de Futebol Rápido (1995); Centro Esportivo e Educacional Nakazawa (equipe japonesa em Atibaia); Seleção Brasileira de Futebol Rápido (1997) (campeão na Argentina) e por fim no Operário de Campo Grande (1999-2000).

Brecha também foi comentarista esportivo da TVO (Televisão Opinião de Catanduva), durante o Campeonato Paulista de Futebol de 1994, além de colunista esportivo no jornal O Regional, de Catanduva, durante a Copa do Mundo de 1998 e Copa do Mundo de 2002, no Notícia da Manhã e na Revista Maxxi’s durante as Copa do Mundo de 2006 e Copa do Mundo de 2010.

Entre 1991 e 2001 manteve a popular Escolinha de Futebol do Brecha, logo depois dedicando-se como professor de futebol na prefeitura de São Paulo, prefeitura de Catanduva e prefeitura de Ariranha.

Casado com Regina Fátima Boso Brida desde 1974, teve três filhos, o jornalista e crítico de cinema Felipe Boso Brida, a professora Aline Boso Brida e o advogado Daniel Boso Brida, e três netos, Mayara, Laura e Caio.

Homenagens

Incentivador do esporte, Brecha foi um jogador de extrema popularidade e carisma. Ao longo da carreira, recebeu inúmeras homenagens em todo o país, como "Oscar" do futebol, o Troféu Chuteira de Ouro, concedido pela Rádio e TV Bandeirantes em 1972, no mesmo ano em que recebera Ademir da Guia.

Outras Homenagens
  • 1983 - Troféu Flávio Adauto – Atleta-Símbolo Nacional
  • 1999 - Troféu Juventus: Melhores jogadores
  • 2003 - Troféu Honra Comunitária: Grupo de Poesia Guilherme de Almeida – Catanduva
  • 2006 - Troféu Esportista do Ano – Ariranha/SP
  • 2010 - Troféu Juventus: Moleque Travesso

Recebeu também diversas menções honrosas durante os Campeonatos Paulista de 1971 e 1973, Torneio Laudo Natel em 1974 e Torneio Governador Roberto Santos (Bahia) em 1975.

Faleceu no dia 03/09/2011 (sábado) vítima de um Tumor Cerebral (diagnosticado há um ano e meio, já havia passado por uma cirurgia). O velório aconteceu após às 13h30 no Cemitério Jardim Monsenhor Albino onde seu corpo foi sepultado às 17:00hs.

Moisés

MOISÉS MATHIAS DE ANDRADE
(59 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Resende, RJ (30/11/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2008)

Zagueiro de jogo viril e às vezes ríspido, era conhecido como Xerife pelos seus admiradores e como Moisés Paulada pelos adversários. Ficou conhecido por sua frase "Zagueiro que se preza não pode ganhar o Belfort Duarte", ironizando o prêmio que era dado aos jogadores mais disciplinados. Apesar disso, foi expulso poucas vezes em toda a sua carreira.

Começou no Bonsucesso e jogou em todos os grandes clubes cariocas, sendo campeão da Taça Brasil de 1968 pelo Botafogo e campeão brasileiro pelo Vasco em 1974. Conquistou ainda o Campeonato Paulista de 1977 pelo Corinthians. Teve rápida passagem pelo Paris Saint-Germain Football Club. Terminou sua carreira no Bangu, em 1983, imediatamente assumindo como treinador do clube.

Disputou uma partida em 1973 pela Seleção Brasileira de Futebol, quando jogava pelo Club de Regatas Vasco da Gama.

Como técnico do Bangu, foi responsável por alguns de seus grandes momentos, sagrando-se vice-campeão carioca e brasileiro em 1985, em duas decisões polêmicas contra o Fluminense e o Coritiba. Naquela época foi aventada até a possibilidade de treinar a Seleção Brasileira de Futebol.

Foi treinador do Atlético Mineiro e do America do Rio, tendo também trabalhado em Portugal e nos Emirados Árabes. Seu clube mais recente foi a Cabofriense, em 2006.

Em 2009, o Campeonato Estadual de Futebol da Primeira Divisão do Rio de Janeiro contou com uma taça que leva o seu nome. Ela foi disputada pelos 3º e 4º colocados de cada grupo, em semi-finas e finais. As partidas semi-finais foram preliminares às disputadas pela Taça Guanabara.

Apesar do estilo duro em campo, fora dele era conhecido pelo bom humor. Gostava muito de Carnaval e ajudou a fundar o Bloco das Piranhas, no qual jogadores de futebol desfilavam vestidos de mulher por ruas da zona norte do Rio de Janeiro.

Morte

Faleceu na madrugada de 26 de agosto de 2008 vitimado por um Câncer Pulmonar. O corpo do ex-jogador foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia