Reginaldo Rossi

REGINALDO RODRIGUES DOS SANTOS ROSSI
(69 anos)
Cantor e Compositor

* Recife, PE (14/02/1944)
+ Recife, PE (20/12/2013)

Reginaldo Rodrigues dos Santos Rossi, foi um cantor e compositor brasileiro, conhecido como o "Rei do Brega". Nasceu em  14/02/1944, em Recife, PE. Estudou Engenharia Civil por quatro anos e chegou a dar aulas de matemática. Começou a se interessar por música em 1964, ouvindo os Beatles e intérpretes da Jovem Guarda.

Iniciou a carreira em 1964, imitando Roberto Carlos em apresentações em bares e clubes de Recife. Na época, era acompanhado pelo conjunto The Silver Jets.

Em 1966 lançou pela gravadora Chantecler seu primeiro LP, "O Pão", música título composta em parceria com Namir Cury e Orácio Faustino. No ano seguinte lançou o LP "Festa Dos Pães", música título feita em parceria com Waldemar Pimentel, além de outras de sua autoria como "Maior Que Deus" e "Mexerico Dos Quadrados".

Lançou o disco seguinte somente em 1970, já pela gravadora CBS, onde estreou com o LP "A Procura de Você", música de Geraldo Nunes e Clayton. Nesta época, afastou-se do gênero rock e passou a apresentar um repertório dentro do chamado brega-romântico, do qual se tornou um ícone. Lançou ainda mais quatro LPs pela CBS.

Em 1976, passou a gravar pela gravadora Beverly. No ano seguinte lançou o disco "Chega De Promessas", novamente pela CBS.

Ficou sem gravar até 1980, quando foi contratado pela EMI, e gravou o LP "A Volta", com inúmeras composições de sua autoria, entre as quais, "Volta" (Reginaldo Rossi e Dom Pixote), "Uma Tentação" (Reginaldo Rossi e Baby Santiago) e "A Idade Do Lobo".


Seguindo-se nove discos ao longo da década, nos quais gravou, entre outras, "Sua Ausência" (Eduardo Araújo), "A Volta" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). Nesta época já era um fenômeno de vendas no Norte e Nordeste, mas continuava esquecido no eixo Rio-São Paulo.

Em 1987 lançou um de seus maiores sucessos, "Garçon", de sua autoria e que estouraria no sul do país como grande sucesso no final da década de 1990.

Em 1989 lançou o LP "Momentos De Amor", com músicas como "Saí Da Tua Vida" (Chico Roque e Carlos Colla), "Me Tira Da Solidão" (Chico Roque, Telma e Carlos Colla) e "Momentos De Amor", de sua autoria.

Na primeira metade dos anos 1990, lançou apenas um disco, pela modesta gravadora Celim. Em 1998 lançou pela Polydisc o CD "Reginaldo Rossi Ao Vivo", com seus grandes sucessos, entre os quais, "A Raposa e As Uvas", de sua autoria e "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme" (Cleide).

Em 1999, o CD "Reginaldo Rossi The King", contou com a participação de convidados como Wanderléia, Erasmo Carlos, Golden Boys, Solange Corrêa, Rossini Pinto, Roberta Miranda e do grupo de rock Planet Hemp. O disco vendeu 1 milhão de cópias.

Em entrevista à revista Veja, afirmou que se orgulhava de ser rotulado de brega, falava de si em terceira pessoa e se comparava a Mozart. Entre seus maiores sucessos estão "O Pão", "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", "A Raposa e As Uvas" e "Garçom", esta última a mais pedida em seus shows.

Em 2000, teve a sua música "Garçom", gravada por Roberta Miranda, no álbum ao vivo "A Majestade, o Sabiá", lançado pela Universal Music

Em 2001 lançou um CD ao vivo interpretando, entre outras, "O Dia Do Corno", de sua autoria, "Será Que Foi Saudade?" (Zezé di Camargo) e "Em Plena Lua De Mel" (Clayton e Cleide).


Em 2006, gravou seu primeiro DVD da carreira pela EMI Music, "Reginaldo Rossi - Ao Vivo", cujo repertório, constituído apenas de grandes sucessos, foi escolhido pelo próprio cantor. Entre outras, constaram "O Dia Do Corno", "Eu Devia Te Odiar", "Volta Amor", "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", além do o mega hit "Garçon"

Em 2007, teve as músicas "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", "Garçon" e "Dia Do Corno" gravadas pelo cantor Luano do Recife no Cd "Luano do Recife - Simplesmente Brega - Volume 3".

Em 2010, mantendo-se fiel ao estilo romântico exagerado, lançou, novamente pela EMI Music, seu segundo DVD, "Cabaret do Rossi". Na apresentação ao vivo, que contou com um cenário de tecidos aveludados, poltronas vermelhas, entre outros elementos decorativos de um cabaret, fez releituras de grandes sucessos, tais como "Taras & Manias", "Dama De Vermelho", "Boate Azul", "Amor I Love You", "Só Você", além de uma versão inédita da música "I Will Survive". O DVD, que teve produção de Antônio Mojica e Victor Kelly, foi indicado ao 22º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor álbum de canção popular. No mesmo prêmio, foi o vencedor na categoria de melhor cantor.

Ao longo da carreira recebeu 14 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante. Teve diversas de suas composições gravadas por diferentes cantores e grupos, entre os quais, Mastruz Com Leite, que gravou um CD com suas composições em ritmo de forró.

Reginaldo Rossi tem mais de trezentas composições gravadas e fazia uma média de 25 shows por mês, em todo o Brasil. Sua base é o Recife, PE, mas tem fã-clubes espalhados pelas principais capitais brasileiras: Salvador, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Maceió, Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Teresina, Manaus, entre outras, onde é conhecido por "O Rei da MBB" (Música Brega Brasileira).

Assim falou Reginaldo Rossi:
"Não sei o que vou cantar e o show vai rolando naturalmente. Eu descontraio o ambiente. Não entro para cantar com maquiagem nem com roupas extravagantes. Sou eu mesmo o tempo todo."
"Sou apenas um Cantor. A diferença entre o brega e o chique só começou a existir depois da década de 60. Quem falasse mal do regime militar era chique."

Outras Atividades

Reginaldo Rossi foi estudante de Engenharia Civil e professor de Física e Matemática. Candidatou-se a deputado estadual de Pernambuco nas eleições de 2010 pelo PDT, sem êxito.

Histórico da Doença

Em 04/12/2013, um nódulo foi retirado da axila direita e submetido à biópsia. No dia 09/12/2013, o cantor passou por um procedimento chamado toracocentese, que retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão. O resultado da biópsia, divulgado no dia 11/12/2013, confirmou o diagnóstico de câncer no pulmão.

Na primeira sessão de quimioterapia, Reginaldo Rossi respondeu mal e precisou de hemodiálise e remédio para controlar a pressão. No final da manhã do dia 12/12/2013, a pressão arterial se estabilizou e o funcionamento dos rins e os exames laboratoriais também melhoraram. A quantidade de remédios para controlar a pressão foi reduzida. Com o primeiro ciclo do tratamento para câncer encerrado, o paciente seria monitorado por 21 dias, quando deveria recomeçar o segundo ciclo.

Morte

No dia 09/12/2013, Reginaldo Rossi passou por um procedimento chamado toracocentese, que retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão. O resultado da biópsia, divulgado dois dias depois, confirmou o diagnóstico de câncer de pulmão.

Reginaldo Rossi faleceu às 09:40 hs de sexta-feira, 20/12/2013, aos 70 anos, em Recife, PE, vítima de falência múltipla de órgãos, em decorrência do câncer no pulmão que foi detectado dias antes. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São José, na área central do Recife, PE, desde 27/11/2013.

Reginaldo Rossi foi sepultado no Cemitério Morada da Paz em Paulista, Região Metropolitana do Recife, ao som de "Recife, Minha Cidade", música que compôs em homenagem à sua terra natal.

Oito meses após sua morte, sua viúva Celeide Neves faleceu aos 67 anos também em Recife, vítima de infarto, em 15/08/2014.

Estatísticas
  • 14 discos de ouro
  • 2 discos de platina
  • 1 disco de platina duplo
  • 1 disco de diamante

Discografia

  • 1966 - O Pão (Chantecler)
  • 1967 - Festa Dos Pães (Chantecler)
  • 1968 - O Quente (Chantecler)
  • 1970 - À Procura De Você (CBS)
  • 1971 - Reginaldo Rossi (CBS)
  • 1972 - Nos Teus Braços (CBS)
  • 1973 - Reginaldo Rossi (CBS)
  • 1974 - Reginaldo Rossi (CBS)
  • 1976 - Reginaldo Rossi (Beverly)
  • 1977 - Chega De Promessas (CBS)
  • 1980 - A Volta (EMI)
  • 1981 - Cheio De Amor (EMI)
  • 1982 - A Raposa E As Uvas (EMI)
  • 1983 - Sonha Comigo (EMI)
  • 1984 - Não Consigo Te Esquecer (EMI)
  • 1985 - Só Sei Que Te Quero Bem (EMI)
  • 1986 - Com Todo Coração (EMI)
  • 1987 - Teu Melhor Amigo (EMI)
  • 1989 - Momentos De Amor (EMI)
  • 1990 - O Rei (EMI)
  • 1992 - Reginaldo Rossi (Celim)
  • 1997 - Reginaldo Rossi - Tão Sofrido (Polydisc)
  • 1998 - Reginaldo Rossi Ao Vivo (Polydisc)
  • 1999 - Reginaldo Rossi The King (Sony Music)
  • 1999 - Popularidade - Reginaldo Rossi (Continental)
  • 2000 - Reginaldo Rossi (Sony Music)
  • 2001 - Reginaldo Rossi Ao Vivo (Sony Music)
  • 2001 - Para Sempre - Reginaldo Rossi (EMI)
  • 2003 - Reginaldo Rossi (EMI)
  • 2003 - Ao Vivo, O Melhor Do Brega (Indie Records)
  • 2010 - Cabaret do Rossi

Figueiredo

CLÁUDIO FIGUEIREDO DIZ
(23 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (23/12/1960)
+ Nova Friburgo, RJ (20/12/1984)

Cláudio Figueiredo Diz, mais conhecido como Figueiredo, foi um jogador de futebol brasileiro, zagueiro do Flamengo, no início dos anos 1980. Vivia com seus pais, Antônio e Suzana, e com os irmãos Antônio e Silvana.

Figueiredo começou a jogar futebol, como dente de leite, no Palmeiras. Aos quinze anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, para defender os infantis do Flamengo, que o lançou, em 1979, numa partida contra o Botafogo.

Em um time repleto de estrelas, como o Flamengo do início da década de 1980, Figueiredo não chegava a ser um dos destaques daquela equipe.

"Não é um jogador excepcional, e seu prestígio deve-se em parte ao sobrenome, que insinua um parentesco com o presidente João Figueiredo", escreveu o jornal Folha de S.Paulo no texto sobre o acidente avião que vitimaria o zagueiro em 1984.

Justamente por causa do sobrenome, ele tinha sido escolhido como "padrinho" da recém-criada torcida Fla-Diretas em janeiro de 1984. Assim, ele teria sido o primeiro jogador de futebol a dar apoio à campanha Diretas Já. O sobrenome também valeu-lhe o apelido de "Presidente" entre os jogadores.

Diversas contusões atrapalharam-no ao longo de sua carreira, inclusive em 1983, quando foi considerado pelo então técnico Cláudio Garcia como titular absoluto da quarta-zaga rubro-negra.

Apesar de sua curta carreira, Figueiredo teve a oportunidade de comemorar os Brasileiros de 1980, 1982 e 1983, além da Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 1981. Sua última partida com a camisa rubro-negra aconteceu em 01/12/1984, quando o Flamengo foi derrotado pelo Fluminense pelo placar de 2 x 1. Na sua última partida Leandro, que então estava jogando como titular da quarta-zaga, foi deslocado para o meio-campo, e Figueiredo acabou recebendo do técnico Zagallo a camisa 10 do ausente Zico.

Morte

Figueiredo morreu em 20/12/1984, num desastre de avião no Pico da Caledônia, em Nova Friburgo. O monomotor Corisco de prefixo PT-NJS 193 desapareceu após decolar do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e só foi localizado um dia depois, a uma altitude de dois metros no Pico da Caledônia, embora os bombeiros só tenham conseguido alcançar o local após mais dois dias, devido às chuvas e à neblina na região. No acidente morreram também Nilton, irmão de Bebeto, uma modelo amiga dos dois jogadores e o piloto.

Figueiredo foi velado a Capela 7 do Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, onde o corpo do jogador foi sepultado.

Em pé: Leandro, Raul, Marinho, Figueiredo, Andrade e Júnior
Agachado: Tita, Adílio, Nunes, Zico e Lico
Títulos

Flamengo
  • Copa Europeia / Sul-Americana: 1981
  • Copa Libertadores da América: 1981
  • Campeonato Brasileiro: 1980, 1982 e 1983
  • Campeonato Carioca: 1981
  • Taça Guanabara: 1980, 1981, 1982 e 1984
  • Taça Rio: 1983

Fonte: Wikipédia

Nuno Roland

REINOLD CORREIA DE OLIVEIRA
(62 anos)
Cantor

* Joinville, SC (01/03/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/12/1975)

Reinold Correia de Oliveira, conhecido como Nuno Roland, foi um dos grandes cantores da época de ouro do rádio brasileiro.

Desde pequeno, manifestava senso rítmico e o gosto de cantar. Assim, de calças-curtas, tocava caixa e tarol na banda da cidade paranaense de Teixeira Soares. Com 13 anos, mudou-se para Porto União, em Santa Catarina, onde trabalhou como balconista, telegrafista e bancário.

Depois de servir o Exército em 1931, a convite de um cunhado, mudou-se para Passo Fundo, RS. Iniciou sua carreira artística e conseguiu emprego como cantor e baterista num cassino da cidade.

Na Revolução de 1932, alistou-se como voluntário no 7º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Veio com sua tropa para São Paulo e nessa ocasião, ficou amigo de outro soldado, Lupicínio Rodrigues, que era crooner da Jazz Band do Batalhão. Nuno Roland relembrava sempre ter sido um dos primeiros a cantar as composições de Lupicínio Rodrigues.  

Numa apresentação do Jazz-Band na Rádio Gaúcha, Nuno Roland se destacou e recebeu um contrato da rádio, ainda como Reinold de Oliveira.


Em 1934, tentou a sorte em São Paulo e atuou na Rádio Record na base de cachês, mas poucos dias depois a turma do Regional de Garoto o levou à Rádio Educadora Paulista, daí advindo um contrato. Sobressaiu-se logo como um dos grandes cantores de São Paulo, já com o nome artístico de Nuno Roland, por sugestão do diretor da Rádio Educadora Paulista.

Ainda em 1934, fez seu primeiro disco, na Odeon: "Pensemos Num Lindo Futuro / Cantigas De Quem Te Vê". Só voltou a gravar em 1937, na Colúmbia, 2 discos com 4 musicas.

De 1937 a 1941, voltou à Odeon, fez em 1941 apenas 1 disco com 2 músicas na RCA Victor, e só retornou as gravações em 1944, na Continental. Ao todo, foram 47 discos com 87 músicas, sem contar as muitas gravações como integrante do Trio Melodia e os LPs.

Em 1936 mudou-se para o Rio de Janeiro onde assinou contrato com a Rádio Nacional, a fim de compor o elenco pioneiro, desde a sua inauguração, em 12/09/1936, dela nunca se desligando.

Também foi crooner, de 1937 a 1948, da orquestra do Copacabana Palace Hotel. Dentre seus sucessos, devem ser citados "Iracema", "O Primeiro", "Mil Corações", "Rosali", "Ao Som das Balalaicas" "Fim de Semana em Paquetá". Com Carmen Miranda, gravou "Nas Cadeiras da Baiana".

Também foi um campeão de carnavais: "Clodomira", "Pirata da Perna de Pau", "Tem Gato Na Tuba", "Serenata Chinesa", "Tem Marujo no Samba" (Com Emilinha Borba) e "Lancha Nova".

Nuno Roland é um cantor que merece ser sempre lembrado e reconhecido como um dos grandes intérpretes de nossa música popular.

Luiz Fabiano

JAYR CAMPOS RODRIGUES
(67 anos)
Cantor e Compositor

* Tupã, SP (06/05/1942)
+ São Paulo, SP (18/12/2009)

Luiz Fabiano, nome artístico de Jayr Campos Rodrigues, foi um cantor e compositor brasileiro.

Aos 14 anos, um menino chamado Jayr Rodrigues começou como crooner de uma orquestra em Tupã, cidade a 514 km de São Paulo.

Luiz Fabiano começou a ser conhecido depois do II Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1966. Ele descobriu que havia na praça um cantor com o mesmo nome e que também havia começado como crooner no interior. O outro, um tal de Jair Rodrigues de Oliveira, consagrou-se naquele 1966 ao cantar "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros.

No começo de sua carreira foi crooner da orquestra de Silvio Mazzuca. Em 1967, Tony Campello lhe deu a chance de fazer um Compacto Simples na gravadora Odeon com as músicas "Não Adianta Brigar" e "25 Horas Por Dia"

Jayr Rodrigues, então, trocou o Rodrigues pelo Campos, mas foi só com o nome artístico de Luiz Fabiano que ficou conhecido nas décadas de 60 e 70.

Em 1969, lançou o primeiro LP, que continha o hit "Meu Bem, Ao Menos Telefone". Uma de suas composições, "Você Me Pediu", acabou sendo gravada por Roberto Carlos para o disco "San Remo 1968" (1976).

Erasmo Carlos também gravou uma obra sua, "Meu Disquinho", em 1968. O cantor participou de um programa do Sílvio Santos e, nos anos 80, de duas novelas da TV Globo. Como empresário, foi dono da Real Vídeo, rede que chegou a ter 24 locadoras de filmes, mas que faliu com a chegada da Blockbuster, como conta o sobrinho Roberto.

Luiz Fabiano continuou compondo e produzindo discos de outros artistas. Ultimamente, era assessor do vereador Agnaldo Timóteo (PR), seu grande amigo.

Morte

Luiz Fabiano morreu na sexta-feira, 18/12/2009, às 16:40 hs, áos 67 anos, no Hospital Heliópolis, em São Paulo, vítima de um câncer no intestino. O sepultamento aconteceu no sábado, 19/12/2009, às 14:00 hs, no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. Ele deixou três filhos.

Discografia


  • 1967 - Luiz Fabiano (Compacto Odeon 7B-232)
  • 1968 - Luiz Fabiano (Compacto Odeon 7B-293)
  • 1969 - Luiz Fabiano (Compacto Beverly)
  • 1969 - Luiz Fabiano (LP Beverly BLP-9009)
  • 1972 - Luiz Fabiano (Compacto Continental CS-50.400)

Teotônio Vilela

TEOTÔNIO BRANDÃO VILELA
(66 anos)
Empresário e Político

☼ Viçosa, AL (28/05/1917)
┼ Maceió, AL (27/11/1983)

Teotônio Brandão Vilela foi um empresário e político brasileiro. Dentro de duas décadas foi deputado estadual, vice-governador e senador, reeleito para este último no pleito seguinte. É pai do político e atual governador de Alagoas, Teotônio Brandão Vilela Filho.

Filho de Elias Brandão Vilela e Isabel Brandão Vilela, Teotônio Vilela nasceu na cidade de Viçosa, Alagoas, na data do dia 28/05/1917.

Cedo fez o curso primário na sua cidade natal e o secundário no Ginásio de Maceió e no Colégio Nóbrega em Recife. Apesar de ter frequentado duas faculdades, a de Engenharia e de Direito, no Recife e no Rio de Janeiro, à época no então Distrito Federal. Não chegou a concluir nenhum curso superior, tornando-se autodidata.

No ano de 1937, abandonou os estudos e voltou para Alagoas, onde passou a trabalhar com seu pai, que era proprietário rural. Como o pai, virou agropecuarista e, em seguida usineiro, em sociedade o engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Geraldo Gomes de Barros, em 12/04/1973 fundou uma usina de açúcar situada no município de Teotônio Vilela, antigo povoado de Feira Nova, localizado a cerca de 100 km da capital Maceió, chamada Usinas Reunidas Seresta.

Teotônio Vilela casou-se com Helena Quintela Brandão Vilela, com quem teve sete filhos, um dos quais, Teotônio Vilela Filho, eleito senador por três vezes consecutivas e governador de Alagoas, para o período de 2007 a 2010, e posteriormente reeleito para um novo mandato de 2010 e 2014.

Carreira Política

Filiou-se à União Democrática Nacional (UDN), em 1948, sendo um dos fundadores do partido em Alagoas, criado em 1952. Elegeu-se deputado estadual pela legenda nas eleições de 1954, exercendo mandato até 1958. Pertencente à "Bancada do Açúcar" neste mandato foi o relator da comissão que pedia o impeachment do populista Muniz Falcão, então governador, acusado pela oposição ferrenha de 22 deputados a Assembleia Legislativa de crime de responsabilidade e de ameça e violência contra deputados.

"O relator da comissão, deputado Teotônio Vilela, concluía o veredicto para informar o que todos já esperavam:
Em face do exposto, não há como fugir à evidência da responsabilidade do senhor governador do estado nos crimes compendiados na denúncia oferecida pelo senhor deputado Oséas Cardoso Paes.
Pelo que, somos de parecer seja a denúncia considerada pela Assembléia do estado objeto de deliberação, prosseguindo nos termos ulteriores, na forma da lei."
("Curral da Morte" - Livro do jornalista alagoano Jorge Oliveira)

Em 1960, foi eleito vice-governador, na chapa do general udenista Luiz de Souza Cavalcante, para o período de 1961-1966, quando ambos sucederam ao governador Muniz Falcão.

Em outubro de 1965, com a edição do AI-2 pelo governo militar, foi reaberto o processo de cassações e suspensões de direitos políticos, a extinção dos partidos políticos existentes, a manutenção das eleições indiretas para a Presidência da República e o estabelecimento das eleições indiretas para os governos estaduais, além de limitadas as imunidades parlamentar e individual dos cidadãos.

Em dezembro do mesmo ano, foram criados dois novos partidos - um de apoio ao governo, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e outro de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Veio a filiar-se na primeira agremiação, sendo eleito para o primeiro mandato de senador em 1966.

No Senado, atuou como membro titular das comissões de Economia, de Agricultura, de Redação, de Ajustes Internacionais, de Legislação sobre Energia Atômica e de Indústria e Comércio. Ao final do mandato foi quarto suplente da mesa e vice-presidente da Comissão de Assuntos Regionais.

Nas eleições parlamentares de 1974, foi reeleito para o Senado, sendo um dos poucos arenistas a ter sucesso eleitoral pelo partido do governo, em todo o país, para a legislatura de 1975 a 1982. Luís Viana Filho, Henrique de La Rocque Almeida, Antônio Mendes Canale, Jarbas Gonçalves Passarinho e Petrônio Portella Nunes foram os outros arenistas.

Com a posse de Ernesto Geisel, em março de 1974, e o início de um projeto de "abertura" política "lenta, gradual e segura", proposta por Petrônio Portella, o senador alagoano após uma conversa reservada com o presidente, desfraldou a bandeira da redemocratização, colocando-se como porta-voz do processo de distensão e assumindo a posição de "oposicionista da ARENA".

Fazia pronunciamentos no Senado pró-democratização e buscou contatos com personalidades e instituições para elaborar um projeto de institucionalização política para o Brasil. Em abril 1978, o apresentou no Senado o que ficou conhecido como o Projeto Brasil, que incluía diversas propostas liberalizantes.

No mês seguinte, aderiu à Frente Nacional Pela Redemocratização, um movimento cujo programa, segundo Teotônio Vilela, era semelhante ao seu Projeto Brasil, além de oferecer uma possibilidade de mobilização. A Frente queria a candidatura do general Euler Bentes Monteiro à presidência e do senador emedebista Paulo Brossard para a vice-presidência da República, buscando agrupar, além do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), militares descontentes e políticos dissidentes da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), no dia 25/04/1979, e em meados de junho, durante o seu primeiro discurso como oposicionista, fez duras críticas ao governo provocando a retirada geral dos parlamentares da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) do plenário do Senado.

Batalhador incansável pela anistia geral exerceu a presidência da comissão mista que estudava o projeto sobre o tema, encaminhado ao Congresso pelo Governo.

Ao receber, em setembro de 1979, o título de Cidadão Paulistano reconhecido pela Câmara Municipal de São Paulo, explicou a sua devoção pela liberdade:

"Cidadão de Viçosa de Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe o rumos dos sonhos e o calor do sangue libertário."

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em homenagem ao grande menestrel, batizou seu Plenário com o nome de "Teotônio Vilela".

Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Em 1980, com o fim do bipartidarismo e o surgimento de diversos partidos de oposição no Brasil, Teotônio Vilela preferiu filiar-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), considerado o continuador do extinto Movimento Democrático Brasileiro (MDB), tornando-se um dos mais importantes nomes da legenda.

No seu discurso de despedida, em 30/11/1982, fez questão de deixar clara a sua disposição em continuar atuando politicamente:

"Estou saindo desta Casa esta semana, isto não é despedida, mesmo porque não é do meu hábito despedir de nada. A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas."
(Diário do Congresso Nacional, Brasília, DF, 02/12/1982)

Menestrel das Alagoas

Em setembro de 1983, os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram em homenagem a Teotônio Vilela, "O Menestrel das Alagoas", cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim como "Coração de Estudante", em hinos da campanha das Diretas Já!, movimento que tomou conta do Brasil, nos primeiros meses de 1984, exigindo que o Congresso aprovasse a emenda constitucional que instituía a eleição direta para o sucessor do presidente João Figueiredo.

Partido da Social Democracia Brasileira

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em 19/09/1995, criou o Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do partido e, em 25/04/2005, foi inaugurado, em Maceió, o Memorial Teotônio Vilela, uma obra de Oscar Niemeyer em homenagem ao Menestrel das Alagoas, como ficou conhecido nacionalmente, devido a sua luta pela liberdade política e a redemocratização do Brasil.

Obras Publicadas

Publicou alguns trabalhos entre os quais podem ser destacados:

  • Mobilização Contra o Subdesenvolvimento (Rio de Janeiro: Dasp, 1958)
  • Andanças Pela Crônica (Maceió: Departamento Estadual de Cultura, 1963)
  • A Civilização do Zebu e a Civilização do Basset (Brasília, DF: Senado Federal, 1974)
  • A Pregação da Liberdade: Andanças de um Liberal (Porto Alegre: L&PM, 1977)

Morte

Teotônio Vilela encerrou sua carreira parlamentar, em novembro de 1982, em decorrência de um câncer. Morreu no dia 27/11/1983, vítima de câncer generalizado.

Em 1983, a deputada pernambucana Cristina Tavares fundou o Centro de Estudos Políticos e Sociais Teotônio Vilela, um palco importante onde seriam discutidos vários problemas da população brasileira.



Em 1986, Teotônio Vilela recebeu o título de Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional (In Memoriam).

Fonte: Wikipédia

Dom Avelar Brandão Vilela

AVELAR BRANDÃO VILELA
(74 anos)
Cardeal

* Viçosa, AL (13/06/1912)
+ Salvador, BA (19/12/1986)

Dom Avelar Brandão foi um cardeal brasileiro. Iniciou seus estudos no Seminário de Maceió e no Seminário de Olinda. Foi ordenado em 27/10/1935. Membro do corpo docente e orientador espiritual do Seminário de Aracajú, foi secretário da diocese de Aracajú. Foi capelão diocesano da Ação Católica.

Episcopado

Com apenas 33 anos foi sagrado bispo de Petrolina, sendo consagrado em 27/10/1946, pelo bispo Dom José Thomas Gomes da Silva, bispo de Aracaju, tendo como co-consagrantes Dom Adalberto Accioli Sobral, bispo de Pesqueira e Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, arcebispo de Belém, PA.

Em 05/11/1955, foi elevado a arcebispo de Teresina. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965. Foi eleito presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), mandato que exerceu entre 1966 e 1972. Frequentou a I Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, na cidade do Vaticano, entre 29/09 e 29/10/1967, a primeira Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, entre 11/10 a 28/101969 e a II Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos, entre 30/09 e 06/11/1971. Em 25/03/1971 foi transferido para a Arquidiocese de São Salvador, BA.

Cardinalato

Em 05/03/1973, foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 1973, recebendo o barrete cardinalício das mãos do Papa Paulo VI e o título cardinalício de São Bonifácio e Santo Aleixo.

Em 1975 requereu da Santa Sé o título já consagrado da primazia de sua arquidiocese, o Santo Padre enviou seu representante o núncio apostólico para conferir o título numa cerimônia na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador, em 25/10/1980.

Morte

Dom Avelar Brandão faleceu em 19/12/1986, vítima de câncer de estômago e encontra-se sepultado na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador.

Era irmão do ex-senador Teotônio Vilela e tio do político Teotônio Vilela Filho.

Conclaves

  • Conclave de agosto de 1978 - Participou da eleição do Papa João Paulo I
  • Conclave de outubro de 1978 - Participou da eleição do Papa João Paulo II

Fonte: Wikipédia

Celso Vieira

CELSO VIEIRA DE MATOS MELO PEREIRA
(76 anos)
Escritor, Historiador, Biógrafo e Ensaísta

☼ Recife, PE (12/01/1878)
┼ (19/12/1954)

Celso Vieira de Matos Melo Pereira, mais conhecido como Celso Vieira, foi um historiador, escritor, biógrafo e ensaísta brasileiro. Nasceu na cidade do Recife, PE, em 12/01/1878 e era filho de Rafael Francisco Pereira e de Marcionila Vieira de Melo Pereira.

Mudou-se para Belém, PA, onde ali estudou no Colégio Paes Leme, iniciando o curso de direito, que concluiu no Rio de Janeiro, em 1899. Já formado, voltou ao Recife, participando no ano de 1901 da fundação da Academia Pernambucana de Letras, ali assentando na Cadeira 20. Foi, ainda, presidente desta entidade.

Retornou, mais tarde, para o Rio de Janeiro, onde ocupou alguns cargos públicos, como o de auxiliar do Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, a secretaria do Tribunal de Justiça deste estado e ainda a direção do Gabinete do Ministro da Justiça, dentre outros.

Academia Brasileira de Letras

Terceiro ocupante da cadeira que tem por patrono Tobias Barreto, sucedendo a Santos Dumont que, havendo cometido suicídio, não chegou a tomar posse. Foi eleito a 20/07/1933, sendo empossado em 05/05/1934, recebido por Aloysio de Castro. No Silogeu ocupou a secretaria e a presidência, esta última em 1940. Foi o imortal encarregado de recepcionar o acadêmico  Vítor Viana, em 30/08/1935.

Celso Vieira foi sucedido na Academia Brasileira de Letras, pelo médico e professor Maurício de Medeiros.

Celso Vieira faleceu em 19/12/1954.

Excertos

"No oratório-berço donde veio Rui - berço e altar de Vera Cruz - era ainda criança e colegial, quando a voz de um poeta anunciou que ele seria um tribuno-gigante. Com efeito, à velha tribuna religiosa de Antônio Vieira, prodígio do século XVII e enlevo do templo católico, erigida no solo baiano, sucedeu a tribuna jurídica, freqüentada pela nova eloqüência e pelo novo sacerdócio, em que se multiplicaram as suas orações, flamejantes cóleras ou esplendentes milagres do Verbo nas alturas."
(Homenagem a Ruy Barbosa)

"Senhores Acadêmicos. Quando fui recebido nesta casa, em 1935, por Aloysio de Castro, sentenciou esse amável confrade, resumindo-me o longo tirocínio administrativo, que o secretariado era a minha vocação e o meu fadário. Houve sorrisos discretos no auditório ilustre. Daí por diante, confirmando o vaticínio ao colega, que exultava à hora das eleições, infalivelmente, a Academia elegeu-me 2o secretário, 1o secretário e secretário geral, posto já ofuscante, no qual supunha eu ter vencido o ápice do meu destino (...)"
(Do Discurso Inaugural da Sessão de 28/12/1939)

Publicações

Autor pouco conhecido, tanto da crítica quanto do público, Celso Vieira publicou os seguintes trabalhos, a maioria no campo biográfico:

  • 1919 - Endymião
  • 1919 - O Semeador
  • 1920 - Defesa Social
  • 1923 - Varnhagen
  • 1929 - Anchieta
  • 1932 - Para as Lindas Mãos
  • 1936 - Aspectos do Brasil
  • 1939 - Tobias Barreto
  • 1941 - Estudos e Orações (Ensaios)
  • 1945 - Manuel Bernardes, Clássico e Místico
  • 1946 - Scepticisme et Beauté
  • 1949 - Joaquim Nabuco
  • 1951 - O Gênio e a Graça

Rodrigues Lima

JOAQUIM MANUEL RODRIGUES LIMA
(58 anos)
Político e Médico

* Caetité, BA (04/05/1845)
+ Caetité, BA (18/12/1903)

Joaquim Manuel Rodrigues Lima foi um médico e político brasileiro. Nasceu na cidade de Caetité, Bahia, em 04/05/1845, sendo seus pais o capitão Joaquim Manuel Rodrigues de Lima e Rita Sofia Gomes de Lima, irmã do Barão de Caetité.

Aos 10 anos foi estudar em Salvador e em 1862 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia e, cursando o 5º ano, serviu nos hospitais de sangue da Guerra do Paraguai, como cirurgião. Sobreviveu, com heroísmo, ao naufrágio do navio que o conduzia para o Uruguai.

Em 1869 retornou, tendo colado grau. Formado, seguiu para a cidade natal, onde fixou residência, iniciou a clínica e foi eleito vereador.

Casou-se com a primogênita do Barão de Caetité e sua prima, Maria Victoria Gomes de Albuquerque Lima.

Em 1872, foi eleito deputado à Assembléia Provincial, para a legislatura 1872-1873, sendo reeleito nas posteriores.

Em 1877 viajou para a Europa com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos profissionais, ocasião em que frequentou os melhores hospitais da França, Alemanha, Áustria, Bélgica e outros países. Ao regressar ao Brasil, voltou para Caetité.

Quando da Proclamação da República era o presidente do Conselho Municipal, a Câmara de Vereadores, da época. Em 1891, quando os partidos políticos são organizados, ocupava a Intendência Municipal, sendo indicado para a Assembléia Constituinte Estadual, onde propõe a mudança da capital para Vitória da Conquista.

Após a renúncia do interventor José Gonçalves, teve seu nome indicado para ser o primeiro presidente eleito da História da Bahia, num pleito em que obteve esmagadora maioria.

Findo seu governo, retornou para a terra natal, onde ocupou ainda a vereança.

Rodrigues Lima faleceu em decorrência de mal hepático adquirido na campanha paraguaia, em 1903, como um dos espíritos mais progressistas de sua cidade.

Governo da Bahia

Sua administração foi marcada pela reestruturação administrativa, incentivo total à cultura e educação, marcada sobretudo pela probidade (em diversas vezes escrevia ao seu procurador em Caetité para que lhe mandasse dinheiro, pois não julgava honesto valer-se do erário publico para manter-se).

Diversas instituições culturais tiveram seu apoio para constituir-se, dentre as quais o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

Rodrigues Lima também espalhou as obras públicas por todo o estado, sobretudo aquelas de combate aos efeitos das secas, muitas delas existentes até o presente, e pela interiorização do ensino de qualidade.

Em Salvador realizou diversas obras, objetivando modernizar e embelezar a Capital: a mais bonita praça da cidade, o Campo Grande, atração turística que homenageia os heróis da Independência Baiana, é obra de seu governo.

Homenagens

O Largo da Vitória, em Salvador, ostenta um busto em sua homenagem. Registra Pedro Celestino da Silva que este monumento fora erguido inicialmente na Praça da Aclamação, sendo posteriormente trasladado para o largo. Registra, ainda, que este se deu como "preito de saudade e gratidão ao benemérito cidadão que, por suas virtudes cívicas e privadas, deixou seu nome inteiramente ligado à história da Bahia, por sua honradez imaculada, por sua grandeza de espírito e por sua indefectível lealdade política".

O monumento foi autorizado por resolução municipal nº 144 de 04/01/1905 e inaugurado a 13/05/1911, pelo governador João Ferreira de Araújo Pinho e pelo intendente (prefeito) Antônio Carneiro da Rocha. O monumento traz a seguinte inscrição:

"Drº em Medicina pela Faculdade da Bahia; Voluntário do Corpo de Saúde do Paraguay; Deputado provincial; Senador do Estado; Membro da Constituinte; Intendente do Município de Caetité, onde residia, e Governador deste Estado."

Rodrigues Lima é nome de diversos logradouros na Bahia, sobretudo em Lençóis e em Caetité.

Fonte: Wikipédia

Francisco Manuel da Silva

FRANCISCO MANUEL DA SILVA
(70 anos)
Compositor, Instrumentista, Maestro e Professor

* Rio de Janeiro, RJ (21/02/1795)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/12/1865)

Francisco Manuel da Silva foi um compositor, maestro e professor brasileiro. Era filho de Joaquim Mariano da Silva e Joaquina Rosa. Ainda menino, começou a estudar música com o célebre compositor padre José Maurício Nunes Garcia, talvez o maior nome da música colonial brasileira. Foi também aluno de Policarpo Beltrão e Marcos Portugal, aperfeiçoando-se depois com Sigismund von Neukomm, aprendendo violino, violoncelo, órgão, piano e composição.

Ainda bem jovem escreveu um "Te Deum" para o então príncipe Dom Pedro I, que lhe prometeu financiar seu aperfeiçoamento na Europa, mas não chegou a cumprir a promessa. Em vez disso, nomeou-o para a Capela Real, onde foi bastante ativo como diretor musical.

Em 1833 fundou a Sociedade Beneficente Musical, que teve um papel importante na época e funcionou até 1890. Contando com a simpatia do novo imperador Dom Pedro II, foi nomeado para o posto de compositor da Imperial Câmara em 1841 e no ano seguinte assumiu como mestre-de-capela.

Em 1857, Dom Pedro II lhe ofereceu a condecoração máxima, a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Rosa.


Talvez seu maior mérito seja a fundação do Conservatório do Rio de Janeiro, a origem da atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também foi regente do Teatro Lírico Fluminense, depois transformado na Ópera Nacional.

Sua obra de composição não é considerada de grande originalidade, embora sejam interessantes a "Missa Ferial" e a "Missa Em Mi Bemol", mas foi o autor de uma única peça que se tornou célebre, a melodia do atual "Hino Nacional Brasileiro". Compôs também valsas, quadrilhas, modinhas e lundus, como o antológico "Lundu da Marrequinha", que recebeu letra de Paula Brito. Na época de sua composição, esse lundu fez muito sucesso, figurando depois em vários livros sobre modinhas, lundus e cançonetas.

Francisco Manuel da Silva faleceu com 70 anos de idade, em sua casa, no centro do Rio de Janeiro, na Rua Visconde do Rio Branco, nº49, vítima de "tísica na laringe", cercado da admiração e respeito gerais.

Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Márcio Montarroyos

MÁRCIO MONTARROYOS
(59 anos)
Instrumentista e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (08/07/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/12/2007)

Márcio Montarroyos foi um músico instrumentista brasileiro, trompetista, é considerado um dos principais expoentes da música instrumental no país. Em 1973 regravou a canção "Carinhoso" de autoria do grande compositor brasileiro Pixinguinha, que foi tema principal da trilha sonora da novela "Carinhoso" (1973) exibida pela TV Globo.

Márcio Montarroyos nasceu no Rio de janeiro em 1948 numa família de músicos, ingressou no mundo da música estudando piano e clássico. Porém, seria com o trompete e a flugelhorn, e o subseqüente interesse pelo jazz e pela música popular, que se destacaria. Depois de ganhar experiência nas noitadas de jazz, juntou-se à lendária A Turma da Pilantragem, de onde sairiam Zé Roberto Bertrami e Alexandre Malheiros, fundadores do lendário Azymuth.

Para Márcio Montarroyos, estar entre os melhores era a confirmação desse longo percurso musical, para o qual foi devidamente preparado e dirigido. Disse ele: "Minha família é composta de músicos, e quando se tem sangue de músico, nada é empecilho. Vim ao mundo para fazer o que faço, e sei que é gratificante fazer bem o que se sabe fazer."

Márcio Montarroyos dispensava maiores apresentações. Sua carreira, totalmente consolidada, definia o artista. Era, sem dúvida, um dos maiores expoentes da música instrumental brasileira. Excepcional improvisador, dono de um estilo altamente pessoal, uma técnica apurada, invejável sensibilidade musical, dominava com maestria o trompete e a flugelhorn.

Márcio Montarroyos foi o maior frasista do trompete, porque fazia a frase ao mesmo tempo com suingue e noção harmônica - confirma Wagner Tiso, que conhecia Márcio desde meados dos anos 60. Ele relembra: "Tocávamos nos clubes de jazz da noite carioca e depois no Sexteto Paulo Moura."

A melhor definição de Márcio Montarroyos é, talvez, a do jornalista João Marcos Coelho que disse:

"Marcio constrói um som encantadoramente brasileiro com acentuação funk irresistível, combinatória que, realmente, expressa a dicção melódica desse artista."

O som de Márcio Montarroyos irrompe majestoso das camadas da alma de um artista que, sendo escancaradamente brasileiro, agrega em seu repertório o que de melhor o mundo ocidental produziu até então.

Depois de sua passagem pela renomada escola de música de Berklee, Massachussets, Estados Unidos, no começo da década de 1970, onde encontrou sua verdadeira voz artística quando se apaixonou pelo jazz, o mais fluido e indisciplinado dos gêneros musicais e quando optou também pelo trompete e pela flugelhorn, De volta ao Brasil, passou a se apresentar em shows e casas noturnas.

Após essa primeira estada americana, voltou com freqüência aos Estados Unidos, com convites para participar de gravações e apresentações ao vivo.

Márcio Montarroyos sempre se empenhou para a divulgação e o crescimento da música instrumental do Brasil e foi o primeiro músico contratado pela Columbia Records, companhia americana pertencente a Sony BMG.

A Carreira

Entre 1968 e 1969, fez parte do conjunto A Turma da Pilantragem, ao lado dos instrumentistas Zé Roberto Bertrami, Alexandre Malheiros, Vitor Manga, Fredera e Ion Muniz, e das cantoras Regininha, Málu Balona e Dorinha Tapajós. Com o grupo, gravou três LPs.

O artista trabalhou com grandes nomes da música contemporânea nacional e internacional, incluindo: Stevie Wonder, Tom Jobim, Sérgio Mendes, Sarah Vaughan, Hermeto Pascoal, Nancy Wilson, Egberto Gismonti, Carlos Santana, Milton Nascimento, Ella Fitzgerald, Ney Matogrosso, dentre muitos outros.

Destacou-se também pelas belas composições de trilhas sonoras para cinema e televisão no Brasil e no exterior.

Como artista solo, Márcio Montarroyos registrou entre 1973 e 1995 12 álbuns, nos quais fazia uma síntese bem brasileira de sons, que incluía influências da black music americana e do jazz mais ortodoxo.

Como músico acompanhante, tocou ao vivo e em estúdio com a realeza da MPB e do instrumental dos anos 70, 80, e 90. De Roberto Carlos a Hermeto Paschoal, de Tom Jobim a Egberto Gismonti, de Gabriel O Pensador a Sérgio Mendes.

Foi ativo compositor de trilhas para a TV e cinema, deixando temas e arranjos para novelas e minisséries tendo participado da trilha sonora do filme "Orfeu" (1999), sendo arranjador das composições brasileiras do filme "Luar Sobre Parador" (1988) da Universal Studios, e em programas de televisão no Brasil e no exterior. Dentre eles destacam-se:

  • Live Under The Sky Tokyo ... Japão
  • Pfingers Concert Mainz ... Alemanha, 1992
  • Marcio Montarroyos In Concert ... TV Manchete / Free Jazz
  • Marcio Montarroyos Especial TV Cultura (Jazz Brasil)
  • Jose Duarte Show ... Porto, Portugal
  • Jazz In Concert TV Europa  ... Zurique / Suíça
  • Carinhoso ... Trilha sonora da novela da TV Globo
  • Planeta Terra ... IBM Especial
  • A Máfia no Brasil - Série de TV Minissérie ... TV Globo
  • Bar Academia - Série de TV Partitura Original
  • Globo Gente ... Show de Variedades Direção Musical


Morte

Márcio Montarroyos, morreu às 05:00 hs de quarta-feira, 12/12/2007, em sua casa. Vítima de câncer no pulmão, diagnosticado há pouco mais de dois meses. O sepultamento ocorreu no final da tarde de quarta-feira, 12/12/2007, às 17:00 hs, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.

A cerimônia foi marcada pela presença de cerca de 100 pessoas, entre parentes, amigos e muitos músicos. No momento do sepultamento, todos os presentes prestaram sua última homenagem, com uma longa salva de palmas.

No dia 19/11/2007, amigos do cantor fizeram um show, batizado de "Festa Para o General", no novo Mistura Fina para custear o tratamento de saúde de Márcio Montarroyos. Artistas como Edu Lobo, Marcos Valle, Leila Pinheiro, Paulinho Trompete, Arthur Maia, Ney Matogrosso, Marcos Valle, João Donato, entre outros, não só se apresentaram sem cobrar cachê como desembolsaram R$ 150,00 por um ingresso. Fafá de Belém comprou 16 lugares. As apresentações começaram assim que o homenageado da noite chegou, sob aplausos. Em seguida, uma fila de músicos se formou para cumprimentá-lo. Emocionado, Márcio Montarroyos agradecia: "Isso é muito importante para mim, parece algo sobrenatural."

Mesmo lutando contra um câncer no pulmão, Márcio Montarroyos gravou um CD, "Rio e o Mar". Sobre esse trabalho, com 12 músicas, entre clássicos de grandes compositores brasileiros e temas originais, o trompetista escreveu:

"É uma homenagem ao Rio de Janeiro, na qual faço um apanhado poético-instrumental sobre o amor que sinto por essa cidade verdadeiramente maravilhosa. (...) Dedico-o também ao meu amigo e irmão Pedro Paulo, por quem tenho grande admiração e carinho. Por sua luta em expandir a boa música da forma mais autêntica e charmosa através do Mistura Fina, uma casa da qual tenho muito orgulho de ter participado desde a 'fase-embrião'".

Discografia

  • 2002 - O Pianista do Cinema Mudo
  • 1997 - The Best Of Márcio Montarroyos
  • 1995 - The Congado Celebration
  • 1992 - Larry Coryell & Live From Bahia
  • 1989 - Concerto Planeta Terra - Nelson Ayres, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas e Márcio Montarroyos
  • 1989 - Terra Mater
  • 1987 - Samba Solstice
  • 1984 - Carioca
  • 1982 - Magic Moment
  • 1981 - Trompete Internacional
  • 1981 - Piston Internacional
  • 1977 - Stone Alliance
  • 1973 - Carinhoso (Trilha Sonora da Novela da TV Globo)
  • 1973 - Sessão Nostalgia


Fonte: Wikipédia e Saiba Música - Instituto Cultural e Social
Indicação: Miguel Sampaio