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Aracy de Almeida

ARACY TELES DE ALMEIDA
(73 anos)
Cantora e Jurada de TV

* Rio de Janeiro, RJ (19/08/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/06/1988)

Teve grande convivência com o compositor Noel Rosa. Também foi jurada do programa Show de Calouros do Programa Sílvio Santos. Era conhecida como "Dama da Central do Brasil", pois somente viajava de trem, "A Dama do Encantado", em referência ao bairro em que morou no Rio de Janeiro, ou "O Samba em Pessoa".

Cantava samba, mas era apreciadora de música clássica e se interessava por leituras de psicanálise, além de ter em sua casa quadros de importantes pintores brasileiros como Aldemir Martins e Di Cavalcanti, com quem mantinha amizade.

Os que conviviam com ela, na intimidade ou profissionalmente, a viam como uma mulher lida e esclarecida. Tratada por amigos pelo apelido de "Araca", Noel Rosa disse, em entrevista para A Pátria, em 4 de janeiro de 1936:

"Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo."


Aracy Almeida foi criada no subúrbio carioca, no bairro de Encantado, numa grande família evangélica. O pai, Baltazar Teles de Almeida era chefe de trens da Central do Brasil e a mãe, Dona Hermogênea, dona de casa. Tinha apenas homens como irmãos.

Estudou num colégio no bairro do Engenho de Dentro, onde foi colega do radialista Alziro Zarur, passando depois para o Colégio Nacional, no Méier.

Aracy de Almeida costumava cantar hinos religiosos na igreja Batista e, escondida dos pais, cantava músicas de entidades em terreiros de macumba e no bloco carnavalesco Somos de Pouco Falar. "Mas isso não rendia dinheirim", como Aracy dizia.

Mais tarde, conheceu Custódio Mesquita, por intermédio de um amigo. Cantou para ele a música "Bom-dia, Meu Amor" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), conseguindo entrar na Rádio Educadora (depois Rádio Tamoio), em 1933. Ali mesmo, conheceu Noel Rosa e aceitou o convite, que ele lhe fez, para "tomar umas cervejas cascatinhas na Taberna da Glória". Desde este dia, o acompanhou todas as noites.


No ano seguinte, gravou para o carnaval seu primeiro disco, pela Columbia, com a música "Em Plena Folia" (Julieta de Oliveira). Em 1935, assinou seu primeiro contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul e gravou "Seu Riso de Criança", composição de Noel Rosa, de quem se tornaria a principal intérprete.

Transferindo-se para a RCA Victor, participou do coro de diversas gravações e lançou, ainda em 1935, como solista, "Triste Cuíca" (Noel Rosa e Hervé Cordovil), "Cansei de Pedir", "Amor de Parceria" (ambas de Noel Rosa) e "Tenho Uma Rival" (Valfrido Silva).

A partir de então, tornou-se conhecida como intérprete de sambas e músicas carnavalescas, tendo sido apelidada por César Ladeira de "O Samba em Pessoa".

Trabalhou na Rádio Philips com Sílvio Caldas, no Programa Casé, na Rádio Cajuti, Rádio Mayrink Veiga e Rádio Ipanema, excursionando com Carmen Miranda pelo Rio Grande do Sul.

Em 1936 foi para a Rádio Tupi e gravou com sucesso duas músicas de Noel Rosa: "Palpite Infeliz" e "O X do Problema".


Em 1937 atuou na Rádio Nacional e destacou-se com os sambas "Tenha Pena de Mim" (Ciro de Sousa e Babau), "Eu Sei Sofrer" (Noel Rosa e Vadico) e "Último Desejo" (Noel Rosa) que faleceu nesse ano.

Gravou, em 1938, "Século do Progresso" (Noel Rosa) e "Feitiço da Vila" (Noel Rosa e Vadico), e, em 1939, lançou em disco "Chorei Quando o Dia Clareou" (Davi Nasser e Nelson Teixeira) e "Camisa Amarela" (Ary Barroso).

Para o carnaval de 1940, gravou a marcha "O Passarinho do Relógio" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira) e, no ano seguinte, "O Passo do Canguru" dos mesmos autores.

Em 1942, lançou o samba "Fez Bobagem" (Assis Valente), "Caramuru" (B. Toledo, Santos Rodrigues e Alfeu Pinto), "Tem Galinha no Bonde" e "A Mulher do Leiteiro" (Milton de Oliveira e Haroldo Lobo). Fez sucesso no carnaval de 1948 com "Não Me Diga Adeus" (Paquito, Luis Soberano e João Cerreia da Silva) e, em 1949, gravou "João Ninguém" (Noel Rosa) e "Filosofia" (Noel Rosa e André Filho).


Entre 1948 e 1952, trabalhou na boate carioca Vogue, sempre cantando o repertório de Noel Rosa. Graças ao sucesso de suas interpretações nessa temporada, lançou pela Continental dois álbuns de 78 rpm com músicas desse compositor.

O primeiro deles, lançado em setembro de 1950, continha "Conversa de Botequim" (com Vadico), "Feitiço da Vila" (com Vadico), "O X do Problema", "Palpite Infeliz", "Não Tem Tradução" e "Último Desejo". No segundo, lançado em março de 1951, interpretou "Pra Que Mentir" (com Vadico), "Silêncio de Um Minuto", "Feitio de Oração" (com Vadico), "Três Apitos", "Com Que Roupa" e "O Orvalho Vem Caindo" (com Kid Pepe).

Foi, ao lado de Carmen Miranda, a maior cantora de sambas dos anos 30. Depois de atuar com sucesso na Boate Vogue em Copacabana na década de 40. Entre 1950 e 1951, gravou dois álbuns dedicados a Noel Rosa, que seriam responsáveis pela reavaliação da obra do "Poeta da Vila".

Mudou-se para a cidade de São Paulo em 1950, e lá viveu durante 12 anos. Em 1955, trabalhou no filme "Carnaval Em Lá Maior", de Adhemar Gonzaga, e lançou, pela Continental, um LP de dez polegadas só com músicas de Noel Rosa, no qual foi acompanhada pela orquestra de Vadico, cantando, entre outras, "São Coisas Nossas", "Fita Amarela" e as composições inéditas "Meu Barracão", "Cor de Cinza", "Voltaste" e "A Melhor do Planeta" (com Almirante).


Três anos depois, lançou pela Polydor o LP "Samba em Pessoa". Em 1962 a RCA Victor, reaproveitando velhas matrizes, editou o disco "Chave de Ouro". Em 1964, gravou com a dupla Tonico & Tinoco o cateretê "Tô Chegando Agora" (Mário Vieira) e apresentou-se com Sérgio Porto e Billy Blanco na Boate Zum-Zum no Rio de Janeiro.

Em 1965, fez vários shows no Rio de Janeiro: "Samba Pede Passagem", no Teatro Opinião. "Conversa de Botequim", dirigido por Luís Carlos Miele e Ronaldo Bôscoli, no Crepúsculo. E um espetáculo na Boate Le Club, com o cantor Murilo de Almeida.

No ano seguinte, a gravadora Elenco lançava o disco "Samba é Aracy de Almeida". Com o cômico Pagano Sobrinho, fez "É Proibido Colocar Cartazes", um programa de calouros da TV Record, de São Paulo, em 1968. No ano seguinte, a dupla apresentou-se na boate paulistana Canto Terzo. Ainda em 1969, fez o show "Que Maravilha!", no Teatro Cacilda Becker em São Paulo, ao lado de Jorge Bem Jor, Toquinho e Paulinho da Viola.

Depois disso, com a entrada da bossa nova, os intérpretes de samba já não eram tão solicitados. Aracy de Almeida trabalhou em vários programas de TV: Clube do Bolinha (TV Tupi), com Mário Montalvão; Buzina do Charinha (TV Globo); Programa Sílvio Santos; Programas na TV Educativa; Programa da Pepita Rodrigues, na TV Manchete; Programa do Perlingeiro, na TV Excelsior; Almoço Com As Estrelas, com Aérton Perlingeiro, entre outros.


Em 1988, Aracy de Almeida teve um Edema Pulmonar. No início, ficou internada em São Paulo, retornando ao Rio de Janeiro para o Hospital da SEMEG, na Tijuca. Sílvio Santos a ajudou financeiramente na época em que esteve doente e lhe telefonava todos os dias às 18 horas para saber como ela estava.

Depois de dois meses em coma, voltou a lucidez por dois dias, e, num súbito aumento de pressão arterial, faleceu no dia 20 de junho, aos 74 anos. Seu corpo foi velado no Teatro João Caetano, visto que seu último show com Albino Pinheiro havia sido lá.

O Jardim da Saudade doou o túmulo para ela, porém já havia uma gaveta no cemitério em São Paulo, mas Adelaide não quis levá-la para lá. O Corpo de Bombeiros percorreu parte do Rio de Janeiro com o seu caixão como homenagem, passando pelos lugares importantes freqüentados por Aracy (Copacabana, Glória, Lapa, Vila Isabel, Méier e Encantado).

Ela não casou e não quis ter filhos, apesar de ter morado com alguns namorados.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #AracyDeAlmeida

Yara Amaral

YARA AMARAL GOULART
(52 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (16/09/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (31/12/1988)

Yara Amaral Goulart, mais conhecida por Yara Amaral, foi uma atriz brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 16/09/1936

Yara Amaral Goulart iniciou a carreira no teatro amador, em São Paulo, e, em 1962, participou de um dos Festivais de Teatros de Estudantes organizados por Paschoal Carlos Magno. No mesmo ano, Yara Amaral ingressou na Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde se formou em 1965, quando estreou profissionalmente na montagem de "Hedda Gabler", de Henrik Ibsen.

Em 1966, passou pelo Teatro de Arena onde, interpretando um pequeno papel em "O Inspetor Geral", de Nikolai Gogol, e foi aplaudida em cena aberta.

Yara Amaral e Cláudio Correa e Castro
Mudando-se para o Rio de Janeiro, Yara Amaral participou do "Grêmio Dramático Brasileiro", de Aderbal Freire Filho, destacando-se na peça "Reveillon" (1974), de Flávio Márcio. No mesmo ano, protagonizou outro ambicioso espetáculo experimental, "Avatar", de Paulo Afonso Grisolli, dirigido por Luiz Carlos Ripper. Pelo conjunto desses dois trabalhos ganhou seu primeiro Prêmio Molière.

Em 1976 contracenou com Fernanda Montenegro em "A Mais Sólida Mansão", de Eugene O'Neill.

Em 1977 teve expressivo desempenho em "Os Filhos de Kennedy".

Em 1978, participou do elenco de "Os Veranistas", de Máximo Gorki, espetáculo inaugural do Teatro dos Quatro.

Ganhou seu segundo Prêmio Molière protagonizando uma comédia inconsequente, "Eu Posso?" (1982), de Reinaldo Loy.

Yara Amaral e Miguel Falabella (Divulgação TV Globo)
Em 1983, voltou ao Teatro dos Quatro para fazer Goneril na montagem de "Rei Lear", de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Desde então tornou-se atriz convidada permanente do Teatro dos Quatro, onde fez um trabalho por ano, sempre em papéis de peso: "Assim É... (Se Lhe Parece)" (1984), de Luigi Pirandello, "Sábado, Domingo e Segunda" (1986), de  Eduardo de Filippo, um desempenho comovente, premiado com o seu terceiro Prêmio Molière. O monólogo "Imaculada" (1986), de Franco Scaglia, "Cerimônia do Adeus" (1987), de Mauro Rasi, e o papel-título em "Filumena Marturano" (1988), de Eduardo de Filippo, que foi sua última peça.

Yara Amaral atuou, também, em papéis de destaque em várias telenovelas, como "Dancin' Days" (1978), "O Amor é Nosso" (1981), "Sol de Verão" (1982), "Guerra dos Sexos" (1983), "Um Sonho a Mais" (1985), "Cambalacho" (1986), "Anos Dourados" (1986) e "Fera Radical" (1988).

No cinema, estreou em 1975 com "O Rei da Noite" de Héctor Babenco e fez outros filmes importantes como "A Dama do Lotação" (1978), "Mulher Objeto" (1981) e "Leila Diniz" (1987).

Morte

Yara Amaral morreu no dia 31/12/1988, aos 52 anos, no auge de sua carreira, vítima do naufrágio do barco Bateau Mouche, na noite de reveillon de 1988, na Baía de Guanabara.

Yara Amaral  foi casada com Luís Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário.

Trabalhos

Televisão
  • 1988 - Fera Radical ... Joana Flores
  • 1987 - Helena ... Dorzinha
  • 1987 - Mandala ... Participação Especial
  • 1986 - Anos Dourados ... Celeste
  • 1986 - Cambalacho ... Dinorah Melina Souza e Silva
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Beatriz
  • 1984 - Viver a Vida ... Germana
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Nieta
  • 1982 - Sol de Verão ... Sofia
  • 1981 - O Amor é Nosso
  • 1978 - Dancin' Days ... Áurea
  • 1977 - Espelho Mágico ... Suzete Calmon
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Tula
  • 1970 - E Nós, Aonde Vamos? ... Leila
  • 1968 - A Última Testemunha
  • 1968 - A Pequena Órfã
  • 1968 - O Direito dos Filhos
  • 1968 - O Décimo Mandamento

Cinema
  • 1987 - Leila Diniz
  • 1985 - Tropclip
  • 1981 - Prova de Fogo
  • 1980 - Mulher Objeto
  • 1978 - A Dama do Lotação
  • 1978 - Nos Embalos de Ipanema
  • 1977 - Parada 88, o Limite de Alerta
  • 1975 - O Rei da Noite

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #YaraAmaral