Em 1957,
Tim Maia montou a banda
The Sputniks, junto com
Arlênio Lívio,
Wellington Oliveira e
Roberto Carlos. Após uma briga entre
Tim Maia e
Roberto Carlos, o grupo foi desfeito.
Wellington Oliveira desistiu da carreira musical e o único remanescente era
Arlênio Lívio, que no ano seguinte resolveu chamar
Erasmo e outros amigos da Tijuca,
Edson Trindade, que tocou violão no grupo
Tijucanos do Ritmo, em que
Tim Maia tocava bateria, e
José Roberto, conhecido como
China para formarem o grupo vocal
The Boys Of Rock.
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Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos |
Por sugestão de
Carlos Imperial o grupo passou a se chamar
The Snakes. O grupo acompanhava tanto
Roberto Carlos quanto
Tim Maia em seus respectivos shows.
Roberto Carlos precisava da letra para a canção "Hound Dog", sucesso na voz de
Elvis Presley, e
Arlênio Lívio apresentou
Erasmo a
Roberto Carlos, afirmando que
Erasmo teria a letra, pois era um grande fã de
Elvis Presley.
Roberto Carlos descobriu outras afinidades com
Erasmo. Além de
Elvis Presley, ambos gostavam de
Bob Nelson,
James Dean,
Marlon Brando,
Marilyn Monroe, e torciam para o Vasco da Gama.
Quando fazia parte do
The Snakes,
Tim Maia ensinou
Erasmo a tocar violão. O
The Snakes chegou a acompanhar o cantor
Cauby Peixoto em sua inusitada passagem pelo rock, na gravação de "Rock And Roll em Copacabana" de 1957 e no filme "Minha Sogra é da Polícia" (1958), em que
Cauby Peixoto interpretou a canção "That's Rock" composta por
Carlos Imperial.
Nos tempos da juventude também conheceu,
Jorge Ben Jor, na época conhecido como
Babulina, e
Wilson Simonal, que também foi agenciado por
Carlos Imperial.
Erasmo resolveu adotar o nome
Carlos no nome artístico em homenagem ao
Roberto Carlos e a
Carlos Imperial, e com esse nome lançou o compacto que seria de grande sucesso, com a música "O Terror dos Namorados", com a novidade do órgão Hammond de
Lafayette, que também era seu amigo e da Turma do Bar Divino na Tijuca.
Com a chegada da bossa nova,
Erasmo Carlos também se deixou influenciar pelo gênero.
Roberto Carlos chegou a se tornar crooner cantando bossa nova, bastante influenciado por
João Gilberto. Nesse período,
Erasmo Carlos compôs "Maria e o Samba", cantado por
Roberto Carlos na boate onde era crooner.
Antes de seguir carreira solo,
Erasmo Carlos fez parte da banda
Renato e Seus Blue Caps. Participou efetivamente junto com
Roberto Carlos e com
Wanderléa do programa "Jovem Guarda", onde tinha o apelido de
Tremendão, tentando se diferenciar de
Elvis Presley, por mais que este fosse seu ídolo. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba".
Em 1966,
Erasmo Carlos compôs com
Roberto Carlos o sambalanço "Toque o Balanço", gravado por
Elza Soares. Ainda em 1966,
Erasmo Carlos,
Eduardo Araújo e
Carlos Imperial foram acusados de corrupção de menores, sendo contudo inocentados.
Com o término do programa, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha. Nessa fase de transição fez sucesso cantando "Sentado à Beira do Caminho" e "Coqueiro Verde", primeiro samba-rock gravado por Erasmo Carlos. Roberto Carlos e Erasmo Carlos eram criticados por cantar e compor rock e de serem americanizados. Erasmo Carlos chegou a dividir uma apartamento no bairro do Brooklin em São Paulo com Jorge Ben Jor, apontado como um dos criadores do estilo.
O disco "Erasmo Carlos e os Tremendões" já é um trabalho transitório na carreira do artista. O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como "Saudosismo" (
Caetano Veloso) e "Aquarela do Brasil" (
Ary Barroso), lançada no filme "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", em que
Erasmo Carlos atua com
Roberto Carlos e
Wanderléa, e "Teletema" (
Antônio Adolfo e
Tibério Gaspar), canção originalmente interpretada por
Regininha, sucesso por ter sido tema da novela "Véu de Noiva" (1969) da TV Globo, além da primeira gravação de "Sentado à Beira do Caminho".
Na década de 1970, Erasmo Carlos assinou contrato com a Polydor. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança "Carlos, Erasmo" em 1971. O disco, que abre com "De Noite na Cama", escrita por Caetano Veloso especialmente para ele, traz um polêmica ode à maconha.
O existencialismo prossegue em seus outros LPs dos anos 70 como "Sonhos e Memórias" (1972), "Projeto Salva Terra" (1974) e "Banda dos Contentes" (1976). "Sou Uma Criança, Não Entendo Nada", "Cachaça Mecânica" e "Filho Único" são algumas canções de destaque no período. "Pelas Esquinas de Ipanema" (1978), inclui uma impactante canção que denuncia o descaso do homem com a ecologia: "Panorama Ecológico".
Erasmo Carlos participou dos filmes "Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora" (1971), de Roberto Farias e "Os Machões" (1972), dirigido por Reginaldo Faria, que também atuou no filme.
Em 1975 apareceu em show ao vivo no documentário "Ritmo Alucinante", registro do festival de rock Hollywood Rock, realizado no mesmo ano, no Rio de Janeiro.
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Erasmo Carlos e Roberto Carlos Homenageando Elvis Presley |
Anos 1980
Erasmo Carlos começou os anos 80 com um projeto ambicioso: "Erasmo Convida" foi um pioneiro projeto no Brasil. Foram doze canções interpretadas em dueto com artistas como
Nara Leão,
Maria Bethânia,
Gal Costa,
Wanderléa,
A Cor do Som,
As Frenéticas,
Gilberto Gil,
Rita Lee,
Tim Maia,
Jorge Ben Jor e
Caetano Veloso. A faixa de abertura do álbum foi a que teve maior destaque nas rádios, a regravação de "Sentado à Beira do Caminho", com a participação do parceiro
Roberto Carlos nos vocais.
Em 1981, o LP "Mulher" teve uma grande repercussão com as canções "Mulher (Sexo Frágil)", escrita em parceria com sua mulher, Narinha, "Pega na Mentira" e "Feminino Coração de Deus" (
Sérgio Sampaio).
O sucesso na mídia, que continuou com "Amar Pra Viver ou Morrer de Amor" (1982), trouxe uma cobrança para Erasmo Carlos: Assim como o parceiro Roberto Carlos (no auge do sucesso), ele deveria lançar um trabalho inédito todos os anos. "Lentinha, para tocar no rádio!", como disse Erasmo Carlos ao relembrar seus discos na época. Embora seja a década com mais lançamentos de trabalhos novos, Erasmo Carlos teve algumas ressalvas sobre os seus discos a partir da segunda metade da década - "Buraco Negro" (1984), "Erasmo Carlos" (1985), "Abra Seus Olhos" (1986) e "Apesar do Tempo Claro..." (1988). O disco de 1988 seria seu último na Polydor (Selo da Polygram, mais tarde Universal Music).
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que numa participação especial diminuta, no coro da versão brasileira de "We Are The World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África, ou "USA For Africa". O projeto "Nordeste Já" (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d'Água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi, no entanto, criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em 1989, ele fez o álbum ao vivo "Sou Uma Criança", com participações de Leo Jaime e dos grupos Kid Abelha e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, lançado pela pequena gravadora SBK.
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Erasmo Carlos e Roberto Carlos se emocionam no show de 50 anos de carreira de Roberto Carlos |
Anos 1990
Nos anos 90, o trabalho de
Erasmo Carlos apareceu de forma bissexta na canção. Além de sempre assinar com
Roberto Carlos as canções feitas para seus discos anuais, ele lançou dois discos. "Homem de Rua", lançado pela Sony Music em 1992, chegou a ter repercussão com a faixa-título, que fez parte da trilha da telenovela "De Corpo e Alma" (1992), mas a canção era tema do personagem
Bira de
Guilherme de Pádua, que, ao lado da esposa
Paula Thomaz, assassinou a atriz
Daniella Perez, filha da autora da novela
Glória Perez. Por conta desse acontecimento,
Erasmo Carlos em respeito a atriz, nunca mais cantou essa música. Outra gravação de destaque foi "A Carta", na qual
Erasmo Carlos cantou com
Renato Russo.
Em 1995, Erasmo Carlos voltou a ter destaque nas comemorações dos trinta anos da Jovem Guarda, que rendeu discos e shows.
Em 26/12/1995, sua ex-esposa Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves, a Narinha morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória, aos 49 anos, depois de ingerir cianeto. Narinha tinha uma ponte de safena e havia tentado o suicídio duas vezes. A primeira, com um tiro, e outra, ao ingerir uma alta dose de tranquilizantes. Narinha era paisagista e morava sozinha num apartamento em São Conrado, no Rio de Janeiro. O casal estava divorciado havia 4 anos, depois de um casamento de 13 anos.
Em 1996, gravou o álbum "É Preciso Saber Viver", com regravações de canções de seu repertório. O destaque foi para "Do Fundo do Meu Coração", dueto com Adriana Calcanhotto.
Somente em 2001, Erasmo Carlos voltaria a lançar um disco novo. "Pra Falar de Amor" traz interpretações dele para canções apenas suas, além de canções de Kiko Zambianchi e Marcelo Camelo. O destaque é "Mais um na Multidão", dueto com Marisa Monte e de autoria de Erasmo Carlos, Marisa Monte e Carlinhos Brown.
Em 2002, lançou seu primeiro DVD ao vivo, além de um CD duplo.
No início de 2004,
Erasmo Carlos lançou seu trabalho mais autoral intitulado "Santa Música", com doze canções de autoria apenas sua. Além da faixa-título, destaca-se a faixa "Tim", feita em homenagem a
Tim Maia. Em 05/02/2004, sua mãe,
Maria Diva Esteves, faleceu aos 83 anos devido a complicações de diabetes e isquemia.
Em 2007, Erasmo Carlos novamente lançou um disco no qual recebe convidados. "Erasmo Convida, Volume II" apresenta novos encontros musicais em que Erasmo Carlos interpreta parcerias dele com Roberto Carlos. Adriana Calcanhotto, Lulu Santos, Simone, Marisa Monte, Milton Nascimento e as bandas Skank e Los Hermanos estão entre os convidados. A faixa de maior destaque nas rádios foi "Olha", cantada com Chico Buarque, e tema da novela "Paraíso Tropical" (2007), da TV Globo. Também em 2007, Erasmo Carlos compôs a faixa de abertura de "SóNós", o segundo disco-solo da vocalista do Kid Abelha, Paula Toller.
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Erasmo e a mulher, Fernanda |
No dia 05/06/2009, no dia em que completou 68 anos,
Erasmo Carlos lançou, pela sua gravadora Coqueiro Verde, o CD "Rock'n Roll", uma homenagem ao gênero que mais o influenciou, com doze composições próprias, sendo sete em parceria:
Nando Reis em "Um Beijo é Um Tiro" e "Mar Vermelho",
Nelson Motta em "Chuva Ácida" e "Noturno Carioca",
Chico Amaral em "Noite Perfeita" e "A Guitarra é Uma Mulher", e a dupla
Liminha e
Patrícia Travassos em "Celebridade". Destaque também para "Olhar de Mangá", na qual
Erasmo Carlos cita nomes de 52 personalidades femininas. A canção é inspirada nas expressões faciais usadas nos quadrinhos japoneses, os chamados Mangás. No mesmo ano, publicou a autobiografia "Minha Fama de Mau" publicada pela Editora Objetiva. O livro seria adaptado em um filme homônimo em 2019, com
Erasmo Carlos interpretado por
Chay Suede.
Em 2010, Erasmo Carlos compôs, em parceira com Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle, um samba enredo para a Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, que anunciou um enredo sobre Roberto Carlos para 2011. Porém, o samba composto por Erasmo Carlos não passou nas eliminatórias. A canção escolhida foi "A Simplicidade de um Rei", que tem como um dos co-autores, Jr Beija-Flor, filho do intérprete da Beija-Flor, Neguinho da Beija-Flor.
Em agosto de 2011, Erasmo Carlos lançou um novo disco intitulado "Sexo".
Em 2013, a faixa "Além do Horizonte" foi tema da novela homônima da TV Globo.
Em 2014, foi lançado "Gigante Gentil", seu terceiro disco consecutivo só com músicas inéditas. O disco venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro. Em 14/05/2014, seu filho
Alexandre Pessoal, também cantor e compositor, morreu aos 40 anos de idade, vítima de morte cerebral causada por um acidente de moto em 07/05/2014.
Alexandre Pessoal ficou em coma induzido, porém não resistiu ao tratamento e faleceu.
Em março de 2015, o deputado federal
Tiririca foi condenado a pagar uma indenização a
Erasmo Carlos e a
Roberto Carlos por parodiar a música "O Portão" nas eleições de 2014. Em junho do mesmo ano,
Erasmo Carlos lançou o DVD "Meus Lados B", só com músicas "Lado B" de seu repertório.
No dia 29/08/2018, Erasmo Carlos foi indicado ao Grammy Latino: Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação. No dia 13/11/2018, no Four Seasons Hotel, em Las Vegas, foi homenageado e então recebeu o prêmio, insigne de "à excelência musical". Ganhou também o Prêmio UBC em 09/10/2018, pela União Brasileira dos Compositores, como o Compositor Brasileiro do Ano. Foi feita também uma homenagem em forma de documentário, em que vários artistas atuais e clássicos compareceram, como Gilberto Gil, Ludmilla, dentre outros.
Seu álbum "...Amor é Isso" foi eleito o 10º melhor disco brasileiro de 2018 pela revista Rolling Stone Brasil, e um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2018 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
Em dezembro de 2019, lançou o EP "Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba...", dedicado a canções de samba, sambalanço e samba rock compostas ao longo de sua carreira.
Em 2020, assinou contrato com a Netflix, como ator protagonista no longa-metragem "Modo Avião", juntamente com Larissa Manoela.
Em fevereiro de 2021, lançou o álbum "O futuro Pertence à... Jovem Guarda" com oito canções dos anos 60.
Erasmo Carlos faleceu na terça-feira, 22/11/2022, aos 81 anos, no Rio de Janeiro, RJ, após ser internado no mesmo dia em no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
A causa da morte não foi divulgada até o momento. O que se sabe é que, ainda no início do mês de novembro de 2022, Erasmo Carlos teve alta depois de duas semanas internado no mesmo hospital por conta de uma Síndrome Edemigênica.
A Síndrome Edemigênica ocorre quando há um desequilíbrio nas forças bioquímicas do corpo que são responsáveis pelos líquidos dos vasos sanguíneos. Ou seja, a doença acontece quando existe um excesso de líquido preso nos tecidos do corpo. A Síndrome Edemigênica pode ser provocada pelo mau funcionamento dos rins, fígado ou coração.
Álbuns de Estúdio
- 1965 - A Pescaria
- 1966 - Você Me Acende
- 1967 - Erasmo Carlos
- 1967 - O Tremendão: Erasmo Carlos
- 1968 - Erasmo
- 1970 - Erasmo Carlos e os Tremendões
- 1971 - Carlos, Erasmo
- 1972 - Sonhos e Memórias
- 1974 - Projeto Salva Terra
- 1976 - Banda dos Contentes
- 1978 - Pelas Esquinas de Ipanema
- 1980 - Erasmo Convida
- 1981 - Mulher
- 1982 - Amar Pra Viver ou Morrer de Amor
- 1984 - Buraco Negro
- 1985 - Erasmo Carlos
- 1986 - Abra Seus Olhos
- 1988 - Apesar do Tempo Claro...
- 1992 - Homem de Rua
- 1996 - É Preciso Saber Viver
- 2001 - Pra Falar de Amor
- 2004 - Santa Música
- 2007 - Erasmo Convida, Volume II
- 2009 - Rock 'n' Roll
- 2011 - Sexo
- 2014 - Gigante Gentil
- 2018 - Amor é Isso
- 2019 - Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba...
- 2022 - O futuro pertence à... Jovem Guarda
Álbuns Ao vivo
- 1975 - Hollywood Rock (Dividido com Raul Seixas, O Peso, Rita Lee e Tutti Frutti)
- 1989 - Sou Uma Criança
- 2001 - Ao Vivo
- 2012 - 50 Anos de Estrada
- 2015 - Meus Lados B
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Wanderléa, Roberto Carlos e Erasmo Carlos |
Filmografia
- 1970 - Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa ... Ele mesmo
- 1971 - Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora ... Pedro Navalha
- 1972 - Os Machões ... Teleco (Vencedor do Troféu APCA Melhor Coadjuvante Masculino)
- 1984 - O Cavalinho Azul ... Cowboy
- 2018 - Paraíso Perdido ... José
- 2020 - Modo Avião ... Germano (Filme Original Netflix)
Fonte: Wikipédia
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