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Pitoco

HÉLIO EDUARDO AFONSO
(39 anos)
Humorista

☼ Santo André, SP (02/06/1970)
┼ São Paulo, SP (10/06/2009)

Pitoco, nome artístico de Hélio Eduardo Afonso, foi um humorista brasileiro nascido em Santo André, SP, no dia 02/06/1970, que atuou no SBT e na Rede Record ao lado da apresentadora Eliana.

Natural de Santo André, interior de São Paulo, Hélio Eduardo Afonso foi acompanhar um amigo em um teste realizado pelo SBT, no final dos anos 90, quando acabou contratado. No programa infantil "Bom Dia & Cia.", Afonso interpretava o Melocoton, uma espécie de minhoca cor de rosa. Com a saída de Eliana da emissora, em 1998, mudou junto com a apresentadora para a TV Record, para ser seu assistente de palco nos programas infantis.

Ganhou destaque como o personagem Pitoco, ao lado de Edison Oliveira da Silva, o Chiquinho, no matinal "Eliana na Fábrica Maluca" e no vespertino "Programa Eliana".

Com o fim da parceria, esteve no humorístico "Show do Tom" e em peças infantis, como "O Pequeno Polegar", seu último trabalho.

Morte

Hélio Eduardo Afonso faleceu no dia 10/06/2009, aos 39 anos, no Hospital das Clínicas em São Paulo, SP, vítima de uma hemorragia interna. Ele sofria de hepatite C.

Fonte: Wikipédia

Perry Salles

PERILÚCIO JOSÉ DE ALMEIDA
(70 anos)
Ator e Diretor

* Rio de Janeiro, RJ (06/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/06/2009)

Perry Salles foi casado com a atriz Vera Fischer, com quem viveu 16 anos e teve a filha Rafaela. Atuou ao lado de Vera Fischer em "A Super Fêmea" (1973), um dos grandes sucessos do gênero pornochanchada dos anos de 1970, dirigido por Aníbal Massaini Neto, com roteiro do escritor e autor de telenovelas Lauro César Muniz. Esse foi o filme que deu projeção nacional a Vera Fischer como atriz, depois de ter sido eleita Miss Brasil em 1969.

No cinema, Perry Salles dirigiu dois longas, "Intimidade" (1975) e "Dora Doralina" (1982), ambos protagonizados por Vera Fischer quando ainda era sua esposa.

Fez carreira principalmente no teatro, em peças como "Porcelana Fina", "Confidências", em que foi dirigido pela ex-mulher, "A Primeira Noite de um Homem", em que contracenava com Vera Fisher e a filha Rafaela, entre tantas outras.


O personagem mais marcante de Perry Salles, em telenovelas, foi Laio, na segunda fase de "Mandala" (1987).

Quando se separou de Vera Fisher, em 1989, tentou dar a volta por cima encenando um espetáculo em que se apresentava representando e sapateando. O show foi bem aceito pela crítica, mas um fracasso de público. Além disso, acabava sabendo todos os passos de Vera Fisher, que na época começara a namorar Felipe Camargo, nas gravações da novela "Mandala". Perry Salles também fazia parte do elenco e tinha sido seu último trabalho na tevê. Saiu de casa, levou apenas uma valise de nailon, livros, alguns objetos e dólares. Depois, pegou sua Parati, transformou o banco de trás numa cama e ganhou estrada. Saiu de carro sem destino pelo Nordeste. Passou três meses dormindo nos acostamentos até chegar em Trancoso, BA, a 50 minutos de Porto Seguro. Lá, encontrou um lugarejo sem luz e água e com pouquíssimas moradias. "Passei a viver como um bicho", recordava. Mergulhado numa depressão profunda, ele passou dois anos sem fazer a barba e cortar o cabelo.

Os dois anos que se seguiram sem que Perry Salles e Vera Fisher mantivessem contato não decretaram o fim da forte amizade entre eles. Quando decidiu se mudar de Trancoso para Salvador, em 1994, contou com um empréstimo de Vera Fisher, além de outros, para comprar o Teatro da Gamboa, de 101 lugares. A partir de 1998, Perry Salles, passou seus dias praticamente sem ver a luz do sol. Enclausurado em uma das salas do Teatro Gamboa. Ele tentava se livrar de uma crise existencial. Não conseguia pagar as dívidas que contraíra para manter a casa funcionando. Parou de tomar banho, deixou o cabelo crescer e só saía às ruas uma vez ou outra para comprar comida, ou melhor, dois quilos de carne moída e quatro pacotes de macarrão, suficientes para se manter durante um mês.


O quadro só foi revertido em 2000, quando Perry Salles recebeu um telefonema que o trouxe de volta à vida. Do outro lado da linha, a atriz Ivone Hoffman o convidava para atuar na peça "Com Amor", de Oscar Wilde. Longe dos palcos cariocas há 12 anos, ele passou a madrugada debruçado sobre o computador lendo o texto da peça. Na manhã seguinte, retornou a ligação de Ivone Hoffman com uma resposta positiva.

Dias depois, Perry Salles apareceu descalço, de bermuda listrada, camiseta com a inscrição de Trancoso e cabelo desalinhado para a entrevista e sessão de fotos para a revista Isto É, Gente. Era a maior prova de que abandonara a escuridão da depressão e estava novamente exposto à luz do sol.

Ele enxergou o dedo da ex-mulher no convite para retornar aos palcos no Rio de Janeiro. A atriz Ivone Hoffman confirmou que foi Vera Fisher quem sugeriu que ele fosse chamado para a peça. Depois disso, o ator se mudou para o Rio de Janeiro, morando no mesmo bairro de Vera Fisher.

Antes desse episódio, Perry Salles havia se casado com a arquiteta Beatriz, com quem teve dois filhos, Romeu e Rômulo.

Depois que voltou a viver no Rio de Janeiro, passava pequenas temporadas em Trancoso, matando as saudades dos filhos que teve com Beatriz, de quem se separou em 1997, mantinha uma relação amistosa.

Foi em Trancoso, em 1990, que ele viveu a dor de perder seu filho Rodrigo, fruto de seu casamento com a atriz Miriam Mehler. Com 20 anos de idade, ele morreu num acidente de moto. Perry Salles também é pai de Renata que mora na Inglaterra.

Perry Salles e Vera Fisher
Morte

Perry Salles faleceu no dia 17/06/2009, no Rio de Janeiro, e seu corpo foi cremado no dia 19/06/2009, vítima de câncer no pulmão. A doença foi diagnosticada em fevereiro de 2009, ocasião em que se mudou para a casa da ex-mulher e grande amiga Vera Fisher que cuidou dele até os últimos momentos.

Uma das últimas participações de Perry Salles na televisão foi na série "Mandrake", da Rede Globo, em 2004. Seu último filme foi "Espelho d’Água - Uma Viagem no Rio São Francisco", em 2004.

A última aparição pública do ator ocorreu em março de 2009, no lançamento do segundo livro de Vera Fisher, "Um Leão Por Dia". Debilitado, ele foi ao evento de cadeira de rodas.

"Ele estava no hospital, mas agora está convalescendo aqui em casa, porque eu e minha filha somos as pessoas que ele mais ama", disse Vera Fisher na ocasião. Ela estava otimista com a recuperação de Perry Salles. "Ele está melhorando sensivelmente. Já que amo tanto esse homem, tenho de cuidar dele!".

Perry Salles e Vera Fisher
Filmografia

  • 1998 - Cinderela Baiana
  • 1994 - O Efeito Ilha - Tom Amareto
  • 1975 - Intimidade
  • 1974 - As Delícias da Vida
  • 1974 - A Gata Devassa
  • 1973 - A Super Fêmea
  • 1962 - Assassinato em Copacabana
  • 1961 - O Dono da Bola - Fernando

Miguel Magno

MIGUEL MAGNO
(58 anos)
Ator, Diretor e Autor

* Rio de Janeiro, RJ (28/03/1951)
+ São Paulo, SP (17/08/2009)

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na TV Globo com a novela "Top Model", em 1989. Trabalhou em televisão, teatro e no cinema. Ficou conhecido por interpretar papéis femininos. 

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979. Miguel Magno chegou a fazer o papel de 11 personagens mulheres diferentes na peça.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla CamuratiTambém trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Miguel Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", foi sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno. Nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Miguel Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ponto, aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" ganhou ainda, como entreato, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga, hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira, o Beiçola do seriado "A Grande Família".

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos" (2008), de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista" (2003), no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais" (2001), como um dentista.


Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua Me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), "Helena" (1987) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), essas duas pela Rede Manchete, e "Dona Anja" (1996) e "Direito de Nascer"  (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, Miguel Magno estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17/08/2009, aos 58 anos, estava internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo de Miguel Magno foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.

Fonte: Wikipédia

Anselmo Duarte

ANSELMO DUARTE BENTO
(89 anos)
Ator, Roteirista, Diretor, Produtor e Editor

* Salto, SP (21/04/1920)
+ São Paulo, SP (07/11/2009)

O ator, roteirista e cineasta Anselmo Duarte Bento, mais conhecido como Anselmo Duarte, começou no cinema como molhador de tela, aos 10 anos de idade. No tempo das fitas mudas, o projetor ficava atrás da tela e a esquentava. Era preciso jogar água a cada dois rolos de filme para evitar incêndios.

Na infância, Anselmo Duarte queria ser projecionista, como o irmão Alfredo. Essa experiência foi usada em um dos filmes de Anselmo Duarte, "O Crime do Zé Bigorna", ambientado em 1928. Na trama, enquanto Charles Chaplin agitava a tela, Lima Duarte e Stênio Garcia a molhavam.

O primeiro trabalho de Anselmo Duarte como ator foi no filme inacabado de Orson Welles "It's All True" (1942).

Anselmo Duarte foi o maior galã do cinema brasileiro nos anos 40 e 50, estrelando obras na Cinédia, na Atlântida e na Vera Cruz. Seu primeiro trabalho como diretor, "Absolutamente Certo" (1957), era uma comédia como aquelas que lhe deram fama como ator e estrelada por ele e Dercy Gonçalves.

Em 1962, lançou "O Pagador de Promessas", o único filme brasileiro a receber o maior prêmio mundial do cinema, a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O jovem diretor venceu concorrentes que pertencem à história cinematográfica, como Luis Buñuel, "O Anjo Exterminador", Michelangelo Antonioni, "O Eclipse", e Robert Bresson, "O Julgamento de Joana d'Arc".

Na premiação em Cannes, a embaixada brasileira em Paris não emprestou a bandeira brasileira para o Festival. Depois de alguma confusão, Anselmo Duarte teve de tomar uma bandeira emprestada, que tinha metade do tamanho oficial. Por isso, só foi hasteada a bandeira do vencedor, pois, caso as outras fossem abertas, ela destoaria.

De volta ao Brasil, os diretores do Cinema Novo moveram uma campanha que contra "O Pagador de Promessas".

"Fizeram de tudo para denegrir a minha conquista, que foi referendada em vários outros festivais naquele ano."
(Anselmo Duarte)


Segundo ele, a campanha se manteve com o filme seguinte, "Veredas da Salvação" (1964), duramente criticado na imprensa brasileira e elogiado no exterior, em especial no Festival de Berlim. O filme, estrelado por Raul Cortez, Lélia Abramo, José Parisi e Maria Isabel de Lizandra hoje é considerado cult.

Como ator, um de seus filmes preferidos é "Sinhá Moça" (1953), de Tom Payne, no qual ele faz um belo discurso em favor da liberdade. Anselmo Duarte contracena com Eliane Lage nessa história do século 19, de uma jovem que se apaixona por advogado e vive um grande drama de amor, numa época em que as idéias abolicionistas ganhavam força e eram violentamente combatidas. O filme, produção da Vera Cruz, ganhou o Prêmio Especial do Júri, em Veneza. A atuação de Anselmo Duarte também foi elogiada no papel do compositor Zequinha de Abreu, em "Tico-Tico no Fubá" (1952) ao lado de Tônia Carrero.

Dos filmes feitos na Cinédia, o destaque é "Pinguinho de Gente" (1947). Na Atlântida, Anselmo Duarte atuou e refez o roteiro de "Carnaval no Fogo", do diretor Watson Macedo. Foi também ator em "Independência ou Morte" (1972) e seu último trabalho foi no filme "Brasa Adormecida" na década de 80, estrelado por Maitê Proença e Edson Celulari. Nesse filme ele atuou ao lado da ex-mulher, a atriz Ilka Soares, que ele conheceu na Vera Cruz e com quem teve um filho.


A Morte

O diretor estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o dia 28 de outubro de 2009, após ter sofrido o terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele também lutava contra um câncer na bexiga, diagnosticado em agosto do mesmo ano.

Segundo o filho do diretor, o empresário Ricardo Duarte, o corpo do cineasta foi levado para a cidade natal do diretor, Salto, no interior paulista. Lá, recebeu uma breve homenagem da prefeitura e foi enterrado no Cemitério Municipal da cidade.

Além de Ricardo Duarte, o diretor também é pai de Anselmo Duarte Júnior, Lídia Soares Duarte e Regina Hooper Duarte.

Carreira Ator
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1982 - Tensão No Rio
  • 1979 - Feijão Maravilha (Novela)
  • 1978 - Embalos Alucinantes
  • 1976 - Paranóia
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1975 - A Casa Das Tentações
  • 1974 - A Noiva Da Noite
  • 1974 - O Marginal
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1967 - O Caso Dos Irmãos Naves
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1960 - Un Rayo De Luz
  • 1958 - O Cantor E O Milionário
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1956 - O Diamante
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1955 - Sinfonia Carioca
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Veneno
  • 1952 - Apassionata
  • 1952 - Tico-Tico No Fubá
  • 1951 - Maior Que O Ódio
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - A Sombra Da Outra
  • 1949 - Pinguinho De Gente
  • 1949 - O Caçula Do Barulho
  • 1949 - Carnaval No Fogo
  • 1948 - Terra Violenta
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1947 - Querida Susana
  • 1947 - Não Me Digas Adeus

Carreira Roteirista

  • 1979 - O Caçador De Esmeraldas
  • 1977 - O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1952 - Amei Um Bicheiro
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Carreira Diretor

  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1977- O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1957 - Absolutamente Certo

Carreira Produtor

  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Os Carrascos Estão Entre Nós
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte

Carreira Editor

  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira In Memoriam

Mara Manzan

MARA VIRGÍNIA MANZAN
(57 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (28/05/1952)
Rio de Janeiro, RJ (13/11/2009)

Mara Virgínia Manzan foi uma atriz brasileira. Aos 17 anos, Mara Virgínia, na época estudante e ainda morando na capital paulista, foi assistir a uma peça no Teatro Oficina, e, como costumava dizer brincando, nunca mais saiu de lá. Se enturmou com o pessoal do teatro, passou a fazer de tudo nos bastidores, até que um dia substituiu uma atriz.

Tendo vivido desde cedo ligada às artes, invadiu a Corrida de São Silvestre para mostrar a sua pirofagia e aproveitou uma das estadas de Madonna no país para cuspir fogo para a estrela, então hospedada num hotel em frente ao seu apartamento. Trabalhou ainda como animadora de Carnaval, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.


O seu papel de maior destaque na televisão foi o de Odete, na novela "O Clone", que se transformou em sucesso nacional com o bordão em que afirmava sobre o Piscinão de Ramos que "Cada mergulho é um flash!".

Nos anos 70 foi casada com José Marcondes Marques e teve uma filha: A também atriz Tatiana Manzan Marques. Aparecia com namorados na mídia e era muito querida pelo público. Também era conhecida por seu jeito alegre de levar a vida, sempre sendo simpática com todos e vivia sorrindo, contando piadas.

Em março de 2008, atuando como Amara em "Duas Caras", descobriu estar com câncer no pulmão, e foi operada pelo cirurgião Drauzio Varella em 16 de abril daquele ano. A atriz já havia enfrentado em 1998 um enfisema, um câncer no útero e nos ovários e precisou se submeter a uma histerectomia radical para a retirada destes.

Mara Manzan faleceu às 8:15 hs de sexta-feira, 13/11/2009, vítima de câncer pulmonar, que virou metástase. Lutou contra a doença por mais 2 anos. Fumava mais de uma carteira de cigarros por dia, o que acabou causando sua morte precoce.

Deixou três netos: Pedro, Júlia e Lara.




Televisão

  • 1978 - Cara a Cara ... Neyde
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Paciente do Drº Munhoz
  • 1994 - A Viagem ... Edméia
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Sexta-feira
  • 1997 - Mundo VIP ... Ela mesma
  • 1998 - Hilda Furacão ... Nevita
  • 1998 - Pecado Capital ... Alzira
  • 1998 - Você Decide ... Marly (Episodio: Seria Trágico, Se Não Fosse Cômico)
  • 1999 - Você Decide ... (Episodio: Forró Bandido)
  • 1999 - Ô Coitado ... Cráudia
  • 1999 - Terra Nostra ... Costureira do Vestido de Giuliana
  • 2001 - O Clone ... Odete
  • 2003 - Kubanacan ... Agatha
  • 2004 - Da Cor do Pecado ... Cliente de Pai Helinho
  • 2004 - Senhora do Destino ... Janice
  • 2005 - América ... Cássia
  • 2006 - Cobras & Lagartos ... Marilene
  • 2007 - Duas Caras ... Amara
  • 2009 - Caminho das Índias ... Dona Ashima

Cinema

  • 1982 - Bonecas da Noite
  • 2000 - De Cara Limpa ... Suzy
  • 2003 - Herman ... Ela mesma
  • 2008 - Sexo Com Amor? ... Dirce
  • 2009 - Documentário de Mãos Dadas

Fonte: Wikipédia

Zé Rodrix

JOSÉ RODRIGUES TRINDADE
(61 anos)

Cantor, Compositor, Instrumentista, Publicitário e Escritor

* Rio de Janeiro, RJ (25/11/1947)
+ São Paulo, SP (22/05/2009)

Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade, foi um compositor, multiinstrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro.

Com o nome Zé Rodrigues, iniciou sua carreira musical no ensino médio, integrando, com colegas do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Tygel, Maurício Maestro (sob o nome Maurício Mendonça) e Ricardo Villas (sob o nome Ricardo Sá), o grupo vocal Momento4uatro. Com esta formação, o grupo acompanhou Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo na apresentação de "Ponteio", vencedor do Festival da Record em 1967, além de ter gravado um compacto duplo e um LP pela gravadora Phillips.

Estudou no Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a característica da multi-instrumentalidade: tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete.

Na década de 1970, participou da banda Som Imaginário, banda criada para acompanhar Milton NascimentoDesligando-se da banda em 1971, venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, junto a Tavito, com a canção "Casa no Campo", uma de suas composições mais famosas, que se tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina, e cujo trecho da letra "compor rocks rurais" batizou o estilo de música conhecido como rock rural, com influências regionalistas, tropicalistas, folk, country e rock, tocada pelo trio do qual faria parte logo em seguida, com Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra (, Rodrix e Guarabyra).

Nessa época, compôs músicas como "Ama Teu Vizinho" com Luiz Carlos Sá, "Mestre Jonas""Blue Riviera""O Pó da Estrada", "Os Anos 1960", "Pendurado no Vapor", esas cinco com Sá e Guarabyra, "Primeira Canção da Estrada" com Luiz Carlos Sá, dentre várias outras, além de um famoso jingle criado pelo trio, por encomenda da J. W. Thompson, para a Pepsi, notabilizado pelo verso: "só tem amor quem tem amor pra dar".


Zé Rodrix entre Sá e Guarabyra
Zé Rodrix saiu do trio em 1973, para seguir em carreira solo e participações especiais em gravações de artistas diversos, como o disco de estreia do Secos & Molhados, no qual tocou piano, ocarina e sintetizador na última faixa, chamada "Fala". Zé Rodrix dedilhava seu teclado moog após a orquestra e os outros instrumentos cessarem, técnica que só pode ser ouvida nos CDs relançados do grupo já na década de 1990, pois no vinil original esta música continha 15 minutos a menos.

Zé Rodrix passou a se dedicar mais na área de publicidade que musical na década de 1980, mas em 1983, o músico passou a integrar o grupo Joelho de Porco, com o qual gravou o LP e participou do Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prêmio de melhor letra pela música "A Última Voz do Brasil".

Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos "Não Fuja da Raia" e "Nas Raias da Loucura", de Sílvio de Abreu, e do programa "Não Fuja da Raia" da Rede Globo, estrelado por Cláudia Raia.

Em 1993 foi contemplado com o Prêmio Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, pela trilha sonora do filme "Batman e Robin".

Em 2001 reuniu-se novamente a Sá e Guarabyra, tendo seu show de estreia ocorrido no Rock In Rio III. Logo após o lançamento de "Outra Vez Na Estrada", com o trio, em 2001, Zé Rodrix conheceu o Clube Caiubi de Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos autores da música brasileira, entre eles Sonekka e Reynaldo Bessa.

Em dezembro de 2008, Zé Rodrix lançou um single ao lado de Sá e Guarabyra, chamado "Amanhece Um Outro Dia". A canção foi tema de abertura da novela "Revelação", exibida pelo SBT. Para promover a novela, o trio chegou a se apresentar ao vivo no Programa da Hebe.




Morte

Zé Rodrix morreu às 00:45 hs. de sexta-feira, 22/05/2009, em São Paulo. De acordo com uma amiga do cantor, ele passou mal e morreu ainda em casa quando era removido para o hospital. De acordo com Bárbara Rodrigues, Zé Rodrix havia saído com a mulher, mas começou a se sentir mal e retornou para casa, por volta de meia-noite.

A família acionou uma filha do cantor, que é médica e prestou os primeiros socorros ao pai. Ainda quando aguardava a chegada da ambulância para ser removido a um hospital, o cantor e compositor passou mal e morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Zé Rodrix deixou seis filhos.




Biografia Maçônica

No início da década de 2000 Zé Rodrix revelou que era maçom, chegando a lançar a trilogia de livros denominada "Trilogia do Templo" sobre a Maçonaria. A trilogia é composta dos títulos: "Johaben: Diário de um Construtor do Templo", "Zorobabel: Reconstruindo o Templo" e "Esquin de Floyrac: O Fim do Templo".

Sobre a trilogia, o escritor Luis Eduardo Matta afirmou no prefácio do terceiro volume:

"Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da Maçonaria, uma das fraternidades iniciáticas mais antigas do mundo, mesclando erudição e fluência, onde realidade e ficção se confundem num incrível mosaico narrativo."

Ainda de acordo com Luis Eduardo Matta, a "Trilogia do Templo" foi uma das mais fantásticas obras literárias produzidas no Brasil na primeira década do Século XXI.




Discografia


  • 1968 - Momento4uatro (Com Momento4uatro)
  • 1970 - Som Imaginário (Com Som Imaginário)
  • 1972 - Passado, Presente & Futuro (Com Sá, Rodrix & Guarabyra)
  • 1973 - Terra (Com Sá, Rodrix & Guarabyra)
  • 1973 - I Acto
  • 1974 - Quem Sabe Sabe Quem Não Sabe Não Precisa Saber
  • 1976 - Soy Latino Americano
  • 1975 - Motel (Trilha Sonora Original do Filme)
  • 1976 - O Esquadrão da Morte (Trilha Sonora do Filme)
  • 1977 - Quando Será?
  • 1979 - Hora Extra
  • 1979 - Sempre Livre
  • 1981 - Seu Abelardo / Rock do Planalto (Compacto)
  • 1983 - Saqueando a Cidade (Com Joelho de Porco)
  • 1988 - 18 Anos Sem Sucesso (Com Joelho de Porco)
  • 2001 - Outra Vez na Estrada (Ao Vivo - Com Sá, Rodrix & Guarabyra)
  • 2009 - Amanhã (Com Sá, Rodrix & Guarabyra)

Fonte: Wikipédia, Terra e Rolling Stone
#FamososQuePartiram #ZeRodrix

Sérgio Naya

SÉRGIO AUGUSTO NAYA
(66 anos)
Empresário, Engenheiro e Político

* Laranjal, MG (14/04/1942)
+ Ilhéus, BA (20/02/2009)

Terceiro entre nove filhos de uma família de classe média, formou-se engenheiro no final dos anos 1960 em Juiz de Fora e mudou-se para Brasília, onde muitos empresários da construção civil faziam fortunas. Ainda funcionário de construtora na capital federal, aproximou-se do poder pelas mãos do general Golbery do Couto e Silva, que costumava repetir: "Esse menino tem instinto para ganhar dinheiro".

No final dos anos 1970, já sócio da construtora Sersan, o governo militar lhe delegou a construção do polêmico "Bolo de Noiva", que levou nove anos para ser concluído. No governo João Figueiredo, associou-se ao empresário Paulo Octávio, à época genro do ministro da Marinha Maximiano da Fonseca, para a construção do Hotel St. Paul, onde a Marinha adquiriu 40 dos 272 apartamentos.

Em 1986, tentou uma vaga para a assembleia constituinte pelo PMDB de Minas Gerais, mas obteve apenas a suplência, vindo a assumir a vaga no ano seguinte, devido à cassação de um deputado por excesso de faltas. Seus negócios então prosperaram ainda mais.

Em 1989, enquanto seu amigo Leopoldo Bessone, também deputado pelo PMDB mineiro, era ministro da Reforma e Desenvolvimento Agrário, vendeu a esse ministério um prédio de 21 andares, 7 dos quais interditados pelo Corpo de Bombeiros. A compra foi desfeita, mas as parcelas já pagas ainda não haviam sido recuperadas quase 10 anos depois.

Em 1990, concorreu novamente a deputado federal, sendo o mais votado de Minas Gerais. Sua campanha ficou marcada pelo fato dele chegar de helicóptero a pequenos municípios, onde distribuía máquinas de costura e doava transmissores para rádio comunitárias. Nessa época entrou no ramo de comunicações, chegando a possuir cinco autorizações para retransmitir em Minas Gerais a TV Educativa do Rio de Janeiro (onde em pelo menos uma delas veiculou publicidade, o que é ilegal), além de nove rádios AM e FM.

Obteve um terceiro mandato, desta vez pelo PP, o qual não cumpriu até o final, devido á cassação.

Caso Palace II

Tornou-se nacionalmente conhecido depois do desabamento do Edifício Palace II, no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1998, que provocou a morte de oito pessoas, além de deixar 150 famílias desabrigadas. A construção havia sido interditada pela defesa civil em 1996, quando a obra já estava atrasada, devido à morte de um operário que caíra no fosso de elevador, que apresentara defeito. Inicialmente, Sérgio Naya tentou culpar os moradores pelo excesso de carga que teria causado o desabamento. A Construtora Sersan, empresa em que Sérgio Naya era o principal acionista, porém não era o engenheiro responsável, construiu o edifício e foi acusada pelo Ministério Público de negligência por supostamente ter usado material barato e de baixa qualidade na construção do prédio. A empresa já havia sido processada quatro vezes antes do desabamento pela má construção, que impediu a obra de receber o habite-se. Segundo Sérgio Naya: "Se areia de praia desse concreto, mesmo de baixa qualidade, não haveria mais praias no Rio de Janeiro, pois não dá liga para o concreto".


Depois do incidente com o  Edifício Palace II, Sérgio Naya foi para os Estados Unidos, mas conseguiu ser localizado algum tempo depois em Miami. Chegou a ficar preso por 137 dias, em duas passagens pela prisão. 26 dias na Polinter, no Rio, em 1999, após ser preso em Brasília pelas denúncias de ser o responsável pelo desabamento e em 2004, em Porto Alegre, por mais quatro meses, quando tentava fugir para Montevidéu. Mas em 2005 foi absolvido por cinco votos a zero do processo criminal que o acusava de causar o desabamento. Ficou comprovado que ele não era o engenheiro responsável pela obra, sendo o erro de cálculo do projetista. Quanto ao uso de materiais de baixa qualidade, o laudo não foi convincente o suficiente para a condenação. A anulação da condenação ocorreu porque os promotores, ao apelarem da sentença, desrespeitaram o Código Penal, alterando a classificação do crime de doloso (cabível se o prédio tivesse sido construído com o objetivo de cair) para culposo (o crime ocorreu devido à negligência, desatenção ou descaso).

A construtora Sersan havia se comprometido a pagar indenizações às famílias em até 6 meses, o que não ocorreu. Acionado judicialmente, as contas bancárias de Sérgio Naya foram bloqueadas. Foi condenado a pagar indenizações que variavam de 200 mil a 1,5 milhões de reais a aproximadamente 120 famílias. Para pagá-las, teve seus bens leiloados, mas as execuções judiciais não haviam terminado até o seu falecimento. Sobre a tragédia, Sérgio Naya declarou que o desabamento foi uma fatalidade e que a associação das vítimas criou uma indústria de danos morais.

Em 2008, Sérgio Naya foi denunciado por fraude à execução por ocasião da venda de um terreno avaliado em 20 milhões de reais de propriedade da LPS Participações e Empreendimentos, na qual em 2007 a Construtora Sersan era sócia majoritária. Dois dias antes da venda, a Sersan foi substituída por outra empresa, impedindo que o dinheiro da venda fosse usado para satisfazer as execuções judiciais em andamento contra a construtora.


Cassação

Logo após o desabamento, o Jornal Nacional da Rede Globo divulgou vídeo de reunião política no interior de Minas Gerais onde o deputado confessava vários crimes, dentre os quais a falsificação da assinatura do então governador, Eduardo Azeredo. Aberto o processo de cassação em março de 1998, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a cassação no dia 31 do mesmo mês, sendo enfim cassado em plenário em 15 de abril de 1998, por falta de decoro parlamentar, com o placar de 277 votos favoráveis à cassação e 163 contra.

Patrimônio e Amizades

À época da tragédia do Edifício Palace II, estimava-se que Sérgio Naya possuía milhares de imóveis no Brasil, Estados Unidos e Espanha, uma dezena de carros de luxo, três jatinhos, empresas de mineração e de turismo, além de seus negócios no ramo de meios de comunicação. Vivia numa cobertura cinematográfica de mil metros quadrados, além de ceder imóveis para que cerca de 40 amigos e políticos vivessem gratuitamente. Costumava presentear parlamentares com relógios caros, esteiras de ginástica e até dinheiro para a campanha. Conforme dizia o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso, "Não sei nada nem a favor nem contra ele. Sei apenas que ele tem boas amizades no Congresso."

Estilo de Vida

Quando tornou-se conhecido nacionalmente, aos 55 anos, continuava solteiro, mas sempre visto ao lado de belas mulheres. Considerado um workaholic, dormia 5 horas por dia, estava sempre cercado de seguranças e tinha fama de truculento, chegando a agredir o então deputado federal Agostinho Valente, que o acusara de envolvimento com o narcotráfico.

Outro acontecimento bastante repercutido envolvendo Sérgio Naya foi um vídeo exibido num programa de televisão em que ele diz não querer tomar champagne numa taça de plástico, alegando que seria "coisa de pobre", já que estava em um lugar muito caro e a bebida era sofisticada para se beber em taças de plástico. Isso aconteceu quando ele se encontrava em Miami, durante o Natal.

Nos últimos anos de vida, tinha como renda a pensão de deputado federal. Planejava, contudo, construir um centro de convivência de idosos e um shopping center em Ilhéus, onde tinha boas relações com o prefeito. Frequentava regularmente a missa na cidade e tinha intenções de fixar residência ali.

Morte

Hipocondríaco, Sérgio Naya, teve três AVCs e sofria de gota.

Sérgio Naya foi encontrado morto em um quarto do Hotel Jardim Atlântico, em Ilhéus, BA. Ele estava hospedado desde o dia 13 de fevereiro e participava de reuniões de negócios. Morreu devido a um Infarto Agudo do Miocárdio.

De acordo com a dona do  Hotel Jardim Atlântico, Néia Machado, Sérgio Naya era um cliente habitual. Segundo ela, na sexta, 20/02/2009, o empresário tomou café e voltou para o quarto. Horas depois, o motorista de Sérgio Naya estranhou a ausência dele e pediu a uma funcionária para que fosse aberta a porta do quarto.

Primeiramente, segundo Néia Machado, o motorista chamou um médico particular do empresário e, depois, um legista constatou a morte.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #SergioNaya

Clodovil

CLODOVIL HERNANDES
(71 anos)
Estilista, Apresentador de TV e Político

☼ Elisário, SP (17/06/1937)
┼ Brasília, DF (17/03/2009)

Atuou como estilista e apresentador de programas em diversas emissoras. Tornou-se o terceiro deputado federal mais votado do país, com 493.951 votos ou 2.43% os votos válidos.

Foi conhecido principalmente pela postura de polemizador e por declarações consideradas impróprias ou indelicadas, muitas vezes dirigidas a outras personalidades famosas. Entre outras polêmicas, estão acusações de racismo e antissemitismo.

Clodovil Hernandes nasceu em Elisiário, no interior do estado de São Paulo. Era filho adotivo de Domingo Hernández e Isabel Sánchez, um casal de imigrantes espanhóis naturais da região da Andaluzia. Logo após seu nascimento, a família se mudou para Floreal, onde Domingo Hernández se tornou dono de uma loja de tecidos. Clodovil descobriu que não era filho biológico de seus pais adotivos aos onze anos de idade, quando uma tia lhe contou. Segundo ele próprio, a adoção nunca foi um problema, e seus pais morreram sem saber que ele sabia. Ele também jamais soube quem foram seus pais biológicos.

Clodovil sempre teve um relacionamento mais próximo com sua mãe, que foi "a única mulher que amou em sua vida". Segundo Clodovil, a mãe não lhe quis quando chegou, porque não queria aquela "coisa feia". Felizmente, porém, Isabel aprendeu a amá-lo com o convívio. Clodovil dizia que, apesar de nunca ter gostado muito do pai, sempre o respeitou. Certo dia, quando lhe respondeu de maneira atravessada, levou um forte tapa na orelha que lhe deixou com um problema de audição. Aos treze anos, Clodovil viu seu pai tendo relações sexuais com outro homem, um cunhado. Clodovil diz que nunca tocou no assunto com o pai, o qual morreu sem saber que ele viu a cena. Por causa desse episódio, Clodovil disse que "devia o norte de sua vida" a seu pai.

"Mas devo o norte da minha vida ao meu pai, apesar de eu nunca ter gostado muito dele. Digo isso porque a primeira vez que vi um homem com outro foi o meu pai. Eu tinha treze anos. E nunca desrespeitei o meu pai."
(Clodovil)

Clodovil aos 5 anos com os pais adotivos e aos 15 anos
Juventude

O interesse de Clodovil por moda começou ainda criança, quando ele dava palpites de vestuário para a mãe, as tias e as primas, escondido do pai, que não podia saber. Quando estava estudando em um colégio interno católico, recebeu o apelido de Jacques Fath, um costureiro francês famoso da época. No último ano do normal, aos dezesseis anos, uma colega lhe perguntou por que não desenhava vestidos, embora Clodovil nem sequer conhecesse essa profissão. Pegou então uma página de caderno e desenhou onze vestidos. Numa loja do centro de São Paulo, vendeu seis desses. Diz que ganhou mais dinheiro do que a mesada que o pai lhe mandava, e iniciou assim sua trajetória na moda.

Desistiu então da Faculdade de Filosofia e, em 1960, conquistou seu primeiro Prêmio Agulha de Ouro. Com talento, ele conquistou clientes da alta sociedade de São Paulo. Na época também começou a chamar atenção a "rivalidade" de Clodovil com Dener Pamplona de Abreu, outro estilista conhecido da época. Na realidade, eles eram mais amigos e colegas de profissão do que competidores.

Um passaporte de Clodovil Hernandes comprova que seu nome verdadeiro era Clodovir Hernández.

Início da Carreira Artística

O talento de Clodovil para a moda foi reconhecido por mulheres de variadas origens sociais, desde artistas como Elis Regina e Cacilda Becker a empresárias como Hebe Alves, antiga proprietária das Lojas Mappin, e às famílias Diniz e Matarazzo, para as quais a linha prêt-à-porter era muito apreciada.

Pioneiro, por anos seria um dos pilares da alta-costura, numa sociedade que importava modelos europeus, inaugurou uma moda made in brazil. Segundo Constanza Pascolato, "Esse termo alta-costura cabe especificamente às coleções de Paris. Podemos dizer que o Clô fez uma 'moda de ateliê' muito requintada e luxuosa, destinada a ocasiões específicas, como casamentos e coquetéis", define.

Clodovil formou-se professor, mas ainda jovem se tornou um estilista conhecido no país e logo passou a trabalhar também na televisão, na qual acumulou mais de 45 anos de carreira em quase todas as emissoras de TV do país. Ficou famoso em 1976, ao ganhar o prêmio máximo no programa "8 ou 800?", apresentado por Paulo Gracindo, ao responder perguntas sobre Dona Beja.

No início dos anos 80, apresentou na Rede Globo o programa feminino "TV Mulher", considerado revolucionário na época, ao lado da então sexóloga Marta Suplicy, que viria, posteriormente, tornar-se prefeita da cidade de São Paulo. Em 1992, apresentou o programa "Clodovil Abre o Jogo" da extinta Rede Manchete.

Clodovil foi também premiado figurinista de teatro, além de ter trabalhado como ator. Possuía registro como cantor.

Em maio de 2001, Clodovil estreou no comando do programa "Mulheres" da TV Gazeta, ao lado de Christina Rocha. Polêmico como sempre, Clodovil fazia críticas à colega, ao vivo. Após alguns meses, a parceria foi desfeita e Clodovil passou a comandar um talk-show nas noites da TV Gazeta, durante as quais preparava receitas para receber seus convidados e tratava de temas polêmicos como por exemplo a briga de Xuxa com Marlene Mattos.

Programas

  • 1980 / 1982 - TV Mulher (Rede Globo)
  • 1983 - Clodovil (Rede Bandeirantes)
  • 1983 / 1985 - Manchete Shopping Show (Rede Manchete)
  • 1985 / 1988 - Clô Para os Íntimos (Rede Manchete)
  • 1991 / 1993 - Clodovil Abre o Jogo (Rede Manchete)
  • 1993 / 1994 - Clodovil Frente e Verso (CNT)
  • 1993 / 1994 - Clodovil em Noite de Gala (CNT)
  • 1995 / 1996 - Retratos (CNT)
  • 1998 - Clodovil Soft (Rede Bandeirantes)
  • 1999 - Clodovil (Rede Mulher)
  • 2001 - Clodovil Frente e Verso (CNT)
  • 2001 / 2002 - Mulheres (Rede Gazeta)
  • 2002 - Clodovil (Rede Gazeta)
  • 2003 / 2005 - A Casa é Sua (RedeTV!)
  • 2007 - Por Excelência (TV JB)

Polêmicas

A despeito da vida de "glamour" e fama, fazia questão de demonstrar sua espiritualidade e sempre evidenciar o amor recíproco entre ele e seu grande amor, citando Deus de forma recorrente nos diálogos e entrevistas: "Eu não sou briguento. Como eu poderia ser? Eu sou temente a Deus!".

- Na RedeTV!

Em 2004, já na RedeTV!, passou por uma fase polêmica devido ao desentendimento com integrantes do programa "Pânico na TV". Um dos quadros do programa propunha que personalidades consideradas arrogantes pela equipe calçassem as "sandálias da humildade", e em certo momento Clodovil tornou-se o alvo dos humoristas. O apresentador se esquivou de duas investidas dos repórteres do "Pânico na TV". Na terceira tentativa, foi perseguido por dois carros, um helicóptero e um trio elétrico. Seguido desde os estúdios da emissora, em Barueri, na Grande São Paulo, o veículo do apresentador foi fechado no meio da Marginal Pinheiros, e acabou por escapar. No dia seguinte à apresentação de todo o incidente no "Pânico na TV", Clodovil fez um desabafo ao vivo em seu próprio programa, "A Casa é Sua", que apresentava desde 2003. Seu programa passou a ser gravado.

Meses depois, ao criticar uma apresentadora da casa pelo modo que aparecera vestida em uma festa, foi demitido. Em abril de 2007, Clodovil voltou à televisão com o programa "Por Excelência", na TV JB. O nome do programa fazia referência à sua então condição de deputado federal. Pediu demissão por causa de alguns problemas de saúde.

- Acusação de Racismo

Em 2004, durante o programa "A Casa é Sua", Clodovil chamou a vereadora Claudete Alves de "macaca de tailleur metida a besta". A vereadora entrou com uma queixa-crime e o apresentador respondeu por dois processos criminais no Tribunal de Justiça de São Paulo. Clodovil alegou em sua defesa que a palavra "macaca" foi usada com o intuito de demonstrar que a vereadora "gostava de aparecer", e não com conotação racista. O apresentador, porém, foi condenado a pagar indenização por danos morais.

- Acusação de Antissemitismo e Novamente de Racismo

Em uma entrevista à Rádio Tupi, em 27 de outubro de 2006, Clodovil declarou que os judeus teriam manipulado o Holocausto e forjado o atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center. Na mesma entrevista, referiu-se a um negro como "crioulo cheio de complexo". Para suportar suas opiniões, disse à rádio carioca que existe um "poder escuso, que está no subsolo das coisas". Segundo o apresentador, "as pessoas são induzidas a acreditar. Quando houve aquele incidente com as torres gêmeas lá não tinha americano nenhum e nem judeu".

O presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Osias Wurman, declarou-se indignado com as declarações, sobretudo por virem de uma pessoa advinda de uma minoria que também sofre preconceito. Wurman entrou com uma interpelação judicial contra Clodovil, acusando-o de racista, além de enviar cópias do áudio da entrevista à Secretaria Estadual de Direitos Humanos, a deputados estaduais e a organizações não-governamentais ligadas ao movimento negro.

- Polêmica Com Cida Diogo

Em 2007, envolveu-se em nova polêmica no Congresso, após discutir com a deputada Cida Diogo, do PT do Rio de Janeiro. A discussão iniciou por conta das declarações de Clodovil de que "as mulheres ficaram muito ordinárias, ficaram vulgares, cheias de silicone" e ainda que atualmente "as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé". Ao ser questionado pela deputada quanto à declaração, respondeu: "Digamos que uma moça bonita se ofendesse porque ela pode se prostituir. Não é o seu caso. A senhora é uma mulher feia".

Carreira Política

Em 2006 entrou para a política após candidatar-se e eleger-se deputado federal pelo Partido Trabalhista Cristão, possuindo inclusive o terceiro maior número de votos em São Paulo, estado por onde se candidatou. Usou bastante ironia em sua campanha, como a frase: "Vocês acham que eu sou passivo? Pisa no meu calo para você ver…"

Tornou-se então o primeiro homossexual assumido a ser eleito deputado federal. Apesar disso, declarava-se contra a Parada do Orgulho GLBT, o casamento gay e o movimento homossexual brasileiro.

Em setembro de 2007 o deputado decidiu trocar de partido e filiou-se ao Partido da República, correndo desde então o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, pois o TSE decidiu no dia 27 de março de 2007, que o mandato pertence ao partido e não ao eleito. No entanto, em 12 de março de 2009, foi absolvido por unanimidade dos votos. Clodovil deixou o partido alegando ter sido abandonado pela legenda desde a eleição, quando não recebeu material de campanha, e posteriormente, quando não recebeu assessoria jurídica do partido. Devido a isso, os ministros do TSE concordaram que houve perseguição interna, uma das condições que permitem que o parlamentar troque de legenda.

Projetos Propostos

Em julho de 2008, apresentou proposta de emenda constitucional pretendendo reduzir o número de deputados de 513 para 250.

Em 27 de março de 2009, dez dias depois da sua morte, três de seus projetos foram aprovados na Comissão de Constituição e Justiça:
  • A obrigatoriedade das escolas divulgarem a lista de material escolar 45 dias antes da data final para a matrícula.
  • A criação do Dia da Mãe Adotiva, uma homenagem à sua mãe adotiva Isabel Hernandes.
  • A obrigatoriedade da menção dos nomes dos dubladores nos créditos das obras audiovisuais dos quais eles tenham participado.

Morte

Clodovil Hernandes morreu em 17 de março de 2009, após ser registrada sua morte cerebral causada por um Acidente Vascular Cerebral. O velório ocorreu no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o sepultamento ocorreu no dia seguinte à morte no Cemitério do Morumbi na capital paulista, onde já se encontravam os restos mortais de sua mãe adotiva.

Fonte: Wikipédia
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