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Carybé

HECTOR JULIO PÁRIDE BERNABÓ
(86 anos)
Pintor, Gravurista, Desenhista, Ilustrador, Ceramista, Escultor, Muralista, Pesquisador, Historiador e Jornalista

* Lanús, Argentina (07/02/1911)
+ Salvador, BA (02/10/1997)

Carybé era argentino naturalizado e radicado no Brasil. Acreditava na força da miscigenação das Américas. Retratou a cultura do povo da Bahia como ninguém.

Nos dias 7 e 9 de fevereiro de 1911, nasce em Lanús, província de Buenos Aires, Hector Julio Paride Bernabó, que viria a se tornar conhecido como Carybé. Veio ao mundo no dia 7, mas este só foi informado oficialmente da chegada no dia 9, data que consta no seu registro. Talvez em virtude dos dois aniversários por ano tenha nascido sua índole festeira.

É o caçula dos 5 filhos de Enea Bernabó e Constantina Gonzales de Bernabó.

Enea, natural de Fivizzano, região da Toscana, Itália, tinha espírito aventureiro e correu o mundo. Começou suas andanças aos dezessete anos, quando foi para os Estados Unidos, e não parou mais. Andou muito até encontrar Constantina, jovem de origem brasileira residente em Posadas, Argentina. Casaram-se e recomeçaram as andanças. Tiveram 5 filhos: Arnaldo, nascido no Brasil, Zora e Delia, no Paraguai, Roberto e Hector, na Argentina.

E continuaram as andanças. Nem bem o pequeno Hector completava 6 meses e a família já se mudava para a Itália. Lá, aprendeu as primeiras letras. Viveram em Gênova até o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando se mudaram para Roma e onde ficaram até 1919. Mas a situação difícil do pós-guerra, aliada ao espírito andarilho, já fazia com que Enea, sonhasse novamente com a América, onde em pouco tempo a família desembarcava, desta vez na cidade do Rio de Janeiro.

Pierre Verger, Jorge Amado e Hector Carybé
Foi um começo difícil. Enea demorou a conseguir trabalho. Mas a esposa Constantina sabia muito e ia ensinando suas artes aos filhos, que ajudavam no sustento da casa. A primeira morada foi em Bonsucesso, trocada depois por outra na Rua Pedro Américo, no Catete. Foi nessa que deu-se uma mudança que marcaria para sempre a vida de Hector. Escoteiro do Clube de Regatas do Flamengo, sua tropa era caracterizada pelos apelidos de nomes de peixe: Hector escolheu se chamar Carybé, pequeno peixe amazônico, apelido que o acompanhou para o resto da vida.

Carybé começou a trabalhar cedo, numa farmácia do Rio de Janeiro. Depois, foi ajudante no atelier de cerâmica de seu irmão Arnaldo. Em 1928 ingressou na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, que cursou durante dois anos.

Em 1929 seu outro irmão, Roberto, conseguiu contratos para fazer as decorações de carnaval dos hotéis Glória e Copacabana Palace. Os três irmãos trabalharam duro, mas valeu a pena: estes contratos renderam a pequena fortuna de dezenove contos de réis e a decisão de Enea de retomarem as andanças, desta vez com destino à Argentina, onde chegaram a bordo do navio Blue Star.

E é assim, tardiamente, que, aos dezoito anos, Carybé vem a conhecer a terra onde nasceu.

A família chega à Argentina junto com a crise econômica mundial e não havia trabalho. A dificuldade fez os irmãos aceitarem qualquer serviço que se apresentasse. Por fim, ingressaram no jornalismo. Na época os jornais contratavam desenhistas para publicidade, charges e ilustrações, trabalho que Carybé desenvolveu paralelamente aos desenhos e pinturas que fazia para satisfação pessoal.

Foi nessa época que, a pedido de um amigo baiano, Josué de Barros, Carybé trabalhou como pandeirista de Carmem Miranda, quando esta se apresentava na Rádio Belgrano, em Buenos Aires. Trabalho que acaba durando três temporadas. Na quarta, Carmem Miranda chegou acompanhada do conjunto Bando da Lua, e dispensou seu pandeirista, dando mais uma contribuição, ainda que dessa vez inconsciente, à arte. Carybé só não fica mais triste porque, coincidentemente, os músicos eram seus velhos amigos, dos tempos da Rua Pedro Américo.

Em 1938, os irmãos Bernabó foram contratados por um novo jornal, El Pregón, onde Carybé consegue o trabalho dos seus sonhos: viajar o mundo, herdeiro que era do espírito andarilho do velho Enea. De cada porto visitado, deveria mandar desenhos e uma breve reportagem sobre suas impressões do lugar. Assim, Carybé conhece Montevidéu, Paranaguá, Santos e Rio de Janeiro. Daí, as cidades históricas de Minas. De volta ao mar, Vitória e, finalmente, Salvador da Bahia, onde o aguardava uma surpresa que ele descreve assim:

"Na posta restante não havia dinheiro, só uma carta de meus irmãos dizendo que o jornal tinha falido, que estavam tão duros quanto eu, que tivesse boa sorte...

E tive!

Voltava, depois de seis meses de gostoso miserê, com os desenhos e aquarelas de minha primeira exposição individual, e com a certeza de que meu lugar, como pintor, era na Bahia."

De volta à Argentina, fez sua primeira exposição conjunta, com o artista Clement Moreau, em 1939, no Museo Municipal de Bellas Artes, em Buenos Aires, onde também teve sua primeira exposição individual, na Galeria Nordiska Kompaniet.

Em 1941, faz as ilustrações do primeiro Calendário Esso, trabalho que lhe rende o dinheiro necessário para uma longa viagem: de barco, caminhão e trem, percorre Uruguai, Paraguai e Brasil. Na volta à Argentina, entra no país pela província de Salta, onde permanece.

Em 1944, faz sua terceira viagem à Bahia. Em Salvador, aprende capoeira com Mestre Bimba, frequenta candomblés (notadamente o de Joãozinho da Goméia), desenha e pinta.

Em 1945, realizou sua primeira exposição individual no Brasil, na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro.

Em 7 de maio de 1946, casou-se com Nancy Colina Bailey, em Tartagal, província de Salta, Argentina. Os recém casados seguiram em lua-de-mel para o Rio de Janeiro.

Em 6 de maio de 1947, nasceu o primeiro filho, Ramiro, em Buenos Aires. Trabalhou na série Conquista, de 1947 a 1949.

Em 1949, publicou Ajtuss, primeiro livro inteiramente escrito e ilustrado por Carybé.

No fim de dezembro de 1949, Carybé deixou a Argentina e veio ao Brasil. No Rio de Janeiro, recebeu do amigo Rubem Braga uma carta em que este pedia a Anísio Teixeira que lhe concedessem uma bolsa de trabalho na Bahia.

Em 01/01/1950 Carybé desembarcou em Salvador e desta vez para ficar.

Em 1951, expos na Secretaria de Educação da Bahia o resultado da bolsa de trabalho: a Coleção Recôncavo. No mesmo ano, ganhou a medalha de ouro da primeira Bienal Internacional de Livros e Artes Gráficas, pelas ilustrações do livro Bahia, Imagens da Terra e do Povo, de Odorico Tavares.

Em 1952, foi a São Paulo trabalhar no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto. Fez 1600 desenhos de cena (storyboard). Segundo consta, foi a primeira vez na história do cinema em que um filme foi desenhado cena por cena. Carybé foi diretor artístico do filme, tendo também participado dele como figurante.

Em 28 de agosto de 1953, nasceu sua filha Solange, em Salvador.

Em 1955, ganhou o primeiro Prêmio Nacional de Desenho, na III Bienal de São Paulo.

Em 1957, oficializa sua relação com o país que o acolheu, naturalizando-se brasileiro. No mesmo ano é confirmado Obá de Xangô do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, como Otun Onã Shokun e Iji Apógan na casa de Omolu.

Em 1958, viajou para São Paulo, para realizar o mural do Banco Português. Ainda em 1958, viaja com Nancy para Nova York, seguindo daí para o México, Guatemala, Panamá e Peru, chegando, em 1959, à Bolívia e à Argentina, onde Nancy permaneceu.

Em 1959, ganha o concurso internacional para escolher o artista que faria os grandes painéis do terminal da American Airlines no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. Em 1960, chegou àquela cidade para executar as obras.

Em 1961, foi homenageado com Sala Especial na VI Bienal de São Paulo. No mesmo ano, iniciou a série de crônicas e reportagens que publicaria no Jornal da Bahia até 1969, sob o pseudônimo Sorgo de Alepo. Publicou o álbum de desenhos Carybé, pela Coleção Mestres do Desenho.

Em 1962, fez exposição individual no Museu de Arte Moderna, em Salvador, e publicou o livro As Sete Portas da Bahia.

Em 1963, expõs no Nigerium Museum, em Lagos, e recebeu o título de Cidadão da Cidade do Salvador. Desenhou com índios, pássaros e bichos o mapa do Brasil que decorava os aviões Electra II, da Varig.

Ao longo dos anos 60, criou vários painéis, dentre os quais:
  • 1964 - Em concreto, fachada do Edifício Bráulio Xavier, na Praça Castro Alves, em Salvador (15X5m)
  •  1965 - Mural em concreto para a fábrica da Willys, em Recife, e Índios (óleo sobre madeira), para o Banerj, no Rio de Janeiro
  • 1967 - Mural em concreto para o Bradesco, na agência da Rua Chile, em Salvador, medindo 3X36m
  • 1968 - Os Orixás, série de painéis em madeira para o Banco da Bahia.

Em 1966, participou de exposições em Bagdá (patrocínio da Fundação Calouste Gulbekian) e Roma (coletiva no Palazzo Piero Cortona, realizada por Assis Chateaubriand). No mesmo ano publicou Olha o Boi.

Em 1967 recebeu o Prêmio Odorico Tavares como Melhor Plástico de 1967. Em 1968, o quadro Cavalos é oferecido à Rainha da Inglaterra como presente do Estado da Bahia, pelo governador Luiz Viana. No Palácio da Aclamação, Carybé e Nancy participaram da solenidade de entrega da obra, onde encontram-se com a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.

Em 1969 ilustrou Ninguém Escreve ao Coronel, livro de Gabriel Garcia Márquez, iniciando uma parceria que levaria todos os livros do autor publicados posteriormente no Brasil a serem ilustrados por Carybé. Ainda em 1969, viajou com Pierre Verger para o Benin, na África.

Em 1971, percorreu o Brasil com a exposição dos painéis Os Orixás (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza). No Rio de Janeiro, acompanhou os ensaios do bailarino russo Rudolf Nureyev, encontro que rendeu o álbum Nureyev. Ilustrou Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez.

Em 1972, pintou o mural Nordeste (Óleo sobre madeira - 3X13m), para o Banco do Nordeste do Brasil, em Salvador.

Participou, em 1973, da primeira Exposição de Belas Artes Brasil/Japão, em Tóquio, Atami, Osaka, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, sendo agraciado com a Medalha de Ouro. Ainda em 1973, criou o mural da Assembléia Legislativa da Bahia (Concreto - 11X16m). Participou da Sala Especial - Homenagem a Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho e Maria Martins, na XII Bienal de São Paulo.

Em 1974, publicou o álbum de xilogravuras Visitações da Bahia e, já em 1976, fez as ilustrações para o livro O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado.

Em 1977, entregou duas estátuas para o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro e venceu o III Concurso Nacional de Artes Plásticas da Caixa Econômica Federal. No mesmo ano, recebeu o diploma Honra ao Mérito Espiritual ao Obá de Xangô Onã Xokun do Culto Afro-Brasileiro Xangô das Pedrinhas, de Salvador.

Em 1978 criou, para o Banco do Estado da Bahia, o mural Fundação da Cidade de Salvador (Técnica mista - 4X18m) e ilustrou A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado.

Em 1979, fez o mural Oxossi, no Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro (Concreto 2,20X1,10m). Publicou Sete Lendas Africanas da Bahia, pasta com xilogravuras de sua autoria.

Em 8 de maio de 1981, viu mais de 15.000 pessoas comparecerem ao Largo do Pelourinho para comemorar seus 70 anos. Na ocasião, lançou o livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, fruto de 30 anos de pesquisas. Em junho de 1982, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, da Universidade Federal da Bahia. Publicou Uma Viagem Capixaba, com Rubem Braga.

Em abril de 1983, inaugurou a mostra Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, no The Caribbean Cultural Center, em Nova York. Desenhou cenários e figurinos para o Balé Gabriela, Cravo e Canela, apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1984, na Cidade do México, fez a exposição Semblanza de Dioses y Ritos Afrobrasileños, no Museo Nacional de Las Culturas. Realizou exposição individual no Philadelphia Arts Institute, nos Estados Unidos. Criou a escultura Homenagem à Mãe Baiana (Bronze - 3,30m), em Salvador. Moldou três murais para o Hotel da Bahia (Concreto - 108m2) e pintou outro para o Aeroporto Internacional de Salvador (Óleo sobre tela - 2,08X5m).

Em 1985, ilustrou o livro Lendas Africanas dos Orixás, de Pierre Verger e fez a cenografia e os figurinos da ópera La Bohème, encenada no Teatro Castro Alves, em Salvador. Em 1986, realizou a exposição Retrospectiva 1936/1986, no Núcleo de Arte do Desenbanco.

Em 1988, passou de Otun a Obá Onâ Xokun do terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá. Permaneceu em São Paulo entre março e outubro, fazendo os murais do Memorial da América Latina, cuja autoria divide com o amigo Poty Lazzarotto. São seis painéis, medindo 15x4m cada. Destes, executou três: Os Povos Africanos, Os Ibéricos e Os Libertadores.

Em 1989, fez uma mostra individual no Museu de Arte de São Paulo e lançou o livro Carybé, que abrange toda a sua obra até aquele momento, com edição e fotografias de Bruno Furrer, para a Odebrecht.

Em 1990 expõs os originais do livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro e no Memorial da América Latina, em São Paulo, em exposição conjunta com Pierre Verger.

Em 1992 participou da exposição Jorge Amado e as Artes Plásticas, no Museu de Arte da Bahia. No mesmo ano, viajou com Nancy para a Europa, onde fez uma exposição individual na Alemanha, no International Sommertheatre, no Festival de Hamburgo. Também foi a Paris, onde expõs 10 painéis dos Orixás no Centro Georges Pompidou, ainda em comemoração aos 80 anos de Jorge Amado. Ainda em 1992 tem o quadro São Sebastião adquirido pelos Musei Vaticani.

Em 1993, expõs pela terceira vez na Galeria de Arte do Casino Estoril, em Portugal. Em 1995, fez exposições de uma série de gravuras em diversas galerias, nas cidades de São Paulo, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu, Porto Alegre, Cuiabá, Goiânia, Fortaleza e Salvador.

Em 1996, desenhou vinhetas para a TV Educativa da Bahia - Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia. No mesmo ano viajou para a Espanha, onde realizou mostra individual na Casa de Galícia - Xunta de Galícia - Madri.

Em 1997, executou gradil e projeto de mural de concreto, ambos para o Museu de Arte Moderna da Bahia. Projeta o gradil da Praça da Piedade, em Salvador.

Em 02 de outubro de 1997, faleceu em Salvador vítima de problemas cardíacos. Certamente não por coincidência, no Terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá.

Fonte: Wikipédia

Cláudio Chakmati

CLÁUDIO CHAKMATI
(31 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (19/10/1965)
┼ Tailândia (09/02/1997)

Cláudio Chakmati foi um ator brasileiro, nascido em São Paulo, SP, no ano de 1965.

Cláudio Chakmati trabalhou em vários programas infantis da TV Cultura. No "Castelo Rá-Tim-Bum" (1994), foi o manipulador dos bonecos Mau e Porteiro. Além do "Castelo Rá-Tim-Bum"Cláudio Chakmati trabalhou nos programas "Bambalalão" (1981), "Rá-Tim-Bum" (1990) e "Telecurso 2000" (1994).

Cláudio Chakmati também participou da novela "Éramos Seis" (1994), no SBT e da série "Agente G" (1995), na Rede Record.

Cláudio Chakmati , Memélia de Carvalho e Fernando Gomes
Morte

Cláudio Chakmati vivia na ilha de Bali desde o fim de 1995, e na época suspeitou-se que o seu falecimento, devido a uma parada cardiorrespiratória durante uma visita à Tailândia, tivesse sido causado por uma overdose de heroína.

Fonte: Wikipédia

Walter George Durst

WALTER GEORGE DURST
(75 anos)
Cineasta, Escritor e Roteirista de TV e Cinema

* São Paulo, SP (15/06/1922)
+ São Paulo, SP (24/08/1997)

Walter George Durst nasceu em 15 de junho de 1922 em São Paulo. Figura bonita, claro, de estatura mediana, sempre de óculos, estava na Rádio Tupi, emissora associada, quando da chegada da TV Tupi. Estudioso de cinema, idealizador do tipo de teleteatro que a emissora implantou e que ali reinou por muitos anos.

Associou-se a Cassiano Gabus Mendes, que era o diretor artístico da televisão pioneira, Dionísio Azevedo, Silas Roberg, Álvaro de Moya, Lima Duarte e aquele grupo é que tornou-se responsável pela teledramaturgia da TV Tupi.

Walter Durst, sempre educado e de fala mansa, ao lado de Dionísio Azevedo principalmente, fazia as adaptações dos grandes textos universais. É assim que lançavam as grande peças. Eram espetáculos de duas a três horas de duração que iam ao ar a noite em domingos alternados.

Uma ousadia atrás da outra, dada o pouco tempo de ensaio e de espaço nos estúdios. Mas o publico entendeu a proposta e respondia com audiência total. O TV de Vanguarda era programa obrigatório do público no domingo a noite e ficou no ar por 16 anos consecutivos.

Mas Walter Duart, o intelectual, foi contratado pela Colgate-Palmolive e sob orientação de Glória Magadan adaptou dramalhões estrangeiros, o que resultou em muitas críticas contra ele. Walter Durst, nesta época, já era casado com a atriz Bárbara Fazio e o casal teve dois filhos: Ella e Walter.

Depois da TV Tupi, Durst esteve na TV Bandeirantes, onde dirigiu Cacilda Becker. Foi para a TV Cultura onde se destacou na criação do Teatro 2 e do núcleo de teledramaturgia. Ligou-se também ao cinema, que era sua paixão e escreveu e dirigiu alternadamente: Toda a Vida em Quinze Minutos, A Carrocinha, O Sobrado e Paixão de Gancho.

Na TV Tupi escreveu O Pequeno Mundo de Dom Camilo, Cleópatra, O Sorriso de Helena, Gutiervitos, o Drama dos Humildes, Teresa, O Cara Suja, Olhos Que Amei, A Outra, A Cor de Sua Pele, Um Rosto Perdido e Meu Filho, Minha Vida.

Por fim, foi para a TV Globo, já em meados de 1975. Estourou, ao assinar as novelas: Gabriela e Mina, que lhe valeram dois prêmios APCA, seguidos, como o Melhor Autor de Novelas.

Escreveu em seguida O Homem Que Veio do Céu, Carga Pesada, Obrigado Doutor, Terras do Sem Fim e Anarquistas.

Foi para a TV Manchete e escreveu Tocaia Grande e no SBT escreveu Os Ossos do Barão.

Walter George Durst foi vitimado por um Câncer e faleceu em 24 de agosto de 1997.

Escreveu e trabalhou até o último dia de sua vida. Walter George Durst teve duas imensas paixões na vida: a teledramaturgia e a esposa Bárbara, que a seu lado esteve até os instantes finais. Morria ali um dos mais importantes personagens da televisão brasileira.

Fonte: Museu da TV

Vicente Matheus

VICENTE MATHEUS BATHE
(88 anos)
Empresário

* Zamora, Espanha (28/05/1908)
+ São Paulo, SP (08/02/1997)

Foi um empresário espanhol naturalizado brasileiro que atuava na área da construção civil pesada, mineração de pedreiras (extração de pedras e areia para construção civil).

Tornou-se nacionalmente conhecido como presidente do Corinthians por oito mandatos, sendo eleito pela primeira vez em 1959, além de ter logrado a eleição de sua esposa, Marlene Matheus, para sucedê-lo.

Era considerado um dirigente à moda antiga, que usava recursos próprios para financiar projetos do clube. Era uma figura folclórica que produzia máximas (alguns dizem que propositadamente) carregadas de incorreções e divertiam amigos e desafetos.

Sua primeira esposa, Ruth Pereira Matheus, filha de um grande desenvolvista do bairro de Guaianases se encontra sepultada no Cemitério do Lajeado, no mesmo bairro.

Vicente Matheus e sua primeira esposa tiveram duas filhas, Abigail Matheus e Dalva Matheus.

Faleceu vítima de Câncer após 14 dias internado e foi sepultado no Cemitério da Quarta Parada em São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Mário Henrique Simonsen

MÁRIO HENRIQUE SIMONSEN
(61 anos)
Economista, Professor e Banqueiro

* Rio de Janeiro, RJ (19/02/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/02/1997)

Mário Henrique Simonsen foi Ministro da Fazenda do Brasil durante o governo de Ernesto Geisel, entre 16/03/1974 e 15/03/1979, e Ministro do Planejamento no governo João Baptista de Oliveira Figueiredo. Antes disso, havia sido presidente do Banco Central do Brasil no governo Castelo Branco, nos idos de 1960.

Engenheiro Civil formado pela antiga Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, destacou-se, porém, ao longo de sua carreira, como professor de economia da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a qual ajudou a fundar, a partir do Centro de Aperfeiçoamento de Economistas da mesma fundação. Era considerado brilhante por seus colegas. Suas aulas eram famosas pela baixa frequência de alunos, já que poucos conseguiam acompanhar seu ritmo de raciocínio. Dentre seus alunos, destacam-se Sérgio WerlangDaniel Valente DantasArmínio Fraga e Maria Silvia Bastos Marques.

Assumiu diversos postos de destaque no Governo Federal. Atuou também como sócio-consultor do banco de investimentos Banco Bozano, Simonsen e prestou consultoria para diversas empresas do setor financeiro nacional e internacional.

Segundo suas próprias palavras, ficou rico por acaso quando o amigo de infância Julio Bozano o convidou para ser sócio minoritário no Banco Bozano, Simonsen.

Vida

Mário Henrique Simonsen nasceu em família de classe média-alta da sociedade carioca. Era filho de Mário Simonsen, advogado, que também exerceu atividades financeiras, e de Carmem Roxo Simonsen, descendente da família Belford Roxo.

Devido às condições familiares favoráveis, Mário Henrique Simonsen pode desfrutar de boas escolas particulares do Rio de Janeiro, entre elas o Colégio Santo Inácio. Entretanto, Mário Henrique Simonsen não se destacou apenas por frequentar boas escolas, seu talento para o aprendizado sobressaiu desde criança.

No ginásio, manifestou curiosidade extraordinária sobre os assuntos mais complexos. Durante a adolescência, distinguiu-se dos demais colegas pelas boas notas em matemática, e mais tarde, no decurso de sua carreira, pelo autodidatismo.

Foi aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Marinha no Rio de Janeiro em 1955.

Em 1959, casou-se com Iluska Simonsen com quem aprendeu a apreciar o jogo de xadrez e com quem teve três filhos. Seu sobrinho, Carlos Ivan Simonsen Leal, se tornou também economista e atualmente é o presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Foi eleito economista do ano por duas vezes, em 1970 e 1995, prêmio concedido pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB).

Mário Henrique Simonsen era torcedor fanático do Club de Regatas Vasco da Gama e foi sócio do clube até o seu falecimento.

Carreira

Mário Henrique Simonsen era especialista em Macroeconomia. Em sua época de atuação profissional, muitas das preocupações envolviam temas como a inflação, nível de emprego e salários, contenção monetária, formação de expectativas dos agentes.

Alguns sustentam, portanto, que Mário Henrique Simonsen fora um dos principais nomes da corrente monetarista de Milton Friedman no Brasil. No entanto, a comparação reduz o raciocínio monetário de Mário Henrique Simonsen, que pode ser conferido em sua tese de Doutoramento: "Inflação: Gradualismo x Tratamento de Choque".

Em seus escritos, Mário Henrique Simonsen defendia sim o rigor monetário, mas o principal ponto que caracterizava os monetaristas, o controle do meio circulante de forma a doutrinar a formação de expectativas dos agentes, não era o ponto nevrálgico sustentado por Mário Henrique Simonsen. Enquanto que o raciocínio dos monetaristas estabelece que os agentes tomam como principal informação para a formação de expectativas a emissão dos agregados monetários, em seus escritos Mário Henrique Simonsen avocava que a formação de expectativas poderia se dar por uma série de outros motivos.

O economista brasileiro identificou as causas institucionais para a formação de expectativas inflacionárias no Brasil: A correção salarial implantada em 1964 com o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) e a correção monetária presentes em diversos títulos financeiros nas décadas de 1980 e 90 até os dias do controle do Plano Real.

Mário Henrique Simonsen foi um dos pioneiros na investigação do fenômeno que ele próprio denominava por realimentação inflacionária e o qual se convencionou chamar depois de inércia inflacionária. Entretanto, ele não abandonava a necessidade de também se corrigir a inflação por meio do controle fiscal e monetário. Dizia que o controle da inflação sustentava-se nos três elementos: equilíbrio fiscal, políticas de renda e reformulação da moeda.

Em sua carreira acadêmica, destacou-se como teórico das expectativas racionais. O argumento de Mário Henrique Simonsen baseava-se principalmente no ponto que sustentava uma inflação gerada por uma disputa onde cada agente tenta preservar o seu ganho real nos preços. A chamada estratégia maxmin. Tendo isso em consideração, pode-se afirmar que Mário Henrique Simonsen era adepto do gradualismo macroeconômico, de maneira que se houvesse a opção de arrefecer a economia causando mínimas perdas, essa seria a preferível. De todo modo, ele identificava que em muitos casos era inevitável se fugir de uma política de rendas mais distributiva, controlando o jogo inflacionário através do alinhamento dos agentes com a política macroeconômica adotada pelo governo.

Consultec

Além do lado acadêmico, destacava-se o lado do profissional prático do economista. No ínício de sua carreira foi convidado por Roberto Campos e Octávio Gouvêa Bulhões a fazer parte da empresa de consultoria de projetos Consultec. Lá destacou-se como excelente problem solver, vindo a ter atuação profissional de destaque, período importante para forjá-lo como economista.

Serviço Público

Durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici, de 1969 a 1974, exerceu a presidência do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que visava a educação de adultos na época em que a taxa de analfabetismo da população brasileira trespassava 20%.

O MOBRAL representou uma iniciativa de substituição do Método Paulo Freire, identificado com camadas de base e a esquerda, por algo mais próximo ideologicamente do Governo Militar. Obteve algum sucesso com a política de inserção educacional de adultos para a leitura. Durante sua vigência, não faltaram recursos para o projeto, conseguindo estar presente em todos os municípios do Brasil.

No entanto, a alfabetização de adultos é ponto de difícil correção e o sistema teve visível retrocesso nos anos 80.

Em seus ensaios para jornais e revistas, Mário Henrique Simonsen reservava espaço para dedicar-se ao problema educacional brasileiro, visto ainda hoje como um dos principais desafios para a promoção do desenvolvimento da força de trabalho brasileira.

Ministério da Fazenda

O destaque desempenhado na presidência do MOBRAL e seu sucesso inicial foram um dos fatores que levaram o presidente Ernesto Geisel a convidar Mário Henrique Simonsen para assumir a pasta do Ministério da Fazenda, função que exerceu durante todo o mandato do então presidente.

Apresentou-se nesse período a primeira, em outubro de 1973, e segunda crise do petróleo, em março de 1979. Durante sua gestão, com João Paulo dos Reis Velloso no Ministério do Planejamento, foi implementado o II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND). O plano visava dar seguimento ao processo de industrialização brasileiro no período mundial conturbado dos anos 70.

Nesse tempo, foi preciso administrar uma política de entrada de capitais com o fim de promover o desenvolvimento industrial da indústria de base e possibilitar uma economia mais ampla e diversificada, estruturada para a dimensão do país. O Brasil contraiu dívidas financiadas pelo dinheiro dos petrodólares.

Ministério do Planejamento

Em 1979, após a segunda crise, Mário Henrique Simonsen assumiu o Ministério do Planejamento, já no governo do general João Baptista de Oliveira Figueiredo.

Pediu exoneração do cargo após cinco meses, em um período revolto e de estagnação que se iniciava na América Latina. O presidente do Banco Central Norte-Americano, Paul Volcker, elevou a taxa de juros dos Estados Unidos, o que fez com que os empréstimos brasileiros atingissem proporções que levaram o Brasil recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) diversas vezes para tentar sanar o problema de insolvência, manejado pelo então Ministro da Fazenda Delfim Netto.

Em meio a informações e comentários que especulavam sobre seus desentendimentos com Delfim NettoMário Henrique Simonsen pediu exoneração do cargo. Esse episódio está documentado e possui relato do próprio Delfim Netto no livro de Depoimentos ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A posição de Mário Henrique Simonsen no ministério ajuda a compreender sua atuação como economista, profissional e acadêmico. Barbosa (1997, p. 127):

"A conclusão que se chega pela análise das principais contribuições acadêmicas de Simonsen é de que ele era um economista keynesiano. Em matéria de política econômica, qualquer análise de seu período como Ministro da Fazenda, no Governo Geisel, e como Ministro do Planejamento, no Governo Figueiredo, certamente mostrará que ele era um adepto da política de sintonia fina, e que ele preferia discricionarismo a regras, que também são duas características importantes de um economista keynesiano."

Ao lado de Eugênio GudinMário Henrique Simonsen é muito lembrado, por ser importante para a formação profissional e para o reconhecimento da ocupação de economista no Brasil. Incutiu na mentalidade dos economistas de sua geração, e de várias gerações posteriores, a consciência de que economia era uma carreira de mérito a ser seguida.

Curiosidades

Mário Henrique Simonsen dedicava-se também à Música Clássica, principalmente à ópera clássica. Seus conhecimentos na área formaram a base do capítulo de número cinco do livro "Ensaios Analíticos", em que ele discorre sobre vários assuntos de seu interesse ao longo da vida, tecendo considerações metodológicas acerca da economia.

Durante o Plebiscito de 1993 apoiou a Monarquia Parlamentarista, dando depoimento no horário eleitoral.

Mário Henrique Simonsen nunca tirou a carteira de habilitação (motorista) e era conhecido por ter um apetite pantagruélico, assim como o de ser fumante inveterado (fumava, inclusive, dentro da sala de aula, o que naquele tempo não era tão condenável como nos dias de hoje). O fumo foi a causa provável do câncer pulmonar que o levou à morte pouco antes de completar 62 anos.

Em entrevista à Revista Veja, em 1986, Mário Henrique Simonsen profetizava o caos urbano que se vê hoje no Rio de Janeiro:

"No dia em que eles descerem os morros do Rio, famintos e desnorteados, como soldados abandonados por seus generais, eles tomarão conta da cidade, da zona norte, sul e as classes médias e ricas serão prisioneiras de suas próprias avarezas e descuidos com os mais pobres. Será como um exército de centuriões romanos, de olhos arregalados, famélicos, entorpecidos e desesperados, tentando a última conquista antes da morte."

Morte

Em 1994, após realizar um exame de rotina, foi informado pelos médicos que tinha um tumor no pulmão que havia se espalhado pela cabeça. A partir do diagnóstico, começou a enfrentar uma rotina de internamentos, mas jamais perdeu o humor.

Após ficar quase três meses internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano, Mário Henrique Simonsen morreu de vítima de insuficiência respiratória no dia 09/02/1997, dez dias antes de completar 62 anos.

Chico Science

FRANCISCO DE ASSIS FRANÇA CALDAS BRANDÃO
(30 anos)
Cantor e Compositor

* Olinda, PE (13/03/1966)
+ Recife, PE (02/02/1997)

Francisco de Assis França Caldas Brandão, mais conhecido pela alcunha de Chico Science, foi um cantor e compositor brasileiro, nascido em Olinda, PE, no dia 13/03/1966. Foi um dos principais colaboradores do movimento Mangue Beat em meados da década de 1990.

Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: "Da Lama Ao Caos" e "Afrociberdelia", tendo sua carreira precocemente encerrada por um acidente de carro numa das vias que ligam Olinda ao Recife.

Seus dois álbuns foram incluídos na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da revista Rolling Stone, elaborada a partir de uma votação com 60 jornalistas, produtores e estudiosos de música brasileira.

"Da Lama ao Caos" na 13ª posição e "Afrociberdelia" em 18° lugar.

Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a "Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira", cujo resultado colocou Chico Science em 16ª lugar.

Carreira

Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 1980. No final da década integrou algumas bandas de música como Orla Orbe e Loustal, inspiradas na música soul, no ska, no funk e no hip hop. Suas principais influências musicais eram James Brown, Grandmaster Flash, Kurtis Blow entre outros artistas de destaque da soul music norte-americana.

A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Chico Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar no Recife e Olinda e iniciou o movimento Mangue Beat, com direito a manifesto ("Caranguejos Com Cérebro", de Fred 04, do Mundo Livre S/A).

Em 1993 uma rápida turnê por São Paulo e Belo Horizonte chamou a atenção da mídia. O primeiro disco, "Da Lama Ao Caos" teve boa receptividade da crítica e projetou a banda nacionalmente. O segundo, "Afrociberdelia", mais pop e eletrônico, confirmou a tendência inovadora de Chico Science e Nação Zumbi, que excursionaram pela Europa onde encontraram Os Paralamas do Sucesso e Estados Unidos onde tocaram juntamente com Gilberto Gil, onde fizeram sucesso de público e crítica.

Gilberto Gil considerava Chico Science, juntamente com o grupo baiano Olodum, como "O que surgiu de mais importante na música brasileira nos últimos vinte anos".

A Nação Zumbi lançou um CD duplo em 1998, depois da morte do líder Chico Science, com músicas novas e versões ao vivo remixadas por DJs.

A sua versão da canção "Maracatu Atômico" foi o clipe que encerrou as atividades da MTV Brasil, do grupo Abril, em 30/09/2013. A Ex-Vídeo Jocjey Cuca Lazzarotto, que assim como no primeiro clipe da emissora em 1990, foi quem apresentou o videoclipe.

Influências

Podem ser citadas como bandas relacionadas a Chico Science, as conterrâneas Mundo Livre S/A, Bonsucesso Samba Clube, as mais recentes Cordel do Fogo Encantado, Mombojó e Otto. Outras bandas influenciadas por Chico Science: Sepultura, mais especificamente o álbum "Roots", Cássia Eller, intérprete de músicas como "Corpo de Lama" e "Quando a Maré Encher", Fernanda Abreu, álbum "Raio X", e Arnaldo Antunes, álbum "O Silêncio", além da antiga parceira e ainda em atividade, a Nação Zumbi.

Morte

Chico Science morreu no final da tarde de domingo, dia 02/02/1997, em um acidente de automóvel quando dirigia seu carro de Recife a Olinda. Às 18h30, ele estava sozinho ao volante na estrada quando seu carro se chocou com um poste depois que um outro veículo teria fechado a passagem de seu Uno.

Chico Science ainda foi socorrido por um policial que estava passando num ônibus e o levou ao Hospital da Restauração, mas o jovem cantor e compositor não resistiu e chegou ao hospital morto.

O enterro aconteceu na segunda-feira, dia 03/02/1997, no Cemitério de Santo Amaro, localizado no Recife, PE. A família de Chico Science recebeu indenização de cerca de 10 milhões de reais da montadora Fiat, responsabilizada pela morte do cantor no acidente, devido a falhas no cinto de segurança do carro que dirigia e que poderia ter lhe poupado a vida.

Ano após ano, seu túmulo é visitado por fãs e admiradores da sua obra e de seu legado.

Discografia


  • 1994 - Da Lama Ao Caos
  • 1996 - Afrociberdelia


Fonte: Wikipédia

Antônio Callado

ANTÔNIO CARLOS CALLADO
(80 anos)
Jornalista, Romancista, Biógrafo e Dramaturgo

☼ Niterói, RJ (26/01/1917)
┼ Rio de Janeiro, RJ (28/01/1997)

Antônio Carlos Callado foi um jornalista, romancista, biógrafo e dramaturgo brasileiro. Antônio Callado, apesar de formado em Direito em 1939, nunca exerceu atividade na área jurídica.

Militou na imprensa diária no período entre 1937 a 1941, nos jornais cariocas O Globo e Correio da Manhã.

Em 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, transferiu-se para Londres onde trabalhou para a BBC até 1947. Depois da libertação de Paris, trabalhou no serviço brasileiro da Radiodiffusion Française.

Na Europa descobriu "sua tremenda fome de Brasil". Lia incansavelmente literatura brasileira e alimentava o desejo de, ao voltar, conhecer o interior do país. Na volta, satisfez esse desejo ao fazer grandes reportagens pelo Nordeste, Xingu, sobre Francisco Julião, Miguel Arraes e outras.

Atuou como redator-chefe do Correio da Manhã de 1954 a 1960, quando foi contratado pela Enciclopédia Britânica para chefiar a equipe que elaborou a primeira edição da Enciclopédia Barsa, publicada em 1963.

Redator do Jornal do Brasil, cobriu, em 1968, a Guerra do Vietnã.

Em 1974, deu aulas na Universidade de Cambridge na Grã-Bretanha, e Universidade de Columbia nos Estados Unidos.

Em 1975, quando trabalhava no Jornal do Brasil, deixou a rotina das redações para dedicar-se profissionalmente à literatura.


Antônio Callado estreou na literatura em 1951, mas sua produção na década de 1950 consistia basicamente em peças teatrais, todas encenadas com enorme sucesso de crítica e público. Mas a mais bem sucedida foi "Pedro Mico", dirigida por Paulo Francis, com o arquiteto Oscar Niemeyer em inusitada incursão pela cenografia, e Milton Moraes criando o papel-título. Foi transformada em filme estrelado por Pelé.

A produção de romances toma impulso nas décadas de 1960 e 1970, período em que surgem seus trabalhos mais importantes. Alinhado entre os intelectuais que se opunham ao Regime Militar, tendo por isso sido preso duas vezes, Antônio Callado revela em seus romances seu compromisso político, principalmente naquele que muitos consideram o romance mais engajado daquelas décadas, "Quarup".

Antônio Callado escrevia à mão e mantinha uma rotina de trabalho, com horário rígido para todas as atividades, que incluíam duas caminhadas por dia. Mandou fazer uma mesinha portátil que o acompanhava pela casa toda, permitindo-lhe escrever em qualquer lugar. Não discutia, nem comentava seu trabalho com ninguém, até que estivesse finalizado.

Recebeu várias condecorações e prêmios, no Brasil e no exterior.

Foi admitido na Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1994 e tornou-se o quarto ocupante da cadeira 8, em substituição a Austregésilo de Athayde, por várias décadas presidente da Academia.

Antônio Callado morreu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/01/1997, dois dias depois de completar 80 anos.

De seu casamento em 1943 com Jean Maxine Watson, inglesa, funcionária da BBC, teve três filhos, entre eles a atriz Tessy Callado.

Bibliografia


  • 1951 - O Fígado de Prometeu (Teatro)
  • 1953 - Esqueleto na Lagoa Verde (Reportagem)
  • 1954 - A Assunção de Salviano (Romance)
  • 1954 - A Cidade Assassinada (Teatro)
  • 1955 - Frankel (Teatro)
  • 1957 - A Madona de Cedro (Romance)
  • 1957 - Retrato de Portinari (Biografia)
  • 1957 - Pedro Mico (Teatro)
  • 1957 - Colar de Coral (Teatro)
  • 1960 - Os Industriais da Seca (Reportagem)
  • 1962 - O Tesouro de Chica da Silva (Teatro)
  • 1964 - Forró no Engenho Cananéia (Teatro)
  • 1965 - Tempo de Arraes (Reportagem)
  • 1967 - Quarup (Romance)
  • 1969 - Vietnã do Norte (Reportagem)
  • 1971 - Bar Don Juan (Romance)
  • 1976 - Reflexos do Baile (Romance)
  • 1981 - Sempreviva (Romance)
  • 1982 - A Expedição Montaigne (Romance)
  • 1983 - A Revolta da Cachaça (Teatro, Coletânea de 4 Peças)
  • 1985 - Entre o Deus e a Vasilha (Reportagem)
  • 1985 - Concerto Carioca (Romance)
  • 1989 - Memórias de Aldenham House (Romance)
  • 1993 - O Homem Cordial e Outras Histórias (Contos)
  • 2005 - Antonio Callado, Repórter (Reportagem)

Fonte: Wikipédia

Paulo Fortes

PAULO DE PAIVA FORTES
(73 anos)
Cantor Lírico e Ator

* Rio de Janeiro, RJ (07/02/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/01/1997)

Paulo de Paiva Fortes, nasceu em 7 de fevereiro de 1923, filho de Auto Barata Fortes e Zélia de Paiva Fortes, carioca da Rua do Riachuelo, bisneto de Cândido Barata Ribeiro, primeiro prefeito do Rio de Janeiro.

Estudou no Colégio São Bento e bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro (1948). Na Faculdade de Direito participou do Teatro Universitário, dirigido por Gerusa Camões. O José Torre o assistiu e o levou a estudar com Gabriella Besanzoni.

Em junho de 1945, Gabriella Besanzoni se despedia da carreira e o apresentava em um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e na Rádio Gazeta de São Paulo. Neste mesmo ano, em 5 de outubro, estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em La Traviata, sua estréia profissional.

Paulo Fortes estudou com Gabriella Besanzoni, Murillo de Carvalho, Pina Monaco e Flaminio Contini em Florença.

Foi o artista que mais vezes atuou no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Participou como ator em diversos filmes e na TV, fez vários recitais de câmara e gravou vários discos.

Promoveu a colocação da estátua de Carlos Gomes defronte ao Teatro Municipal, na Cinelândia. Foi professor da Escola de Canto Lírico Carmem Gomes, do Teatro Municipal.

Paulo Fortes faleceu em 09/01/1997 aos 73 anos.

Vagareza

HAMILTON AUGUSTO
(69 anos)
Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (1928)
+ São Paulo, SP (18/04/1997)

Humorista brasileiro de teatro, cinema e televisão de muito sucesso nos anos 50 e 60. Vagareza foi casado com a atriz e bailarina Siwa. O casal fundou em 1968 em São Paulo o Siwa Ballet. Nos anos 70 editou em São Paulo o Jornal do Ballet.

Televisão

Vagareza atuou numa das primeiras formações da "Escolinha do Professor Raimundo" fazendo um tipo que seria o embrião do Rolando Lero, o personagem interpretado por Rogério Cardoso na "Escolinha do Professor Raimundo" na década de 90.

Em fins dos anos 50, ele e a esposa fizeram shows em todo o país com enorme sucesso. No Recife, Hamilton recebeu o apelido de Vagareza por causa do bordão que ele dizia: "Comigo é na Vagareza". O apelido pegou, e ele tornou-se um dos principais nomes do humor no Brasil de então.

Siwa e Vagareza
Vagareza fez pouco cinema, apenas cinco filmes. "Eu Sou o Tal" (1959) de Victor Lima, do qual era protagonista, "Quanto Mais Samba Melhor" (1960) de Carlos Manga, "Mulheres e Espiões" (1961) também de Carlos Manga, e "Os Apavorados" (1962) de Ismar Porto. Essas duas últimas películas foram as últimas chanchadas da Atlântida em que ele atuou ao lado do genial Oscarito. Cogitava-se em fazer uma nova dupla cômica para o cinema nacional: Oscarito e Vagareza. Infelizmente o gênero estava desgastado.

Seu quinto e último filme foi "Crônicas da Cidade Amada" (1965) de Carlos Hugo Christensen, no episódio "Aventura Carioca", no qual viveu o malandro Passarinho contracenando com o jovem ator Cecil Thiré.

Nos anos de 1964 e 1965, ele atuou nos principais programas humorísticos da televisão brasileira: "Times Square" e "Noites Cariocas", ambos da TV Rio, ao lado de grandes comediantes da época como, Costinha, Chico Anysio, Paulo Celestino, Castrinho, Dorinha Duval, Hamilton Ferreira, entre outros.

Um dos últimos programas humorísticos em que atuou foi o "Que Graça!" nos idos de 1968 e 1969 também no Rio de Janeiro. A partir daí sua carreira declinou e ele foi para São Paulo onde abriu uma academia de dança com a esposa Siwa e a filha.

Vagareza e Oscarito
Teatro

Em 1952, entrou para companhia teatral de Juan Daniel, pai do ator e diretor da Rede Globo, Daniel Filho.

Walter Clark

WALTER CLARK BUENO
(60 anos)
Produtor e Executivo de TV

* São Paulo, SP (14/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/03/1997)


"Walter Clark teve grande participação na primeira década de crescimento da TV Globo. Sua criatividade e sua sensibilidade contribuíram bastante para o êxito então alcançado, pois ocupou posição de decisiva relevância na empresa. É uma lástima que desapareça tão prematuramente e todos nós, antigos companheiros, muito deploramos a sua morte"
Roberto Marinho Sobre a Morte de Walter Clark

Começo na Televisão

Walter Clark Bueno e sua irmã mais nova, Lilian Clarkera, eram filhos de Milton Nascimento Bueno, técnico em eletrônica, e de Lúcia Clark, dona de casa. A família morava em São Paulo, mas, quando Walter tinha seis anos, se mudou para o Rio de Janeiro. Com 16 de idade, começou a trabalhar na Rádio Tamoio, de Assis Chateaubriand, como auxiliar e secretário do radialista Luís Quirino. Mais tarde, foi contratado pela Agência Interamericana e passou a trabalhar em publicidade.

Em setembro de 1956, contratado pela TV Rio para o cargo de assessor comercial, iniciou sua carreira na televisão. Desempenhou diversas funções chegando ao cargo de principal executivo da antiga emissora, de onde só saiu quase dez anos mais tarde, em dezembro de 1965, para assumir a direção da TV Globo.

TV Globo

Contratado por Roberto Marinho, tornou-se primeiro diretor-executivo, depois diretor-geral da TV Globo com o objetivo de reestruturar o setor comercial e, sobretudo, reformular a programação. A TV Globo havia sido inaugurada oito meses antes, em abril de 1965. Até aquele momento, a emissora apresentava modestos pontos de audiência no Rio de Janeiro, ficando atrás da própria TV Rio, da TV Excelsior e da TV Tupi.

Já em fevereiro de 1966, foi iniciada a virada da TV Globo. Por determinação de Clark, a emissora interrompeu sua programação durante três dias para realizar a cobertura completa das enchentes que então atingiram a cidade do Rio de Janeiro. Graças a uma campanha de assistência à população desabrigada, batizada SOS Globo, a TV Globo, que já vinha apresentando sensíveis melhoras nos seus índices de audiência, ganhou definitivamente a simpatia do público carioca.

Em março de 1967, foi o responsável pela contratação de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para o cargo de Superintendente de Produção e Programação. Ele já haviam trabalhado junto na TV Rio. Boni o ajudaria a implantar o modelo de programação que levou a TV Globo ao posto de líder de audiência no país e, juntos, trouxeram para a emissora a noção de continuidade.

Foi deles a idéia de levar ao ar um programa jornalístico intercalado entre duas novelas, na faixa de programação considerada o horário nobre, o Jornal Nacional, que foi idealizado por Armando Nogueira, também convidado por Walter para ir para a TV Globo e que se tornou Diretor de Jornalismo após um mês na emissora.

Também foi obra dos executivos a estruturação do núcleo de novelas da TV Globo e a criação de diversos programas de grande sucesso, como o Fantástico (1973) e o Globo Repórter (1973), entre outros.

Walter privilegiou, ainda, a linha de shows da emissora, valorizando eventos como o Festival Internacional da Canção (1967), cujas edições eram transmitidas ao vivo do ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e criando programas como o Globo de Ouro (1966), baseado em "Astros do Disco", um antigo sucesso da TV Rio.

"Walter Clark foi um extraordinário profissional. Foi meu grande parceiro no sonho de fazer uma televisão brasileira de qualidade. Tentamos juntos na TV Rio. Eu tentei com o apoio de Cassiano Gabus Mendes no telecentro da TV Tupi. Depois o Walter me convidou para uma nova tentativa. Foi o Walter que me trouxe para a Globo. Com o Walter, o Joe Wallach e um grupo de excelentes profissionais conseguimos realizar boa parte do nosso objetivo. Sempre tive admiração pela capacidade do Walter em perceber o futuro da televisão como uma realidade muito próxima e correr para atingi-lo rapidamente"
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ao comentar a morte de Walter Clark

Saída da TV Globo

Walter deixou a TV Globo em maio de 1977 após a intervenção direta de Roberto Marinho, a época Diretor-Presidente das Organizações Globo e responsável pela contratação de Walter Clark.

O salário mensal de Walter foi estimado à época em 1,5 milhão de cruzeiros e, após sua saída, iniciou-se uma disputa interna entre José Ulises Arce (Superintendente de Comercialização), Joseph Wallach (Superintendente de Administração) e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que chefiava três setores vitais (Programação, Produção e Engenharia) para ocupar seu cargo na Direção-Geral da emissora.

Depois que a emissora passou a funcionar e atingiu uma posição de liderança, Clark tornou-se quase uma figura quase decorativa, atuando como Relações Públicas da empresa, fazendo apenas política. Se por um lado essa situação desagradava Clark, por outro lhe permitia um alto padrão de vida: adquiriu carros importados (um Mercedes e uma Ferrari), uma cobertura duplex na lagoa Rodrigo de Freitas (com 1 200 metros quadrados), uma lancha de 37 pés ("Cinderela" - que era considerada um imóvel, não um barco), uma casa em Angra dos Reis, com praia particular, outra casa em Itaipava. Em seu apartamento, encontravam-se móveis coloniais, poltronas modernas, porcelana chinesa, pequenas esculturas egípcias em ferro, budas autênticos, bichos javaneses, tapetes persas, elefantes em louça da índia. Nas paredes, quadros de Manabu Mabe, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, João Câmara Filho, Djanira da Motta e Silva, além de quatro reproduções de Victor Vasarely assinadas.

Entretanto o momento político do país exigia austeridade e os jornais estavam atentos como os gastos do governo com as mordomias, somado às constantes notícias de sua presença nos mais caros restaurantes e boates, desagradava Roberto Marinho, já incomodado com o prestígio e a popularidade de Clark, que, por seu trabalho tinha seu nome mais ligado à Rede Globo que o próprio proprietário.

Por esses e outros fatos (e algum folclore), nos seis meses anteriores a saída, tanto Roberto Marinho quanto Walter Clark já sabiam que o relacionamento profissional entre eles caminhava para um desenlace, oficializado na tarde do sábado, 28 de maio, por duas cartas com elogios mútuos, uma assinada por Walter Clark e outra por Roberto Marinho - e, comentava-se, escritas por uma mesma pessoa, Otto Lara Rezende, também diretor da Globo.

"Pedi para sair e, afinal, o Roberto concordou. Essa decisão já vinha sendo amadurecida há cerca de um ano. Nos últimos meses, os entendimentos começaram a ser estabelecidos no sentido de se estudar uma maneira pela qual eu pudesse ser dispensado da Globo. Finalmente agora tudo terminou da forma mais elegante possível para todos os lados, sem ressentimentos, sem rancores"
Walter Clark em entrevista a Zuenir Ventura, então chefe da redação de Revista Veja, ao ser questionado se pediu demissão ou foi demitido e o porque da saída.


Carreira no Cinema

Afastado da televisão, teve uma breve carreira como produtor de cinema, produzindo alguns clássicos como "Bye Bye Brasil" (1979), de Cacá Diegues, e "Eu Te Amo" (1980), de Arnaldo Jabor, cujas sequências foram filmadas no interior do apartamento do próprio Walter Clark.

Também tiveram sua produção – em associação com Luiz Carlos Barreto – os filmes "A Estrela Sobe" (1974), de Bruno Barreto, "Guerra Conjugal" (1975), de Joaquim Pedro de Andrade, e "O Crime do Zé Bigorna" (1977), de Anselmo Duarte e Lauro César Muniz.

Volta à Televisão

Voltou a trabalhar na televisão, em 1981, como diretor-geral da Rede Bandeirantes, cargo que ocuparia até o ano seguinte.

Em 1988, trabalhou novamente na TV Rio, e escreveu – com o jornalista Gabriel Priolli – sua autobiografia, "O Campeão de Audiência", publicada em 1991.

Entre 1991 e 1992, presidiu a Fundação Roquete Pinto, depois de ter sido vice-presidente do Clube de Regatas Flamengo.

Morte

Walter Clark morreu na madrugada de 24 de março de 1997 no seu apartamento que ficava na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro.

O corpo do empresário foi encontrado por volta das 9 horas da manhã pelos empregados, que estranharam o fato dele não ter pedido os jornais, como fazia todos os dias. Como ninguém respondeu, após os empregados bateram na porta do quarto, eles a arrombaram e encontraram o corpo do empresário na cama. Os bombeiros foram acionados e estes acionaram a Polícia Militar que aguardaram os peritos da Polícia Civil até o meio-dia, mas esta presença foi dispensada com a chegada do médico particular de Clark, o clínico geral Tanus Someson Tauksofreu.

O médico assinou o atestado de óbito, indicando que a morte ocorreu, provavelmente, por volta das 3 horas da madrugada, enquanto Walter dormia. Segundo o laudo, a causa da morte foi Insuficiência Cardíaca e Respiratória. O estado de saúde dele era bem delicado, em função da Hipertensão Arterial que já havia sido detectada há quatro anos.

Fonte: Wikipédia