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Batoré

IVANILDO GOMES NOGUEIRA
(61 anos)
Ator, Humorista, Jogador de Futebol, Apresentador e Político

☼ Serra Talhada, PE (17/04/1960)
┼ São Paulo, SP (10/01/2022)

Ivanildo Gomes Nogueira, mais conhecido como Batoré, foi um ator, humorista, apresentador e político nascido em Serra Talhada, PE, no dia 17/04/1960 e se mudou para São Paulo com os pais e os irmãos ainda criança.

Ivanildo foi vereador do município de Mauá, município localizado na Região Metropolitana de São Paulo.

Na juventude tentou ser jogador de futebol, atuando nas categorias de base como lateral-direito nos seguintes clubes: Santo André, São Paulo, Saad, Paulista e Ituano.

Em 1981, jogando por duas equipes, profissionalmente no Ituano e de forma amadora pelo GM de Santo André, Ivanildo teve o tornozelo fraturado por um companheiro de equipe durante um treinamento. Afastado do futebol, criou uma esquete que daria origem a seu personagem.

Batoré e Carlos Alberto
Suas primeiras aparições na televisão foram no programa "Show de Calouros", do apresentador Sílvio Santos no SBT, na década de 1980. Mas ele só se tornou conhecido ao integrar o elenco do programa "A Praça é Nossa", também do SBT, na década de 1990 com o personagem Batoré.

Junto com seu visual marcante, o personagem é lembrado até hoje por um de seus bordões mais conhecidos: "Ah, pára ô!", "Você pensa que é bonito ser feio?" e "Você é forgaaado!", e por citar em suas piadas, inúmeras vezes, a cidade de Mauá, na região do ABC Paulista, onde vivia. Além de contar piadas, Batoré usava o humor escrachado e zombava de sua própria feiura e pobreza.

Após 13 anos de SBT, foi demitido numa crise da emissora, como forma de contenção de gastos.

Depois do SBT, Ivanildo esteve no ar pela TV Jornal de Limeira, interior de São Paulo, com o programa "100 Protocolos". Devido à distancia do local do programa e a cidade de Mauá, por um acordo bi-lateral, o programa foi cancelado. O humorista também teve um programa de grande sucesso numa rádio de sua cidade, Mauá, chamado "Batoré No Pé D'ouvido".


No dia 05/10/2008, Ivanildo foi eleito vereador da cidade de Mauá pela coligação do Partido da República (PR) e Partido Progressista (PP) com 4 778 votos (2,16% do total de votos válidos), sendo o terceiro vereador mais votado.

Ivanildo foi reeleito em 2012 para mais um mandato ainda no Partido Progressista (PP) e logo depois mudou para o Partido Republicano Brasileiro (PRB). Com esta manobra, a justiça eleitoral considerou "infidelidade partidária" e o afastou de seu cargo de vereador.

Em 2011, apresentou um programa na Rede Brasil, também chamado "Batoré 100 Protocolos".

Em 2016, foi contratado pela TV Globo para a novela "Velho Chico" (2016), onde fez o papel do delegado Queiroz.

Em 2017, iniciou na apresentação do programa "Batoré 100 Protocolos" na TVR, TV Regional de Sorocabana, Canal 23 e 26 da NET.

Em 20/07/2019, retornou à "Praça é Nossa" depois de 15 anos afastado.

Morte

Ivanildo faleceu na segunda-feira, 10/01/2022, aos 61 anos, em São Paulo, SP, vítima de um câncer.

Ivanildo foi sepultado no Cemitério Municipal de Cabreúva, município da aglomeração urbana de Jundiaí, no Estado de São Paulo, onde também estão sepultados seu pai e irmão.

Carreira

Televisão
  • 1990-2003 e 2019 - A Praça é Nossa ... Batoré (SBT)
  • 2011 - Batoré 100 Protocolos ... Batoré (RBTV)
  • 2011 - Escolinha do Gugu ... Batoré (Record)
  • 2016 - Velho Chico ... Delegado Queiróz (Globo)
  • 2017 - Batoré 100 Protocolos Batoré ... Batpré (TVR - TV Regional Sorocaba)
  • 2018 - Treme Treme ... Batoré (Multishow)
  • 2019 - Cine Holliúdy ... Governador Pimpo (Globo)

Internet
  • 2019-2022 - Batoré Oficial ... Apresentador YouTube

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePArtiram #Batore

Paulo Gonçalves

PAULO GONÇALVES
(61 anos)
Ator e Dublador

☼ Belém, PA (04/08/1924)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/07/1986)

Paulo Gonçalves foi um ator e dublador nascido em Belém, PA, no dia 04/08/1924.


Paulo Gonçalves começou sua carreira como rádio-ator na Rádio Clube do Brasil. Posteriormente foi para a Rádio Cruzeiro do Sul.

Em 1949, foi para a Rádio Mayrink Veiga, aonde seguiu carreira.

Inicialmente, atuou em peças, como "Assim é o Teatro" (1949), produzido por Dimas Joseph, além de ter participado do programa teatral "Teatro das Três e Meia" (1953).

Paulo Gonçalves depois passou a se dedicar à televisão. Passou vinte anos trabalhando na TV Globo, e só se afastou nesse período por alguns meses. Teve rápida passagem no cinema e no teatro.

Na televisão, Paulo Gonçalves fez vários trabalhos. Começou na TV Globo em 1966 na novela "O Sheik de Agadir" e depois atuou em "Anastácia, a Mulher Sem Destino" (1967).

Em 1968 foi para a TV Rio aonde fez a novela "Acorrentados" (1968).

Em 1969 voltou para a TV Globo onde trabalhou em "A Ponte dos Suspiros" (1969), "Assim na Terra, Como no Céu" (1970), "Bandeira 2" (1971) e o seriado "Caso Especial", produzido e exibida pela TV Globo entre 10/09/1971 e 05/12/1995.

A vida artística de Paulo Gonçalves foi praticamente toda na TV Globo.

Em 1980 afastou-se da TV Globo e foi para a TV Bandeirantes, onde atuou em "Dulcinéa Vai à Guerra" . Voltou para a TV Globo no ano seguinte e atuou em "Terras do Sem Fim" (1981).

No cinema, participou de dois filmes, "Os Herdeiros" (1970) e "Quatro Rodas" (1982).

Paulo Gonçalves foi casado com a cantora do rádio Rosita Gonzalez, conhecida como "A Rainha do Bolero".

Morte

Paulo Gonçalves faleceu na terça-feira, 01/07/1986, aos 61 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de um câncer no pâncreas.

Paulo Gonçalves e sua esposa, a cantora Rosita Gonzales
Carreira

Televisão
  • 1966 - O Sheik de Agadir ... Luciano
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Tomé
  • 1969 - Acorrentados ... Frederico
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros ... Rei Candiano
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Leopoldo
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Tibúrcio
  • 1971 - Caso Especial Número 1
  • 1972 - Sombra de Suspeita
  • 1972 - Bandeira 2 ... Neneco
  • 1972 - O Bofe ... Padre Inocêncio
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Tobias
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Carlino
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Camilo
  • 1975 - Gabriela ... Maurício Caires
  • 1975 - O Grito ... Caio
  • 1976 - O Casarão ... Cardosão
  • 1977 - À Sombra dos Laranjais ... Alvarez
  • 1977 - Nina ... Arturo
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Nicanor
  • 1979 - Pai Herói ... Leôncio Souza
  • 1980 - Chega Mais ... Souza
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra ... Camilo
  • 1981 - Terras do Sem-Fim ... Padre Bento
  • 1982 - Elas Por Elas ... Sílvio Rozelli
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Gaspar Cantarelli
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Padre Inácio
  • 1986 - Selva de Pedra ... Nando Papi

Cinema
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1982 - Quatro Rodas

Fonte: WikipédiaDublanet 
#FamososQuePartiram #PauloGonçalves

Paulo Pagni

PAULO ANTÔNIO FIGUEIREDO PAGNI
(61 anos)
Baterista

☼ São Paulo, SP (01/06/1958)
┼ Salto, SP (22/06/2019)

Paulo Antônio Figueiredo Pagni, também conhecido como Paulo Pagni, foi um baterista, nascido em São Paulo, SP, no dia 01/06/1958.

Paulo Pagni foi um baterista integrante da banda RPM desde 1984. Também fez parte da formação do grupo P.R5, ex-banda de apoio do cantor Paulo Ricardo.

Filho único do farmacêutico Orestes Pagni e de Dona Aparecida, depois de estudar nos Estados Unidos, voltou ao Brasil e abriu o Planeta Gullis, um estúdio de ensaio para bandas.

Em 1984, foi convidado para integrar o RPMPaulo Pagni foi o último a entrar no RPM. A banda precisava de um baterista, pois sem baterista, não dava pra gravar. Luiz Schiavon lembrou-se então de Paulo Pagni, que havia conhecido quatro anos antes, em uma improvisada jam-session, os dois tocaram juntos umas 2 vezes.

Quando Luiz Schiavon ligou para Paulo Pagni ele nem lembrava mais dele e mesmo assim aceitou o convite de tocar. Era um músico experiente que havia passado algum tempo nos Estados Unidos e de volta ao Brasil montou um estúdio de ensaios, o Planeta Gullis.


Em janeiro de 1985, Paulo Pagni entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP. Em março de 1985, a banda voltou a fazer shows e foi em um destes shows, no Noite Carioca, que Ney Matogrosso se interessou pelos garotos que após uma conversa com Manoel Poladian resolveram que o Ney Matogrosso seria o diretor dos shows.

O sucesso, no entanto, causou uma superexposição da banda e os problemas internos começaram a aparecer. Em 1987, Deluqui e Paulo Pagni abandonaram a banda, retornando somente em março de 1988, quando foi lançado o álbum "Quatro Coiotes". Um ano depois, a banda anunciou novamente seu fim.

Em 1993, uma nova tentativa de retorno, sem a formação original, foi frustrada após o lançamento do fraco álbum "RPM".

Em 2002, Paulo Pagni voltou a trabalhar com os parceiros do RPM lançando o single "Vida Real", que foi tema de abertura do programa "Big Brother Brasil" da TV Globo. No final do mesmo ano teve início o trabalho com a MTV para lançamento de um especial do RPM com CD e DVD.

O álbum "MTV RPM 2002", foi gravado ao vivo no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, nos dias 26 e 27 de março 2002. O trabalho vendeu mais de 300 mil cópias do CD e 50 mil cópias do DVD. O ano de 2002 foi repleto de realizações.

RPM
Em 2003, após divergências entre os integrantes, o RPM novamente foi desfeito. Surge então a banda P.R5 que era formada por Paulo Ricardo junto com Paulo Pagni, Jax Molina, Juninho, Paulinho Pessoa e Yann Lao ex- Metrô.

Em 2004 foi lançado o trabalho "Zum Zum" que foi um fracasso de vendas.

Em dezembro de 2007 foi lançado o livro "Revelações Por Minuto", contando a história do RPM de autoria de Marcelo Leite de Moraes com fotos de Rui Mendes.

O tão esperado Box Comemorativo dos 25 anos do RPM foi lançado em julho de 2008, contendo os três CDs da banda, um CD de raridades e um DVD com o show "Rádio Pirata" de 1986 no Anhembi em São Paulo e gravações de programas como Chacrinha, Mixto Quente e Globo Repórter.


Em 2010, a TV Globo produziu o especial "Por Toda a Minha Vida" sobre o RPM. O programa apresentou a trajetória da banda do início até o fim em 1989. Com depoimentos dos próprios músicos e de pessoas ligadas à história da banda, o programa foi um estopim para um novo retorno.

No início de 2011, Paulo Ricardo e Luiz Schiavon já estavam compondo novas canções e ensaiando com Fernando Deluqui e Paulo Pagni. O show que marcou o retorno foi no encerramento da Virada Cultural em São Paulo, no dia 17/04/2011. O lançamento oficial da nova turnê da banda foi no dia 20/05/2011, no Credicard Hall, em São Paulo, apresentando as novas canções e os clássicos dos anos 80.

Já o lançamento do álbum "Elektra" foi no dia 18/11/2011, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. O novo trabalho, trazia um CD duplo com 12 canções inéditas, com destaque para "Dois Olhos Verdes", "Muito Tudo", "Ela é Demais (Pra Mim)" e a regravação de "Ninfa". O CD 2, é composto por sete, das doze canções inéditas, remixadas pelo DJ Joe K.

Morte

Internado em decorrência de uma fibrose pulmonar, no dia 02/06/2019, por causa de uma declaração errada do hospital a mídia nacional divulgou uma falsa morte do músico. Após mais de vinte dias internado, Paulo Pagni faleceu no sábado, 22/06/2019, às 08h40, aos 61 anos, em Salto, SP, vítima de insuficiência respiratória e broncopneumonia.

Paulo Pagni estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Camilo, em Salto, SP, desde 14/05/2019. Ele deu entrada na unidade com infecção pulmonar, apresentando dificuldade respiratória e estava recebendo ventilação por traqueostomia. Ele havia sido diagnosticado com fibrose pulmonar.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #PauloPagni

Isolda

ISOLDA BOURDOT
(61 anos)
Compositora e Cantora

☼ São Paulo, SP (09/01/1957)
┼ São Paulo, SP (16/12/2018)

Isolda foi uma compositora e cantora nascida em São Paulo, SP, no dia 09/01/1957. Uma de suas composições mais importantes e conhecidas foi gravada pelo cantor Roberto Carlos, a música "Outra Vez". Isolda era irmã do também cantor e compositor Milton Carlos, falecido em São Paulo, SP, no dia 21/10/1976, aos 21 anos, vítima de um acidente automobilístico.

Seu bisavô e avó maternos foram maestros e compositores. Desde criança, Isolda interessou-se por artes em geral. Sua aproximação com a música começou em brincadeiras com o irmão e futuro parceiro Milton Carlos, fazendo músicas e histórias para teatrinhos de boneca. Isolda queria ser jornalista mas, ainda na adolescência, começou a participar, juntamente com o irmão, de festivais de música pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Conhecida como "A Compositora do Rei", por ser a compositora de "Outra Vez", um dos maiores sucessos de Roberto Carlos, participou de vários festivais nos quais o irmão Milton Carlos interpretava músicas de autoria deles.

Em 1970, teve as primeiras composições lançadas pelo irmão que foi convidado a gravar um LP. Foram elas, "Desta Vez Te Perdi", "Tudo Parou", "Eu Vou Caminhar" e "Um Presente Para Ela".

Em 1971, Milton Carlos gravou "Um Presente Para Ela" e Marcos Roberto "Eu Jurei". A partir daí, passou a receber pedidos de músicas de outros cantores e cantoras.


Em 1972 teve cinco músicas gravadas por importantes nomes da música naquele momento: "Minha Musa 1910", com Os Incríveis, "Perto Tão Perto", por Nilton César, "Calça Lee", por Nalva Aguiar, "Dados Biográficos", por Antônio Marcos e "Pinte De Amarelo", por Sylvinha.

Em 1973 conheceu o primeiro grande sucesso quando Roberto Carlos ouviu, através do amigo comum Eduardo Araújo, a música "Amigos, Amigos", parceria de Isolda com Milton Carlos e resolveu gravá-la. No mesmo ano, Milton Carlos gravou "Samba Quadrado" e "Você Precisa Saber das Coisas", Joelma lançou "Errado Ou Certo"Antônio Marcos "Quando O Amor Muda De Casa"

Obteve novo sucesso em 1974 na voz de Roberto Carlos com a canção "Jogo de Damas". No ano seguinte, Milton Carlos gravou mais cinco composições suas: "Amanhã É Outro Dia", "Foi Ela Um Tema De Amor", "Eu Juro Que Te Morreria Minha", "Cantiga Nº 1" e "Tele-Rodovia". Ainda em 1974 teve nova canção gravada por Roberto Carlos, "Elas Por Elas", além de "Na Boca Do Povo", gravada por Wando.

Em 1976, teve mais duas composições gravadas com grande sucesso na voz de Roberto Carlos: "Um Jeito Estúpido De Te Amar" e "Pelo Avesso"Milton Carlos gravou "Um Acalanto", "Uma Valsa, Por Favor", "Último Samba-Canção", "Me Mata" e "Vexame". Ainda nesse ano, Angela Maria gravou "Nunca Mais" e Agnaldo Rayol, "Eu Levo Uma Cruz Na Corrente".

Seu maior sucesso veio em 1977, com a música "Outra Vez", que tomou lugar na galeria dos maiores hits da carreira de Roberto Carlos. Composta no mesmo ano da morte de Milton Carlos, foi a primeira em que fez sozinha letra e música. "Outra Vez" foi um grande sucesso no ano seguinte e recebeu regravações de Altemar Dutra, Simone, Emílio Santiago dentre outros, além de ser gravada no exterior por Pepino di Capri, Armando Manzanero e Ray Conniff. Nesse ano, mais seis de suas parcerias com Milton Carlos foram gravadas por ele em seu último disco, "Eu E Companhia", "Enredo", "Ana Cláudia", "Maria De Tal", "Feira De Artesanato" e "Saudade do Bexiga".


Em 1978, Ronnie Von gravou "Por Todas As Coisas" e "Cara e Coragem" e Roberto Carlos, "Tente Esquecer".

Em 1979, Isolda gravou um LP com as músicas "Boleríssimo", "Um Jeito Estúpido De Amar", "Você Precisa Saber Das Coisas", "Questão De Dias", "Não Faça Assim", "Outra Vez", "Confidências", "Apague A Luz", "Ilegal, Imoral Ou Engorda", "Dois Encontros Casuais", "Sem Desespero" e "Tente Esquecer".

Em 1981, Ronnie Von gravou "Seu Lugar"

Em 1982, teve nova música gravada por Roberto Carlos, "Como É Possível". Nesse ano, fez com Armando Mazanero as canções "Como Quiseres", "Preciso De Você", "Repartir", "Vontade Tenho", "Meu Problema", "Te Escrevo Uma Canção", "Se Duvidas Desse Amor" e "Se Existe Alguém", gravadas pelo próprio Armando Manzanero.

Em 1983, Nelson Gonçalves gravou "A Volta".

Em 1985, Roberto Carlos gravou "De Coração Pra Coração" e no ano seguinte, "Quando Vi Você Passar".

Em 1990, Manolo Otero gravou "Esqueço Tudo" e a cantora Joana, "Meu Jogo".

Em 1999, "Outra Vez" foi regravada por Maria Bethânia, Tânia Alves e Trovadores Urbanos.

Em 2001 foi a vez de Gal Costa e Sérgio Reis gravarem "Outra Vez".

Isolda e Roberto Carlos (Setembro / 2018)
Em 2003, foi relançado em CD um disco de Milton Carlos no qual ele canta "Jogo De Damas", "Um Acalanto", "Último Samba-Canção" e "Me Mata".

Com mais de 400 composições, lançou, em 2007, o livro "Você Também Faz Músicas", em que dá orientações a iniciantes, a partir de tudo que aprendeu durante os 20 anos de carreira. Os capítulos ensinam a compor, editar e registrar músicas. No mesmo ano, gravou o disco "Tudo Exatamente Assim". O disco saiu pelo selo Toca Disco, da própria compositora e conta com "Outra Vez", seu maior sucesso, "Graças A Deus" e "Um Jeito Estúpido De Amar", também sucesso na voz de Roberto Carlos.

Em 2008, sua composição "Outra Vez", que fora grande sucesso na interpretação de Roberto Carlos nos anos 1970, recebeu destaque ao integrar a trilha sonora do filme "Meu Nome Não É Johnny", lançado em circuito nacional, sendo interpretada pelo ator Selton Melo, no papel de João Guilherme Estrela. O filme, dirigido por Mauro Lima e produzido por Mariza Leão, recebeu grande acolhida da crítica, sendo apontado como grande campeão de bilheteria em todo o Brasil.

Em setembro de 2018, Isolda foi ao show de Roberto Carlos no Espaço das Américas e postou uma foto com o amigo.

Morte

Isolda faleceu na noite de domingo, 16/12/2018, aos 61 anos, vítima de um infarto. O corpo de Isolda foi velado e sepultado na terça-feira, 18/12/2018, no Cemitério São Pedro, Cemitério da Vila Alpina.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB, Veja e G1
#FamososQuePartiram #Isolda

Santa Dica

BENEDICTA CYPRIANO GOMES
(61 anos)
Figura Folclórica, Curandeira e Profetisa

☼ Fazenda Mozondó, a 40 km de Pirenópolis, GO (13/04/1909)
┼ Goiânia, GO (09/11/1970)

À mulher sempre foi destinado um papel social com valores visivelmente inferiores aos papéis desempenhados pelo homem. As mulheres possuem alguns relativos avanços, embora sejam, ainda, portadoras de uma bagagem construída à sombra do machismo e do patriarcalismo.

Sob essa égide, destaca-se a mítica figura de Santa Dica, mulher de vanguarda, a serviço do messianismo e do povo humilde de Goiás no início do século XX.

Benedicta Cypriano Gomes, a Dica, nasceu em 13/04/1909 na Fazenda Mozondó, a 40 km de Pirenópolis, no Estado de Goiás. Por volta dos 7 anos de idade, caiu gravemente enferma, chegando a ser considerada morta, pois não possuía os sinais vitais.

Durante a preparação do corpo para apresentação ao velório, familiares perceberam que Dica suava frio. Por receio de que fosse enterrada viva, o velório foi alongado, e o enterro suspenso. Muito choro contínuo e, após três longos e penosos dias, Dica ressurgiu da morte.

A residência de Santa Dica
Desperta do torpor mortal, a menina tornou-se possuidora de sabedorias secretas e de intimidades com o outro lado da vida, transformando-se em curandeira e, posteriormente, em profetisa. Seus feitos tinham a força de verdadeiros milagres.

A notícia correu pelos confins goianos e se espalhou pela região como isca de fogo em tempo de seca. Para os nativos, suas curas, profecias e milagres eram mesmo obra de Santa. Não tardaram a chegar fervorosos romeiros, gente roceira humilde, doentes desenganados, em busca das graças de Santa Dica.

De seus milagres à atuação política foi consequência natural. A mocinha Dica se indignava com a vida sofrida dos que estavam perto dela e, num ato de extrema lucidez política, comandou uma legião de oprimidos pelo sistema de governo, na tentativa de livrar seu povo que era massacrado, escravizado e sujeito às vontades oligárquicas das famílias endinheiradas patriarcais.

Seu chamado à luta deu-se pelas palavras da fé. Essa foi sua rebelião ao sistema. Santa Dica era acompanhada com fidelidade e devoção. Os sofridos vinham, se acampavam em torno de sua casa e, ali, foi nascendo um povoado.

Rio do Peixe, rebatizado por Santa Dica de Rio Jordão
De forma totalmente igualitária, a iluminada implantou um sistema comunitário de uso da terra e do dinheiro entre seu séquito. Para Dica, a terra era bem doado pelo Criador aos habitantes do planeta. Não conseguia entender cercas e arames farpados a impedir seu povo de desfrutar e cuidar do que era seu, por direito Divino.

Santa Dica possuía posses e não era pobre, mas o desejo de justiça e igualdade social eram temas recorrentes em suas pregações. Sua fazenda foi o primeiro cenário de compartilhamento de recursos, bens, oferendas e colheitas. Assim prosseguia, fazendo curas, milagres, rezando suas orações, ocupando lugar de Conselheira do pequeno povoado e pregando a valorização da mulher, a não violência, a justa distribuição de bens, e cultuando o coletivismo.

Com essas ações religiosas e de caráter político-social chegou a reunir uma legião de 15 mil almas, havendo em suas fileiras cerca de 1,5 mil homens trabalhadores acostumados com o uso das armas para suas atividades diárias de caça. Também estavam reunidos mais de 4 mil eleitores em torno dela. Essa soma foi o bastante para incomodar os coronéis goianos.


A fama de Santa Dica se alastrou, os fiéis se multiplicaram. Não demorou que percebessem que Santa Dica encarnava a reprodução do episódio de Canudos. Perigo certeiro, nas mãos de uma mulher forte de espírito e de corpo franzino. Dos latifúndios fugiam os subjugados, ditos "diqueiros". A imprensa local e do vizinho Estado de Minas Gerais, inclusive com atuação do clero, cobrava providências governamentais contra os "fanáticos".

Santa Dica foi além no empoderamento do feminino e na promoção de igualdade de gêneros e classes. Para reforçar sua liderança popular e política editou um jornal manuscrito: "A Estrela do Jordão Órgão dos Anjos, da Corte de Santa Dica". A líder criou em suas fileiras várias frentes, inclusive a de alfabetização, para que todos tivessem acesso aos documentos escritos.

E veio a represália. De um lado o exército "pé de palha", tática usada pela Iluminada para que seus seguidores aprendessem a marchar. De forma que era amarrada uma palha no pé esquerdo do seu soldado para acompanhar o ritmo direito-esquerdo peculiar das tropas.

Os adoradores da Santa Dica, armados, juravam protegê-la contra qualquer tentativa de prisão. As autoridades de Pirenópolis com a polícia municipal se declaram impotentes contra os diqueiros. Restou ao Governo Estadual, em março de 1925, mandar um destacamento, sitiar o local e prender Santa Dica. Um mínimo seria o suficiente para o massacre. Quando um tio de Dica atirou contra os policiais choveram projéteis de metralhadoras sobre as palhoças e o sítio de Dica.


Pela "boca do povo" diziam que as balas iam de encontro à Dica, enrolavam em seus cabelos, ou batiam em seu corpo, e caiam pelo chão. Tanto que houve apenas três mortes. Santa Dica ordenou a todos que atravessassem o rio Jordão, que passa por trás de sua casa, para fugir do massacre. Santa Dica foi resgatada por um de seus fiéis, puxada do rio pelos cabelos e acabou sendo presa. Dizem na tradição oral que Santa Dica neste episódio amarrou uma sucuri no poção, ao fundo de sua casa, para que os soldados não pudessem atravessar o rio. Até hoje a população de Lagolândia acredita e não nada naquele local com medo da sucuri da Santa Dica.

A Prisão de Santa Dica durou 6 meses. Pressionados pela população e sem provas criminatórias o governo acabou cedendo e liberou-a. A partir daí Santa Dica ingressou na política, seus seguidores votavam em quem ela mandasse. Formou exército e foi patenteada com a insígnia de cabo do Exército brasileiro. Comandava tropa de 400 homens, que ficaram sendo conhecidos como "pés com palha e pés sem palha", pelo motivo de que sendo a tropa integrada por analfabetos, confundiam esquerda com direita. Dica então usou o estratagema de amarrar um pedaço de palha em um dos pés para poder ensinar-lhes a marchar.

Guerra da Santa Dica

Cerca de 500 famílias, segundo uma série de depoimentos, viviam ao redor da Casa da Cura, onde Santa Dica vivia, na Lagoa, povoado às margens do Rio do Peixe, rebatizado por ela de Rio Jordão. Era o centro das festas do Divino e de São João, tradições do período colonial nos sertões goianos, promovidas por Santa Dica, que inovava com ritos e símbolos de uma nova religião. Autoridades começaram a questionar os riscos sanitários de um lugar sem condições para atender a população que chegava para as festas.

Diante das reações contrárias de padres e coronéis da região, Santa Dica colocou seu exército à disposição da oligarquia estadual de Totó Caiado, aliado do Palácio do Catete desde 1912, para engrossar, em 1924, a resistência à Coluna Prestes na cidade de Goiás, a 167 quilômetros de Pirenópolis. O Exército dos Anjos não chegou a enfrentar os tenentistas, mas voltou para o vilarejo da Lagoa mais influente.

Em reação, a Igreja Católica publicou em seus jornais que Santa Dica era "prostituta", "histérica" e "tresloucada". As romarias de sertanejos para vê-la tinham reduzido o número de devotos da Festa do Divino Pai Eterno, promovida pelos padres em Trindade.

O jornal Santuário de Trindade defendeu a destruição do reduto de Santa Dica: "Já se viu tamanha asneira! É o caso para a polícia intervir se não quiser uma repetição de Canudos!"

Outro periódico, O Democrata, bancado pelos coronéis, chamou Santa Dica de "Lenine do sexo diferente" e "Antônio Conselheiro de saias", acusando-a de charlatanismo e prática ilegal da medicina: "Canudos é de ontem, e nós sabemos o que foi Canudos!", advertiu o periódico.

Em 1928 casou com o jornalista carioca Mário Mendes, eleito prefeito de Pirenópolis em 1934, e tiveram cinco filhos e adotaram mais dois.

O exército dos "pés com palha e pés sem palha" participou da Revolução Constitucionalista de 1932 indo guerrear, com 150 homens, em São Paulo de onde voltou sem nenhuma baixa, resultado atribuído aos milagres da santa. Episódio famoso foi quando seu exército precisava passar pela ponte de Jaraguá, em São Paulo. A ponte estava minada e Santa Dica mandou que um de seu soldados a atravessasse de olhos vendados, fato concluído sem detonar nenhuma bomba. E assim foi com a tropa toda que vendados um a um transpuseram a ponte, que veio a ruir após passar o último soldado. Também teve Santa Dica enfrentado a Coluna Prestes. Com uma tropa de 400 homens impediu que a Coluna ingressasse no Triângulo Mineiro.

Morte

Santa Dica faleceu no dia 09/11/1970, em Goiânia, sendo sepultada, de acordo com seu desejo, debaixo da frondosa gameleira da sua casa em Lagolândia, distrito do município de Pirenópolis, no Estado de Goiás. A velha gameleira, que protegeu seu povo durante o ataque militar de 1925

Foi velada por sua legião por três dias, em ato de profundo amor e devoção à linda moça da Fazenda Mozondó, que foi guerreira e santa. Pilar na valorização dos direitos humanos em Goiás, na representação do feminismo e no empoderamento da mulher.

Lagolândia, hoje, é um povoado do município de Pirenópolis, GO, com algumas centenas de habitantes e muitas casas, que rodeiam uma bela praça onde o busto de Santa Dica lidera o espaço dividido entre bancos, flores, imagens de Nossa Senhora e o sepulcro sombreado da Santa. Em sua antiga casa descendentes mantêm um visitado altar dedicado à Santa e todo o povoado vive à sua memória.

Fonte: Xapuri SocioambientalEstadão e Projeto Foto Estrada
#FamososQuePartiram #SantaDica

Lourenço

LOURENÇO OLEGÁRIO DOS SANTOS FILHO
(61 anos)
Cantor e Compositor

☼ Recife, PE (17/11/1955)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/10/2017)

Lourenço Olegário dos Santos Filho, mais conhecido por Lourenço, foi um cantor e compositor brasileiro, nascido em Recife, PE, no dia 17/11/1955.

Aos 16 anos mudou-se com a família para o Estado do Rio de Janeiro. Inicialmente foi morar na cidade de Petrópolis, logo depois transferiu-se para o bairro de Bangú, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Lourenço integrou a Ala de Compositores da Tradição.

No início dos anos 80 passou a cantar em bailes na quadra da Portela.

Em 1982, quando conheceu a cantora Alcione, ela o convidou para ser integrante da Banda do Sol, no qual permaneceu por dez anos.

Em 1986, Alcione incluiu de sua autoria em parceria com o médico e compositor Franco, "Fruto e Raiz", composição que deu nome ao disco da cantora.

Em 1987, no LP "Ouro e Cobre", Alcione interpretou "Machucou", (Lourenço, Marley e Marques).

Em 1989, Dominguinhos do Estácio, no disco "Gosto de Festa", pela RGE, gravou "Apego" (Lourenço). Nesta música, o compositor fez uma participação especial.


Em 1990, em seu disco "Coisa Sentimental", Reinaldo interpretou "Gafieira" (Lourenço e Adilson Victor).

Em 1991, Almir Guineto, em seu disco "De Bem Com a Vida", pela RGE, gravou "Mulher, Sempre Mulher" (Lourenço, Carlos SennaAlmir Guineto, Teteu e J. Laureano).

Na década de 1990 vários grupos gravaram suas composições:

"Doidinha Por Meu Samba", "Mundo Lindo" (Molejo); 
"Armadilha" (Exaltasamba); 
"Maré Mansa" (Asa de Águia); 
"Mineirinho" (Só Pra Contrariar); 

Lourenço também se destacou no Carnaval, sendo autor de seis sambas da Escola de Samba Tradição, quatro deles de forma consecutiva no início dos anos 2000 ao lado de Adalto Magalha. Os mais famosos são "Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar" (1994), "Liberdade! Sou Negro, Raça e Tradição" (2000), puxado por Wantuir, e "O Homem do Baú - Hoje é Domingo, é Alegria, Vamos Sorrir e Cantar!" que homenageou Silvio Santos em 2001.


Lourenço também foi intérprete da Tradição em 2004, quando defendeu a reedição de "Contos de Areia", originalmente apresentado pela Portela em 1984.

Em 2002, outra vez em parceria com Adalto Magalha, a escola Tradição desfilou com o samba-enredo "Os Encantos da Costa do Sol". Neste mesmo ano, o grupo Pique Novo, no disco "Ao Vivo 10 Anos" (Sony Music) incluiu de sua autoria "Amor Oriental" (Lourenço e Ronaldo Barcellos).

Em 2003, compôs com Adalto Magalha o samba-enredo "O Brasil é Penta - R é 9 - o Fenômeno Iluminado", com o qual a Tradição desfilou no carnaval. Neste mesmo ano Ivete Sangalo interpretou de sua autoria "Sorte Grande" no CD "Clube Carnavalesco Inocentes em Progresso". A faixa ficou mais conhecida pelo nome "Poeira" e logo tornou-se um sucesso nacional, sempre cantada em diversos estádios de futebol, assim como em quase todas as emissoras de rádio e TV do país. A música bateu o recorde de em agosto de 2003 quando foi executada 310 vezes em apenas 12 horas.

Entre seus vários intérpretes está Elza Soares em "Mais Uma Vez" (Lourenço e Carlos Dafé) e ainda o grupo Molejo em "Mundo Lindo".

Lourenço participou em shows de bandas musicais, entre eles, Copa Sete, Chanell, Brasil Show e Banda Devaneios

Morte

Lourenço faleceu no domingo, 01/10/2017, aos 61 anos no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Lourenço faleceu vítima de insuficiência cardíaca após sofrer de pneumonia e anemia.

Ele deixa mulher, duas filhas e dois netos.

Lourenço foi velado na segunda-feira, 02/10/2017, na Capela 3 do Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e o sepultamento às 16h00.

Discografia

  • 1989 - Gosto de Festa (RGE, LP)

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #Lourenco

Wilson Simonal

WILSON SIMONAL DE CASTRO
(61 anos)
Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (26/02/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/06/2000)

Foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970 e de acordo com Luiz Carlos Miéle foi o maior cantor do Brasil.

Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.

Início da Carreira e o Sucesso

Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês.

Em 1961, foi crooner do conjunto de "Calipso Dry Boys", integrando também o conjunto "Os Guaranis". Apresentou-se no programa "Os Brotos Comandam", apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas "Drink" e "Top Club". Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da Bossa Nova.

De acordo com o jornalista Ruy Castro, "quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis".

Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.

De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV "Show em Si ...Monal", pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas "País Tropical" (Jorge Bem Jor), "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Meu Limão, Meu Limoeiro" e "Sá Marina" (Carlos Imperial), num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.

Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto, Jairzinho e do maestro Érlon Chaves.

Sequestro do Contador

No início da década de 1970, Simonal teria sido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, o suposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos (um deles seu segurança) militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nas dependências do DOPS. Este, afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.

Simonal conhecia os agentes do DOPS há dois anos, quando havia deposto, como suspeito, a respeito da presença de uma bandeira soviética no cenário de um de seus shows. O que ele não contava era que Viviani daria queixa do espancamento e, quando os jornais noticiaram o fato, os envolvidos foram obrigados a se explicar.

Relações com a Polícia, Política e Órgãos de Informação

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquele mesmo policial do DOPS do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que o apontou em julgamento como informante do DOPS. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atual Comando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.

Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, quando estava prestes a lançar o seu disco de retomada, condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, que cumpriu em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do DOPS. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referida a sua condição de colaborador do DOPS.

"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já que estávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam ser de segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de "cobertura", portanto pena de 5 anos e 4 meses para ele (...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso, seria condecorado, escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei".

O compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno 2 do Estadão, que Simonal era, de fato, "dedo duro" do regime militar e complementa: "Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele era dedo-duro mesmo. Ele se gabava de ser dedo-duro da ditadura (...) na frente de muitos amigos ele dizia 'eu entreguei muita gente boa' ", conclui.

No entanto, jamais houve registro de alguém que declarasse ter sido delatado por Simonal. Nem mesmo a Rede Globo, a qual Simonal jurava que havia um documento proibindo sua entrada nos programas da emissora, registra que haja documentos vetando o cantor.

Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no DOPS e teria assistido à sua tortura e não teria tido dó.

O humorista Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente data não apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal.

Discografia

1961 - Teresinha
1963 - Tem Algo Mais
1964 - A Nova Dimensão do Samba
1965 - Wilson Simonal
1966 - Vou Deixar Cair...
1967 - Wilson Simonal Ao Vivo
1967 - Alegria, Alegria
1968 - Alegria, Alegria - volume 2
1968 - Quem Não Tem Swing Morre Com a Boca Cheia de Formiga
1969 - Alegria, Alegria - volume 3
1969 - Cada Um Tem o Disco Que Merece
1969 - Homenagem à Graça, à Beleza, ao Charme e ao Veneno da Mulher Brasileira
1970 - Jóia
1970 - México 70
1972 - Se Dependesse de Mim
1973 - Olhaí, Balândro..é Bufo no Birrolho Grinza!
1974 - Dimensão 75
1975 - Ninguém Proíbe o Amor
1977 - A Vida é só Cantar
1979 - Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver
1981 - Wilson Simonal
1985 - Alegria Tropical
1991 - Os Sambas da Minha Terra
1995 - Brasil
1997 - Meus Momentos: Wilson Simonal
1998 - Bem Brasil - Estilo Simonal
2002 - De A a Z : Wilson Simonal
2003 - Alegria, Alegria
2003 - Se Todo Mundo Cantasse Seria Bem Mais Fácil Viver (Relançamento)
2004 - Rewind - Simonal Remix
2004 - Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)
2004 - Série Retratos: Wilson Simonal
2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei
2009 - Wilson Simonal - Um Sorriso Pra Você

Ostracismo e Morte

Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980. Segundo sua segunda mulher, Sandra Cerqueira, "Ele dizia para mim: "Eu não existo na história da música brasileira".

Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de Cirrose Hepática decorrente do alcoolismo.

Reabilitação

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.

Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.

Em 2009, foi lançada a biografia "Nem Vem Que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal". Nela seu autor, o jornalista Ricardo Alexandre, apresenta fatos que tentam levar o leitor a acreditar na inocência alegada por Simonal. A narrativa desenvolvida no livro sustenta que, para se inocentarem, os agentes do DOPS que torturaram o contador teriam improvisado uma farsa: Viviani seria um possível terrorista denunciado por Simonal. Para dar um ar de credibilidade à história, o cantor assinou documento em que se assumia acostumado a "cooperar com informações que levaram esta seção (DOPS) a desbaratar por diversas vezes movimentos subversivos no meio artístico".

Fonte: Wikipédia

Marilena Cury

MARILENA CURY
(61 anos)
Atriz, Jornalista e Promoter

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/02/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/05/2007)

Formada em comunicação, Marilena Cury estagiou na organização do 7º Festival Internacional da Canção. Depois, bateu à porta do então diretor Walter Clark, na TV Globo, para pedir trabalho.

Foi vista por Walter Avancini, que a chamou para participar da novela "Gabriela" (1975). Na televisão, participou também de "O Astro" (1977), da minissérie "Hilda Furacão" (1998) e fez sucesso com a personagem Lalume Abdala Adib, da novela "Sassaricando" (1987), que conquistou o público com seus palavrões pronunciados em árabe.

Marilena Cury fez fama também como promoter de algumas das melhores casas noturnas do Rio de Janeiro. Foi assessora de imprensa de artistas, como o humorista Agildo Ribeiro, com quem trabalhou por mais de 15 anos.

Seu último trabalho na TV foi uma participação no programa "Você Decide", em 1998.

Marilena Cury ficou internada no Hospital Cardiotrauma, em Ipanema, durante um mês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela morreu, aos 60 anos, no dia 13/05/2007, vítima de parada cardíaca.

Marilena Cury, Ricardo Amaral e Maitê Proença
Televisão

  • 1975 - Gabriela ... Mirta
  • 1977 - O Astro ... Nadja Hayalla
  • 1987 - Sassaricando ... Lalume Abdala Adib
  • 1990 - Araponga ... Emília
  • 1990 - La Mamma ... Canifa
  • 1998 - Hilda Furacão ... Alice (Alição)


Fonte: Wikipédia

Célia Helena

CÉLIA CAMARGO SILVA
(61 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (13/03/1936)
+ São Paulo, SP (29/03/1997)

A atriz Célia Camargo Silva, mais conhecida como Célia Helena, aos 16 anos, fez o curso de formação de intérpretes no Centro de Estudos Cinematográficos de São Paulo, onde conheceu Ruggero Jacobbi e José Renato, entre outros.

Estreou no filme "Fatalidade", com direção de Jacques Marrete e, na seqüência, fez "Chamas no Cafezal", ambos em 1952, produzidos pela Cia. Cinematográfica Vera Cruz.

No ano seguinte, Célia Helena estreou no teatro ao lado de Cacilda Becker e Paulo Autran, na comédia "Inimigos Íntimos".

Com o fim da Vera Cruz, ela foi para o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e esteve presente nas principais montagens do grupo Oficina nos anos 60, como em "A Vida Impressa em Dólar" e "Pequenos Burgueses" – onde, interpretando Tatiana, arrebatou todos os prêmios de melhor atriz de 1963. Lá, conheceu e casou com Raul Cortez, com quem teve a filha Lígia.

Ao longo da carreira recebeu prêmios como o de melhor atriz coadjuvante em "O Balcão", de Jean Genet e o prêmio Molière de melhor atriz de 76, por "Pano de Boca", de Fauzi Arap.

A partir de 1980 lançou-se a um projeto pessoal de amplas repercussões: a criação de um centro de educação teatral para jovens - a Teatro Escola Célia Helena, fundado em 1977 - que, a partir de 1983, passou a oferecer também um curso profissionalizante de formação de atores. As atividades junto à escola a mantiveram afastada dos palcos por um longo período.

Na televisão, Célia participou de algumas telenovelas de sucesso: "Vila do Arco" em 1976 na TV Tupi; "Brilhante", 1982; "Partido Alto", 1984; "Direito de Amar", 1987; e "Mandala", 1988, todas na Rede Globo e "Sabor de Mel" na TV Bandeirantes. Sua última participação foi num episódio do programa "Você Decide", Rede Globo, em 1995.

No dia 6 de março de 1997, internou-se no Hospital Albert Einstein para extrair, por meio de uma cirurgia, um câncer raro que ataca as paredes dos vasos sanguíneos. Célia Helena não resistiu à operação, entrou em coma e faleceu aos 61 anos, no sábado, 29.

Na ocasião da morte de Célia,sua filha Lígia Cortez, também atriz, registrou algumas palavras sobre a carreira de sua mãe:

"Célia Helena atriz conciliou um difícil paradoxo dos atores: ser público sem perder a privacidade, a generosidade e discrição. Admiro muito a forma como ela atuou na ditadura. Nunca foi a primeira da fila das passeatas. Apenas agia. E como. Ajudou de muitas formas muitos colegas. (...) Comecei com ela no Teatro Célia Helena, aliás, desconfio que ela fundou o teatro muito por minha causa. Sinto orgulho quando lembro que minha mãe valorizou o teatro na sua essência. Ela deu uma dimensão maior ao trabalho de atriz. Foi uma grande educadora. Ficamos Elisa (a filha que teve no seu casamento com o arquiteto Ruy Ohtake) e eu. Aprendemos sobretudo a beleza e a dignidade do trabalho profundo, pesquisador e quieto. Feito sem alarde, mas na sua essência revolucionário."

Célia Helena e Raul Cortez
Televisão

1995 - Você Decide (Episódio: O Grande Homem)
1987 - Mandala ... Ceres Silveira
1987 - Direito de Amar ... Violante
1985 - Jogo do Amor
1984 - Partido Alto ... Izildinha
1983 - Casal 80 ... Cida
1983 - Sabor de Mel ... Isolina
1982 - Campeão ... Ester
1981 - Brilhante ... Regina
1976 - Canção para Isabel ... Maria Carolina
1975 - Vila do Arco ... Severina
1972 - O Príncipe e o Mendigo
1971 - Quarenta Anos Depois
1971 - Pingo de Gente ... Marta
1971 - Editora Mayo, Bom Dia
1970 - Tilim ... Lavínia
1968 - O Décimo Mandamento

No Cinema

1982 - Das Tripas Coração
1975 - O Predileto
1973 - A Virgem
1973 - O Anjo Loiro
1971 - Cordélia, Cordélia
1954 - Chamas no Cafezal
1954 - Floradas na Serra
1953 - Fatalidade


Fonte: Wikipédia