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Luiz Carlos Niño

LUIZ CARLOS MENDONÇA NIÑO
(40 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/05/1965)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/06/2005)

Luiz Carlos Niño, nome artístico de Luiz Carlos Mendonça Niño, foi um ator brasileiro.

Nasceu no Rio de Janeiro em 27/05/1965. Era filho da atriz Ilva Niño e de Luiz Mendonça. Seus principais trabalhos na TV foram nas novelas "Corpo Santo" (1987), "Te Contei?" (1978) e "O Astro" (1977).

Também em 1977, participou do "Sítio do Pica-Pau Amarelo" como o personagem Faharouquinho, na TV Globo.

No cinema, atuou em filmes como "Amor e Traição" (1974) e "Sábado Alucinante" (1979).

Luiz Carlos Niño morreu aos 40 anos, vítima de cirrose, no dia 01/06/2005, no Rio de Janeiro.


Luis Gustavo com Luiz Carlos Niño em "Te Contei?"
Televisão

  • 1977 - O Astro ... Alan Quintanilha (Criança)
  • 1977 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Faharouquinho
  • 1978 - Te Contei? ... Zito
  • 1983 - Eu Prometo ... Garnizé
  • 1987 - Corpo Santo ... Juliano Queirós


Luís Carlos Niño e Jacira Sampaio no "Sítio do Pica-Pau Amarelo"
Cinema

  • 1974 - Amor e Traição
  • 1975 - Lição de Amor
  • 1979 - Sábado Alucinante
  • 1980 - Cabaret Mineiro


Luis Carlos Niño, Rosana Garcia, Jacyra Sampaio e Júlio César
Teatro

  • 1981 a 1983 - O Último Desejo
  • 1985 - Cabaret Brasileiro
  • 1990 a 1993 - Homem de Muitas Mulheres
  • 1996 - Os Reis do Improviso


Fonte: Wikipédia

Elias Gleizer

ILICZ GLEJZER
(81 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (04/01/1934)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/05/2015)

Elias Gleizer já participou de mais de 50 de novelas, especiais e minisséries na televisão brasileira, desde sua estreia na TV Tupi, em 1959. Foram diversos papéis consagrados pelo grande público. Talvez pelo seu porte físico, seu jeito de boa gente, a ternura dos gestos e o olhar doce, o fato é que o ator não escapa de personagens do tipo bonachão, adorado por todos. E o público gosta disso.
"Eu fiz mais de cinco novelas com crianças. Eu tenho cara de vovô. Mas fiz mais novela de padre. Foram dez padres. Também fiz frei, só não consegui ser bispo."
(Elias Gleizer)

Elias Gleizer nasceu em 04/01/1934, em São Paulo, filho de imigrantes judeus poloneses, de pai sapateiro e mãe dona de casa. Aliás, Elias Gleizer não... para dizer seu nome de batismo, geralmente ele precisa repetir a mesma historinha de sempre:
"Quando estou numa repartição pública, na hora da entrega do documento, eles começam: 'Pedro de Oliveira, Antonio de Souza, Joaquim Gonçalves...' Quando percebo uma pausa de dois minutos, falo: 'Sou eu'. Meu nome é Ilicz. Costumo dizer que houve só três Ilicz no mundo: Ilytch Tchaikovsky, Vladimir Ilyich Lênin e Ilicz Gleizer."
(Elias Gleizer)

A profissão de ator não era, definitivamente, o sonho dos pais dos anos 1940. Mas o sapateiro Abraão Gleizer era sensível e obrigou o filho a aprender violino.
"Tive de aprender. Comecei a tocar violino com 8, 9 anos. Aos 12 anos, já estava tocando numa orquestra juvenil amadora. Papai ia lá, me via no meio de 40 crianças, e chorava."
(Elias Gleizer)

Elias Gleizer e Ewerton de Castro
O jovem Elias Gleizer ensaiava no Instituto Cultural Israelita quando foi convidado pelo diretor para participar de uma peça teatral. Foi com a intenção de experimentar, mas acabou gostando.
"Sou persistente. Conforme ia faltando alguém, eu ia fazendo o papel do outro, até que fui o protagonista. Participamos de um festival de teatro amador, em 1956, e ganhei o prêmio. Em 1955, quem ganhou foi o Gianfrancesco Guarnieri. Era um festival de teatro seriíssimo."
(Elias Gleizer)

Não demorou e, em 1959, foi trabalhar na TV Tupi. Fez pontas, até chegar ao especial "José do Egito", seu primeiro trabalho expressivo. A primeira novela na emissora foi em 1964, "Se o Mar Contasse", de Ivani Ribeiro.
"Naquele tempo, a TV era movida à lenha. A novela passava três vezes por semana e era ao vivo. Você recebia o capítulo um dia antes, ensaiava antes de ir para o ar, então aconteciam milhões de coisas. Tinha que improvisar, o ator tinha que ser ator."
(Elias Gleizer)

Trabalhou na TV Tupi até 1978, ano em que atuou na novela "Salário Mínimo", de Chico de Assis. Foram mais de 20 novelas e especiais importantes, entre tantas outras pontas e participações, como em "Nino, o Italianinho" (1969), de Geraldo Vietri e Walther Negrão. Mas ele não guarda predileção por nenhum de seus personagens. Pelo simples fato de que sempre teve a consciência de colocar a profissão em primeiro plano.
"Nunca recusei papel, nunca. A gente fazia com tanto amor, com tanto carinho, que tudo era importante. Não tem como destacar isso ou aquilo. Hoje você era o protagonista, amanhã fazia uma ponta, uma figuração. E você fazia da mesma maneira, de tanto amor que tinha por aquilo."
(Elias Gleizer)

Elias Gleizer e Antônio Fagundes
Mas o fato de atuar tanto tempo e em tantas telenovelas ao vivo fez toda a diferença.
"Fazer ao vivo foi importantíssimo. Até hoje tem novelas que o autor entrega o capítulo quase na hora, no dia, e o elenco faz. Mas tem de ser ator."
(Elias Gleizer)

Após tantos anos na emissora, Elias Gleizer teve rápidas passagens pela TV Bandeirantes e pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), de 1980 a 1983. Atuou, entre outras produções, na novela "Meu Pé de Laranja Lima", de Ivani Ribeiro, e no seriado "Dona Santa", quando viveu um padre e contracenou com a atriz Nair Bello.

Elias Gleizer estreou na Globo em 1984, convidado pelo autor Walther Negrão para atuar em "Livre Para Voar".
"Walther, meu amigo do início de Tupi, falou assim: 'Elias, estou escrevendo uma novela que é a história do meu pai. Ele era maquinista da estrada de ferro. Eu queria que você fizesse esse papel'. Aceitei e comecei a gravar. Fiz uma novela maravilhosa, foi muito bem."
(Elias Gleizer)

Mais uma rápida passagem pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), para atuar em "Uma Esperança no Ar", de Amilton Monteiro e Ismael Fernandes, e Elias Gleizer foi escalado para outra novela na Globo, "Direito de Amar" (1987), de Walther Negrão e Alcides Nogueira. Ele guarda boas recordações da produção dessa novela.
"Eu fazia o dono de uma confeitaria. Foi um dos cenários mais lindos que eu já vi. Fizeram mais ou menos a Confeitaria Colombo, um luxo, uma coisa de louco. Era uma novela linda de época. E sempre dei sorte, sempre fiz sucesso."
(Elias Gleizer)


Em "Tieta" (1989), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, viveu uma aventura que até hoje lhe traz gargalhadas e saudades:
"Gravamos em Mangue Seco, na Bahia. Não tinha estrada, tínhamos que ir por Sergipe e atravessar o Rio Real para chegar."
(Elias Gleizer)

Ele lembra que mal cabia no barco que o levou para o local de filmagem, e que, no primeiro dia, foi aconselhado por Reginaldo Faria a não beber água, sob risco de disenteria. Tomava água de coco todos os dias. No hotel, o chuveiro da suíte batia na altura de seu pescoço. Mas o cenário era deslumbrante. Na trama, vivia um motorista de ônibus, que chamava carinhosamente de Marinete.

A lista de novelas das quais participou é extensa. Atuou, por exemplo, em "Explode Coração" (1995), de Gloria Perez, primeira novela gravada inteiramente no Projeto Jacarepaguá (PROJAC).
"Estou presente em tudo, sou que nem arroz de festa. Drº Roberto Marinho veio inaugurar os estúdios, bateu a claquete. Essa foi a primeira novela no Projac. Achei aquilo maravilhoso, fora de série. Para quem começou na Tupi, dividindo estúdio com o jornalismo... E, já prevendo, me mudei para lá."
(Elias Gleizer)

O ator também tem boas lembranças do trabalho em "Chiquinha Gonzaga" (1999), de Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, pelo prazer de fazer uma minissérie.
"Minissérie é feita com mais calma, mais cuidado, com mais esmero. Você pode estudar mais, tem um pouco mais de tempo. Novela, não: entrou o primeiro capítulo, o terceiro já está atrasado. É aquela pauleira."
(Elias Gleizer)


Em "Terra Nostra" (1999), de Benedito Ruy Barbosa, foi escalado para o papel de Padre Olavo, mais um em sua carreira. Ele adorou. "Só que esse padre era diferente, era italiano. Sotaque italiano é a minha especialidade. Fazer sotaque é comigo", garantiu, acrescentando que fala 12 idiomas. Ainda sobre o personagem recorrente em sua carreira, faz questão de contar:
"Na época da Tupi, eu já fazia padre. Em 'Rosa dos Ventos', acho que fazia um padre. Eu ia à padaria vestido de padre, ia comer um sanduíche; passavam as meninas, e eu as cantava, paquerava, vestido de padre."
(Elias Gleizer)

Outra novela marcante foi "Caminho das Índias", de Gloria Perez, a primeira a vencer o Prêmio Emmy, em 2009. Na trama, Elias Gleizer viveu o Seu Cadore, que sofria com a falsa morte de um dos filhos e a esquizofrenia do neto querido. "Essa foi maravilhosa. Eu estava muito bem cercado. Foi um grande desafio", pontuou. O ator achava extremamente oportuno que as novelas levantassem questões polêmicas, uma marca dos textos de Gloria Perez. No caso de "Caminho das Índias", a esquizofrenia ganhou os holofotes.
"Acho isso importantíssimo. A televisão é importantíssima para tudo. Ela levou progresso para o mundo todo. Depois que apareceu a televisão, todo mundo sabe de tudo."
Em 2010, emendou duas novelas: "Tempos Modernos", de Bosco Brasil, e "Passione", de Silvio de Abreu.

Três anos mais tarde interpretou o cigano Manolo em "Flor do Caribe", de Walther Negrão.

Além do trabalho em novelas e minisséries, Elias Gleizer também fez participações no seriado "Malhação" e no humorístico "Zorra Total". Mesmo dizendo não gostar de fazer cinema, atuou em "Didi Quer Ser Criança" (2004), dirigido por Alexandre Boury e Fernando Boury, com Renato Aragão.

Morte

Elias Gleizer morreu no sábado, 16/05/2015, aos 81 anos, no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 06/05/2015 após fraturar cinco costelas e perfurar o pulmão numa queda em uma escada rolante numa galeria em Copacabana. A morte foi consequência de complicações que levaram à falência circulatória por conta de uma bronco-pneumonia.

Kito Junqueira, Riva Nimitz e Elias Gleizer
Televisão

  • 1959 - José do Egito ... Potifar
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Ramirez
  • 1965 - O Mestiço ... Xavier
  • 1965 - Olhos Que Amei
  • 1965 - A Outra ... Sebastião
  • 1965 - Um Rosto Perdido
  • 1966 - A Inimiga ... Frederico
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Batista
  • 1966 - Os Irmãos Corsos
  • 1967 - Presídio de Mulheres
  • 1967 - Os Rebeldes
  • 1968 - Antônio Maria
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Donato
  • 1970 - Simplesmente Maria ... José
  • 1971 - A Fábrica ... Ernesto
  • 1972 - Signo da Esperança
  • 1973 - Rosa dos Ventos ... Padre José Lara
  • 1974 - O Machão ... Comendador Stromboli
  • 1975 - Vila do Arco ... Porfírio Caetano das Neves
  • 1976 - Xeque-Mate ... Padre Inácio
  • 1976 - O Julgamento ... Doutor Ernesto Alemão
  • 1978 - Salário Mínimo
  • 1980 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Padre Rosendo
  • 1982 - Dona Santa ... Padre Ferdenuto
  • 1982 - Renúncia ... Tio Jacques
  • 1983 - Acorrentada ... Drº Mesquita
  • 1983 - Sabor de Mel
  • 1984 - Livre Para Voar ... Pedrão
  • 1985 - Uma Esperança no Ar
  • 1987 - Direito de Amar ... Manel
  • 1988 - Fera Radical ... Donato Orsini
  • 1989 - Tieta ... Jairo
  • 1990 - Mico Preto ... Caroço
  • 1991 - Salomé ... Padre Nazareno
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra
  • 1992 - Despedida de Solteiro ... Vitório
  • 1993 - Agosto ... Rosalvo
  • 1993 - Sonho Meu ... Tio Zé
  • 1994 - Incidente em Antares ... Barcelona
  • 1994 - As Pupilas do Senhor Reitor ... José das Dornas
  • 1995 - Explode Coração ... Augusto
  • 1996 - Anjo de Mim ... Canequinha
  • 1998 - Era Uma Vez ... Pepe
  • 1998 - Meu Bem Querer
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Bergamini
  • 1999 - Terra Nostra ... Padre Olavo
  • 2000 - Uga, Uga
  • 2001 - As Filhas da Mãe ... Dedé
  • 2002 - Brava Gente ... Joaquim Mendes
  • 2002 - Esperança ... João Alfaiate
  • 2004 - Um Só Coração ... Padre
  • 2004 - Como Uma Onda ... Velho Bartô
  • 2005 - Bang Bang ... Bispo
  • 2006 - Sinhá Moça ... Frei José
  • 2006 - Pé na Jaca ... Giácomo Lancelotti
  • 2008 - Guerra e Paz ... Drº Alcebíades
  • 2008 - Casos e Acasos ... Aristides
  • 2009 - Caminho das Índias ... Srº Cadore
  • 2010 - Tempos Modernos ... Abrãozinho Mota
  • 2010 - Passione ... Diógenes Santarém
  • 2013 - Flor do Caribe ... Manolo


Cinema

  • 1965 - Quatro Brasileiros em Paris ... Policial
  • 1971 - Diabólicos Herdeiros
  • 2004 - Didi Quer Ser Criança

Fonte: Memória da Globo - Depoimento concedido ao Memória Globo por Elias Gleizer em 18/04/2011.

Antônio Abujamra

ANTÔNIO ABUJAMRA
(82 anos)
Ator, Diretor de Teatro e Apresentador de TV

* Ourinhos, SP (15/09/1932)
+ São Paulo, SP (28/04/2015)

Antônio Abujamra foi um diretor de teatro e ator e apresentador de TV brasileiro. Paulista de Ourinhos, Antônio Abujamra cursou jornalismo e filosofia no Rio Grande do Sul. Publicou críticas teatrais ainda na faculdade, em 1957, e começou a trabalhar como diretor e, em menor intensidade, a atuar. Era conhecido pela irreverência de suas encenações e por seu humor crítico em relação a tabus sociais. Começou no teatro amador, na peça "Assim é Se Lhe Parece", atuando no Teatro Universitário de Porto Alegre.

A figura de Antônio Abujamra ficou fortemente associada a "Que Rei Sou Eu?", novela humorística do gênero capa-e-espada exibida pela TV Globo em 1989. Ele interpretava Ravengar, bruxo da corte do reino de Avilan, em 1786, antes da Revolução Francesa.

A novela agradou e surpreendeu o público habitual dos folhetins da emissora na faixa das 19:00 hs. O tom de interpretação melodramática foi bem aproveitado por Antônio Abujamra, que teve liberdade para exageros que marcaram o estilo maquiavélico de Ravengar.

Sua estreia profissional como diretor ocorreu em 1961, em São Paulo, com três peças na mesma temporada: "José, do Parto à Sepultura", de Augusto Boal, "Raízes", de Arnold Wesker, e "Antígona América", de Carlos Henrique Escobar. Como diretor, foi um dos principais da antiga TV Tupi e, como ator, teve atuação destacada.


Teve problemas com a censura na Ditadura. Em 1965, sua montagem de "O Berço do Herói", de Dias Gomes, foi proibida no último ensaio antes da estreia. Na década, acumulou prêmios, como "Roda Cor de Roda" de Leilah Assumpção, e temporadas de muito sucesso popular, como o monólogo "Muro de Arrimo", em que dirigiu Antônio Fagundes, então marido de sua sobrinha, Clarisse Abujamra.

Antônio Abujamra só assumiria a carreira de ator de forma tardia, aos 55 anos. O estouro televisivo de "Que Rei Sou Eu?" foi acompanhado de prêmios teatrais importantes. Seu trabalho favorito como ator nessa época foi o monólogo "O Contrabaixo", de Patrick Suskind. Ele continuou dirigindo e ganhou o Prêmio Molière de 1991 pela direção de "Um Certo Hamlet", em montagem carioca.

Em 1998, esteve em Monte Carlo, principado de Mônaco, ao lado de celebridades como Claudia Cardinale, Annie Girardot e Yehudi Menuhin, no júri do Festival Mundial de Televisão, como único latino-americano convidado.

Foi pai do também ator e músico André Abujamra. As atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra são suas sobrinhas.

Antônio Abujamra foi quem levou o ator Othon Bastos para a televisão, depois do grande sucesso do ator ao interpretar Corisco no filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol" de Glauber Rocha.

Comandou o programa "Provocações", da TV Cultura, no ar desde 06/08/2000. Atualmente é exibido todas as terças-feiras, às 23:30 hs, com reapresentação na madrugada de quarta para quinta-feira, às 04:30 hs.

Antônio Abujamra morreu aos 82 anos, na madrugada de terça-feira, 28/04/2015, em São Paulo. Segundo a família, ele estava dormindo em casa.

Televisão
(Diretor)

  • 1968 - O Estranho Mundo de Zé do Caixão (TV Tupi)
  • 1968 - Nenhum Homem é Deus (TV Tupi)
  • 1978 - Salário Mínimo (TV Tupi)
  • 1979 - Gaivotas (TV Tupi)
  • 1980 - Um Homem Muito Especial (TV Bandeirantes)
  • 1981 - Os Imigrantes (TV Bandeirantes)
  • 1981 - Os Adolescentes (TV Bandeirantes)
  • 1982 - Ninho da Serpente (TV Bandeirantes)
  • 1997 - Os Ossos do Barão (SBT)

Televisão
(Ator)

  • 1967 - As Minas de Prata … Frazão
  • 1987 - Sassaricando … Totó
  • 1989 - Cortina de Vidro … Arnon Balakian
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? … Ravengar
  • 1992 - Amazônia … Drº Homero Spinoza
  • 1993 - O Mapa da Mina … Nero
  • 1995 - A Idade da Loba … Piconês
  • 1997 - Os Ossos do Barão … Sebastião
  • 1999 - Andando nas Nuvens … Álvaro Luís Gomes
  • 1999 - Terra Nostra … Coutinho Abreu
  • 2000 - Marcas da Paixão … Dono do Cassino
  • 2004 - Começar de Novo … Dimitri Nicolaievitch
  • 2009 - Poder Paralelo … Marco Iago
  • 2011 - Corações Feridos … Dante Vasconcelos

Cinema

  • 1989 - Festa (Direção de Ugo Giorgetti)
  • 1989 - Lua Cheia (Direção de Alain Fresnot)
  • 1990 - Os Sermões - A História de Antônio Vieira (Direção de Júlio Bressane)
  • 1991 - Olímpicos (Direção de Flávia Moraes)
  • 1992 - Atrás das Grades (Direção de Paolo Gregori)
  • 1992 - Perigo Negro (Direção de Rogério Sganzerla)
  • 1993 - Oceano Atlantis (Direção de Francisco de Paula)
  • 1995 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (Direção de Carla Camurati)
  • 1996 - Quem Matou Pixote? (Direção de José Joffily)
  • 1996 - Olhos de Vampa (Direção de Walter Rogério)
  • 1998 - Caminho dos Sonhos (Direção de Lucas Amberg)
  • 2000 - Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (Direção de Zelito Viana)
  • 2005 - Concerto Campestre (Direção de Henrique de Freitas Lima)
  • 2005 - Quanto Vale ou é Por Quilo? (Direção de Sérgio Bianchi)
  • 2008 - É Proibido Fumar (Direção de Anna Muylaert)
  • 2010 - Syndrome (Direção de Roberto Bomtempo)
  • 2011 - Assalto ao Banco Central (Direção de Marcos Paulo)
  • 2013 - Babu - A Reencarnação do Mal (Direção de Cesar Nero)
  • 2012 - Brichos - A Floresta é Nossa

Teatro

Entre seus principais trabalhos em teatro encontram-se "Volpone", de Ben Johnson; "Hair", de Gerome Ragni e James Rado; "A Secreta Obscenidade de Cada Dia", de Manuel Antonio de la Parra; "Retrato de Gertrude Stein Quando Homem", texto seu sobre a vida e obra da autora, e "O Inferno São os Outros", de Sartre.

Premiações

  • 1959 - Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira, pela direção de "A Cantora Careca", de Eugène Ionesco.
  • 1987 / 1995 - Prêmio de melhor ator na peça teatral "O Contrabaixo", de Patrick Suskind.
  • 1989 - Prêmio Kikito, no Festival de Gramado, como melhor ator pelo filme "Festa".
  • 1989 - Troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor ator de TV  pelo papel de Ravengar, pela atuação na telenovela "Que Rei Sou Eu?".
  • 1998 - Prêmio Lifetime Achievement, como diretor, no XI Festival Internacional de Teatro Hispânico em Miami.

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Cláudio Cunha

CLÁUDIO FRANCISCO CUNHA
(68 anos)
Ator, Diretor e Produtor Cultural

* São Paulo, SP (29/07/1946)
+ Porto Alegre, RS (20/04/2015)

Cláudio Francisco Cunha foi um ator e produtor cultural brasileiro. Cláudio Cunha teve uma boa infância, foi seminarista na Escola Apostólica Santa Terezinha em São Roque, SP, onde chegou a usar batina. 

No cinema, onde produziu 13 longas metragens e uma dezena de curtas na década de 70 e a partir dos anos 80 no teatro, voltando as suas origens de ator na pele do Analista de Bagé. Inspirado inicialmente no sucesso literário de Luis Fernando Veríssimo, o personagem acabou virando o alter ego do interprete. Segundo o próprio Claudio Cunha, seu "veiculo" de humor.

Na pele do Machão Gaúcho, ele fez rir mais de 2 milhões de espectadores nos palcos de todo o Brasil. Apresentando-se tanto nos melhores teatros, como improvisando espaços, levando teatro para cidades que nunca viram teatro.

Nas folgas com o Analista, produziu vários outros espetáculos, seguindo sempre a máxima de Brechet: "a melhor função do teatro é divertir".

A peça "O Analista de Bagé" entrou em 1998 para o Guinness Book, com dois recordes nacionais: Como a peça de maior tempo em cartaz e Cláudio Cunha o ator que mais tempo interpretou o mesmo personagem.

No cinema, ele dirigiu oito filmes. Seus grandes destaques foram "Amada Amante", onde foram computados cerca de 3 milhões de espectadores, "Vítimas do Prazer", objeto de estudos em vários países e o polemico "Oh! Rebuceteio", onde também é o protagonista, o desvairado Nenê Garcia.

A última participação de Cláudio Cunha na TV seria na novela "Os Dez Mandamentos", da TV Record. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, ele deveria começar a gravar 11 cenas na produção a partir de sexta-feira, 24/04/2015, como o personagem Merneptah, do mesmo núcleo do Sacerdote Paser (Giuseppe Oristanio) e Ramsés (Sérgio Marone).

Morte

Cláudio Cunha morreu aos 68 anos de idade, na segunda-feira, 20/04/2015, em Porto Alegre, RS, onde estava para apresentar a peça "A Casa Caiu". O artista havia se apresentado no sábado, dia 18/04/2015, em Caxias, no Teatro Municipal. Ele passou mal na noite de domingo, 19/04/2015, e morreu no dia 20/04/2015 após sofrer um infarto.

Cláudio Cunha foi casado com as atrizes Simone Carvalho e Edna Velho. Ele deixou quatro filhos e uma neta.

Trabalho Como Diretor

  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Profissão Mulher
  • 1980 - O Gosto do Pecado
  • 1979 - Sábado Alucinante
  • 1978 - Amada Amante
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1975 - O Dia em Que o Santo Pecou
  • 1974 - O Clube das Infiéis


Trabalho Como Ator

Cinema
  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Karina, Objeto do Prazer
  • 1979 - A Dama da Zona
  • 1978 - Amada Amante
  • 1978 - Damas do Prazer
  • 1977 - A Praia do Pecado
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1974 - O Clube dos Infiéis
  • 1974 - O Poderoso Machão
  • 1973 - Sob o Domínio do Sexo
  • 1972 - As Mulheres Amam por Conveniência

Telenovela
  • 1971 - Meu Pedacinho de Chão

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Douglas Bachine

Cláudio Marzo

CLÁUDIO DA SILVA MARZO
(74 anos)
Ator

* São Paulo, SP (26/09/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/03/2015)

Cláudio da Silva Marzo foi um ator brasileiro, pai da atriz Alexandra Marzo, fruto do seu casamento com a atriz Betty Faria. Também foi casado com a atriz Denise Dumont com quem teve um filho chamado Diogo e pai de Bento, fruto do seu casamento com a atriz Xuxa Lopes.

Nascido em 26/09/1940, Cláudio Marzo era filho de uma família de operários e descendente de italianos. Seu pai era metalúrgico e sua mãe dona de casa. O ator abandonou os estudos aos 17 anos para trabalhar como figurante na TV Paulista. Mais tarde, foi contratado pela TV Tupi, onde atuou numa produção sobre Chopin.

Foi a partir do seu trabalho na TV Tupi que acabou no Teatro Oficina onde estudou o método Stanislawsky, com Eugenio Kusnet. Recebeu então uma proposta da TV Globo, recém-inaugurada no Rio de Janeiro. Fez as novelas: "Eu Compro Essa Mulher", "Sheik de Agadir", "Carinhoso", com Regina Duarte. Fez então várias novelas com essa atriz, que nessa época se transformou na Namoradinha do Brasil.

"Na época eu acreditava, ingenuamente até, que o teatro pudesse modificar o mundo", disse o ator em entrevista ao site Memória Globo.

Cláudio Marzo já era um nome conhecido da TV em 1969, quando atuou ao lado de Regina Duarte em "Véu de Noiva", de Janete Clair. Foi a primeira telenovela contemporânea da TV Globo, uma resposta à tendência iniciada por "Beto Rockfeller", sucesso da TV Tupi. O par formado por Cláudio Marzo e Regina Duarte caiu no gosto popular. E voltou a ser escalado em "Irmãos Coragem", de Janete Clair, produzida em 1970. Na trama, ele interpretou um dos irmãos do título: Duda, um craque de futebol.


"Carinhoso", de Lauro César Muniz, lançada em 1973, trouxe de volta Cláudio Marzo e Regina Duarte. Mas foi na década de 80 que ele participou de duas produções que marcariam sua carreira. Em "Brilhante", de Gilberto Braga, exibida em 1981, ele viveu o motorista Carlos, que vivia um romance com sua patroa, Chica Newman, papel de Fernanda Montenegro. Já na minissérie "Quem Ama Não Mata", de Euclydes Marinho, de 1982, o ator contracenou com Marília Pêra.

No início de 1988, Cláudio Marzo trocou de emissora e participou de duas novelas na extinta TV Manchete: "Kananga do Japão" (1989), de Wilson Aguiar Filho, e "Pantanal" (1990), de Benedito Ruy Barbosa. Essa última marcou a carreira do ator, que costumava destacar como um dos mais bonitos trabalhos que já fez na TV.

De volta à TV Globo em 1993, atuou em "Fera Ferida", de Walther Negrão, no papel do coveiro Orestes Fronteira. Dois anos depois foi convidado para participar do remake de "Irmãos Coragem", dessa vez vivendo o Coronel Pedro Barros.

Em 2007, na TV Globo, atuou na novela "Desejo Proibido", de Walther Negrão, e na minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes", de Gloria Perez.

A carreira de Cláudio Marzo também inclui trabalhos no cinema. Foram nada menos do que 35 longas-metragens, entre os quais "O Homem Nu", dirigido por Hugo Carvana. Com roteiro de Fernando Sabino, o filme lançado em 1990 lhe rendeu o prêmio de melhor ator no conceituado Festival de Gramado.

Morte

Cláudio Marzo morreu no domingo, 22/03/2015, às 05:39 hs, aos 74 anos, vítima de complicações de um enfisema pulmonar. Os familiares aguardam a chegada de um dos filhos do ator que mora na Austrália para o velório e o corpo deve ser cremado.

Cláudio Marzo estava internado no CTI da Clínica São Vicente, na Gávea, Rio de Janeiro, desde o dia 04/03/2015. Nos últimos meses, o ator teve diversas passagens pela clínica. Em fevereiro, ele foi internado com problemas respiratórios. Já em setembro de 2014, passou 14 dias no hospital por causa de uma pneumonia. Em outubro, fez uma cirurgia do aparelho digestivo, e em novembro, foi internado com um quadro de hemorragia digestiva e diverticulite.

Cláudio Marzo deixou três filhos dos casamentos com as atrizes Betty Faria, Denise Drummond e Xuxa Lopes. São eles, a também atriz Alexandra Marzo, Diogo e Bento. Nos últimos anos ele estava casado com Neia Marzo.

Carreira

Novela
  • 2007 - Desejo Proibido ... Lázaro Simões
  • 2005 - A Lua Me Disse ... Ivan Lago
  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Rafael Nogueira
  • 2002 - Coração de Estudante ... João Alfredo Mourão
  • 1999 - Andando Nas Nuvens ... Antônio San Marino
  • 1998 - Era Uma Vez... ... Xistus Kleiner
  • 1997 - A Indomada ... Pedro Afonso de Mendonça e Albuquerque
  • 1996 - Vira Lata ... Lupércio
  • 1995 - Irmãos Coragem ... Coronel Pedro Barros
  • 1993 - Fera Ferida ... Orestes Fronteira
  • 1990 - Pantanal ... José Leôncio / Velho do Rio
  • 1989 - Kananga do Japão ... Noronha
  • 1987 - Bambolê ... Álvaro Galhardo
  • 1986 - Cambalacho ... Rogério Guerreiro
  • 1984 - Partido Alto ... Maurício
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Ciro
  • 1981 - Brilhante ... Carlos Amorim
  • 1980 - Plumas & Paetês ... Edgar
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Eugênio Fontes
  • 1978 - Roda de Fogo ... Jacques
  • 1976 - Saramandaia  ... Conde August Strauss
  • 1975 - Senhora ... Fernando Seixas
  • 1974 - O Espigão ... Léo Simões
  • 1973 - Carinhoso ... Humberto
  • 1972 - O Bofe ... Dimitrius
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Renato
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Duda Coragem
  • 1969 - Véu de Noiva ... Marcelo Montserrat
  • 1969 - A Última Valsa ... Carlos Augusto
  • 1968 - A Grande Mentira ... Roberto
  • 1968 - Sangue e Areia ... Miguel
  • 1967 - A Rainha Louca ... Robledo
  • 1966 - O Sheik de Agadir ... Marcel
  • 1966 - Eu Compro Esta Mulher ... Ricardo
  • 1965 - Um Rosto de Mulher ... Desconhecido
  • 1965 - A Moreninha ... Augusto
  • 1964 - Marcados Pelo Amor ... Roberto
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec ... Desconhecido)

Minissérie
  • 2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ... Ramalho Jr.
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Rodolfo
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Rodrigo Alfredo do Vale
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Jerônimo
  • 1982 - Quem Ama Não Mata ... Jorge

Série
  • 2008 - Guerra e Paz  (Episódio: Mães & Pais) ... Capitão Guerra
  • 1998 - Você Decide (Episódio: Aconteceu no Natal)
  • 1996 - Você Decide (Episódio: O Professor)
  • 1993 - Você Decide (Episódio: O Homem Errado)

Cinema
  • 2007 - A Casa da Mãe Joana ... Leopoldo
  • 2007 - Meteoro ... Velho Meirelles
  • 2002 - A Selva ... Juca Tristão
  • 2001 - O Xangô de Baker Street ... Pedro 2º
  • 2001 - Um Crime Nobre
  • 2000 - Os Três Zuretas
  • 1997 - O Homem Nu ... Sílvio Proença
  • 1996 - Adágio ao Sol ... Júlio
  • 1992 - Perfume de Gardênia ... Delegado
  • 1990 - Mais Que a Terra
  • 1986 - Fulaninha ... Bruno
  • 1985 - Avaeté - Semente da Vingança ... Deputy
  • 1985 - Chico Rei ... Felipe dos Santos
  • 1985 - Fonte da Saudade
  • 1984 - Nunca Fomos Tão Felizes ... Beto
  • 1983 - Parahyba Mulher Macho ... João Dantas
  • 1982 - Pra Frente, Brasil
  • 1982 - O Último Vôo do Condor ... Murilo
  • 1982 - Profissão Mulher
  • 1982 - O Segredo da Múmia
  • 1979 - Memórias do Medo
  • 1978 - A Lira do Delírio
  • 1978 - A Dama do Lotação
  • 1978 - Pequenas Taras ... Diogo
  • 1978 - Se Segura, Malandro! ... Zatopek do Crime
  • 1975 - O Flagrante
  • 1973 - Os Condenados ... João do Carmo
  • 1971 - O Capitão Bandeira Contra o Doutor Moura Brazil ... Capitão Bandeira
  • 1970 - Em Busca do Susexo ... Borges
  • 1969 - Máscara da Traição ... César
  • 1968 - O Engano ... Doctor
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1968 - Os Viciados ... (Episódio: A Fuga)
  • 1968 - Copacabana Me Engana ... Hugo
  • 1967 - O Mundo Alegre de Helô ... Freddy 5

Prêmios
  • Festival de Gramado - Vencedor: Melhor ator por "O Homem Nu"
  • 1990 - Melhor ator pelo Troféu Imprensa

Fonte: Wikipédia e O Globo

Syn De Conde

SYNÉSIO MARIANO DE AGUIAR
(95 anos)
Ator

* Belém, PA (14/06/1894)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/05/1990)

Syn De Conde foi um ator brasileiro nascido em 14/06/1894, na cidade de Belém, PA, batizado como Synésio Mariano de Aguiar. Foi um ator conhecido por atuar em "Revelation" (1918), "The Girl Who Stayed At Home" (1919) e "Rouge e Riches" (1920). Ele foi casado com Anna Pauley De CondeSyn De Conde foi o primeiro brasileiro a virar ator em Hollywood.

Synésio Mariano de Aguiar era filho de um industrial paraense. No inicio do século passado, quando a fase da exploração da borracha nativa ainda deixava um pouco do seu lastro de ouro na sociedade local, o jovem seguiu a praxe das grandes famílias, sendo mandado para a Europa concluir os seus estudos básicos. Na Suíça fixou residência e por lá recebia regularmente a mesada paterna, escrevendo-lhes para contar seu aproveitamento no estabelecimento de ensino. Mas o irrequieto Synésio tinha outras pretensões. Embarcou para a América do Norte e passou a residir na Califórnia, especificamente em Hollywood, onde arranjou um quarto de pensão, dividindo a despesa de aluguel com outro estrangeiro, o italiano Rodolfo Valentino.

Supostamente influenciado por Rodolfo Valentino, o paraense passou a se exibir como dançarino de tango nas boates elegantes. Entretanto, tentou se envolver com uma garota em um restaurante escrevendo-lhe um bilhete. Como resposta, a jovem lhe passou o seu endereço e o telefone. Tratava-se da atriz Alah Nazimova que mais tarde seria a namorada efetiva de Rodolfo Valentino. Através dela, o paraense conheceu um estúdio de cinema e ao presenciar uma cena onde dançavam um tango, disse ao diretor que faria melhor, demonstrando na ocasião esta qualidade. Dessa forma, foi aceito como coadjuvante do filme em produção e daí em diante passou a figurar em produções "Classe A", atuando em oito filmes durante 2 anos.

Syn De Conde e Carol Dempster
O filme "A Garota Que Ficou em Casa" (The Girl Who Stayed At Home / EUA, 1919) de David Wark Griffith não é dos mais conhecidos ou aplaudidos trabalhos do cineasta considerado "o pai do cinema", por seu pioneirismo na criação dos elementos que fazem a linguagem cinematográfica. Mas para nós brasileiros e principalmente para os paraenses, tem significativa importância pelo fato de ter no elenco um brasileiro, Synésio Mariano de Aguiar. Por ironia ele interpreta um conde francês na história de uma jovem norte-americana, filha de um confederado (homem que lutou pelo sul na Guerra Civil). A garota (Carol Dempster, atriz muito conhecida na época) vê seu namorado (Richard Barthelmess) e o amigo deste (Robert Harron), também pretendente à sua mão, partirem para a guerra (a Primeira Mundial).

As cartas ao pai agradecendo a mesada faziam o percurso Estados Unidos - Suiça - Brasil graças à colaboração de um amigo que ficara na Suíça encarregado dessa correspondência. Mas, certo dia seu pai, o velho Mariano de Aguiar, soube da carreira artística do filho alertado por uma pessoa que lhe disse ter visto "o Synésio no Cinema Olympia". Ao argumentar que isso era impossível, que o Marianinho estava na Europa, o informante completou dizendo que ele estava na tela, puxando um camelo no papel do árabe Abdulah em "A Chama do Deserto" (Flame Of Desert).

Mariano de Aguiar espantou-se:

- Não é possível, o menino está em Berna, na Suíça!- Não, ele não estava na platéia: estava na tela!

O pai, aflito, foi logo ao cinema. E viu o filho vestido de beduíno puxando um camelo em uma aventura do folclore árabe. Foi o fim da carreira do astro promissor que chegou a morar com o ídolo da época, Rodolfo Valentino.

Syn De Conde e Pauline Frederic
Contrariado com a situação, solicitou o retorno urgente do filho rebelde. Desconhecia, contudo, que este havia se casado na Califórnia com Anna Pauley. Logo foi providenciado o divorcio e Syn De Conde retornou.

Em 1921, Syn De Conde foi processado por sua ex-esposa, Anna Pauley De Conde, e condenado a pagar US$ 150 dólares por mês em pensão alimentícia, com base em sua alegação de que sua renda anual foi de US$ 30.000 e que o pai dela, Hubert, tinha um depoimento dizendo que sua conta bancária tinha recentemente um saldo de US$ 50.000.

De acordo com as referências extraídas do New York Times, em 1921, Syn De Conde passou a residir em New York, na 118 West Seventy-Second Street.

Em 1927 ele retornou ao Brasil, via Rio de Janeiro. Nesse ano estreava na então Capital Federal o filme "O Homem Mosca" (Safety Last, 1923) onde se via o comediante Harold Lloyd escalar um edifício. A divulgação do lançamento baseava-se nessa proeza de Harold Lloyd, que foi assumida por Syn De Conde e, segundo ele, para provar que "não era só norte americano que tinha essa coragem", escalando um prédio na Av. Rio Branco, e, com isso, ganhando manchetes de jornais.

Em 1928, já em Belém, o ousado ex-estudante acomodou-se como professor de inglês, na Escola Normal, casando-se com uma paraense. Teria sido um casamento arranjado pelo pai. Nada que o transformasse num sério chefe de família.

Syn De Conde só muito mais tarde foi reconhecido como o "ator paraense em Hollywood", em 1972, através de uma informação de Adalberto Affonso, gerente local da empresa Severiano Ribeiro, ao crítico Pedro Veriano. Na busca pelo personagem, encontrou-o doente, num dos sobrados da Av. Serzedelo Corrêa, que herdara de familiares. A atuação do critico como médico fez a amizade com o então lendário ator, que lhe mostrou um álbum com as fotos de sua atuação no mundo do cinema mudo. Tudo o que ele havia dito numa primeira entrevista e que se supunha ser delírio do ancião enfermo, foi constatado.


Não só fotos com artistas famosos e de sua atuação como dançarino ao lado de sua partner, uma jovem belíssima, mas pôsteres de filmes e cartas de recomendação de gerentes de produtoras como do famoso Louis B. Mayer, da Metro Goldwyn Mayer.

Esse material serviu a uma exposição do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) dirigido por Cosme Alves Neto. Depois chegou à Belém junto com a organização da primeira mostra de cinema amador e a reunião dos cineclubistas da região norte em 1976.

No fim da década de 80, Synésio Mariano de Aguiar retornou ao Rio de Janeiro, onde faleceu em 1990 vítima de de insuficiência cardíaca.

Como se vê, a trajetória artística deste aventureiro entre as câmeras e na vida privada daria um filme. Para um documentário, o material hoje perdido e em algum lugar, talvez seja precário, não se sabe o destino de seu álbum, mas, quem sabe, um longa de ficção. Afinal, apenas esta odisseia narrada neste texto demonstra uma realidade pitoresca de um tempo em que as famílias com recursos dispunham do destino de seus filhos e estes divergiam e tomavam outro rumo.

Fonte: IMDb, FilmowACCPA, Guarulhos Web e Veja, 6 de junho, 1990 – Edição 1133 Pág. 86
Indicação: Taty

Hugo Della Santa

HUGO DELLA SANTA
(36 anos)
Ator

* Capivari, SP (1952)
+ São Paulo, SP (26/03/1988)

Hugo Della Santa foi um ator nascido na cidade de Capivari, SP, em 1952. Estreou no cinema e na televisão, no final da década de 70, e participou de três novelas, "Os Adolescentes" (1981), "Ninho da Serpente" (1982) e "Os Imigrantes: Terceira Geração" (1982), todas em papéis de destaque, na TV Bandeirantes.

No cinema, atuou em cinco filmes, sendo eles, "Paula, a História de Uma Subversiva" e "Filhos e Amantes", ambos de de Francisco Ramalho Jr., "A Próxima Vítima", de João Batista de Andrade, "Jeitosa, Um Assunto Muito Particular", de Nello De Rossi, e "Romance", de Sérgio Bianchi.

No teatro, em 1985, recebeu o Prêmio Governador do Estado pela sua atuação em "Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão", de Naum Alves de Souza.


Hugo Della Santa foi responsável pela adaptação do romance "Giovanni", do autor americano James Baldwin, para o teatro, onde também atuou como ator, ao lado de Caíque Ferreira, com quem morava na época, grande sucesso de público em 1986, no Teatro Bixiga, em São Paulo, e, posteriormente, em diversas cidades do País.

Atuou na polêmica montagem de "Nossa Senhora das Flores", de Jean Genet, dirigida por Maurício Abud, em 1985.

Seu último trabalho foi em 1988 na montagem de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, com direção de Marcio Aurélio, no Teatro Anchieta, numa montagem do grupo Pessoal do Victor.

Hugo Della Santa teve uma carreira muito rápida, interrompida por sua morte em 1988, aos 36 anos, vítima da AIDS. Morreu no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, e segundo o atestado de óbito do ator, ele morreu vítima de anemia aplástica, uma doença que afeta as plaquetas do sangue.

O ator foi homenageado pela prefeitura de São Paulo, que deu seu nome a uma rua no bairro de Cidade Tiradentes.

Caíque Ferreira com Hugo Della Santa
Cinema
  • 1988 - Romance ... André
  • 1984 - Jeitosa, Um Assunto Muito Particular
  • 1983 - A Próxima Vítima
  • 1981 - Filhos e Amantes
  • 1979 - Paula, A História de uma Subversiva


Televisão
  • 1982 - Os Imigrantes: Terceira geração
  • 1982 - Ninho da Serpente
  • 1981 - Os Adolescentes ... Liminha

Jorgeh Ramos

JORGEH JOSÉ RAMOS
(73 anos)
Ator, Dublador e Locutor

* Recife, PE (03/02/1941)
+ Porto Alegre, RS (01/12/2014)

Jorgeh José Ramos foi um ator, dublador e locutor brasileiro, nascido em Recife, PE. Começou a carreira no teatro aos 16 anos. Na televisão começou no começo dos anos 60 na TV Jornal do Comercio em Recife, PE, participando de tele-teatros, que eram apresentados ao vivo.

Alguns anos depois foi tentar carreira em São Paulo, aonde permaneceu alguns anos e depois foi para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro começou a carreira de locutor a pedido de Carlos De La Riva na Peri Filmes, no qual exerceu a carreira até os dias de hoje.

Uma de suas narrações mais famosas são as narrações feitas para o cinema anunciando os filmes de estréia, no qual ele narra desde o final dos anos 70 até os dias de hoje com a famosa frase: "Sexta, nos cinemas!".

Jorgeh Ramos também foi escritor e diretor de peças teatrais, e atualmente tinha um projeto chamado "Gargarullo", que era aberto para todos os tipos de artes cênicas, com o objetivo de ensinar e profissionalizar quem tinha interesse no assunto. O instituto localiza-se no interior do Rio de Janeiro.

Como dublador começou por volta de 1966 quando foi para São Paulo. Trabalhou na extinta Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo) por 3 anos, quando mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá ele entrou para a TV Cine Som, Peri Filmes e ao mesmo também entrou para direção de dublagem. Entre os locais em que Jorgeh Ramos mais dublou constam também a Herbert Richers e a Tecnisom.

Apesar de Jorgeh Ramos dividir sua vida entre escrever, dirigir peças e locuções, também arrumou tempo para a dublagem, no qual conseguiu atuar tanto na direção quanto na dublagem de personagens.

Entre suas dublagens estão os desenhos como Zé Buscapé em "A Arca do Zé Colméia", Grande Polegar em "Grande Polegar: Detetive Particular", Dom Pixote em "A Arca do Zé Colméia" e "Os Ho-Ho-Límpicos", Robert Hawkins em "Super Choque", Frank Marlon em "Trigun", Jafar em "Aladdin" (Série), Kawara Heitarou em "Samurai Champloo", além de muitos longas-metragens pra Disney como Scar em "O Rei Leão", Psiquiatra em "A Bela e a Fera", narrador dublado originalmente por Roscoe Lee Browne em "Babe, o Porquinho Atrapalhado" e "Babe, o Porquinho Atrapalhado na Cidade", Rothbart em "A Princesa Encantada", Rasputin em "Anastásia", entre tantos outros.

Em filmes fez Peter McCallister interpretado por John Heard em "Esqueceram de Mim I" e "Esqueceram de Mim II - Perdido Em Nova York", Cardeal Richelieu interpretado por Tim Curry em "Os Três Mosqueteiros", Exterminador interpretado por Arnold Scharzenegger na primeira dublagem de "O Exterminador do Futuro", George Banks interpretado por Steve Martin em "O Pai da Noiva", Doutor Sam Litvack interpretado por Steven Gilborn em "Doutor Dolittle", Capitão Patrick Hendry interpretado por Kenneth Tobey em "O Monstro do Ártico", Robert Deguerin interpretado por James Caan em "Queima de Arquivo", Godefroy de Papincourt interpretadopor Jean Reno em "Os Visitantes - Eles Não Nasceram Ontem", Isaak O’Day interpretado por Delroy Lindo em "Romeu Tem Que Morrer", Anthony Bridewell interpretado por Tom Helmore em "A Máquina do Tempo", Frank W. Wead ainda novo interpretado por John Wayne em "Asas de Águia", Jed Clampett interpretado por Jim Varney em "A Família Buscapé", alem de ter feito o ator Gene Hackman em "Julgamento Final", na segunda dublagem de "Sem Saída", entre outros.


Em séries fez a primeira voz do Capitão Benjamin Franklin Pierce "Falcão" interpretado por Alan Alda em "M.A.S.H.", a primeira voz do Senhor John Walton interpretado por Ralph Waite em "Os Waltons", entre outros.

Jorgeh Ramos tinha uma voz muito conhecida tanto nas narrações quanto nos filmes e desenhos. Com esta voz sempre forte e entonada ele marcou gerações. Como um dos grandes profissionais da dublagem no Brasil, Jorgeh Ramos possui uma extensa carreira na dublagem. Muito conhecido, nos últimos anos, por narrar a propaganda de um filme para o cinema, esteve também, por um período curto, no estúdio da Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo).

Sua passagem pela AIC data de 1966/1967, onde sempre foi muito requisitado para dublar vilões, cientistas obcecados, etc. É dessa época as suas participações em séries como "Missão Impossível", "Big Valley" e, principalmente, a 2ª temporada de "Viagem Ao Fundo do Mar" onde esteve presente quase em 50% dos episódios. Em todas as suas participações sempre recebia o papel do vilão.

Ao ser lançada no Brasil em dezembro de 1966, a série "Perdidos No Espaço" trouxe um personagem muito diferente: um robô. Uma das maiores sensações da série para a garotada, e Jorgeh Ramos foi escalado para dublá-lo a partir do episódio nº 4, "Terra de Gigantes", indo até o episódio nº 19, "O Fantasma do Espaço", sendo a partir do episódio seguinte, substituído por Amaury Costa. O curioso é que nessa fase de "Perdidos No Espaço", o robô também era meio vilão, uma vez que seguia as ordens do Drº Smith.

Jorgeh Ramos saiu de "Perdidos No Espaço" porque saiu também da AIC, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde participa ativamente como dublador e diretor de dublagem no estúdio TV Cine Som. A série "Os Invasores" reúne, talvez, o maior número de participações, uma vez que o estúdio estava iniciando e possuía um número ainda pequeno de dubladores.

Com o encerramento da TV Cine e Som, Jorgeh Ramos mudou para a Herbert Richers, onde também foi diretor de dublagem e dublou personagens importantes, todos no início da década de 70. São desse período a dublagem de Lee Majoors na série "O Homem de Seis Milhões de Dólares" (primeira voz), assim como a de Ralph White (John Walton) também a primeira voz e diversas participações em filmes e outras séries como, por exemplo, "Columbo".

Os desenhos não ficaram de fora, assim Jorgeh Ramos dublou Dom Pixote em "A Turma de Zé Colméia", "Carangos e Motocas", "Grande Polegar, Detetive Particular", etc.

A partir do final da década de 70, foi convidado a ser o narrador para os traillers dos filmes que seriam exibidos no cinema. Trabalho que ainda realizava.

A dublagem voltou a pedir vilões para os desenhos da Disney. Assim, desde a década de 90 fez diversos, tais como Jafar no desenho "Aladim", e um dos mais inesquecíveis trabalhos, o leão Scar, em "O Rei Leão". Dessa forma, surgiram outros vilões em desenhos para o cinema, como Rasputin em "Anastácia".

Jorgeh Ramos tem mais de 10 mil trailers narrados em português. 

Morte

Jorgeh Ramos faleceu na segunda-feira, 01/12/2014, em Porto Alegre, RS, aos 73 anos. Seu quadro de saúde, que já estava frágil devido a um câncer descoberto há um ano, se agravou com uma pneumonia.

Antes de falecer, ele esperou meses por um transplante de rim em Porto Alegre. Apesar de mal conseguir andar, ele continuava a trabalhar em sua casa.

No Facebook, fãs de Jorgeh Ramos prestaram suas homenagens na página Jorgeh Ramos - A Voz do Cinema.

Indicação: Luiz Carlos (Lucs-DF)