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Zarzur

ALBERTO ZARZUR
(45 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (22/12/1912)
+ São Paulo, SP (07/07/1958)

Alberto Zarzur atuou pelo Club de Regatas Vasco da Gama. Porém, antes, defendeu a equipe do São Paulo Futebol Clube, quando o clube chamava-se São Paulo da Floresta. Regressou ao São Paulo em 1942, já com o atual nome.

Grandalhão e líder, apoiava e destruía com impetuosidade, levantando a torcida e ganhando espaço nas colunas dos críticos mais exigentes, em especial aqueles que mais influenciavam na formação de escretes nacionais da época. Em São Januário  constituiu com o uruguaio Figliola e o argentino Dacunto uma das linhas medias mais populares do pais.

Conhecidos como os "Tres Mosqueteiros", faziam e desfaziam de técnicos, escalando, barrando e até mesmo contratando e dispensando jogadores. Quando Ondino Viera assumiu o cargo de treinador no Vasco para formar o embrião do que seria o Expresso da Vitoria, os três foram dispensados por serem considerados muito envolvidos com a politica do clube, apesar de bons jogadores.

Atuou pelo Vasco durante o período de 1935 a 1942. Zarzur foi eleito o melhor jogador do Vasco nas temporadas 1937, 1941 e 1942.

Zarzur, meio-campista do São Paulo e do Vasco da Gama nos anos de 40, virou técnico do São Paulo depois que pendurou as chuteiras e se aposentou. Foi treinador da equipe por apenas cinco partidas. Deixou o cargo após o time sofrer goleada por 7 a 2 para o Bahia, em Salvador.


Títulos

  • 1931 - Campeonato Paulista - São Paulo da Floresta
  • 1936 - Campeonato Carioca - Vasco da Gama
  • 1943 - Campeonato Paulista - São Paulo
  • 1945 - Campeonato Paulista - São Paulo

Clubes

  • 1930-1932: Atlético Santista - SP
  • 1932-1935: São Paulo da Floresta - SP
  • 1935: San Lorenzo - Argentina
  • 1935-1942: Vasco da Gama - RJ
  • 1942-1945: São Paulo FC - SP

Fonte: Wikipédia e Vascão Minha Paixão

Dodô

ADOLFO ANTÔNIO NASCIMENTO
(57 anos)
Técnico em Eletrônica, Artesão, Instrumentista e Inventor do Trio Elétrico

* Salvador, BA (10/11/1920)
+ Salvador, BA (15/06/1978)

Adolfo Antonio Nascimento, popularmente conhecido como Dodô, um dos inventores do Trio Elétrico, nasceu no dia 10 de novembro 1920, no Beco do Chinelo, no bairro de Santo Antonio em Salvador, BA.

Artesão por excelência, ele fabricou a maioria das guitarras baianas existentes na Bahia até o final dos anos 70. Sua habilidade como luthier era de intensa criatividade. Quando Osmar teve necessidade de tocar vilão tenor e guitarra baiana, ele confeccionou, em 1948, um instrumento de dois braços. A pedido de Armandinho, ele, também, construiu uma guitarra-cavaquinho a qual foi dada o nome de "Dodô & Osmar". por ser o instrumento da dupla.

Em 1923, Osmar Alvares Macedo (Osmar) é dono de uma empresa de metalurgia e Adolfo Antonio do Nascimento (Dodô) sobrevive como técnico em eletrônica. Ainda jovens se conhecem na Península de Itapagibe e começam a tocar juntos no Grupo 3 1/2. Osmar Macedo tocava cavaquinho e Dodô violão. O conjunto musical de choro fazia apresentações no Tabaris, ponto de encontro dos boêmios na Praça Castro Alves, em Salvador, BA.

Dodô era expert em eletrônica e trabalhava construindo instrumentos de som e tocava violão estridente enquanto Osmar tocava cavaquinho, bandolim e guitarra havaiana e gostava de adaptar arranjos de músicas clássicas e populares ao ritmo quente da folia.  Ele era ao lado do instrumentista paulista Poly um dos melhores tocadores de guitarra havaiana do Brasil.

Em 1933 Dodô entra no conjunto musical criado por Dorival Caymmi, que animava algumas festas e reuniões de fim de semana. O Grupo 3 1/2,  cujos integrantes eram Dorival Caymmi, Zezinho Rodrigues, Alberto Costa, e Dodô, começava a fazer sucesso na Bahia e se apresentar nas rádios.

Em 1942, Dodô e Osmar assistiram a apresentação do violonista clássico Benedito Chaves no Cinema Guarani, na Praça Castro Alves, em Salvador. Os dois ficaram ávidos e extremamente entusiasmados em conhecer o violão elétrico que  Benedito Chaves tocou durante o show. Observaram que mesmo brilhantemente tocado tinha microfonia e o violonista precisava mudar a posição do amplificador a todo momento, interrompendo a apresentação. Novidade na época, o violão elétrico era um violão comum, importado, com um captador inserido à sua boca, possuindo microfonia.

Em 1943 Dodô e Osmar inventaram o Pau Elétrico, instrumento musical de som estridente, criado num pedaço de cepo maciço. Instrumento que se transformaria no que é hoje a Guitarra Baiana. A idéia surgiu à partir do deslubramento, após assistirem um ano antes, o show do violinista Benedito Chaves. Entusiasmado com a novidade, construíram os corpos maciços das madeiras dos violões elétricos, conseguindo aperfeiçoar um corpo com cepo de jacarandá maciços. Adaptaram o captador em baixo das cordas, obtendo assim, um som alto e sem o efeito de microfonia. Ficaram com isso, popularmente conhecidos como a "Dupla Elétrica", e se apresentavam em festas e bares de Salvador.

Segundo o jornal A Tarde, "de 1944 à 1949, Dodô & Osmar levam sua graça, simpatia à inúmeros clubes, festas e bailes através de seus instrumentos elétricos, ganhando assim a popularidade".


Em 1950, Dodô & Osmar desfilaram pela primeira vez na Fobica, um Ford T 1929. O Ford foi equipado com caixas de som e pintado com confetes e serpentinas coloridas, sendo assim, a primeira réplica do Trio Elétrico que tirou o carnaval dos abafados salões de baile para as ruas. Com dificuldade de carregar toda a aparelhagem a pé, Dodô e Osmar instalaram uma bateria no Ford. A bateria alimentava o amplificador, no qual estavam plugados os dois Paus Elétricos. Com isso, Dodô & Osmar colocam fogo no comportado carnaval baiano.

Tocando frevos estridentes no novo instrumento, os dois saíram no domingo de Carnaval à rua e à Praça Castro Alves, onde desfilavam os carros alegóricos dos clubes tradicionais baianos, e democratizaram a festa. Chile, à avenida Sete de Setembro, "Toda a massa saiu atrás da Fobica", conta Osmar. Antes da Fobica, a elite reservava lugar nas ruas para assistir aos desfiles, e acabava não sobrando espaço para o resto da população. Além disso, os desfiles não eram interativos, e os espectadores só pulavam Carnaval à noite, nos bailes dos clubes.

Tamanho foi o sucesso do desfile da Fobica no carnaval de Salvador de 1950, que no ano seguinte, Dodô & Osmar convidaram o amigo e músico Temístocles Aragão para tocar um terceiro instrumento eletrizado. A Fobica foi substituída por um veículo maior equipado com alto-falantes, geradores e lâmpadas fluorescentes. Os três músicos se apresentavam em cima da carroceria de uma pick-up Chrysler, modelo Fargo, com quatro cornetas  de som (alto-falantes) e um gerador à gasolina. Assim, estava formado o trio musical, o Trio Elétrico. Osmar tocava o "cavaquinho-pau-elétrico" de som agudo, Dodô com "violão-pau-elétrico" de som grave e Temístocles com o triolim som médio (conhecido o violão tenor).
Dodô & Osmar e o seu Trio Elétrico
Em 1952, a Fobica sai sem o músico Temístocles Aragão, mas mesmo assim, Dodô & Osmar preservaram o nome de Trio Elétrico, que já tinha ganhado fama. Dodô & Osmar conseguiram patrocínio da fábrica de refrigerantes Fratelli Vita confeccionando, assim, um carro com o formato de uma garrafa de refrigerante, trazendo oito cornetas de som e luzes fluorescentes.

No ano seguinte, 1953, Dodô e Osmar construíram uma estrutura metálica em substituição à carroceria de madeira usada como base para os músicos e equipamentos. O trio elétrico ganha o gosto popular e a empresa Fratelli Vita resolve patrocinar, transformando-o assim num caminhão decorado.

A concorrência não podia deixar de existir, e surgem assim outros trios elétricos entre 1952 à 1956. Dentre os novos trios elétricos estavam: Cinco Irmãos, Ypiranga, Conjunto Atlas, Jacaré (depois Saborosa) e Tupinambás.

Em 1955, Orlando Campos era presidente do Flamenguinho, clube de futebol de Periperi, subúrbio de Salvador. Nesta época organizou uma festa-trio, mas os músicos não compareceram. Foi quando anunciou que no evento não houve "trio", mas ele mesmo faria seu próprio "trio". Assim foi feito, e Orlando Campos como não era músico, passou a procurar e recrutar músicos.

Em 1956, Orlando Campos, inventou a Carroceria Elétrica, estrutura de chapa metálica e madeira, o que deixou seu nome gravado na trajetória do carnaval baiano. "Tirei o modelo de uma revista de aeronaves que li no avião. Fui ao banheiro, rasguei a página e escondi no sapato.", disse Orlando Campos em entrevista à mídia baiana.

Em 1957, Dodô e Osmar inovam sua invenção, o Trio Elétrico, revestindo-o por uma nova estrutura metálica.

Em 1959 o Trio Elétrico de Dodô & Osmar fecha o contrato de patrocínio da Coca-Cola. A convite do governador de Pernambuco, levaram o Trio Elétrico pela primeira vez ao Carnaval do Recife.

Em 1960, Dodô & Osmar expandem os negócios e vendem um das estruturas metálicas do trio elétrico para Orlando Campos, popularmente conhecido como Orlando Tapajós por ser fundador da Carroceria Elétrica Tapajós. Mais tarde, Orlando Campos foi fundador dos banheiros em Trios Elétricos.

Dodô & Osmar não desfilaram no Carnaval de Salvador em 1961, devido ao falecimento de Srº Armando Costa, sogro de Osmar. Os inventores do Trio Eelétrico guardaram luto e não sairam pelas ladeiras de Salvador levando alegria e animação. Srº Armando era um dos grandes incentivadores da dupla, desde a idéia à construção e desfile.

Mais uma vez, em 1962, Dodô & Osmar não desfilaram no Carnaval de Salvador, e desta vez o motivo foi a falta de patrocínio.

Em 1963 Dodô & Osmar não podiam deixar para trás, e no carnaval daquele ano vieram com tudo na avenida. Como não podia deixar de ser, venceram o concurso de trios elétricos, promovido pela Prefeitura Municipal de Salvador. Neste Carnaval, Dodô & Osmar desfilaram em um carro alegórico, montado sobre uma carreta. A estrutura da carreta foi patrocinada pela Refinaria Mataripe, levando a bordo o filho de Osmar, Armandinho, com nove anos de idade, fazendo solo com bandolim.

Em 1969, Caetano Veloso prestou uma homenagem a Dodô & Osmar, e sua fantástica invenção com a composição da música "Atrás do Trio Elétrico", e popularizou a canção "Frevo Baiano" em todo país.

Em 1970, Dodô e Osmar são convidados para serem os diretores e supervisores do Trio Elétrico Marajós, patrocinado pela Carlsberg.


Em 1974 o Trio Elétrico de Dodô & Osmar voltou às ruas à pedido dos filhos que já tocavam profissionalmente em outros trios. Eram 12 cornetas de som e luzes fluorescentes em cada lateral, com seis músicos fazendo a percussão. O Trio Elétrico de Dodô & Osmar voltou às avenidas e ladeiras de Salvador, após 14 anos de ausência e se apresentou novamente no carnaval de 1974.

Em 1976 o Trio Elétrico Dodô & Osmar lançou o LP "É Massa" e Gilberto Gil foi o responsável pelo texto apresentado no disco:

"A eletricidade é, ao que parece, a forma de energia que possibilitou ao homem conhecer o átomo e o espaço e perceber a curiosa aproximação de uma luz que vai iluminando gradativamente, todas as cavidades ainda escuras da mente e do coração... Agora olhe pro céu agora olhe pro chão agora repare a luz que vem lá do caminhão... 

Osmar, você me ensinou o que o elétrico é, e, a partir daí a gente tem o direito de sonhar o que elétrico será. Caetano me ensinou a ver nos rollingstones a luz além do elétrico aquela que já era no rosto dos pierrôs e colombinas antes do trio.

Armandinho é elétrico antes, enquanto, depois que o trio. Moreira sonha com a luz da caetanave sobre os telhados de Nova York onde se dê ao mesmo tempo Ituaçu.

Eu sonho com a mesma luz, nos olhos de Nelson Ferreira onde se dê ao mesmo tempo o rock'n roll, e que mais, se Deus é mais que toda luz?

No carnaval, pelo menos we can get. Satisfation."

Em 1977 o álbum "Pombo Correio" é considerado o melhor da carreira do Trio Elétrico Dodô & Osmar e vem com um belíssímo choro instrumental em arranjo trioletrizado "Frevo da Lira", composição do mestre Waldir Azevedo e Luiz Lira. Os temas das letras de Moraes Moreira se relacionavam com a ambiência romântica que envolvia o Carnaval como manifestação popular, lembrando a ambiência de antigas canções carnavalescas como "Colombina" e "Jardineira".

Morte de Dodô

Em 15 de junho de 1978, aos 57 anos, Adolfo Antonio Nascimento, popularmente conhecido como Dodô, morreu e deixou só o seu parceiro Osmar que desde 1938 faziam música juntos. Dodô se despediu da avenida e viajou para além de horizontes, deixando saudades nos 11 filhos e nos foliões que tanto o admiravam.  

Félix

FÉLIX MIÉLI VENERANDO
(74 anos)
Goleiro e Técnico de Futebol

* São Paulo, SP (24/12/1937)
+ São Paulo, SP (24/08/2012)

Félix Miéli Venerando, mais conhecido como Félix, foi um ex-futebolista que atuava como goleiro e ex-treinador do futebol brasileiro. Foi campeão com a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 1970.

Sua carreira começou bem cedo, nas divisões de base do Nacional Atlético Clube da capital paulista e, com apenas 15 anos de idade, profissionalizou-se no Clube Atlético Juventus da Mooca.

Félix ficou no Juventus até 1955, quando foi contratado pela Portuguesa no dia 23 de julho de 1955. Sua estreia só veio acontecer, no dia 26 de março de 1956, no Torneio Rio-São Paulo Internacional, pois Cabeção estava defendendo a seleção e Félix jogou na vitória de 2 a 1 contra o Newell's Old Boys, da Argentina.

Com a saída de  Cabeção em 1957, a Portuguesa contratou no ano seguinte o goleiro Carlos Alberto, que havia jogado no Vasco da Gama. Félix passou a treinar com os aspirantes e foi Campeão Paulista em 1957. Depois foi emprestado ao Nacional, da capital paulista.

Retornou à Portuguesa no final de 1960, a pedido do treinador Nena, e assim finalmente, vestiu a camisa número 1 da Lusa. Foi titular absoluto de 1961 até 1963.

Félix (Foto: Gazeta Press)
De 1964 até 1968, Félix passou a revezar com Orlando, que havia sido contratado junto ao São Cristóvão do Rio de Janeiro. Em 1964 a Portuguesa foi convidada para tomar parte nos eventos ligados à Feira Internacional de Nova York, e teve de enfrentar em Massachusetts, uma seleção local. O time da Portuguesa era respeitável, com Ivair (o príncipe) e Henrique Frade entre outros. O jogo estava tão fácil que, quando já estava 9 a 0, Orlando entrou no gol e Félix, em vez de deixar o campo, decidiu jogar no ataque. Após um cruzamento de Almir pela direita, Félix entrou na área e marcou o décimo gol. O jogo acabou 12 a 1.

Jogando pela Portuguesa, disputou quatro partidas pela Seleção Brasileira de Futebol. Estreou no Pacaembu, em 22 de novembro de 1965 (domingo à noite), defendendo a chamada "Seleção Azul" na vitória de 5 a 3 sobre a Hungria. Esta seleção era composta somente por jogadores paulistas, que neste dia jogou desta maneira: Félix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Procópio e Edílson (Geraldino); Lima e Nair; Marcos, Prado, Coutinho, Servílio e Abel.

Félix também disputou a Copa Roca em Montevidéu, contra o Uruguai, entre 25 de junho e 1 de julho de 1967, em três empates (0x0, 2x2 e 1x1). A sua despedida pela  Portuguesa, aconteceu no dia 3 de março de 1968, quando enfrentou o São Paulo e empatou por 0x0. Foi vendido para o Fluminense do Rio de Janeiro, no dia 20 de julho de 1968, um dia antes do aniversário de 66 anos da equipe, por 150 mil cruzeiros.

Félix
Pela Seleção Brasileira de Futebol, Félix disputou 48 partidas, conquistando o bicampeonato da Copa Rio Branco em 1967 e 1968 e o tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970. Nesta competição, Félix fez defesas importantes. No difícil jogo contra a Inglaterra na primeira fase, quando o jogo estava 0x0, aos 12 minutos do primeiro tempo, ele fez uma defesa difícil em cabeçada de Francis Lee à queima-roupa, e ainda sofreu falta no lance, pois ele deu rebote e o atacante inglês tentou pegar o rebote, mas acabou acertando seu rosto, o que valeu um cartão amarelo ao atacante inglês.

Nas semifinais, ele fez o que muitos consideram como a "defesa que valeu por um título". O Brasil vencia o Uruguai por 2x1, quando, aos 40 minutos do segundo tempo, uma bola levantada da esquerda por Cortes foi cabeceada por Cubilla, que ia para o canto esquerdo, à meia altura, e Félix voou para espalmar a bola, e na sequência, a zaga afastou o perigo. Foi a última chance uruguaia para levar o jogo para a prorrogação. Dois minutos depois, o Brasil faria o terceiro gol, através de Roberto Rivellino, e garantiria sua vaga na final diante da Itália.

Pelo Fluminense, Félix foi Campeão Carioca em 1969, 1971, 1973 e 1975, além de campeão da Taça de Prata em 1970, e de diversos outros torneios,tendo sido indicado para o tricolor por ninguém menos do que Telê Santana.

Félix (Foto: Agência O Dia)
Uma de suas defesas mais espetaculares, aconteceu na vitória do Fluminense sobre o Botafogo por 2x1, pela Taça Guanabara de 1975, no dia 21 de abril, quando o então atacante alvinegro Nílson Dias, matou a bola no peito na meia-lua da grande área, e de costas para o gol, deu uma bicicleta, com Félix saltando do meio do gol e encaixando a bola no ângulo direito, perante 109.705 espectadores pagantes, garantindo a vitória e a classificação do Tricolor para a final da Taça Guanabara contra o América, quando o Fluminense se sagraria campeão.

Félix jogou no Fluminense até 1976, quando resolveu encerrar sua carreira no dia 23 de janeiro, após o diagnóstico de uma calcificação de 7 cm no ombro direito.

No ano de 1982 Félix foi técnico do Avaí Futebol Clube de Florianópolis. Atuou como tal por 18 jogos obtendo 6 vitórias 4 empates e 8 derrotas pelo "Leão da Ilha da Magia".

O seu apelido era Papel devido a sua magreza e aos vôos espetaculares que dava para agarrar a bola (voava como um papel).

Depois que encerrou sua carreira futebolística, Félix foi diretor comercial de uma empresa cujo proprietário era seu genro, casado com Lígia, uma das três filhas. Atualmente coordenava uma escolinha de futebol comunitária, voltada para as crianças carentes, além de passar sua experiência dentro e fora dos gramados, em palestras para empresas e faculdades.

Em 2007, assumiu o cargo de diretor-técnico da Inter de Limeira, que disputou a Série A-2 do Campeonato Paulista, tendo passado antes em Categorias de Base de alguns clubes e ter se aposentado como preparador de goleiros do Fluminense ainda em 1977, onde ficou ainda até 1980.

Félix
Morte

Félix morreu no dia 24/08/2012. De acordo com um boletim médico divulgado, ele estava internado desde o dia 18/08/2012 por conta de uma doença pulmonar obstrutiva crônica agravada por pneumonia, que ocasionou diversas paradas cardiorrespiratórias e, consequentemente, o óbito. Ele tinha 74 anos de idade. O enterro aconteceu no sábado 25/08/2012 no Cemitério do Araçá, às 9:30 hs.

Títulos Fluminense

  • Campeonato Carioca: 1969, 1971, 1973, 1975 e 1976
  • Taça Guanabara: 1969, 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1970
  • Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro: 1973
  • Torneio de Paris: 1976

Títulos Seleção Brasileira

  • Brasil x Uruguai -  Copa Rio Branco: 1967 e 1968
  • Copa do Mundo FIFA: 1970
  • Brasil x Argentina - Copa Roca: 1971

Prêmios

Em 1970, ganhou o Prêmio Belfort Duarte, que homenageava o jogador de futebol profissional que passasse dez anos sem sofrer uma expulsão, tendo jogado pelo menos 200 partidas nacionais ou internacionais.

Fonte: Wikipédia

Brecha

MOACIR BERNARDES BRIDA
(63 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Itajobi, SP (12/07/1948)
+ Catanduva, SP (03/09/2011)

Jogador de futebol e treinador de times brasileiros nos anos 60, 70 e 80. Irmão do também futebolista Roberto Brida (ex-jogador e treinador do Juventus), Brecha foi um dos grandes ídolos do Juventus.

Início de Carreira

Brecha iniciou a carreira aos 17 anos, quando jogou no Catanduva Esporte Clube, em 1965. Permaneceu no clube até 1967, transferindo-se para o Barretos Esporte Clube. Em janeiro de 1968, Brecha foi contratado pelo Clube Atlético Juventus, onde tornou-se um dos maiores nomes da história do clube. Jogou ao lado de seu irmão, Roberto Brida, no Juventus, permanecendo até setembro de 1972. Em seguida, foi vendido ao Anderlecht, da Bélgica. Após sete meses em território europeu, retornou ao Brasil e logo foi contratado pelo Santos Futebol Clube.

Santos

No clube da Vila Belmiro, Brecha atuou entre 1972 e 1976, jogando ao lado do Rei Pelé. Por 10 meses, entre 1975 e 1976, passou usar a camisa 10 do Santos Futebol Clube, a camisa de Pelé, quando este transferiu-se para o clube americano Cosmos.

Brecha jogou também no Guarani, novamente no Juventus, Grêmio de Esportes Maringá, Comercial (MS), Mixto, Botafogo de Ribeirão Preto, Grêmio Catanduvense, Brasília, Sertãozinho e novamente no Grêmio Catanduvense, onde encerrou a carreira em 1990, aos 42 anos de idade – o jogador mais velho em campo.

Após pendurar as chuteiras, Brecha também atuou como técnico de futebol. Comandou o Sertãozinho (1990); Grêmio Catanduvense (1991); Seleção Brasileira de Futebol Rápido (1995); Centro Esportivo e Educacional Nakazawa (equipe japonesa em Atibaia); Seleção Brasileira de Futebol Rápido (1997) (campeão na Argentina) e por fim no Operário de Campo Grande (1999-2000).

Brecha também foi comentarista esportivo da TVO (Televisão Opinião de Catanduva), durante o Campeonato Paulista de Futebol de 1994, além de colunista esportivo no jornal O Regional, de Catanduva, durante a Copa do Mundo de 1998 e Copa do Mundo de 2002, no Notícia da Manhã e na Revista Maxxi’s durante as Copa do Mundo de 2006 e Copa do Mundo de 2010.

Entre 1991 e 2001 manteve a popular Escolinha de Futebol do Brecha, logo depois dedicando-se como professor de futebol na prefeitura de São Paulo, prefeitura de Catanduva e prefeitura de Ariranha.

Casado com Regina Fátima Boso Brida desde 1974, teve três filhos, o jornalista e crítico de cinema Felipe Boso Brida, a professora Aline Boso Brida e o advogado Daniel Boso Brida, e três netos, Mayara, Laura e Caio.

Homenagens

Incentivador do esporte, Brecha foi um jogador de extrema popularidade e carisma. Ao longo da carreira, recebeu inúmeras homenagens em todo o país, como "Oscar" do futebol, o Troféu Chuteira de Ouro, concedido pela Rádio e TV Bandeirantes em 1972, no mesmo ano em que recebera Ademir da Guia.

Outras Homenagens
  • 1983 - Troféu Flávio Adauto – Atleta-Símbolo Nacional
  • 1999 - Troféu Juventus: Melhores jogadores
  • 2003 - Troféu Honra Comunitária: Grupo de Poesia Guilherme de Almeida – Catanduva
  • 2006 - Troféu Esportista do Ano – Ariranha/SP
  • 2010 - Troféu Juventus: Moleque Travesso

Recebeu também diversas menções honrosas durante os Campeonatos Paulista de 1971 e 1973, Torneio Laudo Natel em 1974 e Torneio Governador Roberto Santos (Bahia) em 1975.

Faleceu no dia 03/09/2011 (sábado) vítima de um Tumor Cerebral (diagnosticado há um ano e meio, já havia passado por uma cirurgia). O velório aconteceu após às 13h30 no Cemitério Jardim Monsenhor Albino onde seu corpo foi sepultado às 17:00hs.

Moisés

MOISÉS MATHIAS DE ANDRADE
(59 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Resende, RJ (30/11/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2008)

Zagueiro de jogo viril e às vezes ríspido, era conhecido como Xerife pelos seus admiradores e como Moisés Paulada pelos adversários. Ficou conhecido por sua frase "Zagueiro que se preza não pode ganhar o Belfort Duarte", ironizando o prêmio que era dado aos jogadores mais disciplinados. Apesar disso, foi expulso poucas vezes em toda a sua carreira.

Começou no Bonsucesso e jogou em todos os grandes clubes cariocas, sendo campeão da Taça Brasil de 1968 pelo Botafogo e campeão brasileiro pelo Vasco em 1974. Conquistou ainda o Campeonato Paulista de 1977 pelo Corinthians. Teve rápida passagem pelo Paris Saint-Germain Football Club. Terminou sua carreira no Bangu, em 1983, imediatamente assumindo como treinador do clube.

Disputou uma partida em 1973 pela Seleção Brasileira de Futebol, quando jogava pelo Club de Regatas Vasco da Gama.

Como técnico do Bangu, foi responsável por alguns de seus grandes momentos, sagrando-se vice-campeão carioca e brasileiro em 1985, em duas decisões polêmicas contra o Fluminense e o Coritiba. Naquela época foi aventada até a possibilidade de treinar a Seleção Brasileira de Futebol.

Foi treinador do Atlético Mineiro e do America do Rio, tendo também trabalhado em Portugal e nos Emirados Árabes. Seu clube mais recente foi a Cabofriense, em 2006.

Em 2009, o Campeonato Estadual de Futebol da Primeira Divisão do Rio de Janeiro contou com uma taça que leva o seu nome. Ela foi disputada pelos 3º e 4º colocados de cada grupo, em semi-finas e finais. As partidas semi-finais foram preliminares às disputadas pela Taça Guanabara.

Apesar do estilo duro em campo, fora dele era conhecido pelo bom humor. Gostava muito de Carnaval e ajudou a fundar o Bloco das Piranhas, no qual jogadores de futebol desfilavam vestidos de mulher por ruas da zona norte do Rio de Janeiro.

Morte

Faleceu na madrugada de 26 de agosto de 2008 vitimado por um Câncer Pulmonar. O corpo do ex-jogador foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Pinheiro

JOÃO CARLOS BATISTA PINHEIRO
(79 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Campos dos Goytacazes, RJ (13/01/1932)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/08/2011)

Zagueiro viril, de ótimo porte físico com seu 1,87 m de altura, sendo ainda bastante forte, se impôs como o xerife da zaga do Fluminense em 605 jogos. Foi o segundo jogador que mais defendeu o tricolor e durante doze anos 1949/1961 foi titular no Fluminense.

Pelo Fluminense, Pinheiro foi campeão carioca de 1951 e 1959, da Copa Rio de 1952, do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e de 1960, além de vários outros títulos de menor expressão.

Antes de defender o Fluminense, Pinheiro atuou pelo Americano Futebol Clube de sua cidade natal, tendo jogado neste clube como goleiro, zagueiro, meia-armador e centroavante.

Defendeu também a Seleção Brasileira em 17 jogos (11 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 1 gol marcado), sendo campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1952 e da Taça Bernardo O'Higgins em 1955. Foi titular da Copa do Mundo de 1954.

Ao terminar a sua carreira como jogador, Pinheiro trabalhou nas categorias de base do Fluminense como técnico, ganhando diversos títulos e revelando muitos jogadores para o tricolor.

Chegou a ser técnico profissional e dirigiu vários times com sucesso, como Goytacaz, Americano de Campos, Bangu, América Mineiro, Cruzeiro, entre outros.

Morte

O ex-zagueiro e técnico Pinheiro faleceu na terça-feira, 30/08/2011, aos 79 anos vítima de falência múltipla dos órgãos causada por um câncer de próstata. Ele estava internado desde o dia 04/07/2011 no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

João Saldanha

JOÃO ALVES JOBIN SALDANHA
(73 anos)
Jornalista, Comentarista Esportivo, Escritor, Jogador e Técnico de Futebol

☼ Alegrete, RS (03/07/1917)
┼ Roma, Itália (12/07/1990)

João Saldanha foi um jornalista, comentarista esportivo, escritor, jogador e técnico de futebol brasileiro nascido em Alegrete, no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 03/07/1917. Levou a Seleção Brasileira de Futebol a classificar-se para a Copa do Mundo de 1970. Seu apelido era João Sem-Medo.

Logo no inicio de sua vida, a família de João Saldanha resolveu mudar-se de Alegrete. Após percorrerem várias cidades do interior do Paraná, decidiram ficar em Curitiba.

O primeiro grande contato de João Saldanha com o futebol aconteceu ali, pois a casa comprada por Gaspar Saldanha, seu pai, ficava a dois quarteirões do campo do Clube Atlético Paranaense, onde sempre ia assistir aos treinos das divisões de base, permitindo a proximidade do garoto com o futebol.

Além disso, a casa da família em Curitiba permitia uma integração com toda a garotada da vizinhança, que organizava times, campeonatos, jogos, enfim, tudo dentro do estilo de vida da expansão urbana e das novas modas citadinas. Ali, João Saldanha completaria o primário na mesma escola de um garoto que ainda seria importantíssimo personagem na história nacional como presidente da República: Jânio Quadros. Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro.

João Saldanha jogou futebol profissionalmente por uns poucos anos no clube carioca do Botafogo. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (FND), atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Estudou Jornalismo e se tornou um dos mais destacados escritores de esportes, antes de trabalhar como comentarista no rádio e na televisão. Como um jornalista esportivo, ele frequentemente criticava jogadores, técnicos e times de futebol. Foi filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Botafogo

Em 1957, o Botafogo de Futebol e Regatas, seu clube de coração, contratou-o como seu técnico, apesar de sua total falta de experiência. O clube ganhou o campeonato estadual daquele ano.

Em 1969, ele foi convidado a se encarregar da Seleção Brasileira de Futebol. O Presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), João Havelange alegou que o contratou na esperança de que os jornalistas fizessem menos críticas à Seleção Brasileira, tendo um deles como técnico.

Gérson, Pelé e João Saldanha
Eliminatórias Para a Copa do Mundo de 1970

Na Copa do Mundo de 1966, uma das principais críticas da imprensa era a falta de um time-base. João Saldanha tentou resolver esse problema e convocou um time formado em sua maioria por jogadores do Santos e do Botafogo, os melhores times da época. E os conduziu a 100% de aproveitamento em seis jogos de qualificação (eliminatórias). De uma frase sua, quando teria dito que convocaria somente "feras", surgiu a expressão "As feras do Saldanha" para designar aquela seleção.

Graças ao seu trabalho, a Seleção Brasileira reconquistaria a auto-estima e a confiança do torcedor, que tinha perdido depois da pífia campanha na Copa do Mundo de 1966.

O time de João Saldanha, que deu show nas eliminatórias contra Venezuela e Paraguai, com a dupla Tostão e Pelé, estava mesclado com jogadores do Santos, Botafogo e Cruzeiro.

Foi uma grande jogada de João Saldanha. Usou o entrosamento dos jogadores em seus respectivos times e atuava num 4-2-4 bem montado.

O time brasileiro de João Saldanha era: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel e Rildo; Piazza e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.

Apesar das vitórias, João Saldanha foi publicamente criticado por Dorival Knipel, o Yustrich, treinador do clube carioca Flamengo. João Saldanha respondeu ao confronto brandindo um revólver. Também havia rumores de que não entendia de preparação física, havendo alguns desentendimentos com a comissão técnica sobre a condução dos treinamentos.

Embora muito se dissesse à época que João Saldanha foi retirado do comando da Seleção por causa da sua negativa em selecionar jogadores que eram indicados pessoalmente pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em particular o atacante Dário Maravilha. Foi constatado posteriormente que tal fato em verdade não ocorreu, limitando-se o então presidente, na qualidade de torcedor, a sugerir a convocação de Dadá, tal como na Copa do Mundo de 2010 se sugeriu a Dunga a convocação de Neymar ou Paulo Henrique Ganso, ambos do Santos.

O último atrito foi quando o auxiliar-técnico pediu para sair da Seleção, dizendo que era impossível trabalhar com João Saldanha. Segundo João Havelange, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CDB), o esquema adotado por João Saldanha de dois pontas abertos, Jair e Edu, e o meio-campo desprotegido do Brasil, que adotava o esquema 4-2-4, não iria a lugar nenhum. Daí a demissão de João Saldanha e, depois de uma tentativa de se contratar Dino Sani, ele foi substituído por Mário Zagallo, ex-jogador de futebol e ganhador de duas copas: Copa do Mundo de 1958 e Copa do Mundo de 1962, com seu tradicional e eficiente (na época) 4-3-3, montando a equipe com Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Marco Antônio, depois Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jair, Tostão e Pelé.

Jornalismo

João Saldanha retornou ao jornalismo depois desse episódio e continuou a criar algumas das mais famosas citações da história do futebol brasileiro, como: "O futebol brasileiro é uma coisa jogada com música".

Morte

João Saldanha morreu em Roma, em 1990, onde foi cobrir naquele ano a Copa do Mundo de 1990 para a TV Manchete.

Até hoje não se sabe a razão. Fontes mais seguras dizem que João Saldanha morreu de um enfisema pulmonar, devido ao vício tabagista.

Fonte: Wikipédia

Telê Santana

TELÊ SANTANA DA SILVA
(74 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Itabirito, MG (26/07/1931)
+ Belo Horizonte, MG (21/04/2006)

Foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro. Após perder duas Copas do Mundo no comando da Seleção Brasileira de Futebol, amargou por muito tempo a fama de pé-frio. Mesmo assim, em pesquisa realizada pela revista esportiva Placar, nos idos dos anos 1990, foi eleito por jornalistas, jogadores e ex-atletas o maior treinador da história da Seleção Brasileira de Futebol.

A partir de 1990 até o início de 1995, comandou o São Paulo Futebol Clube, conquistando duas vezes a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes.

É considerado o maior treinador são-paulino em todos os tempos e um dos idolos do clube, sendo apelidado pela torcida com a alcunha de Mestre Telê.

Como jogador, é ícone do Fluminense pela intensa dedicação que ofereceu ao seu clube do coração — que valeu-lhe o apelido Fio de Esperança - onde também começou a sua vitoriosa carreira de treinador de futebol.

Até hoje é o técnico que mais dirigiu o Atlético Mineiro em jogos oficiais.

Biografia

Esteve à frente da Seleção Brasileira de Futebol nas copas de 1982 e 1986.

Encerrou a carreira no São Paulo, depois de ter levado o time a suas maiores conquistas na primeira metade dos anos 1990.

Como jogador não chegou à Seleção Brasileira por concorrer com jogadores como Julinho Botelho e Mané Garrincha, nos anos 1950 e 1960.

Começou no Itabirense Esporte Clube, cuja sede situava-se próximo a sua casa, e depois jogou no América de São João del-Rei de onde saiu para jogar no Fluminense.

Fluminense

Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta. Foi um dos primeiros pontas no futebol brasileiro a voltar para marcar no meio.

A sua contratação pelo Fluminense se deu após fazer um teste contra o Bonsucesso e fazer cinco gols, referendada então pelo diretor de futebol do Fluminense daquela época, nada menos que outro ícone histórico deste clube, primeiro capitão e em 1930 o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, João Coelho Netto, o Preguinho.

Com a camisa do Fluminense jogou 557 partidas e marcou 162 gols, sendo o terceiro jogador que mais atuou pelo clube tricolor e seu terceiro maior artilheiro.

O Fio de Esperança

Quando Telê era jogador, tinha o apelido de Fio de Esperança, que recebeu após um concurso entre os torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, então diretor do Jornal dos Sports.

O concurso tinha surgido como idéia do dirigente tricolor Benício Ferreira. Na época, Telê tinha os apelidos pejorativos de Fiapo e Tarzan das Laranjeiras, em função de seu corpo franzino. O dirigente achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu a idéia ao amigo Mário Filho, que criou o concurso com o tema "Dê um slogan para Telê Santana e ganhe 5 mil cruzeiros".

Ao seu final, mais de quatro mil sugestões tinham sido enviadas à redação do jornal. José Trajano conta que seu pai participou do concurso propondo o apelido A Bola. Três leitores acabaram empatados no primeiro lugar na votação final, com as alcunhas El Todas, Big Ben e Fio de Esperança. Foi a última que caiu no gosto dos torcedores tricolores.

Telê se transferiu do Fluminense para o Guarani por conta do presidente histórico do bugre, o carioca Jaime Silva, ser torcedor do clube carioca e ter influenciado os dirigentes cariocas a permitirem a sua transferência para Campinas.

Telê deu mais uma demonstração de amor ao Fluminense, quando já no final de sua carreira como jogador, atuando pelo Madureira marcou o único gol de sua equipe na derrota por 5 a 1 para o Fluminense. Embora aquele gol não tenha influenciado no resultado, Telê chorou ao final da partida por ter feito um gol em seu clube do coração.

Treinador

Com uma visão particular de futebol, formada nos muitos anos de trabalho no Fluminense, em que não acreditava em ganhar por ganhar ou ganhar a qualquer custo, era um intransigente defensor de um futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos campos. Foi este futebol que transformou Telê em Mestre, no comando do time do São Paulo que conquistou vários títulos no início da década de 1990. Ganhou um total de onze títulos, incluíndo um Campeonato Brasileiro, duas Libertadores da América e dois Campeonatos Mundiais.

Após encerrar a carreira como jogador, foi aproveitado como técnico e acabou marcando uma época de glórias e estigmas. Começou na categoria de juvenis (atual juniores) do Fluminense, sendo campeão carioca em 1968. Em 1969 foi promovido a técnico do time profissional, sendo campeão carioca e formando a base do time campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Lá também brigou pelos direitos de seus jogadores, que eram obrigados a entrar e sair do clube pela porta dos fundos. Depois de uma reunião à noite com dirigentes, pediu que abrissem a porta dos fundos para ele. Responderam que ele não era jogador e podia sair pela entrada social, mas Telê recusou-se e pulou o muro, porque não achou ninguém para abrir a porta dos fundos. "Eu disse que também fui jogador e que o aviso servia para mim também", contou, anos mais tarde.

Curiosamente, o mesmo time do Fluminense disputou a final contra o Atlético Mineiro, na época dirigido por Telê, que seria Campeão Mineiro em 1970 e Campeão Brasileiro em 1971. Em 1973 passou pelo São Paulo, mas foi afastado ao entrar em conflito com os ídolos Paraná e Toninho Guerreiro.

Em 1977, dirigiu o histórico time do Grêmio, levando-o a recuperar a hegemonia do Campeonato Gaúcho após oito anos de domínio do Internacional. Após ganhar fama de bom treinador de clubes, com mais uma passagem marcante, agora pelo Palmeiras, em 1979, quando fez um time sem estrelas realizar belos jogos, foi contratado para ser técnico da Seleção Brasileira.

Como treinador da Seleção na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, encantou o mundo com um futebol bonito e envolvente, aclamado como o melhor da época. Reconhecendo que privilegiava a técnica, escalou uma esquadra com jogadores como Zico, Sócrates e Falcão entre outros grandes jogadores.

Nem assim sua seleção foi uma unanimidade, pois muitos - inclusive o humorista Jô Soares, que criou o bordão "Bota ponta, Telê!" - cobravam a presença de um ponta direita no time.

"Eu me aborrecia um pouco com isso", contou Telê mais de vinte anos depois. "O time buscava ocupar o espaço ali na direita. Se eu tivesse um grande ponta, como o Garrincha, é lógico que ele iria jogar. Comigo sempre jogam os melhores". Mesmo assim, não conseguiu o almejado título, deixando o comando da Seleção.

Retornou para a Copa do Mundo de 1986, no México, como grande esperança brasileira de levantar a taça. Desta vez, buscando valorizar a experiência, montou um time não tão vibrante, com jogadores remanescentes de 1982, alguns já em fim de carreira. Criticado anteriormente por não exigir muita disciplina dos jogadores, voltou mais vigilante, o que resultou no corte da principal revelação do time, o ponta-direita do Grêmio Renato Gaúcho, quando este chegou tarde à concentração, fato que levou o melhor amigo do jogador, o lateral Leandro, a pedir para também sair da equipe.

Perdeu a Copa invicto, em uma disputa de pênaltis contra a França. Telê então foi marcado com a pecha de pé-frio por parte da imprensa brasileira, reforçada até por uma capa da Revista Placar no ano seguinte, quando o Atlético Mineiro treinado por ele foi eliminado nas semi-finais da Copa União depois de passar invicto pela primeira fase.

Em maio de 1990, Telê assumiu o Palmeiras, na época da fase final do Campeonato Paulista, o Palmeiras foi eliminado terminando em quarto na classificação geral, e em segundo no seu grupo da fase final, atrás apenas do Novorizontino por causa de um empate com a Ferroviária em 0x0 no Palestra Itália ficando um ponto atrás do Novorizontino. Por causa disso, a torcida fez um grande quebra-quebra na sala de troféus do clube. Chega o Campeonato Brasileiro, e Telê se demite após uma derrota em casa para o Bahia por 2x1. Ele se demitiu também pelo fato de na época, o Palmeiras só ter conseguido apenas uma vitória no campeonato, contra o Internacional, vitória de 1x0 para o Palmeiras, gol de Betinho.

Chegou ao tricolor paulista em outubro de 1990 e encontrou um time que três meses antes tinha tido um desempenho pífio no Campeonato Paulista, com seu principal jogador, Raí, no banco e ocupando posição intermediária no Campeonato Brasileiro. O time recuperou-se a ponto de chegar à final, ficando com o vice-campeonato frente ao Corinthians, o que serviu para mais uma vez trazer à tona a fama de pé-frio. Mas com Telê, Raí e outros jogadores, como o lateral direito estreante Cafu, foram ganhando confiança e evoluíram, ajudando o São Paulo a conquistar o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1991, enterrando de vez a fama de azarado.

Com o título paulista conquistado no mesmo ano, passou a ser o único técnico brasileiro a ter conquistado os quatro principais campeonatos estaduais do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul).

Títulos Como Jogador

Campeonato Carioca de Juvenis (1949 e 1950)
Campeonato Carioca (1951, 1959)
Copa Rio (Internacional) (1952)
Torneio Início (1954 e 1956)
Torneio Rio-São Paulo (1957, 1960)

Títulos Como Treinador

Campeonato Carioca de Juvenis(atual Juniores) (1968)
Taça Guanabara (1969, 1989)
Campeonato Carioca (1969)
Campeonato Mineiro (1970 e 1988)
Campeonato Gaúcho (1977)
Campeão Árabe (1983)
Copa do Rei Árabe (1984)
Copa do Golfo (1985)
Campeonato Brasileiro (1971 e 1991)
Campeonato Paulista (1991 e 1992)
Copa Libertadores da América (1992 e 1993)
Mundial Interclubes (1992 e 1993)
Recopa Sul-Americana (1993 e 1994)
Supercopa dos Campeões da Libertadores (1993)

Morte

Após sofrer uma Isquemia Cerebral em janeiro de 1996, teve que abandonar o futebol e viu a sua saúde debilitar-se bastante, com problemas na fala e na locomoção, entre outros. Apesar de debilitado, acreditava que poderia voltar a trabalhar e, nos dias de mau humor, culpava a família por "impedi-lo". No começo de 1997, chegou a fechar contrato para ser o técnico do Palmeiras, mas seus problemas de saúde impediram que ele assumisse o cargo.

No dia 21 de abril de 2006, depois de ficar por cerca de um mês internado devido a uma infecção intestinal, que desencadeou uma série de outras complicações, o Mestre Telê Santana faleceu em Belo Horizonte.

Fonte: Wikipédia

Edson Bispo dos Santos

EDSON BISPO DOS SANTOS
(75 anos)
Jogador de Basquete e Técnico

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/05/1935)
┼ São Paulo, SP (12/02/2011)

Edson Bispo dos Santos foi jogador e técnico de basquete nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/05/1935.

Iniciou a carreira de pivô no Vasco da Gama, passando pelo Corinthians, Palmeiras e A Hebraica.

Pela Seleção Brasileira de Basquete conquistou o Campeonato Mundial de Basquete de 1959, no Chile.

Participou de três olimpíadas: Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964), obtendo medalhas de bronze nas duas últimas. Foi também medalha de prata e bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955, 1959 e 1963.

Foi treinador da Seleção Brasileira de Basquete no Campeonato Mundial de Basquete de 1974 e nos Jogos Pan-Americanos de 1967, 1971 e 1975.

Morte

Edson Bispo dos Santos faleceu na madruga de sábado, 12/02/2011, aos 75 anos, no Instituto Dante Pazzaneze, em São Paulo, SP, após sofrer um infarto do miocárdio.

Seu corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina.