Dinorah Marzullo

DIRORAH SOARES MARZULLO PÊRA
(93 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (30/03/1919)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/03/2013)

Dinorah Soares Marzullo Pêra foi uma atriz brasileira. Era filha de Emílio Marzulloe da também atriz Antônia Marzullo, irmã do advogado e poeta Maurício Marzullo e de Dinah Marzullo, viúva de Manuel Pêra e mãe das atrizes Sandra Pêra e Marília Pêra.

Dinorah Marzullo começou a trabalhar como corista em revistas, dançando e cantando, e, nos anos 40, teve despertado seu dom para comédias. Ela era tão ligada ao teatro que se casou com o ator Manuel Pêra no palco de um teatro em Porto Alegre, em 1939.

O casal passou a integrar o elenco da companhia de Henriette Morineau, Os Artistas Unidos. Na montagem de "Medéia", a filha de Madame Morineau, que fazia o papel título, foi a menina Marília Pêra, em sua estreia no teatro, com apenas quatro anos de idade.

Marília Pêra e Dinorah Marzullo
Dinorah Marzullo Manuel Pêra também integraram a companhia de Dulcina de Moraes.

Em sua longa carreira, fez peças como "Casa de Caboclo", "No Tabuleiro da Baiana", "Irene", "Gol!" , "Está Sobrando Mulher", dentre tantas outras. Numa entrevista, Marília Pêra calculou em 200 as peças interpretadas por sua mãe.

Dinorah Marzullo trabalhou em várias peças e espetáculos de revista. Fez "Casa de Caboclo", "No Tabuleiro da Baiana", "Gol!", "Está Sobrando Mulher", entre tantas outras.

No cinema fez "É a Maior""Esse Milhão é Meu" (1959), "Casinha Pequenina" (1963), "O Levante das Saias" (1967), "Como Vai, Vai Bem?" (1968) e "Ele, Ela, Quem" (1977).


Na televisão, participou das novelas "Uma Rosa Com Amor" (1972) e "Te Contei?" (1978), ambas na TV Globo. Também teve sucesso com a personagem Agripina em um programa de humor da TV Tupi.

Dinorah Marzullo, embora bem idosa, ainda trabalhou em televisão. Atuou ao lado do neto, Ricardo Graça Mello, no extinto "Zorra Total", interpretando Dona Giovanna, mãe do mafioso Don Gorgonzola, interpretado por Agildo Ribeiro, conhecida pelo seu bordão: "Perdi a Viagem! Vou Voltar pra Sicília!".

Dinorah Marzullo morreu às 8h50m de segunda-feira, 17/03/2013, de causas naturais, e foi enterrada à tarde. Ela iria completar 94 anos no dia 30/03/2013.

Fonte: Wikipédia

Marília Pêra

MARÍLIA SOARES PÊRA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Produtora, Coreógrafa e Diretora Teatral

☼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/12/2015)

Marília Soares Pêra foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Além de interpretar, ela cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, "Minha Querida Lady" (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília Pêra, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.

Fez outras peças como "O Teu Cabelo Não Nega" (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo "A Pequena Notável" (1966), dirigido por Ary Fontoura. Também no "A Tribute To Carmen Miranda" (1975) no Lincoln Center, em New York, dirigido por Nelson Motta, na única apresentação "A Pêra da Carmem" no Canecão em 1986, e no musical "Marília Pêra Canta Carmen Miranda" (2005), dirigido por Maurício Sherman.


A primeira aparição na televisão foi em "Rosinha do Sobrado" (1965), na Rede Globo, e em seguida, em "A Moreninha" (1965).

Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, "A Úlcera de Ouro", de Hélio Bloch.

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama "Fala Baixo Senão Eu Grito", com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o Prêmio Molière e também o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou o ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1964, Marília Pêra derrotou Elis Regina num teste para o musical "Como Vencer Na Vida Sem Fazer Força", ambas ainda não eram conhecidas na época.

Em 1975, gravou o LP "Feiticeira", lançado pela Som Livre.

Marília Pêra é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.


A estreia de Marília Pêra como diretora aconteceu em 1978, na peça "A Menina e o Vento", de Maria Clara Machado.

Marília Pêra casou-se pela primeira vez aos 17 anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos 18 anos, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em "Fala Baixo Senão Eu Grito", e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.

Em declaração feita ao "Fantástico" em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela "Cobras & Lagartos", Marília Pêra relatou sobre a carreira e disse que não suportava contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília Pêra alegou que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça "Roda Viva" (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.


Em 1992, apresentou o musical "Elas Por Elas", para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia, tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, "Polaróides Urbanas", de Miguel Falabella, onde interpretou duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie "Cinquentinha", de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília Pêra, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.

Desde abril de 2010 integrou o elenco da série "A Vida Alheia", de Miguel Falabella, na TV Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013 ocorreu a estreia do seriado "Pé Na Cova", em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Russo (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio.

Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11/06/2014.

Morte

Marília Pêra morreu às 06h00 de sábado, 05/12/2015, aos 72 anos, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada. Em novembro de 2015, foi noticiado que Marília Pêra estava com câncer em estágio avançado no pulmão. No último ano, ela passou por tratamento de um desgaste ósseo na região lombar e chegou a ficar afastada da TV por cerca de um ano.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, sala Marília Pêra, Rua Conde de Bernadote, 26 - Leblon, a partir das 13h00.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, na sala que leva seu nome, a partir das 13h00.

Marília Pêra deixou os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta, Nina Morena e o marido Bruno Faria.

No início de novembro de 2015, a jornalista carioca Hildegard Angel, amiga pessoal da atriz, postou em seu blog que o estado de saúde da atriz era delicado: "Marília inspira cuidados extremos, está no balão de oxigênio", disse. A informação não foi confirmada pela família, mas é sabido que a atriz tem como hábito manter preservada a sua vida particular.

À GloboNews, Claudia Raia disse que seu último contato com Marília Pêra aconteceu há duas semanas, quando elas se falaram porque a veterana queria assistir ao espetáculo "Raia 30". "Ela estava impossibilitada, de cadeira de rodas. Ela disse 'eu vou melhorar um pouquinho e vou'", falou Claudia Raia. "Estamos órfãos. Ela pra mim era uma referência!".

Marília Pêra era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Ela era irmã da atriz Sandra Pêra e neta da atriz Antônia Marzullo.

Tutuca

USLIVER JOÃO BAPTISTA LINHARES
(83 anos)
Humorista

☼ (1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/12/2015)

Usliver João Baptista Linhares, mais conhecido como Tutuca, foi um comediante brasileiro. Ganhou o apelido na infância e começou a carreira na década de 50, sempre fazendo humor no rádio e na televisão. Participou do programa "Balança Mas Não Cai", onde, no quadro "Clementino e Dona Julieta" (1964), vivia um faxineiro sempre de olho na mulherada, onde criou o bordão "Ah se ela me desse bola!". Tutuca também foi o criador do personagem Magnólio Ponto Fraco.

Estreou no cinema em 1959 no filme "O Homem do Sputnik" e depois fez, ao lado de Ronald Golias, "O Homem Que Roubou a Copa do Mundo" (1961).

Tutuca trabalhou em várias emissoras e em programas como "Apertura", "Reapertura", "A Praça é Nossa", "Zorra Total", "Sob Nova Direção", dentre outros.

Fez muito sucesso com a comédia "O Marido Virgem", viajando em turnê pelo Brasil.

Tutuca também esteve no elenco dos filmes "Onanias, o Poderoso Machão" (1975), "Os Normais" (2003), vivendo o pai da personagem de Marisa Orth, e "A Guerra dos Rocha" (2008), que ele considerava um dos mais importantes dos quais participou.

Tutuca tornou célebre o bordão "Xiiiiiíííííííí…"

Entrevista
(Entrevista publicada em novembro de 2008 na Zona Norte)

Ulisver João Baptista Linhares, o popular comediante Tutuca, presente nos lares brasileiros desde a década de 50, através de seus inúmeros personagens que sempre alegraram a população. Simpático e festivo, recebeu a equipe do Correio Carioca para animada entrevista. Confira o resultado:

Por que o apelido Tutuca? 
É apelido de infância. Eu fui tratado desde garoto como Tutuca e o meu irmão era Sussuca.
O senhor tem alguma formação universitária? 
Eu não fui formado, eu fui deformado (risos). Trabalhei muito como propagandista e vendedor, era daí que vinha meu sustento.
O seu início foi na rádio Tupi. O que mais marcou na sua passagem por lá? 
Um dos personagens que eu interpretava e me lembro até hoje era o Lambretildo, que fazia parte de um quadro chamado "Casal do Amor". Atuávamos: eu, Simone de Moraes e Otávio França.
Qual o programa em que trabalhou que acha que mais marcou sua trajetória? 
Turma da Maré Mansa.
É difícil ser humorista? 
Eu já nasci palhaço. Sempre fiz rir.
Teve algum humorista com quem tenha gostado mais de trabalhar? 
Cito três: sempre fui muito fã do Costinha, do Golias e do Matinhos. Vivia imitando esse pessoal.
Como andam os programas humorísticos atualmente? 
Não tenho mais saco pra assistir a programas humorísticos. Está quase tudo muito mal apresentado. Tudo muito diferente e sem graça. O programa humorístico praticamente acabou. São poucos bons no rádio e na TV. Estão quase todos realmente muito ruins, esquisitos mesmo e de tal maneira mal escritos que não dá mais vontade de acompanhar quase nada. Às vezes, vejo e fico pensando: Meu Deus do céu! Como esculhambaram a arte de fazer humor! Tudo o que se fazia antigamente foi jogado por terra. O que acontece é que pra se fazer bem qualquer coisa na vida tem que se ter prazer de fazer. Não sinto que a maioria dos humoristas de hoje tenha prazer de fazer humor. Sendo assim, como eles podem querer que os espectadores tenham prazer de assisti-los?
O senhor já fez vários filmes. Qual o que considera mais importante? E qual o mais recente? 
"A Guerra dos Rochas" me marcou bastante. Já o mais recente foi "Os Normais".
Foi longa a sua participação no programa "A Praça é Nossa". Quando se lembra de sua passagem por lá, o que lhe vem à cabeça? 
Saudade. Muita saudade.
Cite personagens marcantes que o senhor tenha feito no humorístico do SBT. 
O faxineiro "Clementino", que tinha como bordão "Como é boa essa secretária, ah, se ela me desse bola" e o quadro com o "Seu Menezes" e com a "Dona Dadá", em que eu falava sempre "Tadinha, Seu Menezes" (risos).
Com o que o senhor ocupa o tempo hoje em dia? 
Almoço, janto e o resto é particular.
Como levar a vida com humor? 
As pessoas têm que arrumar um jeito de achar graça na vida. Se estiver difícil achar a graça, que façam cócegas em si mesmas (risos).

Morte

Tutuca passou a maior parte de sua vida fazendo os outros rirem, mas seus últimos dias foram difíceis. Ele deu adeus ao seus fãs na manhã de quinta-feira, 03/12/2015, no Rio de Janeiro, aos 83 anos, vítima de uma pneumonia seguido de uma parada cardíaca.

Tutuca estava deste terça-feira, 01/12/2015, internado no Hospital Barra D'Or, localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Já com idade avançada, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em 2014. Após ter a enfermidade, ele precisou conviver com as sequelas da doença.

O velório do comediante ocorrerá no sábado, 05/12/2015. A cerimônia será realizada no Crematório São Francisco Xavier, que fica perto do Centro do Rio de Janeiro. Tutuca será cremado e apenas a família participará da cremação, marcada para começar às 14h00min.

Tutuca morava no Rio de Janeiro e era casado há 30 anos com Denise Silva, de 56 anos. Além da mulher, o comediante deixou dois filhos Ricardo e Elizabeth, além da enteada, Gisele Carmos.

Gisele Carmos contou que o padastro era amoroso e divertido. "Não dava para falar sério com ele. Ele era só piada, tudo fazia piada, bem que eu tentava falar sério,mas não dava".

Tutuca teve uma série de AVCs e depois disso estava debilitado, contou a viúva, Denise. "Ele era só alegria. Estava debilitado, mas estava bem. Não estava sentindo dor. Na segunda-feira que tudo aconteceu, na terça ele foi internado e o médico disse que algumas infecções são silenciosas, por isso ele não sentia dor!".

Trabalhos

Rádio
  • Balança Mas Não Cai
  • A Turma da Maré Mansa

Cinema
  • O Homem do Sputnik
  • O Homem Que Roubou a Copa do Mundo
  • Onanias, o Poderoso Machão
  • Os Normais
  • A Guerra dos Rocha

Televisão
  • Ciranda de Pedra - Jurado do Miss Suéter (Participação Especial)
  • Apertura (Tupi)
  • Reapertura (SBT)
  • A Praça é Nossa (SBT)
  • Balança Mas Não Cai (Globo)
  • Zorra Total (Globo)
  • Sob Nova Direção (Globo)
  • Coral dos Garçons (Tupi)

Indicação: Miguel Sampaio

Manoel Carlos Karam

MANOEL CARLOS KARAM
(60 anos)
Escritor, Dramaturgo e Jornalista

☼ Rio do Sul, SC (1947)
┼ Curitiba, PR (01/12/2007)

Manoel Carlos Karam foi um escritor, dramaturgo e jornalista brasileiro. Viveu em Curitiba, no Paraná, desde 1966. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 70 e, a partir dos anos 80, passou a dedicar-se aos livros, vencendo o prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra "Cebola".

Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Trabalhou também em campanhas políticas, como a do ex-governador Jaime Lerner.

O escritor deixou crônicas inéditas, e outros textos que serão publicados no futuro.

Em 2008, foi lançado "Jornal da Guerra Contra os Taedos".

No dia 02/12/2008, a Casa da Leitura do Parque Barigui, mantida pela prefeitura de Curitiba, foi batizada com o nome do escritor. O espaço agora abriga a biblioteca particular de Manoel Carlos Karam, composta de mais de 3 mil volumes.

Morte

Manoel Carlos Karam morreu na madrugada de sábado, 01/12/2007, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR.

O corpo do jornalista foi velado na Capela Vaticano, atrás do Cemitério Municipal. O corpo foi cremado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

O prefeito Beto Richa lamentou a morte do escritor:

"A morte de Manoel Carlos Karam é uma perda irreparável, pessoa brilhante que foi, amigo, respeitado, com quem tive o privilégio de conviver e dono de uma cultura ímpar!"

A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa, disse que Manoel Carlos Karam deixa uma lacuna no espaço cultural e criativo da cidade.

"Ele fez a diferença em Curitiba, e vai deixar sempre uma marca indelével como jornalista, escritor e amigo!"

Livros Publicados

  • 1985 - Fontes Murmurante
  • 1992 - O Impostor no Baile de Máscaras
  • 1997 - Cebola
  • 1999 - Comendo Bolacha Maria no Dia de São Nunca
  • 2001 - Pescoço Ladeado Por Parafusos
  • 2002 - Encrenca
  • 2004 - Sujeito Oculto
  • 2008 - Jornal da Guerra Contra os Taedos
  • 2014 - Algum Tempo Depois

Mário Vilela

MÁRIO RIBEIRO VILELA
(71 anos)
Dublador

☼ São Paulo, SP (03/05/1934)
┼ São Paulo, SP (01/12/2005)

Mário Ribeiro Vilela, conhecido como Mário Vilela, foi um dublador brasileiro.

Mário Vilela começou a carreira como ator e entre seus trabalhos está a novela "Sombras do Passado" (1983) na TVS, trabalhando ao lado de Marcelo Gastaldi, Cecília Lemes, Walter Breda e José Parisi.

Na dublagem começou no final dos anos de 60 na Arte Industrial Cinematográfica (AIC). Entre seus trabalhos está o ator Edgar Vivar interpretando o Senhor Barriga na série "Chaves", e interpretando Botina, Garrafa, Detetive Cannon, Seu Severiano e diversos personagens em "Chapolin Colorado". Também dublou o ator no filme "Aventuras em Marte", que era um filme da série "Chapolin Colorado". Este sem duvida foi o seu maior trabalho, principalmente o Senhor Barriga, no qual era carinhosamente chamado pelos amigos de profissão de tão marcado que ficou esse personagem em Mário Vilela.

Mário Vilela também fez muitas dublagens em séries japonesas, como Buba interpretado por Yoshinori Okamoto e Gyoudai interpretado por Takeshi Watabe em "Esquadrão Relâmpago Changeman", na série "Patrine" fez o Deus Protetor, interpretado por Seijun Suzuki, na série "Spectreman" fez Takashi Ota interpretado por Kazuo Arai, também fez o Robô Kaima Metal Heavy dublado originalmente por Issei Futamasa em "Kamen Rider Black Rx", alem de ter feito pontas em "O Fantástico Jaspion", "Lion Man", "Jiban", entre outros.


Em séries infantis fez o Dono da Venda, o Rato de Boné interpretado por Shane McNamara em "Bananas de Pijamas".

Além de séries, Mário Vilela fez muitos desenhos, como Lenny em "Kissyfur", o vizinho de Rocko, Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko", foi o Blass em "Fly, o Pequeno Guerreiro", em "Os Cavaleiros do Zodíaco" foi Spika, em "Zillion" foi o Barão Ricks, no desenho dos anos 70 da "Família Addams" foi o Tio Chico, dentre outros.

Em filmes não era muito atuante, na maioria das vezes fazia apenas pontas, mas participou em alguns filmes como Landlord interpretado por Andy Devine em "A Pedra Azul", Carl interpretado por Walter Robles em "Os Mestres do Universo", foi o Papai Noel interpretado por Dennis Radesky em "Filadélfia", entre outros.

Em 2003 teve a honra de conhecer pessoalmente o ator Edgar Vivar no programa "Falando Fracamente", no SBT. Mário Vilela ficou muito emocionado, pois para ele Edgar Vivar, como também para os fãs, foi o maior trabalho de sua carreira, dentre todos os segmentos que já havia passado. E foi uma cena bem bonita para os que tiveram a oportunidade de assistir esse emocionante encontro.

Mário Vilela era diabético há muitos anos, e já havia tido vários problemas por causa da doença, como problema nas pernas. Veio a falecer vítima de problemas cardíacos também causados pelo diabete no dia 01/12/2005, deixando um legado na carreira e diversos fãs pelo país a fora.

Trabalhos

  • Edgar Vivar em "Chaves", "Chapolin" e "Aventuras em Marte"
  • Buba (Yoshinori Okamoto) e Gyoudai (Takeshi Watabe) em "Esquadrão Relâmpago Changeman"
  • Lenny em "Kissyfur"
  • Spika em "Os Cavaleiros do Zodíaco"
  • Blass em Fly o Pequeno Guerreiro
  • Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko"
  • Rato de Boné (Shane McNamara) em "Bananas de Pijamas"
  • Barão Ricks em "Zillion"
  • Senhor Jenkins em "Caillou"
  • Robô Kaima Metal Heavy (Issei Futamasa) em "Kamen Rider Black Rx"
  • Monstro Humanos (Episodios 14, 18 e 22) em "Lion Man"
  • Tio Chico em "A Família Addams" (Desenho dos anos 70)
  • Doc. Wilson (Michael Higgins) em "Deu a Louca nos Astros"
  • Baleia Dopey Dick, e personagens secundários em "Pica-Pau"
  • General em "As Novas Aventuras da Turma da Mônica"
  • Takashi Ota (Kazuo Arai) em "Spectreman"
  • Deus Protetor (Seijun Suzuki) em "Patrine"
  • Ben Parker (Segunda voz) e Rhino (Segunda voz) em "Homem Aranha" (Desenho anos 90)
  • Hardman em "Megaman"
  • Joseph Barbera em "Os Flintstones - I Yabba Dabba Do"
  • Scorpion / Sub-Zero em "Mortal Kombat"
  • Landlord (Andy Devine) em "A Pedra Azul"
  • Carl (Walter Robles) em "Os Mestres do Universo"
  • Papai Noel (Dennis Radesky) em "Filadélfia"
  • Hunk em "Voltron"
  • Presidente Alcazar (Subas Herrero) em "Comando Delta 2 - Conexão Colômbia"
  • Cyborg 007 em "Cyborg 009" (Série Original)
  • Gatão em "Tico e Teco e Os Defensores da Lei"
  • Pai da Lum em "Turma do Barulho"

Athiê Jorge Coury

ATHIÊ JORGE COURY
(88 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente Esportivo e Político

☼ Itu, SP (01/08/1904)
┼ Santos, SP (01/12/1992)

Athiê Jorge Coury, também conhecido como Athié Jorge Cury, foi um futebolista, dirigente esportivo e político brasileiro. Se tornou famoso dentro do futebol e da política brasileira. Inicialmente começou sua carreira profissional como atleta no Santos Futebol Clube como goleiro na década de 1930 e mais tarde iria ingressar na carreira política onde conquistou diversos cargos importantes, em 1955 aos 51 anos de idade iria realizar discurso histórico.

Foi deputado estadual e vereador da cidade de Santos se tornando um dos principais membros do Partido Social Progressista (PSP) liderado por Adhemar de Barros.

Permaneceu durante duas décadas e meia como presidente do clube, venceu os mais importantes títulos do Santos Futebol Clube e manteve os mais importantes jogadores de futebol do time como Pelé, Pepe e Coutinho, nos anos de 1945 até o fim de seu mandato.

Filho de Jorge e Olga Coury e nascido na cidade de Itu, SP, Athiê Jorge Coury se mudou para São Paulo em 1927, se formou em economia pelo Colégio Mackenzie. Após se mudar para a cidade de Santos, tornou-se goleiro do Santos Futebol Clube do ano de 1930 até 1934, e mais tarde se tornou diretor de esportes e o 22º presidente do Santos Futebol Clube, de 1945 a 1971, na famosa "Era Pelé", onde o Santos foi eleito pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA), "O Melhor Clube das Américas do Século XX" e venceu inúmeros títulos.

Athiê Jorge Coury teve expressivas passagens na política e no congresso brasileiro, em sua administração no clube paulista, foi antecedido em 1945 por Antônio Ezequiel Feliciano da Silva e sucedido em 1971 por Vasco José Fae.

Athiê Jorge Coury (terno escuro) ao lado de Pelé e com dirigentes da Prudentina, 1960
No Santos Futebol Clube

Athiê Jorge Coury se filiou ao clube santista no dia 09/09/1927, substituindo o então goleiro titular Tuffy, que houvera sido expulso do clube naquele ano. 

A primeira partida em que atuou como goleiro no Santos foi no dia 09/10/1927 na vitória pelo placar de 9 x 0 diante do Corinthians, de Santo André, em partida amistosa na Vila Belmiro, com Feitiço marcando 5 gols, Siriri 3 e Camarão 1, formando o time do ataque dos 100 gols com AthiêBilú e David; Alfredo, Julio e Hugo; Omar, Camarão, Siriri, Feitiço e Passos.

Athiê Jorge Coury jogou defendendo o Santos em 173 partidas, durante os anos de 1927 a 1934 e foi substituído por Ciro Maciel Portieri.

Após esta passagem como goleiro e dirigente de esportes, Athiê Jorge Coury teve um longo mandato como presidente do Santos Futebol Clube. Ele venceu os mais importantes títulos do clube, dentre eles, a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 1962 e 1963, incluindo diversos títulos estaduais, nacionais e internacionais. Com isso o Santos se tornou um dos clubes mais famosos do mundo durante sua administração, e recebeu notável admiração dos mais famosos jornalistas esportivos da época de Pelé.

Em sua homenagem, o clube deu ao seu ginásio de esportes inaugurado no Estádio Urbano Caldeira, no ano de 1950 o seu nome.

Na Política

Ainda quando presidente do Santos Futebol Clube, tornou-se membro do Partido Social Progressista (PSP) de Adhemar de Barros, quando se elegeu vereador da Câmara Municipal de Santos em 1948, e deputado estadual por São Paulo em 1950. Teve também importante passagem na Câmara Federal. Athiê Jorge Coury se manteve no Congresso Nacional até 1982, quando se aposentou da política.

Athiê Jorge Coury faleceu em Santos, SP, no dia 01/12/1992.

Cronologia

  • 1904 - Em 01/08/1904, Athiê Jorge Coury nasce em Itu, SP.
  • 1927 - Athiê Jorge Coury se forma em economia no Colégio Mackenzie.
  • 1934 - 15/04/1934, Athiê Jorge Coury disputa sua última partida oficial como goleiro titular do Santos Futebol Clube.
  • 1945 - Aproveitando de seus conhecimentos econômicos, Athiê Jorge Coury torna-se presidente do Santos Futebol Clube.
  • 1948 - Athiê Jorge Coury se torna vereador da câmara de Santos.
  • 1950 - Athiê Jorge Coury se torna deputado estadual pelo Partido Social Progressista (PSP).
  • 1955 - 04/05/1955, o deputado Athiê Jorge Coury faz discurso proferido na 34ª Sessão Ordinária.
  • 1962 - O Santos Futebol Clube conquista o Mundial Interclubes.
  • 1968 - O Santos Futebol Clube conquista a Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais de 1968.
  • 1971 - Athiê Jorge Coury deixa o cargo de presidente do Santos Futebol Clube, dedicando-se a política.
  • 1982 - Athiê Jorge Coury se aposenta do Congresso Nacional e de todas as suas atividades como político.
  • 1992 - 01/12/1992, Athiê Jorge Coury morre em Santos, SP.
  • 2008 - 01/08/2008, o ex-presidente do Santos Marcelo Pirilo Teixeira realizou homenagem a Athiê Jorge Coury.

Fonte: Wikipédia

Waldir 59

WALDIR DE SOUZA
(88 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/11/2015)

Waldir de Souza, mais conhecido como Waldir 59, foi um cantor e compositor brasileiro. Foi integrante da Ala de Compositores da Portela a partir da década de 1950, tendo vencido vários carnavais na Escola em 1955, 1956, 1957, 1959 e 1965.

Seu pseudônimo se originou devido a ter três pessoas com o mesmo nome "Waldir" na Ala de Compositores da Portela, assim ficou conhecido como o Waldir que morava no número 59, em uma casa próxima à escola.

Trabalhou como ferroviário e também integrou a Ala de Compositores do Bloco Recreativo Embalo de Madureira a partir de 1963.

Waldir 59 era considerado o responsável por Clara Nunes e Paulinho da Viola terem integrado a Portela.

Participou do filme "Orfeu do Carnaval", sendo responsável por toda parte musical do samba. Era integrante da Velha-Guarda da Portela desde sua fundação no ano de 1970. Atuou como Diretor de Harmonia da Portela a partir do ano de 1973 e em 1990 foi premiado com o "Troféu O Dia" por sua atuação.

No ano de 1955 a Portela desfilou com samba-enredo de sua autoria em parceria com Candeia "Festas Juninas em Fevereiro", com o qual a escola classificou-se em 3º lugar no Grupo 1.

Em 1956 a Portela foi a Vice-campeã do Grupo 1 desfilando com o samba-enredo "Tesouros do Brasil, Riquezas do Brasil ou Gigante Pela Própria Natureza" (Waldir 59Candeia). Apesar do nome, um pouco grande, o samba-enredo logo após o desfile transformou-se em um clássico do gênero e ficou mais conhecido, em diversas gravações, por "Riquezas do Meu Brasil",  também, em outras tantas gravações de vários intérpretes, por "Riquezas do Brasil" e ainda por "Riquezas do Nosso Brasil". Ainda em 1956 compôs com Candeia o samba de terreiro "Vem Amenizar", apresentado pela primeira vez na Portelinha - primeira sede da escola.


Em 1957, compôs com Candeia e Picolino da Portela o samba-enredo "Legados de D. João VI", com o qual a Portela foi campeã. Neste mesmo ano foi lançado o disco "A Vitoriosa Escola de Samba da Portela", pela Gravadora Sinter, no qual foram incluídos os sambas "Legados de D. João VI" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela), "Despertar de um Gigante" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela) e "Riquezas do Brasil" que foi editado no disco como "Brasil Poderoso", aparecendo nas três composições, estranhamente, o nome de Picolino da Portela como parceiro de Candeia e Waldir 59, tendo como intérprete As Pastoras da Portela.

No ano de 1959, compôs com Casquinha, BubuCandeia e Picolino da Portela, o samba-enredo "Brasil, Panteão de Glórias", com o qual a escola voltou a ser campeã.

Em 1965, no aniversário dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro, compôs com Candeia "Histórias e Tradições do Rio Quatrocentão", com o qual a Portela se classificou em terceiro lugar no desfile daquele ano.

Em 1971 no LP "Quem Samba Fica... Adelzon Alves Mete Bronca e a Rapaziada do Samba dá o Recado", da gravadora Odeon, produzido por Adelzon Alves, o cantor Nadinho da Ilha interpretou "Lapa" (Waldir 59 e Ari Guarda).

Em 1974 no LP "História das Escolas de Samba - Portela", lançado pela gravadora Discos Marcus Pereira, foi incluído o samba-enredo "Brasil, Panteão de Glórias" (Waldir 59Candeia, Casquinha e Bubu da Portela), não aparecendo nesta gravação o nome de Picolino da Portela, sendo a faixa interpretada por Altair e Bubu da Portela.

Em 1977 o parceiro Candeia, no LP "Luz da Inspiração", da gravadora WEA, interpretou de autoria de ambos "Riquezas do Nosso Brasil".

Em 1978, Candeia no disco "Axé! Gente Amiga do Samba" incluiu "Vem Amenizar", outra parceria com Waldir 59, desta vez com participações especiais de Dona Ivone Lara e Chico Santana.

Em 1980 Martinho da Vila no LP "Samba Enredo", pela gravadora RCA Victor, interpretou "Legados de D. João VI" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela).


No ano de 1991, Waldir 59 ganhou o prêmio "Estandarte de Ouro", do jornal O Globo, na categoria "Personalidade do Carnaval".

No ano de 2002 Zeca Pagodinho, no disco "Deixa a Vida me Levar", da Universal Music, regravou "Riqueza do Nosso Brasil" (Waldir 59 e Candeia), faixa na qual contou com a participação especial da Velha-Guarda da Portela.

Em 2008 foi lançado o filme "Eu Sou Povo", com direção de Bruno Barcellar, Regina Rocha e Luís Fernando Couto, documentário sobre a vida e obra de Candeia, no qual Waldir 59, ao lado de Carlos MonteJoão Batista M. Vargens, Teresa Cristina, Tantinho da Mangueira e Sérgio Cabral, prestou depoimento sobre o parceiro.

Em 2010 Cristina Buarque e Grupo Terreiro Grande no CD "Terreiro Grande e Cristina Buarque Cantam Candeia" regravaram "Brasil, Panteão de Glórias" (Waldir 59CandeiaCasquinha e Bubu da Portela), não aparecendo o nome de Picolino da Portela nesta gravação, e "Riquezas do Brasil" (Waldir 59 e Candeia). Neste mesmo ano participou do show "Samba do Ouvidor Visita as Escolas de Samba!", no Teatro Rival Petrobras, Rio de Janeiro, ao lado do também convidado especial Ledi Goulart, puxador oficial da Aprendizes de Lucas e da Unidos de Lucas na década de 1960. Ainda em 2010 concorreu com samba-enredo "Rio, Azul da Cor do Mar" (Waldir 59, PQD e Fernando Cabelo) para o carnaval da Portela, não se classificando para o desfile da escola para o ano de 2011.

No ano de 2012 os cineastas Anita Ekman e Alberto Bellezia deram início às filmagens do documentário "Waldir 59", contando sua vida e obra.

Em 2013, o show-palestra "Lapa em Três Tempos", acompanhado pela cantora Nina Wirtti, o bandolinista Luis Barcellos, o violonista Rafael Mallmith e o percussionista Sandro Carioca, em palco montado embaixo dos Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, em projeto realizado com patrocínio do Governo do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura, idealizado pela artista plástica Anita Ekman Simões em parceria com o músico Sérgio Krakowski. Neste mesmo ano era considerado o compositor mais antigo da Portela ainda vivo, quando o cantor e compositor Monarco o convidou para integrar a "Velha-Guarda Show" da escola. Ainda em 2013 fez show solo no Cordão da Bola Preta, também na Lapa.

Há anos, com a visão prejudicada por conta de cataratas nos dois olhos, o poeta nunca deixou de frequentar a quadra da escola. Participou este ano, como integrante de uma das parcerias, do concurso que escolheu o samba para 2016.

Morte

Waldir 59 morreu, na madrugada de quarta-feira, 25/11/2015, aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. De acordo com a escola de samba, ele foi atendido com problemas respiratórios no local, sendo liberado. Horas depois, teve uma piora, foi levado pela família de volta à UPA, e não resistiu.

Seu corpo foi velado, a partir das 15h00min, na antiga quadra da escola, a Portelinha, na Estrada do Portela, em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio de Janeiro. O enterro de Waldir 59 ocorreu às 10h00min da manhã de quinta-feira, 26/11/2015, no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro.

"Waldir era um bom letrista e excelente pesquisador. Estudava muito antes de fazer uma letra. Fez uns 10 sambas-enredo pra Portela, mas o de 57, na minha opinião, é o mais belo de todos. Waldir seguiu muito bem os ensinamentos de Paulo da Portela, que dizia que o sambista tinha que estar sempre bem arrumado. Ele sempre foi um portelense educado e elegante. Estava sempre muito bem vestido. Nunca apareceu na Portela vestindo short. Nunca vi o Waldir levantando a voz para ninguém!"
(Monarco, líder da Velha Guarda Show e presidente de honra da Portela)

Monarco acrescentou que Waldir chegou a se afastar por breve tempo da escola onde fez história. "Nos anos 80, ele se aborreceu na Portela e foi para Unidos da Tijuca. Ficou lá por pouco tempo, mas não aceitou escrever samba para disputar com a Portela. Logo voltou pra nossa escola", afirmou o presidente de honra portelense, que convidou Waldir 59 a integrar a "Velha Guarda Show" em 2013, para, segundo ele, reparar uma injustiça histórica da escola.

Indicação: Miguel Sampaio

Alfredo Halpern

ALFREDO HALPERN
(74 anos)
Médico e Professor

☼ São Paulo, SP (29/08/1941)
┼ São Paulo, SP (25/11/2015)

Alfredo Halpern nasceu na cidade de São Paulo, em 29/08/1941. Ele era médico e professor-livre docente da Faculdade de Medicina das Universidade de São Paulo (USP), e criador da "Dieta dos Pontos". Com este projeto ele se tornou um dos endocrinologistas mais respeitados do país.

Graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1966, na 49ª turma dessa prestigiada escola médica. Fez dois anos de residência em clínica médica (1967 e 1968) na 1ª Clínica Médica - no serviço do professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra e, em 1969, iniciou seu aprendizado específico de endocrinologia e metabologia, no grupo chefiado pelo professor Bernardo Leo Wajchenberg.

Ao mesmo tempo tornou-se assistente do pronto-socorro do Hospital das Clínicas, tendo permanecido neste posto até 1973, quando foi contratado pelo Departamento de Clínica Médica, onde permaneceu até sua morte.

Defendeu doutorado em 1973 com uma tese sobre os "Efeitos da Fenformina e do Álcool em Indivíduos Obesos Diabéticos e Não Diabéticos".

Tornou-se professor livre-docente em clínica médica no Departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo em 1986, com tese sobre "Imunoglobulinas Tireoativas no Bócio Endêmico".

Criou o grupo geral de endocrinologia em 1977 e o grupo de obesidade, agora chamado de grupo de obesidade e síndrome metabólica, em 1987. Era chefe desse grupo até o dia de sua morte. Criou também a disciplina "Obesidade" de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Foi orientador de pós-graduação da endocrinologia e metabologia, tendo tido a oportunidade de formar doutores e mestres há mais de 15 anos.

Publicou vários livros médicos, mais de 200 artigos médicos (nacionais e internacionais) e tem capítulos escritos em mais de 30 livros médicos.

Suas atividades básicas eram o ensino, o atendimento aos pacientes e pesquisas clínicas. Tinha papel destacado como comunicador de assuntos médicos para o público leigo, tendo tido centenas de aparições em jornais, revistas, televisão e internet.

Livros

É autor dos seguintes livros para leigos:
  • Entenda a Obesidade e Emagreça
  • Obesidade, Pontos Para o Gordo
  • Desta Vez Eu Emagreço
  • Magro Para Sempre, Abaixo o Regime
  • A Dieta Dos Pontos
  • Pontos Para a Garotada
  • A Nova Dieta dos Pontos
  • Estômago Possuído


A credibilidade lhe trouxe o convite para ser consultor do programa "Bem Estar" da TV Globo.

Morte

Alfredo Halpern morreu na quarta-feira, 25/11/2015, aos 74 anos, vítima de câncer. Há um ano ele lutava contra um câncer de pâncreas. 

Indicação: Miguel Sampaio

Lomanto Júnior

ANTÔNIO LOMANTO JÚNIOR
(90 anos)
Político

☼ Jequié, BA (29/11/1924)
┼ Salvador, BA (23/11/2015)

Antônio Lomanto Júnior foi um político brasileiro, governador da Bahia de 1963 a 1967. Filho do italiano Antonio Lomanto, mais conhecido como Tote Lomanto, e de Almerinda Miranda Lomanto, formou-se em odontologia em 1946, sendo o orador da turma. Sua verdadeira vocação sempre foi a política, que exerceu no meio acadêmico.

Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerceu a profissão, logo ingressando na política, primeiro como vereador.

Aliado ao governador Otávio Mangabeira, elegeu-se prefeito, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional, o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição, tendo presidido a Associação Brasileira dos Municípios.

Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual e novamente prefeito, até fazê-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962.

Em Jequié, BA, tem sua base eleitoral, fazendo do filho, Leur Lomanto, e do neto, Leur Lomanto Júnior, herdeiros desse legado.

Após o Regime Militar, sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na Aliança Renovadora Nacional (ARENA), passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, depois com a redemocratização integrando os quadros do Partido da Frente Liberal (PFL). Perdendo expressão estadual, voltou na década de 90 a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos.

Visita de Lomanto Júnior a John Kennedy, na Casa Branca, em 02/07/1963
Governo da Bahia

Tomando posse em 07/04/1963, Lomanto Júnior encontrou sérias dificuldades para efetuar alguma realização. A crise econômica do governo de João Goulart refletia nos estados mais pobres, e Lomanto Júnior reuniu os demais Governadores. Desta reunião resultou um documento que só foi entregue após a queda da democracia ante o Golpe de 1964.

A mudança do regime, e a subsequente adesão de Lomanto Júnior à ditadura que se instalava, proporcionou ao seu governo a concretização na Bahia de algumas obras de destaque, tais como a Estrada Federal conhecida por Rio-Bahia, ainda em 1963, a estrada Feira de Santana-Juazeiro, o Teatro Castro Alves e ampliação da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.

Cargos Públicos
  • 1947 a 1950 - Vereador (Jequié)
  • 1951 a 1955 - Prefeito (Jequié)
  • 1955 a 1959 - Deputado Estadual (Bahia)
  • 1959 a 1963 - Prefeito (Jequié)
  • 1963 a 1967 - Governador (Bahia)
  • 1971 a 1975 - Deputado Federal
  • 1975 a 1978 - Deputado Federal
  • 1979 a 1987 - Senador
  • 1993 a 1996 - Prefeito (Jequié)


Lomanto Júnior e a a neta Duda
Morte

Lomanto Júnior morreu em Salvador, na noite de segunda-feira, 23/11/2015, aos 90 anos. O ex-governador estava internado desde o dia 04/10/2015, no Hospital Português, onde faleceu vítima de insuficiência de múltiplos órgãos.

O velório será na terça-feira, 24/11/2015, no Palácio da Aclamação, em Salvador, BA, e na quarta-feira, 25/11/2015, na Catedral de Santo Antônio, em Jequié, no sudoeste da Bahia, cidade onde o político nasceu.

O sepultamento será ás 17h00min, no Cemitério São João Batista, também em Jequié.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha Veras

Sandra Moreyra

SANDRA MARIA MOREYRA
(61 anos)
Jornalista, Repórter, Apresentadora, Diretora de Programação e Editora

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/08/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2015)

Sandra Maria Moreyra foi uma jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro, em 28/08/1954, com o jornalismo correndo nas veias.

Era neta da jornalista Eugênia Moreyra e do poeta e escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Era mãe da também jornalista Cecília Moreyra. Foi casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

Começou no jornalismo em 1975. Após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do Jornal do Brasil, onde começou a carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

TV Globo

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da TV Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na TV Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, Sandra Moreyra deixou Minas Gerais e voltou para o Rio de Janeiro, se tornando uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana, passando a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa "Espaço Aberto Literatura".

Sandra Moreyra e Ricardo Boechat
40 Anos de Carreira

Com 40 anos de carreira, Sandra Moreyra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do Brasil. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia com o Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

"Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago!"
"Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: 'Puxa vida, cresci. Que bom!'"
(Sandra Moreyra relatou ao site Memória Globo)

Já trabalhou como repórter, apresentadora, diretora de programação e editora. Nos anos 2000, apresentou a coluna de gastronomia "Arte da Mesa", no Bom Dia Brasil.

Dentre seus trabalhos na televisão destaca-se o especial "1808 - A Corte no Brasil", uma série de reportagens sobre os 200 anos da mudança da corte portuguesa para o Brasil.

No cinema, Sandra Moreyra trabalhou como roteirista no documentário "70" (2013), da diretora Emília Silveira. O filme refere-se a um episódio ocorrido no auge da ditadura militar do Brasil, quando um grupo de 70 presos políticos foi libertado e banido do país, em troca da libertação do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado por guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Morte

Sandra Moreyra morreu na manhã de terça-feira, 10/11/2015, no Rio de Janeiro, aos 61 anos vítima de um câncer. O velório será na quarta-feira, 11/11/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

Sandra Moreyra tinha entre suas várias paixões o time Botafogo. Após a notícia da morte da jornalista, o clube carioca decretou luto de três dias. Na nota, eles manifestaram solidariedade aos familiares:

"Com profundo pesar e tristeza, o Botafogo lamenta o falecimento de Sandra Moreyra, aos 61 anos. A jornalista botafoguense morreu na tarde deste terça-feira no Hospital Samaritano, onde estava internada e lutava contra um câncer. Filha do botafoguense Sandro Moreyra, Sandra sempre demonstrava seu amor pelo Botafogo. Atualmente, era repórter da TV Globo, com 40 anos de experiência na profissão. O Botafogo decreta luto oficial de três dias e manifesta sua solidariedade a familiares e amigos neste momento tão triste e difícil."

Fonte: WikipédiaG1 e Ego