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J. B. Tanko

JOSIP BOGOSLAV TANKO
(87 anos)
Cineasta

* Sisak, Croácia (21/04/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/10/1993)

Foi um cineasta da antiga Iugoslávia, que após a Segunda Guerra Mundial fixou residência no Brasil, onde deu prosseguimento a sua carreira.

Nascido na cidade croata de Sisak, desde a infância foi apaixonado pelo cinema. Começou a trabalhar na Áustria, criando versões iugoslavas de filmes alemães e austríacos. Na década de 1930, trabalhou no Sascha-Filmindustrie AG e no Wlen-Film GMBH, em Viena, e no Tobis Filmkunst, Terra Filmkunst e UFA, em Berlim, chegando a função de assistente de direção.

A partir de 1937, em Viena, participou das equipes da Wien-Film, criada por Goebbels. No início da Segunda Guerra Mundial, assumiu o Departamento de Cinema Documental do Exército, em Belgrado. Quando a Iugoslávia foi invadida pela Alemanha, filmou o bombardeio de Belgrado. Fugiu para Berlim com o filme, e em 1942 retornou para Viena. Com o fim da Segunda Guerra, na qual perdeu toda a família, decidiu emigrar.

Em 1948 fixou residência no Rio de Janeiro, contribuindo muito para a profissionalização do cinema brasileiro com sua diversificada experiência. Seu primeiro trabalho foi na Cinelândia Filmes, como assistente de direção e roteirista de "Escrava Isaura", adaptação do romance de Bernardo Guimarães.

Sem abandonar a Cinelândia, começou a trabalhar também na Atlântida, onde desempenhou vários papéis, chegando a diretor. Realizou alguns dramas, que não tiveram sucesso de público, levando-o às comédias.

Em 1955 passou a trabalhar para Herbert Richers, para o qual dirigiu 18 filmes, dentre os quais uma série de comédias, estreladas por atores como Ankito, Grande Otelo, Zé Trindade e Ronald Golias. Contudo, continou com os dramas, filmes policiais e infantis.

Em 1967, dirigiu "Adorável Trapalhão", no qual conheceu Renato Aragão, com o qual estabeleceria sólida parceria. J.B. Tanko viria a dirigir 11 filmes de Os Trapalhões.

Em 1969, fundou a JBTV - J. B. Tanko Filmes Ltda (1969) e dirigiu diversas comédias para adolescentes. Trabalhando com Os Trapalhões, realizou "O Trapalhão Nas Minas Do Rei Salomão", uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro em todos os tempos (cerca de 6 milhões de espectadores), e também "Os Saltimbancos Trapalhões", considerado o melhor filme do grupo.

Produziu e dirigiu filmes diversificados, como o drama erótico "As Borboletas Também Amam", com a atriz Angelina Muniz, e o musical "Vamos Cantar Disco, Baby?", com o conjunto As Melindrosas, à época popular. Em 1983, produziu o filme "Perdoa-Me Por Me Traíres", dirigido por Braz Chediak, baseado na obra de Nelson Rodrigues.

Quando Dedé Santana, Zacarias e Mussum separaram-se de Renato Aragão, criando a DeMuZa Produções, J. B. Tanko produziu a comédia "Atrapalhando A Suate". Aos 81 anos dirigiu seu último filme: "Os Fantasmas Trapalhões".

Filmografia

1987 - Os Fantasmas Trapalhões
1982 - Os Trapalhões na Serra Pelada
1982 - Os Vagabundos Trapalhões
1981 - Os Saltimbancos Trapalhões
1979 - Vamos Cantar Disco, baby?
1978 - As Borboletas Também Amam
1977 - O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão
1976 - Simbad, o Marujo Trapalhão
1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
1975 - O Trapalhão na Ilha do Tesouro
1974 - Robin Hood, o Trapalhão da Floresta
1973 - Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
1972 - Salve
1971 - Som, Amor e Curtição
1971 - Rua Descalça
1970 - Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
1969 - Pais Quadrados, Filhos Avançados
1968 - Massacre no Supermercado
1967 - Carnaval Barra
1967 - Adorável Trapalhão
1966 - Engraçadinha Depois dos 30
1964 - Asfalto Selvagem
1964 - Um Ramo Para Luiza
1961 - O Dono da Bola
1961 - Bom Mesmo é Carnaval
1960 - Vai Que É Mole
1960 - Marido de Mulher Boa
1959 - Mulheres À Vista
1959 - Garota Enxuta
1959 - Entrei de Gaiato
1958 - E o Bicho Não Deu
1957 - Metido a Bacana
1957 - Com Jeito Vai
1956 - Saí de Baixo
1956 - Com Água na Boca
1954 - A Outra Face do Homem
1951 - Areias Ardentes
1946 - Amerika Hilft Oesterreích

Teve um filho, Alexander Tanko, que também atuou na produção cinematográfica e na produção de diversos comerciais e vinhetas de clips musicais para divulgação em televisão.

Morreu aos 87 anos, de Enfarto, deixando enorme contribuição para o cinema brasileiro.

Fonte: Wikipédia

Genésio Arruda

GENÉSIO ARRUDA
(69 anos)
Ator, Cantor, Compositor, Radialista, Cineasta e Produtor

* Campinas, SP (28/05/1898)
+ Campinas, SP (03/10/1967)

Genésio Arruda foi um dos pioneiros na representação do caipira em peças e filmes. Antes da aparição de Mazzaropi incorporando o nosso caipira, Genésio Arruda já levava esta imagem aos palcos e as telas da época. Infelizmente esses grandes nomes nuncam são citados como as fontes de inspiração destes grandes artistas que se consagraram. Raramente se ouve falar no nome de Genésio Arruda na história de nossa dramaturgia.

Genésio Arruda fez dupla com o ator que fazia um estilo de "caipira italiano"

Em 1930 formou sua própria companhia de teatro. Genésio Arruda é considerado um dos precursores do cinema brasileiro. Apresentava-se em espetáculos ao lado de sua esposa Noemia Liendo, seus filhos e músicos, sempre representando o caipira.

Ganhou o Troféu Saci como melhor ator coadjuvante no filme "Tristeza do Jeca" onde fazia o personagem chamado Coronel Policarpo.

Genésio foi também um dos pioneiros da música sertaneja. Apresentou-se em diversos programas de rádio. Em 1929, gravou seu primeiro disco interpretando a marcha "Vai, Santinha", dele e de Jorge Peixoto e o foxtrote "Odalisca", de Edgardo Ferreira. No mesmo ano participou do primeiro filme sonoro brasileiro, "Acabaram-se os Otários", no qual fazia o papel de um caipira.

No final da década de 1930, teve um programa radiofônico na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo ano filmou "Lua de Mel".

Formou o grupo "Genésio Arruda e Sua Gente". Ainda em 1930, gravou o cateretê "Trovas do Sertão", de Luiz Gomes Cruz. No mesmo ano, gravou com Raul Torres a embolada "O Piá da Nambu", e a canção cômica "Uma Festa no Arraial", de sua autoria. Gravou também as paródias "O Tango Tá na Moda" e "Cinembra Falado", ambos de sua autoria.

Em 1931 dirigiu o filme "Campeões de Futebol", com Otília Amorim e o cantor paulista Paraguassu. Nos anos 1930 dirigiu a "Companhia Genésio Arruda de Teatro de Revista", que encenou, dentre outras, a revista "Moinho do Jeca", com J. Aimberê como maestro.

Em fins dos anos 1930 teve um programa na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo período fez parte do elenco da "Casa de Caboclo", casa de espetáculos dirigida pelo dançarino e compositor Duque no Rio de Janeiro. Em 1941, gravou com o grupo "Sua Gente" os gêneros humorísticos "Viagem do Genésio", de sua autoria e de Januário França, e "Olhar e Gostar", de Heitor dos Prazeres e Sílvio Galicho. Nessas gravações contou com a participação de Luiz Gonzaga, então em começo de carreira, na sanfona.

Nos anos 1950, apresentou o programa de rádio "A Hora dos Municípios". Em 1961 atuou no filme "Tristeza do Jeca", de Mazzaropi. No final da carreira apresentou shows intitulados "Genésio Arruda e Sua Bandinha".

Obras

Cinembra Falado
Do Sertão as Capitá
Na Estação (Com Januário França)
Num Vagão de Segunda (Com Tom Bill / Cayaffa)
O Papagaio do Compadre (Com Januário França)
O Tango Tá na Moda
Onde Mora o Coronel (Com Tom Bill / Cayaffa)
Pindurassaia (Com Johan Joanna)
Uma Festa no Arraial
Vai, Santinha (Com Jorge Peixoto)
Viagem do Genésio (Com Januário França)

Discografia

1941 - Viagem do Genésio / Olhar e Gostar
1941 - O Papagaio do Compadre / Alavantu
1941 - Vida de Casado / Na Estação
1930 - Isso é Enguiço / Isso Mesmo é Que eu Quero
1930 - Trovas do Sertão / Mussurungo
1930 - Num Vagão de Segunda / Onde Mora o Coronel
1930 - O Piá da Nambu / Uma Festa no Arraial
1930 - O José Pelin / Do Sertão às Capitá,
1930 - O Tango Tá na Moda / Cinembra Falado
1929 - Vai, Santinha / Odalisca
1929 - Pindurassaia / Pamanho
1929 - Deixei de Ser Otário / Pé no Chão

Afonso Brazza

JOSÉ AFONSO DOS SANTOS FILHO
(48 anos)
Ator, Cineasta e Bombeiro

☼ São João do Piauí, PI (17/04/1955)
┼ Gama, DF (29/07/2003)

José Afonso dos Santos Filho, mais conhecido por Afonso Brazza, foi um ator, cineasta e bombeiro brasileiro nascido em São João do Piauí, no dia 17/04/1955.

Em 1969, aos 12 anos, Afonso Brazza decidiu ganhar o mundo e sair do Gama. Os pais vindos do Piauí eram fazendeiros, mas decidiram tentar a vida no Planalto Central. Afonso Brazza viveu uma infância difícil, já que seu pai abandonou a família quando tinha 5 anos.
"Tinha muita revolta naquela época. Minha mãe lavava roupa pra manter todo mundo. Conseguiu nos educar bem pois ninguém seguiu o caminho errado!"
Afonso Brazza aprendeu tudo que sabe sobre cinema dentro de um dos principais movimentos do cinema nacional dos anos 70, desenvolvido na Boca do Lixo, em São Paulo.

"Depois de 1980, quando o movimento da Boca começou a cair, o cinema nacional nunca mais viveu um período como aquele, com mais de 50 filmes lançados por ano", disse ele, que morou na Avenida Rio Branco, de 1969 a 1980, época de grande efervescência cinematográfica nas ruas próximas à Estação da Luz, como a Vitória, a do Triunfo e à antiga rodoviária de São Paulo.


O local foi batizado de Boca do Lixo e ganhou seu destaque no cinema brasileiro por flertar com o cinema marginal e experimental, produzindo cerca de 700 filmes de 1972 a 1982.

Com o dinheiro acumulado da venda de picolés, Afonso Brazza se vestiu com uma roupa social e burlou a vigilância, chegando de ônibus à antiga rodoviária paulistana.
"Estava arrumado, sabia conversar, e aí pedi informações sobre onde ficava o pessoal do cinema!"
Acabou parando no Brás, onde José Mojica Marins mantinha um escritório. O criador do Zé do Caixão simpatizou com Afonso Brazza, o que fez com que ele começasse a trabalhar junto ao meio cinematográfico.
"Encontrei a arte na rua do Triunfo!"
A agitação do local iria influenciá-lo em toda a sua produção.
"Via aquelas viaturas saindo de madrugada atrás dos vagabundos rasgando pneu... pô, aquilo era cena de filme. Tinha um pouco de prostituição, mas havia os pontos de encontros, o Bar Soberano, o do Saci, era muito gostoso viver tudo aquilo!"
Afonso Brazza e Claudette Joubert
Afonso Brazza foi casado com a paranaense Claudette Joubert, que trabalhou como modelo, atuou em comerciais de televisão e iniciou-se no cinema ao lado de Vera Fischer, em "Sinal Vermelho, as Fêmeas" (1972), de Fauzi Mansur, atuando em outros 23 filmes produzidos na Boca do Lixo, como "O Exorcista de Mulheres" (1974), "As Amantes de um Canalha" (1977) e "Os Violentadores" (1978), os três de Tony VieiraClaudette Joubert marcou presença em vários filmes de Afonso Brazza.

Afonso Brazza foi bombeiro, mas como grande apaixonado por cinema dedicou-se à produção de filmes de baixíssimo orçamento. Atuou em três longas de Tony Vieira, "A Filha do Padre" (1975), "Traídas Pelo Desejo" (1976) e "As Amantes de um Canalha" (1977), em "O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976), de J. B. Tanko, em "A Terceira Margem do Rio" (1994), de Nelson Pereira dos Santos, e em "Surfista Invisível", de Juliana Mundin.

Como diretor e protagonista realizou "O Matador de Escravos" (1982), "Os Navarros" (1985), "Santhion Nunca Morre" (1991), "Inferno no Gama" (1993), "Gringo Não Perdoa, Mata" (1995), "No Eixo da Morte" (1997) e "Tortura Selvagem - A Grade" (2001).

Afonso Brazza sempre foi um "faz-tudo", interferindo em todas as etapas da realização de seus filmes.

Em 2002, ganhou uma retrospectiva de sua obra em Brasília.


Seu filme "Tortura Selvagem" custou 240 mil reais, um recorde para os padrões de Afonso Brazza. Em Brasília, o filme se manteve em uma sala de cinema por quatro semanas, com mais de dois mil ingressos vendidos, performance não alcançada por seus concorrentes do momento: "Memórias Póstumas", de André Klotzel, e "Domésticas", de Fernando Meirelles e Nando Olival.

Perguntado sobre a fama respondeu:
"Eu não quero fama. Eu quero estar sempre na memória das pessoas, mas lentamente. A fama leva à destruição, é instantânea e, por isso mesmo, faz mal, faz você passar por cima de tudo, inclusive dos amigos. A fama é curta. Eu quero admiração e respeito. É uma fama simples, do meu jeito!"
(Afonso Brazza)

Afonso Brazza faleceu aos 48 anos no Gama, DF, no dia 29/07/2003, vítima de parada cardiorrespiratória causada por um câncer no esôfago.

Quando faleceu, Afonso Brazza deixou o 8º filme, o longa metragem "Fuga Sem Destino", inacabado. O cineasta Pedro Lacerda conseguiu concluir o seu filme 3 anos após a sua morte.

Curiosidades

Uma das coisas mais peculiares dos filmes de Afonso Brazza era seu ''desleixo'' com as cenas. Um exemplo é uma cena onde a espada de um dos vilões quebrou enquanto se rodava o filme, Afonso Brazza optou por continuar a cena mesmo com a espada quebrada.

Em ''A Tortura Selvagem'' (2001), seu filme de maior sucesso, alguns dos atores não tiveram roteiro de fala em algumas cenas, o que deixou bastante nítido o improviso, coisa que para Afonso Brazza era muito importante, fazia parte da essência de seus filmes. Muitos de seus filmes contavam com a proatividade e criatividade do próprio ator, o que necessitava de espontaneidade.

Afonso Brazza se preocupava muito em mostrar os pontos turísticos e mais históricos de Brasília, chegando em diversas cenas somente fazer uma tomada geral com os personagens, por mais que nada acontecesse naquela cena. Ele foi o único a fazer isso.

Ainda em ''Tortura Selvagem'' (2001), uma das cenas do filme é editada de maneira no mínimo cômica: A cena onde Fábio Marreco entra no recinto com seus capangas. Esta cena foi colocada duas vezes, aonde num pico rápido pode-se perceber ele entrando. A edição propositalmente meia-boca sempre esteve presente em seus filmes, algumas das vezes não havia linearidade de cenas nos filmes de Afonso Brazza. Uma cena se passava com aquele personagem e, logo após, outra cena com o mesmo personagem já em outro lugar completamente diferente e, logo após, novamente na cena anterior, era comum e intencional.

Filmografia

Como Diretor
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos

Como Ator
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 2000 - Surfista Invisível (curta-metragem)
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos
  • 1977 - As Amantes de Um Canalha
  • 1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
  • 1976 - Traídas Pelo Desejo
  • 1975 - A Filha do Padre

Gilda de Abreu

GILDA DE ABREU
(74 anos)
Atriz, Cineasta, Cantora, Escritora e Radialista

* Paris, França (23/09/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/06/1979)

Filha de um diplomata brasileiro e de uma cantora lírica, começou como atriz de teatro em 1933, passando ao cinema no papel principal da comédia romântica "Bonequinha de Seda", produzida por Ademar Gonzaga, em 1936.

Foi uma das primeiras mulheres a dirigir filmes no Brasil, fazendo estrondoso sucesso com o melodrama "O Ébrio" de 1946, sobre a ascensão e decadência de um cantor em virtude de uma decepção amorosa e do alcoolismo. O papel principal foi de seu marido, o cantor e compositor Vicente Celestino, com quem se casou em 1933.

Dirigiu também os dramas "Pinguinho de Gente", uma história ingênua e simplória, em 1947, "Coração Materno", onde também atuou como atriz e roteirista, em 1951, ao lado de Vicente Celestino, e "Chico Viola não Morreu", documentário sobre a vida e as canções de Francisco Alves.

Foi cantora lírica e de operetas, autora de radionovelas, das peças teatrais "Aleluia", "A Mestiça", "Arca de Noé" e "Alma de Palhaço" e de vários livros, dois deles sobre o marido, que morreu em 1968. Quando ela morreu estava casada com José Spinto.

No dia 04/06/1979, onze anos depois da morte do marido, aos 74 anos, a bonequinha de seda de Celestino despediu-se da vida na cidade do Rio de Janeiro, partindo ao encontro daquele que tanto amou e admirou.

Glauber Rocha

GLAUBER DE ANDRADE ROCHA
(42 anos)
Cineasta, Ator e Escritor

* Vitória da Conquista, BA (14/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/08/1981)

Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.

Foi criado na religião da mãe, protestante, membro da Igreja Presbiteriana, por ação de missionários americanos da Missão Brasil Central.

Alfabetizado pela mãe, estudou no Colégio do Padre Palmeira - instituição transplantada pelo padre Luís Soares Palmeira de Caetité (então o principal núcleo cultural do interior do Estado).

Em 1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho, dirigido pela Missão Presbiteriana, ainda hoje uma das principais escolas da cidade.

Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as artes performativas. Participou em programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e até do movimento estudantil, curiosamente ligado ao Integralismo.

Começou a realizar filmagens (Filme Pátio de 1959) ao mesmo tempo em que ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, entre 1959 a 1961. Logo abandonou a faculdade para iniciar uma breve carreira jornalística, em que o foco era sempre sua paixão pelo cinema. Da faculdade foi o seu namoro e casamento com uma colega, Helena Ignez.

Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.

No livro 1968 - O ano que não terminou, Zuenir Ventura registra como foi a primeira vez que Glauber fez uso da maconha, bem como o fato de, segundo Glauber, esta droga ter seu consumo introduzido na juventude como parte dos trabalhos da CIA (Agência Americana de Inteligência) no Brasil.

Em 1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente. Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.

O Cineasta

Antes de estrear na realização de uma longa-metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América.

Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.

Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".

Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com "Deus e o Diabo na Terra do Sol", ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.

Foi com Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.

Longa-Metragens

1962 - Barravento
1963 - Deus e o Diabo na Terra do Sol
1967 - Terra em Transe
1968 - O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
1970 - Cabeças Cortadas
1971 - O Leão de Sete Cabeças
1972 - Câncer
1975 - Claro
1980 - A Idade da Terra

Documentários e Curta-Metragens

1959 - O Pátio A
1966 - Maranhão 66 B
1974 - História do Brasil
1974 - As Armas e o Povo C
1976 - Di Glauber
1979 - Jorge Amado no cinema

Glauber faleceu vítima de Septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito: Choque Bacteriano, provocado por Broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina (RJ), depois de ter sido transferido de um hospital em Lisboa (Portugal), onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.

Fonte: Wikipédia

Ary Fernandes

ARY FERNANDES
(79 anos)
Ator, Dramaturgo, Produtor e Cineasta

* São Paulo, SP (31/03/1931)
+ São Paulo, SP (29/08/2010)

O cineasta, ator, diretor e produtor Ary Fernandes era filho de imigrantes espanhóis e portugueses.

Ele dirigiu e produziu quase 130 filmes, tanto em âmbito nacional como internacional.

Na história da cinematografia brasileira, foi o criador, produtor e diretor da obra que se tornou um marco da televisão e do cinema nacional, o seriado "Vigilante Rodoviário".

Através do "Vigilante Rodoviário", Ary Fernandes abriu as portas para novos talentos que, pelos anos seguintes, tornaram-se grandes nomes da dramaturgia brasileira, dentre eles, Stênio Garcia, Fúlvio Stefanini, Ary Fontoura e Rosamaria Murtinho, dentre outros.

Em 1962, fundou a PROCITEL – Produções Cine Televisão Ltda, empresa detentora da marca e dos direitos autorais do “Vigilante Rodoviário”.

Com os resultados positivos obtidos naquela linha de filmes de ação, Ary Fernandes partiu para a realização do segundo projeto, voltado para Força Aérea Brasileira, denominado "Águias de Fogo".

Produzido no final dos anos 60 e, exibido naquela mesma época pela televisão, novamente contou com a boa aceitação do publico. Devido a esse incentivo, foi exibido em salas de cinemas, obtendo grande sucesso de bilheteria.

São também de sua autoria os temas musicais das séries: "Vigilante Rodoviário" e "Águias de Fogo".

Começou sua carreira em 1949 na Rádio América de São Paulo, como locutor, radioator e humorista. Em seguida, estreou como ator no Canal 5 (Televisão Paulista).

Em 1952, começou a trabalhar no cinema como assistente de produção no filme "O Canto do Mar", dirigido por Alberto Cavalcante. Também como assistente de produção, trabalhous no filme "Mulher de Verdade" (1953).

Como assistente de direção fez "Mãos Sangrentas" (1953) e "Leonora dos Sete Mares".

Em 1962, dirigiu e produziu uma versão do "Vigilante Rodoviário" para cinema, e no ano seguinte a segunda versão que foi "O Vigilante Contra o Crime".

Em 1967, criou a série para televisão intitulada "Águias de Fogo". Dirigiu e produziu 10 episódios de um total de 26 desta mesma série, atuando, também como ator.

Em 1969, dirigiu e produziu o filme "Águias em Patrulha" e "Uma Pistola Para D’Jeca" para Mazzaropi.

Na década de 70, dirigiu e produziu os filmes "Mágoas de Caboclo"; "Sentinelas do Espaço", ambos com argumento e roteiro próprio e produziu o longa-metragem "O Jeca e o Bode", além de produzir e coordenar os filmes "A Noite do Desejo"; "Sinal Vermelho A Fêmeas"; "O Leito da Mulher Amada"; "O Anjo Loiro"'; "Sedução"; "Trindade é Meu Nome", dentre outros.

O diretor e ator desde 2005 enfrentava problemas de saúde em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Casado com Ignez Peixoto Fernandes desde 1958, o diretor deixa também dois filhos, Fernando e Vânia Fernandes.

Seus principais trabalhos como ator são nos filmes:

Tortura Cruel (1980)
O Leito da Mulher Amada (1975)
Quando Elas Querem... e Eles Não (1975)
O Supermanso (1974)
Sedução (1974)
Águias em Patrulha (1969)
Sentinelas do Espaço (1969)
"Águias de Fogo"
Vou Te Contá (1958)
Quem Matou Anabela? (1956)

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Joffre Rodrigues

JOFFRE RODRIGUES
(68 anos)
Ator, Cineasta e Produtor Cinematográfico

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/08/2010)

Joffre Rodrigues foi um ator, cineasta e produtor cinematográfico nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/08/1941. Era filho do teatrólogo e escritor Nelson Rodrigues.

Joffre Rodrigues começou a carreira no cinema, como ator, ainda que com nove anos, no filme "Somos Dois" (1950), com roteiro de seu pai e com seu tio, Milton Rodrigues, como diretor.

Antes de estrear como diretor, Joffre Rodrigues trabalhou como produtor de filmes baseados na obra de seu pai, como "Bonitinha Mas Ordinária" (1963), "A Falecida" (1965) e "Boca de Ouro" (1990).

Estreou como diretor em 2006 no filme "Vestido de Noiva", baseada na peça homônima de seu pai e tendo como protagonistas Marília Pêra, Simone Spoladore e Letícia Sabatella.

Morte

Joffre Rodrigues faleceu na noite de quarta-feira, 04/08/2010, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele estava no hospital por conta de uma cirurgia realizada há duas semanas, em que foram trocadas válvulas no coração, colocadas nos anos 90. O corpo de Joffre Rodrigues foi cremado.

Carreira no Cinema

Diretor

  • 2006 - Vestido de Noiva

Produtor

  • 1995 - O Monge e a Filha do Carrasco
  • 1994 - Boca
  • 1990 - Boca de Ouro
  • 1965 - A Falecida
  • 1964 - Maioria Absoluta
  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária

Ator

  • 1965 - A Falecida
  • 1950 - Somos Dois

Fonte: Wikipédia

Anselmo Duarte

ANSELMO DUARTE BENTO
(89 anos)
Ator, Roteirista, Diretor, Produtor e Editor

* Salto, SP (21/04/1920)
+ São Paulo, SP (07/11/2009)

O ator, roteirista e cineasta Anselmo Duarte Bento, mais conhecido como Anselmo Duarte, começou no cinema como molhador de tela, aos 10 anos de idade. No tempo das fitas mudas, o projetor ficava atrás da tela e a esquentava. Era preciso jogar água a cada dois rolos de filme para evitar incêndios.

Na infância, Anselmo Duarte queria ser projecionista, como o irmão Alfredo. Essa experiência foi usada em um dos filmes de Anselmo Duarte, "O Crime do Zé Bigorna", ambientado em 1928. Na trama, enquanto Charles Chaplin agitava a tela, Lima Duarte e Stênio Garcia a molhavam.

O primeiro trabalho de Anselmo Duarte como ator foi no filme inacabado de Orson Welles "It's All True" (1942).

Anselmo Duarte foi o maior galã do cinema brasileiro nos anos 40 e 50, estrelando obras na Cinédia, na Atlântida e na Vera Cruz. Seu primeiro trabalho como diretor, "Absolutamente Certo" (1957), era uma comédia como aquelas que lhe deram fama como ator e estrelada por ele e Dercy Gonçalves.

Em 1962, lançou "O Pagador de Promessas", o único filme brasileiro a receber o maior prêmio mundial do cinema, a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O jovem diretor venceu concorrentes que pertencem à história cinematográfica, como Luis Buñuel, "O Anjo Exterminador", Michelangelo Antonioni, "O Eclipse", e Robert Bresson, "O Julgamento de Joana d'Arc".

Na premiação em Cannes, a embaixada brasileira em Paris não emprestou a bandeira brasileira para o Festival. Depois de alguma confusão, Anselmo Duarte teve de tomar uma bandeira emprestada, que tinha metade do tamanho oficial. Por isso, só foi hasteada a bandeira do vencedor, pois, caso as outras fossem abertas, ela destoaria.

De volta ao Brasil, os diretores do Cinema Novo moveram uma campanha que contra "O Pagador de Promessas".

"Fizeram de tudo para denegrir a minha conquista, que foi referendada em vários outros festivais naquele ano."
(Anselmo Duarte)


Segundo ele, a campanha se manteve com o filme seguinte, "Veredas da Salvação" (1964), duramente criticado na imprensa brasileira e elogiado no exterior, em especial no Festival de Berlim. O filme, estrelado por Raul Cortez, Lélia Abramo, José Parisi e Maria Isabel de Lizandra hoje é considerado cult.

Como ator, um de seus filmes preferidos é "Sinhá Moça" (1953), de Tom Payne, no qual ele faz um belo discurso em favor da liberdade. Anselmo Duarte contracena com Eliane Lage nessa história do século 19, de uma jovem que se apaixona por advogado e vive um grande drama de amor, numa época em que as idéias abolicionistas ganhavam força e eram violentamente combatidas. O filme, produção da Vera Cruz, ganhou o Prêmio Especial do Júri, em Veneza. A atuação de Anselmo Duarte também foi elogiada no papel do compositor Zequinha de Abreu, em "Tico-Tico no Fubá" (1952) ao lado de Tônia Carrero.

Dos filmes feitos na Cinédia, o destaque é "Pinguinho de Gente" (1947). Na Atlântida, Anselmo Duarte atuou e refez o roteiro de "Carnaval no Fogo", do diretor Watson Macedo. Foi também ator em "Independência ou Morte" (1972) e seu último trabalho foi no filme "Brasa Adormecida" na década de 80, estrelado por Maitê Proença e Edson Celulari. Nesse filme ele atuou ao lado da ex-mulher, a atriz Ilka Soares, que ele conheceu na Vera Cruz e com quem teve um filho.


A Morte

O diretor estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o dia 28 de outubro de 2009, após ter sofrido o terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele também lutava contra um câncer na bexiga, diagnosticado em agosto do mesmo ano.

Segundo o filho do diretor, o empresário Ricardo Duarte, o corpo do cineasta foi levado para a cidade natal do diretor, Salto, no interior paulista. Lá, recebeu uma breve homenagem da prefeitura e foi enterrado no Cemitério Municipal da cidade.

Além de Ricardo Duarte, o diretor também é pai de Anselmo Duarte Júnior, Lídia Soares Duarte e Regina Hooper Duarte.

Carreira Ator
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1982 - Tensão No Rio
  • 1979 - Feijão Maravilha (Novela)
  • 1978 - Embalos Alucinantes
  • 1976 - Paranóia
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1975 - A Casa Das Tentações
  • 1974 - A Noiva Da Noite
  • 1974 - O Marginal
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1967 - O Caso Dos Irmãos Naves
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1960 - Un Rayo De Luz
  • 1958 - O Cantor E O Milionário
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1956 - O Diamante
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1955 - Sinfonia Carioca
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Veneno
  • 1952 - Apassionata
  • 1952 - Tico-Tico No Fubá
  • 1951 - Maior Que O Ódio
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - A Sombra Da Outra
  • 1949 - Pinguinho De Gente
  • 1949 - O Caçula Do Barulho
  • 1949 - Carnaval No Fogo
  • 1948 - Terra Violenta
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1947 - Querida Susana
  • 1947 - Não Me Digas Adeus

Carreira Roteirista

  • 1979 - O Caçador De Esmeraldas
  • 1977 - O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1952 - Amei Um Bicheiro
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Carreira Diretor

  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1977- O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1957 - Absolutamente Certo

Carreira Produtor

  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Os Carrascos Estão Entre Nós
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte

Carreira Editor

  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira In Memoriam

Carlos Imperial

CARLOS EDUARDO DA CORTE IMPERIAL
(56 anos)
Ator, Cineasta, Apresentador de TV, Compositor e Produtor Musical

* Cachoeiro de Itapemerim, ES (24/11/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/11/1992)

Como produtor musical, tentou lançar a carreira de Roberto Carlos como um "Príncipe da Bossa Nova", inclusive produzindo seu primeiro disco "Louco Por Você", em 1961. Entretanto, seu pupilo foi acusado de imitar descaradamente João Gilberto, e o disco não fez sucesso. Mas continuou até Roberto Carlos assinar contrato com a CBS em 1958. Nessa época era chamado de "Papai" pelo cantor.

Apresentou o programa de televisão "O Clube do Rock", nos anos 60. No início dos anos 70 tornou-se um polêmico jurado do programa de calouros apresentado por Chacrinha. No final da mesma década, apresentava pela TV Tupi uma atração aos sábados à noite que levava seu nome, posteriormente migrando para a TVS - Canal 11 do Rio de Janeiro.

Carlos Imperial também foi colunista da revista Amiga, publicada pela Bloch Editores, desde seu primeiro número em 1969, numa coluna que marcou época pela irreverência.




Foi vereador na cidade do Rio de Janeiro, eleito em 1982, pela legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 1985, mas perdeu a eleição.

No Carnaval de 1984, Carlos Imperial se notabilizou por divulgar as notas dos jurados nas apurações dos desfiles das escolas de samba cariocas. A cada nota máxima ele exclamava em alto e bom som a frase dez, nota dez. Tal frase caiu no gosto popular, se transformando em um verdadeiro bordão.

É autor das canções muito conhecidas dos anos 60 como "A Praça", sucesso na voz de Ronnie Von e que virou tema de abertura do humorístico "A Praça é Nossa", e de "Mamãe Passou Açúcar Em Mim", grande sucesso popular de Wilson Simonal. Também fez muito cinema, como ator, diretor e produtor.

Em sua última aparição pública, apresentou para toda a nação a sua nova namorada, a linda amazonense Jana, de apenas 14 anos. Na época Carlos Imperial tinha 42 anos a mais que a moça.

Carlos Imperial foi vítima de uma doença rara: a Miastenia Grave. Após operação para a retirada do timo, não resistiu e faleceu, em 4 de novembro de 1992, no Rio de Janeiro, aos 56 anos de idade.


Programas de TV


  • 1977 - Programa Carlos Imperial (TV Tupi)
  • 1979 - Carlos Imperial Show (TVS)

Cinema


Diretor:
  • 1981 - Mulheres, Mulheres
  • 1981 - Um Marciano em Minha Cama
  • 1981 - Delícias do Sexo
  • 1979 - Loucuras, o Bumbum de Ouro
  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1976 - O Sexo das Bonecas
  • 1975 - O Esquadrão da Morte
  • 1974 - Um Edifício Chamado 200


Ator:
  • 1986 - Perdidos no Vale dos Dinossauros
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1981 - Mulheres, Mulheres
  • 1981 - Delícias do Sexo
  • 1978 - Amada Amante
  • 1978 - A Noiva da Cidade
  • 1977 - Férias Amorosas
  • 1977 - Mau Passo
  • 1977 - O Tarado
  • 1976 - A Ilha das Cangaceiras Virgens
  • 1976 - Meninas Querem... E os Coroas Podem
  • 1976 - O Sexo das Bonecas
  • 1975 - O Esquadrão da Morte
  • 1975 - O Monstro Caraíba
  • 1975 - O Palavrão
  • 1974 - O Pica-Pau Amarelo
  • 1974 - Um Edifício Chamado 200
  • 1974 - Banana Mecânica
  • 1973 - As Depravadas
  • 1972 - A Viúva Virgem
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
  • 1972 - Independência ou Morte
  • 1972 - O Doce Esporte do Sexo
  • 1971 - Os Amores de um Cafona
  • 1969 - O Rei da Pilantragem
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1967 - Bebel, Garota Propaganda
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1962 - Sangue na Madrugada
  • 1961 - O Dono da Bola
  • 1961 - Rio à Noite
  • 1961 - Mulheres, Cheguei
  • 1960 - Vai que é Mole
  • 1959 - Mulheres à Vista
  • 1959 - Pé na Tábua
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1958 - Aguenta o Rojão
  • 1958 - Contrabando
  • 1958 - Minha Sogra é da Polícia
  • 1958 - Sherlock de Araque
  • 1958 - E o Bicho Não Deu
  • 1958 - Alegria de Viver
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1957 - Canjerê
  • 1954 - O Petróleo É Nosso

Fonte: Wikipédia
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Mazzaropi

AMÁCIO MAZZAROPI
(69 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Cineasta

☼ São Paulo, SP (09/04/1912)
┼ São Paulo, SP (13/06/1981)

Amácio Mazzaropi, mais conhecido por Mazzaropi, foi um ator, humorista, cantor e cineasta nascido em São Paulo, SP, no dia 09/04/1912.

Filho de Bernardo Mazzaroppi, imigrante italiano e Clara Ferreira, portuguesa, com apenas dois anos de idade sua família mudou-se para Taubaté, no interior de São Paulo. O pequeno Mazzaropi passou longas temporadas no município vizinho de Tremembé, na casa do avô materno, o português João José Ferreira, exímio tocador de viola e dançarino de cana verde. Seu avô também era animador das festas do bairro onde morava, às quais levava seus netos que, já desde cedo, entram em contato com a vida cultural do caipira, que tanto inspirou Mazzaropi.

Em 1919, sua família voltou à capital e Mazzaropi ingressou no curso primário do Colégio Amadeu Amaral, no bairro do Belém. Bom aluno, era reconhecido por sua facilidade em decorar poesias e declamá-las, tornando-se o centro das atenções nas festas escolares.

Em 1922, morreu o avô paterno e a família mudou-se novamente para Taubaté, onde abriram um pequeno bar. Mazzaropi continuou a interpretar tipos nas atividades escolares e começou a frequentar o mundo circense. Preocupados com o envolvimento do filho com o circo, os pais mandaram Mazzaropi aos cuidados do tio Domenico Mazzaroppi em Curitiba, PR, onde trabalhou na loja de tecidos da família.

Em 1926, com 14 anos, regressou à São Paulo ainda com o sonho de participar em espetáculos de circo e, finalmente, entrou na caravana do Circo La Paz. Nos intervalos do número do faquir, Mazzaropi contava anedotas e causos, ganhando uma pequena gratificação.

Em 1929, sem poder se manter, Mazzaropi voltou a Taubaté com os pais, onde começou a trabalhar como tecelão, mas não conseguiu se manter longe dos palcos e atuou numa escola do bairro.

O Teatro, o Rádio e a Televisão

Com a Revolução Constitucionalista de 1932 seguiu-se uma grande agitação cultural e Mazzaropi estreou em sua primeira peça de teatro, chamada "A Herança do Padre João".

Em 1935, conseguiu convencer seus pais a seguir turnê com sua companhia e a atuarem como atores. Até 1945, a Troupe Mazzoropi percorreu muitos municípios do interior de São Paulo, mas não havia dinheiro para melhorar a estrutura da companhia.

Com a morte da avó materna, Maria Pita Ferreira, Mazzaropi recebeu uma herança suficiente para comprar um telhado de zinco para seu pavilhão, podendo assim estrear na capital, com atuações elogiadas por jornais paulistanos. Depois, partiu com a companhia em turnê pelo Vale do Paraíba. A grave situação de saúde de seu pai complicou a situação financeira da companhia de teatro e, em 08/11/1944, faleceu Bernardo Mazzaroppi.

Dias após a morte de seu pai, estreou no Teatro Oberdan ao lado de Nino Nello, sendo ator e diretor da peça "Filho de Sapateiro, Sapateiro Deve Ser", acolhida com entusiasmo pelo público.

Em 1946, convidado por Dermival Costa Lima da Rádio Tupi, estreou o programa dominical "Rancho Alegre", encenado ao vivo no auditório da rádio no bairro do Sumaré e dirigido por Cassiano Gabus Mendes.

Em 1950, este mesmo programa estreou na TV Tupi, mas agora contava com a coadjuvação dos atores João Restiffe e Geny Prado.

Mazzaropi tinha um hobby, gostava de cantar valsa, música popular brasileira e seresta com os seus amigos .

O Cinema

Convidado por Abílio Pereira de Almeida e Franco Zampari, Mazzaropi estreou seu primeiro filme, intitulado "Sai da Frente", em 1952, rodado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde filmaria mais duas películas. Com as dificuldades financeiras da Vera Cruz, Mazzaropi fez, até 1958, mais cinco filmes por diversas outras produtoras.

Naquele mesmo ano, vendeu sua casa e criou a Produções Amácio Mazzaropi (PAM Filmes). O primeiro filme da nova produtora foi "Chofer de Praça", que agora passou não só a produzir, mas distribuir as películas em todo o Brasil.

Em 1959, foi convidado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famoso Boni, na época da TV Excelsior de São Paulo, a fazer um programa de variedades que ficou no ar até 1962. Neste mesmo ano começou a produzir um de seus filmes mais famosos, o "Jeca Tatu", que foi aos cinemas em 1963.

Em 1961, Mazzaropi adquiriu uma fazenda onde iniciou a construção de seu primeiro estúdio de gravação, que produziu seu primeiro filme em cores, "Tristeza do Jeca", que também foi o primeiro filme veiculado na televisão pela TV Excelsior e ganhou prêmios para melhor ator coadjuvante, Genésio Arruda, e melhor canção.

Em 1966, lançou o filme "O Corintiano", recorde de bilheteria do cinema nacional.

Em 1972, foi recebido pelo então Presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, ao qual pediu mais apoio ao cinema brasileiro.

Em 1974, rodou "Portugal... Minha Saudade", com cenas gravadas no Brasil e em Portugal.

Em 1975, começou a construir, em Taubaté, um grande estúdio cinematográfico, oficina de cenografia e um hotel para os atores e técnicos. A partir de então produziu e distribuiu mais cinco filmes até 1979.

Seu 33º filme, "Maria Tomba Homem", nunca seria terminado.

Em 1994 foi inaugurado o Museu Mazzaropi, localizado na mesma propriedade dos antigos estúdios, recolhendo a história da carreira de um dos maiores nomes do cinema, do teatro e da televisão brasileira.

Foi somente na década de 1990 que a cultura brasileira começou a ver de uma outra óptica a obra de Mazzaropi, que durante sua vida sempre foi duramente atacado (ou ignorado) pela crítica e pela intelectualidade.

A partir de "Chofer de Praça", em 1959, além de ser o protagonista, Mazzaropi também acumulou as funções de produtor e roteirista, colaborando frequentemente com os diretores. Recentemente, foi lançada em DVD uma coleção de 22 de seus filmes em sete volumes. Alguns dos filmes tinham no título o nome "Jeca" mesmo ele tendo interpretado esse personagem apenas no filme "Jeca Tatu".

Morte

Mazzaropi faleceu no sábado, 13/06/1981, aos 69 anos, vítima de um Câncer na Medula Óssea, em São Paulo, SP, no Hospital Albert Einstein, depois de 26 dias internado.

Mazzaropi foi sepultado na cidade de Pindamonhangaba, no mesmo cemitério onde seu pai já repousava. Mazzaropi nunca se casou, mas deixou um filho adotivo, Péricles Mazzaropi.

Homenagens

Desde a década de 80, a cidade de São Paulo possui equipamentos culturais com filosofia descentralizada com o objetivo de formar profissionais da arte e da cultura (ou reforçar a sua formação). A Oficina Cultural que homenageia Amácio Mazzaropi foi criada em agosto de 1990 e está instalada num edifício centenário, de 1912, construído especialmente para abrigar a segunda mais antiga Escola Normal de São Paulo, a Escola Padre Anchieta. O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico tombou o prédio em 1988. Trata-se de um centro fomentador da cultura brasileira, responsável em trabalhar o resgate da cultura popular e o intercâmbio entre artistas com atividades nas diversas expressões artísticas. O objetivo é integrar artistas amadores e profissionais, formar públicos e ampliar sua atuação para bairros como o Brás, o Pari, o Belém e a Mooca.

Outra homenagem significativa é o filme longa-metragem "Tapete Vermelho". Trata-se de um caipira, vivido por Matheus Nachtergaele, que resolve mostrar ao filho quem era Mazzaropi. No caminho até o cinema que exibe um filme do comediante, pai e filho se envolvem com violeiros que venderam a alma ao diabo, mandingas, o Movimento dos Sem-Terra, vigaristas que lhes roubam a mula, caminhoneiros e um milagre em Aparecida. Experiências que vão render a ambos uma grande lição sobre direitos humanos. A homenagem não para no argumento do filme, que tem direção de Luiz Alberto Pereira. O ator Matheus Nachtergaele compõe um tipo com o mesmo andar e a mesma voz do ídolo.

Filmografia

  • 1952 - Sai da Frente
  • 1952 - Nadando em Dinheiro
  • 1954 - Candinho
  • 1955 - A Carrocinha
  • 1956 - Fuzileiro do Amor
  • 1956 - O Gato de Madame
  • 1956 - Chico Fumaça
  • 1957 - O Noivo da Girafa
  • 1958 - Chofer de Praça
  • 1959 - Jeca Tatu
  • 1959 - As Aventuras de Pedro Malazartes
  • 1960 - Zé do Periquito
  • 1961 - Tristeza do Jeca
  • 1961 - O Vendedor de Linguiça
  • 1962 - Casinha Pequenina
  • 1963 - O Lamparina
  • 1964 - Meu Japão Brasileiro
  • 1965 - O Puritano da Rua Augusta
  • 1966 - O Corintiano
  • 1967 - O Jeca e a Freira
  • 1969 - No Paraíso das Solteironas
  • 1969 - Uma Pistola Para Djeca
  • 1971 - Betão Ronca Ferro
  • 1972 - O Grande Xerife
  • 1973 - Um Caipira em Bariloche
  • 1974 - Portugal... Minha Saudade
  • 1975 - O Jeca Macumbeiro
  • 1976 - Jeca Contra o Capeta
  • 1977 - Jecão, Um Fofoqueiro no Céu
  • 1978 - O Jeca e Seu Filho Preto
  • 1979 - A Banda das Velhas Virgens
  • 1980 - O Jeca e a Égua Milagrosa
  • Maria Tomba Homem (Não Concluído)

Fonte: Wikipédia
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